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Fórum de Leitura

2ºPeríodo

André Almeida
12CT1

Memorial do Convento,
José Saramago;
José Saramago

José Saramago foi um renomado escritor


português nascido em 1922 e falecido em
2010. É reconhecido como um dos maiores
autores de língua portuguesa do século XX e
ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em
1998.

O estilo literário de Saramago era marcado


pela prosa distintiva, que fluía sem
parágrafos tradicionais, usando pouca
pontuação. Frequentemente ele empregava o
realismo mágico, misturando elementos do
quotidiano com elementos fantásticos. Seus
romances exploravam profundamente a
condição humana, criticavam questões
sociais e políticas. Os diálogos nas suas
obras eram característicos por não terem
marcações claras de quem estava a falar,
contribuindo para uma sensação de fluidez
na narrativa.
“Voando a máquina, todo o céu
será música”
—José Saramago
(em Memorial do Convento,
página 15)
Reflexão dos treze
primeiros capítulos da
obra.

A obra de José Saramago “Memorial do Convento” vem mostrar as


assimetrias das classes sociais, a construção do convento de Mafra, e um
conjunto de outros factos ocorridos no reinado de D.João V.

Primeiramente, tenho de realçar as divergências apresentadas no


vocabulário comparativamente a outras obras estudadas no secundário, o
que, infelizmente, torna mais difícil uma leitura ativa e cativante, embora
seja também percetível a disciplina contida na organização da obra, isto
é, após entender o vocabulário, torna-se fácil decifrar as ideias da
história.

Uma ideia, que se fixou bastante na imagem que esta obra me deixa, é o
objetivo do autor em relatar a barbaridade e indiferença de como eram
envolvidas as mulheres na sociedade. Não é novo que as mulheres
percorreram longos e duros caminhos para alcançarem uma posição
próxima ou equivalente à do homem hoje em dia, e que em tempos
passados acontecia o completo oposto, no entanto , e é em passagens
como esta “...D.Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos de
Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje não emprenhou”
que Saramago através da sua riqueza vocabular consegue emitir a
imagem social da mulher naqueles tempos, como esta era vista quase
como um objeto, algo
estático sem sentimentos que serve apenas para engravidar e nada mais,
aproximando-se quase mais dos animais do que dos homens.

Em jeito de conclusão, tem sido um desafio ler este livro, as diversidades


entre pesquisar o significado de uma palavra e associar rapidamente
todas as ideias tornam-no ainda mais desafiante, nos últimos treze
capítulos, espero estar mais familiarizado com a obra e
consequentemente conseguir usufruir dela de outra maneira
Reflexões sobre algumas ideias do
Memorial do Convento

Uma das principais ações do enredo é a


construção da passarola, uma máquina
voadora idealizada pelo padre
Bartolomeu, ao longo desta ação o padre
é muitas vezes ridicularizado pela sua
ideia fora do comum.

A meu ver, Saramago introduz críticas a


esta personagem de maneira a relatar a
realidade da nossa sociedade, em que
todos aqueles que se tentam destacar,
que tentam inovar, que tentam procurar
mais, e com isto, tentar contornar os
medos associados a esta ridicularização.
Na minha opinião, rostos importantes da
arte e cultura portuguesa marcarem
posições fortes contra a ironização
daqueles que buscam um sonho é
essencial.

Afinal de contas, o que seria do mundo


sem aqueles que são descontentes.
A partir do conto “George “, de Maria
Judite de Carvalho
-A mulher é uma arma-
Simone de Beauvoir nasceu em 9 de janeiro de 1908,
foi uma filósofa existencialista, escritora e feminista
francesa, mais conhecida por seu trabalho "O Segundo
Sexo".

Na sua obra "O Segundo Sexo", publicada em 1949, a


autora analisa a condição das mulheres na sociedade,
abordando uma variedade de questões relacionadas à
opressão, discriminação e luta por igualdade de
género. Além disso argumenta que as mulheres são
frequentemente definidas em relação aos homens,
em vez de serem reconhecidas como indivíduos
autônomos e independentes.

Uma passagem muito importante do seu livro foi a


seguinte: "O opressor não seria tão forte se não tivesse
cúmplices entre os próprios oprimidos.", em que
destaca que a opressão das mulheres não seria tão
eficaz, se muitas das mulheres não aceitassem isso,
mesmo que, passivamente.

Por fim, Simone de Beauvoir é considerada um marco


no empoderamento feminino, por ter levantado
questões importantes e causado debates sobre o
género a identidade e o poder.
Relações Amorosas da obra e o
seu Significado

No "Memorial do Convento", tanto a relação


entre Baltasar e Blimunda como a relação
entre D. João e D. Maria refletem desafios
sociais e políticos de sua época. Enquanto
Baltasar e Blimunda buscam liberdade em
meio à opressão, D. João e D. Maria
enfrentam dinâmicas de poder na realeza.
Ambos os casais representam a busca
humana por significado e redenção,
explorando temas como poder, liberdade e
amor. Saramago utiliza essas relações para
examinar questões mais amplas sobre a
condição humana e a sociedade.
Guião do Fórum
Inicialmente, acho importante refletirmos sobre o autor da obra, José
Saramago, sobre o seu estilo literário fora do comum, caracterizado por
longas frases e a falta de pontuação, esta característica tornou-se na
imagem de marca das suas obras, sendo estas assim facilmente
reconhecíveis como dele. Sobre a sua consciência social, que através da
escrita sempre apontou o dedo a injustiças da sociedade. E também sobre
o seu reconhecimento internacional, todos os prémios e conquistas
alcançados por ele, especialmente o Prémio Nobel da Literatura em 1998,
que para além de um grande feito pessoal, é também um grande avanço
cultural para o nosso país.

De seguida, devemos discutir os principais temas abordados na obra, isto


é, o contexto histórico da obra, que se insere durante o reinado de D.João
V, o contexto religioso, no qual há uma forte presença da Igreja Católica
em Portugal e a Inquisição ,o poder e a autoridade da época,
nomeadamente a influência da nobreza na vida do povo.

Seria muito importante que cada aluno mostrasse os seus pontos de


vista face à obra, melhor dizendo, enunciar aspetos positivos e negativos
da obra, justificando-os devidamente e até mesmo comparando com
outros livros e obras de arte.

Por fim, penso que a turma deveria analisar a intenção crítica de José
Saramago, e relacioná-la com o mundo atual. Deste modo, facilmente
conseguimos perceber a intemporalidade da obra e consequentemente
refletir sobre a sociedade de hoje em dia.
Que tipo de leitor sou eu?
Desde sempre fui incentivado a ler, “Ler faz bem.”, “Ler dá-
nos cultura”, “Ler dar-nos-á melhores notas a Português”,
foram expressões com as quais me confronto há muito
tempo, no entanto, nunca fui um leitor assíduo, mas sim um
amante de leituras.

É controverso afirmar-me um amante de ler e não ler


frequentemente, mas a realidade é que o conceito de ver
palavras a encaixarem-se
perfeitamente entre si, e a levarem a minha imaginação a
pensar naquilo que exatamente o escritor quer que eu pense,
excita-me, excita-me também refletir como um autor
consegue deixar uma marca notável em qualquer leitor,
apenas escrevendo as palavras ideais no momento ideal.

Ainda assim, e apesar de toda esta degustação pelo mundo


literário, permaneço um leitor não assíduo. E permaneço por
alguma preguiça, algo que está a ser trabalhado seriamente,
desde que tomo consciência sobre as minhas ações.

Mas mesmo não lendo tanto quanto queria, ainda li algumas


obras, obras essas que apesar de não serem todas do mesmo
género literário, partilham uma característica: ensinarem-
me algo prático no meu dia a dia. A obra que marcou o início
da minha vida literária foi “O rato dos bosques e o rato da
cidade”, história essa que foi lida pelo meu pai a mim, na hora
de dormir, vezes sem conta, e que retrata de uma maneira
mais simples e direcionada às crianças como a humildade do
campo é muito mais valiosa do que a soberba da cidade. Mais
à frente na minha vida o primeiro livro que me lembro de ler
inteiramente foi “Robinson Crusoe” um romance de Daniel
Defoe, aonde um jovem inglês naufraga numa ilha
aparentemente deserta, e enfrenta-se com o desafio de viver
uma vida solitária e primitiva. Por fim a obra que
efetivamente mais marca os meus últimos anos de leituras é
“Hábitos Atómicos” na qual James Clear, o autor, defende a
sua tese de que pequenos hábitos mudam vidas, e explica-a
para que toda a gente possa aplica-la.

Este sou eu no mundo da literatura, longe, muito longe de ser


um entendido na matéria, mas todos os dias um pouquinho
mais esforçado em
aprender culturas novas, conhecer novos autores, e em ler
obras até agora desconhecidas.
-Autoavaliação e Reflexão sobre o 2º Período-

No fim de mais um período é importante


refletir sobre o trabalho exercido ao longo do
período, sobre as atitudes e também
estabelecer objetivos realistas para as
próximas etapas.

A realidade é que foi um período difícil e


reconheço que fiquei aquém daquilo que
expectava, pouco evoluí em relação ao outro
período, por outras palavras. No entanto, ter
uma mentalidade positiva é essencial, e com
trabalho e dedicação acredito que o próximo
período será mais sorridente em que tanto as
minhas atitudes ( que não considero de todo
perfeitas, mas também não considero
péssimas), como os meus resultados serão
melhores.

Concluindo, acho que assim como no período


anterior, quantitativamente eu mereço um 15.

André Almeida
Ano Letivo 2023/24

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