Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AS MÃOS
E cravam-se no Tempo como farpas as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
Estrutura interna
O assunto deste poema é o poder das nossas mãos, o poder que possuímos nas nossas mãos e
que muitas vezes nem nos damos conta disso. Pois com as mãos tudo se faz e se desfaz. As
mãos têm um valor expressivo, pois podem ser consideradas um símbolo de ação/atividade e
sobretudo de poder, neste caso concreto.
Na 1ª estrofe o poeta refere exatamente o tema deste poema o poder que temos em nossas
mãos. Poder esse que pode ser para fazer o Bem ou o Mal (guerra vs. paz; faz vs. desfaz);
Na 2ª estrofe é afirmado pelo poeta que as mãos são detentoras de tal força que podem
mesmo trabalhar o mar e a terra (“com as mãos e rasga o mar e se lavra”), também têm a arte
de construir/produzir algo saboroso, misto de alimento e de prazer (“fruto”), assim como de
comunicar (“palavra”).
Na 3ª estrofe, mais uma vez é dado grande poder às mãos, o de transformar e sobretudo a
esperança na luta pela liberdade (“verdes harpas”).
Na 4ª estrofe, o poeta remete-nos para dar valor ao poder das nossas mãos e à
responsabilidade em saber usá-lo, responsabilidade essa que é de cada um, e é deveras
grande, pois as mãos são o verdadeiro caminho para a liberdade (“nas tuas mãos começa a
liberdade.”
Divisão do poema
1ª parte: é constituída pelas duas primeiras quadras e pelo primeiro terceto- o poeta
menciona o poder que as mãos possuem, como dito anteriormente.
2ª parte: é constituída pelo último terceto, em que o sujeito poético apela à nossa
responsabilização ao uso que damos às nossas mãos, afirmando que são nelas que
começa a nossa liberdade.
Estrutura externa
Tipos de rima