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CATEGORIA CONCLUÍDO

1. RESUMO

Esta pesquisa tem a finalidade de compreender e analisar os diálogos literários entre


a poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), poeta portuguesa e
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poeta brasileiro, ou seja, de que maneira
seus poemas se assemelham, com ênfase naqueles que abordam tempos históricos
conturbados pela ditadura, guerras e um eu poético diante dessa realidade permeada
pelas injustiças. Para o desenvolvimento deste estudo foi utilizado como metodologia
a pesquisa do tipo exploratória e descritiva, de natureza qualitativa com o
procedimento bibliográfico. Posteriormente ficou definido o seguinte aporte teórico:
Bosi (2000) para abordar a função social do poema; Paz (1982) para fundamentar
qual é a voz poética do poema; Le Goff (1990) para abordar a relação da história e
poesia; e Bakhtin (1997) para apresentar a questão do dialogismo entre os poetas.
Chegou-se à conclusão que é possível observar diálogos entre poemas selecionados
de Sophia e Drummond, e que ambos percebem a sua realidade instável expressando
suas percepções de descontentamento e que a poesia como forma de apreender a
realidade é atemporal e fundamental para o ser humano expressar sua condição
humana na contemporaneidade.

Palavras-chave: Sophia. Drummond. Poema. Diálogos literários. Tempo histórico.

2. INTRODUÇÃO

O indivíduo ao longo dos séculos buscou maneiras de manifestar o seu olhar diante
da realidade, por meio da música, dança e poesia. Na contemporaneidade isso se
mantém, com as formas artísticas, poemas contemporâneos, pinturas, grafites, pois o
ser humano por viver em um tempo histórico e social tem a necessidade de expressar
o seu estar no mundo, como o descontamento diante de um tempo injusto e
conturbado, como ocorre com Andresen e Drummond. Para Bosi (2000) o poema
projeta na consciência do leitor imagens do mundo e do homem muito mais vivas e
reais do que as forjadas pelas ideologias, o poema acende o desejo de uma outra
existência mais livre e mais bela. A poetisa Sophia Breyner e o poeta Drummond
realizam exatamente isso, desenham as imagens de seu mundo e da realidade que
vivem.
Segundo Paz (1982) a poesia é revelação da condição humana e consagração de
uma experiência histórica e concreta. Assim, o poeta pode utilizar o poema para falar
do seu tempo histórico, marcado muitas vezes pela instabilidade social e política, e a
poesia para o poeta é meio de sobrevivência, pois converte a sua visão de desprazer
diante de sua realidade no interior do poema. Diante disso, Sophia de Mello Breyner
revela a sua condição humana marcada pela realidade de seu tempo com a ditadura
Salazarista (1933- 1974), ou seja, por meio de sua poesia, Andresen tem o poema
como meio de ver o mundo e busca a liberdade dentro desse tempo incerto. De
maneira análoga, Carlos Drummond de Andrade possui poemas que também revelam
a sua condição no mundo diante da realidade permeada pelas guerras, como a 2ª
Guerra Mundial.
Para Bakhtin (1997) o homem tem uma necessidade estética absoluta do outro, da
sua visão e da sua memória, que são capazes de lhe proporcionar um acabamento
externo, isto é, a memória estética do outro gera o homem. Isso confere mencionar
que um poema não surge isolado, mas há um dialogismo, pois o poeta ao elaborar o
seu poema precisa da visão de outra pessoa, que confere dizer que Andresen e
Drummond possuem diálogos e semelhanças poéticas que serão analisadas, e que
ambos têm a poesia como meio de se inserir no mundo e interpretá-lo. Assim sendo,
o tema deste estudo se dá pelo conhecimento desses diálogos entre eles, visto que,
a presença de trabalhos que analisam Andresen e Drummond a partir da ótica do
tempo histórico são reduzidos, e verificar esses diálogos possibilitam entender a
importância do poema como necessidade humana de recompor os olhares sobre a
História.
A hipótese dessa pesquisa parte de que é possível notar os diálogos poéticos entre
Andresen e Drummond, os quais mostram sujeitos poéticos descontentes com o seu
tempo, o homem e a História.
Este trabalho está estruturado primeiramente na função social do poema e suas
relações com a História, qual é a voz do poema e como se dá essa voz em Andresen
e Drummond, posteriormente partir-se-á para a compreensão dos diálogos entre os
poemas dos autores, com a seguinte divisão: poema “Data”, de Sophia Andresen a
ser comparado com o poema “Os Ombros Suportam o Mundo”, de Carlos Drummond
de Andrade, o poema “Este é o tempo”, de Andresen a ser comparado com o poema
“Anoitecer”, de Drummond, ao final serão apresentados os resultados obtidos e as
considerações finais.
3. OBJETIVOS

Como objetivo geral do estudo se encontra compreender o diálogo poético de


Andresen e Drummond. Para alcançar esse objetivo geral, este trabalho tem como
objetivos específicos: (1) compreender a voz do poema e a voz poética de Andresen
e de Drummond, relacionando-as com o tempo histórico e a realidade bem como a
função social do poema; (2) delimitar aspectos que se cruzam em poemas
selecionados de Andresen e de Drummond, e entender de que maneira o poeta
transcende a história e pode utilizar o poema para falar de sua experiência na
realidade instável.

4. METODOLOGIA

A classificação deste estudo é de pesquisa exploratória e descritiva, que de acordo


com Gil (2002) têm a finalidade de aprofundar ideias e descrever associações entre
variáveis, que neste trabalho se dará pela análise dos diálogos entre Sophia de Mello
Breyner Andresen e Carlos Drummond de Andrade.
A natureza do trabalho é qualitativa, isto é, se aprofunda nas questões relativas ao
fenômeno, conforme Gil (2002), ou ainda, fornece o contato direto com o estudo e
dados coletados. Nesse trabalho, os dados coletados serão realizados a partir da
pesquisa bibliográfica das obras da poetisa Andresen e do poeta Drummond.

5. DESENVOLVIMENTO

5.1 A função social do poema e o seu lugar no mundo, a voz do poema, e como
essa voz se dá em Andresen e Drummond.

A poesia em seu estado de poema possibilita perceber o indizível do eu, apreender a


realidade despercebida, criar as significações desse eu no mundo. O poema é
instrumento para o poeta agir no mundo e na realidade permeada pelas guerras,
ditadura, e falta de liberdade. A poesia nos ajuda a conviver com nossa interioridade,
não como forma de isolamento nem como repúdio à realidade de fora, mas como
experiência decisiva que conduz à sintonia no mundo, conforme Moisés (2019), isto
é, relação com os seres. Bosi (2000) afirma que não se pode perder de vista a
consciência histórica de quem organiza o poema, ou seja, o poeta faz uso do seu
tempo histórico para agir no mundo, e se a realidade do poeta é de violência e
injustiça, o poeta utiliza esse tempo não como pano de fundo, mas como instrumento
de se colocar perante esse mundo por meio dos múltiplos sentidos de seu poema.
Como resultado o poema é atemporal nos dias de hoje, essa forma artística é
fundamental para as pessoas falarem de sua condição no mundo.
A poética de Sophia Breyner e Carlos Drummond está inscrita em um tempo histórico
incerto e que a finalidade dos poetas é alcançar uma realidade liberta das questões
históricas injustas, como guerras e ditadura. Drummond e Andresen possuem uma
poesia que proporciona o estar no mundo, expressam suas inquietações na realidade,
mas a poética de ambos não é panfletária, e sim alcança níveis poéticos elevados
além do escrito. Mas qual é a voz que expressa o poema? É o artista (poeta) ou outra
voz?
Paz (1982) ao abordar qual é a voz que expressa o poema, diz que o poeta não escuta
uma voz estranha, é a sua própria voz e as palavras que são estranhas. O poeta está
sempre sendo o outro, assim o homem ao se tornar o outro se completa, essa voz
estranha que é a inspiração possibilita ao poeta ser tudo o que deseja. Dessa maneira,
a voz do poema pode ser assumida como a voz do poeta, logo, Andresen e Drummond
ao possuírem poemas inseridos em seus tempos históricos, eles falam de suas
realidades, criam sentidos e mostram o seu descontentamento nesse tempo, a voz de
Andresen e de Drummond é a própria voz do poema.
Os poetas Sophia e Drummond não são capazes de parar uma guerra e ditadura, mas
são capazes de se perceberem nessas realidades, olham para si, percebem o mundo
de maneira viva e sem superficialidade, podem reconstruir essa realidade.
Le Goff (1990) explana que a relação entre passado e o presente é fundamental para
a compreensão do tempo, de maneira que a queda de um passado projeta algo para
o futuro de um presente. Andresen e Drummond em seus poemas projetam imagens
de um tempo incerto para recriar outra realidade sem tais injustiças, ou seja, Andresen
e Drummond buscam a liberdade desse tempo, o futuro.

5.2 Diálogos entre poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Carlos


Drummond de Andrade.
A poetisa Sophia Breyner e o poeta Drummond se assemelham à medida que ambos
têm a poesia como um estar no mundo, uma apreensão da realidade. De um lado há
Andresen imersa no contexto da ditadura de Salazar, de outro lado há Drummond
inserido em um tempo permeado pela 2ª Guerra Mundial. Os “eus’ dos poetas
demonstram uma percepção descontente, que é verificado no poema “Data”, de
Andresen e o poema “Os Ombros Suportam o Mundo”, de Drummond.
No poema “Data”, de Andresen que faz parte da obra Livro Sexto (1962), o eu poético
discute e aborda um tempo difícil, marcado pela repressão e pela injustiça. Nos
versos, Sophia vê o mundo por meio da relação com as coisas.

Data

(à maneira d’ Eustache Deschamps)

Tempo de solidão e de incerteza


Tempo de medo e tempo de traição
Tempo de injustiça e de vileza
Tempo de negação

Tempo de covardia e tempo de ira


Tempo de mascarada e de mentira
Tempo que mata quem o denuncia
Tempo de escravidão

Tempo dos coniventes sem cadastro


Tempo de silêncio e de mordaça
Tempo onde o sangue não tem rastro
Tempo de ameaça (ANDRESEN, 2018, p. 190).
É possível notar que o sujeito poético no poema vê a realidade a partir de um tempo
sombrio, ruim e de violência representado pelos termos: injustiça, mentira, negação,
incerteza, traição, ira e ameaça. A repetição da palavra “tempo” em todos os versos
reforça esse tempo sombrio, juntamente com a repetição da conjunção “e”, que
adiciona a incerteza a esse tempo: “tempo de solidão e de incerteza; tempo de medo
e tempo de traição; tempo de injustiça e de vileza...”.
Em relação a Drummond, na sua obra Sentimento do Mundo (1940), percebe-se um
sujeito poético que sente as dores do mundo, cercado pela violência, como por
exemplo o seu poema “Os Ombros Suportam o Mundo”, onde se verifica um “eu”
desacreditado com a sua realidade.

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.


Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.


Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?


Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem
A vida apenas, sem mistificação. (DRUMMOND, 2012, p. 51).

Nota-se que o tempo também é sombrio no poema, construído pela visão que o sujeito
poético tem da inutilidade do amor e a sequidão do sentimento por conta desse tempo.
Essa ambientação de desprazer é configurada pelas expressões: “ficaste sozinho (2ª
estrofe), guerras, fomes, discussões (3ª estrofe). Além disso, esse tempo que o poema
fala é configurado por um indivíduo que não deve esperar nada de seu amigo e nem
da velhice, pois tais ações não têm mais importância em um tempo cercado pelas
guerras. Não obstante, percebe-se que a palavra “tempo” é repetida cinco vezes, que
acentua um contexto difícil e duro para o eu poético.
Desse modo, tanto o poema “Data”, de Sophia como o poema “Os Ombros Suportam
o Mundo”, de Drummond é possível analisar e verificar a presença de um tempo
injusto e incerto, e um sujeito poético descontente diante dessa realidade.
O poema “Este é o tempo”, de Andresen, inserido na obra Mar Novo (1958) novamente
possui um eu poético que concebe o tempo como um evento obscuro e impuro.

Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades


E a luz do sol se tornou impura

Esta é anoite
Densa de chacais
Pesada de amargura

Este é o tempo em que os homens renunciam. (ANDRESEN, 2018, p. 132).


No poema é possível analisar a presença do termo “tempo”, mas agora metaforizado
com os elementos da natureza: ar, luz e selva. Esse tempo incerto é compreendido
pelos termos: obscura, grades, impura, amargura e renunciam.
O eu poético no poema utiliza os recursos da natureza para argumentar sobre esse
tempo incerto, como no verso: “Até o ar se tornou grades”, ou seja, a última coisa que
deveria ficar preso seria o ar, e esse se submeteu à realidade de terror. Na primeira
estrofe nota-se o tempo metaforizado com a selva, a qual não é aprazível, mas sim
obscura. Segundo Ceia (2018) na poética de Sophia há uma contemplação da noite,
do jardim, do ar, da casa e do mar na busca de si. Essas “coisas” podem representar
tanto o terror da destruição, como também o desejo pela renovação. No poema “Este
é o tempo”, os elementos da natureza são configurados como terror e destruição
acentuando o tempo histórico, que simboliza possivelmente a ditadura de Salazar em
Portugal.
Já o poema “Anoitecer”, de Drummond presente na obra A Rosa do povo (1945),
observa-se a fadiga, o medo e o descontentamento do eu poético diante também do
seu tempo que é configurado no poema pelo termo “hora”, que é repetido ao longo do
poema para enfatizar essa realidade sombria, causada pelos eventos históricos, como
a 2ª Guerra Mundial.

ANOITECER

A Dolores

É a hora em que o sino toca,


mas aqui não há sinos;
há somente buzinas,
sirenes roucas, apitos
aflitos, pungentes, trágicos,
uivando escuro segredo;
desta hora tenho medo.

É a hora em que o pássaro volta,


mas de há muito não há pássaros;
só multidões compactas
escorrendo exaustas
como espesso óleo
que impregna o lajedo;
desta hora tenho medo.

É a hora do descanso,
mas o descanso vem tarde,
o corpo não pede sono,
depois de tanto rodar;
pede paz — morte — mergulho
no poço mais ermo e quedo;
desta hora tenho medo.
Hora de delicadeza,
gasalho, sombra, silêncio.
Haverá disso no mundo?
Ê antes a hora dos corvos,
bicando em mim, meu passado,
meu futuro, meu degredo;
desta hora, sim, tenho medo. (DRUMMOND, 2000).
Na segunda estrofe, a palavra “pássaro”, como elemento natural auxilia a
compreensão desse tempo que não traz mais pássaros, ou seja, denota a dissipação
desses seres pela realidade, restando apenas as multidões cansadas e exaustas,
expressa na primeira estrofe em que a hora não é marcada pelo sino, mas sim pelos
apitos aflitos e sirenes que denotam um desespero e tom eufórico causados pelas
guerras. Dessa maneira, verificam-se os possíveis diálogos entre o poema “Este é o
tempo”, de Sophia e o poema “Anoitecer”, de Drummond em que a presença de um
tempo sombrio se faz presente em ambos os poemas, além de possuir um “eu”
descontente diante dele, embora a linguagem em cada poema seja singular para cada
poeta.
6. RESULTADOS

Portanto, é possível analisar os diálogos poéticos entre os poemas de Andresen e de


Drummond, à medida que os quatro poemas compreendidos possibilitam uma leitura
de um eu diante de um tempo permeado pelas injustiças, e que esse eu pode
configurar com a própria voz de Andresen e Drummond, em que ambos expressam o
seu desprazer nessa realidade, enfatizando o tempo histórico incerto, embora a
construção poética de cada um seja singular e diferente.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Logo, percebe-se que a função social da poesia se dá por possibilitar exprimir um


estar no mundo e de apreender a realidade, a qual muitas vezes não é aprazível, o
que foi possível analisar em poemas de Sophia Andresen e de Drummond, de maneira
que eles dialogam entre si, pelo simples fato de proporcionar uma leitura de um tempo
incerto. Esse diálogo é importante, pois a compreensão do lugar da poesia na vida do
ser humano se mostra mais evidente e importante.
Sendo assim, a poesia como instrumento de exprimir a condição humana se faz
presente atualmente, pois os indivíduos são serem sociais e históricos que necessitam
de falar de si em um tempo, é um estar no mundo. No entanto, o fato da obra literária
de Sophia e Drummond ser extensa e o número reduzido de trabalhos que comparam
os dois poetas, se mostra essencial a presença de futuros trabalhos comparando
esses dois autores que possam esclarecer a função social da poesia.
8. FONTES CONSULTADAS

ANDRADE, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. 21. ed. Rio de Janeiro: Record,
2000. 214p. [recurso eletrônico].
______. Sentimento do Mundo. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
86p.
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Coral e outros poemas: seleção e
apresentação Eucanaã Ferraz- 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1997. 421p.
BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras,
2000. 280p.
CEIA, Carlos. Iniciação aos Mistérios da Poesia de Sophia de Mello Breyner
Andresen. 2. ed. Createspace Independent Publishing Platform, 2018. 222p.
LE GOFF, Jacques. História e memória. São Paulo: Editora da Unicamp, 1990.
[recurso eletrônico].
MOISÉS, Carlos Felipe. Poesia para quê? A função social da poesia e do poeta.
São Paulo: Editora Unesp, 2019. 295p.
PAZ, Octavio. O Arco e Lira; Tradução de Olga Savary. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1982.
GALVÃO, Sonia Melchiori et ali. Manual de orientação de trabalhos acadêmicos.
Faculdade de São Bernardo do Campo. São Bernardo do Campo: FASB, 2018.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo:
Atlas, 2002. [recurso eletrônico].

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