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1.

Temas

a) “... fitemos o teu curso e aprendamos/ Que a vida passa” (Vv. 2 e 3) - através destes dois versos
conseguimos ligar o rio há passagem da vida.
b) “Depois pensemos, crianças adultas que a vida/ passa e não fica, nada deixa e nunca regressa ...”
(Vv. 5 e 6) - analisando este verso a intenção do poeta é dizer que a infância é a melhor fase da vida,
e que o tempo passa e é impossível regressar a essa fase.
c) “... mais vale estarmos sentados ao pé um do outro/ Ouvindo correr o rio e vendo-o.” (Vv. 19 e 20) -
Estes dois versos referem-se a um amor ideal, mas não realizado carnalmente.
d) “... não cremos em nada, / Pagãos inocentes da decadência.” (Vv. 23 e 24)- Estes versos expressam
a carência de ideias objetivas e filosóficas como forma de manter a pureza e o sossego.

2. Assunto

Romance do sujeito poético com a mulher amada à beira do rio. O uso constante do imperativo e da
1ª pessoa do presente do conjuntivo, é utilizado no sentido incitador, pondo em evidência a função
apelativa da linguagem, que prevalece ao longo do poema. O sujeito poético procura com que a
mulher se cative com a sua filosofia de vida, pensando construir, assim a felicidade possível. No
final chega à conclusão de que o melhor será controlar as suas emoções para não vir a sofrer.

3. Análise do poema por partes

1ª parte (estrofe 1 e 2) a fragilidade e a rapidez da vida:

➔ A metáfora do rio e do correr da água, é um exemplo de como o tempo passa demasiado rápido;
➔ Nestas duas estrofes podemos observar o quão inútil é qualquer compromisso;
➔ Analisando as estrofes referidas observamos a necessidade de a razão predominar sobre a emoção,
pois é uma forma de proteção contra o sofrimento;
➔ Analisamos a presença de elementos clássicos como por exemplo o ambiente natural.

2ª parte (estrofe 3 e 4) a inutilidade de qualquer compromisso:

➔ O enlaçar e o desenlaçar as mãos, é usado como símbolo do recuso de qualquer compromisso;


➔ Podemos analisar que nestas duas estrofes o sujeito poético recusa conscientemente todos os
sentimentos que sejam em demasia (amor, ódio,…);
➔ O sujeito poético dá-nos a entender que a morte é a única certeza do percurso existencial (“... o rio
sempre correria, / E iria ter ao mar.” - Vv. 15 e 16).
3ª parte (estrofe 5 e 6) a procura da serenidade:

➔ O sujeito poético estabelece um lema de vida, sendo este que a vida deve ser vivida de forma serena
e calma, devemos deixá-la “passar” à nossa frente, controlando sempre as nossas emoções e
sentimentos;
➔ Analisamos que existe uma recusa ao amor sensual, pois este é motivo de receio.

4ª parte (estrofe 7 e 8) a aceitação da morte:

➔ Podemos ver que a aceitação pacífica da morte é consequência do abandono do “eu” perante a vida.
Assim a morte não deve ser motivo de sofrimento, pois a vida passa a “correr”, logo não devemos
assumir compromissos, mas sim, procurar a tranquilidade.

Nota: O que está a amartelo é só para destingires melhor.

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