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O meu olhar é nítido como um girassol

Ele privilegia as sensações, principalmente a visão(v1-v6) de forma a acentuar a


importância de sentir em oposição ao pensar e para melhor definir este seu estado ele dá
ênfase a Natureza e aos seus elementos (girassol, malmequer), porque estes não racional,
daí a sua comparação com esses elementos . Por outro lado, ele também tenta mostrar,
principalmente através do verso 7 que o pensamento causa danos, especialmente levam a
perda de a capacidade de ver e sentir as coisas verdadeiramente.

Ricardo Reis
- Filosofia de Vida - viver a vida como algo que flui e não para. Viver um dia de cada
vez mas com moderação para que não haja nada que possa causar dor.
- Ele encara a vida de uma forma natural, aceitando a morte.
- Vivendo cada dia como se fosse o último.
- Ele compara a vida com o rio porque o rio corre e não se pode parar.
- Não se pega a sentimentos.
- Ele acredita que existe um Deus superior e que ha algum mais superior chamado
fatum (destino).
- acreditar em seres superiores
- acreditar que o homem vive em comunhão com a natureza.

Epicurismo, é um sistema filosófico que defende a:


- serenidade na vida e a fruição moderada dos prazeres.
- indiferença e ausência de inquietação perante a dor e as paixões.
- ataraxia: ausência de perturbações.
- culto do carpe diem horaciano: fruição do momento com moderação.

Estoicismo, sistema filosófico que defende a:


- autodisciplina na condução da vida.
- ausência de sofrimento quando o homem se vê confrontado com contrariedades.
- aceitação impassível da morte, da dor e velhice.
- resignação perante a frágil condição humana.
- indiferença perante o sofrimento e as paixões (ataraxia).

Linguagem e estilo
- Linguagem culta, erudita e latinizante.
- estilo e forma complexos de espelhar o conteúdo.
- tom didático e moralista.
- regularidade estrófica, rítmica e métrica
- ausência de rima (versos soltos)
- predomínio de construções sintáticas subordinadas e com influência da sintaxe
latina.
- predomínio do presente do indicativo e uso frequente da primeira pessoa do plural.
- utilização do gerúndio com valor aspectual imperfectivo
-
Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Porque tão longe ir pôr o que está perto — <= interrogação retórica
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto <= repetição do “este” #
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora <= metáfora


Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.
.

# para enfatizar o momento presente que depois evidência com o ajuda d a palavra “tudo”.
O poema tem 3 quadras.

O meu olhar azul como o céu

1 - Na primeira estrofe o sujeito lírico descreve o seu olhar, comparando-o à cor azul do céu
e relacionando a calma do olhar com o facto de não questionar nem se surpreender com a
vida. Já na segunda estrofe o sujeito poético continua o raciocínio dizendo que mesmo que
se questionasse e se surpreende-se não traria mudanças na Natureza. Resumidamente, a
segunda estrofe completa o pensamento da primeira de que se deve aceitar as coisas como
são e não as questionar nem pensar muito nisso.

2 - No poema, a cor azul simboliza a serenidade e a tranquilidade do olhar do eu lírico. O


azul é associado ao céu e á água calma do sol.

3 - Na última estrofe, os parênteses indicam que o eu poético aceita as coisas como são
sem mostrar agradecimento nem questionamentos, para evitar parecer que de facto ele
pensa muito sobre as coisas.

4 - Nas duas últimas estrofes o sujeito lírico diz que aceita as coisas sem agradecer nem
questionar, o que demonstra uma atitude de conformidade com a realidade, isto é, aceita a
realidade como algo inevitável e algo que o próprio não pode mudar.

1 (stora) - A segunda estrofe funciona como uma espécie de explicitação da posição


apresentada no final da estrofe anterior, evidenciando,

2 (stora) - O azul é uma cor que remete para a ideia de tranquilidade, de pureza, paz e
serenidade, e é isso que o sujeito poético procura.

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