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Ricardo Reis
- Filosofia de Vida - viver a vida como algo que flui e não para. Viver um dia de cada
vez mas com moderação para que não haja nada que possa causar dor.
- Ele encara a vida de uma forma natural, aceitando a morte.
- Vivendo cada dia como se fosse o último.
- Ele compara a vida com o rio porque o rio corre e não se pode parar.
- Não se pega a sentimentos.
- Ele acredita que existe um Deus superior e que ha algum mais superior chamado
fatum (destino).
- acreditar em seres superiores
- acreditar que o homem vive em comunhão com a natureza.
Linguagem e estilo
- Linguagem culta, erudita e latinizante.
- estilo e forma complexos de espelhar o conteúdo.
- tom didático e moralista.
- regularidade estrófica, rítmica e métrica
- ausência de rima (versos soltos)
- predomínio de construções sintáticas subordinadas e com influência da sintaxe
latina.
- predomínio do presente do indicativo e uso frequente da primeira pessoa do plural.
- utilização do gerúndio com valor aspectual imperfectivo
-
Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Porque tão longe ir pôr o que está perto — <= interrogação retórica
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto <= repetição do “este” #
É quem somos, e é tudo.
# para enfatizar o momento presente que depois evidência com o ajuda d a palavra “tudo”.
O poema tem 3 quadras.
1 - Na primeira estrofe o sujeito lírico descreve o seu olhar, comparando-o à cor azul do céu
e relacionando a calma do olhar com o facto de não questionar nem se surpreender com a
vida. Já na segunda estrofe o sujeito poético continua o raciocínio dizendo que mesmo que
se questionasse e se surpreende-se não traria mudanças na Natureza. Resumidamente, a
segunda estrofe completa o pensamento da primeira de que se deve aceitar as coisas como
são e não as questionar nem pensar muito nisso.
3 - Na última estrofe, os parênteses indicam que o eu poético aceita as coisas como são
sem mostrar agradecimento nem questionamentos, para evitar parecer que de facto ele
pensa muito sobre as coisas.
4 - Nas duas últimas estrofes o sujeito lírico diz que aceita as coisas sem agradecer nem
questionar, o que demonstra uma atitude de conformidade com a realidade, isto é, aceita a
realidade como algo inevitável e algo que o próprio não pode mudar.
2 (stora) - O azul é uma cor que remete para a ideia de tranquilidade, de pureza, paz e
serenidade, e é isso que o sujeito poético procura.