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Mesmo crendo em Jesus preciso fazer oração de quebra de maldição?

1) É preciso entender que quando cremos em Jesus somos selados pelo
Espírito Santo da promessa: “em quem também vós, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido,
fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Efésios 1:13).

Somos, então, justificado pela redenção que há em Jesus: “sendo


justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus” (Romanos 3:24).

Somos ainda propriedade exclusiva de Deus: “Vós, porém, sois raça eleita,


sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).

Com isso quero demonstrar que a obra que Deus faz na vida do salvo é
perfeita e eficaz, não necessitando qualquer “oração forte de libertação”
que venha a “complementar” a obra de Deus na vida do salvo.

Mas se a obra é perfeita e eficaz, por que ainda pecamos e por que
pessoas se desviam? Não seria uma maldição que ainda permanece ali?

(2) É verdade que mesmo o salvo, se não for vigilante e mantiver uma
comunhão firme com o Senhor, pode dar ouvidos às tentações da carne e se
enveredar por uma vida de pecado que não agrada a Deus. Isso não é uma
falha na obra de Deus, mas na forma negligente com que encaramos a vida
cristã.

Porém, a Palavra é clara quando diz que “Se confessarmos os nossos pecados,


ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
(1 João 1:9).

Ou seja, todas as maldições já foram quebradas plenamente por Cristo. O


perdão dado por Deus diante do arrependimento é pleno, não
necessitando sacrifícios, penitências e nem orações de quebra de
maldição que venham a “complementar” a obra de Deus.

Não devemos confundir convertido com convencido! Veja o que João


diz: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o
que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando,
porque é nascido de Deus” (1 João 3:9).

Pecados como prática constante na vida de uma pessoa pode indicar que
ela não se converteu ainda, ou seja, ainda se mantém na maldição do
pecado, necessitando aqui de um encontro verdadeiro com Cristo!
(3) Ao invés de pregarmos sobre a necessidade de oração para quebra de
maldições, devemos ensinar o crente a manejar bem a Palavra de Deus, a fim
de estarem preparados para resistir aos seus inimigos, que são o mundo, a
carne e o diabo.

Devemos ensinar também a suficiência da obra de Cristo, a fim de que os


crentes sejam mais firmes em suas posturas e não vivam com “medinho” de
tudo ao seu redor.

A libertação operada pela obra de Cristo é suficiente para quebrar toda e


qualquer maldição: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”
(João 8:36)

(4) O que acontece na vida do convertido é o que a Bíblia chama de guerra


entre a carne e o Espírito: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito,
contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que,
porventura, seja do vosso querer” (Gálatas 5:17)

Essa guerra acontece porque a pessoa que creu em Cristo agora foi morta
para o pecado, mas o pecado não está morto.

Ele tentará voltar para reaver essa pessoa para uma vida de novos
pecados. A atitude dessa pessoa deve ser a de viver como “novo homem”
(Efésios 4.24), buscando diariamente a santidade e a obediência a vontade
de Deus. “e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e
retidão procedentes da verdade” (Efésios 4:24)

(5) Concluindo, é desnecessário a oração de quebra de maldições, já que a


obra de Cristo é perfeita e completa. O perdão dado por Deus mediante o
arrependimento não precisa de complementações para ser pleno.

O que deve haver é uma busca incessante em fazer a vontade de Deus e não
da carne, em resistir às tentações do inimigo, em ser santo como Deus é Santo.

Como Paulo bem disse, a obra de Cristo em nossas vidas nos abre caminho
para uma vida nova na presença de Deus: “E, assim, se alguém está em Cristo,
é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2
Coríntios 5.17)

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