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“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações

de graça, em favor de todos os homens”.


I Tm 2:1

No Livro de Neemias podemos encontrar a maioria dos ingredientes necessários para o exercício
do ministério intercessório eficaz.
Encontramos também características importantes da personalidade desse grande servo do
Senhor, que se colocou à disposição de Deus para realizar uma grande obra de restauração.

Sabemos que Neemias não havia nascido na terra de seus pais, ou seja, Judá, mas sim durante
o cativeiro. Ao ser informado da situação em que encontrava o povo de Israel, muito se comoveu
e sentiu-se tocado a realizar algo a favor daquela nação.

Na verdade, esse sentimento de compaixão pelas vidas, nós só podemos enxergar nas atitudes
de Cristo.

Principais pontos do Livro de Neemias:


Interceder não é apenas orar, mas também ter atitudes para que a situação seja mudada.
 Neemias orou, jejuou e se posicionou para que a vontade de Deus se cumprisse.
Destacamos alguns pontos onde podemos observar e aprender com Neemias as
estratégias que o levaram a ser um intercessor vitorioso:
• Estar bem informados a respeito da situação (Ne 1:2-3)
 Devemos estar bem informados de maneira detalhada, do que é possível, quando nós
estivermos orando. Neemias viu Hanani e alguns judeus e quis saber sobre aqueles que
escaparam do cativeiro e sobre sua cidade Jerusalém.

“...e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam e que restaram do cativeiro e acerca de Jerusalém.” v. 2b

Para isso, recebeu um relatório detalhado e descobriu que o povo estava em miséria e isso levou
Neemias à compaixão. Ele chorou, lamentou por alguns dias, jejuou e orou perante o Senhor,
mas reagiu e tomou um posicionamento.

Um intercessor precisa saber o que está acontecendo e qual a razão das diversas
situações que o cercam e quais são os motivos de sua intercessão.

Melhor explicando: quando oramos por uma pessoa, família, igreja, bairro, etc., devemos nos
munir de descrições relatadas pelos envolvidos, pedir discernimento do Espírito Santo sobre o
motivo que iremos interceder. A informação é um instrumento de Deus para nos mostrar que
muitas circunstâncias precisam ser mudadas. A informação que chegou a Neemias foi o
princípio da restauração de uma nação. Esse princípio não pode ser ignorado, pois a partir
destas informações teremos material para uma intercessão eficaz.

• Buscar também a revelação do que está ocorrendo no mundo espiritual e físico de


“oposição” (Ne 6:17);

Neemias lutou contra:


- aqueles que eram de fora, ou seja, representavam resistência externa espiritual.

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- aqueles que eram de dentro, que representavam resistência interna, através de suas
atitudes contrárias ao que estava acontecendo.

Hoje, não é diferente! Neemias falou no capítulo 6 versículo 17 sobre as atitudes contra a
reconstrução. Por isso, devemos nos preocupar com as pessoas que estão com contrariedade no
coração ou agem de má vontade, apenas no sentido de orar por elas. Elas precisam ser curadas
em suas limitações e enxergar os interesses do corpo.

• Ter um sentimento que faz tomar atitudes que trazem a mudança – compaixão (Ne
1:4);

Neemias era um homem próspero, influente e com uma condição social e política que eram
especiais para um escravo. Ele tinha um acesso ao rei, que nem mesmo os súditos da coroa
tinham. Na verdade, Neemias naquele momento, estava expressando não um sentimento
humano, mas um sentimento puro e genuíno do Espírito Santo

Rm. 8:26 e 27” E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não
sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que
segundo Deus intercede pelos santos.

Ele mesmo, de maneira individual, não tinha razão para ter essa atitude de chorar. Neemias
compartilhou de um sentimento que veio do coração do Senhor. O Espírito Santo penetra as
profundezas de Deus

I Co 2:10 “Quando vocês perdoam alguém, eu também perdôo. Porque, quando eu perdôo, se é que, de
fato, tenho alguma coisa a perdoar, faço isso por causa de vocês, na presença de Cristo, VERSAO
LINGUAGEM DE HOJE

A este sentimento se dá o nome de compaixão, que é o sentimento que faz com que os servos
do Senhor se transformem, de homens limitados e simplesmente humanos, em cidadãos do
céu:
Fp 3:20 , “Mas nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso Salvador, o
Senhor Jesus Cristo, que virá de lá.”

Co 5:20 “Portanto, estamos aqui falando em nome de Cristo, como se o próprio Deus estivesse pedindo
por meio de nós. Em nome de Cristo nós pedimos a vocês que deixem que Deus os transforme de
inimigos em amigos dele.”
Faz com que nós, através deste sentimento, sejamos participantes da sua natureza divina.

II Pe 1:4”Desse modo ele nos tem dado os maravilhosos e preciosos dons que prometeu. Ele fez isso
para que, por meio desses dons, nós escapássemos da imoralidade que os maus desejos trouxeram a
este mundo e pudéssemos tomar parte na sua natureza divina.”

Existem “doutrinas” no meio evangélico que determinam que uma das características mais
difundidas é sobre aquele que ora, e conforme o “nível de espiritualidade” da pessoa, pode sentir
vertigens, dor de cabeça, vômito, pontadas (identificadas como flechadas), peso na coluna, etc. É
preciso deixar claro que na vida do maior intercessor do universo Jesus Cristo, não se tem um
relato sequer de que Jesus sentiu algo físico ou emocionalmente algum tipo de “peso” com
alguma das características citadas.

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Entendemos que possam existir casos diferentes porque onde está o Espírito de Deus há
liberdade, mas estamos alertando para que nossos intercessores sejam instruídos na Palavra,
não permitindo que ventos de doutrinas contaminem o ministério. Precisamos ter maturidade
espiritual para não sermos enganados pelo inimigo com coisas carnais.
As exceções não podem virar regra.
Na verdade, todo “peso” que a humanidade poderia sentir, Jesus sentiu sozinho na cruz do
calvário, justamente para que nós estivéssemos liberados e libertos de todo peso . Isaias 53
Não há base bíblica para esse tipo de manifestação.

• Prática de jejum e oração, que antecedem aos empreendimentos espirituais (Ne 4:4-5);

Diante das informações que recebeu, Neemias lamentou, jejuou, arrependeu-se, buscando o
favor e o perdão da parte de Deus. Mas houve um esforço da parte dele para que houvesse
mudanças: durante 4 meses, ficou jejuando e orando perante Deus, para que a resistência
espiritual fosse quebrada e houvesse a oportunidade para o propósito de Deus ser realizado.

As palavras hebraicas para indicar jejum significam abstinência de alimentos. Em poucas


palavras é abster-nos daquilo que significa a nossa vida, o nosso sustento, em função de algo
muito mais vital para nós, que é a direção do Senhor (Dt 8:3; Mt 4).

Conhecendo mais...

O jejum foi instituído como instrumento de adoração e guerra e também em atividades religiosas
que os hebreus realizavam todos os anos no dia, por exemplo, da expiação (YOM KIPPUR – Lv
17:20-31 – Lv 23:27-32 e Nm 29:7). Principalmente no Antigo Testamento o jejum era uma
expressão de humilhação perante Deus (Ed 8:21), como meio de mostrar a Deus a própria
sinceridade na busca pela orientação e vontade (D 9:9-12; At 13:2-3 e 14:23).

Exemplos: Elias, Moisés, Jesus, Paulo e etc.

O ministério de Jesus começou com jejum, uma preparação espiritual para resistir ao Diabo:
Mt.4:1-2
A palavra de Deus nos ensina como jejuar em Mt.6:16-18:
Obs.: O ato de jejuar não altera a vontade de Deus, mas mina, suplanta e destrói fortalezas e,
somado à oração, são armas eficazes na guerra espiritual.

• Atitude sacrificial de Neemias, (isto se torna necessário quando se leva a cabo uma
grande obra) (Ne 2:5);

Neemias tomou para si a tarefa de reconstruir os muros de Jerusalém [...para que eu a reedifique]
como algo que dizia respeito a ele pessoalmente, apesar de não viver naquela cidade e de estar
até em uma condição privilegiada como copeiro do rei. O cativeiro era uma realidade e Neemias
sabia [perguntei pelos judeus que escaparam e não foram levados para o exílio], mas o que o
moveu foi a condição do povo [miséria e desprezo] e da cidade de Jerusalém [muros derrubados
e portas queimadas].
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Hoje não é diferente. Existe uma realidade onde o mundo inteiro jaz no maligno (1 Jo 5:19). Não
podemos mudar a condição do mundo, mas , podemos intervir para que haja mudança nas vidas
e nos lugares. Isto é o que Deus espera da sua Igreja quando pede para não nos conformarmos
com este mundo (Rm 12:1).
Estas posturas exigem “sacrifícios” por parte do intercessor. Muitas vezes ele tem que abdicar de
certos postos e/ou condições, preparar-se, buscar ajuda, além de apresentar-se para trabalhar
na restauração. Tudo isso Neemias fez porque era grande a obra de restauração e a tarefa do
intercessor não é só orar!

• Busca de cooperação para uma obra bem-sucedida (Ne 2:4-9)

O intercessor deve agir com o grupo, no contexto de Corpo.


Neemias foi buscar cooperação em tantos quantos fossem necessários. Foi ao rei, aos
governadores. Pediu ajuda. Não dava para fazer sozinho, dependia de outras pessoas. No caso
de Neemias, dependia de autoridades que estavam acima dele! Mas, na ousadia, buscou
cooperação, ou seja, uma operação conjunta. Tudo isso porque havia um objetivo: fazer a obra
da melhor forma possível, não apenas por “desencargo de consciência”, mas restaurar os valores
de Deus nas vidas. Acima de toda ajuda humana, Neemias reconheceu que Deus era o seu maior
ajudador quando afirmou:
“Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável...”.

• Recrutamento de todas as classes para que ocorra uma reorganização completa (Ne 3)

Para cada atividade, Neemias levantou um grupo específico. Comandou, organizou, gerenciou,
pois tinha um plano e uma meta a serem cumpridos: convocou os mais diferentes grupos que,
aliás, não tinham sido considerados de muito valor, tanto que foram deixados para trás, mas
Neemias enxergou que seriam a força de trabalho necessária para aquela obra. E assim, dividiu o
muro em trechos e, para cada grupo, determinou uma função. Com essa reorganização obteve o
cumprimento de seu plano.
Essa é a atividade do Ministério de Intercessão:
- contar com aquilo que muitas vezes o mundo rejeita;
- enxergar claramente a situação a ser enfrentada;
- priorizar e estabelecer metas.

Algo interessante é que os grupos eram distintos, mas havia ligação entre eles: um objetivo
comum. Onde terminava o trabalho de um, começava o do outro. E o resultado dessa sinergia foi
a conclusão da obra em tempo recorde, pois não havia competição e sim, cooperação.

• Trabalhar e lutar pelos objetivos com a mesma intensidade e seriedade (Ne 4:14,21)

Uma marca de Neemias era a sua presença na obra. Ele se dispôs não só a ir até o local 2:11;
mas também a trabalhar de forma intensa. Tinha os mesmos objetivos que os moradores de
Jerusalém, mas não os mesmos que o do inimigo.
O intercessor deve estar sintonizado com a causa alheia, como se fora sua própria. E deve
participar do trabalho e lutar contra o inimigo que não deseja ver a obra de Deus concluída. Deve
agir em conjunto e de forma séria sabendo que seu trabalho gera resistências no mundo espiritual
que são muitas vezes refletidas aqui (4:21).
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• Entregar para Deus a honra, pois tudo de vem das Suas mãos (Ne 2:8 e Ne 10:35)

Por mais que houvesse dificuldades e obstáculos, Neemias tinha certeza de que concluiria
a obra, pois não estava agindo de forma independente. Ele tinha “a boa mão do Senhor” a
seu favor.
Temos que entender e tomar posse disso. Não estamos sozinhos, mas Deus é conosco e
nos ensina a guerrear contra o inimigo. Por causa disso, a honra da vitória não é do
intercessor, do indivíduo, do ministério, mas é do Senhor.
Tanto que Neemias, ao concluir, com êxito em tudo, a grande obra de restauração, não teve outra
atitude que não oferecer a Deus as primícias daquela nova terra.

Conceitos de Intercessão
Intercessão é o ato de interceder. É um ministério que acontece no mundo físico, porém, visa
penetrar e influenciar o mundo espiritual. Este ministério é exercido por homens e mulheres
inconformados com situações instaladas nas vidas das pessoas e nos lugares, e buscam
mudanças através de oração e posicionamento.

O que é interceder

Interceder quer dizer rogar por alguém, intervir a favor de alguém ou de algo, suplicar, pedir por
alguém.
Este é um ministério totalmente voluntário, pois pedimos a Deus por outra pessoa, fazendo o
papel de um advogado ou mediador. O advogado ou mediador precisa conhecer quem defende,
o motivo, a causa, ... Quando nos colocamos para interceder por alguém é necessário que
saibamos com certeza quem ou o que nos habilita para que não sejamos decepcionados.
Jesus, quando ascendeu aos céus, declarou que não nos deixaria sós, mas enviaria o Espírito
Consolador que intercede por nós, como o apóstolo Paulo diz:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como
convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis”.
Rm 8:26

Diante do Pai, o próprio Jesus continua a interceder por nós, cf. Romanos 8:34:

“Quem nos condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou,
o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”.

Daí é que entendemos que a estratégia do intercessor dentro da igreja é uma visão de
Deus para obtermos conquistas, como podemos constatar na Bíblia .

3.2. Falta de Intercessor

Ezequiel registra os pecados do povo de Deus, mas havia algo grave porque nenhum intercessor
foi encontrado para se interpor entre o pecado do povo e o juízo de Deus.
“Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dize-lhe (à terra de Israel):
Tu és terra que não está purificada, e que não tem chuva no dia da indignação. Conspiração dos seus
profetas há no meio dela... Os seus sacerdotes transgridem a minha lei...
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Os seus príncipes no meio dela são como lobos... Contra o povo da terra praticam
Extorsão , andam roubando, fazem violência ao aflito e necessitado.,busquei entre eles
um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor
desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.
Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação...”
Ez 22.23-31
Todas as classes da população tinham falhado inteiramente – profetas, sacerdotes, príncipes,
povo. Cada uma representa um determinado elemento da sociedade.
•Os “profetas” são os responsáveis por trazer uma mensagem direta de Deus.
•Os “sacerdotes” são os líderes da religião institucional.
•Os “príncipes” são os governantes seculares.
•O “povo” é o restante da população, o povo comum.
Apesar de todas as classes da sociedade terem se corrompido desta forma, a
situação ainda não era desesperadora. Deus procurava um homem, um intercessor, para
tapar o muro e colocar-se na brecha para que Ele pudesse poupar a nação inteira.
Hoje nossa sociedade vive mergulhada no pecado e na corrupção. Um retrato perfeito dessa
condição é descrito pelo apóstolo Paulo em sua segunda carta a Timóteo:
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá
homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amigos para com os bons, traidores,
obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus...”
II Tm 3:1-4

Então, a partir do alerta da Palavra de Deus, temos consciência de que somos uma geração que
está sendo preparada para “lutar” contra as mais difíceis situações que afetam o homem. E todas
elas, sabemos, são estimuladas pelo diabo
Ef 6  Porque 
“o mundo inteiro jaz no maligno”1 Jo 5:19
Mas, como um ministério, estamos nos colocando neste “bom combate” para vencermos!
Fomos e somos enviados debaixo desta unção para destruirmos as obras do diabo e vermos toda
a restauração possível aos homens, às famílias, aos lugares, à adoração e à comunhão com
Deus.
Ne 11:1-3  Ne12:44-45
Se não houver um intercessor (Neemias) que se disponha a restaurar, só haverá os que noticiam
(Hanani e alguns de Judá), que constatam e que até se conformam com a destruição.
Por isso, você está sendo formado debaixo desta autoridade e da unção do Espírito Santo de
Deus para
“edificar os lugares antigamente assolados e restaurar os de antes destruídos”.

Leia e Medite – Is 61:1-11

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Intercessão específica em diversas áreas
Muitos possuem o conceito de que basta orar de uma forma geral e já está resolvido. Porém, a
Palavra de Deus nos tem ensinado que não devemos agir de qualquer forma diante das situações
que o inimigo prepara.
Um exemplo disso é o Livro de Neemias, onde se verifica que ele usou de sabedoria e
entendimento de causa para poder vencer todas as estratégias do inimigo. Este, não poupou
formas de atuação e usou pessoas diferentes nos seus propósitos para obstruir a restauração do
povo de Israel. Algumas vezes o ataque não vinha de pessoas estranhas ao trabalho que se
estava realizando. Em muitos casos, o ataque vinha através das próprias pessoas que estavam
ao seu redor, que eram subornadas (para falar em termos mais atuais: recebiam propinas e
estavam sob corrupção) e cediam aos planos do inimigo.
Com o crescimento da igreja, foram criadas diversas frentes ministeriais em busca de objetivos
mais amplos e claros. Nessa estruturação surgiu o Ministério de Intercessão, cujo trabalho é
justamente interceder, não só por vidas, mas também por todas as frentes ministeriais e
atividades da igreja.
Da mesma forma, em todos os níveis dentro da igreja e com diferentes formas, os intercessores
estarão voltados para identificar as áreas de atuação do inimigo e vencê-las.

Este é um dos propósitos deste Seminário– preparar da melhor forma possível os


intercessores, dando-lhes subsídios para atuarem nesse ministério, com ousadia,
intrepidez e sabedoria, a fim de destruir todos os dardos inflamados do maligno contra a
igreja e as vidas, que precisam de Deus.

Dessa forma, nunca existirá uma área descoberta de intercessão, o que proporcionará um
crescimento contínuo da igreja.
A Palavra de Deus nos diz que muitas vezes não recebemos porque pedimos mal (Tg 2:3).

O intercessor bem orientado e preparado causará, com certeza, destruição no campo do inimigo,
resultando em resgate e restauração de vidas e áreas antes assoladas. Onde se encontrar um
intercessor, todos falarão a mesma língua e terão os mesmos posicionamentos, trazendo grande
edificação para o Corpo.

Fundamentos Bíblicos - Neemias


O Ministério de Intercessão está baseado no Livro de Neemias, voltado para algumas
características desse homem de Deus e por situações descritas nestes textos as quais ele teve
de enfrentar, onde nos são mostradas claramente as armas e estratégias do inimigo, todas
usadas para destruir o povo.
Encontramos também situações que tipificam as vidas assoladas e descaracterizadas pela
atuação do adversário. A abrangência do conteúdo desse livro, quando analisado na unção do
Espírito Santo é tão surpreendente que entendemos que o propósito de Deus não mudou e não
mudará a respeito daqueles que haverão de serem salvos e resgatados por Cristo.
No Capítulo 2:17 do Livro de Neemias encontramos o seguinte:
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“Então lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas
queimadas a fogo; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio.”

Neemias, ao entrar naquela cidade, pôde constatar a atuação de alguns espíritos e deveria
lutar para vencê-los. Ele destacou o espírito de miséria, assolador, destruidor e vergonha
(opróbrio). Esses espíritos levaram o povo a se afastar de Deus e, por conseguinte, esses
demônios foram habilitados para, posteriormente, destruí-los.
Como eles agem?
• O espírito de miséria leva o homem a se fechar para a obra de Deus. Quando o homem
deixa de reconhecer na sua vida que Deus é seu provedor e que todas as coisas é Ele quem
acrescenta, permite que esse espírito de miséria comece a atuar.
Esse espírito faz com que o homem se distancie de Deus e, depois, o cega. A partir
daí, age roubando-lhe tudo, sem ele que se dê conta. O primeiro entendimento que esse
espírito traz ao homem é justamente de se fechar para as coisas de Deus, quando passa a não
ter nada consagrado em sua vida, estando o caminho livre para que esse mesmo espírito possa
tocar.
Agindo dessa forma, fica liberado:
• o espírito assolador que vem para trazer assolação, ou seja, colocar medo, insegurança,
angústia, depressão, tudo o que leva o homem a agir sem pensar, de forma precipitada e cega,
abrindo caminho para
• o espírito destruidor. Este acaba com tudo que o homem possa ter conquistado. E mais:
descaracteriza sua forma de viver, fazendo com que venha, além de perder tudo o que é material,
perder também sua dignidade.
É justamente nesse ponto que o homem se volta para as drogas, álcool, prostituição, roubo,
suicídio, assassinatos, etc. Sua vida moral passa a não representar mais nada e aquele que
poderia ser um príncipe de Deus, passa a ser um escravo do diabo. O homem escravizado pelo
inimigo passa a ser instrumento do diabo para entristecer a Deus. Prostrado pelo roubo e agora
subjugado pelo
• espírito da vergonha, não encontra forças para fugir e sair dessa situação. O fim da
vergonha é o opróbrio, ou seja, a exposição diante de todos, família, amigos, sociedade. É o
regozijo do inimigo e a tristeza de Deus, pelo fato de não ter criado o homem para essa
destruição.
Da mesma forma que Neemias identificou esses espíritos e lutou para reverter cada uma
dessas situações com ajuda do Senhor, nós também lutaremos para a glória e Deus!

Aspectos importantes da Intercessão:


a. Intercessão é colocar uma reivindicação na habilidade de Deus pela oração intercessória.
Trazendo a habilidade de Deus à situação em que você está intercedendo, não há nada passivo
na Intercessão. Nela nos agarramos a Deus. Como? Chegando diante dele com Sua Palavra em
nossos lábios de acordo com Isaías 62:6-7:
“Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os
que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e
a ponha por objeto de louvor na terra”.

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b. Intercessão é servir a Deus na evangelização do mundo. O Salmo 2:8 declara:
“Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra
por tua possessão”.

O Espírito não conhece distância, não há limitações em nosso espírito e, pela Intercessão,
podemos pôr os pés em todas as nações da terra.
c. Intercessão é orar o que está no coração de Deus. Podemos, pelo Espírito de Deus, conhecer
o que está no Pai e transformar Seus bons desejos para com os filhos dos homens em motivo de
oração.
“ com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a
perseverança e súplica por todos os santos ...”
Ef 6:18

d. Interceder é ser colaborador de Cristo Jesus, que está intercedendo no céu todo o tempo. Nós
somos chamados a partilhar do Seu ministério. Como? O Espírito Santo traz ao nosso coração
aquilo que Jesus ora diante do Pai e nós passamos a orar em perfeita harmonia com Ele, sendo
cooperadores na mesma obra de ver manifesta a vontade de Deus na vida dos homens.
“26.Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar
como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.34. “...
É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também
intercede por nós.”
Rm 8:26,34

“... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados;
basta ao dia o seu próprio mal.”
Mt 6:33-34

e. A intercessão transforma o nosso espírito em lugar propício para o Espírito Santo trazer à luz
as promessas de Deus. É como se nosso espírito se transformasse em um útero onde as
sementes das promessas de Deus fossem lançadas e cobertas pelo Espírito Santo até o
momento de virem à luz.
“Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto
também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.”
2 Co 1:20
f. A intercessão nos leva ao reino do espírito. Na prática da oração intercessória, movida pelo
Espírito de Deus, somos levados a ver no reino espiritual. Não devemos temer o sobrenatural, a
sensibilidade do nosso espírito se desenvolve na presença do Senhor nosso Deus.
g. A intercessão nos torna parte de Deus. A fumaça do incenso é aspirada por Deus.. O incenso
são as nossas orações, o que se aspira, entra para oxigenar nosso corpo e se torna parte de nós;
é assim que, pelas nossas orações, fazemos parte de Deus.
Compare
“Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para
oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; da mão
do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos”.
Ap 8:3-4
com
9
“... ofereceu incenso às tuas narinas e holocausto, sobre o teu altar”.
Dt 33:10

h. A intercessão está sob a lei da semeadura e ceifa. Aquilo que semeamos colhemos
multiplicadamente, quer o bem quer o mal. Se semearmos discórdia, criticismo, falta de
misericórdia, é isso o que colheremos; mas, se semearmos amor, tolerância e misericórdia, isso
mesmo ceifaremos; quanto mais orarmos por outros, mais Deus levantará intercessores a nosso
favor.
“Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo
o que antes possuíra”.
Jó 42:10
“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com
abundância também ceifará”.
2 Co 9:6

PERFIL DO INTERCESSOR

Jesus é o único mediador (leia-se, intercessor) entre Deus e os homens.


“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”.
1 Tm 2:5

Esta é a principal “tarefa” do Filho de Deus ressurreto, colocado à direita do Pai. Portanto,
Intercessão era uma das grandes marcas do ministério de Jesus.
Hebreus 7 nos fala de Jesus depois da Sua morte, ressurreição e ascensão: somos
informados que Jesus é nosso sumo sacerdote à destra de Deus. Por ter um sacerdócio imutável
que nunca passará dele, Jesus
“ ... pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles”.
Hb 7:25

O profeta Isaías, que tanto tratou de temas messiânicos, registra a indignação de Deus
quanto ao fato de não haver “alguém” que, pela sua justiça, pudesse ser capaz de interceder, de
buscar pela eliminação dos pecados, e sua conseqüente vitória sobre as péssimas situações
vividas pelo seu povo.

“E viu [Deus] que ninguém havia, e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu
próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve;...”.

Deus precisou levantar um intercessor justo – humano/divino. Enviou, portanto, Seu Filho
Jesus.

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Conceito
A palavra intercessor quer dizer mediador, advogado, ou seja, aquele que se coloca no
meio entre duas partes para se buscar um acordo ou vitória.
Um intercessor nunca busca a derrota de alguém, embora deva saber com clareza que o
oponente é aquele que, na verdade, quer vê-lo derrotado e deve ser vencido em nome de Jesus.
Convém saber que:
“...a nossa luta não é contra a carne e sangue, e sim contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
Ef 6:12

O intercessor, como mediador ou advogado, não deve agir sem conhecimento de causa:
quanto melhor o seu preparo, mais rápida será a vitória. Saber com quem se está lutando e com
que armas devemos enfrentá-lo é preponderante.

Características de um intercessor
Para exercer o ministério de intercessão é necessário ter algumas características,
indispensáveis, para que haja bom êxito. Essas características são pessoais:
- inatas (i.e., que já nascem com a pessoa)
- ou adquiridas, aprendidas (i.e., formadas).
Existem alguns aspectos importantes, que fazem parte da vida ministerial de um
intercessor. Os principais são:
- inconformismo,
- vida de oração,
- disposição,
- fidelidade.
Além destes atributos, um intercessor precisa ter:
a. Amor - sem amor não se pode orar; todo filho de Deus tem amor, pois
“Deus é amor”
1 Jo 4:8b

b. Identificação - muitas vezes o intercessor sentirá o que sente a pessoa por quem ele está
orando. Essa identificação é o combustível para o seu amor. Ela nos ajuda a entender a situação
e nos consagrarmos à intercessão.
c. Compaixão - é um ingrediente do amor divino. Essa compaixão está bem presente no
ministério de Jesus. Jesus é a compaixão de Deus andando no meio dos homens.
d. Discernimento - este é o dom especial de se conhecer com segurança se certo
comportamento é divino, humano ou satânico.

Perfil do Líder
Liderança é um assunto muito falado, discutido e ensinado. Ainda assim, sempre há alguma
coisa boa que podemos acrescentar.

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O sucesso da liderança depende de como ela é conduzida. A Bíblia ensina como liderar e
há muitos exemplos de líderes nela, como Jacó, José, Moisés, Josué, Davi, Débora e outros,
porém, o maior exemplo descrito na Bíblia está em Jesus.

O que é ser um líder?


O dicionário explica: líder é o chefe, o condutor, o tipo representativo de uma sociedade, o
representante de um grupo político ou partidário. É um aportuguesamento do inglês “leader”,
palavra adotada por A. Binet, a partir de 1900, para designar a pessoa que tem comando e
influência em qualquer tipo de idéia ou ação.
Por se colocar à frente dos demais, o líder é alguém de destaque: sobre ele estão olhares e
esperanças de realizações. Normalmente, é ele quem vai ajudar o grupo a seguir seu caminho,
orientando, sugerindo, trabalhando com a equipe.

“O problema é que entende-se mal o conceito de líder. Ou é alguém que faz tudo sozinho e o grupo fica na
arquibancada observando para ver se vai dar certo ou não e onde estão as suas falhas e fraquezas, ou é aquele que
dá ordens.” (Mucchielli, 1979)

Contudo, há uma diferença entre chefiar e liderar. Segundo a autora Nancy Gonçalves
Dusilek (1987):
• chefiar é atingir objetivos através de recursos humanos e materiais;
• liderar é levar as pessoas a agirem com esforço e dedicação para atingir os objetivos
desejados/comuns.
O chefe é instituído formalmente: nasce de um ato burocrático, de alguém que nomeia, que
designa.
Já o líder nem sempre possui autoridade formal.
É interessante notar que nem todo chefe é necessariamente um líder, nem todo líder
ocupa cargo de chefia. O chefe poderá fazer com que seus subordinados trabalhem e alcancem
objetivos, usando de sua autoridade hierárquica.
O líder levará seu pessoal a atingir os mesmos objetivos, com maior eficiência e
eficácia, por conseguir manter a sua equipe motivada e coesa.
O chefe se contenta com tarefas; o líder consegue entusiasmo, interesse pelo trabalho e
cooperação.
O chefe tem subordinados, o líder tem seguidores.
O líder não apenas se destaca do grupo, como o influencia de alguma forma.

Daí entendermos que a obra de Deus sempre precisou, e continua precisando, de


líderes! Homens e mulheres comprometidos com a visão de Deus.
Para tanto, a liderança é um dom descrito em Romanos 12:
“De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é...
o que preside, [ faça] com zelo...”
vs 6, 8
12
O que é ser um líder na visão da Comunidade Cristã Espaço de Oração

É ser um guardião da visão que Deus tem nos dado! É aquele que precisa estar pronto,
preparado. Aquele que vai à frente para abrir a visão (incentivar), identificar e classificar as várias
situações, organizar o grupo e, juntamente, com ele chegar à vitória, ou seja, à transformação de
situações.
• Perfil do Líder: deve conhecer e ter a visão do ministério, bem como equilíbrio, discernimento,
relacionamento com os pastores e /ou dirigente.
• Função do líder: planejar, informar, avaliar, controlar, recompensar, entre outras, tendo como
finalidade ajudar o grupo a atingir os seus objetivos. Ele também tem a função de facilitar a
realização de determinados trabalhos por seus liderados, ao mesmo tempo em que oferece
oportunidade para o crescimento e desenvolvimento (pessoal, espiritual e ministerial) dos
mesmos.
Foi assim com Davi, que fez de homens escondidos e cheios de problemas, valentes
capazes de realizar uma obra digna de ser ofertada a Deus!
“Ajuntaram-se a ele todos os que se achavam em aperto, todos os endividados,
e todos os amargurados de espírito; e ele se fez chefe deles; havia com ele
cerca de quatrocentos homens”. I Sm 22:2
“Então aqueles três valentes romperam pelo arraial dos filisteus, tiraram água da cisterna
que está junto a porta de Belém, e a trouxeram a Davi; porém ele não quis bebê-la, mas derramou-a
perante o Senhor;”
II Sm 23:16

Existem alguns princípios que devem nortear uma liderança abençoada e responsável:

• O princípio da visão. Como a visão do líder é a base da sua liderança, ele deve estar
constantemente consciente dela, bem como deve verificar se a está comunicando eficientemente
aos membros do grupo, e ainda se o grupo está atuando no sentido de realizá-la.

• O princípio do amor. O amor se interessa pelas necessidades reais das pessoas e, portanto, o
líder deve estar consciente delas.

• O princípio da humildade. O líder deve estar vigilante quanto a atitudes e práticas suas que
possam violar esse princípio.

• O princípio da comunicação. A comunicação é um processo que está sempre acontecendo. O


líder precisa comunicar-se eficientemente e, para isso, deve estar constantemente em contato
com seus liderados e com o universo que o cerca.

• O princípio do investimento. No nosso caso significa investir na vidas que estão sob nossa
liderança, levando-as ao crescimento, especialmente espiritual. Investir nosso tempo e nosso
conhecimento deve ser fundamental.

• O princípio do poder de persistência. As dificuldades existem. Sempre haverá problemas.


Mas tais dificuldades e problemas podem ser superados - não necessariamente eliminados - pelo
poder da persistência.

13
• O princípio da autoridade. O líder só pode exercer o princípio de autoridade se estiver
consciente do que está fazendo e porquê. Ele deve estar consciente tanto da sua autoridade
interior quanto da exterior.

• O princípio da conscientização estabelece que o líder deve estar bem consciente de todos os
aspectos de sua liderança, controlando constantemente seu desempenho, de modo a alcançar a
excelência. O líder também deve estar consciente de que seus recursos provêm de Deus. Ele
compreende que seu poder vem do Senhor JESUS.

Estes foram alguns dos princípios que nortearam a vitoriosa liderança de Neemias.

Da mesma forma que a situação em Jerusalém só pôde ser mudada quando alguém se
levantou como um líder, hoje não é diferente. O Senhor procura líderes, pois estes são escassos,
como o eram no tempo de Neemias. Porém, bastou que ele assumisse esse importante papel
para que houvesse transformação!
Sob o líder está a responsabilidade primeira de realizar a vontade de Deus e exibí-la
àqueles a quem Deus tem um propósito.

Quem é o líder?
O líder é chamado e vocacionado pelo Senhor.
Não é fácil ser líder, porque ele sempre está entre duas situações cruciais: a vontade de
Deus e o entendimento (compreensão) de seus liderados, como certamente já ouvimos de alguns
“ah, eu acho que não é bem assim...”ou “eu não concordo!”.
Neemias enfrentou muitas oposições de homens que não queriam ver a situação mudada.
Situações foram levantadas contra ele, mas o forte espírito de liderança que Neemias
tinha ,juntamente com oração, o fez não só persistir, como tirar seus opositores do seu caminho.
Outra dificuldade acontece também porque, na maioria das vezes, o propósito de Deus é
diferente dos propósitos do homem:
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor,...”
Jr 29:11

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos,
os meus caminhos, diz o Senhor,...”
Is 55:8

Ser líder significa, muitas vezes, ser “mal” interpretado e “bastante” confrontado. Todos os
líderes passam por isso. Neemias administrou várias situações que objetivavam demovê-lo de
seu propósito. O próprio Senhor Jesus teve, em toda a sua trajetória, inúmeras situações que
queriam pará-lo, através do povo, das autoridades, dos religiosos e até mesmo de seus
seguidores !

14
Comportamentos de um líder
O líder precisa saber que ele é um modelo a ser seguido. Ele deve ser diligente,
submisso e caminhar de acordo com aquilo que é a visão para o ministério do qual faz parte,
sempre em prol do Reino de Deus, conduzindo as vidas que lhe foram confiadas em amor, com
responsabilidade, maturidade e fidelidade. Esse é o maior respaldo para sua liderança.
O líder não precisa ser “bonzinho”, “legal”, “um amor de pessoa”, “gente fina”; mas ele
precisa ser cordato, educado, objetivo e imparcial além de, é óbvio, estar 100% embaixo da visão
que Deus estabeleceu para o seu ministério, coadunado às suas autoridades espirituais.
Para ser um líder sintonizado com a vontade de Deus é necessário ter algumas
características que vamos ver em Moisés:

a. Receber a autoridade de Deus (Ex 3:10)

Esse ponto é fundamental. Deus mesmo chamou Moisés e o colocou como líder de todo
o povo, que procurava em Moisés as orientações acerca de seus problemas. Para isso,
Moisés precisava estar em sintonia com o Senhor, pois vinha de Deus a resposta para os
israelitas. Moisés era usado pelo Senhor para isso. Deus o escolheu e lhe deu autoridade
para isso.

b. Dedicação do seu tempo na sua atribuição

Mesmo sendo chefe maior da nação, estava próximo e acessível a todos. Ele se ocupava
com o povo desde a manhã até o pôr-do-sol.

c. Humildade

Ele não deixava a soberba tomar conta de seu coração. Quando recebeu um conselho,
acatou-o.e vendo que estava em sintonia com a vontade de Deus e o colocou em prática. Ele
delegou poderes. Apenas as causas mais graves eram levadas a ele. As simples eram resolvidas
pelos chefes que estavam sob sua autoridade.

d. Mansidão

O homem de Deus não precisa ser autoritário, ditador nem arrogante para exercer
liderança. Moisés, escolhido por Deus, para liderar um povo, era manso. E, com esse espírito
manso guiou uma nação pelo deserto. (Nm 12:3)

Gerenciando pessoas
“Não eu, nós”. Esta frase é bastante conhecida nos trabalhos em grupo. Ela mostra, de
forma sucinta, aquilo que é o espírito de equipe. Nele, o trabalho não pode ser individualizado,
embora cada elemento tenha sua parcela de responsabilidade e de habilidade. Mesmo cada um
imprimindo sua marca e sua personalidade, no final, o que há de ser visto. é o conjunto.
Isto, porém, não inviabiliza nem despreza a estrutura hieráquica de uma equipe, qual seja: o
líder e os liderados.
15
Todo grupo, toda equipe de trabalho, contém um elemento que se destaca: o líder. Ele
arregimenta e faz com que o grupo possa realizar um consenso cooperativo e, esta
centralidade visa a obtenção de resultados. O papel do coordenador de grupo, que deve ser
potencializado em todos os integrantes da equipe, pressupõe a facilitação do processo de
interação e aprendizagem de desenvolvimento de novas condutas e papéis de modo ativo e
participativo. Assim, cabe-nos conhecer melhor as ferramentas para conduzir pessoas e os
papéis entre líderes e liderados.

Dusilek (1987), referindo-se às relações humanas no trabalho, sugere a busca da


cooperação de cada membro do grupo ao invés da ordem. Estabelece que, estilos de lideranças
muito autoritárias tendem a minorar os resultados bem como o que acontece com o estilo
permissivo. Enfatiza que o líder é um “desencadeador de ações”, um “motivador” cujo maior
trabalho é reconhecer as diversidades do grupo e fazer com que cada uma delas se torne
útil.
Percebe-se no mundo moderno que as empresas têm investido na área dos Recursos
Humanos, visando maior pro-atividade dos seus funcionários. Nunca se falou tanto em gerenciar
pessoas e Recursos Humanos como agora. Os resultados de uma política de valorização da
pessoa produzem resultados melhores e maior envolvimento dos funcionários com a empresa.
Cursos, treinamentos e seminários têm sido oferecidos aos grupos empresariais onde são
valorizadas tanto as pessoas, como as equipes. Tanto mais se juntam, mais é necessário
conhecer-se a si mesmo e ao outro já que as tarefas, como grupo organizado, requerem que seus
membros se conheçam e saibam conviver e trabalhar em equipe.

Tal caminho deve ser trilhado também pela igreja.

Uma pessoa fará melhor suas tarefas, se estas lhe forem ou prazerosas, ou parte daquilo
que a pessoa gosta ou com a qual se identifica.

Salomão ensina como podemos executar nossas tarefas ministeriais de forma que elas
não sejam pesadas; ao contrário, nos dêem prazer:

“Porque ao homem que lhe agrada, Deus dá sabedoria, e conhecimento, e alegria; mas ao pecador dá
trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dá-lo àquele que agrada a Deus...”.
Ec 2:26 – grifos nossos

O que um bom líder precisa saber...


Ordenar, gerir, chefiar, embora sejam atribuições importantes da sua função, não são
sinônimos de liderança. O principal é que o verdadeiro líder é aquele que tem capacidade para
influenciar (leia-se motivar) ou inspirar os outros a segui-lo.
Outro aspecto a saber é o dos relacionamentos interpessoais. Uma liderança
consciente e madura leva em conta o meio que a cerca, adaptando-se às limitações e
potencialidades do grupo. Sabendo que esse grupo é formado por indivíduos diferentes. Portanto,
cada ser humano é um indivíduo (pessoa considerada isoladamente, indivisível, única, singular)
com características, pensamentos, atitudes diversas um dos outros.

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O próprio líder é um indivíduo. Por isso, há diversos tipos de líderes e lideranças.
Algumas classificações são feitas de acordo com a personalidade e o estilo pessoal
daquele que lidera. Simplificando, as mais comuns são:
• O “permissivo”, o que procura sempre dizer sim;
• O “autoritário”, o que manda e determina;
• O “flexível”, aquele que tenta adaptar-se e contextualizar as situações, buscando sempre a
solução mais favorável.
Aponta-se esse último tipo como o mais provável de exercer boa liderança.
Há também diversos estilos de liderança. O líder poderá e deverá mudar de estilo quando
verificar mudanças na maturidade de seus subordinados.
Essas mudanças, porém, podem ser desenvolvidas pelo líder que, no entanto, precisa ser
cuidadoso para não delegar responsabilidades a um grupo que não está apto a recebê-las.

Um líder eficiente, portanto, adapta seu estilo de liderança à situação na qual exerce poder e
deve possuir uma “mente aberta”, não só para perceber mudanças, como também para mensurar
os resultados obtidos (sejam quais forem) e os desempenhos individuais.

EXEMPLO NEEMIAS

• UM LÍDER PRECISA ENTENDER QUE EXISTIRÃO OPOSIÇÕES, MAS ISSO NÃO SIGNIFICA
QUE ELE ESTÁ FORA DA VONTADE DE DEUS; AO CONTRÁRIO ! (Ne 2:19)
• UM LÍDER NÃO PODE ACEITAR QUE OS VALORES DE DEUS SEJAM ENTREGUES NAS
MÃOS DAQUELES QUE NÃO SÃO HERDEIROS DAS PROMESSAS ! (Ne 2:20)
Quando Neemias começou a reconstrução do muro, Tobias e outros homens se levantaram
contra ele. Queriam de todo jeito impedir a obra. Apesar de todas as adversidades, o muro ficou
pronto. Neemias voltou ao palácio de onde viera. Passado algum tempo, ele pediu novamente ao
rei permissão para voltar a Jerusalém. Sabe quem estava morando dentro do muro? Tobias.
Neemias procurou saber quem o colocara ali. E descobriu que foram os sacerdotes!!! No
lugar onde deveriam estar os dízimos e as ofertas, estava Tobias. Então, Neemias o pegou
pelos cabelos, jogou seus móveis do lado de fora e expulsou-o de lá. Depois, destituiu todos os
sacerdotes que permitiram aquilo. Ele realizou uma limpeza geral.

EXEMPLO  MOISÉS
• UM LÍDER PRECISA ENTENDER E ACEITAR OS PLANOS DE DEUS ANTES DE SEUS
LIDERADOS !

• UM LÍDER NÃO PODE ALTERAR OS PLANOS DE DEUS E FAZER SEGUNDO O SEU


PENSAMENTO DE HOMEM !

Um líder precisa saber que Deus NÃO chama fracassados mas, homens e mulheres que
Ele já escolheu desde o ventre das suas mães para esta função, ou melhor, para este
chamado. O Senhor chamou Moisés e deu a ele ordens definidas e lhe disse que ele não poderia
alterar essas ordens nem mudar os planos. Ele tinha de trabalhar em cima dos planos divinos e
fazer com que o povo os entendesse.

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EXEMPLO PAULO
• UM LÍDER PRECISA SABER O QUE FAZER E QUEM ELE É, SENÃO SERÁ FACILMENTE
ENGOLIDO ! (Gl 2:11)
• UM LÍDER NÃO PODE SE FIRMAR NAQUILO QUE ELE É COMO HOMEM, MAS NAQUILO
QUE DEUS FARÁ DELE ! (Fl 3:4-10)

O Apóstolo Paulo teve consciência do que fazer e hoje temos quase 50% do Novo
Testamento escrito por ele. Ele foi e continua sendo um instrumento de Deus. Seus escritos nos
orientam em como agir dentro dos propósitos do Senhor. Paulo tinha convicção de que fora
chamado e capacitado por Deus para o apostolado. Ele não valorizou sua condição humana,
cultural e de nascimento; mas pôs à frente de tudo isso a sua condição e aquilo que passou a ser
em Jesus Cristo (aliás, o que ele tinha anteriormente, considerou como “refugo para ganhar a
Cristo”). Além disso, apesar de tudo o que havia aprendido diretamente de Deus, não foi motivo
para que ele se tornasse satisfeito e perfeito nas suas próprias palavras:
“...mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”
Fl 3:12

O que se pode esperar do líder


a. Que ele seja um seguidor de Jesus (discípulo)
b. Que esteja debaixo de autoridade
c. Que ele deseje partilhar a sua unção e conhecimentos (no Senhor)
d. Que seja fiel à visão que recebeu
e. Que seja responsável, pois está formando vidas.

PERFIL DO LIDERADO

É o que está debaixo de autoridade em submissão, ou seja, tem uma missão conjunta, e
compreende que a hierarquia existe para que o trabalho seja organizado.
O liderado tem que ter objetivos de crescimento para sua vida e ministério, assim como para
a obra de Deus.
O sucesso de seu líder, equipe, ministério é o seu próprio sucesso. Dessa forma, deve estar
coeso à estrutura para colher o excelente fruto do trabalho.
Para que isso ocorra, ele deve estar aberto tanto a aprender, quanto a ensinar.
Precisa aprender a perguntar. Ninguém nasce sabendo e para que haja resultados eficazes
é necessário tirar todas as dúvidas, preferencialmente com seu líder e/ou autoridade espiritual.

Comportamentos de um liderado
Uma das principais marcas na vida de alguém que está subordinado é a fidelidade.
Fidelidade à visão, ao ministério, ao seu líder, e, obviamente, a Deus!

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Existe uma frase que expressa um sentimento maligno de independência, rebeldia e falta
de conhecimento do mundo espiritual – que é absolutamente organizado e hierárquico – e
acabou se espalhando entre os evangélicos: “não faço para homens e sim para Deus!”.
O próprio Deus instituiu homens para presidirem sua obra!
“E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como
pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do
Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não
mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos
homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos
em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de
todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si
mesmo em amor. Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os
gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela
ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, tendo-se tornado insensíveis,
entregaram-se à lascívia para cometerem com avidez toda sorte de impureza. Mas vós não aprendestes
assim a Cristo.”
Ef 4:11-20

Uma das maiores virtudes de Jesus Cristo era a sua submissão. Ele estava plenamente
ciente de sua missão como Messias e nada poderia demovê-lo disso, nem a sua própria
vontade!
“porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”
Jo 5:30b

O diabo usa as vaidades e a dureza do coração humano para plantar a desobediência e a


conseqüente rebelião. (Ez 28)
A Bíblia nos mostra claramente que quem instituiu as autoridades sobre as nossas vidas foi
Deus e o sucesso ou fracasso de nossa trajetória dependerá da nossa postura com relação a
esse princípio.

“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e
as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de
Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação”.
Rm 13:1-2

Portanto, essa verdade deve nortear todo o nosso proceder ministerial, se quisermos ter um
ministério próspero.

Características dos subordinados – Os Níveis de Maturidade


1. - Baixa maturidade do subordinado
a) Não tem motivação - vontade de executar a tarefa.
b) Não possui competência - habilidade para realizar determinado trabalho.
Os líderes que trabalham com pessoas com estes níveis de maturidade devem definir o papel
das mesmas e dirigi-las, em amor, quanto ao que fazer, como, quando e onde fazê-lo.

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2 - Alta maturidade do subordinado
Aqui as pessoas costumam ter tanto motivação quanto habilidade para realizar um trabalho.
Baixo relacionamento não significa falta de envolvimento do líder com o subordinado. Significa
sim, que o líder não precisa aplicar constantes esquemas de reforço para que desempenhos
desejados se manifestem. Os líderes que trabalham com pessoas deste nível de maturidade
deverão demonstrar confiança nos subordinados, delegando-lhes poderes para a realização das
tarefas.

O que eu posso esperar do liderado


a. Que ele esteja disposto a ser discípulo (a aprender, a caminhar, a realizar,      e a ser
transformado)
b. Que ele reconheça seu líder como homem de Deus
c. Que ele seja perseverante no seu propósito
d. Que ele seja submisso
e. Que seja responsável
f. Que seja fiel

O Ministério de Intercessão
O Ministério de Intercessão deverá ser formado por pessoas que se sentem responsáveis e
maduras, que sentem o chamado para integrar o ministério, que gostem de orar e de guerrear
espiritualmente e que tenham habilitação (espiritual) para serem verdadeiros atalaias, se
colocando nas brechas e, assim, possibilitando que possamos continuar na visão que Deus nos
deu, conforme o Livro de Neemias, de restauração de vidas !

Por que ser um intercessor


Sabemos que toda a sorte de bênçãos já foi liberada e está nas regiões celestes (Ef
1:3), onde também estão os opositores destas mesmas bênçãos (Ef 6:12). Daí, concluímos que,
para recebermos aquilo que nos é de direito e que já foi entregue, precisamos agir!

Daniel passou por essa experiência. Em Daniel 10:12 lemos:

“Não temas Daniel, porque desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreender e a
humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras, e eu vim por causa das tuas palavras”.

Que palavras foram estas capazes de deslocar o anjo de Deus em favor de Daniel? Estas
palavras de Daniel eram suas orações, sua intercessão para receber a revelação do Senhor!
Durante 21 dias houve uma batalha nas regiões celestes entre os anjos de Deus (mensageiros) e
o príncipe da Pérsia (diabo).

Existe uma frase muito citada que diz que a terra comanda o céu.

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Se pensarmos em termos do posicionamento espiritual, sim, é verdade! Nossas atitudes e
posicionamentos na guerra espiritual são o que nos coloca em derrota ou vitória.

Outro servo que também passou por resistências espirituais foi Neemias.

Para que ele pudesse levar à frente sua empreitada de reconstrução de Jerusalém, foi
preciso tomar posição de guerra. Todos estavam alertas e preparados para usar suas armas,
caso fosse necessário. Tudo para que a obra fosse concluída com êxito.
“Daquele dia em diante, metade dos meus moços trabalhava na obra, e a outra metade empunhava
lanças, escudos, arcos e couraças; e os chefes estavam por detrás de toda a casa de Judá; os
carregadores, que por si mesmos tomavam as cargas, cada um com uma das mãos fazia a obra e com a
outra segurava a arma. Os edificadores, cada um trazia a sua espada à cinta, e assim edificavam; o que
tocava a trombeta estava junto de mim”.
Ne 4:16-18

Então, como intercessores e tendo a visão de restauração e reconstrução de vidas, temos


que ter o mesmo posicionamento, sabedores, porém, que hoje estamos em um contexto
diferente, onde nossas armas não são as lanças e os arcos, mas são espirituais. Veja:
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir
fortalezas, anulando sofismas”.
2 Co 10:4
Já sabemos que essas armas são espirituais e poderosas. Mas, quais são elas? Dentre
várias podemos citar as que estão descritas em Efésios 6:1.
Jesus também ensina que esta condição nunca foi nova, mas faz parte da jornada daqueles
que estão e querem permanecer no seu reino.
“Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço,
e os que se esforçam se apoderam dele”.
Mt 11:12

Sendo assim, o ministério de Intercessão tem como arma principal a oração.

Atuações do ministério
O ministério de Intercessão é composto por vários tipos de atuação:
• Atuações nos cultos – garantir o bom andamento da palavra e do louvor, através da
oração, guerreando espiritualmente para que não haja bloqueios durante o culto e, para tanto,
intercedendo pela vida do pregador e dos que estão à frente dirigindo o culto.
• Atuações nos bairros – voltas de intercessão, súplicas, unção ao redor do bairro,
identificação dos principais pontos de comprometimento existentes – identificação, mapeamento
espiritual, estaqueamento da região e orações no cenáculo, munidas de todas as informações
descritas anteriormente.

• Atuações nos eventos – voltas intercessoras e unção com óleo ao redor das localidades
nas quais acontecerão os eventos do ministério. Exemplo: Marcha para Jesus, Culto de
Mulheres
• Intercessão pela igreja – cobertura de oração sobre os líderes da igreja, baseado em Ef
6:18-20:
21
“com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda
perseverança e súplica por todos os santos e também por mim; para que me seja dada, no abrir da
minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou
embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo.”

E pelos propósitos e desafios da própria igreja e por quaisquer outras causas pertinentes à
salvação de vidas humanas.

Funcionamento do Ministério
O ministério de Intercessão deverá se reunir, pelo menos quinzenalmente, sendo ministrado
pelos seus líderes, no nosso caso, pela Pastora Cristina ou Pastor Vito, sobre guerra espiritual
compartilhando as revelações, os sonhos, os testemunhos e também sendo orientados sobre em
quais situações devem interceder. Em caso de eventos, quais serão as estratégias utilizadas
(voltas, unção com óleo, relógio de oração, etc).
É importante que haja um espaço, não necessariamente exclusivo, mas separado, para que
as reuniões aconteçam sem dispersão e de forma a não serem interrompidas.

Qualificações de um intercessor
Existem várias qualificações que devem estar presentes na vida de um intercessor. Porém,
destacaremos cinco que devem ser visíveis na vida de um verdadeiro intercessor.
Exemplificaremos usando cinco homens–intercessores do Velho Testamento:
• Primeiro, um intercessor, como Abraão, precisa ter uma convicção absoluta da justiça de
Deus: que Deus nunca trará sobre os justos o juízo que somente os ímpios merecem. Ao mesmo
tempo, ele precisa ter uma visão cristalina da justiça absoluta e da inevitabilidade do juízo de
Deus sobre os ímpios.

• Segundo, ele precisa ter uma profunda preocupação com a glória de Deus, como Moisés
que recusou duas vezes a oferta de Deus de fazer dele o início do maior povo na terra. A glória
de Deus lhe era mais importante do que sua reputação pessoal.

• Terceiro, um intercessor precisa ter um relacionamento íntimo com Deus. Ele deve ser
alguém que possa estar diante de Deus e falar com franqueza total, porém com reverência.

• Quarto, um intercessor precisa ter desprendimento e disponibilidade para ir e realizar (pôr


a mão na obra!). Neemias não se apegou ao seu posto, à sua segurança... Ele saiu do conforto
do palácio e da fortaleza de Susã para estar na cidade destruída e vulnerável de Jerusalém.

Não existe um chamamento mais alto que o intercessor. Quando você se torna um
intercessor, terá chegado ao trono. Você não será visto pelos homens, porque esta é uma
22
posição invisível a eles, atrás do segundo véu; mas no reino de Deus sua vida terá valor no
tempo e na eternidade.

Essas qualificações, é preciso frisar, devem estar presentes na vida de um intercessor.


Com elas, a obra será restaurada e viveremos as vitórias que esses homens de Deus –
intercessores viveram!

Buscando as qualificações de um intercessor


Estas qualificações precisam estar presentes na vida (ministério) do intercessor para que ele
seja eficiente. Todos os homens citados acima eram pessoas comuns que apenas se
disponibilizaram nas mãos de Deus para executarem aquelas tarefas.

Dessa forma, para ser um intercessor com as qualificações necessárias é preciso, em


primeiro lugar, estar com seu coração voltado para os planos de Deus, para Sua visão, para
Suas prioridades e colocar-se como dependente do Espírito Santo para ser formado um
intercessor, um guerreiro de oração.

VENCENDO DIFICULDADES NO MINISTÉRIO


Não podemos ser ingênuos a ponto de achar que nossa oração nunca sofrerá impedimento
até virem as respostas, nem que o mundo espiritual ficará quietinho. Para dificultar o
desempenho do nosso ministério se manifestam vários obstáculos e barreiras que temos que
enfrentar e superare muitas vezes esses obstáculos você encontrará dentro da própria igreja.

Barreiras de relacionamento
Como já falamos, as pessoas são diferentes entre si e isso já é o bastante para que, muitas
vezes, os relacionamentos sejam difíceis. Porém, temos o exemplo em Jesus que reuniu e
conviveu com personalidades diversas em todos os aspectos: social, familiar, religioso,
profissional etc, e fez desse grupo seus discípulos, os continuadores da Sua obra.
Esse deve ser o nosso foco, a obra de Deus. Ele pode usar um pescador ou um médico. E
quer fazer isso. Temos que estar dispostos a conviver:
a. com o líder: Deus o escolheu e o capacitou para estar à frente do ministério e temos que ter
maturidade suficiente para receber suas ordens. Se há alguma barreira nesse relacionamento,
ela deve ser exposta para tratamento. Nunca omitida, para não prejudicar a própria obra de
Deus.
b. com o grupo: Timidez e falta de amizade podem ser grandes barreiras nos relacionamentos
com o grupo a que estamos vinculados. Para que isso seja vencido,, devemos pedir ajuda de
líder, que saberá orientar o melhor procedimento.

23
Barreiras de compromisso
a. com os horários: É preciso superar a síndrome de que brasileiro deixa tudo para a última
hora! Esse é o costume da terra que não pode ser assimilado pela igreja. Precisamos nos
organizar melhor para chegarmos antes do horário marcado aos nossos compromissos.
b. com as faltas: Quando ficamos ausentes de um compromisso, deixamos de receber “direto da
fonte” as orientações de Deus para o ministério. Nisso somos roubados. Precisamos quebrar
essa barreira, levando em conta a importância de cada compromisso ministerial. Ele é único!
c. com as reuniões: Cada compromisso agendado no ministério tem sua importância e objetivo.
Muitas vezes menosprezamos reuniões por acharmos que vamos ouvir as mesmas coisas e que
já sabemos o que vai ser tratado. Mas, quando superarmos esses sentimentos equivocados, nos
abrimos para receber as informações e estratégias necessárias para termos um ministério
próspero.
d. com as determinações: Essa barreira torna-se um pecado, pois negligenciamos aquilo que
vem de Deus, através das nossas autoridades espirituais. Ouvimos, recebemos, mas não
aplicamos. Neemias tinha uma determinação para o povo:
“vinde, pois, e edifiquemos o muro de Jerusalém, para que não estejamos mais em opróbrio.”
Ne 2:17b

As determinações de Deus para nossa vida e ministério é o que traz transformação. Precisamos
obedecer a Deus!

Barreiras espirituais
a. falta de perdão. Esse é um sentimento humano que nos distancia da comunhão com Deus.
Mas, a liberação de perdão nos aproxima do amor de Deus, como Jesus em sua última
intercessão como homem, na cruz, exclamou:
“Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” Lc 23:34

b. pendências com o passado. Quando entregamos nossa vida nas mãos de Jesus Cristo,
morremos e renascemos Nele para uma nova vida. As nossas pendências, as coisas velhas ficam
para trás (2 Co 5:17), nosso pecado é tirado pelo Cordeiro de Deus (Jo 1:29). Daí para frente,
temos que vigiar e orar para não cairmos em tentação. A Palavra de Deus tem quer a Verdade
absoluta da nossa vida e não o passado,, especialmente quanto estávamos nas mãos do diabo!
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de
toda injustiça.”
1 Jo 1:9

d. traumas e complexos. Existem enfermidades na nossa alma que precisam ser curadas e não
arrastadas pelo resto da nossa existência. Porque, dessa forma, elas influenciam toda nossa
caminhada, não nos deixando livres para dar frutos.
Através de Jesus, podemos receber cura para os traumas, complexos e toda bagagem do
passado que estejam nos fazendo mal. Não podemos carregar mais aquilo que não é para
carregarmos! Vejamos do que Jesus é capaz:

24
“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.”
Mt 11:29,30
e “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” 1 Pe 5:7

Armas Espirituais

Existe uma “realidade” que acontece em uma outra dimensão (Is 6:1-9; Dn 10:7; 2 Rs 6:15-
17), a qual podemos penetrar para modificá-la, quando se trata de impedimento e retenções, ou
para conquistá-la sobre nossas vidas, quando se trata de bençãos (Ef. 1:3).
São as regiões celestes, onde acontece a chamada “batalha ou guerra espiritual” (Ef 6:12).
Portanto, nesse caso temos que usar armas que tenham efeito no mundo espiritual.
Deus nos tem dado inúmeras armas poderosas para destruir toda ação do inimigo e
precisamos aprender a manusear cada uma delas.

1. Jejum (Ne 2:4)


Neemias era o copeiro do rei Artaxerxes, ou seja, ele experimentava a comida antes do rei
comer para que, caso estivesse envenenada, o rei não fosse atingido por esta forma tão comum
de assassinato naquela época. Talvez pela importância de sua função e da dificuldade que teria
em jejuar, Neemias propôs este sacrifício a Deus. Neemias não estava propondo nada fácil, mas
algo que, humanamente, era impossível dele fazer!
O jejum não pode ser algo comum, não pode ser alguma coisa banal e sem propósitos, até
porque Jesus declarou que existem castas de demônios que só são expulsas através do jejum
(Mc 9:29). Isso significa que o jejum é uma arma de guerra muito eficiente !
O jejum é também uma forma de santificação, de separação para que Deus fale conosco e
nos dê as estratégias necessárias para vencermos as batalhas (Mt 4:1-8).

2. Oração (Ne 2:4)


O primeiro aspecto da intercessão é de combate.
Poderíamos perguntar: Por que se combate na intercessão?
Precisamos ter consciência de que não é Deus quem retém as bênçãos do Seu povo.
O ladrão é que procura segurar a benção no caminho (Dn 10:13). Por isso é preciso enfrentá-
lo! Neemias sabia que a situação adversa vivida por seu povo não era da vontade de Deus e, por
isso, uma das primeiras coisas que fez, foi orar. Foi interceder “perante o Deus dos céus” em
busca de condições, de estratégias, de capacitação para reverter aquela circunstância.
O substantivo oração é formado por dois verbos: orar  que significa falar, discursar; e 
ação  que significa tomar uma atitude, agir. Neemias não ficou só na oratória, nem na
lamentação quando ele ouviu as más notícias, mas tomou várias atitudes que o levaram a
transformar a situação desfavorável em bênção.

25
3. Arrependimento (Ne 2:6)
Muitos sentem remorso pelos seus atos errados, como Judas, o traidor. Porém, o
arrependimento, como o de Pedro, traz o perdão de Deus e a restauração. Pedro e Judas são
dois homens que nos mostram perfeitamente essa diferença. Se analisarmos as atitudes de
Pedro antes da crucificação, veremos que ele foi tão ou mais traidor do que Judas, já que Jesus
esperava muito mais dele que, dentre os doze, fazia parte de um círculo mais íntimo.

A palavra diz que Judas sentiu remorso por aquilo que fizera com Cristo, e por isso jogou
as moedas no templo (Mt 27:3). Não houve arrependimento, por isso não houve restauração.
E Pedro? Esse achou o caminho do arrependimento e viveu a restauração descrita em
João 21:
“tu me amas...? apascenta as minhas ovelhas”.

O remorso é apenas o medo das conseqüências do pecado; é, na verdade, um


sentimento egoísta, porque está preocupado apenas consigo mesmo, e não com o Senhor
nosso Deus.
Mas, o verdadeiro servo de Deus se arrepende de seus pecados e não quer mais voltar a
eles, e não pode perder a comunhão com Deus, e não admite ficar sem o Espírito Santo na sua
vida.
O caminho do arrependimento é mão obrigatória para quem deseja exercer o
ministério da intercessão e chegar ao destino de vitória. É o caminho de volta ao Senhor, é
especialmente humildade para reconhecer seu pecado e se reposicionar. É algo que acontece
não só em nível de alma, mas profundamente no espírito.
Arrependimento pelo pecado dos outros - Neemias, pessoalmente, não havia cometido
nenhum erro para que Jerusalém estivesse naquela condição de assolação e miséria. Ele não
contribuiu diretamente para que tal situação se instalasse, levando o povo de Deus ao opróbrio.
Mas, Neemias entendeu que, como parte do povo do Senhor, ele precisava se colocar no lugar
[na brecha] dos que erraram e pedir perdão.
“Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do teu servo, que
hoje faço à tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados
dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado. Temos
procedido de todo corruptamente contra ti, não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem
os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo.”
Ne 2:6-7

A experiência de Neemias nos ensina que o arrependimento é uma arma indispensável


para o intercessor.

Arrependimento pelo próprio pecado - Um dos fatos mais marcantes na vida de Davi, é ele ter
sido chamado por Deus de homem segundo o Seu coração, apesar de todos os pecados que
cometeu. Aprendemos que, o que fazia de Davi esse homem, era seu coração arrependido e
contrito.
Em seu Salmo 51, Davi expressa o primeiro e decisivo passo para o arrependimento – o
reconhecimento do seu pecado.

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A palavra nos mostra que o Espírito Santo é quem convence o homem, por isso quanto mais
comunhão com Ele tivermos, mais fácil será termos um verdadeiro arrependimento.
O culto que o Senhor deseja de nós é racional, um culto onde temos consciência de quem é
Deus e da necessidade que temos dEle.
Humilhar-se significa reconhecer; nesse caso, reconhecer que precisamos de perdão.
É assim que Davi se apresenta diante do Senhor. O grande rei, o ungido, o homem que matou o
gigante, não era perfeito, precisava ser lavado de seu pecado.

Conhecimento da Palavra (Ne 2:8-11)

Só se pode desejar mudar algo, quando se conhece qual a real vontade de Deus sobre
aquilo.

Neemias, apesar de não viver em Jerusalém, tinha claro as promessas de Deus. Sabia que
tanto a cidade quanto seu povo não foram feitos para viver aquela situação. Daí, ele começa a
“lembrar” Deus as promessas feitas a Moisés. Com isso, Neemias revela que era um estudioso
da Palavra de Deus! Ele cita literalmente palavras ditas por Deus em Deuteronômio a seu povo.
Além disso, o intercessor precisa conhecer a Palavra para tê-la como importante arma de
ataque contra o diabo (Ef. 6:17), a espada do Espírito.

Discrição (Ne 4:12,16)

Nem todas as ações de um intercessor devem ser conhecidas. Neemias tomou este
cuidado, pois sabia que as resistências humanas e espirituais estavam prontas a serem
manifestas. Ele agiu em silêncio, num determinado momento, até ter garantido o sucesso
da sua empreitada.
Essa característica é fundamental ao intercessor que também lida com causas
particulares da vida das pessoas, com intimidades, com suas fraquezas... O intercessor
precisa ser discreto e, no silêncio, trazer a vitória de Deus para aqueles que estão
precisando. Nunca expondo, nunca insinuando nem exibindo os problemas das pessoas.

Informação (Ne 4:13-15)

Para se ter bom êxito na guerra espiritual, é necessário conhecer bem a situação na qual se
pretende interferir. Estar bem informado sobre cada detalhe, a fim de não ser surpreendido por
nenhum fato desconhecido. O intercessor precisa ter esse cuidado!
Neemias foi pessoalmente aos locais que tinham sido assolados, observou atenta e
minuciosamente como estavam! Essa “visitação” de Neemias aos lugares atingidos pela
destruição fez com que ele desse “voltas” ali, numa atitude, ainda que inconsciente, de cerco
àquela situação. Eram as voltas não para derrubar, mas para edificar muralhas!

27
Como funciona o Ministério

Alguns recursos, como humanos e materiais, são necessários e fundamentais para a


existência de qualquer que seja o ministério e estão diretamente ligados ao seu funcionamento.

Vamos ver o Ministério de Intercessão por dentro como ele é:

1. recursos humanos. Nenhum ministério, obviamente, se faz sem matéria humana, sem gente!
Assim sendo, o Ministério de Intercessão deve começar por um grupo de pessoas que:
- queiram participar,
- queiram aprender (sejam ensináveis),
- que sintam um chamado (de Deus),
- que gostem de orar e acreditam na oração,
- que sejam amorosas, voluntárias e fiéis (a Deus, a seus líderes e autoridades espirituais
e àqueles que são objeto da sua intercessão).

Estas pessoas devem ser ministradas sobre o Ministério de Intercessão, pelo seu Líder e/ou
Pastor, no nosso caso, pelos pastores Vito e Cristina.

2. recursos materiais. Entre os principais recursos materiais que devem estar disponíveis ao
ministério de intercessão, estão:

a. O óleo da Unção (azeite)

Ungir significa derramar óleo sobre a cabeça (Sl 23:5), ou aplicá-lo a pessoa (Jo 12:3) ou
coisa. Cremos que a unção quebra o jugo (Is 10:27) e, com isso, traz a libertação de certas
condições espirituais sobre vidas e/ou objetos. Além disso, a unção denota a mudança de estado:
de comum para santo. Desta forma, os sumo sacerdotes eram consagrados com óleo, bem como
o tabernáculo, a arca, o tanque e as suas bases, o altar e o candeeiro (Ex 30:33).
O óleo (azeite, bálsamo ou unguento) puro é o produto da oliveira. Porém, entravam em sua
preparação vários elementos. Era preparado associado com essências aromáticas (Ex 37:29).
Eram utilizadas as mais excelentes especiarias no preparo do óleo da unção, como mirra,
cinamomo, cálamo, cássia, que era considerado “arte de perfumista” (Ex 30:22-25)
O óleo da unção simboliza o Espírito Santo (I Sm 16:12-13; ! Jo 2:27), por isso, a utilização
do óleo representa a graça divina dada através do Espírito, é o reconhecimento que as dádivas
espirituais vêm de Deus e a Ele pertencem.

b. Cenáculo

• O que é o cenáculo?

O cenáculo é um local reservado e disponível aos intercessores e destinado à oração.. No


cenáculo são colocados todos os pedidos de oração da igreja. Durante o culto devem ficar entre
dois e três intercessores orando exclusivamente pelo culto, segundo a liturgia do culto que é a
seguinte: abertura, louvor, oração do perdão e da familia, ministração da oferta, Palavra,
chamamento e bênção apostólica.

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12.1. Atividades do Ministério
1. Relógios de Oração
Formar duas equipes, dividindo o período de 24 horas entre as duas:
- A primeira equipe clama pelos pedidos da igreja (inclusive os pelo dia da ceia de maneira
mensal e permanente);
- A segunda equipe clama pelo Pastor Vito e Pastora Cristina e a sua família e por todas
as necessidades do ministérios da igreja (Exemplo: Orar pelo ministério Kids, ministério de
ensino, ministério de Louvor, Visitas, etc)
2. Guardiões da Promessa
Os Guardiões da Promessa são intercessores que oram e clamam pelas palavras proféticas e
promessas específicas, liberadas na igreja. Esse intercessor deverá ser na cadeira em frente ao
altar, com um caderno ou formulário próprio, e anotar todas as palavras proféticas lançadas
naquele culto. No final do culto, ele se reúne junto ao grupo, onde todos oram pelas promessas.
Após, essas anotações são juntadas e encaminhadas ao cenáculo e colocadas em uma pastinha
de PROMESSAS, onde continuam sendo alvo de oração.
3. Atuação nos Cultos
Com o objetivo de garantir o bom andamento da palavra e do louvor, através da oração,
guerreando espiritualmente para que não haja bloqueios durante o culto e, para tanto,
intercedendo pela vida do pregador e dos que estão à frente dirigindo o culto.
4. Cultos nos Lares
Antes de acontecer o culto nos lares, os intercessores deverão se reunir antes do culto,
quebrando toda ação do inimigo sobre as pessoas que foram convidadas para esse culto.
5. Nos eventos
Voltas intercessórias e unção com óleo ao redor das localidades nas quais acontecerão os
eventos do ministério.
9. Nos bairros
Voltas de intercessão, súplicas e unção com óleo ao redor do bairro ou em localidades
específicas, mapeamento espiritual, estaqueamento da região e orações no cenáculo, munidas
de todas as informações.

Convocações ministeriais

1. Santa Ceia
Todos os intercessores são convocados a participarem, que acontece no segundo domingo do
mês. com o objetivo de proporcionar a comunhão junto aos demais membros.

2. Reuniões de Ministério
Essas reuniões deverão acontecer no ultimo sábado de cada mês (no dia da vigília) onde então
haverá a queima de pedidos (colocados na caixa de oração); onde serão passadas as
orientações para os intercessores, sobre novos pedidos de oração.

Estratégias espirituais utilizadas no ministério

1. Voltas de Intercessão
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Esta estratégia é baseada no Livro de Josué cap. 6, quando havia um grande impedimento
para eles avançarem em direção à Terra Prometida. Este obstáculo era a fortíssima cidade de
Jericó. Deus deu uma estratégia para Josué e os israelitas:
“Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando a cidade uma vez; assim fareis por
seis dias. E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifre de carneiro diante a arca, e no sétimo dia
rodeareis a cidade sete vezes; e os sacerdotes tocarão as buzinas, e será que tocando-se longamente a
buzina de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido da buzina, todo o povo gritará de grande grita: e o muro
da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si”.

2. Mapeamento Espiritual
Levantamento feito pela intercessão de todos os pontos de comprometimento no bairro, ou
cidade que, de alguma forma, influenciem as vidas; levantamento histórico do bairro ou da cidade,
como surgiu, significado do nome... como por exemplo: casas de jogos, bingos, bares,
prostíbulos, pontos de drogas, centros de de umbanda e candomblé, maçonaria, etc.
Esse mapeamento deve ser alvo de intercessão conforme orientação do Pastor .Para
se fazer um bom mapeamento poderá ser usado como base uma cópia do mapa da região (guia
de ruas), verificando as limitações do bairro ou da cidade.
Você intercessor vai mapear o local onde esta a sua Igreja, localizar os pontos onde a
obra do diabo tem sido feita, aliar informações físicas (o que é) e espirituais (tipo de
manifestações). Fazer um levantamento o mais detalhado possível: todos os bares, pontos
de prostituição, pontos de drogas, centros de macumbas, igrejas católicas, locais de
reuniões de seitas, maçonaria, locais onde normalmente se faz despachos, vai orar em
pontos estratégicos como as entradas das cidades e/ou bairros, rodoviária, aeroporto,
porto, prefeitura, câmara municipal, ore, derrame óleo da unção nas ruas, ore pelas
famílias para virem à Igreja e mantenha tudo atualizado e veja o trabalhar de Deus .

3. Estaqueamento Espiritual
Posicionar estacas ou alfinetes em mapa da região a ser conhecida, a fim de apontar as
localidades que tenham comprometimento espiritual e que devem ser objetos de intercessão e/ou
de outras estratégias que forem orientadas.

4. Jejum
Jejuar não é simplesmente deixar de se alimentar, mas é utilizar-se de uma importante arma
espiritual. Nosso ministério reconhece e utiliza esta estratégia sistematicamente a fim de
conquistar habilitação para suas Palavras Proféticas (Mt 17:21).

O jejum está intimamente ligado à oração (Sl 35:13) e traz as bençãos de Deus. Existem
vários tipos de jejum e cada um deve ser usado a depender da finalidade.
Vejamos alguns:
• Jejum típico - é aquele onde o indivíduo se abstém totalmente de alimentos sólidos (Mt 4:2)
• Jejum completo - este é também chamado de jejum absoluto e consiste na abstinência de
alimento e de água (At 9:9).
• Jejum parcial – este consiste em abster-se de determinados tipos de alimentos (Dn 1:12).

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Não existe um tempo pré-determinado para a duração de um jejum, porém existem alguns
períodos na Bíblia, os quais nos servem de base:
• Um dia – Os filhos de Israel (1 Sm 14:24; Jz 20:26)
• 3 dias – Jejum de Ester (Et 4:16)
• 21 dias – Jejum de Daniel (Dn 10:2-3)
• 40 dias – Jejum de Moisés, Elias, e Jesus (Mt 4)

Algumas sugestões para jejuar melhor:

• Determinar um tempo de duração para o jejum


• Comece abstendo-se de alimentos sólidos, mas ingerindo líquidos.
• Planeje passar o máximo de tempo possível que está jejuando em oração
• Comece com o arrependimento (Sl 69:10), sonde o coração para tirar dele todo o pecado
(Sl 19:12; 1 Jo 1:8; 1 Jo 1:10)
• Peça perdão (1 Jo 1:9). A base de nossa purificação é o sangue do Cordeiuro (1 Jo 1:7),
por Ele somos vitoriosos (1 Co 10:13; 1 Jo 5:4-6).
• Ore incessantemente fazendo pedidos específicos (1 Ts 5:17), ore com fé (Tg 1:6; Mt 7:7)
• Jejue e adore a Deus (Lc 2:37b)

Deve-se tomar cuidado para que, aquilo que é uma arma eficaz e poderosa não acabe se
tornando em legalismo, ou seja, associado à idéia de se fazer boas obras para agradar a Deus.
Outro cuidado é não se deixar envolver por motivações erradas, isto é, qualquer coisa que fira
princípios espirituais.

Para evitar tais situações podemos tomar como base as orientações que estão em Isaías
58.

Procedimentos

1. Ao chegar à Igreja
O intercessor deve chegar à Igreja, preferencialmente, 30 minutos antes do início do culto.
Reunido com sua liderança e demais integrantes do Grupo, devem orar, uns pelos outros, e
confessar os pecados, antes de iniciar qualquer atividade pertinente ao ministério. Orar
diariamente pelos seguintes motivos:
• Pelas cadeiras – deve-se ungir com óleo, numa atitude profética em que cada
cadeira será ocupada por uma pessoas que o Senhor chamou exclusivamente para este
culto, e se nós orarmos de maneira intensa e com peso, o Senhor nos dará uma experiência
muito profunda de termos a revelação de particularidades desta pessoas e de maneira
sobrenatural conheceremos o que significa o Salmo 139 e Jeremias 1:5.
• Pelo prédio – orar pelo espaço físico (cômodos, salas, equipamentos de som, caixas de
força, banheiros, região circunvizinha, etc.)
• Pelo púlpito e instrumentos –orar pelos instrumentos musicais e pelo púlpito,
profetizando o estabelecer da plenitude da Glória do Senhor através da música, como também
através de todas as partes do culto e principalmente da mensagem. Sempre orando de maneira
eficaz, orando a Palavra.

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• Pelos ministérios e corpo de Oficiais – deve-se orar de maneira muito específica pelo
departamento infantil, pois é um ministério anexo ao culto, que além de cuidar do futuro da igreja,
influencia o andamento e a concentração do mesmo, de maneira direta.
• Orar contra os impedimentos – chuva, enchentes, trânsito, acidentes, enfermidades
circunstanciais, cansaço físico, mental e etc.
• Para que Satanás não exponha ninguém – deve-se posicionar de autoridade espiritual e
proibir toda a manifestação de demônios no local de culto, antes, durante ou após o mesmo. Uma
das artimanhas do diabo é expor a pessoa, ridicularizando-a, a fim de que ela se sinta
envergonhada e não volte mais à igreja. O intercessor tem autoridade para proibir esta atuação
do inimigo.

2. Durante o Culto
• Por salvação – para que todas as pessoas que estejam no culto e ainda não aceitaram
Jesus, sejam salvas.
• Pelo louvor – Durante a ministração do louvor os intercessores cantam. Caso haja alguma
interferência no andamento do louvor, seja técnico ou de seus ministrantes, orar intermediando e
anulando todas as obstruções criadas ou em vias de acontecer. O louvor liberta (I Sm 16:23 e At
16;19-26).
Se as pessoas estão como que anestesiadas e não louvam, significa que devemos orar para
que elas sintam a plenitude e a presença do Espírito Santo de Deus - o Senhor habita no meio
dos louvores (Sl 22:3) e que toda a prisão em que elas se encontram, sejam quebradas e elas
possam sentir alegria em louvar.
Este momento é muito importante, porque dependerá dele todas as partes do culto. Se não
fluir bem o louvor, em nível de adoração, poderá haver resistências para o livre mover do Espírito
Santo operar no interior das pessoas. Para os intercessores é o momento de muita
responsabilidade em que o papel dos mesmos influirá diretamente no culto.
• Pela oração de confissão – No momento da ministração do perdão, o intercessor se
posicionará em relação ao povo para que nenhum pecado fique oculto neste momento - é uma
guerra, pois a tentativa do inimigo é criar impedimentos (1 Ts 2:18), para que as pessoas não se
abram totalmente.
• Pela oração da família – É um outro momento determinante onde se observam muitas
pendências ocultas em relação aos sentimentos, seja entre casais, entre filhos e pais, irmãos ou
famílias inteiras, pois é comum haver raízes de amargura, solidão, inveja, ciúme, violência,
desprezo e principalmente falta da reconciliação entre os da própria casa.
É comum existirem adversários debaixo do mesmo teto. É necessário conserto (Mt 5:21-26),
pois há muitas enfermidades causadas pela intriga e divergência em famílias (vide histórias de
Caim e Abel, Noé e seus filhos, Jacó e Esaú, José e seus irmãos, Eli e seus filhos, Davi e
Absalão).
• Pelos dízimos e ofertas – Em primeiro lugar o intercessor deve ser dizimista, para que
haja habilitação e constituição nesta área. Seu entendimento em relação aos empreendimentos e
objetivos do ministério deve ser totalmente favorável sem questionamento ou divergências.
Em segundo lugar, deve ter uma profunda compaixão pelas pessoas, por causa de suas
amarrações em relação a esta área que causam: deserto, esterelidade, impotêcia, incredulidade,
tristeza, maldição da terra, opróbrio, limitação de oportunidades, incapacidade de enxergar-se
digno e sentimento de pequenez (Jz 6)
O entendimento do povo em relação a esta prática depende muito da ministração
sobreposta à Palavra, pois ainda que voluntária, nós que já conhecemos esta poderosa ordem do
Senhor (Ml 3:10), sabemos que as intervenções, contaminações e comentários são inversos a
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esta ação, porque diz respeito a área da sociedade mais atingida nos nossos dias, que é a
situação financeira.
O homem está acostumado a colocar seus valores numa expectativa enganosa, de ter
benefícios imediatos ou a garantia deles de maneira palpável,
Deixando de lado a característica sócio-econômica, é evidente uma atuação de demônios
especificamente comandados para interferirem neste momento do culto, via sentimentos e
habilitações anteriores, principalmente em relação a aqueles que de maneira voluntária ou
involuntária participaram de algum tipo de culto a entidades demoníacas, prática esta muito
comum em nosso país, como também indiretamente através de jogos de azar e todo tipo de
enriquecimento fácil, que também gera vícios e dívidas que são prisões espirituais (Jl 1 e 2).
Deve existir uma atmosfera favorável sobre o público, e constatações das promessas
ministradas através de testemunhos (sinais, milagres, experiências materiais adquiridas), pois os
mesmos além de serem uma forma de oferta, tem um papel preponderante no selar da benção
para que o devorador não tenha acesso a dádiva concedida, além da edificação mútua.
• Pela ministração da Palavra – para que as pessoas recebam e elas frutifiquem em
salvação, em cura, em libertação.

3. No final do culto
Chamamento – para que todas as pessoas que estão participando do culto e ainda não
aceitaram Jesus sejam salvas.
Para que aqueles que estavam afastados do Senhor (da Igreja) se reconcilie.
Na oração da concordância final – liberando sobre a Igreja todas as bênçãos contidas na
mistração da Palavra.

4. Após o culto
Orar agradecendo a Deus pelo mover, pela salvação, pelas curas, pelos milagres, etc. Pedir
para o Senhor guarde cada um que esteve presente, e ninguém seja roubado da Palavra
(espiritualmente), nem seja alvo de nenhum tipo de acidente ou incidente (materialmente). E que
Deus leve todos em segurança. Para que Deus coloque seus anjos guardando o templo.
O intercessor precisa saber qual posição física irá ocupar no templo (frente, fundos, laterais,
parede, cadeira, cenáculo, etc.).

O intercessor precisa saber qual serão seus alvos de oração, quais as orientações vindas da
liderança. após receber tais instruções, o intercessor deve ocupar o lugar que lhe foi designado
tão logo inicie o culto.

5. Locais de ocupação
a. No culto
1. OS QUE IRÃO INTERCEDER PELO ALTAR E PELA PALAVRA  Deverá ocupar as
primeiras cadeiras em frente ao altar
2. OS QUE ORARÃO PELO CULTO E PELOS MEMBROS  FICARÃO DISTRIBUIDOS
PELAS PAREDES (EM PE)

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b. ao se posicionarem:
• O intercessor ficará orando de olhos abertos;
• O intercessor não precisará levantar os braços nem as mãos, nem fazer gestos;
• O intercessor ficará atento ao movimento (físico e espiritual) durante o culto;
• O intercessor pode participar dos momentos de louvor;

Dúvidas mais comuns


1. Em relação ao trabalhos antes e durante o culto
1. O intercessor pode sair do seu lugar (de sua posição ocupada no templo) durante o
culto ?
Pode. Desde que só saia fisicamente e com algum objetivo importante ou inadiável; porém,
espiritualmente, ele deve estar em espírito de oração intercessória.
Atitudes como ir ao banheiro ou beber água não interferem sobre o intercessor nem sobre o culto,
porém não são desejáveis. Ele deve procurar satisfazer suas necessidades antes de dar início ao
seu “trabalho”.
Obs.: Um intercessor deve ter claro que seu chamado é interceder e isto significa estar
posicionado em espírito para que receba as instruções de Deus acerca do que Ele deseja
realizar. Ele é um atalaia que anuncia o que está para acontecer, o que dá alarme para que o mal
não sobrevenha (Ez 33:2-9)

2. O intercessor pode participar do louvor cantando, batendo palmas ?


Pode, pois ele está participando em contínua oração, em espírito, e ligado naquilo que o Espírito
Santo possa ministrá-lo. O louvor liberta e não deixa de ser oração Como diz a letra da música.há
momentos em que o louvor é a melhor das orações.

3. O intercessor pode repetir orações de concordância feitas durante o culto e no final ?


Sim, pois como o próprio nome diz é oração de concordância, ali ele está envolvido como Igreja e
não deixando de realizar o seu papel de intercessor.

4. O intercessor pode fechar os olhos no momento da oração ?


Pode, mas não deve. Ele deve estar observando o movimento físico e espiritual que possa
ocorrer durante as orações, o que o possibilita investir mais fortemente num determinado tipo de
oração. Como por exemplo: se alguém não está conseguindo orar, ele pode interceder a Deus
nesse sentido, contra aquela situação.

5. O intercessor pode dar as mãos durante a oração da família e outras onde ocorre essa
determinação ?
Somente em casos específicos, quando o ministrante solicitar tal atitude. Caso contrário, deve
permanecer no seu lugar e interceder pelas famílias. Ele pode se privar disso, até porque se não
acaba entrando no “clima” do culto propriamente dito: cumprimente as pessoas, declare uma

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palavra, e por aí afora, quando, na verdade, ele está escalado para interceder e ele poderá
participar de tais procedimentos quando não estiver em escala de trabalho ministerial.
6. Qual a importância da unção das cadeiras? Com que freqüência deve acontecer?
A unção é uma consagração a Deus. A unção nas cadeiras e do local de culto é importante, pois
sabemos que a ela quebra o jugo e, dessa forma, estará havendo liberação em todo o ambiente
e nas vidas que participarão do culto. Obviamente, que não pode ser feita por fazer; mas, sim,
entendendo seu significado no mundo espiritual, com habilitação, orando por toda sorte de
liberações necessárias ao culto e às pessoas: como salvação; quebra de cadeias invisíveis, como
vícios, dúvidas, dureza de coração; resistência espiritual à Palavra ministrada; etc. O ideal é que
a unção seja feita em todos os cultos.
A unção de objetos tem referência na Palavra de Deus, assim como feito no tabernáculo e em
tudo o que havia nele (Ex 40:9)
Obs.: A falta da unção nas cadeiras e no ambiente do culto não significa que o culto não será
uma bênção e que Deus não agirá, mas mostra ao mundo espiritual o envolvimento e a
preocupação dos intercessores com as questões espirituais.
7. Um intercessor que não seja ainda diácono pode fazer esta unção ?
Pode desde que seja através de direcionamento das autoridades espirituais constituídas na
Igreja, debaixo de delegação.
8. O que é necessário para que um intercessor tenha habilitação para exercer o
ministério ?
É necessário estar em santidade (consagração), ter a cobertura espiritual de seu líder, ser
submisso às autoridades espirituais, ter uma vida de comunhão com Deus,
9. Quando o intercessor chega atrasado na sua escala qual deve ser seu procedimento ?
Ele deve trabalhar. Antes porém, ele procura seu líder para justificar seu atraso e orar junto com
ele; depois, pede orientações quanto o seu posicionamento e, ainda, se há alguma determinação
específica. Assim, ele vai assumir seu “posto” debaixo de cobertura espiritual e de forma
responsável. (Ef. 6:18)
10. Quem são os alvos das orações dos intercessores na hora do culto ?
Todas as pessoas que estão participando do culto. Pastores ou Ministrantes da Palavra. Além
disso, os intercessores deve orar por salvação, cura, libertação, pelos dízimos e ofertas; por
batismos e testemunhos, pela Palavra no sentido de tocar no coração das pessoas e surtir o
efeito desejado (espada). Porém, o líder deverá orientar os intercessores para que não fiquem
todos orando por objetivos idênticos.
11. Alguém que foi chamado à liderança ou a participar no ministério de intercessão, mas
ainda não foi ungido como intercessor pode exercer ?
Se tal atribuição ou solicitação de desempenho (chamado) veio da autoridade espiritual, sim.
Entende-se que houve uma delegação de autoridade, assim, o novo líder ou intercessor deve
buscar crescer espiritualmente, estudando* e se habilitando para exercer este importante
ministério.
12. Quando eu sou um intercessor só as outras pessoas são abençoadas ?
A resposta é não e o exemplo clássico é Jó, que ao orar pelos seus amigos viu Deus restaurar
sua sorte. Quando eu me preocupo com outras pessoas e com a obra de Deus, o Senhor
também se atenta para as minhas necessidades e satisfaz os meus desejos. Jó viveu
exatamente isso, o resultado da sua intercessão pelos seus amigos foi a mudança de sorte na
sua própria vida (Jó 42:10)
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13. O intercessor pode ler os pedidos de oração ou de milagres ?
O intercessor tem que ter responsabilidade ministerial e maturidade para exercer seu chamado.
Ele tem que ter claro a diferença entre ser um intercessor e um especulador, ou um curioso ! Ele
tem que entender que muitas intimidades e/ou particulares são colocados nos pedidos e sua
função é ler para discernir o que deve ser objeto de intercessão, ou de aconselhamento, ou de
ministração... Enfim, ele tem que estar informado sobre qual a necessidade da pessoa para se
colocar no seu lugar e orar de forma eficaz, nada mais!
14. O que deve ser feito com os pedidos e fotografias ?
Os pedidos devem ser reunidos até o dia da Vigilia, quando serão queimados.
15. O que é responsabilidade ministerial ?
É em primeiro lugar estar debaixo da autoridade de Jesus Cristo. A partir daí, estar de acordo
com a Visão da sua igreja, em submissão às autoridades espirituais. Assumir os compromissos
ministeriais, como: ser dizimista e ofertante, das campanhas de Jejum. Tudo isso é uma grande
bênção e traz crescimento e habilitação espiritual.
2. TERMOS UTILIZADOS
1. O que é hierarquia ?
Hierarquia é ordem, graduaçã. O nosso ministério Comunidade Cristã Espaço de Oração, tem por
base a autoridade messiânica delegada, pois os apóstolos eram testemunhas comissionadas por
Cristo (Mt 10:40; J0 17:18; Jo 20:21).
Hierarquia eclesiástica da Comunidade Cristã Espaço de Oração
• Pastor
• Pastora
• Presbítero (a)
• Diácono (isa)
• Aspirante

2. O que é um atalaia ?
É um sentinela, vigia. O que está de sobreaviso, à espreita. (Hc 2:1)
3. O que são brechas espirituais ?
São espaços abertos em consequência de pecados (mentira, roubo, prostituição, adultério,
rebeldia, etc...) e gera falta de habilitação no mundo espiritual para executar suas atividades
ministeriais. Essas brechas são “tapadas” com tratamento espiritual: cura interior, pedidos de
perdão, posicionamentos adequados, entre outros.
4. O que é posicionamento ?
É uma tomada de posição. São atitudes espirituais ou concretas tomadas pelas pessoas. Modo,
jeito, maneira, atitude, postura. Circunstâncias em que alguém se acha.
5. O que é estratégia ?
É a arte de traçar planos de guerra. Na guerra espiritual, esta capacidade pertence ao Espírito
Santo, a nós, como intercessores, cabe buscar dele como, quando e onde, uma vez que não
teremos que lutar e sim nos posicionar.
6. O que são deformações ?
São alterações (negativas) na forma. Deturpações no caráter, na alma. Perder a forma primitiva.
Vulgarmente o termo é utilizado como sinônimo de defeituoso.

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7. O que é rebeldia ?
Rebeldia é a quebra do princípio de autoridade espiritual ou a atitude daquele que não se
submete às autoridades.
8. O que é peso de intercessão ?
Não é nenhum tipo de peso físico ou emocional: (dores, ataques demoníacos, cansaço,
tristeza, angústia, etc.,)  mas é a responsabilidade com o chamado e com as vidas. O Apóstolo
Paulo nos revela: “...meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo
formado em vós” (Gl 4:19) Obviamente, não eram dores físicas ! Mas sim, o peso, a
responsabilidade e até a “ansiedade” em ver a obra de Deus concluídas nas vidas.
9. O que chamado ?
É a convocação para certas pessoas para que se dediquem a trabalhos no Reino de Deus (Rm
1:1). Essa convocação é uma decisão divina, tomada desde a eternidade ( Is. 49:1,5; Jr 1:5; Gl
1:15)
10. O que é retaliação? Quais são suas conseqüências ?
É o contra-ataque do inimigo com o objetivo de enfraquecer, desestimular, amedrontar, e parar o
ministério do intercessor. Como consequências a retaliação pode vir em forma de enfermidades,
desânimos, perturbações, desentendimentos em relacionamentos, tanto a própria pessoa ou
alguém de sua convivência familiar, podendo atingir uma ou diversas áreas da vida espiritual ou
material. (At 19:13-16)
11. O que é orar a Palavra?
É apropriar-se do que está escrito na Bíblia (na Palavra de Deus) e declarar segundo aquele o
texto sagrado. (Ler Mateus 4)
12. O que é oração de concordância ?
É a oração onde há duas ou mais pessoas confirmando (concordando com) o que uma outra ora.
(Ler Mateus 16:19)
14. O que é guerrear espiritualmente ?
É batalhar, combater, lutar nas regiões espirituais. É a peleja entre dois exércitos. A batalha ou
guerra espiritual deve estar sob a autoridade do Pastor, que, conhecendo seus motivos, vão
trazer todas as estratégias para se vencer essa guerra, como jejum, voltas, mapeamento, etc. [

14. GLOSSÁRIO
Atalaia: 1. Sentinela, vigia. 2. Ponto elevado, donde se vigia. De a.: de sobreaviso, à espreita.
Habilitação: Tornar(-se) hábil, apto, capacitado para alguma coisa.
Ministério: O conjunto dos ministros que formam as diversas frentes de trabalho na Igreja . Ex.
Ministério de Intercessão, Ministério de Louvor, Ministério de Assistência Social, etc.
Ministro: 1. Aquele que tem um cargo ou está incumbido de uma função.
Retaliar:1. Revidar com dano igual ao recebido. 2. Tratar com represálias; desafrontar,
desagravar.

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