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REGULAMENTO DE

TRABALHOS DE FIM DE CURSO

Luanda, 2022
REGULAMENTO DE TRABALHOS DE FIM DE CURSO

Conteúdo
Capítulo I Das Disposições Preliminares ................................................................................................................................ 4
Artigo 1.º (Natureza) 4
Artigo 2.º (Objecto e Âmbito de Aplicação) 4

Capítulo II Do Trabalho de Fim de Curso ............................................................................................................................. 4


Secção I Definição, Objectivo, Composição ..................................................................................................................... 4
Artigo 3.º (Definição e Objectivos) 4
Artigo 4.º (Composição) 5
Artigo 5.º (Modalidades) 5

Secção II Da Admissão e da Desistência............................................................................................................................ 6


Artigo 6.º (Regime de Admissão) 6
Artigo 7.º (Regime de Desistência) 6

Secção III Do Projecto ......................................................................................................................................................... 6


Artigo 7.º (Critérios e Prazos de Aprovação) 6

Secção IV Do Relatório Final............................................................................................................................................... 7


Artigo 8.º (Extensão e Estrutura do Volume; Formatação; Citações e Referências Bibliográficas) 7
Artigo 9.º (Depósito, Aprovação e Admissão à Defesa) 8

SecçãoV Da Orientação ........................................................................................................................................................ 8


Artigo 10.º (Orientadores) 8
Artigo 11.º (Competências do Orientador) 9
Artigo 12.º (Deveres e Competências do Estudante Finalista) 10

Secção VII Do Júri ...............................................................................................................................................................10


Artigo 13.º (Nomeação, Composição e Homologação) 10
Artigo 14.º (Procedimentos para a Organização da Pré-defesa) 11
Artigo 15.º (Competências do Júri) 11
Artigo 16.º (Competências do Presidente) 12
Artigo 17.º (Competências do Arguente) 12
Artigo 18.º (Competências do Orientador na Sessão de Discussão do Trabalho) 12
Artigo 19.º (Competências do Secretário) 13
Artigo 20.º (Época e local da Discussão) 13

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Artigo 21.º (Discussão) 14


Artigo 22.º (Critérios de Avaliação, Nota Final, Registo) 14

Capítulo III Das Disposições Finais ...................................................................................................................................... 15


Artigo 23.º (Ética) 15
Artigo 24.º (Revisão e Alteração) 16
Artigo 25.º (Punição das Contravenções) 16
Artigo 26.º (Casos Omissos) 16
Artigo 27.º (Entrada em Vigor) 16

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REGULAMENTO DE TRABALHOS DE FIM DE CURSO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1.º
(Natureza)
O presente documento complementa os regulamentos académicos e de avaliação de conhecimentos e habilidades
que definem as normas de funcionamento pedagógico dos cursos integrados nas diferentes Unidades Orgânicas
da Universidade Óscar Ribas (UÓR) e nos seus respectivos Departamentos de Ensino e Investigação. Estabelece
uma uniformização das normas e procedimentos sobre a elaboração de Trabalhos de Fim de Curso (TFC), de
acordo com as exigências dos cursos de licenciaturas ministrados na UÓR, traduzindo uma homogeneização
metodológica na perspectiva da orientação e elaboração por parte de investigadores, docentes, orientadores e de
estudantes finalistas.

Artigo 2.º
(Objecto e Âmbito de Aplicação)
1. O presente Regulamento estrutura-se como um conjunto articulado de normas e princípios para a
programação, orientação, elaboração, apresentação e avaliação de TFC, constituindo, este último, o requisito
necessário para a obtenção do grau académico de licenciatura.
2. O Regulamento de TFC é aplicável a todos os estudantes que se encontrem na fase final de conclusão do
plano curricular, para a obtenção do grau previsto no artigo anterior, bem como aos investigadores, docentes e
orientadores capacitados metodologicamente para a orientação de TFC.

CAPÍTULO II
DO TRABALHO DE FIM DE CURSO

SECÇÃO I
DEFINIÇÃO, OBJECTIVO, COMPOSIÇÃO

Artigo 3.º
(Definição e Objectivos)
1. O TFC é o resultado de uma actividade académica em que, após a conclusão do plano curricular, o estudante
finalista aborda, num volume escrito, um problema relacionado com o seu curso de licenciatura, fundamentado
nas Linhas e Sub-linhas de Investigação Científicas determinadas pelo seu Departamento de Ensino e
Investigação, Projectos, ou num problema concreto.
2. Através da concepção e da implementação de um desenho teórico-metodológico, bem como da divulgação dos

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seus resultados, o TFC visa proporcionar ao estudante experiência de trabalho científico, ordenando conceitos
e dados disponíveis acerca de um tema, pelo que o estudante deve demonstrar-se capaz de:
a) Seleccionar um tema preciso;
b) Elaborar um plano de estudo, fazer a gestão do tempo, definir e utilizar estratégias que lhe permitam
realizar as tarefas planeadas;
c) Recolher e ordenar materiais sobre o tema;
d) Analisar criticamente os materiais face ao manancial de informação que pesquisa;
e) Re-examinar o tema, à luz dos materiais recolhidos;
f) Sistematizar as principais reflexões precedentes;
g) Seleccionar a metodologia mais adequada para a investigação em causa e, consequentemente, utilizar
técnicas de recolha e de análise de dados em consonância com a natureza do problema a investigar;
h) Esclarecer, o leitor, sobre o que trata o TFC e sobre as possibilidades de ele remontar aos mesmos
materiais e retomar o tema como referência em pesquisas futuras;
i) Escrever, expressando em linguagem académica, as ideias atinentes;
j) Comunicar e partilhar conhecimento com outros investigadores.

Artigo 4.º
(Composição)
1. O TFC reúne duas partes distintas:
a) A produção textual, na qual o estudante finalista expõe o objecto (tema) e campo (espaços geográfico,
histórico e social delimitados) da sua investigação;
b) Discussão oral e pública do resultado da investigação.
2. Independentemente da especificidade do curso e do tipo de trabalho, as etapas a adoptar, de modo geral, são
as seguintes:
a) Elaboração e apresentação do projecto, em forma de desenho teórico-metodológico do TFC;
b) Execução do projecto de investigação, por meio de pesquisa bibliográfica, delimitação do tema,
formulação do problema e implementação da metodologia;
c) Consolidação consubstanciada na compilação dos resultados;
d) Apresentação e discussão pública do relatório final.

Artigo 5.º
(Modalidades)
Em conformidade com o regime vigente para cada curso, o TFC pode ser apresentado numa das seguintes
modalidades:
a) Monografia;
b) Revisão bibliográfica;

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c) Projecto de investigação;
d) Projecto de intervenção prática;
e) Relatório de estágio;
f) Relatório de intervenção prática.

SECÇÃO II
DA ADMISSÃO E DA DESISTÊNCIA
Artigo 6.º
(Regime de Admissão)
1. Pode inscrever-se ao TFC, o estudante que tenha sido aprovado a todas as disciplinas do penúltimo semestre
do plano de estudos do respectivo curso.
2. O processo de admissão é regido pela Secretaria Académica da UÓR, sob coordenação do respectivo
Departamento de Ensino e Investigação.
3. O estudante que pretenda elaborar o seu TFC deve fornecer à Secretaria Académica a ficha de inscrição, um
exemplar do Projecto do TFC (anexo 1), uma cópia do Bilhete de Identidade ou do Passaporte, se for
estrangeiro, e o comprovativo de pagamento da primeira parcela do custo total do processo, de acordo com as
taxas dos emolumentos em vigor na UÓR.
4. A efectividade da admissão ao TFC tem duração de um (1) ano, pelo que a não conclusão deste dentro do
prazo, comporta uma nova inscrição e o consequente pagamento dos respectivos emolumentos.
Excepcionalmente, em casos devidamente justificados, o Departamento de Ensino e Investigação pode
conceder uma prorrogação do prazo, de não mais de um (1) ano.

Artigo 7.º
(Regime de Desistência)
1. Até à aprovação do projecto, poderá o estudante ou o orientador desistir da elaboração/orientação do TFC,
fundamentando tal decisão por escrito, junto do Departamento de Ensino e Investigação correspondente.
2. No caso de TFC elaborados por dois estudantes, se um dos estudantes desistir, faltar consecutivamente às
sessões de orientação tutorial, não cumprir com as suas obrigações na realização do TFC ou não respeitar os
prazos estipulados para o pagamentos dos emolumentos, pode o outro assumir a autoria, levar o trabalho até
ao seu termino e apresentá-lo a defesa.

SECÇÃO III
DO PROJECTO
Artigo 8.º
(Critérios e Prazos de Aprovação)
1. O projecto de TFC pode ser apresentado individualmente ou por uma dupla.

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2. O projecto é aprovado pelo Departamento de Ensino e Investigação correspondente, de acordo com os


seguintes critérios:
a) Quanto à qualidade científica:
i. Clareza na delimitação do objecto e da definição do(s) objectivo(s);
ii. Coerência teórica e metodológica;
iii. Pertinência e actualidade da bibliografia;
iv. Coerência entre objectivo geral e metodologia;
v. Relevância científica e prática do tema.
b) Quanto à exequibilidade:
i. Adequação do cronograma aos objectivos específicos, em consonância com a disponibilidade
de recursos;
ii. Adequação do cronograma ao objectivo geral e aos objectivos específicos;
iii. Adequação do Projecto à modalidade específica de TFC, na área de licenciatura.
iv. Adequação do Projecto ao calendário académico da UÓR.
3. O Projecto deverá ser entregue na Secretaria Académica durante o período de realização das Primeiras Provas
Parcelares. Excepcionalmente, poderão ser aceites projectos fora deste prazo, desde que devidamente
justificado.
4. A rejeição do Projecto comporta, para o estudante, a correcção e a apresentação de um novo Projecto dentro
dos prazos estabelecidos, de acordo com o calendário académico vigente;

SECÇÃO IV
DO RELATÓRIO FINAL
Artigo 9.º
(Extensão e Estrutura do Volume; Formatação; Citações e Referências Bibliográficas)
1. O TFC deve ter um limite mínimo de 30 (trinta) e máximo de 40 (quarenta) páginas, excluindo-se, para a
contagem, a bibliografia, os apêndices e os anexos. O TFC deve ser escrito no formato Microsoft Word ou
Open/Libre Office, utilizando a fonte Times New Roman, com espaçamento de 1.5, no tamanho 12 para o
corpo do texto, no tamanho 14 em negrito para o título 1 e no tamanho 12 em negrito para o título 2.
2. A estrutura do relatório final do TFC deve conter os seguintes elementos:
a) Pré-textuais: capa, folha de rosto, resumo, índice, lista de ilustrações e sumário.
b) Textuais: introdução, desenvolvimento, conclusão e sugestões;
c) Pós-textuais: referências bibliográficas, glossário e anexos.
3. As citações e referências bibliográficas devem obedecer às normas da American Psychological Association (APA),
devendo-se utilizar a última edição disponível.

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Artigo 10.º
(Depósito, Aprovação e Admissão à Defesa)
1. O depósito do relatório final do TFC (anexo 2) condiciona a conclusão do plano curricular, por parte do
estudante finalista, de acordo com o calendário académico vigente.
2. O relatório final é aprovado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Unidade Orgânica ouvindo os membros
de júri propostos pelo Departamento de Ensino e Investigação correspondente, tendo em conta os critérios
expostos no artigo 7.º, ponto 2, deste regulamento.
3. O Conselho Científico-Pedagógico da Unidade Orgânica correspondente pode avaliar o TFC submetido, como
inadmissível à sessão de defesa, mencionando as principais deficiências que justificam tal decisão, bem como
os prazos úteis a nova submissão.
4. A submissão do relatório final é efectuado junto da Secretaria Académica, após a comprovação do pagamento
dos emolumentos estabelecidos pela UÓR, em quatro (4) exemplares:
a) Dois (2) encadernados, para os membros do Júri;
b) Um (1) encadernado, para o orientador;
c) Um (1) de capa dura para o arquivo na biblioteca da UÓR.
5. O relatório deve, igualmente, ser enviado ao Departamento de Ensino e Investigação correspondente em PDF
(Portable Document Format) ou carregado na plataforma digital indicada pela Direcção da UÓR.
6. A admissão à sessão pública de defesa do TFC é certificada e divulgada pelo Departamento de Ensino e
Investigação correspondente.
7. Devolvido pela segunda vez, o TFC é definitivamente rejeitado, devendo o estudante finalista apresentar um
novo Projecto, implicando para o efeito, o pagamento de emolumentos a serem determinados pela Direcção
da UÓR.
8. Desde a inscrição, orientação e apresentação do TFC, é proibido aos estudantes finalistas pagar ao orientador
ou co-oreintador qualquer quantia em dinheiro ou benesses.

SECÇÃOV
DA ORIENTAÇÃO
Artigo 11.º
(Orientadores)
1. A designação dos orientadores de TFC é da responsabilidade dos Departamentos de Ensino e Investigação,
em concertação com a Unidade Orgânica correspondente.
2. O processo de elaboração de TFC (concepção num projecto teórico-metodológico, execução e apresentação) é
dirigido por um docente, designado como orientador, com grau de doutor ou mestre, excepcionalmente,
poderá ser designado um licenciado que possua competências investigativas comprovadas.
3. O orientador deve pertencer ao quadro orgânico da UÓR e, excepcionalmente, podem ser admitidos docentes
externos que apresentem documentação que confirme que estão na classe de professores e demonstrem
competências investigativas, nos termos da legislação vigente sobre a matéria.

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4. Na proposta formulada pelo Departamento de Ensino e Investigação, o estudante é livre de escolher o seu
orientador, desde que cumpra os requisitos internos da UÓR, devendo, para o efeito, endereçar uma carta ao
Departamento de Ensino e Investigação, manifestando a sua intenção.
5. Semestralmente, um orientador não pode ultrapassar o número limite de TFC, distribuído da seguinte forma:
a) Doutor, 9 (nove) TFC,
b) Mestre, 7 (sete) TFC,
c) Licenciado, 5 (cinco) TFC.
6. Os orientadores poderão ser coadjuvados por co-orientadores nacionais ou estrangeiros, com a capacidade
científica e experiência profissional comprovada pelo Departamento de Ensino e Investigação, ouvindo o
parecer da Unidade Orgânica correspondente.

Artigo 12.º
(Competências do Orientador)
1. Compete ao orientador:
a) Orientar os estudantes finalistas na concepção, elaboração e execução do projecto do TFC (anexo 1).
b) Propor uma lista de bibliografia contextualizada e matérias de consulta diversas, bem como de contactos
para a recolha de informação relevante.
c) Propor a metodologia de trabalho, incluindo um calendário de actividades.
d) Submeter ao Departamento de Ensino e Investigação, antes do acto público de defesa do TFC, um
relatório sobre o desenvolvimento do TFC orientado, para efeitos de apresentação pública.
e) Avaliar os interesses do estudante finalista, as suas ideias e perspectivas sobre o tema e o âmbito de
conhecimentos relacionados com o projecto de TFC.
f) Orientar o estudante finalista na implementação e no desenvolvimento de competências, expondo-o a
sessões de orientação e outras actividades didácticas e científicas, incluindo os seminários de elaboração e
apresentação de TFC, palestras, conferências, debates e assistência integral de sessões de discussão pública
de TFC de estudantes finalistas mais avançados, visando prepará-lo, eficientemente, para a sua discussão
pública.
g) Agendar, no mínimo, um encontro semanal, individualizado, por TFC.
h) As actividades referidas nos números anteriores podem ser realizadas pelo co-orientador, mas serão
sempre sob a responsabilidade do orientador.
2. O orientador e co-orientador são co-responsáveis pela qualidade do TFC desenvolvido pelo estudante finalista.
3. Em nenhuma circunstância, o orientador e co-orientador, deverá substituir o estudante finalista, no processo
de investigação e redacção do TFC, sob pena de sua anulação.

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Artigo 13.º
(Deveres e Competências do Estudante Finalista)
1. Compete ao estudante finalista:
a) Elaborar o Projecto de TFC e submetê-lo à aprovação do Departamento de Ensino e Investigação;
b) Submeter o Projecto de TFC à apreciação do orientador e co-orientador, após a aprovação pelo
Departamento de Ensino e Investigação e a respectiva Unidade Orgânica.
c) Realizar o levantamento de dados e da bibliografia necessária para a elaboração do TFC,
responsabilizando-se pelo uso correcto dos direitos autorais, assegurando o cumprimento das normas
éticas e boas práticas de investigação científica;
d) Comparecer aos encontros programados, apresentando os resultados parciais da sua produção e eventuais
revisões recomendadas pelo orientador e co-orientador;
e) Demonstrar capacidade de independência ao longo do período da preparação do TFC, respeitando o
regulamento estabelecido;
f) Comparecer no dia, hora e local programado para a defesa pública do seu TFC, perante o júri;
g) Apresentar os relatórios periódicos sempre que lhe forem solicitados pelo orientador e co-orientador para
o bom andamento e qualidade do TFC;
h) Cumprir o calendário de actividades divulgado pelo Departamento de Ensino e Investigação para
acompanhar a evolução do seu TFC;
i) Responsabilizar-se pelos resultados apresentados no TFC, bem como os dados e quaisquer outras
informações nele contidas;
j) Submeter a versão final do TFC para análise do orientador e co-orientador, antes do prazo estabelecido
para a sua entrega ao Departamento de Ensino e Investigação correspondente.

SECÇÃO VII
DO JÚRI
Artigo 14.º
(Nomeação, Composição e Homologação)
1. Os membros do Júri são nomeados por Despacho do Chefe do Departamento de Ensino e Investigação
correspondente, tendo em conta o parecer da respectiva Unidade Orgânica.
2. O Decano da Unidade Orgânica remete à Reitoria o pedido de homologação do Júri, pelo menos dez (10) dias
antes da data prevista para a sessão de discussão, contendo os dados referentes aos membros, bem como os
seguintes documentos referentes ao estudante:
a) Ficha de inscrição à sessão de discussão do TFC;
b) Histórico curricular;
c) Cópia do Bilhete de Identidade para nacionais e cópia do Passaporte para estrangeiros;
d) Comprovativo de pagamento da totalidade dos emolumentos;
e) Declaração assinada pelo orientador e co-orientador sobre a consistência do TFC para a discussão, mais a

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caracterização do estudante finalista no que concerne aos seus interesses de estudo, à sua frequência às
sessões de orientação e seminários, referindo o nível de cumprimento das várias etapas do plano de
actividades e as mudanças ocorridas no processo da sua formação.
3. Após a homologação do Júri, o Departamento de Ensino e Investigação publica um edital da sessão de
discussão do TFC, pelo menos sete (7) dias antes da sessão de discussão pública dos resultados, contendo os
dados do estudante e dos membros do Júri, o título do trabalho, a data, a hora e o local da discussão do TFC.
4. O Júri é composto pelos seguintes membros:
a) Presidente, com grau de doutor ou mestre;
b) Arguente, com grau de doutor ou mestre e, excepcionalmente, com grau de licenciado, desde que se
fundamente técnica, metodológica e cientificamente as suas qualidades.

Artigo 15.º
(Procedimentos para a organização da pré-defesa)
1. Durante a pré-defesa faz-se uma avaliação do relatório ou trabalho escrito submetido pelo candidato.
2. A avaliação do Júri é feita juntamente com o orientador e co-orientador, aos quais são apresentadas sugestões
ou críticas dos aspectos carentes, dando ao estudante finalista a possibilidade apresentar o texto melhorado 15
dias antes da apresentação pública final.
3. Durante a sessão de pré-defesa, os membros do Júri atribuem uma nota ao trabalho escrito, que incidirá na
avaliação final do TFC.
4. Caberá ao candidato, em concertação com o orientador e co-orientador, analisar as recomendações da pré-
defesa e justificar a sua inclusão ou não no trabalho final.
5. A presença de todos os membros do Júri é obrigatória para que se realize a pré-defesa, devendo, o Chefe do
Departamento de Ensino e Investigação, assegurar o cumprimento deste requisito.

Artigo 16.º
(Competências do Júri)
1. Cumprir e fazer cumprir o regulamento de TFC e demais diplomas exarados pela Direcção da UÓR.
2. Avaliar o carácter ético e científico do TFC, analisando escrupulosamente a redacção do texto e a discussão
oral do relatório final, segundo os requisitos para a elaboração de TFC.
3. Sugerir melhorias de ordem teórica, metodológica e empírica no processo de avaliação da qualidade do TFC,
incluindo as sessões dos seminários de TFC, privilegiando a comunicação escrita.
4. Aceitar ou rejeitar os TFC apresentados em função dos critérios definidos para o efeito.
5. Se o Júri decidir não aprovar o TFC, este será devolvido, acompanhado duma justificação, por escrito, com a
menção das principais deficiências que levaram à tomada de tal decisão, para que o candidato o possa melhorar
em observância dos limites descritos.
6. Explicitar, na sessão pública de discussão do TFC, apreciações e questionamentos sobre as habilidades

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científicas do licenciando em termos teóricos, metodológicos, comunicativos e éticos pertinentes ao TFC.


7. Fazer perguntas na sessão pública de discussão do TFC sobre dúvidas surgidas na elaboração do TFC, de
forma a comprovar a sua originalidade e autenticidade.
8. Recomendar aos licenciados e seus respectivos orientadores, a publicação dos resultados obtidos, em Revistas
Indexadas, após a realização das devidas adaptações, sobretudo para os TFC aprovados com a nota final igual
ou superior a dezasseis (16) valores, visando incentivar e consolidar a sua autoridade científica e, assim,
enriquecer o currículo do novo licenciado.
9. Assinar o Livro de Registo de Conclusão de TFC (anexo 5) após a defesa de TFC, visando registar e arquivar
na respectiva Unidade Orgânica, as fases essenciais do processo, para efeitos de avaliação interna e externa.

Artigo 17.º
(Competências do Presidente)
1. Convocar os demais membros do Júri, para a avaliação prévia dos resultados apresentados.
2. Coordenar a sessão de discussão do TFC.
3. Supervisionar a análise do TFC feita pelo arguente, tendo em conta a lógica de investigação científica, a
abordagem epistemológica do tema, a interpretação dos dados e dos resultados obtidos.
4. Questionar o estudante finalista, agindo como arguente, sob à lógica de investigação científica, indagando
aspectos temáticos, teóricos, metodológicos, comunicativos e éticos do TFC.
5. Apurar o resultado final, expresso em termos quantitativos e qualitativos e assinar a acta da sessão,
proclamando licenciado, ou não, o candidato.

Artigo 18.º
(Competências do arguente)
1. Avaliar a lógica de redacção científica, priorizando a delimitação do objecto e do campo de estudo, a
abordagem epistemológica do tema, a interpretação dos dados e dos resultados da investigação, bem como a
exposição verbal do candidato a licenciado.
2. Comentar e questionar aspectos temáticos, teóricos, metodológicos, comunicativos e éticos do TFC.
3. Emitir por escrito o resultado da sua avaliação, quantitativa e qualitativa, utilizando a ficha disponibilizada para
o efeito.

Artigo 19.º
(Competências do orientador na sessão de discussão do trabalho)
1. O orientador não é membro do Júri, devendo, porém, estar presente na sessão de discussão do TFC,
limitando-se a a ler a declaração assinada e remetida previamente à Unidade Orgânica, sobre a consistência do
TFC para a discussão, mais a caracterização do estudante finalista no que concerne aos seus interesses de
estudo, à sua frequência às sessões de orientação e seminários, referindo o nível de cumprimento das várias

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etapas do plano de actividades e as mudanças ocorridas no processo da sua formação.

Artigo 20.º
(Competências do Secretário)
1. Sem direito a voto, o Secretário do Júri é designado pelo Chefe de Departamento de Ensino e Investigação e
compete-lhe:
a) Preparar o processo de admissão dos estudantes finalistas à sessão de discussão do TFC;
b) Entregar a acta (anexo 3) e as fichas de avaliação (anexo 4) no Departamento de Ensino e Investigação
correspondente;
c) Cumprir e fazer cumprir o regulamento de TFC e demais diplomas exarados pela Direcção da UÓR;
d) Assegurar as condições técnicas e administrativas para a realização da sessão sem constrangimentos;
e) Orientar para que a plateia se coloque de pé quando perceber que o júri se aproxima do local de discussão
dos resultados;
f) Organizar a documentação necessária, resultados das sessões de avaliações da pré-defesa e da defesa, bem
como a redacção das respectivas actas;
g) Organizar as actas para a assinatura pelos membros do Júri;
h) Fazer a entrega do livro de Registo de Conclusão de TFC à Unidade Orgânica, e a entrega das actas e
fichas de avaliação à Secretaria Académica para arquivo no processo individual;
i) Assegurar o sigilo profissional de informações relacionadas com a sessão de discussão dos TFC.

Artigo 21.º
(Época e local da discussão)
1. A avaliação do TFC realiza-se num prazo máximo de quinze (15) dias após a homologação do Júri.
2. O TFC deve ser realizado dentro do Plano de Estudos de cada curso e a defesa no semestre imediatamente a
seguir à conclusão das outras unidades curriculares, sob coordenação e supervisão do Departamento de Ensino
e Investigação correspondente.
3. O acto de discussão é solene e efectuado numa sala que reúne condições apropriadas.
4. O acto de discussão pública para os estudantes finalistas do curso de licenciatura em Direito e do curso de
licenciatura em Relações Internacionais pode, opcionalmente, ser efectuado na Sala de Tribunal Simulado,
desde que se cumpram os emolumentos definidos pela UÓR, visando familiarizar os estudantes com um
ambiente similar ao que eles encontrarão na vida prática.
5. A indumentária do acto de discussão pública e solene deve seguir, entre outros aspectos, a utilização de becas
(de acordo com o modelo e cores institucionais) ou, no caso dos candidatos que optem por realizar a sua
discussão pública na Sala de Tribunal Simulado, veste talar preta, usada geralmente por magistrados judiciais no
exercício das suas funções ou nas solenidades em que tenham de participar, visando conferir maior dignidade e
seriedade ao acto.

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REGULAMENTO DE TRABALHOS DE FIM DE CURSO

Artigo 22.º
(Discussão)
1. O Júri e os estudantes finalistas devem dar entrada na sala 15 minutos antes da hora marcada para o início da
defesa pública.
2. Em caso de atraso de um dos membros do Júri, admite-se uma tolerância de 15 minutos, prevista no ponto
anterior, sem alterar o horário anunciado no edital. Se o atraso continuar em mais de 15 minutos da hora
prevista no edital, a sessão é cancelada e apurar-se-ão as respectivas responsabilidades disciplinares por
constrangimentos causados à boa imagem da UÓR.
3. A marcação da nova data será decidida pelo Departamento de Ensino e Investigação, ouvindo os estudantes
finalistas afectados, explicando os motivos alegados e comprovados, visando evitar constrangimentos similares
antes da nova homologação do Júri.
4. A discussão dos TFC tem a duração máxima de cinquenta (50) minutos:
a) As discussões devem ser apresentadas em slides (power-point) revistos pelos orientadores, de acordo com a
seguinte cronologia:
i. De quinze (15) a vinte (20) minutos para a apresentação dos principais resultados obtidos;
ii. Até quinze (15) minutos para a arguição;
iii. Até quinze (15) minutos para a argumentação;
5. O público interessado poderá assistir a sessão de defesa, estando, contudo, o número de pessoas limitado à
capacidade da Sala de Defesa.
6. O público não tem direito de fazer perguntas, comentários, nem intervir sob os aspectos relacionados com os
TFC, limitando-se apenas a assistir o acto.
7. Não é permitida a entrada a menores de 16 anos.
8. Não é reservado, ao estudante finalista, tempo para a reflexão solitária com vista à sua argumentação;
9. Não é reservado, ao licenciado, tempo para agradecimentos após a outorga do título;
10. Não é reservado tempo para fotografias na sala de discussão, após a sessão.
11. O Governo da UÓR poderá assistir a toda a sessão incluindo à discussão de atribuição de nota de quaisquer
TFC sem direito a voto. Só poderá manisfestar-se nos momentos em que o público não está presente na sala.

Artigo 23.º
(Critérios de Avaliação, Nota Final, Registo)
1. A avaliação do TFC nas sessões de pré-defesa e defesa pública é feita por todos os membros do Júri.
2. A nota final do TFC é calculada na escala de 0 a 20 valores, segundo a seguinte ponderação:
Nota Final TFC = Nota da Pré-defesa (de 0 a 20 Valores) x 0,25 + Nota do Trabalho Escrito (de 0 a 20 Valores)
x 0,50 + Nota da Defesa Pública (de 0 a 20 Valores) x 0,25.
3. A escala da nota final é também expressa qualitativamente: Insuficiente = 0 - 9; Suficiente = 10 - 12 valores;
Bom = 13 - 15; Muito Bom = 16 - 18; Excelente = 19 - 20 valores.
4. A classificação final do TFC, efectuado por dois estudantes finalistas, é personalizada segundo o grau de

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REGULAMENTO DE TRABALHOS DE FIM DE CURSO

argumentação e de desempenho de cada um.


5. Se a avaliação for positiva, o presidente do Júri proclama o novo licenciado, apresentando-o ao público.
6. Caso o candidato obtenha uma avaliação negativa, como resultado do fraco desempenho, duma argumentação
carente ou incongruências durante a sessão de defesa do TFC, fica reprovado, devendo o presidente do Júri
expor as razões de tal decisão.
7. É vedado qualquer mecanismo de melhoria de nota resultante do processo de avaliação pública dos resultados
do TFC.
8. Todos os procedimentos descritos nos números anteriores e os respectivos resultados são lavrados em acta por
um secretário, que coadjuva o Júri na sessão de defesa.
9. A acta de defesa é acompanhada pela ficha de avaliação individual, assinada pelos membros do Júri.
10. No fim de todo o processo, devem os membros do Júri, o Orientador, o Secretário e o novo Licenciado
assinar o Registo de Nota Final do TFC.

CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 24.º
(Ética)
1. A Direcção da UÓR, por intermédio do Comité de Ética, compromete-se com a dignidade das pessoas em
todos os domínios da actividade científica, desencorajando, condenando, denunciando e punindo
comportamentos contrastantes com o dever de construir sólidos conhecimentos científicos, designadamente:
a) Dar ou receber prendas ou benesses, qualquer que seja a sua natureza ou valor, por motivos ligados ao
processo de formativo;
b) Comprar TFC e assumir-se como autor deste;
c) Apresentar um TFC alheio como sendo de autoria própria;
d) Apresentar um TFC já apresentado noutros contextos, nacional, regional e internacional, sem a devida
justificação;
e) Alterar e contextualizar um trabalho de outrém à realidade nacional e apresentá-lo como sendo de sua
autoria;
f) Não explicitar, rigorosamente, as fontes utilizadas por meio de citações, referências bibliográficas, anexos
e apêndices;
g) Apresentar um TFC com um número desproporcionado de citações formais em detrimento de citações
conceptuais;
h) Falta de autenticidade e fidelidade na redacção do relatório final, com respeito aos dados, aos resultados e
às conclusões;
i) Falta de informação aos participantes acerca do processo da investigação e a respectiva divulgação dos
resultados;

15
REGULAMENTO DE TRABALHOS DE FIM DE CURSO

j) Falta de pedido de autorização, aos participantes, para a divulgação dos dados recolhidos;
k) Falta de respeito e de garantia de protecção dos participantes da investigação de eventuais prejuízos
decorrentes do resultado dos dados;
l) Falta de garantia de confidencialidade da informação obtida sem o consenso do informante.

Artigo 25.º
(Revisão e Alteração)
A revisão e alteração do presente Regulamento é de exclusiva prerrogativa do Senado Académico, sob possível
proposta da Direcção da UÓR.

Artigo 26.º
(Punição das contravenções)
As contravenções ao dispositivo no presente regulamento e as demais regras e instruções complementares são
punidas com aplicação de medidas disciplinares nos termos dos Estatutos da UÓR.

Artigo 27.º
(Casos Omissos)
As eventuais lacunas, omissões e dúvidas resultantes da interpretação e aplicação do presente Regulamento são
analisadas e resolvidas pela Direcção da UÓR, ouvido o Senado Académico.

Artigo 28.º
(Entrada em vigor)
O presente Regulamento entra em vigor na data da sua aprovação pelo Senado.

Luanda, aos 17 de Junho de 2022

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