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EP
Nono Ano do Ensino Fundamental
BM
Prof. Marcelo Mendes de Oliveira
Prof. Antonio Caminha M. Neto
O
l da
rta
Po
1 Razão de segmentos Assim,
√ √
Para organizar as ideias, vamos iniciar com o seguinte AP 2 = P B ⇒ AP ( 2 + 1) = AP + P B
exemplo. √
⇒ AP ( 2 + 1) = AB = 8
Exemplo 1. Considere um segmento AB de tamanho 10.
e, portanto,
√
EP
10 8 2−1 √
b b AP = √ ·√ = 8( 2 − 1).
A B 2+1 2−1
√ √
Se quisermos achar um ponto P , interno ao segmento 8( 2 − 1) 8(2 − 2)
AB e que o divida na razão 3 : 2 a partir de A, então b b b
BM
6 4
b b b
de B. ⇔ x2 + 10x − 100 = 0,
rta
√
2 6 equação cuja solução positiva é 5 5 − 5. Portanto, a res-
b b b
posta correta é o item (a).
A P B
2 O teorema de Tales
Po
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lote para a rua B, sabendo que a frente total para essa rua
b b
tem 180m?
A A′ Rua B b
b b b b
r b
EP
b
B B′
b b b b s 40m 30m 20m
b b b b b b
Rua A
C C ′
b b b b
t
Solução. Como o teorema de Tales garante a proporcio-
nalidade entre as medidas de segmentos determinados por
BM
b
b
x 3
D b b
E
D b b
E
l
x+6 4
rta
b b
b b
B C
B C
AD AE 5 6 AD AE x 3
= ⇔ = = ⇔ =
AB AC 15 AC DB EC x+6 4
⇔ AC = 18 ⇔ 4x = 3x + 18
⇔ CE = 12. ⇔ x = 18.
Exemplo 7. Três terrenos têm frente para a rua A e para Exemplo 9. Considere o triângulo ABC e os pontos P e Q
AQ
a rua B, como na figura abaixo. As divisas laterais são sobre os lados AB e AC, respectivamente. Se PAP
B = QC ,
perpendiculares à rua A. Qual a medida de frente de cada mostre que P Q k BC.
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Solução. Suponha que P Q não seja paralelo a BC (veja
a figura abaixo). Trace, então, uma paralela P Q′ por P a
BC, como mostrado na figura. An Bn
rn
A An−1 Bn−1
b rn−1
······
A3 B3
EP
b
Q r3
A2 B2
P b Q′ r2
A1 B1
r1
b b
B C s t
BM
Pelo teorema de Tales, temos
Prova. É suficiente provar que A1 A2 = A2 A3 ⇒ B1 B2 =
AP AQ′ B2 B3 , uma vez que as demais igualdades podem ser obti-
= ′ .
PB QC das de forma análoga. Para tanto (veja a figura abaixo),
trace por B3 uma paralela s′ à reta s, e sejam C1 e C2 seus
AP AQ
Mas, como a igualdade PB = QC é satisfeita por hipótese, pontos de interseção com as retas r1 e r2 , respectivamente.
temos
AQ AQ′
= ′
QC QC
A3 B3
Portanto, os pontos Q e Q′ são distintos e dividem o lado
AC na mesma razão, o que é absurdo.
Logo, P Q é paralelo a BC.
O A2
A1
C2
C1
B2
B1
r3
r2
r1
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Então,
C = A6 B6 = C ′ BC BC 1
r6 = =
DE BC − CF CF
A5 B5 1 − BC
r5
1 AC AC
A4 B4 = = = .
r4 CE
1 − AC AC − CE AE
A3 = B B3 = B ′
EP
r3
A2 B2
r2
A = A1 B1 = A′
r1
s t 4 Mais aplicações
BM
Esta última seção mostrará como o teorema de Tales, apli-
cado em conjunção com o resultado da proposição anterior,
nos permite abordar problemas bem mais difı́ceis.
Observe que, o caso particular do teorema de Tales de-
AB
monstrado acima não engloba as situações em que BC é Exemplo 13. Considere o triângulo ABC e uma ceviana
√
igual a um número irracional ( 2, por exemplo). Nesses AD, como D sobre o lado BC. Sejam P e Q pontos sobre
casos, assumiremos a validade do teorema sem demons- os lados AB e AC, tais que P Q k BC. Se AD intersecta
tração, referindo o leitor a [1] para os detalhes. P Q em R, mostre que R divide o segmento P Q na mesma
A proposição a seguir traz uma consequência muito im- razão em que D divide o segmento BC.
portante do teorema de Tales. De fato, ela é o primeiro
exemplo de uma semelhança de triângulos, conceito que
será muito importante nas próximas aulas.
= = . B D C
AD AE DE
A
Solução. Aplicando a proposição anterior aos triângulos
l
PR AP
AP R e ABD, obtemos BD = AB . Por outro lado, pelo
rta
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′
Pelo teorema de Tales, com B ′ B k P M , temos B P
B′ A =
A D BM
BA . Por outro lado, aplicando a Proposição 12 aos
b b
MQ
triângulos BM Q e BAA′ , temos BM BA = AA′ . Combinando
I
P b b b Q as duas relações acima e levando em conta que M Q = P H
(uma vez que P HQM é um paralelogramo), chegamos a
B′P MQ PH
= = . (1)
EP
B′A AA′ AA′
b b
Agora, seja K o ponto de interseção entre os segmentos
B C
P H e B ′ A′ (não mostramos K na figura acima). Como
K ∈ P H e P H k AA′ , temos P K k AA′ . Portanto,
Prova. Aplicando a Proposição 12 aos triângulos ABD e aplicando uma vez mais a Proposição 12, desta feita aos
P BI, obtemos AD AB triângulos B ′ P K e B ′ AA′ , obtemos
P I = P B . Por outro lado, pelo Teorema
AB DC
de Tales, temos P B = QC . Agora, aplicando a Proposição
BM
B′P PK
12 aos triângulos DAC e QIC, segue que DC AD = . (2)
QC = IQ . Com- B′A AA′
binando as três igualdades acima, obtemos finalmente
Combinando (1) e (2), chegamos à relação
AD AD
= , PH PK
PI IQ = ,
AA′ AA′
de forma que P I = IQ.
de onde segue que P H = P K e, daı́, H = K. Em particu-
Para o próximo exemplo, recordamos que, em todo lar, H ∈ A′ B ′ .
triângulos, as três alturas passam por um mesmo ponto,
conhecido como o ortocentro do triângulo.
Exemplo 15. É dado um triângulo OAB, tal que AOB
◦
α < 90 . Seja M um ponto sobre o lado AB, e denote
b =
O Dicas para o Professor
O conteúdo dessa aula pode ser visto em três encon-
tros de 50 minutos cada. É muito importante apresentar
por P e Q os pés das perpendiculares baixadas de M aos a demonstração do caso particular do teorema de Tales
lados OA e OB, respectivamente. Se H é o ortocentro
da
discutido nestas notas, pois o aluno deve perceber que ele
do triângulo OP Q, mostre que H pertence ao segmento não é um resultado auto-evidente, e que a validade de no-
A′ B ′ , onde A′ e B ′ denotam os pés das alturas do triângulo vos fatos geométricos realmente se apoia na validade de
ABC, traçadas respectivamente a partir dos vértices A e outros resultados mais simples, já estudados. A referência
B. [2] contém vários exemplos simples envolvendo o teorema
de Tales. Para o leitor interessado em aplicações mais ela-
A boradas, sugerimos a referência [1].
b
l
b
H 2. O. Dolce e J. N. Pompeu. Os Fundamentos da Ma-
b
temática Elementar, Volume 9: Geometria Plana. São
Paulo, Atual Editora, 2013.
Po
b b b b b
O F A′ Q B
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