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4.

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Se duas superfícies esféricas r = 1 m e r = 2 m, tem respectivamente,


𝑛𝐶 𝑚𝐶
densidades superficiais de 8 2 e− 6 2 , determine D para r = 3m.
𝑚 𝑚

Perceba que, o problema trata-se de cascas esféricas, que estão dispostas da


seguinte maneira:

Onde a superfície em vermelho é a de raio 1 ( a = 1), a superfície em azul é a de


raio 2( b = 2) e em cinza é a superfície gaussiana, com r = 3.

Perceba que nesse problema, o campo elétrico só apresenta componente na


direção â𝑟 , tratando-se de um problema de simetria, no qual utilizaremos a Lei de
Gauss, além disso, por ser simétrica em â𝑟 é mais aconselhável usar coordenadas
esféricas , na qual:


𝑑𝑙 = 𝑑𝑟 â𝑟 + 𝑟𝑑θ âθ + 𝑟𝑠𝑒𝑛θ𝑑ϕ âϕ

Entretanto, perceba que o raio permanece constante nessas superfícies esféricas,


ou seja, não há variação do raio, logo:

→ 2
𝑑𝑠 = 𝑟 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ â𝑟
Como o campo age unicamente na direção â𝑟 , a densidade de fluxo elétrico
também, tendo o seguinte formato:

𝐷𝑟 = 𝐷𝑟 â𝑟
Logo, utilizando da Lei de Gauss:
→ →
∮ 𝐷 . 𝑑𝑠 = 𝑄𝑒𝑛𝑐
𝑠

2
∮(𝐷𝑟 â𝑟) . (𝑟 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ â𝑟) = 𝑄𝑒𝑛𝑐
𝑠

Perceba que, a superfície gaussiana em cinza, encerra tanto a distribuição


superficial de cargas ρ𝑠 , quanto a distribuição superficial de cargas ρ𝑠 , então temos:
1 2

2π π
2
∫ ∫ 𝐷𝑟. 𝑟 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ = ∫ ρ𝑠 𝑑𝑠1 + ∫ ρ𝑠 𝑑𝑠2
0 0 𝑠 1 𝑠 2

Sendo :
2
𝑑𝑠 = 𝑟 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ

Logo:
2
𝑑𝑠1 = 𝑎 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ
2
𝑑𝑠2 = 𝑏 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ

Então:
2π π 2π π
2 2 2
𝐷𝑟. 𝑟 4π = ∫ ∫ ρ 𝑎 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ + ∫ ∫ ρ𝑠 𝑏 𝑠𝑒𝑛θ𝑑θ𝑑ϕ
0 0 0 0 2
𝑠1

Sendo:
𝑎 = 1𝑚
𝑏 = 2𝑚
𝑟 = 3𝑚
−9 𝐶
ρ𝑠 = 8 𝑥 10 2
1 𝑚
−3 𝐶
ρ𝑠 = − 6 𝑥 10 2
2 𝑚
Então:
2 −9 2 −3 2
𝐷𝑟. 3 4π = 8 𝑥 10 . 1 . 4π − 6 𝑥 10 . 2 . 4π
−9 −3
𝐷𝑟. 36π = 8 𝑥 10 . 4π − 6 𝑥 10 . 16π
𝐷𝑟. 36π = − 0, 3016
0,3016
𝐷𝑟 = − 36π
𝐶
𝐷𝑟 = − 0, 0027 2
𝑚
→ 𝑚𝐶
𝐷𝑟 = − 2, 7 2 â𝑟
𝑚

4.28

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Uma esfera de raio a está centrada na origem, considere ρ𝑣 = 5𝑟 ∀ 0 < 𝑟 < 𝑎

e ρ𝑣 = 0 para qualquer outro intervalo. Assim, determine 𝐸 em todas as regiões do
espaço.

Podemos dividir as regiões do espaço como: dentro da esfera e fora da esfera.

Figura ilustrativa da esfera na região centrada na origem:

Figura ilustrativa da esfera compreendida em duas dimensões:


Como podemos observar, a estrutura em que a carga está distribuída fornece um
campo de simetria esférica. Assim, podemos utilizar da Lei de Gauss para
determinar o módulo do campo elétrico para as sub-regiões do espaço.

Portanto, para determinar o campo no interior da esfera, devemos traçar uma


superfície que os elementos de área desta nos forneça um produto escalar com o
vetor campo elétrico que seja 1 ou 0. Respeitando tal restrição, podemos traçar uma
casca esférica como superfície gaussiana. Assim, a seguinte casca de raio r é
traçada

Segundo a lei de Gauss,

→ →
sabendo que 𝐷 ‖ 𝑑𝑆, podemos simplificar

Utilizando coordenadas esféricas, temos que

e como r será constante ao longo da casca esféricas, obtém-se


Assim,

Bom, após definir um lado da equação basta calcular a quantidade de carga


enclausurada pela casca de raio r. Como a densidade é volumétrica, podemos
definir a carga como

Note que a densidade de carga não é constante e está definida em função do raio
da esfera.

Sendo

Assim, como estamos somando as contribuições de cargas no intervalo em que 0< r


< a, temos que

Onde r varia de 0 até r’, θ de 0 até π e ϕ de 0 até 2π.

Integrando obtemos e igualando, obtemos

simplificando
Por definição 𝐷 = ϵ0𝐸, então

representa o campo elétrico para a região no interior da esfera.

Por outro lado, para definir o campo elétrico no exterior da esfera traçamos a
seguinte superfície gaussiana:

aplicando a Lei de Gauss,

A carga enclausurada pela superfície é a carga total ao longo da esfera. Assim,

Onde r varia de 0 até a, θ de 0 até π e ϕ de 0 até 2π. Então,


Por definição 𝐷 = ϵ0𝐸, então

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