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Aula 1

MÓDULO I – TEMA 1

EVOLUÇÃO
HISTÓRICA
DA MEDIUNIDADE
• Como a mediunidade é faculdade
inerente à espécie humana, a
comunicação entre os dois planos da vida
sempre foi conhecida, desde tempos
imemoriais. Entretanto, teve de se
submeter a um processo lento e gradual
de evolução, cuja história acompanha a
própria evolução do Espírito.
• Vemos, assim, que os primeiros
habitantes do Planeta, chamavam deus a
tudo o que apresentava qualquer
característica sobrenatural, qualquer
coisa que lhe escapava ao entendimento,
tais como fenômenos da natureza e
até habilidades percebidas em outro
indivíduo que o distinguia dos demais.
• Tais cultos eram marcados
por práticas anímicas e
mágicas que perduraram por
milênios. Envolviam forças
espirituais consideradas
misteriosas e
incompreensíveis.
• Mas em obediência à lei do
progresso, e pelo exercício do
livre-arbítrio, o homem
começou a entesourar
conquistas nas
sucessivas experiências
reencarnatórias.
• Perante tais condições, aprende a
utilizar a energia espiritual da qual
é dotado, extraindo elementos do
fluido cósmico universal, a fim de
elaborar e aperfeiçoar seus
mecanismos de expressão e de
comunicação, entre si, e com os
habitantes do mundo espiritual.
• Com este avanço, inicia-se o
processo civilizatório, propriamente
dito, que tem o poder de modificar
a face do Planeta.
• Utilizando o mecanismo de cocriação
em plano menor, como assinala o
Espírito André Luiz, aprende a usar
“[...] o mesmo princípio de comando
mental com que as Inteligências
maiores modelam as edificações
macrocósmicas, que desafiam a
passagem dos milênios.” 5
• Na perspectiva da Doutrina Espírita,
não é um simples produto das forças
cegas da evolução, mas um cidadão
do universo constrangido
a transformar-se para melhor como
determinam as Leis divinas.
COCRIAÇÃO
Leon Denis explica:
• Lembramos aqui que todo espírito emanado
de Deus não possui somente uma centelha da
inteligência divina; ele desfruta, ainda, de uma
parcela do poder criador, poder que ele é
chamado a manifestar mais e mais no decorrer
da sua evolução, tanto nas encarnações
planetárias quanto na vida do espaço.
Quando o homem é Cocriador?
• quando forja o ferro, funde o bronze e o
vidro, esculpe a pedra, ergue estátuas, constrói
palácios e templos; o homem perfura
Ameca
montanhas e reúne os mares.
• Importa acrescentar que o
processo evolutivo não foi,
obviamente, executado
exclusivamente pelo indivíduo.
Sempre esteve secundado
pelas Inteligências superiores,
permitindo que o corpo
espiritual (perispírito)
se aperfeiçoasse também e,
como resultado, produzisse
um veículo físico apto a alçar
voos mais altos.
• À medida que o Espírito evolui,
aprende a refinar as ondas
do pensamento, emitindo vibrações
que atraem o pensamento e as ideias
de Espíritos semelhantes, encarnados
e desencarnados, por meio dos
recursos da sintonia.
• Nesse processo, as suas faculdades
perceptivas são ampliadas, pois o
psiquismo humano encontra-se mais
bem estruturado.
• André Luiz afirma que a intuição
foi o sistema inicial de
intercâmbio, e que a produção do
pensamento contínuo pelo
Espírito — que caracteriza a
emissão mental do ser humano
— habilitou o perispírito a
desprender-se parcialmente nos
momentos do sono reparador do
corpo físico.
• A intuição foi, por esse motivo, o sistema
inicial de intercâmbio, facilitando a
comunhão das criaturas, mesmo a
distância, para transfundi-las no trabalho
sutil da telementação, nesse ou naquele
domínio do sentimento e da ideia,
por intermédio de remoinhos mensuráveis
de força mental, assim como na atualidade
o remoinho eletrônico infunde em
aparelhos especiais a voz ou a figura de
pessoas ausentes, em comunicação
recíproca na radiotelefonia e na televisão
• Por meio de árduos esforços, o ser
espiritual convence-se de que a mente é a
orientadora das necessidades evolutivas
que, ao emitir projeções, envolve a pessoa
em um campo energético, espécie de
“carapaça vibratória”,
usualmente denominada “aura”, uma vez
que o pensamento é a força criativa que
se exterioriza, envolvendo as mentes que
se encontram no seu raio de ação, mas
que, pelos mecanismos da reciprocidade,
é influenciada por Espíritos, encarnados e
desencarnados, superiores e inferiores.
• Assim, a aura espiritual, na feição de:
"[...] antecâmara do Espírito [favorece] [...]
todas as nossas atividades
de intercâmbio com a vida que nos rodeia,
através da qual somos vistos e examinados
por Inteligências superiores, sentidos e
reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e
hostilizados ou amados e auxiliados
pelos irmãos que caminham em posição
inferior à nossa".
Síntese histórica da mediunidade
• Mediunidade primitiva: a intuição é a
mediunidade inicial; o médium é idólatra;
adora ou teme as forças da natureza,
nomeadas como “deuses”: sol, céu, lua,
estrelas, chuva, árvores, rios, fogo, ser
humano que se destaca na comunidade.

• Mediunidade tribal: desenvolve-se uma


mentalidade mediúnica coletiva: crença
grupal em Espíritos ou deuses. Aparecem
as concepções de céu-pai (o criador ou o
fecundador) e terra-mãe (a geratriz, a que
foi fecundada pelo criador).
• Fetichismo: forma mais aprimorada do
mediunismo tribal, apresentando forte
colorido anímico, pelo culto aos fetiches
ou objetos materiais que representam a
Divindade ou os Espíritos. Surge a figura
do curandeiro ou feiticeiro, altamente
respeitada e reverenciada, amada e temida
pelos demais membros da tribo ou clã.
• Em algum momento, estas práticas se
desdobraram em outras, conhecidas
atualmente: vodu e magia negra.
• Mediunismo mitológico: a prática mediúnica
caracteriza-se pela presença dos mitos
(simbolismo narrativo da criação do universo e
dos seres) e pela magia (práticas mediúnicas e
anímicas de forte conotação ritualística).
• Mediunismo oracular: é o mediunismo que
aparece no período da história humana
considerado como início da civilização: é
politeísta e religioso. Cultuados pela sociedade,
os deuses (Espíritos) fazem parte de uma
sociedade hierarquizada, onde há um deus
maior Zeus), que vivem em locais específicos
(Olimpo).
• Cada deus governa uma parte da terra ou dos
seres terrestres. Os oráculos constituem o cerne
de toda a atividade humana, nada se faz sem
consultá-los.
• A Grécia torna-se o centro da mediunidade
oracular, sendo que o oráculo de Delfos é o
mais famoso — o oráculo pode representar a
divindade (que fala por voz direta), podia estar
encarnada em um médium, ou ocupar
temporariamente o seu corpo para se
manifestar;
•Na Antiguidade, segundo Emmanuel, a
mediunidade apresenta as características:
• Face externa ou exotérica – de natureza
politeísta, teatral, supersticiosa, repleta de
magia, destinada às manifestações públicas.
• Face interna ou esotérica – de essência
na Turquia, Gobleki Tepe consiste no monoteísta, envolvendo graus de árdua
complexo de templos de pedra mais
antigos
iniciação, e praticada no interior dos
templos por médiuns (magos, pitonisas etc.),
genericamente denominados “iniciados”,
que são mantidos sob supervisão de
sacerdotes.
• A prática mediúnica dos iniciados surgiu com mais
ênfase não só entre os gregos, mas também entre
outros povos, como os seguintes:
• a) egípcios – a mediunidade de cura é especialmente
relatada em O livro dos mortos, mas os fenômenos de
emancipação da alma eram especialmente conhecidos e
praticados;
• b) hindus – em os Vedas encontram-se descritas todas
as etapas da iniciação mediúnica e do intercâmbio com
os Espíritos.
• c) judeus – mediunidade é natural, revela-
se exuberante na Bíblia, que apresenta
uma significativa variedade;
• Na Idade Média, a mediunidade é
perseguida pela ignorância e fanatismo, e
os médiuns são submetidos a suplícios
atrozes, em geral, condenados a morrer
queimados nas fogueiras, pois as decisões
inquisitoriais consideravam as
manifestações dos Espíritos ação de
forças diabólicas.
• O martírio a que inúmeros
médiuns foram submetidos,
principalmente por efeito da
ignorância, prossegue ainda
nos primeiros dias do
Espiritismo,
quando estiveram sujeitos a
toda sorte de experiências
sendo, muitas vezes,
denominados charlatões,
embusteiros, mistificadores
ou desequilibrados mentais.
• Léon Denis lembra, a propósito, que
os adversários do Espiritismo
ainda continuarão a difamá-lo por
muito tempo, mas os médiuns,
definidos “[...] operários do plano
divino, rasgaram o sulco e nele
depositaram a semente donde se há de
erguer a seara do futuro.” 11
ATIVIDADE PRÁTICA 1: BUSCAI E
ACHAREIS
(3 participantes)
Objetivo do exercício
• Fazer leitura atenciosa e individual do
• texto do Evangelho, marcando os pontos considerados úteis à sua
Interpretação;
• Interpretar a citação evangélica, registrada por Mateus.
• Apresentar na próxima aula;
Prece Inicial da próxima aula: ORAÇÃO de José Silvério Horta
(3 participantes)
Pai Nosso, que estais nos céus, Santificado senhor,
Na luz dos sóis infinitos, seja o teu nome sublime,
Pai de todos os aflitos, Que em todo universo exprime
Deste mundo de escarcéus Concórdia, ternura e amor

Venha ao nosso coração


O teu reino de bondade,
De paz e de claridade,
Na estrada da redenção
Cumpra-se o teu
mandamento Evita-nos todo o mal,
Que não vacila e nem erra, Dá-nos o pão no caminho,
Nos Céus, como em toda a Feito na luz, no carinho,
Terra, Do pão espiritual.
De luta e de sofrimento.

Perdoa-nos, meu Senhor,


Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniquidade e de dor.
Auxilia-nos, também, Com a proteção de Jesus,
Nos sentimentos Livra a nossa alma
cristãos, do erro,
A amar nossos irmãos Sobre o mundo de
Que vivem longe do desterro,
bem. Distante da vossa luz.

Que a nossa ideal igreja


Seja altar da Caridade,
Onde se faça a vontade,
Do vosso amor... Assim seja.

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