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DIOCE§E DE CAMPINA GRANDE

t*Ü;t XVI ENCONTRO DE CA§AIS COM CRISTO


:§r
FORANIA CIDADE SUL
2" Etapa
26,27 e 28 de Agosto de 2AZZ
Vida espiritual do casal. O que significa isto? lrem os dois juntos à igreja? Fazerem uma
oração rápida na hora da refeição? Nossa mente logo se direciona para atos de
espiritualidade, mas gostaria de lhes pedir atenção para outra linha: atitudes que o casal
deve tomar. Os atos isoÍados ou específicos cievem refletir uma atitude íntima tomada pelo
casal, e é desta atitude que quero lhes falar nesta ocasião. As atitudes definirão os atos e
lhes darão valor. Alistarei apenas quatro, mas que nortearão nossa conversa.

PRIMEIRA ATITUDE: CONSCIÊNCIA DA AUTORIDADE DIVINA

A primeira atitude a tomar é o reconhecimento de ambos que estão sob a autoridade


divina. Sei que "autoridade" é uma palavra maldita em nosso momento cultural. Associa-se,
indevidamente, com opressão. Por causa disso, além da excessiva ênfase que nossa cultura
dá no "e7t", ninguém quer se submeter e todos querem exereer autorio'ade. Mas eu falo da
autoridade divina. O casal precisa ter a consciência de que está debaixo da autoridade divina.
Ou seja, há alguém acima dos dois. Há alguém que cuida, sim, mas esse alguém cuidador
julga e estabelece critérios para os relacionamentos. Parece tão óbvio, mas é tão
esquecido!
Foucos casais pararn e se perguntam, eÍrt moÍT'ientos de decisão e em n:ornentos de ci.ise
relacionais, qual é a vontade de Deus para eles. "O que Deus quer de nós, como casal
cristão?" ou "o que Deus espera de nosso rar?". ou, ainda, ',como Deus deseja que
procedamos nesta circunstância?". Parece que temos um Deus para nos atender em
caprichos e nos socorrer em aflições, mas não o veÍnüs como Senhor de nossa vida e de nosso
lar. E muitas decisÕes são tomadas no lar sem a consulta a Deus. "lsto agrada a Deus?,, é
uma pergunta fácil de se fazer, mas bastante incômoda. Por isso não é formulada mais vezes.
A forma como criamos os filhos agrada a Deus? Não é se está de acordo com as modernas
orientações das colunas psicoiógicas da internet, Ínas se está de acordo com aqullo que
sabemos ser a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Aliás, vontade de Deus está em
desuso em nosSo meio. O tal de "decretar" e de "declarar" tem nos tornado em deuses e
tornado Deus o nosso funcionário prestativo, que tem prazer em fazer a nossa vontade. Deus
tem deixado de sei" nosso Senhor e parâínos de perguntar o que ele quer de nós, e tem se
tornado nosso servo e ouvido o que queremos dele. lnclusive na vida doméstica. para se
colocar sob a autoridade divina e buscá-la sem fardo e com alegria, o casal precisa nutrir a
consciência de que o lar cristão é firmado sobre o Senhor, é constituído para o Senhor e é
propriedade do Senhoi^. Ele está seínpre presente nos planos e aspirações do casa!. Esié
presente nos projetos e no orçamento financeiro. No modo de nos tratarmos um ao outro,
porque raciocinaremos nos seguintes termos: "lsto aqui é de Deus e eu tenho uma parte a
cumprir para dê certo. E prestarei contas a Deus pela maneira que procedo em minha casa".

SEGUNDA ATITUDE: AUTORIDADE MÚTUA

O princípio está em lCoríntios 7.4: "A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio
corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o
seu próprio corpo, mas sim a mulhef . Não discutirei a questão de sexo, mas o princípio: um
tem autoridade sobre o outro. O casamento nos coloca um sob a autoridade do outro. O
marido está também debaixo da autoridade da esposa. Não tem vida independente dela, e
deve satisfaçôes sobre sua conduta, sobre aonde vai e o que faz. Muitos homens gostam
muito de lembrar que o homem é a cabeça da mulher. O grego é kephalê, gue não significa
apenas quem manda, mas quem nutre. É a mesma paiavra usada na literatura grega secular
para um rio afluente do outro, que o faz crescer e ter mais vida. O belo rio Negro é afluente
do Amazonas {ou, se preferirem, Solimões}. Ele o faz ser mais caudaloso e mais volumoso. O
marido é responsável por fortalecer a esposa. Ele não manda nela, mas deságua nela, para
torná-la mais vistosa. Eie é líder para puxar para cima, para ciar perspectiva, mais que mando.

É oportuno lembrar lPedro 3.7: "lgualmente vós, maridos, vivei com elas com
entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras
convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações". É significativo
que Pedro diga que se o marido não honra a esposa e não cuida dele (e aqui o cuidado é mais
emocional que financeiro) as orações ficam impedidas. Ele taz uma conexão entre
relacionamento conjugal e espiritualidade. Um bom relacionamento conjugal produz melhor
espiritualidade. Um mau relacionamento conjugal prejudica a espiritualidade. Nós, homens,
fomos acostumados ao discurso, inclusive da igreja, de que somos os "mandões", mas somos
os responsáveis pelo ambiente do lar. A honra e o respeito que dispensamos às nossas
esposas influern até na qualidade espiritual do lar. Orar e ler a Bíblia, mas não cultivar bom
relacionamento pessoal e um tanto estranho. Os dois, o trato pessoal e a comunhão com
Deus, caminham juntos. Nós, homens, também estamos sob autoridade no lar. Sob a
autoridade de Deus e sob a autoridade da esposa. Nós devemos alguma coisa à mulher com
quem nos câsamos. Ela não é nossa empregada doméstica. É alguem a quem devemos
honra. Somos responsáveis por ela, diante de Deus. E, ao mesmo tempo, estamos sob a
autoridade dele e ela está sob a nossa, e ambos estamos debaixo da autoridade de Deus.

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