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Automotive onboard computer(Anjo DaGuarda) automatic tester - Testador

automático de um computador de bordo automotivo (Anjo DaGuarda)

Preprint · July 2019

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2 authors:

João Eduardo Cosentino Bachmann Diogo Roberto Raposo de Freitas

Universidade de Pernambuco Universidade de Pernambuco
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EEG Signal Analysis Platform Applied to ERD / ERS and Real-Time Motor Imagery Recognition View project

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 Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

Testador automático de um computador de bordo

automotivo (Anjo DaGuarda)
Automotive onboard computer(Anjo DaGuarda) automatic tester

1
João Eduardo Cosentino Bachmann

1,2
Diogo Roberto Raposo de Freitas

1
Escola Politécnica de Pernambuco, Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil.
2
Professor assistente do departamento de engenharia elétrica eletrônica da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco.

E-mail do autor principal: João Eduardo Cosentino Bachmann joao.cosentino@gmail.com

Resumo

O presente artigo apresenta o desenvolvimento de um testador automático para o processo de

testes de um computador de bordo de veículos de características urbanas para transporte coletivo de
passageiros, chamado ―Anjo DaGuarda‖, desenvolvido e fabricado pela FRT Tecnologia Eletrônica. O
maior incentivo, além de acelerar o processo, foi o fato de o teste atual do produto ser feito
manualmente. Quando se tem um grande lote para ser testado o colaborador pode enfrentar certa
fadiga, podendo afetar suas avaliações do produto em teste. Em conjunto com a ideia, foi pensado
também no reuso de material que a empresa já possuía, colaborando para a reciclagem de materiais
que seriam descartados no meio ambiente, e, além disso, a montagem do testador não agregaria
custos ao projeto. O testador tem como objetivo garantir que o Anjo DaGuarda responda de maneira
correta aos estímulos que o submete, simulando sinais enviados do ônibus para o Anjo DaGuarda.
Como resultado, o testador conseguiu acelerar o processo de testes em pelo menos três vezes em
comparação com o processo manual.

Palavras-Chave: Segurança veicular; Engenharia automotiva; Transportes públicos.

Abstract

The present article aims to improve, through the development of an automatic tester, the process of testing
the onboard computer of vehicles of urban characteristics for public passenger transport, Anjo DaGuarda,
developed and manufactured by FRT Electronic Technology. Due to the fact that the current test of the
product is done manually, and when there is a large lot to be tested, the employee may experience some
fatigue and may affect his evaluations of the product being tested. In conjunction with the idea, it was also
thought about the reuse of material that the company already had, so the assembly of the tester would not
add cost to the project. The tester aims to ensure that the Anjo DaGuarda responds in a correct way to the
stimuli that submit him, simulating signals sent from the bus to the Anjo DaGuarda. As a result, the tester
was able to speed up the testing process at least three times.

Key-words: Vehicle safety; Automotive engineering; Public transportation.

1
DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
 Testador Automático de um Computador de Bordo Automotivo (Anjo DaGuarda)
1 Introdução
A automação de processos e a indústria 4.0 estão
cada vez mais próximos da realidade da indústria
atual [1]. Fábricas que querem acelerar, cortar
custos, tornar mais eficiente e mais simples seus
processos internos, tendem a automatizar estes,
utilizando por exemplo, um sistema embarcado, no
qual um microprocessador (CPU) em torno de
circuitos periféricos, irá comandar a realização de
tarefas repetitivas sempre que a CPU for requisitada.
Testes internos são parte de processos
corriqueiros numa indústria de desenvolvimento de
tecnologia eletrônica, onde produtos são
desenvolvidos e fabricados todos os dias,
necessitando passar por vários testes antes de irem
a campo, aos usuários finais. Na indústria
pernambucana de desenvolvimento de sistemas
embarcados automotivos não é diferente. A FRT
Tecnologia Eletrônica leva a rigor os testes internos
de seus produtos, em especial com o computador de
bordo automotivo, o Anjo DaGuarda, uma vez que
este tem atuação vital na proteção dos passageiros
de transportes urbanos coletivos, limitando a
velocidade do veículo, impedindo que o motorista
abra a porta quando o veículo está em movimento,
diminuindo a velocidade máxima quando transitando
em chuva e cortando o sistema de aceleração do
veículo quando as portas estão abertas. Dessa
maneira, evitando acidentes e prevenindo ações
equivocadas cometidas por motoristas ou até mesmo
pelos próprios passageiros.
Diante dessa situação, propôs-se o pulso (PWM).
desenvolvimento de um testador automático para o
Anjo DaGuarda, garantindo que este esteja de
acordo com o que se pede na norma ABNT NBR
15570 [2]. Aproveitando-se de recursos que estavam
em desuso na empresa para evitar o desperdício e,
consequentemente diminuir ainda mais os custos. A
ideia é reduzir o tempo gasto para realizar os testes,
trazendo mais segurança nos resultados e mais
rapidez. Além de diminuir a quantidade de
colaboradores destinados a realizar essa tarefa,
ajudando novamente com a redução de custos
destinados a essa atividade.
2
2 Materiais e métodos
O desenvolvimento do projeto do testador
automático do Anjo DaGuarda pode ser dividido em
duas partes gerais: a primeira seria a construção do
hardware, que é a parte física do testador, e a
segunda, o desenvolvimento do software. Esta
engloba toda a parte de programação que é
responsável por controlar o teste, enviando sinais de
comando para o Anjo DaGuarda, lendo suas
respostas e interpretando-as.
2.1 Hardware
Através da análise do arquivo de testes
desenvolvido pelos engenheiros de software da
empresa, que testa os sinais de entrada e saída, ao
qual o Anjo DaGuarda é submetido, foi desenvolvida
a configuração do testador. Este foi constituído em
seu núcleo por um microprocessador atuando e
recebendo sinais de informações através de circuitos
periféricos. Todo o projeto de construção de
hardware foi baseado na ideia do reaproveitamento
de produtos que estavam em descarte na empresa,
como por exemplo, fonte de alimentação e
microprocessador embarcado. O testador possui as
seguintes características:
-Tensão de alimentação 24VDC;
-Três saídas de propósito geral
3.3VDC(GPIO)
-Duas saídas de modulação por largura de
-Seis entradas de 24VDC reduzidas para
3.3VDC.
Como parte do projeto, a reutilização de
produtos em descarte trouxe a oportunidade de
trabalhar com o Córtex ARM-M3. O qual foi utilizado
como unidade processamento e controle para a
rotina de testes, integrando os circuitos periféricos
de saída e entrada. Sendo feito através do
desenvolvimento de um firmware programado com a
linguagem de programação C e C++ utilizando a
plataforma Keil MicroVision5.
2.1.1 Tensão de Alimentação 24VDC
A tensão de alimentação do testador escolhida
foi a de 24VDC, por se tratar da tensão que alimenta
o Anjo DaGuarda na rede elétrica dos carros de
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transporte urbano coletivo, como ônibus e micro-
ônibus. Dessa forma, o testador pôde simular as
ações como sendo sinais recebidos da rede do
ônibus. Para que o microprocessador interprete os
sinais vindos do Anjo DaGuarda, essa tensão de
24VDC é reduzida para 3.3V para as seis entradas
através de circuitos divisores de tensão [3].
Para alimentar a unidade de processamento que
contém o microprocessador, foi necessária a redução
da tensão de 24VDC para 5VDC, feita através do CI
LM7805 como mostra a Figura 1. Visto que a
corrente de operação da unidade de processamento
é baixa, não ultrapassando os 150mA, não foi
necessário utilizar uma fonte chaveada como um
conversor step-down. Pois o máximo estabelecido de
acordo com o datasheet do LM7805 é de 1,5A [3].
Com a ressalva de que se tratando de um regulador
linear, dissipa bastante calor [4], portanto, foi
necessário utilizar um dissipador acoplado ao CI. Isto
porque o microprocessador se encontrava em uma
placa que estava em descarte e já possuía um
circuito interno de alimentação do mesmo em
3.3VDC.
Figura 01 – Circuito para alimentação da placa que
contém o microprocessador. Fonte: Própria do autor.
2.1.2 Sinais de entrada
Como proposto pelo teste, foram necessários
seis circuitos de entrada de dados que são enviados
do Anjo DaGuarda para o testador. O Anjo DaGuarda
envia sinais de bloqueio de porta, bloqueio de
acelerador e evitar que a rotação do motor esteja
acima do necessário. Isto é feito através de
atuadores. Para leitura das tensões elétricas que são
emitidas pelo Anjo DaGuarda, que são de 24VDC,
3
escolheu-se o circuito divisor de tensão. E para
escolher os resistores destes circuitos adotou-se a
seguinte equação:
(1)
Conhecendo as tensões Vo = 3.3VDC e Vi =
24VDC, descobre-se a relação entre os resistores R1
e R2, como mostra:
(2)
(3)
Assim, fazendo-se algumas aproximações
para valores comerciais de resistores, foram
utilizados dois resistores de 15kΩ. Nestes foram
feitos o paralelo, e o equivalente em série com outro
de 15kΩ, resultando em 22.5kΩ, adotando este valor
para R1, dividindo por 6.27 encontra-se
aproximadamente 3.58kΩ. Como o resistor
disponível de valor mais próximo era o de 3.3kΩ,
este foi utilizado.
2.1.2.1 Sinal de Inibe Porta 1 e 2
O Anjo DaGuarda tem a função de inibir as
portas do ônibus quando este se encontra em
movimento, isso é feito através do acionamento do
circuito que faz o bloqueio da válvula pneumática da
porta do ônibus. Para simular essas ações, o
testador possui um circuito divisor de tensão para
diminuir a tensão vinda do comando do Anjo
DaGuarda de 24VDC para 3.3VDC. Assim o
microprocessador utiliza um conversor analógico-
digital interno que converte o sinal analógico em
uma palavra digital de 12 bits. Palavra esta
correspondente ao sinal digital, possibilitando a
leitura e interpretação do sinal recebido, através da
lógica de programação. Para simular o pistão
pneumático que abre e fecha a porta do ônibus, já
que não era viável para o testador pelo seu tamanho
e peso, foram utilizados resistores de 56R e 15W,
em paralelo com o circuito divisor. Simulando a alta
corrente de acionamento dos pistões. O circuito se
encontra na figura 2.
DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
 Testador Automático de um Computador de Bordo Automotivo (Anjo DaGuarda)

(4)

Onde, 3300 é a tensão de referência do

conversor. ADC_data é o valor de passos de 0 a
4095 referente ao nível de tensão lido pelo
conversor, e 4095 é o fundo de escala do conversor.

2.1.2.3 Teste de Alimentação

Como parte do teste, é requerido que o testador

verifique a tensão de alimentação do
microprocessador do Anjo DaGuarda, assim como
sua alimentação de entrada. Que correspondem a
3.3VDC ou 5 VDC a depender do microprocessador
utilizado no Anjo DaGuarda, e 24VDC,
respectivamente. A medição é feita de maneira
Figura 02 – Circuito divisor de tensão. Fonte: Própria semelhante aos circuitos anteriores, também sendo
do autor. composta por divisores de tensão. Tornando possível
o microprocessador do testador ler através de seu
ADC interno, tratar e verificar se o resultado está de
2.1.2.2 Sinal de inibição de Velocidade acordo com o esperado. Para calcular os valores dos
resistores do circuito divisor, o qual é responsável
e RPM.
por ler a tensão de 24VDC, foi adotado o mesmo
procedimento das equações: (1),(2) e (3). Já para o
Outra função é cortar a aceleração do ônibus,
circuito que deve ler as tensões de alimentação do
isso é feito através da ação dos circuitos atuadores,
microprocessador que podem ser de 5VDC ou
que estão sob comando do Anjo DaGuarda. Além de
3.3VDC, foi utilizado o mesmo processo, porém a
cortar e limitar a velocidade do ônibus, o sinal de
relação dos resistores muda, pois o Vo e Vi mudam:
velocidade ativa também o sinal que Inibe Porta.
Esse teste é feito simulando um excesso de
, (5)
velocidade do ônibus, que será explicado com mais
detalhes na próxima seção (sinais de saída do . (6)
testador). Assim o microprocessador lê o sinal de
24VDC vindo do Anjo DaGuarda, que passa por um
circuito divisor de tensão que é o mesmo que se
encontra na figura 2, abaixando-a para 3.3VDC, e
sendo lido através do processo de conversão
analógico-digital do ADC interno no
microprocessador.
O microprocessador em uso para o testador
possui circuitos conversores ADC de 12-bit. Isto
significa que para as conversões analógico-digitais,
foi obtido uma resolução de 4096 steps (passos) de
0 a 4095, sendo fundamental para melhorar a
precisão do valor obtido analogicamente, quando
convertido para digital [6]. A quantidade de passos
determina a variação de tensão para cada um desses Figura 03 – Circuitos para abaixar a tensão de
4096 passos do conversor, e para converter o valor alimentação. Fonte: Própria do autor.
lido analogicamente em digital utiliza-se:

4
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O quadro 1 mostra um trecho importante do
código, utilizado para calcular a tensão média lida
pelo ADC.
for(countlr=0;countlr<=10;countlr++){
HAL_ADC_Start(&hadc2); //ADC inicia a conversão
ADC_raw = HAL_ADC_GetValue(&hadc2);
//o valor lido pelo ADC é atribuido
Vcc = ((ADC_raw)*(3300))/4095;
// A partir do valor atribuido é calculado o Vcc lido
// pelo microprocessador
Vcc2 += Vcc;
HAL_Delay(100);
}
Vmedio = Vcc2/10;
Quadro 01 – Trecho do código que mostra como é
feita a conversão do valor analógico para o digital. Fonte:
Própria do autor.
2.1.3 Sinais de Saída do testador
Os sinais de saída do testador têm como
objetivo estimular as respostas do Anjo DaGuarda.
Simulando sinais que o ônibus envia, como por
exemplo: abertura de porta dianteira ou traseira,
sinal de velocidade, sinal de rotação, e sensor de
chuva.
2.1.3.1 Sinal de abertura de porta
O sinal de abertura de porta é necessário
para testar o momento em que o Anjo DaGuarda
verifica que alguma das portas está aberta. Nesse
caso, o sinal deverá, de acordo com a configuração
desejada pelo proprietário: cortar a alimentação do
pistão pneumático que abre a outra porta, e cortar a
alimentação do pedal do acelerador. Assim,
impedindo que o motorista ande com o ônibus, caso
alguma das portas estejam abertas. estas ligações
estão referidas no diagrama do anexo 1.
Desta maneira, o teste é feito utilizando uma
porta de propósito geral de entrada/saída do
microprocessador (GPIO), que está ligada à base de
um transistor BC547 [8]. Mudando o estado da porta
para o nível lógico HIGH, o transistor é levado a
condução, energizando a bobina do relé [9].
Sinalizando para o Anjo DaGuarda que este deve
acionar o inibidor do acelerador, bem como se
desejável, o inibidor de alguma outra porta. O sinal é
5
enviado através do circuito de acionamento do relé
[10].
Figura 04 – Circuito que simula o acionamento de
porta. Fonte: Própria do autor.
O circuito para o teste do sensor de porta 2 é
igual, pois ambos tem a mesma função.
2.1.3.2 Sinal de Velocidade e RPM
Os sinais de Velocidade e RPM são gerados
por um PWM (Pulse Width Modulation) que é a
Modulação por Largura de Pulso. Simulando assim, o
sinal de velocidade que o tacógrafo do ônibus envia
ao Anjo DaGuarda, bem como o sinal de RPM que é
obtido diretamente do alternador do motor do
ônibus. O próprio microprocessador possui circuitos
internos (timers) capazes de gerar esse tipo de
modulação digital [11]. Que, de acordo com os
parâmetros desejados, é gerado um sinal de PWM
que representa uma certa velocidade ou RPM do
motor. O Anjo DaGuarda, faz a leitura dos sinais,
simulada pelo testador como se estivesse no ônibus.
Por se tratar de um sinal gerado puramente interno
na CPU, não foi necessário montar nenhum circuito
externo.
A modulação por largura de pulso (PWM) é
uma técnica de modulação digital que envolve a
razão do duty cycle ou ciclo de trabalho. Isto é, a
razão em que uma fonte está fornecendo energia a
carga (Ton), e o tempo em que ela não está
fornecendo (Toff). Ou seja, a largura do pulso, ou
seu tempo de duração, é informado através do valor
do ciclo de trabalho em percentagem e pode ser
calculado por:
(7)
DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
 Testador Automático de um Computador de Bordo Automotivo (Anjo DaGuarda)
Onde Ton representa o tempo em que a energia está
sendo fornecida, e T representa o tempo total de
duração do ciclo.
O teste de velocidade e de RPM máxima do
Anjo DaGuarda requer que o testador simule uma
velocidade de 67km/h ou acima, e de 2480RPM ou
acima, esses valores são padrões de teste
determinados pela empresa. Para simular esses
valores através do PWM, gerado pelo
microprocessador, alguns parâmetros do PWM
precisam ser levados em consideração:
-Counter Period: é o valor que representa a
quantidade de vezes em que o contador vai contar,
ou seja, se for determinado como 300, o contador
vai contar de 0 a 300. Determinando assim o tempo
de duração do ciclo de contagem [11].
-Prescaler: pode ser entendido como um
valor base para divisão da frequência fornecida ao
contador, que é a frequência do PWM:
(8)
Porém, para determinar o valor do prescaler,
é necessário saber a frequência do PWM, que foi
fornecida pelos engenheiros da empresa, os quais
desenvolveram o produto. Com o valor de frequência
determinado em 125Hz, então encontra-se o
prescaler a partir de:
(9)
Conhecendo os valores do prescaler, tanto
para o teste de velocidade como para o teste de
RPM, é possível gerar os sinais requisitados pelo
teste. Através da função de geração de PWM do
timer do microprocessador, é possível simular o sinal
que o ônibus envia ao Anjo DaGuarda quando em
campo. O quadro 2 mostra a parte do código que faz
esta função.
// ATUADOR 1 = VELOCIDADE
//** TESTE DE VELOCIDADE 67km/h **//
pwm2 = 50; // Seta o tamanho do pulso para 50x o período
de duração de uma contagem do timer
__HAL_TIM_SET_COMPARE(&htim4,TIM_CHANNEL_2,pwm2);
pwm1 = 50;
__HAL_TIM_SET_COMPARE(&htim3,TIM_CHANNEL_2,pwm1);
__HAL_TIM_SET_PRESCALER(&htim4,127);//velocidade67km/h
__HAL_TIM_SET_PRESCALER(&htim3, 27);
//prescaler para RPM 2453
6
Quadro 02– Trecho do código que gera o sinal de PWM da
velocidade e do RPM. Fonte: própria do autor.
A variação de velocidade e RPM do sinal
gerado pelo PWM pode ser percebida de duas
maneiras. A primeira delas é mantendo o prescaler
fixo e variando a largura da onda quadrada, que é
dada pelo valor pwm2 como mostrado no código. A
segunda que foi adotada no método mostrado no
código acima. Que é, mantendo a largura da onda
fixa, porém variando a frequência do PWM, dada
pelo valor do prescaler. Então, ao manter fixo o valor
que determina a duração do pulso, e mudando
apenas o valor de prescaler, é possível selecionar o
valor desejado de velocidade e RPM.
2.1.3.3 Sinal de Velocidade de Chuva
O teste de velocidade máxima para chuva, é
semelhante ao teste de velocidade e RPM, com a
única ressalva de mudar o parâmetro prescaler. Uma
vez que a velocidade do veículo na chuva deve ser
de no máximo 47km/h. Portanto para gerar uma
onda quadrada através de um PWM, que simule essa
velocidade, é necessário calcular outro valor para o
prescaler. A partir de um valor diferente de
frequência de PWM, mas mantendo o valor da
variável pwm2, como no teste anterior.
Nesse teste foi necessário utilizar um circuito
externo que simulasse o sinal do sensor de chuva,
que é um sinal de 24VDC vindo do ônibus. Utilizando
o circuito de acionamento do relé[10], que é ativado
pelo microprocessador. E quando o transistor recebe
o sinal e ativa o relé, e um sinal de 24VDC é enviado
ao Anjo DaGuarda. Indicando que o sensor de chuva
está ativo. Logo após, é gerado uma onda quadrada
pelo PWM simulando a velocidade de 47km/h, que é
a velocidade limite para o ônibus quando em chuva.
Assim, o Anjo DaGuarda envia para o testador o
sinal de alarme indicando que o ônibus está na
velocidade máxima para essa ocasião.
2.2 Desenvolvimento de Software
O próximo passo para realização do projeto,
pode ser subdivida em duas partes. A primeira delas
é o desenvolvimento do firmware do
microprocessador, que é o responsável por realizar
todos os testes e interpretá-los de maneira correta.
A segunda parte é o desenvolvimento da interface do
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testador com o usuário, criado com o intuito de
facilitar análise dos resultados.
2.2.1 Firmware
Para desenvolver o firmware foram utilizadas
algumas ferramentas de SDK (software development
kit) [12]. Bem como o ambiente de desenvolvimento
integrado utilizado quando se trabalha com
microprocessadores ARM, que é a IDE Keil
MicroVision5[13].
A primeira é a ferramenta de preparação do
microprocessador. Na qual é possível escolher quais
portas usar, quais funções devem desempenhar,
quais parâmetros devem ser utilizados e seus
valores como mostra a Figura 07. Essa é uma
ferramenta de desenvolvimento para quem trabalha
com microprocessadores de arquitetura ARM.
Figura 07 – Definição dos pinos do microprocessador.
Fonte: própria do autor.
Para próxima etapa, é utilizado ambiente de
desenvolvimento, criado e fornecido pela empresa
Keil Embedded Development Tools [13]. O
desenvolvimento do firmware foi feito utilizando a
linguagem de programação C.
2.2.2 Software de teste
Para uma melhor integração do operador de
testes com o testador, um aplicativo do tipo
Windows form foi criado, utilizando a ferramenta
7
Microsoft Visual Studio 2017 [14]. Para desenvolver
essa aplicação foi necessário o estudo da linguagem
de programação C# [15] (C Sharp).
O programa, tem o papel fundamental de
melhorar a visibilidade do operador, com relação aos
resultados do teste. Além disso, o aplicativo cria um
banco de dados no computador do operador. Este
aplicativo cria arquivos de texto [16] com o resumo
do teste realizado, mostrando todos os resultados.
Assim todos os testes têm seus resultados salvos de
acordo com o número de série do equipamento e
com a data em que foi testado. Isto é muito
importante para se certificar de que todos os
equipamentos saem da empresa em perfeito estado
de funcionamento.
Figura 08 – Interface do programa de testes. Fonte:
Própria do autor.
2.2.1 Fluxograma
O fluxograma representado pela Figura 09 na
página 09 viabiliza mostrar o funcionamento da
lógica de programação do firmware. Além de
mostrar como se da à comunicação do mesmo com a
interface de teste.
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3 Implementação física do testador
Com a intenção de evitar custos adicionais ao
projeto, seu processo de montagem se deu baseado
na reutilização de produtos e componentes que
estavam em descarte na empresa. Por isso, não foi
necessário criar um desenho de uma nova PCI (Placa
de Circuito impresso), visto que os principais
componentes do projeto que seriam utilizados, já
estavam disponíveis na empresa.
3.1 Unidade de processamento
O microprocessador utilizado, baseado na
arquitetura ARM Córtex-M3, estava soldado em uma
placa contida no setor de descarte da empresa.
Porém após realizar alguns testes elétricos,
percebeu-se que seria apenas necessário retirar
alguns componentes da placa para utilizar o
microprocessador e acessar seus pinos, como mostra
a Figura 10.
Figura 10 – Placa de acesso a unidade de controle. Fonte:
própria do autor.
8
3.2 Placa Matriz e Layout final
Os circuitos periféricos projetados, nos quais
a unidade de controle atua, por serem compostos
por componentes em PTH (pin through hole) foram
montados numa placa matriz. Onde o manuseio seria
mais acessível, caso necessário uma futura troca de
componentes ou mudanças no circuito. A Figura 11
na página 10 mostra o layout final do projeto, para o
desenho em CAD foi utilizado a ferramenta AutoDesk
Student Version.
3.3 Montagem do testador
Todo o testador foi montado numa caixa de
metal que foi fornecida já dobrada pelo setor de
peças mecânicas da FRT que está representada na
Figura 12.
Figura 12– Caixa metálica onde foi montado o testador.
Fonte: própria do autor.
 Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

Figura 09 – Fluxograma da lógica de testes. Fonte: própria do autor.

9
DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
 Testador Automático de um Computador de Bordo Automotivo (Anjo DaGuarda)

4 Testador Automático x Testador vide Figura 08, quando acontece alguma falha na
resposta do Anjo DaGuarda. A tabela 1 mostra um
Convencional
pequeno comparativo entre os dois testadores.

É necessário fazer uma comparação entre os dois Tabela 01 – Comparativo entre testadores
testadores, para uma melhor visualização do ganho
Comparativo entre testadores
de um em relação ao outro. O testador convencional,
Automático Convencional
além de não realizar todos os testes que o
automático faz. Além de, ser mais cansativo e
Tempo de
demorado, pelo fato de o operador ter que ficar teste 30'' 1'30''
manuseando as chaves e potenciômetros para Depende do
simular os cenários de teste. E ainda ter que manter Precisão Muito Alta operador
contato visual e saber quais combinações de LEDs Dependência
Parcial Total
acesos que fariam o resultado do teste ser positivo. do operador
Já no automático, o computador faz todas essas Banco de
atividades para o operador. De maneira que ele só dados Possui Não possui
precisa conectar o Anjo DaGuarda ao testador e Necessidade
conectar a porta serial do computador ligada no
de 02 multímetros
testador, para comunicação daquele com o Não possui
equipamentos digitais
programa. O testador automático realiza todos os
extras
testes citados neste trabalho, cuja duração é de
Fonte: Própria do autor.
aproximadamente 30s. A visualização do erro é
bastante simples, pois o programa de teste destaca
explicitamente o Erro!(Vermelho) e o OK!(Verde),

Figura 11 – Layout final do projeto testador. Fonte: própria

do autor.
10
 Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

5 Conclusões
[3] Divisores de Tensão e de Corrente. Disponível
em:
O propósito de realizar este projeto, era http://www.ufrgs.br/eng04030/Aulas/teoria/cap_
trazer mais rapidez, eficiência na análise de 04/diviteco.htm. Acesso em: 18 mar. 2019.
resultados, diminuição da fadiga visual e mecânica
do operador. Dando mais conforto a este, quando [4] µA7800 SERIES POSITIVE-VOLTAGE
acontecer de uma grande quantidade de Anjos REGULATORS. Disponível em:
DaGuarda necessitarem de teste. Além de diminuir https://www.sparkfun.com/datasheets/Componen
custos, pois, ao realizar os testes mais rápidos, ts/LM7805.pdf. Acesso em: 18 mar. 2019.
não se fazendo necessário que vários
colaboradores sejam designados para realizar tal
[5] Regulador Linear. Disponível em:
atividade.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regulador_linear.
Porém, existem melhorias a serem feitas no Acesso em: 20 mar. 2019.
projeto. Uma vez que o testador realiza todos os
testes de forma serial, um seguido do outro, [6] RONALD J. TOCCI NEAL S. WIDMER |
enquanto que em alguns casos mais específicos é GREGORY L. MOSS. Sistemas Digitais, princípios e
aplicações, 11ºed. Disponível em:
necessário realizar testes de maneira isolada.
https://www.academia.edu/28947487/Tocci_Siste
Principalmente quando os engenheiros se deparam
mas_Digitais_11_ed. Acesso em: 19 mar. 2019.
com problemas de campo inesperados, e que
precisam ser investigados de maneira mais
intrínseca. Sendo assim necessário programar no [7] STM32F0 ADC - Tutorial 6. Disponível em:
código do testador essas novas funcionalidades de https://letanphuc.net/2016/07/stm32f0-adc/.
testes isolados. Acesso em: 19 mar. 2019.
Assim, pode-se perceber que a ideia do
projeto, é bastante relevante para a empresa.
[8] BC547 NPN Epitaxial Silicon Transistor.
Ajudando na sustentabilidade, ao reutilizar
Disponível em:
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 Testador Automático de um Computador de Bordo Automotivo (Anjo DaGuarda)

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