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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA MECATRÓNICA

DIMENSIONAMENTO DE UMA PLATAFORMA DE ELEVAÇÃO AUTOMÁ-

TICA PARA ACESSIBILIDADE DE DEFICIENTES DEPENDENTES DE CA-

DEIRAS DE RODAS NOS TRANSPORTES PÚBLICOS DA CIDADE DA

BEIRA

JÚLIO JOUEL GOBE

Beira, Março de 2022


JÚLIO JOUEL GOBE

DIMENSIONAMENTO DE UMA PLATAFORMA DE ELEVAÇÃO AUTOMÁ-

TICA PARA ACESSIBILIDADE DE DEFICIENTES DEPENDENTES DE CA-

DEIRAS DE RODAS NOS TRANSPORTES PÚBLICOS DA CIDADE DA

BEIRA

Monografia submetida à
Faculdade de Ciências e
Tecnologia, Universidade Zambeze,
Beira, em cumprimento dos
requisitos para a obtenção de grau
de Licenciado em Engenharia
Mecatrónica

Orientador: Eng.o António Daniel Paturo

Beira, Março de 2022


AVALIAÇÃO FINAL – PARECER DO ORIENTADOR

António Daniel Paturo, orientador do Departamento de Engenharia Mecatrónica,


da Faculdade de Ciências e Tecnologia na Universidade Zambeze, vem na qualidade do
orientador da Monografia de Licenciatura submetida por Júlio Jouel Gobe, com o tema
“DIMENSIONAMENTO DE UMA PLATAFORMA DE ELEVAÇÃO AUTOMÁ-
TICA PARA ACESSIBILIDADE DE DEFICIENTES DEPENDENTES DE CA-
DEIRAS DE RODAS NOS TRANSPORTES PÚBLICOS DA CIDADE DA
BEIRA”. Declaro que o trabalho previsto no âmbito da sua monografia foi concluído
com sucesso.

Assim, o trabalho apresentado pelo candidato reúne a qualidade científica e as


condições necessárias para que o estudante seja submetido à prova de defesa para obter o
grau de Licenciado em Engenharia Mecatrónica.

Universidade Zambeze, Março de 2022

________________________________

(Eng.o António Daniel Paturo)


DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Júlio Jouel Gobe, declaro que esta Monografia é resultado do meu próprio
trabalho e está a ser submetida para obtenção do grau de Licenciado em Engenharia Me-
catrónica na Universidade Zambeze, Beira. Ela não foi submetida antes para obtenção de
nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra Universidade.

______________________________________

(Júlio Jouel Gobe)

Beira, Março de 202


V

DEDICATÓRIA

Primeiramente dedico este trabalho aos meus pais Jouel Sarriel Faife Gobe a Ve-
ronica Rodrigues da Costa, por serem todo meu apoio desde a minha nascença, e é graças
a eles que eu tive a oportunidade ingressar na Universidade Zambeze e fazer o curso de
engenharia mecatrónica, aos meus avós, Júlio Rodrigues Maria da Costa e Fina Rodrigues
da Costa, por terem cuidado de me nos longos quatros (4) anos para a realização do curso.
VI

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar quero agradecer ao Deus todo poderoso pois ele carregou todas
minhas aflições, me auxiliou em toda minha caminhado durante o curso, me deu o seu
amor incondicional e me abençoou bastante que eu tivesse essa oportunidade, agradeço a
deus pela família quem concebeu, meu pai, minha mãe e as minhas irmãs, o amor e o
apoio deles a cada dia deram-me forças para seguir fazendo o curso sem nenhuma cogi-
tação de desistência mesmo em momentos difíceis

Agradeço aos meus pais Jouel Sarriel Fiafe Gobe e Veronica Rodrigues da Costa
Gobe por me terem dado esta oportunidade na vida pois sem eles eu não haveria de ter a
chance de realizar a licenciatura que desejo, toda educação toda amor que me deram, fez
de mim que hoje sou, muito feliz estou andando nos seus caminhos e seguindo os seus
ensinamentos.

Quero agradecer ao docente engenheiro António Daniel Paturo pela colaboração


e a paciência que teve durante a orientação na realização deste projecto transmitindo o
seu conhecimento e sabedoria.

Também agradeço ao todo corpo docente do departamento de engenharia meca-


trónica por terem leccionado as respectivas cadeiras que me trouxeram ampla gama de
conhecimento, pós agora estou capacitado para interpretar e desenvolver sistemas meca-
trónicos que possam contribuir com a sociedade e consequentemente para o crescimento
do pais.
VII

Epigrafe

“O sucesso nasce do querer, da determinação

e persistência em chegar a um objetivo.

Mesmo não atingindo o alvo, quem busca a

vencer obstáculos, no mínimo fará coisas

admiráveis. |”

José de Alencar
VIII

Índice

RESUMO ..........................................................................................................XIII

ABSTRACT..................................................................................................... XIV

LISTA DE FIGURA .......................................................................................... XV

LISTA DE TABELAS ..................................................................................... XVI

LISTA DE SÍMBOLOS.................................................................................. XVII

SIGLAS, TERMOS E ABREVIAÇÕES ......................................................... XXI

CAPÍTULO I ...................................................................................................... 22

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 22

1.2. Justificativa ............................................................................................... 24

1.3. Problematização........................................................................................ 25

1.4. Hipóteses .................................................................................................. 26

1.5. Objectivos ................................................................................................. 27

1.5.1. Objectivos gerais ............................................................................... 27

1.5.2. Objectivos específicos ....................................................................... 27

1.6. Metodologia .............................................................................................. 29

CAPÍTULO II ..................................................................................................... 30

2. Revisão literária teórica ............................................................................ 30

2.2. Plataforma de elevação automática ....................................................... 30

2.2.1. Tipos de plataformas de elevação automática ................................ 30

2.3. Resistência dos materiais ...................................................................... 31

2.4. Hidráulica.............................................................................................. 31

2.4.1. Bomba hidráulica ............................................................................ 31

2.4.2. Válvulas direccionais ...................................................................... 32

2.4.3. Cilindro hidráulico .......................................................................... 33

2.4.4. Medidor de pressão ......................................................................... 33


IX

2.5. Elementos de máquinas ........................................................................ 33

2.5.1. Tipos de elementos de máquina ...................................................... 33

2.5.2. Elementos de Fixação ..................................................................... 34

2.6. Electricidade ......................................................................................... 34

2.6.1. Motor eléctrico ................................................................................ 35

2.6.2. Interrupotor........................................................................................ 35

2.6.3. Botoeira........................................................................................... 35

2.7. Bateria ............................................................................................... 36

CAPÍTULO III .................................................................................................... 37

3. DIMENSIONAMENTO DA PLATAFORMA ........................................ 37

3.2. Dados de partida ................................................................................... 38

3.2.1. Altura do degrau ou “espelho”, largura e profundidade do piso. ... 38

3.2.2. Área destinada e o volume total ocupado pela plataforma ............. 39

3.2.3. Carga Nominal ................................................................................ 39

3.2.4. Velocidade Nominal ....................................................................... 39

3.2.5. Pressão nominal .............................................................................. 40

3.2.6. Vida útil ou ciclos de operação previstos ....................................... 40

3.2.7. Estado de carga ............................................................................... 40

3.3. Dimensionamento da chapa de alumínio .............................................. 41

3.1.1. Cálculo da tensão admissível para a chapa de alumínio.................... 41

3.1.2. Cálculo da massa da chapa ................................................................ 42

3.1.3. Cálculo da tensão máxima actuante .................................................. 43

3.4. Dimensionamento das vigas de suporte da carga ................................. 45

3.4.1. Escolha do material ......................................................................... 45

3.4.2. Cálculo da carga actuante nas vigas laterais ................................... 46

3.4.3. Cálculo da tensão admissível para vigas laterais ............................ 47

3.4.4. Cálculo da tensão de cisalhamento admissível ............................... 48


X

3.4.5. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante ................................... 48

3.4.6. Cálculo da deflexão das vigas ......................................................... 49

3.5. Dimensionamento dos guias laterais ..................................................... 50

3.5.1. Cálculo da carga e tensão critica para flamblagem dos guias laterais.50

3.5.2. Cálculo da tensão de compressão ................................................... 52

3.6. Dimensionamento dos pinos de engaste ............................................... 53

3.6.1. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante para o pinto de suporte


do cilindro hidráulico. ................................................................................. 53

3.6.2. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante para o pinto de suporte


dos roletes. ................................................................................................... 54

3.7. Dimensionamento dos pilares de suporte do cilindro hidráulico .......... 54

3.7.1. Tensão de cisalhamento actuante nas vigas de suporte dos cilindros


hidráulicos ................................................................................................... 55

3.7.2. Cálculo da tensão de compressão actuante nas vigas de suporte dos


cilindros hidráulicos .................................................................................... 56

3.7.3. Cálculo da tensão de flambagem nas vigas de suporte dos cilindros


hidráulicos ................................................................................................... 56

3.7.4. Cálculo da tensão de flexão actuante .............................................. 59

3.7.5. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante ................................... 59

3.7.6. Cálculo da deflexão da viga ............................................................ 59

3.7.7. Cálculo de tracção ........................................................................... 60

3.8. DIMENSIONAMENTO DOS MECANISMOS .................................. 61

3.8.1. Dimensionamento dos actuadores .................................................. 61

3.8.2. Pressão nominal .............................................................................. 62

3.8.3. Pressão de trabalho estimado pela perda de carga .......................... 62

3.8.4. Forca de avanção ............................................................................ 62

3.8.5. Diâmetro comercial necessário ao pistão........................................ 63

3.8.6. Dimensionamento da haste ............................................................. 63


XI

3.8.7. Área da coroa .................................................................................. 64

3.8.8. Escolha dos cilindros ...................................................................... 64

3.8.9. Velocidade dos actuadores.............................................................. 64

3.8.10. Vazao de avanço(Qa) .................................................................... 65

3.8.11. Vazio de retorno (Qr) .................................................................... 65

3.8.12. Vazao induzida de avanço ............................................................ 65

3.8.13. Vazão induzida de retorno ............................................................ 65

3.9. Dimensionamento da bomba e do motor eléctrico ............................... 66

3.9.1. Cálculo do tamanho nominal da bomba ......................................... 66

3.9.2. Escolha do motor eléctrico ............................................................. 67

3.10. Dimensionamento das tubulações e das perdas de carga .................. 67

3.10.1. Velocidades para a tubulação ....................................................... 67

3.10.2. Diâmetro mínimo necessário nas tubulações ................................ 68

3.10.3. Perda de carga. .............................................................................. 68

3.11. Dimensionamento do reservatório .................................................... 70

3.11.1. Volume do reservatório ................................................................ 70

3.11.2. Superfície de troca térmica ............ Erro! Marcador não definido.

3.12. Dimensionamento dos rolamentos .................................................... 70

3.12.1. Tipo de roda .................................................................................. 71

3.12.2. Rampa de acesso ........................................................................... 71

3.13. Dimensionamento das soldas e parafusos de fixação........................ 71

3.13.1. Dimensionamento dos parafusos para junção entre as vigas de piso


e a chapa de alumínio .................................................................................. 72

3.13.1.5. Força devido ao peso próprio da chapa ................................. 73

3.13.2. Dimensionamento dos parafusos para junção das vigas principais


entre si……………………………………………………………………...74

3.13.3. Comparação com valores admissíveis .......................................... 74

3.13.4. Análise do torque de aperto .......................................................... 75


XII

3.13.5. Dimensionamento das soldas ........................................................ 75

3.14. Montagem.......................................................................................... 76

3.15. Accionamento.................................................................................... 77

3.15.1. Funcionamento.............................................................................. 78

3.16. Espaço reservado ............................................................................... 79

3.17. Analise dos resultados ....................................................................... 80

3.18. Estimativa de custos .......................................................................... 80

Capítulo IV ......................................................................................................... 82

4. CONCLUSÃO .......................................................................................... 82

5. RECOMENDAÇÕES............................................................................... 83

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 84

7. ANEXOS .................................................................................................. 86
XIII

RESUMO

O projecto apresenta no seu desenvolvimento o dimensionamento de uma plata-


forma de elevação automática para autocarros destinados ao transporte publico na cidade
da beira, com o objectivo de trazer a facilidade do deficiente dependente da cadeira de
rodas para acessar o autocarro, no projecto se faz de maneira detalhada e clara o dimen-
sionamento para este tipo de plataforma de modo a trazer autonomia ao deficiente, com
os dados de partida pré estabelecidos é começado o dimensionamento da estrutura que se
acomodará a carga útil e que aguentará todos os esforços aplicados quando a plataforma
estiver em repouso ou em movimento, apos o dimensionamento da estrutura, é feito o
dimensionamento dos mecanismos responsáveis pelo todo movimento da plataforma, que
será um sistema hidráulico por apresentar melhor vantagem para este tipo de aplicação, e
conforme os tipos de esforços que a estrutura sofre é feito do dimensionamento dos ele-
mentos de fixação para que de maneira estável a plataforma seja instalada no chassi do
autocarro e com a área reservada para que o deficiente com a sua cadeira permaneça no
carro sem que haja problemas para acomodação da sua cadeira. A plataforma é accionada
por um comando eléctrico com uma bateria de alimentação de 24V recarregável, e no
projecto é descrito o seu funcionamento detalhadamente, também se faz a analise dos
resultados obtidos para que se possa avaliar todos os dados de modo a construir a plata-
forma de maneira certa e segura sem que haja riscos e falhas que possam causar algum
defeito de fabrico na plataforma, apos a analise de dados é feita uma estimativa de custo
no projecto de modo a se observar a viabilidade do dinheiro a ser investido no projecto,
também se faz uma conclusão no projecto e é deixado algumas recomendações para pro-
jectos futuros.

Palavra chave: dimensionamento, plataforma, deficiente.


XIV

ABSTRACT

The project presents in its development the dimensioning of an automatic lifting


platform for buses intended for public transport in the city of Beira, with the aim of bring-
ing the ease of the disabled dependent on a wheelchair to access the bus, in the project it
is done in a way detailed and clear sizing for this type of platform in order to bring au-
tonomy to the disabled, with the pre-established starting data, the sizing of the structure
that will accommodate the payload and that will withstand all the efforts applied when
the platform is at rest or in motion, after the sizing of the structure, the sizing of the
mechanisms responsible for the entire movement of the platform is made, which will be
a hydraulic system for presenting the best advantage for this type of application, and ac-
cording to the types of efforts that the structure undergoes is made of the dimensioning
of the fastening elements so that the platform s It is installed on the chassis of the bus and
with the area reserved for the disabled person with his/her seat to remain in the car without
any problems in accommodating his/her seat. The platform is driven by an electrical con-
trol with a rechargeable 24V battery, and the project describes its operation in detail, the
results obtained are also analyzed so that all the data can be evaluated in order to cons-
build the platform correctly and safely without risks and failures that could cause a man-
ufacturing defect in the platform, after analyzing the data, a cost estimate is made in the
project in order to observe the viability of the money to be invested in the project, a con-
clusion is also made on the project and some recommendations are left for future projects.

Keyword: dimensioning, platform, disabled.


XV

LISTA DE FIGURA

Figura 3.1 - Vista geral em três dimensões da plataforma.Erro! Marcador não


definido.
Figura 3.2 – Esboço da chapa de alumínio .................................................................... 41
Figura 3.3 - Módulo de referência. ................................................................................. 44
Figura 3.4 – Carregamento distribuído. .......................................................................... 46
Figura 3.5 - Guias laterais. ............................................................................................. 50
Figura 3.6 - Pino de suporte do cilindro hidráulico. ....................................................... 53
Figura 3.7 – Pino para o suporte dos roletes .................................................................. 54
Figura 3.8 - pilares laterias. ............................................................................................ 55
Figura 3.9 – Chapa união dos pilares ............................................................................. 57
Figura 3.10 - Estrutura de encaixe. ................................................................................. 58
Figura 3.11 – Diagrama trajecto-passo ........................................................................... 62
Figura 3.12 – Rolamentos............................................................................................... 70
Figura 3.13 - rodas poliamida .......................................... Erro! Marcador não definido.
Figura 3.14 - rampa de acesso engastada ao cilindro hidráulico .................................... 71
Figura 3.15 – Esquema eletrico ...................................................................................... 77
Figura 3.16 – Circuito electro-hidráulico ....................................................................... 77
Figura 3.17 - Circuito electro-hidráulico. ....................................................................... 78
Figura 3.18 - área reservada para o deficiente e área de instalação da plataforma. ....... 79
Figura 3.19 - Antiparos no local da acomodação da cadeira de rodas ........................... 79
Figura 3.20 - caso para a escolha do comprimento de flambagem................................. 90
Figura.3.21 – O degrau após instalação da plataforma................................................... 94
Figura 3.22 - cilindro hidráulico para elevação da plataforma modelo RC. .................. 94
Figura 3.23 - cilindro para evelcao do segundo piso e da rampa modelo MA16 ........... 94
XVI

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 – Elementos da plataforma. .......................................................................... 38


Tabela 3.2 – Tabela de dados de partida ........................................................................ 41
Tabela 3.3. Propriedades do alumínio 6351. .................................................................. 42
Tabela 3.4 - Propriedade do aço A36. ............................................................................ 45
Tabela 3.5 - Escolha da bomba PGH-2X serie 2X ......................................................... 67
Tabela 3.6 – características do motor escolhido ............................................................. 67
Tabela 3.7 - resultados da unidade hidráulica. ................ Erro! Marcador não definido.
XVII

LISTA DE SÍMBOLOS

A - Altura em relação ao solo

𝐴𝑠 - Área superficial

𝐴𝑝 – Área ocupada pela plataforma

𝐴𝑝𝑖 – área do pistão

𝐴𝐶 - Área da coroa

B - Altura do espelho do degrau

𝛽 - Coeficiente adimensional

C – Comprimento do piso

𝐶1/2 – Distanciador

𝐷𝑝 – Diâmetro do pistão

𝑑ℎ - Diâmetro da haste

𝑑𝑡 – Diâmetro das tubulações

E – Modulo de elasticidade

F – Força

𝐹𝑎 - Força de avanço

𝐹. 𝑆 – Factor de segurança

𝑔- Aceleração de gravidade

𝐼- Momento de inercia

m – Metro

𝑚𝜇 – Número de plano de atrito


XVIII

(V) – Massa da chapa

𝐿𝑡- Comprimento total dos doutos

L - Comprimento

𝑀𝑥 - Coeficiente majoração

𝑀- Momento

𝑀𝑡- Momento total

𝑛 – Rotação

𝜂𝑣 – Rendimento volumétrico

𝜂𝑚ℎ - Rendimento mecânico hidráulico

𝑃- Carga nominal

Pc – peso da chapa

𝑃𝑐𝑟 - Carga critica

𝑃𝑁𝑃 – Pressão da plataforma

𝑃𝑁𝐸𝑅 – Pressão da escada e da rampa

𝑃𝑡𝑏 – Pressão de trabalho

𝑃𝑖𝑎 - Pressão induzida de avanço

𝑃𝑖𝑟 - Pressão induzida de recuo

𝑃𝐵 - Pressão da bomba

𝑃𝑇𝑏 – Nova pressão de trabalho

𝑞- Carregamento distribuído

𝑄- Momento estático da secção


XIX

𝑄𝑎 - Vazao de avanco

𝑄𝑟 - Vaazao de retorno

𝑄𝑖𝑎 - Vazao induzida de avanco

𝑄𝑖𝑟 - Vazao induzida de retorno

𝑅 – Raio da polia

𝑅𝑒 – Número de Reynolds

𝑆 – É o confidente de segurança

s – Segundos

𝑆1- Área restrita de carregamento

t – Espessura da chapa

𝑇𝑝 – Torque de aperto

𝑣 - Velocidade de deslocamento linear da carga

𝑣𝑡 - Velocidade nas tubulações

V – Volume da chapa

𝑉𝑎 - velocidade de avanço

𝑉𝑟 – Velocidade de recuo

𝑉𝑝- Volume ocupado pela plataforma

𝑉𝑅 – Volume do reservatório

𝑊-Módulo de resistência da seção transversal

𝑊𝑎𝑐𝑜 - Peso teórico

𝑊𝛾- Peso específico


XX

𝑦- Centro neutro da viga

𝜎𝑚𝑎𝑥 - Tensão máxima

𝜎𝑎 – Tensão máxima admissível

𝜎𝑟 - Tensão limite de resistência

𝜎𝑐𝑟 - Tensão critica

𝜎𝑒 - Tensão limite de escoamento

𝜎𝑐 - Tensão de compressão

𝜌 – Massa especifica da chapa

ρo – Massa especifica do fluido

𝜏- Tensão de cisalhamento

𝛿𝑏 - Deflexão da viga

𝜆 – Comprimento livre de flambagem

𝜓- Factor de atrito

𝜇 – Coeficiente de atrito

𝜓𝑑 – Coeficiente dinâmico
XXI

SIGLAS, TERMOS E ABREVIAÇÕES

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia

NBR Norma Brasileira

TPB Transportes Públicos da Beira

TPD Transportes Públicos do Dondo

M.R. Modulo de referência


CAPÍTULO I

1. Introdução

A plataforma de elevação automática para acessibilidade de deficientes dependen-


tes de cadeiras de rodas será um equipamento desenvolvido para promover a acessibili-
dade de pessoas deficientes ou com mobilidade reduzida nos transportes públicos da Ci-
dade da Beira. A intenção é dar autonomia a estas pessoas para terem acesso ao transporte
de forma prática e com segurança, permitindo que elas superem obstáculos que os impeça
de terem acesso aos transportes. Esta plataforma funcionará, como um elevador comum
no seu deslocamento, fazendo um movimento na vertical permitindo assim o auxílio na
locomoção de passageiros de deficientes dependentes de cadeiras de rodas.

A capacidade de locomoção é um dos principais atributos do ser humano, porque


essa capacidade o permite movimentar o corpo de variadas formas e para variados luga-
res, como andar para um determinado ponto, correr uma certa distância, subir uma escada
e até ter acesso a um transporte, etc. Sendo essa a capacidade que permite o homem de
subir em degraus para poder ter acesso a um autocarro, para deficientes paraplégicos de-
pendentes de cadeiras de rodas é impossível terem acesso a um autocarro por falta desta
capacidade, dessa autonomia, portanto, por via desta deficiência é sempre necessário que
haja uma ajuda para os deficientes de modo a terem acesso ao autocarro, ajuda essa que
não é muito segura porque são as mãos humanas que tendem a carregar os deficientes,
com isso a margem de erro é maior e os deficientes correm o sério risco de sofrer algum
acidente durante a transição do acesso ao autocarro, visto que também nos transportes
públicos há muita aglomeração de pessoas apertando-se tentando terem acesso ao auto-
carro, isto faz com que na maioria das vezes não haja espaço para que um deficiente
dependente de cadeiras de rodas tenha acesso ao autocarro, perdendo o tempo e a oportu-
nidade de ingressar ao transporte para realizar a sua viagem, deste modo é necessário que
nos transportes públicos haja um mecanismo reservado para este tipo de deficiente de
modo a ter a acessibilidade segura nos transportes públicos, mecanismo esse que é uma
plataforma de elevação.

No projecto se fará o dimensionamento de uma plataforma de elevação automática


para a acessibilidade de deficientes dependentes de cadeiras de rodas nos transportes pú-
blicos da cidade da beira, para que os deficientes de forma autónoma tenham o acesso aos
transportes públicos sem necessitar da ajuda das pessoas e deste modo eles não percam o

22
seu tempo e consigam ingressar nas suas viagens. O projecto estará divido em capítulos,
o capítulo um (1) sendo a parte introdutória e metodológica, o capítulo dois (2) a revisão
literária, o capítulo três (3) trata do dimensionamento da plataforma e o capítulo quatro
(4) trata a conclusão, recomendações e referencia bibliográfica.

23
1.2. Justificativa

O tema foi escolhido com base nas situações que os deficientes dependentes de
cadeiras de rodas têm passado a cada dia ao tentarem acessar os transportes públicos por
falta da capacidade de locomoção autónoma, tendo sempre que precisar de ajuda para
subir no piso do autocarro que está a mais de um (1) metro de altura da superfície do
asfalto, quase o dobro da sua cadeira de rodas, o que faz ser impossível que o deficiente
suba ao autocarro de forma autónoma.

Pelos relatos dados nas entrevistas por mim feita aos funcionários que interagem
directamente com os passageiros (Cobradores), nos transportes públicos em média, por
dia são cinco (5) deficientes dependente de cadeiras de rodas que necessitam do acesso
ao autocarro para realizar uma viagem. Este é um número considerável para a preocupa-
ção. Segundo Quitéria Santos da Silva, de 42 anos com mais de um (1) ano de experiência
nos transportes públicos, é difícil de lhe dar com os deficientes dependentes de cadeiras
de rodas, por ser um trabalho delicado e ter que carregar o deficiente do asfalto para o
autocarro sem ajuda de nenhum mecanismo, que segundo ela este trabalho fica mais di-
fícil caso não haja um acompanhante que seja responsável pelo deficiente.

Com isso é de extrema importância que haja algum meio para que o deficiente
paraplégico tenha a possibilidade de acessar o autocarro de forma autónoma para que se
evite um possível risco de grande acidente durante o transporte do deficiente do asfalto
ao piso do autocarro com aquela toda aglomeração de pessoas também tentando acessar
o autocarro, e esta plataforma facilitará totalmente o trabalho dos funcionários responsá-
veis pelos transportes públicos.

Como um estudante de engenharia eu tenho como objectivo trazer soluções de


problemas que possam contribuir para a melhoria de qualidade de vida na sociedade. De
forma indirecta a plataforma de elevação poderá trazer uma melhora de vida, na vida dos
deficientes dependentes de cadeira de rodas, ajudando-os a terem acesso ao autocarro e a
puderem realizar as viagens sempre que desejarem, sem a ajuda do outrem, sendo assim,
trazendo a plataforma uma contribuição para a sociedade e me fazendo extrair todos os
conhecimentos adquiridos durante o curso, é escolhido como o tema, o dimensiona-
mento de uma plataforma de elevação automática para acessibilidade de deficientes
dependentes de cadeiras de rodas nos transportes públicos da Cidade da Beira.

24
1.3. Problematização

Como um deficiente paraplégico dependente de cadeiras de rodas poderá ter


acesso ao transporte público da Cidade da Beira de forma autónoma sem que precise da
ajuda de uma pessoa para carrega-lo?

25
1.4. Hipóteses

Se dimensionar uma plataforma de elevação automática para acessibilidade de de-


ficientes dependentes de cadeiras de rodas nos transportes públicos da Cidade da Beira,
os deficientes dependentes de cadeira de rodas poderá ter acesso aos autocarros públicos
sem que precisem da ajuda de uma pessoa para carrega-los.

26
1.5. Objectivos

1.5.1. Objectivos gerais

➢ Dimensionar una plataforma de elevação para acessibilidade de


deficientes dependentes de cadeiras de rodas nos transportes públicos da
cidade da beira.

1.5.2. Objectivos específicos

➢ Revisar a bibliografia sobre o dimensionamento de plataforma de elevação


automática
➢ Desenhar a plataforma de elevação automatica
➢ Estimar o custo para a produço da plataforma

27
1.6.Delimitação

O projecto será dimensionado para os carros dos transportes públicos da cidade


da beira de marca Zhong tong bu modelo LCK61250, será removida a escada convenci-
onal na porta traseira do carro para que seja instalado a plataforma de elevação, visto que
esta também funcionará como uma escada.

28
1.6.Metodologia

Para a realização deste projecto, serão usados vários métodos de pesquisa e técni-
cas que poderão contribuir nas etapas mais concretas da investigação, como por exemplo
para escolha do tema fiz variadas entrevistas aos funcionários responsáveis pelos trans-
portes públicos e aos deficientes dependentes de cadeiras de rodas com perguntas pré
seleccionadas para a obtenção dos dados que ditam a viabilidade do tema, Para a desen-
volvimento e a conclusão do presente projecto, envolverá os métodos de pesquisa quali-
tativa e quantitativa, e guiando-se primeiro pela revisão Bibliográfica, pesquisas pela
web, etc.

29
CAPÍTULO II

2. REVISÃO LITERÁRIA TEÓRICA

2.2.Plataforma de elevação automática

A plataforma de elevação é um equipamento instalado no autocarro para a trans-


posição de fronteira de pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, em cadeira de
rodas ou em pé, para elevação e acesso em nível ao interior do veículo. Desta forma, o
equipamento pode assumir duas posições principais: de transporte e de utilização.
(INMETRO 2012)

2.2.1. Tipos de plataformas de elevação automática


As plataformas de elevação veicular podem ser divididas por características cons-
trutivas, de accionamento e operação (ABNT 2008), como, por exemplo:

a) tipo escada automática: substitui a escada de acesso do veículo quando se


encontra na condição de transporte e não depende da actuação manual do operador para
ser colocada em posição de utilização.

b) tipo escada semiautomática: substitui a escada de acesso do veículo quando


se encontra na condição de transporte e requer actuação manual do operador para ser
colocada em posição de utilização.

c) tipo basculante automática: instalada em porta dedicada, com mesa na posi-


ção vertical quando na posição de transporte e não depende da actuação manual do ope-
rador para ser colocada em posição de utilização.

d) tipo basculante semiautomática: instalada em porta dedicada, com mesa na


posição vertical quando na posição de transporte; requer actuação manual do operador
para ser colocada em posição de utilização.

Para este projecto será usado tipo escada automática que será instalada na porta
de acesso traseira do carro permitindo também o acesso ao veículo das pessoas sem ne-
nhuma deficiência através do degrau que será instalado e activado para o acesso quando
a plataforma estiver em piso baixo e estando em repouso, com algumas adaptações que
se adequarão ao tipo do projecto que se pretende realizar.

30
2.3.Resistência dos materiais

A resistência dos materiais é um nicho da mecânica que estuda as relações exis-


tentes entre cargas que são aplicadas a um objecto externamente passível de deformação,
além da intensidade que as forças internas podem actuar (Hibbler 2009).

Calculando a tensões consoante o limite de resistência do material e possível de-


terminar material ideal a ser usado em qualquer projecto.

2.4.Hidráulica

Hidráulica provem da palavra grega “hidros”, que significa água, ou mais preci-
samente água em tubos. É a ciência que estuda líquidos em escoamento e sob pressão
(Fialho, 2003).

No caso deste projecto tratara-se apenas de óleo-hidráulica, que vem a ser o ramo
da hidráulica que estuda o óleo como fluido

Assim como qualquer ramo da ciência, na hidráulica também existe elementos


que compõe o sistema hidráulico e que fazem com que funcione, temos principais ele-
mentos como a bomba hidráulica, válvulas direccionais, actuadores, ductos e elementos
de medição.

2.4.1. Bomba hidráulica


As bombas hidráulicas são dispositivas responsáveis por transmitir energia
mecânica para locomover um fluido. Essa energia é normalmente gerada a partir de
um eixo, uma haste ou de um outro fluido e transmitida por aumento de pressão,
velocidade, elevação ou diferentes combinações das formas de energia (TMJR,
2018).

Existem diferentes tipos de bomba hidráulicas, sendo a mais comum a bomba


de engrenagens. Bomba essa que se tratará no projecto.

2.4.1.1. Bomba hidráulica de engrenagens


Este modelo de bomba hidráulica consiste em um par de engrenagens rotacio-
nando dentro de um compartimento estreito. Alguns modelos possuem ainda engrenagens
de dentes excêntricos externos que giram em volta dos dentes de uma engrenagem interna,
assim também são conhecidos como ‘bombas de engrenagens externas’.

31
Desse modo, o óleo entra por um dos lados do compartimento e é transportado ao
ponto de descarga, do lado oposto, através dos dentes das engrenagens. Como resultado,
no centro os dentes se acoplam e não permitem o retorno do fluido, que circula pela área
externa aos mesmos.

Embora algumas dessas bombas produzam altos ruídos, geralmente elas são muito
eficientes.

2.4.2. Válvulas direccionais


Válvula de controle direccional ou simplesmente Válvula direccional é um dos
componentes fundamentais, em sistemas hidráulicos. Sua função é permitir a vazão do
fluido sob pressão por diferentes vias, para realizar um trabalho, por exemplo, a movi-
mentação de um cilindro hidráulico (Wikipédia. 2016). Existem diferentes tipos de con-
figurações de válvulas direccionais para o projecto e usada a válvula direccional sole-
nóide.

2.4.2.1. Válvula solenóide


A válvula solenóide nada mais é do que uma válvula electromecânica controlada.
Ela recebe o nome de solenóide devido ao seu componente principal ser uma bobina eléc-
trica com um núcleo ferromagnético móvel no centro, sendo este núcleo chamado de êm-
bolo (Citisystems, 2017).

Em uma posição de repouso, o êmbolo tampa um pequeno orifício por onde é


capaz de circular um fluido. Quando uma corrente eléctrica circula através da bobina, esta
corrente cria um campo magnético que por sua vez exerce uma força no êmbolo.

Como resultado, o êmbolo é puxado em direcção ao centro da bobina de modo


que o orifício se abre e este é o princípio básico que é usado para abrir e fechar uma
válvula solenóide.

“Uma válvula solenóide é uma válvula electromecânica accionada a fim de con-


trolar o fluxo de líquidos e gases” (Silveira, 2017).

32
2.4.3. Cilindro hidráulico
Em hidráulica ou pneumática, um cilindro (também chamado motor linear) é um
actuador mecânico que é usado para aplicar uma força através de um percurso linear
(Durfee, 2015).

O cilindro hidráulico recebe a energia do fluido pressurizado por uma bomba hi-
dráulica e o cilindro pneumático recebe a energia do fluido pressurizado por um compres-
sor de gases. O cilindro converte essa energia recebida em energia mecânica. O fluido é
enviado para o cilindro por uma válvula direccional.

2.4.4. Medidor de pressão


Um Medidor de Pressão (ou manômetro) é um dispositivo de medição da pressão
exercida por um fluido. Os medidores de pressão são necessários para a identificação e
ajuste da pressão nas máquinas e equipamentos que utilizam energia hidráulica, além de
serem indispensáveis na solução de falhas operacionais dos equipamentos(Morinho,
2017).

Sem medidores de pressão, os sistemas de energia hidráulica seriam imprevisíveis


e não confiáveis. Os medidores ajudam identificar e assim garantir que não haja
vazamentos ou mudanças de pressão que possam afetar a condição de operação do sistema
hidráulico.

2.5.Elementos de máquinas

Podem ser definidos como elementos de máquinas todas aquelas peças ou com-
ponentes mais singelos que, montados correctamente, constituem uma máquina completa
e em funcionamento.

2.5.1. Tipos de elementos de máquina


OS elementos de máquinas podem-se pode-se distinguir como elementos estrutu-
rais; mecânicos; hidráulicos; eléctricos e electrónicos.

E de acordo com as suas aplicações e funcionalidades os elementos de máquinas podem


ser classificados da seguinte forma:
➢ Elementos de Fixação;
➢ Elementos de Apoio;
➢ Elementos de Transmissão;

33
➢ Elementos de Vedação;
➢ Elementos elásticos;
➢ Elementos Elásticos.
No projecto o elemento de máquina que será usadoé o elemento de fixação.

2.5.2. Elementos de Fixação


Na mecânica é muito comum a necessidade de unir peças como chapas, perfis e
barras. Qualquer construção por mais simples que seja, exige união de peças entre si,
entretanto na mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de união que
são denominados elementos de fixação (Apostila – elementos de máquinas, 2015).

Numa classificação geral, os elementos de fixação mais usados em mecânica são:


rebites, solda, pinos, cavilhas, parafusos, porcas, arruelas, chavetas etc. No projecto será
usado os elementos de fixação por solda e por parafusos para a fixação dos elementos

2.5.2.1. Elementos de fixação por solda


A fixação por solda é a operação que visa a união de duas ou mais peças, assegu-
rando na junta, a continuidade das propriedades físicas e químicas do material.

Existem diferentes tipos de união por solda, sendo a soldagem por fusão, soldagem
chama, soldagem por pressão, soldagem por resistência, soldagem a frio, soldagem a le-
sar, etc.

2.5.2.2. Elementos de fixação por parafusos


Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de con-
juntos, isto é, as peças do conjunto podem ser desmontadas facilmente de acordo com a
necessidade. Porém as junções por porcas e parafusos sujeitas a vibrações afrouxam e,
portanto, requerem dispositivos de segurança para os seus travamentos. Exemplo de dis-
positivos de segurança: arruelas com travas, contraporcas, contrapinos, etc.

2.6. Electricidade

A Electricidade é o ramo da Física responsável pelo estudo de quaisquer fenóme-


nos que ocorram por causa de cargas eléctricas em repouso ou em movimento. O nome
electricidade deriva da palavra grega Eléktron, utilizada pelos gregos em referência a uma
resina fossilizada proveniente de algumas árvores: o âmbar. (Silas, 2013)

34
Assim como alguns ramos das físicas, na electricidade existem também elementos
que compõe um sistema eléctrico, elementos esses responsáveis pela movimentação, in-
terrupção de a retenção de carga ou energia, sendo os principais descritos a baixo.

2.6.1. Motor eléctrico


Os motores eléctricos são máquinas eléctricas que possuem como característica
transformar energia eléctrica em energia mecânica. São muitos os tipos de motores eléc-
tricos, e podemos separá-los basicamente em três grandes grupos que são os motores de
corrente contínua, motores de corrente alternada e os motores universais. Para cada um
desses tipos de motores citados existem outras separações de motores como os motores
de corrente alternada, que podem ser motores síncronos ou motores assíncronos (Mattede.
2014).

2.6.1.1. Motor eléctrico de corrente continua


Os motores de corrente contínua (motor CC) são máquinas de corrente contínua
(MCC), isto é, funcionam tanto como motores quanto geradores de energia elétrica. Como
o próprio nome indica, os motores CC são acionados por uma fonte de corrente contínua
(Mattede. 2014).

Eles são motores que possuem imãs permanentes ou então têm campo e armadura,
neste caso não possuem ímãs permanentes. Os motores de corrente contínua são muito
usados e possuem diversas aplicações como por exemplo, brinquedos, eletrodomésticos,
máquinas industriais, veículos elétricos

2.6.2. Interrupotor

O interruptor é um dispositivo simples criado pelo médico Golding Bird, aproxi-


madamente na década de 1840, utilizado na abertura de circuitos eléctricos em redes,
tomadas e entradas de aparelhos electrónicos (Philosophical Magazine, 2018).

2.6.3. Botoeira
As botoeiras são dispositivos de comando, que tem como função ligar/desligar a
carga de um circuito, a partir de um accionamento manual.
Os sinalizadores são utilizados para indicar o Status de operação em algum equipamento
ou alertar o operador em caso de alguma anomalia (Soprano, 2019).
2.6.3.1. Tipos de botoeira
Os tipos de botoeira variam quanto as cores, formatos e aplicações.

35
As cores das botoeiras seguem um padrão, de acordo com sua função:

• Verde ou Preto – Ligar, dar partida ou arranque


• Vermelho – Desligar, parar ou botão de Emergência
• Amarelo – Eliminar condição perigosa ou iniciar um retorno
• Azul ou Branco – Funções diferentes das anteriores

No projecto será utilizado a botoeira com o botão pulsador, que tem como carac-
terística retornar à posição inicial após o usuário deixar de pressionar, comutando desta
forma os seus contactos.

2.7. Bateria

Uma bateria, também conhecida como acumulador eléctrico, é um dispositivo que


foi desenvolvido para armazenar a energia eléctrica na forma química e disponibilizá-la,
quando necessário, na forma de energia eléctrica novamente, com uma determinada efi-
ciência (Max, 2019).

36
CAPÍTULO III

3. DIMENSIONAMENTO DA PLATAFORMA

Este capítulo trata do dimensionamento dos diversos elementos da estrutura base-


ado na análise estática presente no apêndice deste trabalho. A principal norma que será
utilizada neste dimensionamento NBR 8400 (Cálculo de equipamento para levantamento
e movimentação de cargas).

Figura 3.1- Vista geral em três dimensões da plataforma.


Fonte: autor

37
Tabela 3.1 – Elementos da plataforma.

Nº Designação Quantidade
1 Chapa de alumínio 2
2 Rampa da plataforma 1
3 Suporte dos pilares 2
4 Pilares laterais 2
5 Chapa de fixação 1
6 Guias dos rolamentos 2
7 Apoio 2
8 Guias laterais da plataforma 2
9 Estrutura de encaixe e suporte 1
10 Segundo piso 1
11 Elementos de fixação 13

3.2.Dados de partida

Como os dados de partida do projecto foram definidos a partir de valores descritos


pela ABNT NBR, por condições de adaptação ao tipo de autocarro, e algumas medições
feitas no autocarro.

3.2.1. Altura do degrau ou “espelho”, largura e profundidade do piso.


Originalmente o modelo LCK61250 possui três (3) degraus para o acesso ao piso
superior principal do carro, considerando o primeiro piso, sendo a plataforma de elevação
que será instalada do tipo escada, os degraus serão reduzidos em uma unidade passando
a ter dois (2) degraus. Respeitando os parâmetros da norma ABNT.

A figura correspondente a descrição a baixo encontra-se no anexo

A - Altura em relação ao solo


B - Altura do espelho do degrau
C - Comprimento do piso do degrau

A norma ABNT NBR 15646 estipula que essa altura deve estar compreendida
entre 120mm a 300 mm com tolerância de 10%, sendo o modelo LCK61250 de piso alto
com altura de 660mm (dado óbito através das medições feitas no modelo LCK61250), o
valor escolhido para altura do degrau é de 𝐵 = 330𝑚𝑚 considerando a tolerância.

Para o comprimento do piso do degrau “C”, a norma ABNT considera compri-


mento mínimo de 270mm, porém não determina o valor máximo, portanto por causas das
condições do veículo e para a correspondência da altura do degrau escolhe-se” C “o com-
primento do piso é igual a 340mm.

38
A altura em relação ao solo do carro permanecerá constante visto que não será
alterado nenhum ponto ou parte na supernação do carro.

3.2.2. Área destinada e o volume total ocupado pela plataforma


Conforme a norma ABNT NBR 15646:2008 a largura e o comprimento da plata-
forma não devem ser menos que 800mm e 1000mm para que se permita uma melhor
acomodação do deficiente dependente de cadeira de rodas, considerando a estrutura para
o firmamento da plataforma há um acréscimo ligeiro nas dimensões, sendo elas 820mm
(0.8m) e 1200mm (1.2m), a altura da plataforma considerando a partir do assoalho ao
tecto do autocarro é de 2720mm (2.72m).

Tendo essas dimensões pode-se calcular a área e o volume partindo das equações

𝐴𝑝 = 0.8 × 1.2 = 0.96𝑚2

(EQ. 3.1)

𝑉𝑝 = 0.8 × 1.2 × 2.72 = 2.61𝑚3

(EQ. 3.2 )

3.2.3. Carga Nominal


A carga nominal ABNT NBR 15646:2008 é definida como a carga para a qual o
equipamento foi projectado a suportar enquanto este estiver em operação não contando
com o peso próprio do equipamento. A norma NBR 15646:2008 para plataformas de
elevação estipula que a carga nominal deve ser não inferior a 2500N, considerando a força
de gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , portanto a quantidade de substância ou a massa a ser elevada
será de P = 250kg, em posição de escada incluindo o degrau, será de 3900𝑁/𝑚2 .

NOTA: Para todo projecto os cálculos serão feitos considerando o peso de gravi-
dade igual a 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

3.2.4. Velocidade Nominal


Conforme a norma ABNT NBR 15646:2008 a velocidade vertical de subida e
descida da plataforma elevatória deve ser menor ou igual 0,15 m/s. Para o projecto con-
siderando a distância curta vertical que a plataforma ira percorrer verifica-se que a velo-
cidade ideal é de 0.08m/s e para velocidade de descida considerando a acção de gravidade
será de 0.1m/s.

39
3.2.5. Pressão nominal
A pressão nominal adoptada para a elevação de carga da plataforma e de 350bar,
sendo 225 correspondente aos 62% para o cilindro hidráulico que elevará a plataforma,
pressão esta suficiente para a elevação da carga e 125bar correspondente aos 38% para os
cilindros hidráulicos da escada e da rampa de acesso.

3.2.6. Vida útil ou ciclos de operação previstos


No dimensionamento da estrutura, é importante definir a vida útil esperada para o
equipamento. Para tal, estima-se a quantidade de vezes em que a plataforma repetirá o
ciclo de operações. Essa estimativa varia de acordo com a aplicação prevista, uma vez
que, é instalada em um espaço público, a previsão da demanda de operação é bem maior
se comparada ao uso em um ambiente doméstico particular.

Estima-se uma utilização de 10 ciclos diários para operar durante 9 anos (tempo
necessário para a estrutura apresentar defeitos), obtém-se, portanto:

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜𝑠 = 10 (𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠) 𝑥 365 (𝑑𝑖𝑎𝑠) 𝑥 9 (𝑎𝑛𝑜𝑠)

(EQ. 3.3 )

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜𝑠 = 32850 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠

De acordo com a norma NBR 8400, este número de ciclos credencia a plataforma
a ser enquadrada na classe de utilização A, mostrado a baixo na figura 2.2, no gráfico
observa-se que o número de ciclos esta a baixo de 6.3𝑥105 .

3.2.7. Estado de carga


O estado de carga caracteriza a proporção de carga máxima prevista para ser le-
vantada pelo equipamento durante sua vida útil. A norma NBR 8400 descreve 4 principais
tipos de estado de carga e o valor aqui adoptado será o estado de carga 1 (leve), que são
equipamentos que raramente levantam a carga nominal e comumente a cargas de ordem
de 1/3 da carga nominal determinado na tabela 2.1 em anexo A.

Com esses valores definidos para o estado de carga e vida útil, é possível definir
o coeficiente de majoração (𝑀𝑥 ). Sendo a plataforma pertencente ao grupo de estrutura 2,
conforme a tabela 2.1 que se encontra em anexo A, tabela essa onde será escolhido o
coeficiente de majoração.

40
Portanto, pela tabela o coeficiente de majoração é 1. Este coeficiente é importante
na hora do dimensionamento do projecto, verificando se as solicitações verificadas são
menores que as máximas solicitações admitidas.

Tabela 3.2 – Tabela de dados de partida

Altura da plataforma 37cm ~0.037m


Área ocupada 0.96𝑚2
Velocidade nominal 0.08m/s
Volume ocupado 2.61𝑚3
Pressão nominal 350bar
Vida útil 10anos
Classificação Classe A

3.3.Dimensionamento da chapa de alumínio

O primeiro elemento a ser dimensionado no projecto deve ser aquele que recebe di-
rectamente a carga nominal que é responsável por distribuir o carregamento pela estrutura
que o sustenta. Foi escolhida uma chapa metálica para desempenhar tal função, uma vez que
o material deve possuir boas propriedades ligadas à sua resistência mecânica. A dimensão da
chapa equivale à área que será aplicado o carregamento, isto é, um quadrado cujos lados
medem 800m, com uma espessura de 11mm. O material escolhido foi a liga de alumínio
6351, por possuir todos requisitos necessário para suportar o peso. A figura 3.1 ilustra a chapa
de alumínio.

Figura 3.2 – Esboço da chapa de alumínio

Fonte- autor

3.1.1. Cálculo da tensão admissível para a chapa de alumínio


Como precaução, adoptou-se durante este projecto um factor de segurança de 5 para
o alumínio com a justificativa de estar seguindo as normas internacionais para a utilização
deste material. Portanto, a tensão admissível ( 𝜎𝑎 ) será encontrada pela seguinte equação:

41
𝜎𝑒
𝜎𝑎 =
𝐹. 𝑆

(EQ. 3.4)

Onde:
𝐹. 𝑆 – Factor de segurança
Propriedades mecânicas da liga de alumínio 6351 disponibilizada péla fabricante Imperio dos
metais:

Tabela 3.3. Propriedades do alumínio 6351.


Modulo de Elasticidade (E) Tensão limite de resistência (𝜎𝑟 ) Tensão limite de escoamento
(𝜎𝑒 )
70.000 MPa 290 MPa 255 MPa
Fonte: autor

Portanto, a tensão admissível para essa liga é:

255
𝜎𝑎 = = 51𝑀𝑃𝑎
5

3.1.2. Cálculo da massa da chapa


O cálculo da massa da chapa é importante, uma vez que todos os elementos que se
encontram abaixo dela na estrutura devem suportar não somente as tensões devido à carga
nominal, mas também os esforços relacionados ao peso-próprio da estrutura acima deles. Isso
implica claramente que os cálculos subsequentes devem também incluir a massa do elemento
da estrutura que for dimensionado. De fato, esse cálculo também é útil para uma posterior
estimativa dos custos do projeto, uma vez que ela englobará o preço por quilograma do ma-
terial selecionado para os constituintes da estrutura.

Para o cálculo da massa da chapa é necessário que se conheça o volume do material


e sua massa especifica, a massa especifica do material é de 𝜌 = 2710𝑘𝑔/𝑚3 e o volume
(V) total será dado pela multiplicação da área superficial da chapa (A) por sua espessura (t),
ou seja, pela equação 3.2.

𝑉 = 𝐴 𝑥 𝑡, onde 𝐴 = (0.80𝑥0.80)𝑚 e t = 0.011m

(EQ. 3.5)

𝑉 = 0.80 𝑥 0.80 𝑥 0.011 = 0.00704𝑚3

Já tendo o volume a massa da chapa será:

42
𝑚𝑐ℎ𝑎𝑝𝑎 = 𝑉𝜌 = 0.00704𝑚3 ∗ 2710𝑘𝑔/𝑚3

(EQ. 3.6)

𝑚𝑐ℎ𝑎𝑝𝑎 = 19𝑘𝑔

3.1.3. Cálculo da tensão máxima actuante


Para uma análise se as dimensões e materiais seleccionados para a chapa são
mesmo adequados, deve-se calcular a tensão máxima actuante devido à carga nominal
adoptada para projecto. Caso essa tensão esteja abaixo da tensão admissível estipulada
(baseando-se sempre na tensão de escoamento do material escolhido), então se considera
que a chapa está actuando numa faixa segura de solicitação.

A fórmula utilizada na obtenção desta tensão foi retirada do livro Roark’s Formu-
las for Stress and Strain dos autores W. C. Young e R. G. Budynas. Foi considerado o
caso de um carregamento distribuído em uma porção da área superficial total de um plano,
que neste caso corresponde à chapa. A tensão máxima equivale a:

𝛽𝑊
𝜎𝑚𝑎𝑥 =
𝑡2

(EQ. 3.7)

Os coeficientes β e W são obtidos pela tabela 3.1. Nota-se que β é um coeficiente


adimensional que depende puramente da geometria do problema adoptado e W é módulo
de resistência da seção transversal que é determinado pela carga nominal agindo sobre a
porção de área definida por 𝑎1 e 𝑏1 .(anexo A).

Os valores adoptados para por 𝑎1 e 𝑏1 são as dimensões do módulo de referência


(M.R.) da norma de acessibilidade 9050. Ou seja, considera-se que o carregamento dis-
tribuído sobre a chapa devido à carga nominal está restrito à área ocupada pelo passageiro
durante a operação da plataforma, nesse projecto considera-se a área restrita toda área
superficial da plataforma.

43
Figura 3.3 - Módulo de referência.

Fonte: NBR 9050/2004.

Assim, obtém-se os seguintes valores para o rectângulo no qual o carregamento


está restrito, cuja área é 𝑆1:

𝑎1 = 0.80 𝑏1 = 0.80

Sendo 𝑆1 = 0.80𝑥0.80 = 0.64𝑚2

Para o cálculo do carregamento distribuído sobre o plano (𝑞), considerou-se a massa da


chapa e a carga nominal (𝑃) que equivale a 269 quilogramas, obtendo-se:

(𝑚𝑐ℎ𝑎𝑝𝑎 + 𝑃) ∗ 𝑔
𝑞=
𝑆1

(EQ. 3.8)

(19 + 250) ∗ 10𝑚/𝑠 2


𝑞= = 4.21𝐾𝑁/𝑚2
0.64𝑚2
Portanto W será:

𝑊 = 𝑞 ∗ 𝑎1 ∗ 𝑏1

(EQ. 3.9)

𝟐. 𝟕𝟎𝑲𝑵
𝑾 = 𝟒. 𝟐𝟏 ∗ 𝟎. 𝟖𝟎 ∗ 𝟎. 𝟖𝟎 =
𝒎𝟐

Para calcular o parâmetro β, deve-se encontrar primeiro as razões de proporção


entre o plano total e a área que restringe o carregamento. Com estes valores, procura-se o
valor para o parâmetro na tabela da 3.3(anexo A), uma vez que no caso do projecto “a” e
“b” têm o mesmo comprimento de 0.80 metros. Desta forma, tem-se que:

𝑎1⁄ 𝑏1
𝑎 = 1; ⁄𝑏 = 1
44
Com esses valores péla tabela obtém-se 𝛽 = 0.30

Com os parâmetros definidos, é possível calcular a tensão máxima actuando sobre a chapa
conforme a equação 3.7.

0.3 ∗ 2700𝑁/𝑚2
𝜎𝑚𝑎𝑥 = = 6𝑀𝑝𝑎
0.0112

Sendo num total de 11% da tensão admissível o que garante mais confiabilidade
ao material.

Como o valor da tensão máxima calculada na chapa é inferior ao valor máximo


da tensão admissível (51 MPa), conclui-se que a mesma suporta bem o carregamento
aplicado.

3.4. Dimensionamento das vigas de suporte da carga

3.4.1. Escolha do material


A estrutura de base da plataforma é projectada para suportar esforços relativos
referentes a deflexão, flambagem e ao cisalhamento. É necessário que o material suporte
todas condições de esforço para que se tenha uma boa confiabilidade e maior estimativa
de vida útil, assim sendo, o material previsto se adequará a todas essas condições pelas
suas propriedades e pelo seu baixo custo, sendo assim, o material escolhido é o aço ASTM
A-36 galvanizado em vigas de perfil quadrado e que é facilmente soldável e amplamente
disponível sendo padronizado pela Sociedade Americana de Testes e Materiais
(ASTM).

Tabela 3.4 - Propriedade do aço A36.

Modulo de Elasticidade Tensão limite de resis- Tensão limite de es- Peso específico (𝜌)
(E) tência (𝜎𝑟 ) coamento (𝜎𝑒 )
200 𝐺𝑃𝑎 475 𝑀𝑃𝑎 250 𝑀𝑃𝑎 7850𝑘𝑔/𝑚3

A norma NBR 15655 que se destina a plataformas de elevação impõe que o coe-
ficiente de segurança para todas as partes do equipamento deve ser maior ou igual a 1,6,
se este for constituído por aço ou materiais dúcteis equivalentes. (Neste projecto conside-
rando as situações não previstas e por se tratar de pessoas com a mobilidade reduzida o
factor de segurança será de 2,25) para o aço escolhido.

45
3.4.2. Cálculo da carga actuante nas vigas laterais
Os cálculos serão feitos considerando a massa de todas sete (7) vigas existentes e
considera-se que a chapa distribui o peso da estrutura, logo a massa da chapa está dividida
pelas sete (7) vigas. O cálculo feito desta forma engloba o caso mais crítico.

Figura 3.4 – Carregamento distribuído.

Fonte – autor.

A carga distribuída será dada pela equação 3.2:

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑐ℎ𝑎𝑝𝑎
( ) + 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎
𝑞= 7 ∗ 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎

Cálculo da massa da viga

Pelas equações 3.2 e 3.3 a massa da viga será:

𝑉 = 𝐴 ∗ 𝐿 = 5.76 ∗ 10−4 𝑚2 ∗ 0.80 = 4.608 ∗ 10−4 𝑚3

𝑚𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝑉𝜌 = (4.608 ∗ 10−4 𝑚3 ) ∗ 7850𝑘𝑔/𝑚3

𝑚𝑣𝑖𝑔𝑎 = 3.6𝑘𝑔

Cálculo da massa dos guias laterais

Conforme o website acoliga.com a chapas finas de aço A36 possuem uma espes-
sura de 1.5mm a.5mm, para este projecto será usado espessura de 2mm

𝑉 = (0.2035𝑥 1.1 𝑥 0.004) = 8. 95 ∗ 10−4 𝑚3

𝑚𝐶 = 𝑉𝜌 = (8.95 ∗ 10−4 𝑚3 ) ∗ 7850𝑘𝑔/𝑚3

𝑚𝑔 = 7𝑘𝑔

𝑃𝑐 = 7 ∗ 10 = 70𝑁

46
Sendo a carga da chapa não distribuída ao longo da viga, esta carga não será adi-
cionada no cálculo da carga distribuída ao longo da vida, será usada esta carpa no cálculo
das reacções.

Assim sendo a carga distribuída será:

19𝑘𝑔
( ) + 250𝑘𝑔 + 3.6𝑘𝑔
7
𝑞= ∗ 10𝑚/𝑠 2
0.80𝑚

𝑞 = 3.20𝑘𝑁/𝑚

𝐹 = 3.20𝑘𝑁/𝑚 ∗ 0.80𝑚

(EQ. 3.10)

𝐹 = 2.57𝑘𝑁

Cálculo das reacções

Visto que a estrutura é complexa e possui uma distribuição de cargas complexa


para o cálculo das reacções e do momento mais preciso usou-se o software FTOOL, um
software de dimensionamento brasileiro credenciado pelo conselho nacional de desenvol-
vimento científico tecnológico

O resultado preciso dado pelo software do momento resultante (𝑀𝑡) é de


614.7N.m, dado este que será usado para o cálculo da tensão actuante na viga. Os diagra-
mas de corpo livre, esforço cortante, do momento fletor e da deflexão da vida encontra-
se em anexo B e C.

3.4.3. Cálculo da tensão admissível para vigas laterais


A tensão admissível será dada pela equação 3.1, a mesma usada para o cálculo da
tensão admissível da chapa de alumínio 6351 e o factor de segurança usado nessa secção
esta descrito na secção 3.4.1 que é de 2.25.

𝜎𝑒 250
𝜎𝑎 = = = 111.1𝑀𝑝𝑎
𝐹. 𝑆 2. .25

47
Para que o dimensionamento seja valido e aceitável e necessário que respeite a
seguinte condição:

𝜎𝑎𝑣 < 𝜎𝑎

A tensão admissível deverá ser maior que a tensão actuante na viga para garantir
a estabilidade e segurança do equipamento.

O Cálculo da tensão de flexão actuante na viga

0.04
𝑀𝑡 ∗ 𝑦 614.7( 2 )
𝜎𝑎𝑣 = =
𝐼 1.25952 ∗ 10−7

Sendo 𝐼 o momento de inercia

(EQ. 3.11)

𝜎𝑎𝑣 = 97.6𝑀𝑝𝑎

Verifica-se que a tensão actuante e menor que a tensão admissí-


vel sendo assim a condição 𝜎𝑎𝑣 < 𝜎𝑎 é satisfeita.

3.4.4. Cálculo da tensão de cisalhamento admissível


Para que o dimensionamento seja aceitável e necessário que satisfazer a seguinte
condição 𝜏𝑎𝑡 < 𝜏𝑎𝑑 , onde 𝜏𝑎𝑡 é a tensão de cisalhamento actuante e 𝜏𝑎𝑑 é a tensão de
cisalhamento admissível

A tensão de cisalhamento admissível será:

𝜎𝑎 111.1
𝜏𝑎𝑑 = = = 64.14𝑀𝑃𝑎
√3 √3

(EQ. 3.12)

3.4.5. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante

A tensão de cisalhamento actuante será dada pela equação que se segue a baixo.

𝐹∗𝑄 2570 ∗ 2.88 ∗ 10−4 𝑚3


𝜏𝑎𝑡 = =
𝑡∗𝐼 0.004 ∗ 1.25952 ∗ 10−7

(EQ. 3.13)

48
Onde:

Q - Momento estático: 1.52 ∗ 10−6 𝑚3

t – Espessura da viga: 0.04m

𝜏𝑎𝑡 = 1.46𝑀𝑝𝑎

Assim verifica-se que a tensão de cisalhamento actuante é muito menor


que a tensão de cisalhamento admissível, satisfaz a condição 𝜏𝑎𝑡 < 𝜏𝑎𝑑 .

3.4.6. Cálculo da deflexão das vigas


Independentemente do tipo de material usado para a construção da viga ou
da barra, toda viga ou barra sofre uma deflexão quando exposto a uma carga
mesmo que ela seja a mínima possível e não visível ao olho nu.

Nesta secção é calcula a deflexão (𝛿𝑏 ) que a viga sofre diante da carga
calculada na secção 3.4.2, que será dada pela equação a baixo:

𝑞 ∗ 𝐿2 3200 ∗ (0.802 )
𝛿𝑏 = = = 0.01𝑚𝑚
8 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼 8 ∗ 200 ∗ 109 ∗ 1.25952 ∗ 10−7

(EQ. 3.14)

O ângulo da deflexão

O ângulo é dado pela equação

𝑞 ∗ 𝐿3 3200 ∗ (0.80)3
𝜃𝑓 = = = 1.365 ∗ 10−9
6∗𝐸 6 ∗ 200 ∗ 109

Pêlos baixos valores obtidos nota-se que o deslocamento e o angulo são quase
imperceptíveis e assim sendo a validação da viga para o uso nesse projecto

Sendo a todas vigas são de mesmo material e possuem mesmas propriedades, o


dimensionamento feito a cima é valido para todas as vigas incluindo as vigas do segundo
piso, alterando apenas os esforços cortantes, momento flector e flexão da viga. Os dia-
gramas de esforços, reacções e deflexão para as vigas centrais, também se encontram em
anexo C.

49
3.5. Dimensionamento dos guias laterais

Os guias laterais servirão para a orientação da plataforma no sentido vertical por


meio de roletes e de barras de orientação na lateralidade, estes guias também servirão para
o suporta do segundo degrau ou piso e também estará acoplado os apoios que os passa-
geiros precisarão para sustentarem-se durante a transição do asfalto ao autocarro.

Figura 3.5 - Guias laterais.

Fonte: autor

3.5.1. Cálculo da carga e tensão critica para flamblagem dos guias laterais
Os guias laterais por estarem na extremidade da plataforma e por suportarem toda
carga do segundo piso, elas funcionam como um conjunto de pilares, sendo assim, quando
houver uma carga no segundo piso acontecera uma flambagem nos guias e essa flamba-
gem só acontecera num determinado comprimento dos guias, ou seja, do ponto em que o
piso se apoio ate a base, e sendo assim, é necessário calcular esta flambagem e verificar
se o material usado paras os guias laterais será o ideal.

50
Para que a estrutura seja valida ao uso como um pilar, deve satisfazer a seguintes
condições: 𝑃 < 𝑃𝑐𝑟 e 𝜎𝑐𝑟 ≤ 𝜎𝑒 .

e a carga aplicada (𝑃) for menor que a carga critica (𝑃𝑐𝑟) e se a tensão critica 𝜎𝑐𝑟
for menor que a tensão de escoamento (𝜎𝑒 ) a estrutura, os guias laterais não sofrerão
flambagem.

O segundo piso sofrerá uma faixa de variação de cargas muito próximas, cargas
essas que são pessoas de diferentes tamanhos e pesos, sendo assim, será necessário esta-
belecer um valor de base da carga que suporte todas as variações de carga, este valor será
de 2500N, o mesmo valor da plataforma em baixo do piso que fará a elevação do defici-
ente dependente de cadeira de rodas. O material usado e o aço A36 e como descrito na
secção 3.4.1, a sua tensão de escoamento e de 250Mpa.

A carga critico e dado pela seguinte equação:

𝜋2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼
𝑃𝑐𝑟 =
𝐿2

(EQ. 3.15)

𝜋 2 ∗ 200 ∗ 109 ∗ 1.1979 ∗ 10−5


𝑃𝑐𝑟 = = 217𝑀𝑁
0.3302

A tensão critica:

𝜋2 ∗ 𝐸
𝜎𝑐𝑟 =
(𝐿⁄𝑟)2

(EQ. 3.16)

Onde:

𝐿⁄ é o índice de esbeltez retirado da figura do gráfico a baixo.


𝑟

51
Gráfico 1 - gráfico do índice de esbeltez

Fonte: Hibbeler sétima edição

𝜋 2 ∗ 200 ∗ 109
𝜎𝑐𝑟 = = 248𝑀𝑝𝑎
892

Visto que a carga aplicada (𝑃 = 2.57𝑘𝑁) é menor que a carga critica (𝑃𝑐𝑟 =
50𝑘𝑁) e a tensão critica (𝜎𝑐𝑟 = 248𝑀𝑃𝑎) é menor que a tensão de escoamento (𝜎𝑒 =
250𝑀𝑝𝑎) os guias laterais suportarão totalmente a carga aplicada sem haver flambagem.

3.5.2. Cálculo da tensão de compressão


E necessário calcular a tensão de compressão (𝜎𝑐 ) que age nos guias laterais para
determinar se a tensão aplicada nos guias será capaz de comprimir os guia, se a tensão de
compressão aplicada nos guias for maior que a tensão de resistência do material, haverá
deformação por compressão, ou seja para que não haja deformação por compressão, é
necessário satisfazer a seguinte condição 𝜎𝑐 < 𝜎𝑟 e dada pela equação a baixo.

𝑃
𝜎𝑐 =
𝐴

(EQ.3.17)

2570
𝜎𝑐 = = 2𝑘𝑝𝑎
1.054−3

Sendo a tensão admissível (𝜎𝑎 ) igual a 111.1𝑀𝑝𝑎 e a tensão de compressão (𝜎𝑐 ) aplicada
igual a 2𝑘𝑃𝑎, a condição 𝜎𝑐 < 𝜎𝑟 é completamente satisfeita.

52
3.6.Dimensionamento dos pinos de engaste

Nesta secção será dimensionado os pinos para a fixação dos elementos como o cilindro
hidráulico e os roletes dos guias laterais.

Os pinos serão engastados nos guias laterais para que haja fixação entre os elementos,
assim sendo, os pinos sofrerão um esforço de cisalhamento, portanto, o cálculo necessário

para ser feito é da tensão de cisalhamento actuante, considerando a tensão de cisalha-


mento admissível de 64.14MPa, valor este calculado na secção 3.4.3.

3.6.1. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante para o pinto de suporte do ci-


lindro hidráulico.

Figura 3.6 - Pino de suporte do cilindro hidráulico.

Fonte: autor

Pela equação 3.13 da secção 3.4.5, a tensão de cisalhamento actuante será:

𝐹∗𝑄 4.5 ∗ 1 ∗ 10−6


𝜏𝑎𝑡 = =
𝑡∗𝐼 0.04 ∗ 1.33 ∗ 10−8

Onde:

Q - Momento estático: 1 ∗ 10−6 𝑚3

𝐼 − 1.33 ∗ 10−8 𝑚3

t – Espessura da viga: 0.02m

𝜏𝑎𝑡 = 17𝑘𝑝𝑎

53
3.6.2. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante para o pinto de suporte dos
roletes.

Figura 3.7 – Pino para o suporte dos roletes

Fonte: autor

𝐹∗𝑄 4.5 ∗ 9.1125 ∗ 10−8


𝜏𝑎𝑡 = =
𝑡∗𝐼 0.009 ∗ 6.075 ∗ 10−8

Onde:

Q - Momento estático: 9.1125 ∗ 10−8 𝑚3

𝐼 − 6.075 ∗ 10−8 𝑚3

t – Espessura da viga: 0.009m

𝜏𝑎𝑡 = 750𝑘𝑝𝑎

Sendo os valores da tensão actuante de cisalhamento actuante menores que o valor


da tensão de cisalhamento admissível, não haverá corte algum nesses pinos, assim sendo
o uso destes pinos é totalmente valido.

3.7.Dimensionamento dos pilares de suporte do cilindro hidráulico

Nesta secção se fara do dimensionamento dos pilares que irão suportar o cilindro
hidráulicos e consequentemente todo peso da plataforma incluso o peso da carga, o ma-
terial usado também será o mesmo, o aço A36.

54
Figura 3.8 - pilares laterias.

Fonte: autor
O dimensionamento para estes pilares será feito considerando os tipos de esforço
que sofrerão, será calculado e tensão de cisalhamento, compressão de flamblagem
usando-se as equações anteriores.

3.7.1. Tensão de cisalhamento actuante nas vigas de suporte dos cilindros hidráu-
licos
A tensão de cisalhamento actua no topo dos pilares onde esta fixado o pino de
encaixe do cilindro hidráulicos.

Pela equação 3.13 da secção 3.4.5, a tensão de cisalhamento actuante será:

𝐹∗𝑄 2570 ∗ 1.98 ∗ 10−3


𝜏𝑎𝑡 = =
𝑡∗𝐼 0.005 ∗ 2.352 ∗ 10−3

Onde:

Q - Momento estático: 1.52 ∗ 10−6 𝑚3

I – Momento de inercia: 2.352 ∗ 10−3 𝑚3

t – Espessura da viga: 0.005m

𝜏𝑎𝑡 = 432𝑘𝑝𝑎

55
Assim verifica-se que a tensão de cisalhamento actuante na viga de suporte
dos cilindros hidráulicos é muito menor que a tensão de cisalhamento admissível,
satisfaz a condição 𝜏𝑎𝑡 < 𝜏𝑎𝑑 .

3.7.2. Cálculo da tensão de compressão actuante nas vigas de suporte dos cilin-
dros hidráulicos
Pela equação 3.17 da secção 3.5.2, a tensão de cisalhamento actuante será:

𝑃
𝜎𝑐 =
𝐴

(EQ. 3.18)

2570
𝜎𝑐 = = 3𝑘𝑝𝑎
1 ∗ 10−4

Sendo a tensão admissível (𝜎𝑎 ) igual a 111.1𝑀𝑝𝑎 e a tensão de compressão (𝜎𝑐 ) aplicada
igual a 2𝑘𝑃𝑎, a condição 𝜎𝑐 < 𝜎𝑟 é completamente satisfeita.

3.7.3. Cálculo da tensão de flambagem nas vigas de suporte dos cilindros hidráu-
licos
Assim com os guias laterais os pilares de suporte dos cilindros hidráulicos também
estão sujeitos a tensão de flamblagem, assim sendo, também é necessário que se faça os
cálculos da tensão de flamblagem.

Esta tensão será dada pela equação 3.15 na secção 3.5.1.

𝜋 2 ∗ 200 ∗ 109 ∗ 2.35 ∗ 10−3


𝑃𝑐𝑟 = = 1.46𝑀𝑁
1.782

Retirando o índice de esbeltez da figura 3.7, o valor de tensão critica será o mesmo
por se tratar do mesmo material, portanto o a tensão critica será igual a 248Mpa.

Visto que a carga aplicada (𝑃 = 2.57𝑘𝑁) é menor que a carga critica (𝑃𝑐𝑟 =
51.64𝑀𝑁) e a tensão critica (𝜎𝑐𝑟 = 248𝑀𝑃𝑎) é menor que a tensão de escoamento (𝜎𝑒 =
250𝑀𝑝𝑎) os guias laterais suportarão totalmente a carga aplicada sem haver flambagem.

56
Por trás dos guias laterais será adicionado uma chapa do mesmo material aço A36
para assegurar a estrutura no chassi do carro, dando assim também mais rigidez, a mon-
tagem da chapa e ilustrado na figura a baixo.

Figura 3.9 – Chapa união dos pilares

Fonte: autor

3.8. Dimensionamento da estrutura de suporte da plataforma de


elevação

A plataforma de elevação estra sustenta por uma estrutura de vigas metálicas li-
gadas ou soldadas ao autocarro, permitindo melhor fixação e segurança, do dimensiona-
mento será feito em dois matérias de amostra que servirão para os outros membros res-
tantes. O dimensionamento será feito conforme os esforços actuante na estrutura.

57
Figura 3.10 - Estrutura de encaixe.

Fonte: autor

Para proceder o dimensionamento da estrutura de suporte da plataforma, primei-


ramente será necessário calcular todo peso que ira actuar nessa estrutura, estando a plata-
forma na sua operação nominal.

𝑚𝑇 = 𝑚𝑐ℎ𝑎𝑝𝑎𝑠 + 𝑚𝑣𝑖𝑔𝑎𝑠 + 𝑚𝑔𝑢𝑖𝑎𝑠 + 𝑚𝐶

𝑚𝑇 = 40.86𝑘𝑔 + 57𝑘𝑔 + 14𝑘𝑔 + 250𝑘𝑔 = 362𝑘𝑔

𝑃𝑇 = 3620𝑁

58
O dimensionamento será feito com uma viga de amostra que servira para os res-
tantes membros da estrutura (𝑣𝑖𝑔𝑎𝑠 𝑑𝑒 30𝑥30𝑥800) , excepto as placas de base (placas
de (153.8𝑥5𝑥800) estas passarão por um dimensionamento próprio ela. Estes objectos
passarão pélas todas condições que a estrutura sofre durante a operação e considerando o
peso próprio. O diagrama do esforço cortante, momento flector e flexão da estrutura estão
em anexo D e F.

3.7.4. Cálculo da tensão de flexão actuante


O cálculo da tensão actuante e baseado ela equação 9 da secção 3.2.3.

Com o uso do software Ftool, mencionado na secção 3.2.2, o momento resultante


e de 295.6𝑁. 𝑚, com este valor tensão será:

0.025
𝑀𝑡 ∗ 𝑦 285.9𝑁( 2 )
𝜎𝑎𝑣 = =
𝐼 4.798 ∗ 10−8

Sendo 𝐼 o momento de inercia

𝜎𝑎𝑣 = 74.5𝑀𝑝𝑎

Verifica-se que a tensão actuante e menor que a tensão admissí-


vel sendo assim a condição 𝜎𝑎𝑣 < 𝜎𝑎 é satisfeita.

3.7.5. Cálculo da tensão de cisalhamento actuante


A tensão de cisalhamento actuante será dada pela equação 3.11 da secção 3.4.3.

𝐹∗𝑄 3620 ∗ 1.56 ∗ 10−6


𝜏𝑎𝑡 = =
𝑡∗𝐼 0.004 ∗ 4.798 ∗ 10−8

𝜏𝑎𝑡 = 29𝑀𝑝𝑎

Assim verifica-se que a tensão de cisalhamento actuante é muito menor


que a tensão de cisalhamento admissível, satisfaz a condição 𝜏𝑎𝑡 < 𝜏𝑎𝑑 .

3.7.6. Cálculo da deflexão da viga


O peso de 3620N, não é distribuído em toda estrutura, sente com maior intensi-
dade numa distância de 153.8mm, onde estará fixado os pilares de suporte da plataforma,

A deflexão será dada pela equação 3.14 da secção 3.4.6.

59
𝑞 ∗ 𝐿2 4525 ∗ (0.802 )
𝛿𝑏 = = = 0.00011𝑚𝑚
8 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼 8 ∗ 200 ∗ 109 ∗ 1.52 ∗ 10−5

O ângulo da deflexão

O ângulo é dado pela equação

𝑞 ∗ 𝐿3 4525 ∗ (0.80)3
𝜃𝑓 = = = 1.93 ∗ 10−9
6∗𝐸 6 ∗ 200 ∗ 109

3.7.7. Cálculo de tracção


Na estrutura haverá vigas que sofrerão um esforço no eixo longitudinal, assim
sendo será necessário com esta carga calcular a deformação por tracção que a viga sofrera,

A tracção será dada pela equação a baixo:

𝑁∗𝐿
∆𝐿 =
𝐸∗𝐴

(EQ. 3.18)

Onde:

𝑁 – E a forca aplicada

𝐸 – Modulo de elasticidade

∆𝐿 – Alongamento

𝐴 – área

3602 ∗ 0.80
∆𝐿 = = 0.0000346𝑚𝑚
200 ∗ 109 ∗ 4.16 ∗ 10−4

Verifica-se que a tracção ou a deformação axial é bastante menor e não afectara a


estrutura.

Pelos resultados de dimensionamento obtidos, verifica-se que as vigas do material


aço A36 suportará completamente a plataforma e o seu próprio peso sem que haja defor-
mação prejudicial a estrutura e assim não haverá situações de risco de quebra de algum
material que colocara as pessoas e os deficientes que terão acesso a plataforma em perigo.

60
3.8. Dimensionamento dos mecanismos

Neste capítulo será dimensionado os mecanismos, elementos esses responsáveis


para a movimentação de plataforma, o sistema usado para a movimentação da plataforma
será o sistema hidráulico por trazer vantagens em relação aos sistemas mecânicos e eléc-
tricos, tais como:

✓ facil instalacao de diversos elementos, oferencendo grandes flexibilidades em


espaços pequenos;
✓ devido a baixa inercia, permitem uma rapida e suave inversão de movimento;
✓ permitem ajustes mais preciso de velocidade.
✓ São sistemas autolubrifcantes;
✓ A relação ( peso x tamanho x potencia consumida muito menor que os demais
sistemas
✓ São sistemas de facil protecao;
✓ Devido a otima condutividade etermica do oleo, geralmennte o propro
reservatorio acaba eliminando a necessidade de um trocador de calor
Embora que sistema hidráulico apresente vantagens favoráveis para o isso, assim
como todos os demais sistemas ela também tem sua desvantagem, tais como:

• Elevado custo inicial;


• Perdas por vazamentos internos emtodos componentes;
• Perdas por atirot internos e externos;
• Baixo rendimento; em função dos fatores citados;
• Perigo de incendio devido ao oleo ser inflamavel.
Embora haja desvantagens nos sistemas hidráulicos, para este projecto e o ideal o suso
do sistema hidráulico para a movimentação de carga.

3.8.1. Dimensionamento dos actuadores


Antes do dimensionamento de um sistema hidráulico, é necessário elaborar um
diagrama trajecto-passo, para que se possa objectivamente representar graficamente a se-
quência de movimentos, os quais pretende-se que o projecto execute. Com este diagrama
é possível visualizar cada um dos movimentos executados, o momento que eles ocorrem,
sua função e seu tempo de duração.

61
Figura 3.11 – Diagrama trajecto-passo

Fonte: autor

O diagrama trajecto-passo mostra o trajecto do cilindro durante o seu ciclo de


operação, considera-se o ciclo completo da plataforma quando este regressar a sua posi-
ção inicial, a posição de escada.

O cilindro estará inicialmente na posição de secada ao nível de altura do assoalho


do carro, 370mm a cima do asfalto e a 630mm a baixo do piso principal do carro, apos
ser accionado a descida da plataforma percorrendo 370mm a plataforma estará 1000mm
a baixo do primeiro piso e apos ser accionada a subida a plataforma estará a 1000mm a
cima do chão ao nível do primeiro piso e para finalização de ciclo a plataforma volta ao
seu estado inicial.

3.8.2. Pressão nominal


Como teremos três tipos de cilindros hidráulicos e cada um com a sua determinado
pressão, assim sendo ter-se-á três variardes de pressão nominal, sendo a pressão nominal
da plataforma(𝑃𝑛1 ), a pressão nominal da escada e a pressão nominal da rampa, porem a
pressão nominal da chapa e da escada será a mesma, sendo assim haverá uma e única
variável para ambos(𝑃𝑛2 ).

𝑃𝑛1 = 225𝑏𝑎𝑟 𝑒 𝑃𝑛1 = 125𝑏𝑎𝑟

3.8.3. Pressão de trabalho estimado pela perda de carga


A pressão contando com as perdas de carga.

𝑃𝑡𝑏 = 𝑃𝑁 − 0.15 ∗ 𝑃𝑁

(EQ. 3.19)

𝑃𝑡𝑏1 = 191.25 𝑏𝑎𝑟 𝑒 𝑃𝑡𝑏2 = 106.25𝑏𝑎𝑟

3.8.4. Forca de avanção


A forca que o cilindro deve exercer para elevar a carga.

62
𝐹𝑎1 = 2570𝑁 𝑒 𝐹𝑎2 = 1000𝑁

3.8.5. Diâmetro comercial necessário ao pistão

4 ∗ 𝐹𝑎
𝐷𝑝 = √
3.14 ∗ 𝑃𝑡𝑏

(EQ. 3.20)

𝐷𝑝1 = 4𝑐𝑚 𝑒 𝐷𝑝2 = 3.4𝑐𝑚

3.8.6. Dimensionamento da haste

4 64 ∗ 𝑆 ∗ 𝜆2 ∗ 𝐹𝑎
𝑑ℎ = √
𝜋3 ∗ 𝐸

(EQ. 3.21)

Onde:

𝑆 – É o confidente de segurança (3.5)

𝜆 – Comprimento livre de flambagem

𝐸 - Modulo de elasticidade (2.1 ∗ 107 𝑁/𝑐𝑚2 )

O comprimento livre de flambagem 𝜆 sera dado pelo tabela 4.1 (anexo B).
Para este projecto haverá escolha de dois casos

• O primeiro - Caso 4, As duas extremidades fixas (𝜆 = 𝐿/2=85.5cm)


• O segundo – Caso, uma extremidade articulada e outra fixa (𝜆 = 𝐿 ∗
(0.5)0.5 = 18.7𝑐𝑚)

𝑑ℎ1 = 1.6𝑐𝑚 𝑒 𝑑ℎ2 = 0.78𝑐𝑚

Com o diâmetro da haste(dh) calculado é necessário agora calcular a força máxima


de operação a carga de flambagem.

𝐾
𝐹=
𝑆

(EQ. 3.22)

63
𝜋2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐽
𝐾=
𝜆2

(EQ. 3.23)

𝑑ℎ4 ∗ 𝜋
𝐽=
64

(EQ. 3.24)

𝐹𝑎1 = 20𝑘𝑁

𝐹𝑎2 = 15𝑘𝑁

3.8.7. Área da coroa


𝜋 2
𝐴𝐶 = (𝐷 − 𝑑ℎ2 )
4 𝑝

(EQ. 3.25)

𝐴𝐶1 = 10.48𝑐𝑚2 = 𝑚2 e 𝐴𝐶2 = 8.54𝑐𝑚2

3.8.8. Escolha dos cilindros


O cilindro é escolhido consoante o dimensionamento do diâmetro da haste e o
dimensionamento do diâmetro do pistão, para a elevação da plataforma e escolhido o
cilindro de modelo RC (anexo I) disponibilizado do mercada Alibaba.

Diâmetro do cilindro: 40mm;

Percurso: 1m

Para a escada e a rampa de acesso o cilindro e de modelo MA16(anexo I)

Diâmetro do cilindro: 40mm;

Percurso: 200mm

3.8.9. Velocidade dos actuadores


A velocidade de avanço da plataforma e da escada de (𝑉𝑎 ) 0.1m/s e de recuo (𝑉𝑟 )
de 0.08m/s; e

A velocidade de avanço da rampa 0.08m/s e de recuo 0.08m/s

64
3.8.10. Vazao de avanço(Qa)

𝑄𝑎 = 𝑉𝑎 ∗ 𝐴𝑝

(EQ. 3.26)

𝜋 ∗ 𝐷𝑝2
𝐴𝑝 =
4

(EQ.3.27)

𝑄𝑎𝑃𝐸 = 1.25 𝑙/𝑚𝑖𝑛 𝑒 𝑄𝑎𝑅 = 0.72 𝑙/𝑚𝑖𝑛

3.8.11. Vazio de retorno (Qr)

𝑄𝑟 = 𝑉𝑟 ∗ 𝐴𝐶

(EQ. 3.28)

𝑄𝑟𝑃𝐸 = 0.9 𝑙/𝑚𝑖𝑛 𝑒 𝑄𝑟𝑅 = 0.7 𝑙/𝑚𝑖𝑛

3.8.12. Vazao induzida de avanço


𝑄𝑖𝑎 = 𝑉𝑎 ∗ 𝐴𝐶

(EQ. 3.29)

𝑄𝑖𝑎𝑃𝐸 = 1 𝑙/𝑚𝑖𝑛 𝑒 𝑄𝑖𝑎𝑅 = 0.7 𝑙/𝑚𝑖𝑛

3.8.13. Vazão induzida de retorno

𝑄𝑖𝑟 = 𝑉𝑟 ∗ 𝐴𝑝

(EQ. 3.4 )

𝑄𝑖𝑟𝑃𝐸 = 1𝑙/𝑚𝑖𝑛 𝑒 𝑄𝑖𝑟𝑅 = 0.72 𝑙/𝑚𝑖𝑛

65
3.9. Dimensionamento da bomba e do motor eléctrico

Nesta secção será escolhido o motor conforme os cálculos de rendimento feito,


começando pela seguinte condição, nesta equação será levado em conta os resultados
maiores calculados e para a vazão da bomba por escolha ajusta-se para ser menor que a
vazão induzida de retorno e a vazão induzida de avanço:

𝑛 𝑛

∑ 𝑄𝑖𝑟 ≥ 𝑄𝐵 > ∑ 𝑄𝑖𝑎


1 1

𝑛 𝑛

∑ 1.72𝑙/𝑚𝑖𝑛 ≥ 1.70 > ∑ 1.7𝑙/𝑚


1 1

3.9.1. Cálculo do tamanho nominal da bomba


Volume de absorção (cilindrada)

1000 ∗ 𝑄𝐵
𝑉𝑔 =
𝑛 ∗ 𝜂𝑣

(EQ. 3.30)

𝑉𝑔 = 1.073𝑐𝑚3

Momento de torção absorvido

𝑄𝐵 ∗ Δ𝑃
𝑀𝑡 =
100 ∗ 𝜂𝑚ℎ

(EQ. 3.31)

𝑀𝑡 = 4𝑁. 𝑚

Potencia absorvida

𝑀𝑡 ∗ 𝑛
𝑁=
9549

(EQ. 3.32)

𝑁 = 0.73𝑘𝑤

66
Onde:

𝑛 – Rotação (1750)

𝜂𝑣 – Rendimento volumétrico (0.9)

𝜂𝑚ℎ - Rendimento mecânico hidráulico (0.97)

Bomba escolhida

Tabela 3.5 - Escolha da bomba PGH-2X serie 2X


Volume de absorção Pressão nominal Vazão efectiva Potencia
2.5𝑐𝑚3 350𝑏𝑎𝑟 3𝑙 1.5𝑘𝑤
𝑟𝑜𝑡𝑎𝑐𝑎𝑜 𝑚𝑖𝑛

O catalogo da bomba escolhida econtra-se no anexo G.

3.9.2. Escolha do motor eléctrico


O motor escolhido é MM 232 - AMJ5233 da produtora MAHLE, o motor é total-
mente destinado a accionamento de bomba hidráulica, em sistemas de movimentação de
plataformas elevatórias, o catálogo encontra-se no anexo G.
Tabela 3.6 – características do motor escolhido

Marca RPM Tensão Potencia


MAHLE MM232 1740 24V 2kw

3.10. Dimensionamento das tubulações e das perdas de carga

Nesta secção será dimensionado os ductos ou tubulações, esses responsáveis para


a circulação do fluido.

3.10.1. Velocidades para a tubulação


1
( )
𝑣𝑡 = 121.65 ∗ 𝑃 3.3

(EQ. 3.33)

𝑣𝑡1 = 617.68𝑐𝑚/𝑠 𝑒 𝑣𝑡2 = 511.52𝑐𝑚/𝑠

67
3.10.2. Diâmetro mínimo necessário nas tubulações

𝑄𝑚𝑎𝑥
𝑑𝑡 = √
0.015 ∗ 𝜋 ∗ 𝑣𝑡

(EQ. 5.34)

Onde: 𝑄𝑚𝑎𝑥 é a vazão máxima de todo sistema.

𝑑𝑡1 = 0.40𝑐𝑚 𝑒 𝑑𝑡1 = 0.44𝑐𝑚

Este diâmetro calculado apenas é usado como referência para a escolha do diâme-
tro correcto aproximado no catálogo de uma fabricante no anexo F.

Conforme a tabela e o resultado obtido pelo cálculo o diâmetro seleccionado e de


0.50mim.

Espessura da parede =0.10cm; diâmetro interno = 0.30cm; pressão máxima =


400.2bar

Tendo se escolhido a tubulação comercial e necessário verificar se haverá escoa-


mento laminar nestas tubulações pelo número de Reynolds, conforme a equação abaixo.

𝑣𝑡 ∗ 𝑑𝑡
𝑅𝑒 =
0.45

(EQ.3.35)

𝑅𝑒1 = 686.3 𝑒 𝑅𝑒2 = 568.3

O escoamento será laminar para todas tubulações, caso não fosse, seria necessário
trocar o as tubulações para o mais ideal que traga o escoamento laminar para que se evite
muita perda de carga.

3.10.3. Perda de carga.


As perdas de cargas distribuídas e por singularidade e dada por:

5 ∗ 𝐿𝑡 ∗ ρo ∗ 𝑣 2
Δ𝑃 = 𝜓 ∗
𝑑𝑡 ∗ 1010

(EQ. 3.36)

68
Δ𝑃1/2 = 9𝑏𝑎𝑟

Onde;

𝜓- Factor de atrito para tubos flexíveis (0.04675)

𝐿𝑡- Comprimento total dos doutos(580.2cm)

ρo – Massa especifica do fluido (881.1𝐾𝐺/𝑚2 )

Perda de carga total:

Δ𝑃𝑇 = ΔP + 𝑑𝑃

(EQ. 3.37)

Δ𝑃𝑇 = 19𝑏𝑎𝑟

Finalização do cálculo:

Δ𝑃𝑁 > 𝑃𝑡𝑏 + Δ𝑃𝑇 ⟺ Δ𝑃𝑁 > 𝑃𝑡𝑏 + Δ𝑃𝑇

350bar > (297.5 + 19)𝑏𝑎𝑟

350bar > 316.5𝑏𝑎𝑟

Assim sendo termina-se o cálculo de perdas de cargas, tendo sido a condição completa-
mente satisfeita.

3.10.3.1. Perda de carga térmica


Quando o fluido passa pelas tubulações, por causa do atrito provocado no duto
pela aderência do fluido no duto, haverá um certo calor gerado que será dissipado para o
meio externo, sendo assim haverá uma perda de carga térmica que será dada pela equação
a baixo:

𝑞 = 1.434 ∗ Δ𝑃𝑇 ∗ 𝑄𝑒𝑓𝐵

(EQ. 3.38)

𝑞 = 95𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

69
3.11. Dimensionamento do reservatório

Nesta secção será dimensionado o tamanho do reservatório necessário para o ar-


mazenamento do fluido.

3.11.1. Volume do reservatório


O volume de fluido armazenado no reservatório deve ser suficiente para suprir o
sistema num período de três minutos antes que haja o seu retorno, completando um ciclo,
ou seja:

𝑉𝑅 ≥ 3𝑚𝑖𝑛 ∗ 𝑄𝑒𝑓𝐵

(EQ. 3.39)

𝑉𝑅 = 10.5𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 ≅ 0.0105𝑚3

3.12. Dimensionamento dos rolamentos

Os roletes servirão de guias verticais para plataforma, impedindo que haja um pos-
sível movimento horizontal ou circular da plataforma mesmo em caso de defeitos, as car-
gas na direcção horizontal são menores que 5N, equivalente a 0.5kg, portanto basta esco-
lhe-se a roda que suportara essa carga a roda será suficiente para exercer a sua função
destinada.

Figura 3.12 – Rolamentos

Fonte: autor

Os roletes dos guias laterais são constituídos por duas rodas, duas molas e elemen-
tos de fixação, como pino e placa metálica do material aço A36 que se mostrou resistente

70
nos cálculos de dimensionamento feitos no capítulo 3. Esses roletes estarão montados nas
partes laterais da estrutura.

3.12.1. Tipo de roda


A roda especificada para o rolamento de poliamida modelo 95057 com diâmetro
de 30mm externo e 5 de diâmetro interno, capaz de suportar a carga de ate 100kg, com
uma danda de rolagem de 15mm. Serão num total de seis (6) rodas adicionadas na plata-
forma, totalizado assim 600kg se suporte de carga, portanto, será totalmente seguro a
orientação vertical das rodas caso haja algum defeito capaz de gerar algum movimento
vertical, a imagem da roda se encontra em anexo J.

3.12.2. Rampa de acesso


A rampa de acesso será um mecanismo adicional para diminuir o átrio nas rodas
no acesso a plataforma por conta da altura de 51mim do piso, esta altura embora seja
de menor valor, ela pode cria trava na cadeira de rodas fazendo com que o deficiente
não suba na plataforma sem uma dependência, por conta disso e necessário haver uma
rampa para que naja atrito entre o chão e a superfície da plataforma que pode fazer.

Figura 3.13 - rampa de acesso engastada ao cilindro hidráulico

Fonte: autor
A rampa de acesso estará engastada ao pistão do cilindro hidráulico, que permitia
com que ela se translade para fora e assim por causa da gravidade fora um movimento
rotacional para e baixo e estará em posição de rampa que permitia o acesso da cadeira
de rodas a superfície da plataforma sem que haja atrito capaz de parar o movimento.

3.13. Dimensionamento das soldas e parafusos de fixação

Optou-se pela utilização de parafusos de fixação entre a chapa e as vigas. Essa


escolha foi baseada nos critérios de custo operacional da fixação, ou seja, a utilização de

71
parafusos é mais viável economicamente e pelo fato de ser amplamente utilizado na prá-
tica, sendo observada em diversas aplicações.
A junção entre as vigas e as colunas, no entanto, foram projetadas para ser solda-
das entre si, garantindo que as soldas resistam bem às tensões que lhe são aplicadas. A
análise de uma possível falha por fadiga é feita de acordo com o procedimento recomen-
dado pela norma NBR 8400

3.13.1. Dimensionamento dos parafusos para junção entre as vigas de piso e a


chapa de alumínio
Para a escolha do parafuso ideal, é necessário o coeficiente de majoração (𝑀𝑥 )
obtido através da NBR-8400, sendo pertencente ao grupo 2, de acordo com a tabela 2.1,
o seu coeficiente de majoração e de 1 conforme a tabela 2.1 do capítulo 2(anexo A).
Já tendo o coeficiente de majoração será necessário buscar o coeficiente dinâ-
mico, que será retirado da tabela a 5.1 (anexo F), na velocidade de deslocamento de 0,1
m/s,
𝜓𝑑 = 1.15
3.13.1.1. Resistência de prova
Pela limitação da NBR 8400. utilizou-se a ISO 4.8, que delimita os valores da
tensão de ruptura, tensão limite de escoamento e da própria resistência de prova. Cabe
reiterar que estes valores são referentes ao material utilizado (aço) para a fabricação do
parafuso. Portanto:
𝜎𝑒 = 340𝑀𝑃𝑎 ; 𝜎𝑟 = 420𝑀𝑃𝑎; 𝑒 𝑆𝑝 = 310𝑀𝑝𝑎
A norma recomenda multiplicar 0,7 pela tensão limite de escoamento. Se este
valor for menor do que a resistência de prova informada pela ISO 4.8, utiliza-se o novo
valor. portanto:
𝑆𝑝 = 340 ∗ 0.7 = 238 ⟺ 𝑆𝑝 = 238 < 340
(EQ. 3.41)

Sendo assim, o valor utilizado é 𝑆𝑝 = 238𝑀𝑃𝑎

3.13.1.2. Coeficiente de atrito entre chapas


Valor normalizado, obtido através da NBR 8400, de acordo com a tabela 5.2
(anexo F).

𝜇 = 0.3

72
3.13.1.3. Factor de segurança
Retirado da NBR 8400, de acordo com a tabela 5.3(anexo F), considerado caso I:

3.13.1.4. Número de planos de atrito


Os coeficientes retirados da NBR 8400 são válidos tanto para os parafusos que
fazem a junção entre a chapa e as vigas, quanto para os que unem as próprias vigas.

𝑚𝜇 = 1

3.13.1.5. Força devido ao peso próprio da chapa

10𝑚2
𝑃𝑝 = 19𝑘𝑔 ∗ = 190𝑁
𝑠
(EQ. 3.42)

3.13.1.6. Força devido ao peso total da estrutura


Neste tópico, contabilizou-se a parcela da carga na qual os parafusos também são
submetidos.

10𝑚2
𝑃𝑒 = (19𝑘𝑔 + 250𝑘𝑔) ∗ = 2690𝑁
𝑠
(EQ. 3.43)

3.13.1.7. Força sobre os parafusos


𝑃𝑒
𝐹𝑝 = (𝑃𝑝 + 𝜓𝑑 ∗ ) ∗ 𝑀𝑥
4
(EQ. 3.44)

𝐹𝑝 = 963.3𝑁

3.13.1.8. Forca de aperto


𝐹𝑆𝑝 ∗ 𝐹𝑝
𝑇𝑝 =
𝜇 ∗ 𝑚𝜇

(EQ.3.45)

𝑇𝑝 = 4816.5𝑁𝑚

3.13.1.9. Diâmetro do parafuso

73
𝑇𝑝
𝐴𝑝 =
𝑆𝑝

(EQ. 3.46)

𝐴𝑝 = 20.23𝑚𝑚2

O pela área o diâmetro do parafuso será de 5mm, e este valor encontra-se dentro
do limite aceitável, ou seja, o diâmetro do parafuso deve ser semelhante ao da espessura
da chapa mais fina da junta. A espessura da viga é 4mm.

3.13.2. Dimensionamento dos parafusos para junção das vigas principais entre si
Resta o dimensionamento dos parafusos responsáveis pela união entre as vigas
principais. Os critérios permanecem os mesmos em relação aos parafusos anteriormente
calculado.

𝑃𝑒
𝐹𝑝 = (𝑃𝑝 + 𝜓𝑑 ∗ ) ∗ 𝑀𝑥
4

10𝑚2
𝑃𝑒 = (19𝑘𝑔 + 250𝑘𝑔 + 25.2𝑘𝑔 + 14𝑘𝑔) ∗ = 3082𝑁
𝑠
10𝑚 2
𝑃𝑝 = (25.2𝑘𝑔 + 10) ∗ = 250𝑁
𝑠
𝐹𝑝 = 1136𝑁
𝐹𝑆𝑝 ∗ 𝐹𝑝
𝑇𝑝 = = 5680𝑁𝑚
𝜇 ∗ 𝑚𝜇

3.13.2.1. Diâmetro o parafuso


𝐴𝑝 = 24𝑚𝑚2 ;∅ = 5.5𝑚𝑚

3.13.3. Comparação com valores admissíveis

Comparar as forças no parafuso com a força recomendada pela NBR-8400. Sendo


a equação (56), compararam-se as forças nos parafusos com a força admitida pela norma,
que é da forma:
𝜇 ∗ 𝑚 ∗ 𝑇𝑝
𝐹𝑝𝑎 =
𝐹𝑆𝑝

(EQ. 3.47)

𝐹𝑝𝑎 = 963.3 𝑝𝑎𝑟𝑎 5𝑚𝑚

74
𝐹𝑝𝑎 = 1136 𝑝𝑎𝑟𝑎 5.5𝑚𝑚

𝐹𝑝 ≤ 𝐹𝑝𝑎 , para ambos os casos

3.13.4. Análise do torque de aperto

Novamente realizou-se uma comparação entre os torques de aperto em relação ao


valor desejado pela norma. Sendo k = 0,18, porém aproximado para k = 0,2 por questões de
segurança, calcula-se:

𝑇 = 𝑇𝑝 ∗ 𝑘 ∗ ∅

𝑇 = 4.8𝑁𝑚; 𝑇𝑝 = 6.2𝑁𝑚

𝑇 < 𝑇𝑝 , para ambos os casos, assim sendo com estas condições estabelecidas ter-
mina-se o dimensionamento dos parfusos, sendo eles completamente ideas para a fixação.

3.13.5. Dimensionamento das soldas


O correcto dimensionamento das soldas é essencial pois uma eventual falha na solda
pode ocasionar um colapso da estrutura, podendo levar a um acidente.
A solda dimensionada faz a união entre as vigas e colunas e todos os cálculos foram
baseados na NBR 8400, considerando o caso mais crítico.

3.13.5.1. Força sobre a junta

Considerou-se a força mínima e máxima suportada pela junta, com a carga e sem
a carga, sendo a carga de 250kg.

19𝑘𝑔 10𝑚2
𝑃𝑚𝑎𝑥 =( + +25.2𝑘𝑔 + 14𝑘𝑔) ∗ = 419𝑁
7 𝑠

19𝑘𝑔 10𝑚2
𝑃𝑚𝑎𝑥 = ( + 250𝑘𝑔 + 25.2𝑘𝑔 + 14𝑘𝑔) ∗ = 2919𝑁
7 𝑠
3.13.5.2. Tensão sobre a junta
Foi considerado que a solda está submetida somente à compressão. Sendo assim:

0.707 ∗ 𝑃𝑚𝑖𝑛
𝜎𝑚𝑖𝑛 =
𝑏∗𝐿

(EQ.3.48)

75
0.707 ∗ 𝑃𝑚𝑎𝑥
𝜎𝑚𝑎𝑥 =
𝑏∗𝐿

(EQ. 3.49)

O valor de b é escolhido de acordo com o que a norma exige, ou seja, deve ser
proporcional ao tamanho da menor chapa envolvida na junção. Como a solda une as rodas
com a região da aba da viga, b será equivalente à sua espessura.

𝑏 = 5 ∗ 10−3 𝑚

Considerando o caso mais crítico, o valor de L é equivalente ao valor de b.


Então:
𝐿 = 5 ∗ 10−3 𝑚

𝜎𝑚𝑖𝑛 = 11.84𝑀𝑃𝑎

𝜎𝑚𝑎𝑥 = 82.54𝑀𝑝𝑎

Somando as parcelas mínima e máxima

𝜎𝑡 = 11.84𝑀𝑝𝑎 + 82.54𝑀𝑃𝑎 = 94.38𝑀𝑃𝑎

Comparando com a equação (4.1) e considerando ser um aço A-36.

𝜎𝑒
𝜎𝑎 =
1.5

𝜎𝑎 = 167𝑀𝑃𝑎

Sendo assim:

𝜎𝑡 < 𝜎𝑎

3.14. Montagem

A montagem será feita por um profissional técnico qualificado em serralheira,


sendo supervisionado por um engenheiro mecatrónico. Como descrito no capítulo 1, na
delimitação do projecto, a plataforma será montada a plataforma na porta traseira do au-
tocarro, onde será removida a escada convencional e instalada a plataforma que também
funcionará, ou estará em posição de escada para que as pessoas não portadoras da defici-
ência paraplégica possam ter acesso ao autocarro.

76
A estrutura de suporte ou de encaixe será soldada no chassi do carro, para que nela
seja fixado a chapa de ligação dos pilares laterais para que seja montado posteriormente
a plataforma juntamente com os guias laterias, o piso movel (segundo piso) estará ligado
por meio de dobradiça a chapa de ligação permitindo assim um grau de mobilidade.

3.15. Accionamento

O accionamento será feito através de um circuito de comando eléctrico figura 5.1,


com quatro (4) botões de pressão em um circuito de partida directa que irá comandar o
circuito hidráulico.

Figura 3.14 – Esquema eletrico

Fonte: autor

D (down) – Botão que acciona a descida da plataforma;

U (up)– Botão acciona elevação da plataforma;

SO (stairs open) – Botão que activa a escada;

SC (stairs closed) – Botão que desitiva a escada.

Como se pode ver na imagem acima, cada botão será ligado a um solenóide que
estará conectado com a válvula de direcção, como mostrado na figura a baixo.

Figura 3.15 – Circuito electro-hidráulico

77
Fonte: autor.

3.15.1. Funcionamento
O ciclo de funcionamento da plataforma será completado em três passos a baixo.

Figura 3.16 - Circuito electro-hidráulico.

Fonte: autor

Passo 1: inicialmente a plataforma estará 370mm a cima do nível do asfalto, será


accionado o botão Down que activa a válvula D accionando a descida da plataforma, a
plataforma descerá ao nível do solo logo em seguida activará o jumper R que ira acionar
a válvula para a saída da rampa de acesso e finalmente o botão SO será accionado que
fechará o segundo piso.

Passo 2: Apos o deficiente acessar a superfície da plataforma, o botão UP será accionado


que a plataforma subira activando o jumper R1 fazendo com que a rampa se feche auto-
maticamente e assim a plataforma chegará ao nível do piso do carro com o deficiente
dependente de cadeira de rodas

78
Passo 3: apos o deficiente acessar o piso do carro, o operador accionará o botão Down
fazendo a escada descer ate ao nível ao nível do assolho depôs accionará o botão SC que
abrira a escada para que as pessoas sem deficiência motora tenham acesso ao carro, e
assim se encerra o ciclo de operação da plataforma.

O motor e o circuito eléctrico será alimentado por uma bateria recarregável de


24V.

3.16. Espaço reservado

É notável que nos autocarros públicos há muita demanda, por contava dessa de-
manda na maioria das vezes não há lugares fazendo com haja muita acumulo de pessoas
no corredor o que pode ao ser bom para o deficiente de para a circulação de pessoas,
sendo assim há necessidade de garantir um espaço para que o deficiente possa ocupar
quando este tiver acessado ao autocarro. A figura a baixo mostra o possível local que será
reservado para o deficiente dependente de cadeira de rodas.

Figura 3.17 - área reservada para o deficiente e área de instalação da plataforma.

Fonte: NBR 15320


Como mostra a figura 5.3, o rectângulo em azul marca a área de instalação da
plataforma na porta traseira e o rectângulo em vermelho marca a área reservada para a
acomodação do deficiente dependente de cadeira de rodas. No local reservado para a pla-
taforma é removida a escada convencional e no local reservado para o deficiente é remo-
vido dois bancos e será colocada dois anteparos para que a cadeira de rodas do deficiente
se mantenha estável na locomoção do autocarro.

Figura 3.18 - Antiparos no local da acomodação da cadeira de rodas

Fonte: NBR 15320

79
É mostra na figura a cima os anteparos para a estabilização da cadeira de rodas, o
anteparo A terá uma altura de 35mm e o anteparo B uma altura de 15mm.

3.17. Analise dos resultados

Sendo o objectivo final da plataforma a elevação de carga, a plataforma precisa


de ter a resistência suficiente para que a carga não traga nenhum dano a estrutura durante
a operação e ao longo do seu tempo de vida útil, assim sendo os resultados óbitos mostram
que a plataforma terá total resistência a qualquer tipo de esforço aplicado nela, não exer-
cendo o limite máximo da tensão admissível, o material alumínio 6351 mostrou-se tao
resistente que a carga nominal alcança apenas 11% da carga admissível, isto e bom para
a estrutura porque trás mais confiabilidade fazendo com que a chapa dure o tempo sufi-
ciente mesmo ate depois da estrutura apresentar defeito. na estrutura feita com vigas de
aço a36, a tensão actuante embora que tenha alcançado 87.36% da tensão admissível, por
terem 7 vigas com mesmas condições e com a distribuição de carga uniformizado pela
chapa de alumínio, a tensão actuante em cada viga decai para 12.48% da tensão admissí-
vel trazendo mais confiabilidade e segurança pessoas e principalmente ao deficiente de-
pendente de cadeira de rodas, contando que a plataforma não estará submetida a uma
carga constante, sim uma carga variável porque as pessoas possuem diferentes pesos, e
pela demanda dos munícipes em subir autocarros públicos poderá haver situações em
duas ou mais pessoas estejam no piso da plataforma, excedendo o limite da carga nominal,
este dimensionamento fara que a plataforma suporte sem apresentar defeitos.

Considerando toda carga actuante na estrutura incluindo o peso da própria estru-


tura foi dimensionado os mecanismos que serão responsáveis pelas movimentações da
plataforma. O sistema escolhido foi o sistema hidráulico pelas vantagens citadas a cima
a secção 3.8, portanto sendo assim o sistema de movimentação fara com sucesso o traba-
lho destinado garantindo confiabilidade e segurança exercendo a sua função.

3.18. Estimativa de custos

De acordo com dados obtidos através de fornecedores com credibilidade no mercado


industrial, um valor final foi estimado.

80
Estimativa de custo
Preço unitário Sub Total
Itens Elementos Quantidade (MT) (MT)
1 Chapa de alumínio 6351 0.8x1,16m 8,560 8,560
2 Chapa de aço a36 2.4x1.4m 13,859 13,859
3 Tubo de aço a36 24.6m 1,850 37,000
4 Rodas 4 320 1,280
5 Mini cilindro hidráulico 2 640 1,280
6 Cilindro hidráulico 2 2,560 5,120
7 Tubos 5.8m 1152 1,152
8 Rebarbadora 1 4,736 4,736
9 Máquina de solda 1 6,400 6,400
10 Eléctrodo 3kg 2,496 4,992
11 Óleo SAE 10 1L 420 4,200
12 Barra de aço a36 0.50m 1,220 1220
13 Tinta 4 274 1,099
14 Parafusos 39 55 3520
15 Bomba 1 5,632 5,632
16 Motor eléctrico 1 7,300 5,632
17 Válvula solenóide 2/2 3 2,240 6,720
18 Válvula reguladora de vazão 3 1,664 4,992
19 Válvula de retenção pilotada 3 1,280 3,840
20 Serviço de instalação - - 25,000
Total 300,314

81
CAPÍTULO IV

4. CONCLUSÃO

Durante o dimensionamento do projecto ficou perceptível que a carga de referên-


cia usada 250kg e complemente aceitável para a estrutura e assim ela funcionará de ma-
neira segura e com muita confiabilidade podendo ate exceder um certo limite, porque os
materiais mostram-se capazes de suportar mais carga alem do referido, com isso embora
tenha sido difícil a escolha dos materiais, e viável o uso do aço 36 e o alumínio 6351.

Com o dimensionamento desta plataforma, é alcançado o objectivo de remover


completamente a incapacidade dos deficientes dependentes de cadeiras de rodas de
acessar o transporte público de maneira autónoma, assim os deficientes poderão por
exemplo: sair das suas casas apanhar o autocarro publico ate ao local que desejam sem
ajuda necessária para a sua locomoção

Embora o principal local de aplicação do projecto seja nos carros dos transportes
municipais da beira de modelo LCK61250, se houver algum outro transporte com
características semelhantes ao modelo LCK61250 em qualquer canto do país, o projecto
também poderá ser aplicado, a plataforma mostra-se versátil a adaptável para diferentes
tipos de autocarros e sua reconfiguração no será complexa pós os materiais seleccionados
e calculado no projecto encontra-se e menor ou grande escala no mercado.

Com os dados predeterminados e com os resultados obtidos durante o dimensio-


namento, chega-se a conclusão que a projecto entende todos os objectivos para qual é
destinado e com isso é completamente viável a construção e implementação nos autocar-
ros públicos para o auxilio dos deficientes dependentes de cadeira de rodas, por trazer
mais autonomia e segurança ao deficiente dependente de cadeira de rodas, mostrando
também que estes não estão fora da sociedade e que o município tem consideração de
toda sua completa dificuldade de locomoção e de acesso aos transportes públicos.

82
5. RECOMENDAÇÕES

Para os projectos futuros iguais ou semelhante a estes recomenda-se:

✓ O acréscimo de mais elementos de segurança e uma chapa de alumínio


antiderrapante para que não haja movimento de cadeira de rodas.
✓ Recomenda-se também que se faça um comando de controle a radio da plafaforma
para que não importe a posição em que o operador esteja, ele passa operar a
plataforma.
✓ Recomenda-se que se faça a manuntenção da plataforma mensalmente para que
se evite acidentes e possiveis vazamentos interceptivel nos dutos do óleo
hidráulico, visto que estes serão flexiveis e esterá em moviemnto.

83
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15655 –Plataformas de


elevação motorizadas para pessoas com mobilidade reduzida-Requisitos para segurança,
dimensões e operação funcional. Rio de Janeiro,2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8400 –Cálculo de equi-


pamento para levantamento e movimentação de cargas. Rio de Janeiro,1984.

BEER, Ferdinand P. ―Resistência dos materiais‖. Editora PEARSON, 3ª Edição, São


Paulo,2010.

Hibbeler, Russell Charles ―Resistência dos materiais. Editora PEARSON, 7ª Edição,


São Paulo,2010.

JúNIOR, Joab Silas da Silva. "O que é electricidade?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-eletricidade.htm. Acesso em 27 de
Março de 2022.

Mattede, Henrique. “tipos de motores eléctricos”: Mundo Eléctrica. Disponível em:


https://www.mundodaeletrica.com.br/tipos-de-motores-eletricos-quais-sao/. Acesso em
20 de Março de 2022.

Mattede, Henrique. “tipos de motores eléctricos”: Mundo Eléctrica. Disponível em:


https://www.mundodaeletrica.com.br/motor-de-corrente-continua-caracteristicas-e-apli-
cacoes/. Acesso em 27 de Março de 2022.

Fialho, Arivelto Bustamante ― Automação hidráulica. Editora Érica, 2ª Edição, São


Paulo,2004.

Marinho, Gustavo – “O que é um Medidor de Pressão?”: Hidráulica Pneumática. Dispo-


nível em: https://hidraulicaepneumatica.com/o-que-e-um-medidor-de-pressao/. Acesso
em 21 de Março 2022

Wikipédia – “elementos de máquinas”. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ele-


mentos_de_m%C3%A1quinas: Acesso em 22 Março 2022

Tm jr - bomba-hidraulica-e-como-ela-funciona. Disponivel em:


https://tmjr.com.br/bomba-hidraulica-e-como-ela-funciona/. Acesso em 25 Março 2022

84
Citisystems - “válvula solenóide”. Diponivel em: http://www.citisystems.com.br/valvula-
solenode/. Acesso em 25 Março 2022

85
7. ANEXOS

Anexo A

Tabela 7.1 - Classificação da estrutura dos equipamentos (ou elementos da estrutura) em grupos.

Fonte: NBR 8400:1984

Tabela 7.2 - Valores do coeficiente de majoração para equipamentos industriais.


Fonte: NBR 8400:1984

Tabela 7.3 - Ilustração do caso da carga distribuída pela chapa.

Fonte: Roark’s Formulas for Stress and Strain, Young and Budynas.

86
Anexo B

Diagramas de momento flector, esforço cortante e deflexão das vigas laterais.

87
Anexo C

Diagramas de esforço cortante, momento flector e deflexão das vigas centrais.

88
Anexo D

Diagramas de esforço cortante, momento flector e deflexão da estrutura de suporte


da plataforma.

89
Anexo E

Figura 7.1 - caso para a escolha do comprimento de flambagem

Fonte: Dimensionamento de actuadores hidráulicos.

90
Anexo F

Tabela 7.4 - Diâmetros comerciais (EMETRO)

Tabela 7.5 – Escolha do coeficiente dinâmico.

Fonte: NBR 8400

Tabela 7.6 – escolha do coeficiente de atrito entre as chapas


Fonte: NBR 8400

Tabela 7.7 - coeficiente de segurança conforme o caso de solicitação


Fonte: NBR 8400

𝐹𝑆𝑝 = 1.5

91
Anexo G

92
Anexo H

Questionário feito aos funcionários:

1 – Qual é o seu nome, idade e a quanto tempo trabalhas como funcionário dos
TPB?

2 - Vocês transportam os deficientes dependentes de cadeiras de rodas?

3 - Como tem sido o transporte de deficientes de cadeiras de rodas??

4 - Há algum mecanismo que vocês usam para mover o deficiente dependentes de


cadeiras do chão para autocarro?

5 - Qual é a principais dificuldades que vocês têm ao mover um deficiente para-


plégico dependente de cadeiras de rodas?

6- Em média, por dia, quantos deficientes de cadeiras de rodas vocês têm trans-
portado?

7- Os deficientes de cadeiras de rodas reclamam de algo, sobre os transportes??

8- E se tivesse uma plataforma de acesso, facilitaria o transporte para os deficien-


tes?

9- Caso o deficiente de cadeira de rodas queira subir no autocarro quem tende a


ajudá-lo, o motorista e o cobrador ou os outros passageiros?

Questionário feito aos deficientes:

1 – Qual é o seu nome, idade e com que frequência você precisa de subir o auto-
carro?

2 - Como tem sido o transporte nos transportes públicos para ti??

3 - Há algum mecanismo que os TPB usam para mover o deficiente dependente


de cadeira de rodas do asfalto para autocarro?

4 - Qual é a principal dificuldade que elas têm ao tentar entrar ou subir num auto-
carro dos TPB?

5 - Qual é a sua principal reclamação em relação aos transportes públicos?

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Anexo I

6- Você gostaria que tivesse uma plataforma de acesso e um lugar reservado para
deficientes dependentes de cadeiras de rodas nos TPB?

7- Caso o você queira subir no autocarro, quem tende a ajudá-lo, o motorista e o


cobrador ou os outros passageiros?

Figura.7.2 – O degrau após instalação da plataforma

Fonte: ABNT NBR 15646:2008

Figura 7.3 - cilindro hidráulico para elevação da plataforma modelo RC.

Fonte: Alibaba

Figura 7.4 - cilindro para evelcao do segundo piso e da rampa modelo MA16(Fonte: alibaba)

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Anexo J

Gráfico 2 - Ilustração do gráfico de classificação de classe A.

Figura 7.5 - rodas poliamida

Fonte: direct industry

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