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Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola - IMETRO

Departamento de Ciências Tecnológicas e Engenharias - DTEC


Licenciatura em Engenharia Civil

Dimensionamento de Lajes

Turma: LEC4N
Turno: NOITE

______________________________________________________________________
Luanda, 2019
Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola - IMETRO
Departamento de Ciências Tecnológicas e Engenharias - DTEC
Licenciatura em Engenharia Civil

Dimensionamento de Lajes

NOME: NZUZI SIMÃO VASCO LEMOS

Nº 20160316

DOCENTE
_______________________
Adão Domingos
Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola - IMETRO
Departamento de Ciências Tecnológicas e Engenharias - DTEC
Licenciatura em Engenharia Civil

Trabalho de Betão armado e Pré-esforçado II apresentado ao Instituto Superior


Politécnico Metropolitano de Angola versando sobre Dimensionamento de lajes ao
Estado Limite Último e Serviço, sob orientação do Professor Adão Domingos.

Aprovado aos / / / /

Considerações
______________________________________________________________________
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____________________________

______________________________________________________________________
Luanda, 2019
AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida e por se fazer presente em todos os momentos desta
caminhada repleta de conhecimento e não só.

Ao professor Adão Domingos que deu o seu apoio, espírito de sacrifício pelo
esforço que foi feito e continua sendo, estando connosco e disponibilidade.

Agradeço também aos meus colegas pelos momentos passados juntos e pelo
apoio ao longo da realização do trabalho.

A família, especialmente aos pais e irmãos, agradeço a partilha dos bons e maus
momentos, bem como todo o carinho, compreensão e apoio incondicional.
RESUMO

O presente trabalho, pretende ilustrar o “Dimensionamento de uma laje”, isto é,


apresentando também alguns conceitos e conclusões sobre o dimensionamento da
mesma.

Dentre os assuntos abordados destacamos: O dimensionamento das armaduras


positivas (a meio vão) e negativas (nos pilares) pelos O método das bandas que utiliza o
Teorema Estático da Teoria da Plasticidade. Verificar também a deformação. Se
necessário apresentar possíveis soluções ou fazer comentários sobre os resultados
obtidos.

Essas instruções têm o objectivo, além de servir como fonte de consulta, elevar o
nível de conhecimento de nossos colegas (discentes) para que possam desempenhar suas
actividades funcionais com mais desenvoltura e eficiência, tendo como resultado a
operação correta e consciente do dimensionamento de lajes.

Com isto beneficiam-se os usuários, bem como as Empresa da área, com


acentuado aumento da vida útil dos equipamentos, maior comodidade e segurança tendo
em vista que a execução das mesmas passará a ser efectuadas dentro das normas
técnicas recomendadas.

As falhas que porventura existirem, corrigirei oportunamente e as sugestões e


críticas que venham contribuir para seu aprimoramento serão bem-vindas e aceites.
SUMMARY

The present work intends to illustrate the “Slab Dimensioning”, that is, also

presenting some concepts and conclusions about the slab dimensioning.

Among the topics covered we highlight: The design of positive (mid-span) and

negative (pillar) reinforcement by The The method of bands that uses the Static Theory

of Plasticity Theory. Also check the deformation. If necessary present possible solutions

or comment on the results obtained.

These instructions are intended, in addition to serving as a source of

consultation, to raise the level of knowledge of our colleagues (students) so that they

can perform their functional activities with more ease and efficiency, resulting in the

correct and conscious operation of slab design. .

This benefits users, as well as companies in the area, with a marked increase in

equipment life, greater convenience and safety, since their execution will be carried out

within the recommended technical standards.

Any flaws that may exist, I will correct in due course and any suggestions and

criticisms that may contribute to their improvement will be welcomed and accepted.
ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... 4

RESUMO ......................................................................................................................... 5

ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................. 11

OBJECTIVOS ................................................................................................................ 15

Geral ........................................................................................................................... 15

Específico ................................................................................................................... 15

1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 16

2.GENERALIDADES .................................................................................................... 17

2.1-Classificação de lajes ........................................................................................... 17

2.2-Tipo de Apoio ...................................................................................................... 17

2.3-Constituição.......................................................................................................... 18

2.4-Modo de flexão dominante ................................................................................... 18

2.5-Modo de fabrico ................................................................................................... 18

2.6-Pré-dimensionamento ........................................................................................... 18

2.7-DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS GERAIS ...................................................... 19

2.7.1-Recobrimento das armaduras ............................................................................ 19

2.7.1-Distâncias entre armaduras................................................................................ 19

2.7.1.1-Espaçamento máximo da armadura ............................................................... 19

2.7.2-Distância livre mínima entre armaduras............................................................ 19

2.7.3-Quantidades mínima e máxima de armadura .................................................... 20

2.8-Estados limites ..................................................................................................... 20

2.8.1-Acções: .............................................................................................................. 21

2.8.2-Combinações de Acções: .................................................................................. 22

3.MÉTODO DAS BANDAS.......................................................................................... 23

4.CASO DE ESTUDO ................................................................................................... 24


4.1 Pré-dimensionamento: .......................................................................................... 25

4.2 Coeficiente de repartição: ..................................................................................... 26

4.3 Cálculos das acções: ............................................................................................. 31

4.4 Modelos de cálculos na direcção X: ..................................................................... 32

4.5 Compatibilização de momentos flectores: ............................................................ 33

4.6 Modelos de cálculos na direcção Y: ..................................................................... 37

4.7 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ................................................... 41

Direcção Y: ................................................................................................................. 41

4.9 Modelos de cálculos na direcção X: ..................................................................... 42

Armadura mínima (𝐴𝑆, 𝑚𝑖𝑛) ...................................................................................... 43

4.10 Modelos de cálculos na direcção Y: ................................................................... 50

4.11 - Amarrações e emendas: .................................................................................... 54

4.12 - ARMADURA DE CANTO: ............................................................................ 56

4.13 - Cálculo da Escada: ........................................................................................... 58

4.13.1 - Pré-dimensionamento:................................................................................... 59

4.13.2 - Verificação da segurança ao E.L.U a esforço transverso .............................. 61

4.13.2.1 - Amarrações e emendas: .............................................................................. 62

4.14 - Aberturas em Lajes Maciças ............................................................................ 62

Painel 6 .......................................................................................................................... 63

Painel 3 .......................................................................................................................... 64

4.14 - Pormenorização ................................................................................................ 65

4.15 - Filosofia adoptada na verificação da segurança em relação aos estados limites


de utilização: ............................................................................................................... 68

4.16 - Verificação os estados limites de deformabilidade pelo método dos coeficientes


globais: ....................................................................................................................... 69

4.17 - Cálculo da flecha a longo prazo: ...................................................................... 71

4.17.1 - Determinação da flecha instantânea: ............................................................. 72

4.18 - LAJES DE VIGOTAS PRÉ-ESFORÇADAS:................................................. 73


5. LAJE FUNGIFORME: ............................................................................................... 77

5.1 Vantagens da utilização de lajes fungiformes ...................................................... 77

5.2 Problemas resultantes da utilização de lajes fungiformes .................................... 77

5.3 MÉTODO DOS PÓRTICOS EQUIVALENTES .................................................... 78

Modelação dos painéis: .............................................................................................. 78

Distribuição dos momentos na laje ............................................................................. 78

Distribuição dos momentos na laje segundo o EC2 ................................................... 79

Direcção x:.................................................................................................................. 80

Direcção y: .................................................................................................................. 80

Modelo de cálculo na direcção x: ............................................................................... 83

Representação dos momentos nas faixas da direcção y pórtico 3. ............................. 88

Cálculo das armaduras: ............................................................................................... 89

Verificação a segurança ao punçoamento .................................................................. 90

Figura-64: Representação da laje e as áreas de influência de cada pilar. ............... 90

Pilar central: ................................................................................................................ 90

Pilar de bordo: ............................................................................................................ 90

Pilar de canto: ............................................................................................................. 90

Área do pilar: .............................................................................................................. 91

Armadura especifica: .................................................................................................. 93

Para o pilar central: ..................................................................................................... 93

Para o pilar de canto: .................................................................................................. 93

Para o pilar de bordo:.................................................................................................. 93

6. DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÃO ............................................................... 97

Tipos de Fundações ........................................................................................................ 97

Fundações directas (sapatas) ...................................................................................... 97

Tipos de sapatas .......................................................................................................... 97

Sapatas flexíveis ......................................................................................................... 98


Modelos de cálculo: .................................................................................................. 103

Dimensionamento da sapata ......................................................................................... 104

Sapata 1 .................................................................................................................... 104

Sapata 2 ........................................................................................................................ 104

Sapata 3 .................................................................................................................... 104

Sapata 4 .................................................................................................................... 105

Sapata 5 .................................................................................................................... 105

7. PRÉ-ESFORÇO ................................................................................................... 108

Vantagens Da Utilização Do Pré-Esforço ................................................................ 109

Técnicas E Sistemas. De Pré-Esforço ...................................................................... 110

Pré-esforço por pré-tensão ........................................................................................ 110

Pré-esforço por pós-tensão ....................................................................................... 110

Componentes De Um Sistema De Pré-Esforço ........................................................ 111

. Pré-Dimensionamento De Um Elemento Pré-Esforçado ....................................... 113

Pré-dimensionamento da força de pré-esforço útil ................................................... 114

Valor Da Força De Pré-Esforço. Definição Dos Cabos ........................................... 115

Pré-tensão ................................................................................................................. 115

Definição dos cabos .................................................................................................. 116

CONCLUSÃO .............................................................................................................. 122

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 123


ÍNDICE DE FIGURAS

Figura-1: Planta de pavimentos. ............................................................................. 24

Figura-2: Planta de pavimentos comas respectivas bandas .................................... 26

Figura-3: painel 1 e as condições de apoio. ............................................................ 26

Figura-3.1: painel 2 e as condições de apoio. ......................................................... 27

Figura-3.2: painel 3 e as condições de apoio. ......................................................... 28

Figura-3.3: painel 4 e as condições de apoio. ......................................................... 28

Figura-3.4: painel 5 e as condições de apoio. ......................................................... 29

Figura-3.5: painel 6 e as condições de apoio. ......................................................... 30

Figura-3.6: painel 8 e as condições de apoio. ......................................................... 30

Figura-4: Modelo de cálculo na direcção X na banda A. ....................................... 32

Figura-5: Modelo de cálculo na direcção X na banda B. ....................................... 32

Figura-6: Modelo de cálculo na direcção X na banda C. ....................................... 32

Figura-7: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos nabanda A. ....... 34

Figura-8: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A


compatibilizados. .................................................................................................... 34

Figura-9: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B........ 35

Figura-10: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B


compatibilizados. .................................................................................................... 36

Figura-11: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C...... 36

Figura-12: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C


compatibilizados. .................................................................................................... 36

Figura-13: Modelo de cálculo na direcção Y na banda B. ..................................... 37

Figura-14: Modelo de cálculo na direcção Y na banda E....................................... 37

Figura-15: Modelo de cálculo na direcção Y na banda F . ..................................... 37

Figura-16: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda D. .. 38

Figura-17: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda D


compatibilizados. .................................................................................................... 39
Figura-18: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E. ... 39

Figura-19: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E


compatibilizados. .................................................................................................... 40

Figura-20: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F. ..... 40

Figura-21: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F


compatibilizados. .................................................................................................... 40

Figura-22: Modelo de cálculo na direcção X na banda A. ..................................... 42

Figura-23: Modelo de cálculo na direcção X na banda B. ..................................... 42

Figura-24: Modelo de cálculo na direcção X na banda C. ..................................... 43

Figura-26: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C...... 44

Figura-27: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C


compatibilizados. .................................................................................................... 44

Figura-28: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A. .... 45

Figura-29: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A


compatibilizados. .................................................................................................... 46

Figura-30: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B...... 47

Figura-31: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B


compatibilizados. .................................................................................................... 48

Figura-32: Modelo de cálculo na direcção Y na banda D. ..................................... 50

Figura-33: Modelo de cálculo na direcção Y na banda E....................................... 50

Figura-34: Modelo de cálculo na direcção Y na banda F. ...................................... 50

Figura-35: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F. ..... 51

Figura-36: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F


compatibilizados. .................................................................................................... 52

Figura-37: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E. ..... 52

Figura-38: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E


compatibilizados. .................................................................................................... 53

Figura-39: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda D. .... 53
Figura-40: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A
compatibilizados. .................................................................................................... 54

Figura-41: Planta de pavimentos com a representação da escada e abertuta. ........ 58

Figura-42: Representação dos esforços na escada. ................................................. 60

Figura-43: Representação do diagrama do momento flector em KN.m/m............. 60

Figura-44: Representação do diagrama da cortante em KN/m............................... 60

Figura-47: Representação das cargas na banda C devido a combinação frequente na


direcção x................................................................................................................ 71

Figura-48: Representação do diagrama do momento flector.................................. 71

Figura-49: Representação das carga para o dimensionamento da laje pre-


esforçada. ................................................................................................................ 77

Figura-50: Representação do diagrama do momento flector.................................. 77

Figura-51: Representação das cargas na laje. ......................................................... 83

Figura-52: Representação do diagrama do momento flector.Erro! Marcador não


definido.

Figura-53: Representação das cargas na laje.. ............................................................

Figura-54: Representação dos pórticos intermédios e as faixas na laje direção y. . 82

Figura-55: Representação das cargas na laje, direcção x pórtico lateral 1. ............ 83

Figura-56: Representação dos momentos na laje, direcção x pórtico lateral 1. ..... 83

Figura-56: Representação das cargas na laje, direcção x pórtico intermédio 1. ..... 83

Figura-57: Representação dos momentos na laje, direcção x pórtico lateral 1. ..... 83

Figura-59: Representação dos momentos na laje, direcção x pórtico lateral 2. ..... 84

Quadro: Representação dos momentos nas faixas da direcção x.. ......................... 84

Quadro: Representação dos momentos nas faixas da direcção x.. ......................... 85

Figura-60: Representação das cargas na laje, direcção y pórtico lateral 1. ............ 86

Figura-61: Representação dos momentos na laje, direcção y pórtico lateral 1. ..... 86

Figura-62: Representação das cargas na laje, direcção y pórtico intermédio 1. ..... 86


Figura-63: Representação dos momentos na laje, direcção y pórtico intermédio 1.
................................................................................................................................ 87

Figura-65: Representação do pormenor na laje na direcção x................................ 94

Figura-66: Representação do pormenor na laje na direcção x................................ 94

Figura-67: Representação do pormenor na laje na direcção y................................ 95

Figura-68: Representação da estrutura modelada no Sap2000. .............................. 98

Figura-69: Representação do diagrama dos esforços axiais na estrutura. .............. 99

Figura-70: Representação do diagrama dos momentos nos pilares. ....................... 99

Figura-71: Planta de pavimento com as devidas sapatas. ..................................... 100

Figura-72: Representação do pormenor do lintel. ................................................ 106

Figura-73: Representação do pormenor da sapata 1-2 secção transversal. .......... 106

Figura-74: Representação do pormenor da sapata 1-2 em planta. ........................ 106

Figura-75: Representação do pormenor da sapata 2-3 secção transversal. .......... 107

Figura-76: Representação do pormenor da sapata 2-3 em planta. ........................ 107

Figura-77: Representação do pormenor da sapata 3-4 secção transversal. .......... 107

Figura-78: Representação do pormenor da sapata 3-4 em planta. ........................ 107

Figura-79: Representação do pormenor da sapata 4-5 secção transversal. .......... 108

Figura-80: Representação do pormenor da sapata 4-5 em planta. ........................ 108


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OBJECTIVOS

Geral

O presente tem o objectivo, aprofundar o conhecimento sobre a relação


ensino-aprendizagem, de modo a assegurar-nos, a cada vez melhor compreensão
e mais elevados índices de qualidade. Além de servir como fonte de consulta,
elevar o nível de conhecimento de nossos colegas (discentes) e técnicos da área
para que possam desempenhar suas actividades funcionais com mais
desenvoltura e eficiência, tendo como resultado a operação correta e consciente
do dimensionamento das vigas em relação ao Estado limites últimos.

Específico:

Fazer o dimensionamento e a verifição da segurança de lajes em betão


armado de acordo a nova regulamentação europeia.

Entender o comportamento das lajes face as diferentes acções ou


solicitações e comisso, dar a melhor solução de dimensionamento, isto é,
segundo o estado limite último e estado limite de serviço

Capacitar os discentes no âmbito do dimensionamento de lajes de Betão


armado.

Avaliar o domínio por parte dos discentes do conteúdo passado pelo


professor passado em sala de aula.
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1.INTRODUÇÃO

Procurando corresponder as necessidades, venho por meio deste realizar este


trabalho desenvolvido com esforço no sentido de uma melhor compreensão das
implicações positivas que possam decorrer da sua utilização como estratégia de
formação, investigação, de avaliação e ainda como estratégia de investigação ao serviço
da qualidade da formação.

O presente trabalho insere-se na cadeira de Betão Armado e Pré-esforçado II,


integrado no curso de Licenciatura em Engenharia Civil, visando a aplicação prática de
alguns dos temas abordados ao longo do curso, à escolha do docente. Nesse sentido a
realização deste trabalho com tema Dimensionamento de Lajes.
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2.GENERALIDADES

As lajes são elementos planos bidimensionais, onde duas dimensões, o


comprimento e a largura, são da mesma ordem de grandeza e muito maiores que a
terceira dimensão, a espessura, também chamadas elementos de superfície.( Prof. Dr.
Paulo Sérgio Dos Santos Bastos, Agosto de 2015)

António Costa, Ano lectivo 2013/2014, segundo as folhas de apoio do IST, na


pagina 70 diz que:

«As lajes são elementos estruturais que constituem os pisos e coberturas dos
edifícios e as plataformas de outro tipo de construções cuja função é formar superfícies
planas horizontais ou inclinadas possibilitando a circulação e a colocação de
equipamentos»

«As lajes são normalmente solicitadas por cargas perpendiculares ao seu plano
médio. Tratando-se de elementos em que as dimensões em planta são muito superiores à
espessura apresentam um comportamento bidimensional.»

E classifica as lajes da seguinte forma:

2.1-Classificação de lajes
Uma classificação de lajes não é, em si, necessária e, em situações concretas, é,
por vezes, difícil classificar uma dada solução. No entanto, em termos de ensino e de
compreensão inicial das características do seu comportamento é muito útil. É assim que
se apresenta, seguidamente, as denominações usuais para as lajes consoante o tipo de
apoio, constituição, modo de flexão dominante e forma de fabrico.

2.2-Tipo de Apoio
Lajes vigadas (apoiadas em vigas)

Lajes fungiformes (apoiadas directamente em pilares)

Lajes em meio elástico (apoiadas numa superfície deformável –


ensoleiramentos, por exemplo)
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2.3-Constituição
Monolíticas (só em betão armado)

Maciças (com espessura constante ou de variação contínua)

Aligeiradas

Nervuradas

Mistas (constituídas por betão armado, em conjunto com outro material)

Vigotas pré-esforçadas

Perfis metálicos

2.4-Modo de flexão dominante


Lajes “armadas numa direcção” (comportamento predominantemente
unidireccional)

Lajes “armadas em duas direcções” (comportamento bidireccional)

Saliente-se, como se verá adiante, que as lajes têm sempre armaduras nas duas
direcções. Esta denominação usual tem a ver, como referido, com a forma principal de
comportamento.

2.5-Modo de fabrico
Betonadas “in situ”

Pré-fabricadas

Totalmente (exemplo: lajes alveoladas)

Parcialmente (exemplo: pré-lajes)

2.6-Pré-dimensionamento
A espessura das lajes é condicionada por:

Resistência – flexão e esforço transverso

Características de utilização – Deformabilidade, isolamento sonoro, vibrações,


protecção contra incêndio, etc.

A espessura das lajes varia em função do vão. No que se refere a lajes maciças,
em geral, a sua espessura varia entre 0.12 m e 0.30 m. O valor inferior é, em geral
desaconselhável, até porque com as exigências actuais de recobrimento a sua eficiência
à flexão é muito reduzida, como se compreende. Por outro lado, para espessuras acima
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dos 0.30 m, o recurso a soluções aligeiradas é quase obrigatório, no sentido de aliviar o


peso da solução. Excluem-se as zonas de capiteis onde o efeito do peso dessas zonas na
flexão é reduzido.

2.7-DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS GERAIS


2.7.1-Recobrimento das armaduras
Em lajes, por se tratar de elementos laminares (de pequena espessura), podem
adoptar-se recobrimentos inferiores, em 5 mm, aos geralmente adoptados no caso das
vigas, ou seja, 0.02 m a 0.04 m (caso de lajes em ambientes muito agressivos).

É necessário ter em atenção que o recobrimento adoptado não deve ser inferior
ao diâmetro das armaduras ordinárias (ou ao diâmetro equivalente dos seus
agrupamentos).

2.7.1-Distâncias entre armaduras


2.7.1.1-Espaçamento máximo da armadura
A imposição do espaçamento máximo da armadura tem por objectivo o controlo
da fendilhação e a garantia de uma resistência local mínima, nomeadamente se existir
em cargas concentradas aplicadas.

i) Armadura principal

Armadura min (1.5 h; 0.35 m)

Em geral, não é aconselhável utilizar espaçamentos superiores a 0.25 m.

ii) Armadura de distribuição

Armadura 0.35 m

2.7.2-Distância livre mínima entre armaduras


A distância livre entre armaduras deve ser suficiente para permitir realizar a
betonagem em boas condições, assegurando-lhes um bom envolvimento pelo betão e as
necessárias condições de aderência.

No caso de armaduras ordinárias,

Smin = (Diâmetro maior, Diâmetro eq. maior, 2 cm )


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Na prática, para situações correntes, não é recomendável adoptar espaçamentos


inferiores a 10 cm de modo a criar as condições para uma adequada colocação e
compactação do betão.

2.7.3-Quantidades mínima e máxima de armadura


A quantidade mínima de armadura a adoptar numa laje na direcção principal
pode ser calculada através da expressão seguinte:

As,min = 0.26 fctm/fyk bt.d

onde bt representa a largura média da zona traccionada.

A quantidade máxima de armadura a adoptar, fora das secções de emenda, é


dada por:

As,máx = 0.04 Ac

onde Ac representa a área da secção de betão.

2.8-Estados limites
Um estado limite é um estado a partir do qual se considera que a estrutura fica
total ou parcialmente prejudicada na sua capacidade para desempenhar as funções que
lhe são atribuídas.

O REBAP classificam os estados limites em 2 tipos:

• Estados limites últimos;

• Estados limites de utilização.

Os Estados Limites Últimos são os de cuja ocorrência resultam prejuízos à


estrutura. Podem classificar-se em:

• Estados limites últimos de resistência – Rotura, ou deformação excessiva, em


secções dos elementos da estrutura, envolvendo ou não fadiga;

• Estados limites últimos de encurvadura – Instabilidade de elementos da


estrutura ou do seu conjunto;

• Estados limites últimos de equilíbrio – Perda de equilíbrio de parte da


estrutura ou do seu conjunto (corpo rígido). Os Estados Limites de Utilização são os de
cuja ocorrência resultam prejuízos pouco severos. Podem classificar-se quanto ao tipo
em:
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• Estados limites de fendilhação:

- Estado limite de descompressão - anulamento da tensão normal de compressão


devida ao pré-esforço, e a outros, esforços normais de compressão, numa fibra
especificada da secção, sendo em geral, que a fibra em causa é a extrema que, sem
considerar a actuação do pré-esforço, ficaria mais traccionada (ou menos comprimida)
por acção dos restantes esforços;

- Estado limite de largura de fendas - ocorrência de fendas cujas larguras, a um


dado nível da secção, têm valor característico igual a um valor especificado. Em geral, o
nível tomado para referência é o das armaduras que, para a combinação de acções em
consideração, ficam mais traccionadas.

• Estados limites de deformação a considerar são:

- Estado limite de deformação - correspondem à ocorrência de deformações na


estrutura que prejudiquem o desempenho das funções que lhe são atribuídas.

As verificações dos estados limites de utilização são necessárias por razões


distintas das regras de verificação dos estados limites últimos. Para estes, há que
garantir à estrutura uma dada capacidade resistente, com determinados coeficientes de
segurança, em relação a possíveis situações de rotura ou danos excessivos. Pelo
contrário, para os estados limites de utilização o objectivo é a garantia de um
funcionamento adequado para as funções previstas e durante o período de vida da
estrutura. A definição do que é entendido por “bom” ou “aceitável” como
comportamento nas condições normais de serviço é, em muitas situações, muito
subjectiva.

2.8.1-Acções:
As acções que actuam sobre uma estrutura podem ser classificadas em:

• Permanentes – praticamente de valor constante durante toda a vida da


estrutura. Como exemplo temos o peso próprio da estrutura, equipamentos fixos,
impulsos de terras, retracção, fluência e pré-esforço;

• Variáveis – variam durante a vida da estrutura. Como exemplo temos as


sobrecargas, vento, sismos e variações de temperatura;
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• Acidentais – muita fraca probabilidade de ocorrência durante a vida da


estrutura. Como exemplo temos as explosões, os choques e os incêndios (em alguns
regulamentos o sismo é considerado uma acção de acidente).

A quantificação das acções faz-se pelos seguintes valores:

• Fk – Valores característicos das acções

• ΨFk – Valores reduzidos para efeitos de combinações:

Ψ0 – Valor de combinação; Ψ1 – Valor frequente; Ψ2 – Valor quase


permanente.

2.8.2-Combinações de Acções:
Para a verificação da segurança em relação aos diferentes estados limites
devem ser consideradas as combinações das acções cuja actuação simultânea seja
plausível e que produzam na estrutura os efeitos mais desfavoráveis.

Não se considera plausível a actuação simultânea no mesmo elemento das


sobrecargas que sejam fundamentalmente devidas à concentração de pessoas (ou das
sobrecargas em coberturas ordinárias) com as acções da neve ou do vento.

As acções permanentes devem figurar em todas as combinações e ser tomadas


com os seus valores característicos superiores ou inferiores, conforme for mais
desfavorável; as acções variáveis apenas devem figurar nas combinações quando os
seus efeitos forem desfavoráveis para a estrutura.

Em relação às combinações de acções, o REBAP, para efeitos de verificação


da segurança, definem as seguintes combinações:

a) Estados limites últimos

• Combinações Fundamentais onde intervêm:

Acções Permanentes Acções Variáveis

• Combinações Acidentais onde intervêm:

Acções Permanentes Acções Variáveis

Acção Acidental

b) Estados limites de utilização


P á g i n a | 23

• Combinações Raras onde intervêm: Os estados limites de muita curta duração;


• Combinações Frequentes onde intervêm: Os estados limites de curta duração;

• Combinações Quase Permanentes onde intervêm: Os estados limites de longa


duração.

3.MÉTODO DAS BANDAS

O método das bandas utiliza o Teorema Estáticoda Teoria da Plasticidade.


Baseia-se no principio de que a carga aplicada pode ser equilibrada apenas por flexão.

𝜕 2 𝑚𝑥 𝜕 2 𝑚𝑥𝑦 𝜕 2 𝑚𝑦
+ + = −𝑝
𝜕𝑥 2 𝜕𝑥𝜕𝑦 𝜕𝑦 2

Desta forma, o método é conservativo porque existe uma reserva de resistência


(por torção) que não é considerada no cálculo.

𝜕 2 𝑚𝑥 𝜕 2 𝑚 𝑦
+ = −𝑝
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2

𝜕 2 𝑚𝑥 𝜕 2 𝑚𝑦
−𝑝𝑥 = − 𝑝𝑦 =
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2
𝑝𝑥 = 𝛼𝑝
𝑝 = 𝑝𝑥 + 𝑝𝑦 {𝑝
𝑦=(1−𝛼)𝑝

Com 0 ≤α≤1 –coeficiente de repartição de carga A carga é repartida entre as direcções x


e y.

Os valores de devem ser determinados por forma a obter diagramas de


momentos próximos dos elásticos e não forçarem a redistribuições exageradas.

Os valores de α podem ser estimados de duas formas:

Em função da sensibilidade e experiência do projectista.

Forçando a compatibilidade de deslocamentos a “meio vão “da laje.

𝐾𝑥 𝑝𝑥 𝑙𝑥 4
𝑎𝑥 =
𝑎 = 𝑎𝑥 = 𝑎𝑦 𝐸𝐼
𝐾𝑦 𝑝𝑦 𝑙𝑦 4
𝑎𝑦 =
{ 𝐸𝐼
P á g i n a | 24

Os valores para 𝐾𝑥 e 𝐾𝑦 dependem das condições de apoio.

4.CASO DE ESTUDO

Observe a estrutura com 3,00 m de pé direito na figura 1.

Figura-1: Planta de pavimentos.

a) Procede a concepção de duas soluções estruturais em lajes vigadas, que incluam uma
escada no painel, L3, e uma abertura de 1,50x0,80 m2 no centro do painel, L6, sendo
uma em lajes maciças e outra em lajes de vigotas pré-esforçadas.

b) Dimensione as armaduras necessárias para garantir os estados limites últimos;

c) Verifique os estados limites de deformabilidade pelo método dos coeficientes


globais;

d) Pormenorize as armaduras.
P á g i n a | 25

Quadro-1: dados e dimensões da planta de pavimento.


Tempo de Ambiente

Zona viada útil


(anos
Nº L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7

12 2,5m 6,0m 6,0m 4,0 5,5m 6,0m 2,5m Armaze. 15 húmido, Rar.
Seco-cloreto

4.1 Pré-dimensionamento:

Painel 1 e 4:

𝐿𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 6 𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 4
= = 1,5 < 2 = = 0,123𝑚
𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 4 32,5 32,5
Painel 2 e 5:

𝐿𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 6 𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 5,5


= = 1,09 < 2 = = 0,169𝑚
𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 5,5 32,5 32,5
Painel 3 e 6:

𝐿𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 6 𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 6
= =1<2 = = 0,19𝑚
𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 6 32,5 32,5
Painel 7:

𝐿𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 6 𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2,5


= = 2,4 > 2 = = 0,09𝑚
𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2,5 27,5 27,5
Painel 8:

𝐿𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 4 𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2,5


= = 1,6 < 2 = = 0,08𝑚
𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2,5 32,5 32,5
Painel 9:

𝐿𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 5,5 𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2,5


= = 2,2 > 2 = = 0,09𝑚
𝐿𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2,5 32,5 27,5
P á g i n a | 26

Nota: adoptou-se o maior valor entre as alturas obtidas, isto é, h = 0,19m.

Figura-2: Planta de pavimentos comas respectivas bandas

4.2 Coeficiente de repartição:

Painel 1:

Figura-3: painel 1 e as condições de apoio.

1 𝑞𝑥 𝐿4 𝑥 𝑞𝑦 𝐿2 𝑦 1
× = × → 𝑞𝑥 = 5,06𝑞𝑦
184,6 𝐸𝐼 𝐸𝐼 184,6
1𝑞
𝑞𝑥 + 𝑞𝑦 = 𝑞 → 𝑞𝑦 = 𝑞 − 5,06𝑞𝑦 → 𝑞𝑦 = → 𝑞𝑦 = 0,17𝑞
6,06
P á g i n a | 27

𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 = 1 → 𝛼𝑥 = 1 − 0,17 → 𝛼𝑥 = 0,83

Verificação:

𝛼𝑥 × 𝐿2 𝑥 ≥ 𝛼𝑦 × 𝐿2 𝑦
0,83 × 42 ≥ 0,17 × 62
13,28 > 6,12
Painel 2:

Figura-3.1: painel 2 e as condições de apoio.

1 𝑞𝑥 𝐿4 𝑥 𝑞𝑦 𝐿2 𝑦 1
× = × → 𝑞𝑥 = 2,95𝑞𝑦
384 𝐸𝐼 𝐸𝐼 184,6

1𝑞
𝑞𝑥 + 𝑞𝑦 = 𝑞 → 𝑞𝑦 = 𝑞 − 2,95𝑞𝑦 → 𝑞𝑦 = → 𝑞𝑦 = 0,25𝑞
3,95
𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 = 1 → 𝛼𝑥 = 1 − 0,25 → 𝛼𝑥 = 0,75

Verificação:
𝛼𝑥 × 𝐿2 𝑥 ≥ 𝛼𝑦 × 𝐿2 𝑦
0,75 × 5,52 ≥ 0,25 × 62
22,69 > 9

Nota: sendo o painel 2 uma laje com bordo livre, foi necessário tirar mais uma
banda de 1m, para reforçar a armadura neste mesmo contorno, armada em uma única
direcção teve-se o coeficiente de repartição iguala 1.
P á g i n a | 28

Painel 3:

Figura-3.2: painel 3 e as condições de apoio.

1 𝑞𝑥 𝐿4 𝑥 𝑞𝑦 𝐿2 𝑦 1
× = × → 𝑞𝑥 = 1𝑞𝑦
184,6 𝐸𝐼 𝐸𝐼 184,6
1𝑞
𝑞𝑥 + 𝑞𝑦 = 𝑞 → 𝑞𝑦 = 𝑞 − 1𝑞𝑦 → 𝑞𝑦 = → 𝑞𝑦 = 0,5𝑞
2
𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 = 1 → 𝛼𝑥 = 1 − 0,5 → 𝛼𝑥 = 0,5
Verificação:

𝛼𝑥 × 𝐿2 𝑥 ≥ 𝛼𝑦 × 𝐿2 𝑦
0,5 × 62 ≥ 0,5 × 62
18 = 18

Painel 4:

Figura-3.3: painel 4 e as condições de apoio.


P á g i n a | 29

1 𝑞𝑥 𝐿4 𝑥 𝑞𝑦 𝐿2 𝑦 1
× = × → 𝑞𝑥 = 2,43𝑞𝑦
184,6 𝐸𝐼 𝐸𝐼 384
1𝑞
𝑞𝑥 + 𝑞𝑦 = 𝑞 → 𝑞𝑦 = 𝑞 − 2,43𝑞𝑦 → 𝑞𝑦 = → 𝑞𝑦 = 0,29𝑞
3,43
𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 = 1 → 𝛼𝑥 = 1 − 0,29 → 𝛼𝑥 = 0,71

Verificação:

𝛼𝑥 × 𝐿2 𝑥 ≥ 𝛼𝑦 × 𝐿2 𝑦
0,71 × 42 ≥ 0,29 × 62
11,36 > 10,44
Painel 5:

Figura-3.4: painel 5 e as condições de apoio.

1 𝑞𝑥 𝐿4 𝑥 𝑞𝑦 𝐿2 𝑦 1
× = × → 𝑞𝑥 = 1,42𝑞𝑦
384 𝐸𝐼 𝐸𝐼 384
1𝑞
𝑞𝑥 + 𝑞𝑦 = 𝑞 → 𝑞𝑦 = 𝑞 − 1,42𝑞𝑦 → 𝑞𝑦 = → 𝑞𝑦 = 0,41𝑞
2,42
𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 = 1 → 𝛼𝑥 = 1 − 0,41 → 𝛼𝑥 = 0,59

Verificação:

𝛼𝑥 × 𝐿2 𝑥 ≥ 𝛼𝑦 × 𝐿2 𝑦
0,59 × 5,52 ≥ 0,41 × 62
17,85 > 14,76
P á g i n a | 30

Painel 6:

Figura-3.5: painel 6 e as condições de apoio.

𝟏 𝒒𝒙 𝑳𝟒 𝒙 𝒒𝒚 𝑳𝟐 𝒚 𝟏
× = × → 𝒒𝒙 = 𝟐, 𝟎𝟖𝒒𝒚
𝟑𝟖𝟒 𝑬𝑰 𝑬𝑰 𝟏𝟖𝟒, 𝟔

1𝑞
𝑞𝑥 + 𝑞𝑦 = 𝑞 → 𝑞𝑦 = 𝑞 − 2,08𝑞𝑦 → 𝑞𝑦 = → 𝑞𝑦 = 0,32𝑞
3,08
𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 = 1 → 𝛼𝑥 = 1 − 0,32 → 𝛼𝑥 = 0,68

Verificação:

𝛼𝑥 × 𝐿2 𝑥 ≥ 𝛼𝑦 × 𝐿2 𝑦
0,68 × 62 ≥ 0,32 × 62
24,48 > 11,52

Painel 8:

Figura-3.6: painel 8 e as condições de apoio.


P á g i n a | 31

1 𝑞𝑥 𝐿4 𝑥 𝑞𝑦 𝐿2 𝑦 1
× = × → 𝑞𝑥 = 3,52𝑞𝑦
184,6 𝐸𝐼 𝐸𝐼 8
1𝑞
𝑞𝑥 + 𝑞𝑦 = 𝑞 → 𝑞𝑦 = 𝑞 − 3,52𝑞𝑦 → 𝑞𝑦 = → 𝑞𝑦 = 0,22𝑞
4,52
𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 = 1 → 𝛼𝑥 = 1 − 0,22 → 𝛼𝑥 = 0,78

Verificação:

𝛼𝑥 × 𝐿2 𝑥 ≥ 𝛼𝑦 × 𝐿2 𝑦
0,78 × 42 ≥ 0,22 × 2,52
12,48 > 1,38

Nota: Os painéis 7 e 9 sendo armados em uma só direcção tem-se o


coeficiente de distribuição igual a 1.

Zona: Armazenamento
Tempo de vida útil: 15anos→S3
Ambiente: Húmido rar. Seco/cloreto. →XD2
Categoria E1
Revestimento:2 𝐾𝑁⁄𝑚2
Rcp: 1,5 𝐾𝑁⁄𝑚2
SC: 7,5 𝐾𝑁⁄𝑚2
Materiais:
Betão 𝐶30⁄37
Aço A400NR

Coeficientes de majoração: γg =1.35, γq= 1.5 ψ0= 0.7 ψ1=0.8 ψ2=0.9

4.3 Cálculos das acções:


4.3.1 Carga permanente (CP):
Peso próprio:

𝑃𝑝 = 𝛾𝐵.𝐴 × ℎ → 𝑃𝑝 = 25 × 0,19 → 𝑃𝑝 = 4,75 𝐾𝑁⁄𝑚2


P á g i n a | 32

𝐶𝑃 = 𝑃𝑝 + 𝑅𝑐𝑝 + 𝑟𝑒𝑣 → 𝐶𝑃 = 4,75 + 1,5 + 2 → 𝐶𝑃 = 8,25 𝐾𝑁⁄𝑚2

𝑆𝐶 7,5
= = 0,91 < 2 → 𝑁ã𝑜 é 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎.
𝐶𝑃 8,25

𝑞𝐸𝑑 = 𝛾𝑔 × 𝐶𝑃 + 𝛾𝑞 × 𝑆𝐶 → 𝑞𝐸𝑑 = 1,35 × 8,25 + 1,5 × 7,5


→ 𝑞𝐸𝑑 = 22,39 𝐾𝑁⁄𝑚2

4.4 Modelos de cálculos na direcção X:


Banda A

Figura-4: Modelo de cálculo na direcção X na banda A.

Banda B

Figura-5: Modelo de cálculo na direção X na banda B.

Banda C

Figura-6: Modelo de cálculo na direcção X na banda C.


P á g i n a | 33

Quadro-2:Valores das cargas em cada painel em função do coeficiente de distribuição na direcção X


𝜶𝒙𝟏 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒙𝟐 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒙𝟑 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒙𝟏 × 𝒒𝑬𝒅

0,83× 22,38 = 0,75× 22,38 = 0,5× 22,38 = ------------------


Banda
18,58 16,79 11,19
A
𝛼𝑥4 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥5 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥6 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥7 × 𝑞𝐸𝑑

0,71× 22,38 = 0,59× 22,38 = 0,68× 22,38 = 1× 22,38 =


Banda
15,89 13,20 15,22 22,38
B
𝛼𝑥8 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥9 × 𝑞𝐸𝑑

0,78× 22,38 = 1× 22,38 = -------------------- -----------------


Banda
17,47 22,38
C

4.5 Compatibilização de momentos flectores:


Os momentos flectores nos vãos e nos apoios também são conhecidos como
momentos positivos e negativos, respectivamente.

No cálculo desses momentos flectores, consideram-se os apoios internos de lajes


contínuas como perfeitamente engastados. Na realidade, isto pode não ocorrer.

Em um pavimento, em geral, as lajes adjacentes diferem nas condições de apoio,


nos vãos teóricos ou nos carregamentos, resultando, no apoio comum, dois valores
diferentes para o momento negativo. Esta situação está ilustrada na Figura 6. Daí a
necessidade de promover a compatibilização desses momentos.

Na compatibilização dos momentos negativos, o critério usual consiste em


adoptar o maior valor entre a média dos dois momentos e 80% do maior. Esse critério
apresenta razoável aproximação quando os dois momentos são da mesma ordem de
grandeza.

Em decorrência da compatibilização dos momentos negativos, os momentos positivos


na mesma direcção devem ser analisados. Se essa correcção tende a diminuir o valor do
momento positivo.
P á g i n a | 34

Banda A:

Figura-7: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos nabanda A.

42,32 + 37,16
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 39,74 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 42,32 = 33,87 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
∆𝑚´ = 42,32 − 39,74 = 2,58 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2,58
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 20,94 − = 19,65 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
50,36 + 42,32
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 46,34 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 50,36 = 40,29 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 50,36 − 46,34 = 4,02 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

2,58 4,02
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 17,39 + − = 16,77 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2

4,02
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 28,37 + = 30,38 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

Figura-8: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A compatibilizados.
P á g i n a | 35

Banda B:

Figura-9: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B.

33,28 + 31,78
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 32,53 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 32,28 = 26,62 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 33,28 − 32,53 = 0,75 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

0,75
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 17,90 − = 17,53 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

45,66 + 33,28
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 39,47 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 45,66 = 36,53 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 45,66 − 39,47 = 6,19 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

0,75 6,19
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 16,64 + − = 13,92 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2

45,66 + 17,48
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 31,57 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 45,66 = 36,53 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 45,66 − 36,53 = 9,13 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚


6,19 9,13
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 22,83 + − = 30,49 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2

19,05
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 8,86 − = 0,325 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
P á g i n a | 36

Figura-10: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B compatibilizados.

Banda C:

Figura-11: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C.

84,62 + 34,94
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 59,78 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 84,62 = 67,70 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
∆𝑚´ = 67,70 − 34,76 = 32,76 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
∆𝑚´ = 84,62 − 67,70 = 16,92 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
32,76
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 19,68 − = 3,3 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
16,92
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 47,68 + = 56,14 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

Figura-12: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C compatibilizados.
P á g i n a | 37

4.6 Modelos de cálculos na direcção Y:


Banda D:

Figura-13: Modelo de cálculo na direcção Y na banda B.

Banda E:

Figura-14: Modelo de cálculo na direcção Y na banda E.

Banda F:

Figura-15: Modelo de cálculo na direcção Y na banda F .


P á g i n a | 38

Quadro-3:Valores dos esforços em cada laje em função dos coeficientes de distribuição na direcção Y
𝜶𝒚𝟏 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒚𝟒 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒚𝟖 × 𝒒𝑬𝒅

0,17× 22,38 = 0,29× 22,38 = 0,22× 22,38 = -----------


Banda
3,81 6,49 4,92
D
𝛼𝑦2 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦5 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦7 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦9
× 𝑞𝐸𝑑

0,25× 22,38 = 0,41× 22,38 = --------------- -----------


Banda E
5,60 9,18
𝛼𝑦3 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦6 × 𝑞𝐸𝑑

0,5× 22,38 = 0,32× 22,38 = ------------------ ----------


Banda F
11,19 7,16

Banda D:

Figura-16: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda D.

22,14 + 19,47
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 20,81 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 22,14 = 17,71 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = −20,81 + 22,14 = 1,33 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

1,33
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 12,47 − = 13,14 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
P á g i n a | 39

∆𝑚´ = 19,47 − 11,91 = 7,56 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

1,33 7,56
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 9,74 − + = 12,86 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2

Figura-17: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda D compatibilizados.

Banda E:

Figura-18: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E.

41,31 + 25,20
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 33,26 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 41,31 = 33,05 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 41,31 − 33,26 = 8,05 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

8,05
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 14,20 − = 10,18 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

8,05
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 23,27 + = 27,30 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
P á g i n a | 40

Figura-19: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E compatibilizados.
Banda F:

Figura-20: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F.

50,36 + 32,22
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 41,29 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 50,36 = 40,29 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 50,36 − 41,29 = 9,07 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

9,07
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 18,15 − = 13,62 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

9,07
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 28,37 + = 32,91 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

Figura-21: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F compatibilizados.
P á g i n a | 41

4.7 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS


Conhecidos os momentos flectores característicos compatibilizados,
passa-se à determinação das armaduras. Esse dimensionamento é feito da mesma
forma que para vigas, admitindo-se a largura b = 1 m = 100 cm. Obtém-se, dessa
forma, uma armadura por metro linear.
Podem ser utilizadas as Tabelas Gerais.
Direcção Y:
Quadro-4: Áreas e diâmetros de armadura na direcção Y.
Painel Med(KN.m/m) 𝜇 𝜔 𝐶𝑚2 ∅𝑎𝑑𝑜𝑝𝑡. (𝑚𝑚) 𝐶𝑚2
𝐴𝑠 ( ) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 ( )
𝑚 𝑚
8-4 11,91 0,02 0,02
4 12,86 0,02 0,02
4-1 20,81 0,04 0,042
1 13,14 0,02 0,02
2 10,18 0,02 0,02
2-5 33,26 0,06 0,064
5 27,30 0,05 0,053
3 32,91 0,06 0,064
3-6 41,29 0,07 0,075
6 13,62 0,02 0,02

Nota: as secções estão todas folgadas pois 𝝁 < 𝟎, 𝟏 →


𝒒𝒖𝒆 é 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒊𝒗𝒆𝒍 𝒓𝒆𝒅𝒖𝒛𝒊𝒓 𝒂 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒍𝒂𝒈𝒆.
Conforme António Costa nas folhas de apoios de 2015, uma ver já referida lá no inicio do
trabalho que:
A espessura das lajes é condicionada por:

Resistência – flexão e esforço transverso

Características de utilização – Deformabilidade, isolamento sonoro, vibrações,


protecção contra incêndio, etc.
P á g i n a | 42

A espessura das lajes varia em função do vão. No que se refere a lajes maciças,
em geral, a sua espessura varia entre 0.12 m e 0.30 m. O valor inferior é, em geral
desaconselhável, até porque com as exigências actuais de recobrimento a sua eficiência
à flexão é muito reduzida, como se compreende. Por outro lado, para espessuras acima
dos 0.30 m, o recurso a soluções aligeiradas é quase obrigatório, no sentido de aliviar o
peso da solução. Excluem-se as zonas de capiteis onde o efeito do peso dessas zonas na
flexão é reduzido.

Então tomou-se como espessura da laje igual a 0,12m. Portanto tem se:

𝑃𝑝 = 𝛾𝐵.𝐴 × ℎ → 𝑃𝑝 = 25 × 0,12 → 𝑃𝑝 = 3 𝐾𝑁⁄𝑚2


𝐶𝑃 = 𝑃𝑝 + 𝑅𝑐𝑝 + 𝑟𝑒𝑣 → 𝐶𝑃 = 3 + 1,5 + 2 → 𝐶𝑃 = 6,5 𝐾𝑁⁄𝑚2
𝑞𝐸𝑑 = 𝛾𝑔 × 𝐶𝑃 + 𝛾𝑞 × 𝑆𝐶 → 𝑞𝐸𝑑 = 1,35 × 6,5 + 1,5 × 7,5 → 𝑞𝐸𝑑 = 20,03 𝐾𝑁⁄𝑚2

4.9 Modelos de cálculos na direcção X:


Banda A

Figura-22: Modelo de cálculo na direcção X na banda A.


Banda B

Figura-23: Modelo de cálculo na direcção X na banda B.


P á g i n a | 43

Banda C

Figura-24: Modelo de cálculo na direcção X na banda C.


Quadro-5: Valores das cargas em cada painel em função do coeficiente de distribuição na direcção X
𝜶𝒙𝟏 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒙𝟐 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒙𝟑 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒙𝟏 × 𝒒𝑬𝒅

0,83× 20,03 = 0,75× 20,03 = 0,5× 20,03 = ------------------


Banda
16,63 15,02 10,02
A
𝛼𝑥4 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥5 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥6 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥7 × 𝑞𝐸𝑑

0,71× 20,03 = 0,59× 20,03 = 0,68× 20,03 = 1× 20,03 =


Banda
14,22 11,82 13,62 20,03
B
𝛼𝑥8 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑥9 × 𝑞𝐸𝑑

0,78× 20,03 = 1× 20,03 = -------------------- -----------------


Banda
15,62 20,03
C

𝑀𝐸𝑑 𝒇𝒄𝒅
𝝁+ = AS+ = 𝝎. 𝒃. 𝒃.
𝒃×𝒅𝟐 ×𝑓𝐶𝑑 𝒇𝒚𝒅

1−√1−2,42×𝝁
𝝎= 𝟏,𝟐𝟏

Armadura mínima (𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛 )


𝑓𝑐𝑡𝑚
Asmin= 0,26. .b.d
𝑓𝑦𝑘
P á g i n a | 44

2,9
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛 = 0,26 × × 1 × 0,109 × 104 → 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛 = 2,05 𝐶𝑚2 /𝑚
400
𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30

𝑆𝑚𝑎𝑥. = 3 × ℎ ≤ 0,40𝑚 → 𝑆𝑚𝑎𝑥. = 0,36𝑚 < 0,40𝑚 → 𝑉𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎.

Banda C:

Figura-26: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C.


𝟕𝟓, 𝟕𝟑𝟖 + 𝟑𝟏, 𝟐𝟒𝟔
𝒎´ = 𝒎á𝒙. { = 𝟓𝟑, 𝟒𝟗𝟐 𝑲𝑵. 𝒎⁄𝒎 ; 𝟎, 𝟖 × 𝟕𝟓, 𝟕𝟑𝟖 = 𝟔𝟎, 𝟓𝟗 𝑲𝑵. 𝒎⁄𝒎
𝟐

∆𝑚´ = 60,590 − 31,246 = 29,344 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚


∆𝑚´ = 75,738 − 60,590 = 15,148 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

29,344
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 17,603 − = 2,931 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
15,148
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 42,669 + = 50,243 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

Figura-27: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda C compatibilizados.
P á g i n a | 45

Quadro-6: Áreas e diâmetros de armadura na banda C.


Med 𝜇 𝜔 𝐴𝑆 (𝐶𝑚2 ∅𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡. 𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 (𝐶𝑚2 /𝑚)
Painel
(KN.m/m) /𝑚)
2,931 0,012 0,012 0,75 ∅10//0,3 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
8
50,243 0,211 0,242 15,16 ∅10//0,05 15,71
9
60,59 0,255 0,307 19,23 ∅16//0,10 20,11
8-9

Banda A:

Figura-28: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A.

37,87 + 33,25
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 35,56 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 37,87 = 30,296 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 35,56 − 33,25 = 2,31 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

2,31
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 18,732 − = 17,58 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
37,87 + 45,0,68
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 41,469 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 45,068 = 36,054 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 45,068 − 41,469 = 3,599 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

2,31 3,599
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 18,935 + − = 18,291 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2
P á g i n a | 46

3,599
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 25,39 + = 18,291 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

Figura-29: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A compatibilizados.
Quadro-7: Áreas e diâmetros de armadura na banda A.
Med 𝜇 𝜔 𝐴𝑆 (𝐶𝑚2 ∅𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡. 𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 (𝐶𝑚2
Painel
(KN.m/m) /𝑚) /𝑚)

17,58 0,074 0,076 4,76 ∅8//0,10 5,03


1
35,56 0,149 0,166 10,39 ∅10//0,075 10,47
1-2
18,291 0.077 0,081 5,07 ∅10//0,15 5,24
2
41,469 0,175 0,199 12,47 ∅12//0,075 15,08
2-3
27,189 0,114 0,123 7,71 ∅10//0,10 7,85
3

4.9 Caso especial no painel 2 laje com bordo livre:

50,49 + 33,25
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 41,87 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 50,49 = 40,39 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 41,87 − 33,25 = 8,62 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

50,49 + 45,068
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 47,78 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 50,49 = 40,39 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 47,78 − 45,068 = 2,7 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚


P á g i n a | 47

8,62 2,7
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 25,25 + + = 30,91 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2

Quadro-7.1: Áreas e diâmetros de armadura na banda A para o caso especial do painel 2.


Med 𝜇 𝜔 𝐴𝑆 (𝐶𝑚2 /𝑚) ∅𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡. 𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 (𝐶𝑚2 /𝑚)
Painel
(KN.m/m)
30,91 0,13 0,147 9,21 ∅8//0,05 10,05
2
41,87 0,17 0,199 12,47 ∅12//0,075 15,08
2-1
47,78 0,20 0,24 15,03 ∅12//0,075 15,08
2-3

Banda B:

Figura-30: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B.

28,44 + 29,79
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 29,12 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 29,79 = 23,83 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
∆𝑚´ = 29,79 − 29,12 = 0,67 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
0,67
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 16,02 − = 15,69 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
40,86 + 29,74
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 35,3 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 40,86 = 32,69 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
∆𝑚´ = 40,86 − 35,3 = 5,56 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
0,67 5,56
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 14,896 + − = 12,45 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2
40,86 + 15,73
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 28,30 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 40,86 = 32,69 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
∆𝑚´ = 40,86 − 32,69 = 8,17 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
∆𝑚´ = 32,69 − 15,73 = 16,96 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

5,56 8,17
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 20,43 + − = 27,30 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2
P á g i n a | 48

16,96
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 8,86 − = 0,38 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

Figura-31: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda B compatibilizados.

Quadro-8: Áreas e diâmetros de armadura na banda B.


Med 𝜇 𝜔 𝐴𝑆 (𝐶𝑚2 ∅𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡. 𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 (𝐶𝑚2 /𝑚)
Painel
(KN.m/m) /𝑚)
15,69 0,07 0,073 4,57 ∅8//0,10 5,03
4
29,12 0,123 0,134 8,39 ∅12//0,125 9,05
4-5
12,45 0,05 0,052 3,26 ∅10//0,15 3,35
5
35,3 0,15 0,167 10,46 ∅10//0,075 10,47
5-6
27,30 0,11 0,118 7,39 ∅10//0,10 7,85
6
32,69 0,14 0,154 9,65 ∅8//0,05 10,05
6-7
0,38 0,002 0,002 1,25 ∅10//0,30 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
7

𝑆𝑎𝑏𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑖𝑛𝑒𝑖𝑠 7 𝑒 9 𝑠ã𝑜 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑠ó 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐çã𝑜, 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑑𝑒𝑢 −se


assim para os cálculos da armaduras de distribuição em ambos os painéis:

Perpendicularmente às armaduras principais deve ser colocada uma armadura de


distribuição. Esta armadura, que não é necessária para a verificação dos estados limites
últimos, tem por função principal controlar a abertura da fendas nas condições de
serviço. Serve também para posicionar as armaduras principais durante a fase de
P á g i n a | 49

montagem de armaduras e de betonagem da laje (formando, em conjunto com as


armaduras principais, uma malha ortogonal com rigidez). Esta armadura de distribuição
tem ainda a função de garantir uma certa resistência da laje a cargas concentradas.

Nestas lajes maciças armadas numa só direcção devem ser colocadas armaduras
de distribuição adequadas, constituídas por varões não espaçados de mais de 35 cm,
segundo o REBAP.

Na face da laje oposta à da aplicação das cargas, tal armadura deve ser disposta
transversalmente ao vão e a sua secção deve, localmente, ser pelo menos igual a 20% da
secção da armadura principal aí existente. No caso, porém, de lajes em consola, aquela
percentagem deve ser referida à secção da armadura principal no encastramento,
devendo, além disso, dispor-se junto àquela mesma face uma armadura na direcção do
vão

Painel 9:

𝐴𝑆,𝑑 = 0,2 × 𝐴𝑆,𝑣ã𝑜 → 𝐴𝑆,𝑑 = 0,2 × 15,71 → 𝐴𝑆,𝑑 = 3,14𝐶𝑚2 /𝑚

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 3,14 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,25

Painel 7:

𝐴𝑆,𝑑 = 0,2 × 𝐴𝑆,𝑣ã𝑜 → 𝐴𝑆,𝑑 = 0,2 × 2,62 → 𝐴𝑆,𝑑 = 0,524 𝐶𝑚2 /𝑚

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30


P á g i n a | 50

4.10 Modelos de cálculos na direcção Y:


Banda D:

Figura-32: Modelo de cálculo na direcção Y na banda D.

Banda E:

Figura-33: Modelo de cálculo na direcção Y na banda E.

Banda F:

Figura-34: Modelo de cálculo na direcção Y na banda F.


P á g i n a | 51

Quadro-9: Valores das cargas em cada painel em função do coeficiente de distribuição na direcção y.
𝜶𝒚𝟏 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒚𝟒 × 𝒒𝑬𝒅 𝜶𝒚𝟖 × 𝒒𝑬𝒅

0,17× 20,03 = 0,29× 20,03 = 0,25× 20,30 = -------------


Banda
3,41 5,81 5,01
D
𝛼𝑦2 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦5 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦7 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦9 × 𝑞𝐸𝑑

0,25× 20,30 = 0,41× 20,03 = ------------------ -------------


Banda E
5,01 8,21
𝛼𝑦3 × 𝑞𝐸𝑑 𝛼𝑦6 × 𝑞𝐸𝑑

0,5× 20,03 = 0,32× 20,03 = -------------------- --------------


Banda F
10,02 6,41

Banda F:

Figura-35: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F.

28,85 + 45,09
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 36,97 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 45,09 = 36,07 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 45,09 − 36,97 = 8,12 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

8,12
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 16,25 − = 12,1 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

8,12
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 25,40 + = 29,46 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
P á g i n a | 52

Figura-36: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda F compatibilizados.
Quadro-10: Áreas e diâmetros de armadura na banda F.
Med 𝜇 𝜔 𝐴𝑆 (𝐶𝑚2 ∅𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡. 𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 (𝐶𝑚2 /𝑚)
Painel
(KN.m/m) /𝑚)
12,19 0,05 0,052 3,26 ∅10/ 3,35
3
/0,125
36,97 0,156 0,174 10,9 ∅10//0,075 10,47
3-6
29,46 0,124 0,135 8,46 ∅12//0,125 9,05
6

Banda E:

Figura-37: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E.

36,95 + 22,55
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 29,75 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 36,95 = 29,56 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 36,95 − 29,75 = 7,2 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

7,2
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 20,81 + = 24,41 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

7,2
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 12,70 + = 9,1 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
P á g i n a | 53

Figura-38: : Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda E compatibilizados.
Quadro-11: Áreas e diâmetros de armadura na banda E.
Med 𝜇 𝜔 𝐴𝑆 (𝐶𝑚2 ∅𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡. 𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 (𝐶𝑚2 /𝑚)
Painel
(KN.m/m) /𝑚)
24,41 0,103 0,110 6,89 ∅12//0,15 7,54
2
29,75 0,125 0,136 8,52 ∅12//0,125 9,05
2-4
9,1 0,038 0,039 2,44 ∅10//0,30 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
4

Banda D:

Figura-39: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda D.

15,35 + 17,43
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 16,39 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 17,43 = 13,94 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 17,43 − 16,39 = 1,04 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

1,04
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 8,65 − = 8,13 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2
P á g i n a | 54

17,43 + 15,66
𝑚´ = 𝑚á𝑥. { = 16,55 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚 ; 0,8 × 17,43 = 13,94 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2

∆𝑚´ = 17,43 − 15,66 = 1,77 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚

1,04 1,77
𝑚𝑐𝑜𝑟. = 8,72 + + = 10,13 𝐾𝑁. 𝑚⁄𝑚
2 2

Figura-40: Representação dos esforços sobre a laje e seus efeitos na banda A compatibilizados.

Quadro-12: Áreas e diâmetros de armadura na banda A.


Med 𝜇 𝜔 𝐴𝑆 (𝐶𝑚2 /𝑚) ∅𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡. 𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 (𝐶𝑚2 /𝑚)
Painel
(KN.m/m)
8,13 0,034 0,035 2,19 ∅10//0,30 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
1
16,39 0,069 0,072 4,51 ∅12//0,25 4,52
1-4
10,13 0,043 0,044 2,76 ∅10//0,25 3,14
4
15,66 0,066 0,069 4,32 ∅10//0,175 4,49
4-8

4.11 - Amarrações e emendas:


𝑙𝑏𝑑 = 𝛼1 × 𝛼2 × 𝛼3 × 𝛼4 × 𝛼5 × 𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 ≥ 𝑙𝑏,𝑚𝑖𝑛.
∅ 𝜎𝑠𝑝
𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = ( ) × ( )
4 𝑓𝑏𝑑
𝑓𝑏𝑑 = 2,25𝑛1 × 𝑛2 𝑓𝑐𝑡𝑑 → 𝑓𝑏𝑑 = 2,25 × 1 × 0,7 × 2 → 𝑓𝑏𝑑 = 3,15 𝑀𝑃𝑎
P á g i n a | 55

𝑷/∅𝟏𝟐

12 348
𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = ( )×( ) → 𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = 0,33𝑚
4 3,15
𝑙𝑏𝑑 = 1 × 1 × 1 × 0,7 × 1 × 0,33
𝑙𝑏𝑑 = 0,23𝑚

𝑷/∅𝟏𝟎

10 348
𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = ( ) × ( ) → 𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = 0,276𝑚
4 3,15
𝑙𝑏𝑑 = 1 × 1 × 1 × 0,7 × 1 × 0,276
𝑙𝑏𝑑 = 0,19𝑚
𝑷/∅𝟏𝟔

16 348
𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = ( ) × ( ) → 𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = 0,442𝑚
4 3,15
𝑙𝑏𝑑 = 1 × 1 × 1 × 0,7 × 1 × 0,33
𝑙𝑏𝑑 = 0,31𝑚
𝑷/∅𝟖

8 348
𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = ( ) × ( ) → 𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = 0,221𝑚
4 3,15
𝑙𝑏𝑑 = 1 × 1 × 1 × 0,7 × 1 × 0,221
𝑙𝑏𝑑 = 0,15𝑚
P á g i n a | 56

4.12 - ARMADURA DE CANTO:


Segundo Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos em 11
Junho 2010, na pagina 25, na dissertação sobre lajes maciças no Capitulo 11:

Nos cantos de lajes rectangulares, formados por duas bordas simplesmente


apoiadas, há uma tendência ao levantamento provocado pela actuação de momentos
volventes (momentos torsores).
Quando não for calculada armadura específica para resistir a esses momentos,
deve ser disposta uma armadura especial, denominada armadura de canto.
A armadura de canto deve ser composta por barras superiores paralelas à
bissectriz do ângulo do canto e barras inferiores a ela perpendiculares. Tanto a armadura
superior quanto a inferior deve ter área de seção transversal, pelo menos, igual à metade
da área da armadura no centro da laje, na direcção mais armada.
As barras deverão se estender até a distância igual a 1/5 do menor vão da laje,
medida a partir das faces dos apoios. A armadura inferior pode ser substituída por uma
malha composta por duas armaduras perpendiculares.
Como em geral as barras da armadura inferior são adoptadas constantes em toda
a laje, não é necessária armadura adicional inferior de canto.
4.12.1 - Na direcção X

Painel 3:

0,25𝐴𝑠,𝑣𝑎ã𝑜
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
0,25 × 7,85
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
2,62

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30

Painel 1:

0,25𝐴𝑠,𝑣𝑎ã𝑜
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
0,25 × 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
2,62

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30


P á g i n a | 57

Painel 7:

0,25𝐴𝑠,𝑣𝑎ã𝑜
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
0,25 × 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
2,62

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30

Painel 8:

0,25𝐴𝑠,𝑣𝑎ã𝑜
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
0,25 × 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
2,62

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30

Painel 9:

0,25𝐴𝑠,𝑣𝑎ã𝑜
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
0,25 × 15,71
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
2,62

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 3,93 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,20

Na direcção Y

Painel 3:

0,25𝐴𝑠,𝑣𝑎ã𝑜
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
0,25 × 3,55
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
2,62

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30


P á g i n a | 58

Painel 1:

0,25𝐴𝑠,𝑣𝑎ã𝑜
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
0,25 × 5,05
𝐴𝑆,𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 = 𝑚á𝑥 {
2,62

𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 2,62 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅10//0,30

Figura-41: Planta de pavimentos com a representação da escada e abertuta.

4.13 - Cálculo da Escada:


H = 3,12m
Largura = 1,20m
Pé directo = 3,0m

3,12
𝑛º𝑝𝑖𝑠𝑜𝑠 = → 𝑛º𝑝𝑖𝑠𝑜𝑠 = 16,42 ≈ 17 𝑑𝑒𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠.
0,19
𝑛º𝑝𝑖𝑠𝑜𝑠 = 17 − 1 = 16
𝑔 + 2𝑃 = 64 → 𝑔 = 2 × 190 − 64 → 𝑔 = 316𝑚𝑚

0,19
30° ≤ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) = 30,70° ≤ 35°
0,32
P á g i n a | 59

600𝑚𝑚 ≤ 316 + 2 × 190 = 696𝑚𝑚 ≤ 650𝑚𝑚

rev = 2KN/m2
SC = 4KN/m2 Rcp = 1,5KN/m2
ℎ𝑦 = ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒𝑐𝑡𝑎 × cos 𝛼

4.13.1 - Pré-dimensionamento:

4,56 4,56
= 1,82 < 2 ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒𝑐𝑡𝑎 = = 0,15𝑚
2,5 30

Sendo a espessura da lajeta maior que a da laje, decidiu-se adoptar como


espessura da lajeta a mesma que a da laje, isto é, 0,12m.

𝑃𝑝𝑎𝑡𝑖𝑚 = 𝛾 × ℎ𝑝𝑎𝑡𝑖𝑚 → 𝑃𝑝𝑎𝑡𝑖𝑚 = 25 × 0,12 = 3 𝐾𝑁/𝑚2


𝑃𝑝𝑙𝑎𝑗𝑒𝑐𝑡𝑎 + 𝑃𝑝𝑑𝑒𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠 × cos 𝛼
𝑃𝑝𝑙𝑎𝑛ç𝑜 = = 5,86 𝐾𝑁/𝑚2
cos 𝛼

𝑞𝐸𝑑1 = 1,35 × 6,5 + 1,5 × 4 → 𝑞𝐸𝑑 = 14,78 𝐾𝑁⁄𝑚2


𝑞𝐸𝑑2 = 1,35 × 5,86 + 1,5 × 4 → 𝑞𝐸𝑑 = 18,64 𝐾𝑁⁄𝑚2
P á g i n a | 60

Figura-42: Representação dos esforços na escada.

Figura-43: Representação do diagrama do momento flector em KN.m/m

Figura-44: Representação do diagrama da cortante em KN/m.

𝒅 = 𝟎, 𝟏𝟎𝟗𝒎
Quadro-13: Áreas e diâmetros de armadura para escada.
𝑴𝑬𝒅 (𝑲𝑵. 𝒎 𝝁 𝝎 𝑐𝑚2 ∅𝑎𝑑𝑜𝑝. 𝑚𝑚 𝑐𝑚2 𝑐𝑚2 ∅𝑎𝑑𝑜𝑝. 𝑚𝑚 𝑐𝑚2
𝐴𝑠 ( ) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 ( ) 𝐴𝑠,𝑑 ( ) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 ( )
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
/𝒎)
54,3 0,22 0,27 17,23 12//0,05 22,62 4,52 4,52 12//0,25
9 5
P á g i n a | 61

𝐴𝑆,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 𝑚á𝑥(𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛. ; 0,25 × 𝐴𝑆,𝑣ã𝑜 )


𝐴𝑆,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 5,66 𝐶𝑚2 /𝑚
𝐴𝑆,𝑒𝑓𝑓 = 6,70 𝐶𝑚2 /𝑚 → ∅8//0,075

𝑆𝑚𝑎𝑥. = 3 × ℎ ≤ 0,40𝑚 → 𝑆𝑚𝑎𝑥. = 0,36𝑚 < 0,40𝑚 → 𝑉𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎.


𝑆𝑚𝑎𝑥. = 3,5 × ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒𝑐𝑡𝑎 ≤ 0,45𝑚 → 𝑆𝑚𝑎𝑥. = 0,42𝑚 < 0,45𝑚 → 𝑉𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎.

4.13.2 - Verificação da segurança ao E.L.U a esforço transverso

1
𝑉𝑅𝑑,𝐶 = (𝐶𝑅𝑑,𝐶 × 𝐾(100𝛿𝐿 × 𝑓𝑐𝑘 )3 + 𝐾1 × 𝜎𝐶𝑃 ) × 𝑏𝑤 × 𝑑 ≥ 𝑉𝑅𝑑,𝐶,𝑚𝑖𝑛
3⁄ 1⁄
𝑉𝑅𝑑,𝐶,𝑚𝑖𝑛 = (0,035 × 𝐾 2 × 𝑓𝑐𝑘 2) × 𝑏𝑤 × 𝑑

Onde
0,18 0,18
𝐶𝑅𝑑,𝐶 = → 𝐶𝑅𝑑,𝐶 = = 0,12
𝛾𝑐 1,5

200 200
𝐾 = 1+√ →𝐾 =1+√ → 𝐾 = 2,35 > 2 ∴ 𝐾 = 2
𝑑 109
𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 0,0002262
𝛿𝐿 = → 𝛿𝐿 = → 0,0207
𝑏𝑤 × 𝑑 0,109

1
𝑉𝑅𝑑,𝐶 = (0,12 × 2(100 × 0,0207 × 30)3 ) × 1 × 0,109
𝑉𝑅𝑑,𝐶 = 103,59 𝐾𝑁
3⁄ 1⁄
𝑉𝑅𝑑,𝐶,𝑚𝑖𝑛 = (0,035 × 2 2 × 30 2) × 1 × 0,109

𝑉𝑅𝑑,𝐶,𝑚𝑖𝑛 = 59,10 𝐾𝑁

∴ 𝑉𝑅𝑑,𝐶 = 103,59 𝐾𝑁 > 𝑉𝑅𝑑,𝐶,𝑚𝑖𝑛 = 59,10 𝐾𝑁


𝑳𝒐𝒈𝒐
𝑉𝑒𝑑 = 41,6 𝐾𝑁/𝑚 < 𝑉𝑅𝑑,𝐶 = 103,59 𝐾𝑁
P á g i n a | 62

4.13.2.1 - Amarrações e emendas:


𝑙𝑏𝑑 = 𝛼1 × 𝛼2 × 𝛼3 × 𝛼4 × 𝛼5 × 𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 ≥ 𝑙𝑏,𝑚𝑖𝑛.
∅ 𝜎𝑠𝑝
𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = ( ) × ( )
4 𝑓𝑏𝑑
𝑓𝑏𝑑 = 2,25𝑛1 × 𝑛2 𝑓𝑐𝑡𝑑 → 𝑓𝑏𝑑 = 2,25 × 1 × 0,7 × 2 → 𝑓𝑏𝑑 = 3,15 𝑀𝑃𝑎
12 348
𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = ( )×( ) → 𝑙𝑏,𝑟𝑞𝑑 = 0,33𝑚
4 3,15
𝑙𝑏𝑑 = 1 × 1 × 1 × 0,7 × 1 × 0,33
𝑙𝑏𝑑 = 0,231𝑚

4.14 - Aberturas em Lajes Maciças


A análise da capacidade resistente de uma laje com aberturas pode tornar-se
bastante complicada. O seu comportamento depende muito da posição, forma e
dimensão da abertura.
Quando as dimensões das aberturas não excedem determinados limites, podem
adoptar-se regras simplificadas para a pormenorização das zonas próximas das
aberturas. Indicam-se a seguir os limites máximos a partir dos quais não é aconselhável
utilizar regras simplificadas.

Quadro-14: Dimensões do painel e abetura..


Painel Máx(b1;b2) Min(lx,ly) min(𝐿1 : 𝐿2 ) Concluso
𝑚á𝑥(𝑏1 ; 𝑏2 ) ≤
5
3 2,5 m 6m 2,50>1,2 Não verifica
6 1,50 m 6m 1,50>1,2 Não verifica

Como a condição de não considerar a zona próxima a abertura na laje não se


verificou, ter-se-á de verificar as armaduras de reforço esta zona a fim de evitar fissuras.
P á g i n a | 63

Painel 6
Com 6m nas duas direcções.
𝐀𝐛𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐚 (𝟏, 𝟓𝐦 ×× 𝟎, 𝟖𝟎𝐦)

Quadro-15: Representação dos esforços nas bandas de um metro junto a abertura.


𝐿𝑥 = 1,8𝑚 𝐿𝑦 = 3,5𝑚

Quadro-16: Áreas e diâmetros de armadura para abertura no painel 6.


Eixo Painel Med(KN/m2) 𝜇 𝜔 As(cm2/m) 𝜙𝑎𝑑𝑜𝑝 (mm) As,eff(cm2/m)

X 6 4,1 0,017 0,017 1,06 𝜙10//0,30 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛

Y 6 16,6 0,069 0,074 4,64 𝜙8//0,10 5,05


P á g i n a | 64

Painel 3
Com 6m nas duas direcções.
𝑨𝐛𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐚 (𝟐, 𝟓𝐦 × 𝟑, 𝟕𝟔𝐦)

Quadro-17: Representação dos esforços nas bandas de um metro junto a abertura da escada.
𝐿𝑌 = 3,76𝑚 𝐿𝑋 = 2,5𝑚

Quadro-18: Áreas e diâmetros de armadura para abertura no painel 6.


Eixo Painel Med(KN/m2) 𝜇 𝜔 As(cm2/m) 𝜙𝑎𝑑𝑜𝑝 (mm) As,eff(cm2/m)

X 3 11,5 0,048 0,050 3,13 𝜙10//0,25 3,14

Y 3 31,6 0,133 0,15 9,39 𝜙8//0,05 10,05


P á g i n a | 65

4.14 - Pormenorização

Figura-45: Representação das armaduras da escada em pormenor.


P á g i n a | 66

Figura-46: Representação das armaduras na direcção x e y na face infeior.


P á g i n a | 67

Figura-46: Representação das armaduras na direcção x e y na face superior.


P á g i n a | 68

4.15 - Filosofia adoptada na verificação da segurança em relação aos


estados limites de utilização:
Para assegurar o comportamento adequado nas condições de serviço, pretende-se
avaliar, agora, tão bem quanto possível, a resposta efectiva da estrutura quando em
utilização. Com esse objectivo faz sentido tomar valores de acções que se esperam
efectivamente atuem a estrutura (e não valores característicos superiores e/ou
majorados) e valores médios para o comportamento dos materiais (certamente que não
valores característicos inferiores e/ou minorados).

Esta formulação conduz a que a probabilidade de serem excedidos os valores


admissíveis seja da ordem de 1 x 10-1.

Vejamos então, em termos práticos, com que bases se fazem estas verificações:

1. Definição dos valores da acção que atuam na estrutura adoptando, por


um lado, para os pesos próprios dos materiais estruturais e/ou de outros
revestimentos utilizados densidades médias e, por outro lado, valores de
sobrecargas com probabilidades reais de virem a actuar as estruturas
(percentagens mais pequenas do valor característico têm mais
probabilidade de ocorrerem).
2. Estabelecimento de combinações de acções, conforme preconizado no
RSA:
• Combinação quase permanente de acções: Estado limite de longa duração
(≥50% do tempo de vida da estrutura) Scqp = G + ∑ψ2iQi
• Combinação frequente acções: Estado limite de curta duração (≥5% do tempo
de vida da estrutura) Sfreq = G + ψ1Q + ∑ψ2iQi
• Combinação característica: Estado limite de muito curta duração (algumas horas
no período de vida da estrutura) Sraro = G + Q + ∑ψ1iQi
(ψ2< ψ1< 1.0)
Q – Acção variável de base
Qi – Restantes acções variáveis

A avaliação dos efeitos das acções deve ser realizada considerando, em geral, as
propriedades médias dos materiais por forma a estimar o comportamento previsível. É
importante referir que, para o efeito de cargas exteriores a hipótese de comportamento
P á g i n a | 69

linear é razoável e usual, para a obtenção de esforços, mas já não é para avaliação das
deformações, a menos que, convenientemente, corrigidas. Por outro lado, devido a
deformações impostas à estrutura, a grandeza dos esforços depende fortemente da
rigidez da estrutura, e, então, a rigidez elástica deve ser diminuída, logo na avaliação de
esforços.

É, portanto, necessário considerar, de uma forma simplificada, os efeitos da


fendilharão (perda de rigidez) e da fluência do betão nas características da resposta e na
forma de avaliar os efeitos das acções.

4.16 - Verificação os estados limites de deformabilidade pelo método dos


coeficientes globais:

Segundo o Instituto Superior Técnico – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de


Betão II, nas folhas de apoio de Antoni Costa:

A norma ISO 4356 apresenta, de uma forma exaustiva, valores limites para
diferentes tipos de utilização dos pisos. Para os casos correntes de edifícios de
escritórios, comerciais ou de habitação, o EC2 seguindo as recomendações da norma
acima referida, define os seguintes objectivos máximos de deformação, em função do
vão:

L/250 para a deformação total devida combinação de acções quase-


permanentes

L/500 para o incremento de deformação após construídas as paredes de


alvenaria das divisórias. Este limite será mais ou menos importante face à
sensibilidade da solução construtiva.

Refira-se que estes valores de deformação se referem ao diferencial entre os


pontos e apoio e o ponto de flecha máxima, segundo um dado alinhamento. É
importante salientar que, se para as esbeltezas correntes nas vigas (valores da ordem de
l/h = 8 a 14) a deformabilidade é reduzida e, garante-se em geral, com folga, estes
limites, para o caso das lajes, com esbeltezas num leque alargado entre 20 a 40, a
limitação ou contolo do nível de deformação pode ser crítica no dimensionamento.
P á g i n a | 70

Tal como acontece para o caso da fendilhação, a verificação ao estado limite de


deformação pode ser efectuada de forma directa ou indirecta.

A forma directa consiste no cálculo da flecha a longo prazo (pelo Método dos
Coeficientes Globais, por exemplo) e comparação com os valores admissíveis.

Conforme preconizado no EC2, o cálculo das flechas poderá ser omitido, desde
que se respeitem os limites da relação vão / altura útil estabelecidos no Quadro 7.4N. Na
interpretação deste quadro, deve ter-se em atenção que:

Em geral, os valores indicados são conservativos, podendo os cálculos revelar


frequentemente que é possível utilizar elementos menos espessos;

Os elementos em que o betão é fracamente solicitado são aqueles em que


0.5%, podendo na maioria dos casos admitir-se que as lajes são fracamente solicitadas
(o betão é fortemente solicitado se 1.5% e estas percentagens de armadura não são
das lajes).

Para lajes vigadas armadas em duas direcções, a verificação deverá ser


efectuada em relação ao menor vão. Para lajes fungiformes deverá considerarse o maior
vão. Estas indicações serão melhor compreendidas com a melhor apreensão dos
diferentes tipos de comportamento das lajes.

Zona: Armazenamento
Tempo de vida útil: 15anos→S3
Ambiente: Húmido rar. Seco/cloreto. →XD2
Categoria E1
Materiais:
Betão 𝐶30⁄37
Aço A400NR
𝑏 = 1𝑚 ℎ = 0,12𝑚
𝑑 = 0,109𝑚
P á g i n a | 71

4.17 - Cálculo da flecha a longo prazo:


𝐸𝑆 𝐴𝑠
𝛼= 𝜌=
𝐸𝑐 𝑏. 𝑑

𝛼 × 𝜌 = 0,025

𝑏 × ℎ2
𝑀𝑐𝑟 = × 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 6,96𝐾𝑁𝑚/𝑚
6
𝑞𝐸𝑑 = 𝐶𝑃 + 𝛹2 × 𝑆𝐶 → 𝑞𝐸𝑑 = 6,5 + 0,8 × 7,5

→ 𝑞𝐸𝑑 = 13,25 𝐾𝑁⁄𝑚2

Nota: O 𝑞𝐸𝑑 foi redistribuido, isso em função do método, que é usando os coeficientes
de redistribuição, e verificou-se que na Banda C é a banda mais desfavoravel, por isso
será apresentada aqui os seu diagramas. Os diagramas de outras bandas em contram-se
em anexo.

Figura-47: Representação das cargas na banda C devido a combinação frequente na direcção x.

Figura-48: Representação do diagrama do momento flector.


P á g i n a | 72

Usando as tabelas do grupo de Betão armado e Pré-Esforçado-IST para o cálculo de deformações-Método


dos coeficientes globais(4), tem-se:
Quadro-14: Flecha a longo prazo no vão.
Painel 𝛼 𝜌 𝛼. 𝜌 𝜑 𝑀𝑐𝑟 𝑀𝑞𝑝 𝑀𝑐𝑟 𝐾𝑡 𝑎𝑐 (m) 𝑎𝑡 (𝑚𝑚)
𝑀𝑞𝑝

9 6,06 0,014 0,085 2,5 6,96 33 0,21 2,2 0,00052 1,52

Quadro-15: Flecha a longo prazo no apoio.


Painel 𝛼 𝜌 𝛼. 𝜌 𝜑 𝑀𝑐𝑟 𝑀𝑞𝑝 𝑀𝑐𝑟 𝐾𝑡 𝑎𝑐 (𝑚) 𝑎𝑡 (𝑚𝑚)
𝑀𝑞𝑝

8-9 6,06 0,018 0,111 2,5 6,96 37,7 0,18 2,2 0,00052 1,52
2 × K vão + K apoio 2 × 2 + 2,6
𝐾𝑡 = = = 2,2
3 3
4.17.1 - Determinação da flecha instantânea:
Quadro-14: Flecha devida acções repetidas no vão.
Painel 𝛼 𝜌 𝛼. 𝜌 𝜑 𝑀𝑐𝑟 𝑀𝑞𝑝 𝑀𝑐𝑟 𝐾0 𝑎𝑐 (m) 𝑎0 (𝑚𝑚)
𝑀𝑞𝑝

9 6,06 0,014 0,085 2,5 6,96 33 0,21 1,41 0,00052 9,75

Quadro-15: Flecha devida acções repetidas no apoio.


Painel 𝛼 𝜌 𝛼. 𝜌 𝜑 𝑀𝑐𝑟 𝑀𝑞𝑝 𝑀𝑐𝑟 𝐾0 𝑎𝑐 (𝑚) 𝑎0 (𝑚𝑚)
𝑀𝑞𝑝

8-9 6,06 0,018 0,111 2,5 6,96 37,7 0,18 1,41 0,00052 9,75
2 × K vão + K apoio 2 × 1,5 + 1,25
𝐾0 = = = 1,41
3 3
Nota: As deformações tanto no apoio como no vão foram inferiores que à limite,
como se prova a seguir:
𝐿 2,5
𝑎𝑙𝑖𝑚 = → 𝑎𝑙𝑖𝑚 = × 103 → 𝑎𝑙𝑖𝑚 = 10𝑚𝑚
250 250
P á g i n a | 73

4.18 - LAJES DE VIGOTAS PRÉ-ESFORÇADAS:


Segundo Chaves (1979) a laje pré-moldada de vigotas é constituída por vigas
pré-fabricadas de concreto armado, nas quais se apoiam elementos de material leve.
Sobre as vigas pré-fabricadas e os elementos de material leve, aplica-se uma camada de
concreto, de modo a cobri-los completamente.

Melo (2004) declara que os sistemas estruturais baseados em lajes pré-


fabricadas tendem principalmente minimizar o uso de formas de madeira na obra, pois
suas vantagens são: diminuição da mão de obra, melhor sistema de vibração das peças,
rapidez na montagem, redução das perdas de concreto, racionalização do uso da
armadura, melhor compatibilização e soluções construtivas de projecto, redução no
ciclo dos pavimentos e consequentemente uma maior segurança no canteiro de obra.

O seu funcionamento estrutural é comparável ao de uma laje armada


unidireccionalmente, sendo indispensável, para que tal semelhança tenha validade, que
se assegure e mantenha a necessária aderência entre o betão complementar e as vigotas.

Segundo o IST – lajes de vigotas pré-esforçadas. Os pavimentos são


constituídos por vigotas de betão pré-esforçado e blocos de cofragem, recebendo em
obra uma camada de betão armado (denominado betão complementar) com função
resistente e de solidarização do conjunto.

Tal como para outros pavimentos com a mesma constituição e sistema estrutural,
o campo de aplicação para os diversos tipos considerados dos pavimentos abrange
apenas o seu emprego em edifícios de habitação ou com ocupação e utilização
semelhantes.
P á g i n a | 74

As lajes de vigotas são compostas por:

• Blocos leves cerâmicos, em betão ou em betão de argila expandida;

• Vigotas de betão C40/50 pré-tensionado com fios de aço de alta resistência


(A1530/1715MPa) φ 3mm a φ 5mm;

• Armaduras ordinárias em A400 ou A500;

• Betão complementar C20/25 betonado em obra;

Vigotas de betão pré-tensionado com fios de aço de alta resistência

• Blocos leves cerâmicos, em betão ou em betão de argila expandida

VARIANDO: as dimensões dos blocos, a espessura do betão complementar e o


tipo de vigota;

OBTÉM-SE: diferentes espessuras de laje, rigidez e resistências à flexão e ao


esforço transverso.

Também se pode aumentar significativamente a resistência e a rigidez


aumentando o número de vigotas entre blocos.
P á g i n a | 75

DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS:

1. Zona amaciçada em todo o contorno do painel com pelo menos 0.25m de


largura;

2. Nervuras (tarugos) perpendiculares às vigotas com o afastamento do


escoramento (afastamentos não superiores a 10h nem a 2.20m);

3. Em apoios de continuidade considerar uma zona maciça com uma largura de


pelo menos L/8;

4. Armadura de distribuição transversal à direcção das vigotas, de acordo com o


respectivo documento de homologação;

5. Armadura de bordo apoiado (armadura mínima de flexão) normal às vigas de


apoio no contorno para controlar eventual fendilhação resultante do encastramento (não
considerado no cálculo) resultante da rigidez de torção das vigas. Transversalmente a
esta armadura há que considerar uma armadura de distribuição Asd = 0.2 As;

6. Armadura de momentos negativos, e respectiva armadura de distribuição, nos


apoios interiores de continuidade;

7. A entrega das vigotas nas vigas deve ser, no mínimo de 0.10m.


P á g i n a | 76

𝑙𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝑑=
26

4 5,5
𝑑 = 26 = 0,15𝑚 𝑑= = 0,21𝑚
26

6 2,5
𝑑 = 26 = 0,23𝑚 𝑑= = 0,10𝑚
26

O corte esquemático e as tabelas onde foram retirados os dados está em anexo.


Quadro-16 caracteristicas da vigota pré-esforçada escolhida.
Tipo de vigota Espessura da laje Quantidade por m2 Armadura de distribuição Peso
(mm) (mm2/m) proprio(
KN/m2)

2VPA-22×30-33 330 Vigotas Blocos Betão A 400 NR 5,64


(m) (Un) l

4,35 10,87 149,6 367

Quadro-17 características do bloco escolhido.

Bloco h (mm) a (mm) b (mm) l (mm) m (Kg)

C22×30 3000 220 245 200 7

Nota: O momento resistente da vigota=167,9 KN.m/m foi maior que todos os


restantes momentos actuante existentes na laje, como se mostra em seguida com o caso
mais desfavorável, cujo o vão é de 6 metros.

𝐶𝑃 = 𝑃𝑝 + 𝑅𝑐𝑝 + 𝑟𝑒𝑣 → 𝐶𝑃 = 5,64 + 1,5 + 2 → 𝐶𝑃 = 9,14 𝐾𝑁 ⁄𝑚2

𝑆𝐶 7,5
= = 0,82 < 2 → 𝑁ã𝑜 é 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎.
𝐶𝑃 9,14

𝑞𝐸𝑑 = 𝛾𝑔 × 𝐶𝑃 + 𝛾𝑞 × 𝑆𝐶 → 𝑞𝐸𝑑 = 1,35 × 9,14 + 1,5 × 7,5

→ 𝑞𝐸𝑑 = 23,63 𝐾𝑁⁄𝑚2


P á g i n a | 77

Figura-49: Representação das carga para o dimensionamento da laje pr[e-esforçada.

Figura-50: Representação do diagrama do momento flector.

5. LAJE FUNGIFORME:

Definição: Lajes apoiadas directamente em pilares.

5.1 Vantagens da utilização de lajes fungiformes


Menor espessura ⇒ menor altura do edifício.
Tectos planos ⇒ instalação de condutas mais fácil.
Facilidade de colocação de divisórias.
Simplicidade de execução ⇒ menor custo.

5.2 Problemas resultantes da utilização de lajes fungiformes


(muitas vezes associadas ao facto dos apoios terem dimensões reduzidas)
Concentração de esforços nos apoio.
• Flexão
• Punçoamento
Concentração de deformações nos apoios e deformabilidade em geral
Flexibilidade às acções horizontais
Comportamento sísmico
A laje fungiforme é calculada quer para as acções verticais, quer para as acções
horizontais.
P á g i n a | 78

5.3 MÉTODO DOS PÓRTICOS EQUIVALENTES

Divisão da estrutura em pórticos ortogonais:

A estrutura é dividida longitudinal e transversalmente em pórticos constituídos


por pilares por troços de lajes compreendidos entre as linhas médias de painéis
adjacentes.

Modelação dos painéis:


Os painéis de laje são modelados através de elementos do tipo barra (elementos
lineares) equivalentes.

Rigidez da ligação laje-pilar


A rigidez da ligação laje-pilar real é menor do que a simulada pelo método dos
pórticos equivalentes, se for considerada toda a largura da banda para cálculo desta. Os
regulamentos tem este facto em conta, recomendando o REBAP um be=0.5b enquanto
que o EC2 recomenda be=0.4b.
A consideração de uma largura elástica efectiva, para traduzir a maior
flexibilidade das ligações entre os pilares e as lajes fungiformes (quando comparada
com a ligação pilares-vigas), é principalmente importante para cargas horizontais.

Menor rigidez da ligação laje fungiforme-pilar implica menores momentos transmitidos


entre a laje e o pilar.
Implicações:
• Na verificação do punçoamento;
• No dimensionamento dos pilares e rigidez da estrutura às acções horizontais;
• Na quantificação dos efeitos de 2ª ordem nos pilares;
• No dimensionamento da laje à flexão.

Distribuição dos momentos na laje


Os momentos flectores totais obtidos na análise devem ser distribuídos por toda
a largura da laje. Na análise elástica, os momentos negativos tendem a concentrar-se na

vizinhança dos eixos dos pilares.


P á g i n a | 79

Distribuição dos momentos na laje segundo o EC2


O EC2 recomenda uma distribuição simplificada de momentos de acordo com o
seguinte quadro, com a condição adicional de que o total dos momentos negativos e
positivos, aos quais devem resistir conjuntamente as faixas sobre os pilares e as faixas
centrais, deve ser igual a 100%:

Faixa central 40 – 20% (25%) 50 – 30% (45%)


Faixa sobre 60 – 80% (75%) 50 – 70% (55%)

Em pilares interiores, a não ser que se efectuem cálculos rigorosos para as


condições de utilização, deve adoptar-se uma armadura superior com uma área de 0.5At
distribuída numa largura de cada lado do pilar igual a 0.125 vezes a largura do painel de
laje.

Até representa a área das armaduras necessárias para resistir ao momento


negativo total resultante da soma dos dois semi-painéis de cada lado do pilar. Esta
recomendação equivale a utilizar uma pormenorização de armaduras idêntica à da
BS8110.
6
ℎ= = 0,22𝑚
27,5
P á g i n a | 80

Peso próprio:
𝑃𝑝 = 𝛾𝐵.𝐴 × ℎ → 𝑃𝑝 = 25 × 0,22 → 𝑃𝑝 = 5,5 𝐾𝑁⁄𝑚2
𝑃𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 𝛾 × 𝑝é 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐𝑡𝑜 → 𝑃𝑝 = 3 × 4,5 = 13,5 𝐾𝑁/𝑚2

𝐶𝑃 = 𝑃𝑝 + 𝑅𝑐𝑝 + 𝑟𝑒𝑣 → 𝐶𝑃 = 5,5 + 1,5 + 2 → 𝐶𝑃 = 9 𝐾𝑁⁄𝑚2


𝑆𝐶 = 7,5 + 0,8 → 𝑆𝐶 = 8,3 𝐾𝑁⁄𝑚2

𝑞𝐸𝑑 = 1,35 × 9 + 1,5 × 8,3 → 𝑞𝐸𝑑 = 24,6 𝐾𝑁⁄𝑚2

Direcção x:
Pórtico qed(KN/m2) Lpórtico(m) Ped(KN/m)
Intermédio 6 147,6
Lateral 24,6 3 73,8

Pórtico qed(KN/m2) Lpórtico(m) Ped(KN/m)


Intermédio 4,25 104,55
Lateral 24,6 1,25 30,75

Direcção y:
Pórtico qed(KN/m2) Lpórtico(m) Ped(KN/m)

Intermédio 5,75 129,15

Lateral 24,6 1,5 36,9

Lateral 2,75 67,65

Pórtico qed(KN/m2) Lpórtico(m) Ped(KN/m)

Intermédio 6,5 159,9

Lateral 24,6 2,75 67,65

Lateral 2,25 55,35

Pórtico qed(KN/m2) Lpórtico(m) Ped(KN/m)


P á g i n a | 81

Intermédio 4,56 112,18

Lateral 24,6 3,75 92,25

Lateral 1,56 38,38

Figura-51: Representação dos pórticos intermédios na laje na direcção x.

Figura-52: Representação dos pórticos intermédios na laje na direção y.


P á g i n a | 82

Figura-53: Representação dos pórticos intermédios e as faixas na laje direção x.

Figura-54: Representação dos pórticos intermédios e as faixas na laje direção y.


P á g i n a | 83

Modelo de cálculo na direcção x:

Figura-55: Representação das cargas na laje, direcção x pórtico lateral 1.

Figura-56: Representação dos momentos na laje, direcção x pórtico lateral 1.

Figura-56: Representação das cargas na laje, direcção x pórtico intermédio 1.

Figura-57: Representação dos momentos na laje, direcção x pórtico lateral 1.

Figura-58: Representação das cargas na laje, direcção x pórtico lateral 2.


P á g i n a | 84

Figura-59: Representação dos momentos na laje, direcção x pórtico lateral 2.

Quadro: Representação dos momentos nas faixas da direcção x..


Pórtico 1 Sinal Faixa 𝐿𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 (𝑚) coeficiente Med(KN.m) Med(KN.m/m)
+276,3 Central 3 0,55 151,97 50,66
Intermédio Lateral 3 0,45 124,34 41,45
-452,8 Central 3 0,75 339,6 113,2
Lateral 3 0,25 113,2 37,73
+210 Central 1,5 0,55 115,5 77
Lateral 1 Lateral 1,5 0,45 94,5 63
-272,1 Central 1,5 0,55 204,08 136,05
Lateral 1,5 0,45 68,03 45,35
+134,5 Central 1,5 0,75 73,98 49,32
Lateral Lateral 1,5 0,25 60,53 40,35
-223,7 Central 1,5 0,75 167,78 111,85
Lateral 1,5 0,25 55,93 37,29
P á g i n a | 85

Quadro: Representação dos momentos nas faixas da direcção x..


Pórtico 2 Sinal Faixa 𝐿𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 (𝑚) coeficiente Med(KN.m) Med(KN.m/m)
+143,4 Central 2,125 0,55 78,87 37,12
Intermédio Lateral 2,125 0,45 64,53 30,38
-263,5 Central 2,125 0,75 197,63 93
Lateral 2,125 0,25 65,88 31
+134,5 Central 0,625 0,55 73,98 118,37
Lateral 1 Lateral 0,625 0,45 60,53 96,85
-223,7 Central 0,625 0,55 167,78 268,45
Lateral 0,625 0,45 55,93 89,49
+74,3 Central 1,5 0,75 40,87 27,25
Lateral Lateral 1,5 0,25 33,44 22,49
-93,2 Central 1,5 0,75 69,9 46,6
Lateral 1,5 0,25 23,3 15,53

Cálculo das armaduras:


Faixa Sinal Med(KN.m/m) 𝜇 𝜔 Armaduras
𝐴𝑠 (𝑐𝑚2 /𝑚) ∅(𝑚𝑚) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 (𝑐𝑚2 /𝑚)

Cetral 𝑀+ 50,66 0,084 0,091 8,30 ∅12//0,125 9,05

𝑀− 113,2 0,188 0,223 20,33 ∅12//0,05 22,62

Lateral 𝑀+ 77 0,128 0,144 13,13 ∅/16/0,15 13,40

𝑀− 136,05 0,226 0,277 25,26 ∅16//0,075 26,81

Lateral 𝑀+ 49,32 0,082 0,089 8,11 ∅12//0,125 9,05

𝑀− 111,85 0,186 0,221 20,15 ∅12//0,005 22,62

Faixa Sinal Med(KN.m/m) 𝜇 𝜔 Armaduras


P á g i n a | 86

𝐴𝑠 (𝑐𝑚2 /𝑚) ∅(𝑚𝑚) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 (𝑐𝑚2 /𝑚)

Cetral 𝑀+ 37,12 0,062 0,066 6,02 ∅10//0,125 11,31

𝑀− 93 0154 0,178 16,23 ∅20//0,176 31,41

Lateral 𝑀+ 118,37 0,196 0,234 21,34 ∅/12/0,05 20.11

𝑀− 268,45 0,445 0,643 58,63 ∅20//0,05 40.21

Lateral 𝑀+ 27,25 0,045 0,047 4,29 ∅10//0,175 15,08

𝑀− 46,6 0,077 0,083 7,57 ∅10//0,10 40,21

Modelo de cálculo na direcção y:

Figura-60: Representação das cargas na laje, direcção y pórtico lateral 1.

Figura-61: Representação dos momentos na laje, direcção y pórtico lateral 1.

Figura-62: Representação das cargas na laje, direcção y pórtico intermédio 1.


P á g i n a | 87

Figura-63: Representação dos momentos na laje, direcção y pórtico intermédio 1.

Nota: os diagramas dos outros pórticos encontram-se em anexo.


Representação dos momentos nas faixas da direcção y pórtico 1.

Pórtico 1 Sinal Faixa 𝐿𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 (𝑚) coeficiente Med(KN.m) Med(KN.m/m)


+351,5 Central 2,375 0,55 193,33 81,40
Intermédio Lateral 2,375 0,45 158,18 66,60
-516,8 Central 2,375 0,75 387,6 163,2
Lateral 2,375 0,25 129,2 54,4
+100,4 Central 1 0,55 55,22 55,22
Lateral 1 Lateral 1 0,45 45,18 45,18
-147,7 Central 1 0,55 110,78 110,78
Lateral 1 0,45 36,93 36,93
+184,1 Central 1,375 0,75 101,23 73,62
Lateral Lateral 1,375 0,25 82,85 60,25
-270,7 Central 1,375 0,75 203,03 147,66
Lateral 1,375 0,25 67,68 49,22
P á g i n a | 88

Representação dos momentos nas faixas da direcção y pórtico 2.

Pórtico 2 Sinal Faixa 𝐿𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 (𝑚) coeficiente Med(KN.m) Med(KN.m/m)


+432,9 Central 2,875 0,55 238,10 82,82
Intermédio Lateral 2,875 0,45 194,81 67,76
-645,7 Central 2,875 0,75 484,38 168,48
Lateral 2,875 0,25 161,43 56,15
+184,1 Central 1,375 0,55 101,26 73,64
Lateral 1 Lateral 1,375 0,45 82,85 60,25
-270,7 Central 1,375 0,55 203,03 147,66
Lateral 1,375 0,45 67,68 49,22
+140,1 Central 1,5 0,75 77,06 51,37
Lateral2 Lateral 1,5 0,25 63,05 42,03
-249,1 Central 1,5 0,75 186,83 124,56
Lateral 1,5 0,25 63,05 41,52
Representação dos momentos nas faixas da direcção y pórtico 3.
Pórtico 3 Sinal Faixa 𝐿𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 (𝑚) coeficiente Med(KN.m) Med(KN.m/m)
+251,1 Central 2,125 0,55 138,38 65,12
Intermédio Lateral 2,125 0,45 112,99 53,17
-369,1 Central 2,125 0,75 276,83 130,27
Lateral 2,125 0,25 67,28 31,66
+415,1 Central 1,5 0,55 228,31 152,21
Lateral 1 Lateral 1,5 0,45 186,80 124,23
-233,5 Central 1,5 0,55 175,13 116,75
Lateral 1,5 0,45 58,38 38,92
+172,7 Central 0,625 0,75 129,53 207,25
Lateral Lateral 0,625 0,25 43,18 69,09
0 Central 0,625 0,75 0 0
Lateral 0,625 0,25 0 0
P á g i n a | 89

Cálculo das armaduras:


Faixa Sinal Med(KN.m/m) 𝜇 𝜔 Armaduras
𝐴𝑠 (𝑐𝑚2 /𝑚) ∅(𝑚𝑚) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 (𝑐𝑚2 /𝑚)

Cetral 𝑀+ 81,40 0,135 0,153 13,95 ∅12//0,075 15,08

𝑀− 163,2 0,271 0,344 31,37 ∅20//0,10 31,42

Lateral 𝑀+ 55,22 0,093 0,102 9,30 ∅8//0,005 10,05

𝑀− 110,78 0,184 0,219 19,97 ∅16//0,10 20,11

Lateral 𝑀+ 73,62 0,122 0,137 12,49 ∅20//0,25 12,57

𝑀− 147,66 0,245 0,305 27,81 ∅20//0,10 31,42

Faixa Sinal Med(KN.m/m) 𝜇 𝜔 Armaduras


𝐴𝑠 (𝑐𝑚2 /𝑚) ∅(𝑚𝑚) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 (𝑐𝑚2 /𝑚)

Cetral 𝑀+ 82,82 0,137 0,156 14,22 ∅16//0,075 15,08

𝑀− 168,48 0,279 0,357 32,55 ∅25//0,075 32,72

Lateral 𝑀+ 73,64 0,122 0,137 12,49 ∅20//0,25 12,57

𝑀− 147,66 0,245 0,305 27,81 ∅20//0,10 31,42

Lateral 𝑀+ 51,37 0,085 0,092 8,39 ∅12//0,125 9,05

𝑀− 124,56 0,207 0,250 22,79 ∅16//0,075 26,81

Faixa Sinal Med(KN.m/m) 𝜇 𝜔 Armaduras


𝐴𝑠 (𝑐𝑚2 /𝑚) ∅(𝑚𝑚) 𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 (𝑐𝑚2 /𝑚)

Cetral 𝑀+ 65,12 0,108 0,120 10,94 ∅12//0,10 11,31

𝑀− 130,27 0,216 0,263 23,98 ∅16//0,075 26,81

Lateral 𝑀+ 152,21 0,252 0,316 28,81 ∅20//0,10 31,42

𝑀− 116,75 0,194 0,232 21,15 ∅12//0,05 22,02

Lateral 𝑀+ 207,25 0,344 0,462 42,12 ∅25//0,10 49,09


P á g i n a | 90

Verificação a segurança ao punçoamento


𝑁𝐸𝑑 = 𝑞𝐸𝑑 × 𝐴𝑖𝑛𝑓.

Figura-64: Representação da laje e as áreas de influência de cada pilar.

Sendo a edificação composta por 3 pisos tem-se:

𝑁𝐸𝑑 = 3𝑞𝐸𝑑 × 𝐴𝑖𝑛𝑓.

Pilar central:
𝑁𝐸𝑑 = 3 × 24,6 × (48,75) → 𝑁𝐸𝑑 = 3597,75 𝐾𝑁

Pilar de bordo:
𝑁𝐸𝑑 = 3 × 24,6 × (14,63) → 𝑁𝐸𝑑 = 1079,7 𝐾𝑁

Pilar de canto:
𝑁𝐸𝑑 = 3 × 24,6 × (5,06) → 𝑁𝐸𝑑 = 373,44 𝐾𝑁
P á g i n a | 91

Área do pilar:
𝑁𝐸𝑑 3597,75
𝐴𝑐 = → 𝐴𝑐 = → 𝐴𝑐 = 0,212 𝑚2
0,85𝑓𝑐𝑑 0,85 × 20000

𝑎 = 𝑏 = 𝐴𝑐 → 𝑎2 = 𝐴𝑐 → 𝑎 = √𝐴𝑐 → 𝑎 = √0,212 → 𝑎 = 𝑏 = 0,46𝑚

Pilar central:

𝐴𝑆,𝑥 = 22,62 𝐶𝑚2⁄𝑚

𝐴𝑆,𝑦 = 31,42 𝐶𝑚2⁄𝑚

Perímetro

𝑈1 = 4(𝑎 + 𝑏) + 4𝜋𝑑

𝑈1 = 4 × 0,46 + 4𝜋 × 0,19 → 𝑈1 = 4,23 𝑚

Percentagem de armadura:

𝐴𝑆,𝑥 × 𝐴𝑆,𝑦
𝜌1 = √ → 𝜌1 = 0,00186 < 0,02 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎
𝑏. 𝑑

0,18 0,18
𝐶𝑅𝑑,𝑐 = → 𝐶𝑅𝑑,𝑐 = → 𝐶𝑅𝑑,𝑐 = 0,12
𝛾𝑐 1,5

200
𝐾 = 1+√ →𝐾=2
𝑑

1⁄ 1⁄
𝑣𝑅𝑑 = 𝐶𝑅𝑑,𝑐 . 𝐾(100. 𝜌1 . 𝑓𝑐𝑘 ) 3 → 𝑣𝑅𝑑 = 0,12 × 2(100 × 0,00186 × 30) 3

→ 𝑣𝑅𝑑 = 0,427𝑀𝑃𝑎

𝑉𝑅𝑑 = 𝑣𝑅𝑑 . 𝑈1 . 𝑑 → 𝑉𝑅𝑑 = 427 × 4,23 × 0,19

→ 𝑉𝑅𝑑 = 343,18 𝐾𝑁 < 𝑉𝐸𝑑 = 3597,75 𝐾𝑁 𝑁ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎.

Solução: é necessário adoptar um capitel ou uma armadura especifica para


resistir ao punçoamento.
P á g i n a | 92

Pilar de canto:

𝐴𝑆,𝑥 = 26,81 𝐶𝑚2⁄𝑚

𝐴𝑆,𝑦 = 26,81 𝐶𝑚2⁄𝑚

Perímetro
𝜋
𝑈1 = 2(𝑎 + 𝑏) + . 2𝑑
2
𝑈1 = 2 × 0,46 + 𝜋 × 0,19 → 𝑈1 = 1,52 𝑚

Percentagem de armadura:

𝐴𝑆,𝑥 × 𝐴𝑆,𝑦
𝜌1 = √ → 𝜌1 = 0,0141 < 0,02 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎
𝑏. 𝑑

0,18 0,18
𝐶𝑅𝑑,𝑐 = → 𝐶𝑅𝑑,𝑐 = → 𝐶𝑅𝑑,𝑐 = 0,12
𝛾𝑐 1,5

200
𝐾 = 1+√ →𝐾=2
𝑑

1⁄ 1⁄
𝑣𝑅𝑑 = 𝐶𝑅𝑑,𝑐 . 𝐾(100. 𝜌1 . 𝑓𝑐𝑘 ) 3 → 𝑣𝑅𝑑 = 0,12 × 2(100 × 0,0141 × 30) 3

→ 𝑣𝑅𝑑 = 0,836𝑀𝑃𝑎

𝑉𝑅𝑑 = 𝑣𝑅𝑑 . 𝑈1 . 𝑑 → 𝑉𝑅𝑑 = 836 × 1,52 × 0,19

→ 𝑉𝑅𝑑 = 241,44 𝐾𝑁 < 𝑉𝐸𝑑 = 373,44 𝐾𝑁 𝑁ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎.

Solução: é necessário adoptar um capitel ou uma armadura especifica para


resistir ao punçoamento.

Pilar de bordo:

𝐴𝑆,𝑥 = 26,81 𝐶𝑚2⁄𝑚

𝐴𝑆,𝑦 = 32,72 𝐶𝑚2⁄𝑚

Perímetro
𝜋
𝑈1 = 3(𝑎 + 𝑏) + 2 . 2𝑑
2
𝑈1 = 3 × 0,46 + 2𝜋 × 0,19 → 𝑈1 = 2,57 𝑚
P á g i n a | 93

Percentagem de armadura:

𝐴𝑆,𝑥 × 𝐴𝑆,𝑦
𝜌1 = √ → 𝜌1 = 0,0156 < 0,02 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎
𝑏. 𝑑

0,18 0,18
𝐶𝑅𝑑,𝑐 = → 𝐶𝑅𝑑,𝑐 = → 𝐶𝑅𝑑,𝑐 = 0,12
𝛾𝑐 1,5

200
𝐾 = 1+√ →𝐾=2
𝑑

1⁄ 1⁄
𝑣𝑅𝑑 = 𝐶𝑅𝑑,𝑐 . 𝐾(100. 𝜌1 . 𝑓𝑐𝑘 ) 3 → 𝑣𝑅𝑑 = 0,12 × 2(100 × 0,0156 × 30) 3

→ 𝑣𝑅𝑑 = 0,865𝑀𝑃𝑎

𝑉𝑅𝑑 = 𝑣𝑅𝑑 . 𝑈1 . 𝑑 → 𝑉𝑅𝑑 = 865 × 2,57 × 0,19

→ 𝑉𝑅𝑑 = 422,40 𝐾𝑁 < 𝑉𝐸𝑑 = 1079,7 𝐾𝑁 𝑁ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎.

Solução: é necessário adoptar um capitel ou uma armadura especifica para


resistir ao punçoamento.

Armadura especifica:
𝑉𝑅𝑑,𝑐𝑠 − 0,75. 𝑉𝑅𝑑,𝑐
𝐴𝑆,𝑃 =
𝑓𝑦𝑤𝑑,𝑒𝑓 . sin 𝛼

𝑓𝑦𝑤𝑑,𝑒𝑓 = 250 + 0,25. 𝑑 → 𝑓𝑦𝑤𝑑,𝑒𝑓 = 297,5𝑀𝑃𝑎

Para o pilar central:


3597,75 − 0,75 × 343,18
𝐴𝑆,𝑃 = × 104 → 𝐴𝑆,𝑃 = 112,28 𝑐𝑚2
297500
→ 𝑝𝑎𝑟𝑎 4 𝑎𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠.

𝑆𝑚á𝑥 = 0,75. 𝑑 → 𝑆𝑚á𝑥 = 0,143 𝑚

Para o pilar de canto:


373,44 − 0,75 × 241,44
𝐴𝑆,𝑃 = × 104 → 𝐴𝑆,𝑃 = 6,47 𝑐𝑚2 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 4 𝑎𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠.
297500
Para o pilar de bordo:
1079,7 − 0,75 × 422,40
𝐴𝑆,𝑃 = × 104 → 𝐴𝑆,𝑃 = 25,6 𝑐𝑚2 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 4 𝑎𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
297500
P á g i n a | 94

Figura-65: Representação do pormenor na laje na direcção x.

Figura-66: Representação do pormenor na laje na direcção x.


P á g i n a | 95

Figura-67: Representação do pormenor na laje na direcção y.


P á g i n a | 96

Figura-67: Representação do pormenor na laje na direcção y.


P á g i n a | 97

6. DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÃO

Tipos de Fundações

1. Fundações directas por sapatas


• Solo superficial com boas características de resistência
• Edifícios de pequeno ou médio porte.
2. Ensoleiramento geral
• Edifício de porte elevado e características resistentes do solo que conduzam a
uma área de sapatas superior a 50% da área total
• Particularmente aconselhável se o nível freático se encontrar acima do nível de
fundação.
3. Fundações profundas
• Camadas superficiais de terreno pouco consistentes
• Cargas elevadas por pilar.

Fundações directas (sapatas)


Tipos de sapatas

• Quando a sapata é rígida, pode admitir-se que a tensão no solo é uniforme


P á g i n a | 98

Sapatas flexíveis
• Podem surgir problemas de punçoamento
• Devido à deformabilidade da sapata, em geral não se pode admitir que a tensão
no solo é uniforme
• Não é aconselhável a utilização de sapatas flexíveis.

Nota: foi usado o software Sap 2000 para obtenção dos esforços na estrutura como se
mostra asseguir.

Figura-68: Representação da estrutura modelada no Sap2000.


P á g i n a | 99

Figura-69: Representação do diagrama dos esforços axiais na estrutura.

Figura-70: Representação do diagrama dos momentos nos pilares.


P á g i n a | 100

Figura-71: Planta de pavimento com as devidas sapatas.

Sapata − 𝑵𝑬𝒅 (𝒌𝑵) +/− 𝑴𝑬𝒅 (𝒌𝑵. 𝒎)

1-B 434,9 19,99

2-B 1995,2 18,76

3-B 2708,8 12,71

4-B 1993,8 4,48

5-B 343,9 1,8

Dados:

𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 = 2 𝐾𝑔/𝑚2

Secção do pilar ( 0,2m*0,2m)

Materiais:

C30/37

A400NR
P á g i n a | 101

𝑁𝐸𝑑 434,9
𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ → 𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ = 2,17𝑚2 𝑎 = 𝑏 → 𝑎2 = √𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 1,5 𝑚
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 200
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 ≥ 𝜎𝐸𝑑 → 𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 = 200 𝐾𝑁/𝑚2 > 𝜎𝐸𝑑 = 193,28 𝐾𝑁/𝑚2
𝑁𝐸𝑑 1995,2
𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ → 𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ = 9,98𝑚2 𝑎 = 𝑏 → 𝑎2 = √𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 3,2 𝑚
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 200
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 ≥ 𝜎𝐸𝑑 → 𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 = 200 𝐾𝑁/𝑚2 > 𝜎𝐸𝑑 = 193,28 𝐾𝑁/𝑚2
𝑁𝐸𝑑 2708,8
𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ → 𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ = 13,54𝑚2 𝑎 = 𝑏 → 𝑎2 = √𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 3,70 𝑚
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 200
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 ≥ 𝜎𝐸𝑑 → 𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 = 200 𝐾𝑁/𝑚2 > 𝜎𝐸𝑑 = 193,28 𝐾𝑁/𝑚2
𝑁𝐸𝑑 1993,8
𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ → 𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ = 9,97𝑚2 𝑎 = 𝑏 → 𝑎2 = √𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 3,2 𝑚
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 200
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 ≥ 𝜎𝐸𝑑 → 𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 = 200 𝐾𝑁/𝑚2 > 𝜎𝐸𝑑 = 193,28 𝐾𝑁/𝑚2
𝑁𝐸𝑑 343,9
𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ → 𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≥ = 1,72 𝑎 = 𝑏 → 𝑎2 = √𝐴𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 1,40𝑚
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 200
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 ≥ 𝜎𝐸𝑑 → 𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 = 200 𝐾𝑁/𝑚2 > 𝜎𝐸𝑑 = 193,28 𝐾𝑁/𝑚2
Sapata 1-2

Sapata 2-3
P á g i n a | 102

Sapata 3-4

Sapata 4-5

Condição de rigidez para os casos mais desfavoráveis:


1 1 1
𝐶𝑥 = 𝐴 − 𝑎 = (3.70 − 0.20)
2 2 2
𝐶𝑥 = 1,75 𝑚
1
𝐶 ≤ 𝐻 ≤ 𝐶𝑥
2 𝑥
𝐻 = 1,0 𝑚 𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 𝑂𝐾

𝑑 = 1,0 × 0,9 = 0,9 𝑚


1 1 1
𝐶𝑥 = 𝐴 − 𝑎 = (1,4 − 0.20)
2 2 2
𝐶𝑥 = 0,6 𝑚
1
𝐶 ≤ 𝐻 ≤ 𝐶𝑥
2 𝑥
𝐻 = 0,50 𝑚 𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 𝑂𝐾

𝑑 = 0,5 × 0.9 = 0,45𝑚


P á g i n a | 103

Nota: decidiu-se encontrar a secção de cada sapata para evitar excentricidade ou


sapatas corridas.

Modelos de cálculo:
P á g i n a | 104

Dimensionamento da sapata

Sapata 1
1,5
𝑉 𝑑 −0,15×0,2
2
𝑡𝑔𝛼 = → 𝑡𝑔𝛼 = 𝐴 → 𝐹𝑡 = × 425,4
𝐹𝑡 −0,15𝑎 0,5
2

→ 𝐹𝑡 = 612,58 𝐾𝑁
𝐴𝑆 𝐹𝑡 1 612,58 × 104 𝐴𝑆
( )= × = 3
→ ( ) = 11,74 𝐶𝑚2 /m
𝑆 𝑓𝑦𝑑 𝐵 348 × 10 × 1,5 𝑆
𝐴𝑆
∅20//0,25 → ( ) = 12,57 𝐶𝑚2 /m
𝑆

Sapata 2
3,2
𝑉 𝑑 −0,15×0,2
2
𝑡𝑔𝛼 = → 𝑡𝑔𝛼 = 𝐴 → 𝐹𝑡 = × 2714,5
𝐹𝑡 −0,15𝑎 0,9
2

→ 𝐹𝑡 = 4735, 29𝑁
𝐴𝑆 𝐹𝑡 1 4735,29 × 104 𝐴𝑆
( )= × = 3
→ ( ) = 42,52 𝐶𝑚2 /m
𝑆 𝑓𝑦𝑑 𝐵 348 × 10 × 3,20 𝑆
𝐴𝑆
∅25//0,125 → ( ) = 49,09 𝐶𝑚2 /m
𝑆
Sapata 3
3,7
𝑉 𝑑 −0,15×0,2
2
𝑡𝑔𝛼 = → 𝑡𝑔𝛼 = 𝐴 → 𝐹𝑡 = × 2705,9
𝐹𝑡 −0,15𝑎 0,9
2

→ 𝐹𝑡 = 5471,93 𝐾𝑁
𝐴𝑆 𝐹𝑡 1 5471,93 × 104 𝐴𝑆
( )= × = 3
→ ( ) = 42,50 𝐶𝑚2 /m
𝑆 𝑓𝑦𝑑 𝐵 348 × 10 × 3,70 𝑆
P á g i n a | 105

𝐴𝑆
∅25//0,125 → ( ) = 49,09 𝐶𝑚2 /m
𝑆
Sapata 4
1,6
𝑉 𝑑 −0,15×0,2
2
𝑡𝑔𝛼 = → 𝑡𝑔𝛼 = 𝐴 → 𝐹𝑡 = × 1996,3
𝐹𝑡 −0,15𝑎 0,9
2

→ 𝐹𝑡 = 1707,95 𝐾𝑁
𝐴𝑆 𝐹𝑡 1 1707,3 × 104 𝐴𝑆
( )= × = 3
→ ( ) = 30,69 𝐶𝑚2 /m
𝑆 𝑓𝑦𝑑 𝐵 348 × 10 × 1,6 𝑆

𝐴𝑆
∅20//0,10 → ( ) = 31,42 𝐶𝑚2 /m
𝑆
Sapata 5
1,4
𝑉 𝑑 −0,15×0,2
2
𝑡𝑔𝛼 = → 𝑡𝑔𝛼 = 𝐴 → 𝐹𝑡 = × 387,4
𝐹𝑡 −0,15𝑎 0,5
2

→ 𝐹𝑡 = 288,397 𝐾𝑁
𝐴𝑆 𝐹𝑡 1 5471,93 × 104 𝐴𝑆
( )= × = 3
→ ( ) = 5,92𝐶𝑚2 /m
𝑆 𝑓𝑦𝑑 𝐵 348 × 10 × 1,4 𝑆
𝐴𝑆
∅10//0,125 → ( ) = 6,28𝐶𝑚2 /m
𝑆
Visto que a sapata e o pilar são de secção quadrada a armadura aplica-se nas
duas direções.

Dimensionamento do Lintel

𝑀𝑑 − 𝑀𝑒 −18,8 − 19,2
𝑄𝐸𝑑 = 𝑉 + → 𝑄𝐸𝑑 = = −9,5 𝐾𝑁
𝐿 4
19,2
𝜇= = 0,011 → 𝜔 = 0,011
0,3 × 0,542 × 20 × 103
0,011 × 0,3 × 0,54 × 20
𝐴𝑆 = × 104 → 𝐴𝑆 = 1,02 < 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛
348
𝐴𝑆,𝑤 9,5
( )= × 104 = 0,32 𝐶𝑚2 /m 1 Ramo
𝑆 0,9×0,54×cot 30°×

0,32 𝐴𝑆,𝑤
= 0,16 𝐶𝑚2 /m → ∅6//0,25 → ( ) = 2,26 𝐶𝑚2 /m
2 𝑆
P á g i n a | 106

Figura-72: Representação do pormenor do lintel.

Figura-73: Representação do pormenor da sapata 1-2 secção transversal.

Figura-74: Representação do pormenor da sapata 1-2 em planta.


P á g i n a | 107

Figura-75: Representação do pormenor da sapata 2-3 secção transversal.

Figura-76: Representação do pormenor da sapata 2-3 em planta.

Figura-77: Representação do pormenor da sapata 3-4 secção transversal.

Figura-78: Representação do pormenor da sapata 3-4 em planta.


P á g i n a | 108

Figura-79: Representação do pormenor da sapata 4-5 secção transversal.

Figura-80: Representação do pormenor da sapata 4-5 em planta.

7. PRÉ-ESFORÇO
O pré-esforço é uma tecnologia que permite introduzir numa estrutura um estado
de tensão e deformação por meio de cabos de aço de alta resistência que possibilita o
controlo do seu comportamento no que se refere à fendilhação e à deformação.

Como é sabido o menor desempenho das estruturas de betão no que se refere ao


comportamento em serviço resulta, em grande parte, da fraca resistência do betão à
tracção. Portanto se, em serviço, as tensões de tracção no betão forem controladas a
nível reduzido o desempenho das estruturas melhorará substancialmente.

Os efeitos do pré-esforço podem ser entendidos recorrendo aos exemplos a seguir


apresentados que traduzem o comportamento de vigas submetidas à acção de cargas no
vão.

A actuação das cargas gera na viga um estado de tensão indicado na figura. Na


zona inferior as tensões de tracção originam a fendilhação do betão e a consequente
perda de rigidez da viga e aumento das flechas.
P á g i n a | 109

Este comportamento pode ser melhorado se for introduzida uma força de


compressão que vai originar uma redução das tensões de tracção e consequentemente
uma menor fendilhação e perda de rigidez da viga.

Essa força de compressão pode ser conseguida por meio de um cabo de aço
tensionado que transmite a força de tensionamento ao betão nas extremidades da viga.

O cabo de aço pode ter diferentes posicionamentos na secção da viga e diferente


geometria os quais têm consequências ao nível do comportamento da viga conforme
ilustrado na figura seguinte onde se representam as tensões na secção de meio vão
devidas ao pré-esforço P e à carga actuante q.

Vantagens Da Utilização Do Pré-Esforço


• Vencer vãos maiores
• Maiores esbeltezas para vãos equivalentes
• Diminuição do peso próprio
• Melhoria do comportamento em serviço
• Utilização racional dos betões e aços de alta resistência
P á g i n a | 110

Técnicas E Sistemas. De Pré-Esforço


Pré-esforço por pré-tensão
• As armaduras são tensionadas antes da colocação do betão;
• A transferência de força é realizada por aderência;
• É realizado em fábrica (tensão aplicada contra cofragens ou contra maciços de
amarração).

Pré-esforço por pós-tensão


• As armaduras são tensionadas depois do betão ter adquirido a resistência
necessária;
• A transferência de força é realizada quer nas extremidades, através de
dispositivos mecânicos de fixação das armaduras (ancoragens), quer ao longo
das armaduras.

Nos sistemas de pós-tensão o cabo de pré-esforço pode ter uma geometria curva a
qual é mais adequada para vigas contínuas.

Nos sistemas de pós-tensão aderentes as bainhas dos cabos são injectadas com calda
de cimento.
P á g i n a | 111

Figura-68: Viga com cabo de pré-esforço inserida legendado (Folhas de apoio IST 2013/2014)

Componentes De Um Sistema De Pré-Esforço


• Armaduras de pré-esforço

As armaduras de pré-esforço são constituídas por aço de alta resistência, e podem ter as
seguintes formas:

Os cordões são compostos por fios, sendo os mais correntes os cordões de 7 fios
obtidos por 6 fios enrolados em torno de um fio central recto.

No quadro seguinte apresentam-se algumas características de aços de alta


resistência correntemente utilizados em armaduras de pré-esforço:
P á g i n a | 112

Os aços de pré-esforço devem garantir um valor mínimo da extensão à força


máxima uk de 3,5%.

A norma prEN 10138 define as propriedades e requisitos dos aços de pré-esforço. A


designação dos aços de pré-esforço segundo esta norma é a seguinte: Y fpk

Exemplo: Y 1860 – aço de pré-esforço com valor nominal da tensão de rotura à tracção
igual a 1860 MPa.

A – acção do pré-esforço isolado

B – acção das cargas mobilizadas na aplicação do pré-esforço (peso próprio)

C – situação após a aplicação do pré-esforço

Figura-70: Diagrama de extensões (Folhas de apoio IST 2013/2014)


Como se verifica, o estado de deformação induzido pelo pré-esforço é contrário
ao estado de deformação provocado pelo peso próprio.

Partindo de uma situação em que a viga está apoiada numa cofragem, a


aplicação do pré-esforço irá originar uma deformação para cima da viga (diagrama A).
Nessa altura é mobilizado o peso próprio da viga (diagrama B). O diagrama de
deformação final C resulta da sobreposição dos diagramas A e B.

O estado de tensão numa viga pré-esforçada é caracterizado pelos diagramas da


figura seguinte em que P é o pré-esforço aplicado e M é o momento das cargas
exteriores.
P á g i n a | 113

Figura-71: Diagrama de tensões. (Folhas de apoio IST 2013/2014)


As tensões actuantes nas fibras inferior e superior são:

. Pré-Dimensionamento De Um Elemento Pré-Esforçado


• Pré-dimensionamento da secção
𝐿
A altura de uma viga pré-esforçada pode ser estimada a partir da relação h≈ 15 𝑎 20

refira-se que esta estimativa é da ordem de 1.5 a 2 vezes superior ao corrente para uma
viga de betão armado, devido ao melhor controlo das deformações e facilidade de
pormenorização de armaduras.

• Traçado do cabo

A escolha do traçado dos cabos deve ser feita com base no diagrama de esforços das
cargas permanentes. Em geral o cabo de pré-esforço deve estar situado na zona
traccionada das secções ao longo da viga.

• Princípios base para a definição do traçado dos cabos de pré-esforço

-Traçados simples: troços rectos ou troços parabólicos (2º grau)


P á g i n a | 114

-Aproveitar a excentricidade máxima nas zonas de maiores momentos (ver nota)

-Sempre que possível, nas extremidades, os cabos deverão situar-se dentro do


núcleo central da secção

-O traçado do cabo (ou resultante dos cabos) deverá cruzar o centro de gravidade
da secção numa secção próxima da de momentos nulos das cargas permanentes (mas só
de uma forma qualitativa)

-Devem respeitar-se as restrições de ordem prática da construção e os limites


correspondentes às dimensões das ancoragens e resistência do betão, necessários para
resistir às forças de ancoragem

Notas:

i) A excentricidade máxima dos cabos depende do recobrimento a adoptar para as


bainhas dos cabos de pré-esforço, deve ter em consideração que em vigas, o
recobrimento mínimo das bainhas é : cmin = min (∅bainha; 8 cm);

ii) o ponto de inflexão do traçado está sobre a recta que une os pontos de excentricidade
máxima;

iii) O raio de curvatura dos cabos deve ser superior ao raio mínimo que,
simplificadamente pode ser obtido pela expressão Rmin [m]= 3√Pu (onde Pu
representa a força última em MN).

Pré-dimensionamento da força de pré-esforço útil


P á g i n a | 115

A segurança em relação ao estado limite de descompressão considera-se


satisfeita se, nas secções do elemento, a totalidade dos cabos de pré-esforço se situar no
interior da zona comprimida e a uma distância de, pelo menos, 0.025 m ou 0.10 m
relativamente à zona traccionada, para estruturas de edifícios ou pontes,
respectivamente.

Na prática, será preferível assegurar que nas secções do elemento não existem tracções
ao nível da fibra extrema que ficaria mais traccionada (ou menos comprimida) por
efeito dos esforços actuantes, com exclusão do pré-esforço.

Valor Da Força De Pré-Esforço. Definição Dos Cabos


Força máxima de tensionamento

De acordo com o EC2, a força máxima a aplicar num cabo de pré-esforço é dada pela
seguinte expressão

Pmáx = Ap.𝜎p,máx

onde,

𝜎p,máx = min (0.8 fpk;0.9 fp0,1k) e representa a tensão máxima a aplicar aos cordões na
altura da aplicação do pré-esforço.

Após a transmissão da força para a ancoragem as tensões admissíveis são as seguintes:


𝜎p,máx = min (0.75fpk;0.85fp0,1k)

Perdas de pré-esforço

-Perdas instantâneas (8% – 15%)

Pós-tensão

-Perdas por atrito

-Perdas por reentrada de cabos

-Perdas por deformação instantânea do betão

Pré-tensão
• Relaxação da armadura até à betonagem
• Escorregamento nas zonas de amarração
• Deformação instantânea do betão

Perdas diferidas (12% – 15%)


P á g i n a | 116

• Perdas por retracção do betão


• Perdas por fluência do betão
• Perdas por relaxação da armadura

P0’ (força de tensionamento)(8% – 15% )P0 →(12% – 15% ) 𝑃∞

P0 – força de pré-esforço após perdas imediatas

𝑃∞ – força de pré-esforço útil ou a tempo infinito

Definição dos cabos


Realizado o pré-dimensionamento da força útil de pré-esforço é possível estimar
os cabos a adotar assumindo valores correntes das perdas de pré-esforço.

Este cálculo tem interesse, por exemplo, para aferir se as dimensões adotadas
para as secções são suficientes para conduzir a uma pormenorização adequada das
armaduras de pré-esforço.

Supondo que para um determinado traçado de cabo se assumia na secção


condicionante para as perdas diferidas um valor de 14% e para as perdas imediatas um
valor de 10%, o valor da força de tensionamento dos cabos seria o seguinte:

P0 = 𝑃∞ /0.86

P0’ = P0/ 0.9

Considerando que os cabos eram tensionados a 75% da força de rotura, a área de


armadura de pré-esforço necessária e o número de cordões seria:

P0' = 0.75 Fpk → Ap = P0' /0,75.1860.103

nº de cordões =Ap /Acordão

Por questões de economia, há vantagem em utilizar os cabos standard dos sistemas de


pré-esforço.
P á g i n a | 117

𝑏𝑒𝑓𝑓 = 0,20𝑏1 + 0,1𝑙0 ≤ 0,20𝑙0

𝑙0 = 0,15(𝑙1 + 𝑙2 ) → 𝑙0 = 0,15(5,5 + 6) → 𝑙0 = 1,7𝑚


1 1
𝑏1 = (𝑙1 − 𝑏𝑤 ) → 𝑏1 = (5,5 − 0,25) → 𝑏1 = 2,63 𝑚
2 2
1 1
𝑏2 = (𝑙2 − 𝑏𝑤 ) → 𝑏2 = (6 − 0,25) → 𝑏2 = 2,88 𝑚
2 2
𝑏𝑒𝑓𝑓1 = 0,20 × 2,63 + 0,1 × 1,73 → 𝑏𝑒𝑓𝑓1 = 0,7𝑚

𝑏𝑒𝑓𝑓2 = 0,20 × 2,88 + 0,1 × 1,73 → 𝑏𝑒𝑓𝑓2 = 0,75 𝑚

𝑏𝑒𝑓𝑓 = 𝑏𝑒𝑓𝑓1 + 𝑏𝑒𝑓𝑓2 + 𝑏𝑤 → 𝑏𝑒𝑓𝑓 = 0,7 + 0,75 + 0,25 → 𝑏𝑒𝑓𝑓 = 1,7 𝑚

𝐴1 = 0,12 × 5,76 → 𝐴1 = 0,69 𝑚2

𝐴2 = 0,25 × 0,57 → 𝐴2 = 0,14 𝑚2 𝐴𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,83 𝑚2

𝑀𝑠𝑦 = 𝐴1 × 𝐶𝐺𝑥1 + 𝐴2 × 𝐶𝐺𝑥2 → 𝑀𝑠𝑦 = 0,69 × 2,755 + 0,14 × 2,88

→ 𝑀𝑠𝑦 = 2,30 𝑚3

𝑀𝑠𝑥 = 𝐴1 × 𝐶𝐺𝑦1 + 𝐴2 × 𝐶𝐺𝑦2 → 𝑀𝑠𝑥 = 0,69 × 0,29 + 0,14 × 0,63

→ 𝑀𝑠𝑥 = 0,29 𝑚3
P á g i n a | 118

𝑀𝑠𝑦 2,30
𝑋𝐶𝐺 = → 𝑋𝐶𝐺 = → 𝑋𝐶𝐺 = 2,77 𝑚
𝐴 0,83
𝑀𝑠𝑥 0,29
𝑌𝐶𝐺 = → 𝑌𝐶𝐺 = → 𝑌𝐶𝐺 = 0,35 𝑚
𝐴 0,83

𝑑𝑥1 = 𝑋1 − 𝑋𝐶𝐺 → 𝑑𝑥1 = 2,77 − 2,755 → 𝑑𝑥1 = 0,015 𝑚

𝑑𝑥2 = 𝑋2 − 𝑋𝐶𝐺 → 𝑑𝑥2 = 2,88 − 2,77 → 𝑑𝑥2 = 0,11 𝑚

𝑑𝑦1 = 𝑦1 − 𝑦𝐶𝐺 → 𝑑𝑦1 = 0,29 − 0,29 → 𝑑𝑦1 = 0

𝑑𝑦2 = 𝑦2 − 𝑦𝐶𝐺 → 𝑑𝑦2 = 0,63 − 0,29 → 𝑑𝑦2 = 0,34 𝑚

0,25 × 0,573 2
5,76 × 0,123
𝐼𝑥 = + 0,87 × (0) + + 0,14 × (0,34)2 → 𝐼𝑥 = 0,0209 𝑚4
12 12
𝐼 0,0209
𝜔𝑖𝑛𝑓 = → 𝜔𝑖𝑛𝑓 = → 𝜔𝑖𝑛𝑓 = 0,0721 𝑚3
𝑌𝑖𝑛𝑓 0,29

𝐼 0,0209
𝜔𝑠𝑢𝑝 = → 𝜔𝑠𝑢𝑝 = → 𝜔𝑖𝑛𝑓 = 0,0523 𝑚3
𝑌𝑠𝑢𝑝 0,4

𝑃∞ 𝑃∞ . 𝑒 𝑀𝐶𝑞𝑝
− − + ≤0
𝐴 𝜔𝑖𝑛𝑓 𝜔𝑖𝑛𝑓

1 𝑒 𝑀𝐶𝑞𝑝 𝑀𝐶𝑞𝑝 1 𝑒
𝑃∞ [− − ]+ ≤ 0 → 𝑃∞ ≤ − [ ] / [− − ]
𝐴 𝜔𝑖𝑛𝑓 𝜔𝑖𝑛𝑓 𝜔𝑖𝑛𝑓 𝐴 𝜔𝑖𝑛𝑓

𝐶𝑃 = 8,25 𝐾𝑁⁄ 𝑚2

𝑆𝐶 = 7,5 𝐾𝑁⁄ 𝑚2

𝑞𝐸𝑑 = 𝐶𝑃 + 𝛹2 . 𝑆𝐶 → 𝑞𝐸𝑑 = 8,25 + 0,7 × 7,5 → 𝑞𝐸𝑑 = 15 𝐾𝑁/𝑚


P á g i n a | 119

247,1 1 0,19
𝑃∞ ≤ − [ ] / [− − ] → 𝑃∞ ≤ 2841,93 𝐾𝑁
0,0721 0,83 0,0721

46,9 1 0,30
𝑃∞ ≤ − [ ] / [− − ] → 𝑃∞ ≤ 469,54 𝐾𝑁
0,0523 0,83 0,0523

𝑌 = 𝑎𝑥 2

Parábola 1

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥 = 4,8 𝑚

𝑒 = 0,19
0,19
→ 𝑌 = 𝑎(4,8)2 → 𝑎 = → 𝑎 = 0,0082 ∴ 𝑌 = 0,0082𝑥 2
(4,8)2

Parábola 2-3
P á g i n a | 120

𝑌 0,49
= → 𝑌 = 0,41
6 7,2
Parábola 2

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥 = 6 𝑚

𝑒𝑣ã𝑜 + 𝑒𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 0,19 + 0,30 = 0,49

0,41
→ 𝑌 = 𝑎(6)2 → 𝑎 = 2
→ 𝑎 = 0,0114 ∴ 𝑌 = 0,0114𝑥 2
(6)

Parábola 3

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥 = 1,2 𝑚

0,49 − 0,41 = 0,08

Parábola 4 e troço reto

𝑠𝑒𝑛𝜃 0,3 + 2𝑓 2𝑓 0,3


𝑡𝑔𝜃 = = = → 0,3 = 5𝑓 − 𝑓 = 4𝑓 → 𝑓 = = 0,075
𝑐𝑜𝑠𝜃 2,5 0,5 4
Parábola 4
P á g i n a | 121

0,075
→ 𝑌 = 𝑎(0,5)2 → 𝑎 = → 𝑎 = 0,3 ∴ 𝑌 = 0,3𝑥 2
(0,5)2

Troço reto

𝑌 = 𝑌𝑥,4 ´ = 2 × 0,3𝑥 → 𝑌 = 0,6𝑥

8. 𝑓. 𝑃∞
𝑞=
𝑙2
Parábola f(m) L(m) q(KN/m)

1 0,19 9,6 46,87

2 0,41 12 64,73

3 0,08 2,4 315,77

4 0,075 1 1705,16

𝑃∞ 2841,93
𝑃0 ´ = → 𝑃0 ´ = → 𝑃0 ´ = 3671,74 𝐾𝑁
0,86 × 0,90 0,86 × 0,90

𝑃0 ´ = 0,75𝑓𝑝𝑘
{
𝜎∞ = 0,75𝑓𝑝𝑘

𝑃0 ´ 3671,74 × 104
𝐴𝑝 = → 𝐴𝑝 = → 𝐴𝑝 = 19,74 𝑐𝑚2
0,75𝑓𝑝𝑘 1860 × 103

𝐴𝑝 19,74
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑑õ𝑒𝑠 = = = 14,1
𝐴𝑐𝑜𝑟𝑑ã𝑜 1,4

→ 1𝑐14𝑐𝑜𝑟𝑑õ𝑒𝑠 100/107
P á g i n a | 122

CONCLUSÃO

O presente trabalho foi uma forma de colocar em prática aquilo que foi estudado
em aula, a utilização de artigos e outras fontes de pesquisa, permitiram a efectivação do
mesmo. Por conta disso, alguns resultados, provavelmente, não serão condizentes com a
realidade, e sim, aproximações. Mas, ainda assim, foi possível fazer o dimensionamento
estrutural.

Pode-se afirmar que o objectivo desse estudo foi alcançado, possibilitando a


determinação da quantidade de aço na estrutura.

Entende-se que um bom projecto de estrutura preza pela eficiência, característica


fundamental quando se quer inovar sem oferecer riscos à segurança dos usuários, sem
mencionar a busca por uma noção detalhada do orçamento do projecto.
P á g i n a | 123

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• Google
• EC0 PARTE 1-1
• EC3 PARTE 1-1
• EC2 PARTE 1-1
• folhas de apoio 2014-2015
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ANEXO
P á g i n a | 125
P á g i n a | 126
P á g i n a | 127
P á g i n a | 128
P á g i n a | 129
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P á g i n a | 132
P á g i n a | 133
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