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Equipe Exatas Estratégia
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06 de Julho de 2022
Índice
1) Espaços Vetoriais
..............................................................................................................................................................................................3
UnDF - Conhecimentos do Grupo 3 (cargos 111 a 132; 136 a 153; 312 a 332 e 341 a 353) - 2022 (Pós-Edital) 2
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ESPAÇOS VETORIAIS
Espaços Vetoriais
Definição de espaço vetorial
• Axiomas da soma:
(S1) Comutativa: 𝑢 + 𝑣 = 𝑣 + 𝑢;
(S2) Associativa: 𝑢 + (𝑣 + 𝑤) = (𝑢 + 𝑣) + 𝑤
(S3) Elemento neutro da soma: Existe um elemento (notação: 𝒐) do conjunto 𝑉 que, ao ser somado
com um elemento qualquer 𝑢 desse conjunto, obtém-se o próprio elemento 𝑢.
𝑢+𝑜 =𝑢
(S4) Inverso aditivo: Para todo elemento 𝑢 do conjunto 𝑉, existe um elemento oposto tal que a soma do
elemento com o seu oposto é o elemento neutro da adição.
𝑢 + (−𝑢) = 𝑜
O vetor 𝑢 é uma combinação linear dos vetores 𝑣1 , 𝑣2 , ... , 𝑣𝑛 se e somente se existirem escalares 𝛼1 ,
𝛼2 , ... , 𝛼𝑛 tais que:
𝑢 = 𝛼1 𝑣1 + 𝛼2 𝑣2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑣𝑛
Dependência linear
Seja 𝑉 um espaço vetorial. Dizemos que o conjunto 𝐿 = {𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛 } ⊂ 𝑉 é Linearmente Dependente
(LD) quando pelo menos um dos elementos é combinação linear dos demais.
Caso contrário, isto é, quando nenhum dos elementos é combinação linear dos demais, o conjunto é
Linearmente Independente (LI).
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Subespaço gerado
Considere um espaço vetorial 𝑉 e um conjunto 𝑈 ⊂ 𝑉, em que 𝑈 = {𝑢1 , 𝑢2 , … , 𝑢𝑛 }.
Chamamos de conjunto gerado por 𝑼 (notação: [𝑼]) o conjunto de todas as combinações lineares de
elementos de 𝑈. Isto é:
[𝑈] = {𝛼1 𝑢1 + 𝛼2 𝑢2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑢𝑛 | 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 ∈ R}
Podemos perceber que [𝑈] ⊂ 𝑉. Além disso, como o conjunto gerado por 𝑼 é um subespaço de 𝑽,
podemos chamar esse conjunto de subespaço gerado por 𝑼.
Base de um espaço vetorial
Uma base do espaço vetorial 𝑉 é um subconjunto 𝑩 ⊂ 𝑽 em que:
• [𝑩] = 𝑽; e
• 𝑩 é Linearmente Independente (LI).
Considere um espaço vetorial 𝑉 e uma base 𝐵 = {𝑢1 , 𝑢2 , … , 𝑢𝑛 } desse espaço vetorial. Então, para todo
vetor 𝑢 ∈ 𝑉, existem escalares 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 tais que:
𝑢 = 𝛼1 𝑢1 + 𝛼2 𝑢2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑢𝑛
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𝑆1 ⊂ 𝑆2 se e somente se 𝐺1 ⊂ 𝑆2
𝑺𝟏 ⊂ 𝑺𝟐
𝐒𝟏 = 𝐒𝟐 se e somente se { 𝐞
𝑺𝟐 ⊂ 𝑺𝟏
Soma de subespaços
Sejam 𝑊1 e 𝑊2 subespaços vetoriais de um espaço vetorial 𝑉.
Então, o conjunto 𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 é um subespaço vetorial de 𝑽, em que:
𝑊1 + 𝑊2 = {𝑤1 + 𝑤2 | 𝑤1 ∈ 𝑊1 e 𝑤2 ∈ 𝑊2 }
Considere também que 𝑾𝟏 é gerado pelo conjunto de vetores 𝑮𝟏 e 𝑾𝟐 é gerado pelo conjunto de
vetores 𝑮𝟐 . Nesse caso, 𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 é gerado por 𝑮𝟏 ∪ 𝑮𝟐 . Isto é:
𝑊1 + 𝑊2 = [𝐺1 ∪ 𝐺2 ]
Intersecção de subespaços
Sejam 𝑊1 e 𝑊2 subespaços vetoriais de um espaço vetorial 𝑉. Então, a intersecção 𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐 é um
subespaço vetorial de 𝑽, em que:
𝑊1 ∩ 𝑊2 = {𝑣 ∈ 𝑉 | 𝑣 ∈ 𝑊1 e 𝑣 ∈ 𝑊2 }
Soma direta
Sejam 𝑊1 e 𝑊2 dois subespaços vetoriais de 𝑉 tais que 𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐 = {𝒐}, em que "𝑜" representa o
elemento neutro.
Nesse caso, dizemos que a soma 𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 é a soma direta dos subespaços 𝑋 e 𝑌, e essa soma direta é
representada do seguinte modo:
𝑾𝟏 ⊕ 𝑾𝟐
União de subespaços
A união de dois subespaços vetoriais nem sempre é um subespaço.
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Mudança de base
𝑓1 = 𝑎11 𝑒1 + 𝑎21 𝑒2 + ⋯ + 𝑎𝑛1 𝑒𝑛 𝑥1 𝑎11 𝑎12 | … | 𝑎1𝑛 𝑦1
𝑓2 = 𝑎12 𝑒1 + 𝑎22 𝑒2 + ⋯ + 𝑎𝑛2 𝑒𝑛 𝑥2 𝑎21 𝑎22 | … | 𝑎2𝑛 𝑦2
{ → [| … |] = [ ][ ]
| ... |…| |…| |… |…| |…|
𝑓𝑛 = 𝑎1𝑛 𝑒1 + 𝑎2𝑛 𝑒2 + ⋯ + 𝑎𝑛𝑛 𝑒𝑛 𝑥𝑛 𝐸 ⏟𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 | … 𝑎𝑛𝑛 𝑦𝑛 𝐹
𝑀𝐹𝐸
𝑴𝑭𝑬 ou 𝑴𝑬𝑭 é a matriz de mudança da base E para a base F. Ao multiplicar essa matriz pelo vetor
escrito em base 𝐹, obtemos o vetor escrito em base 𝑬.
[𝑣]𝐸 = 𝑀𝐹𝐸 [𝑣]𝐹
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Introdução
Antes de entrarmos na definição de espaços vetoriais, vamos analisar certas semelhanças entre dois
conjuntos que, à primeira vista, parecem não ter nada em comum:
Note que, dadas duas matrizes 𝐴, 𝐵 ∈ 𝑀2×2 (R), podemos realizar uma operação de soma, que tem por
resultado uma matriz que pertence ao conjunto 𝑴𝟐×𝟐 (𝐑):
𝐴 + 𝐵 ∈ 𝑀2×2 (R)
(S1) Comutativa: 𝐴 + 𝐵 = 𝐵 + 𝐴
(S2) Associativa: (𝐴 + 𝐵) + 𝐶 = 𝐴 + (𝐵 + 𝐶)
(S3) Elemento neutro da soma: Existe um elemento do conjunto 𝑀2×2 (R) que, ao ser somado com
uma matriz qualquer 𝐴 desse conjunto, obtém-se a própria matriz 𝐴.
0 0
𝐴 + 𝑂2×2 = 𝐴, em que 𝑂2×2 = [ ]
0 0
(S4) Inverso aditivo: Para todo elemento 𝐴 do conjunto 𝑀2×2 (R), existe um elemento oposto, que
chamaremos de (−𝐴), tal que a soma do elemento com o seu oposto é o elemento neutro da
adição.
𝐴 + (−𝐴) = 𝑂2×2
Além dessa soma de matrizes 2 × 2, podemos definir também uma multiplicação por escalar. Dada uma
matriz 𝐴 ∈ 𝑀2×2 (R) e dado um escalar 𝛼 ∈ R, podemos realizar a seguinte operação, que tem por
resultado uma matriz que pertence ao conjunto 𝑴𝟐×𝟐 (𝐑):
𝛼𝐴 ∈ 𝑀2×2 (R)
Considerando a multiplicação por escalar usual de matrizes, ela é realizada multiplicando todos os
elementos da matriz em questão pelo escalar 𝛼:
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⃗ + 𝑣 ∈ 𝑉3
𝑢
(S1) Comutativa: 𝑢⃗ + 𝑣⃗ = 𝑣⃗ + 𝑢⃗
(S2) Associativa: (𝑢⃗ + 𝑣⃗) + 𝑤
⃗⃗ = 𝑢
⃗ + (𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗ )
(S3) Elemento neutro da soma: Existe um elemento do conjunto 𝑉 3 que, ao ser somado com um
⃗ desse conjunto, obtém-se o próprio vetor 𝑢
vetor qualquer 𝑢 ⃗.
⃗ +0
𝑢 ⃗ =𝑢 ⃗
(S4) Inverso aditivo: Para todo elemento 𝑢⃗ do conjunto dos vetores 𝑉 3 , existe um elemento oposto,
que chamaremos de (−𝑢
⃗ ), tal que a soma do elemento com o seu oposto é o elemento neutro da
adição.
⃗ + (−𝑢
𝑢 ⃗ ) = ⃗0
Além dessa adição de vetores, podemos definir também uma multiplicação por escalar. Dado um vetor
⃗ ∈ 𝑉 3 e dado um escalar 𝛼 ∈ R, podemos realizar a seguinte operação, que tem por resultado um vetor
𝑢
que pertence ao conjunto 𝑽𝟑 :
⃗ ∈ 𝑉3
𝛼𝑢
Creio que a partir desse momento você já deve ter percebido que o conjunto das matrizes 𝟐 × 𝟐 e o
conjunto dos vetores no espaço, apesar de parecerem muito distintos, apresentam certas características
em comum. Isso porque nos dois conjuntos podemos definir as operações de soma e de multiplicação por
escalar, de modo que essas operações:
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É a partir das características semelhantes entre os conjuntos que vimos no tópico anterior que surge o
conceito abstrato de espaço vetorial.
Um conjunto 𝑽 é denominado espaço vetorial se estiver munido de uma soma e de uma multiplicação por
escalar que obedecem aos seguintes axiomas, para quaisquer elementos 𝑢, 𝑣 ∈ 𝑉 e para quaisquer
escalares 𝛼, 𝛽 ∈ R:
Axiomas da soma:
o (S1) Comutativa: 𝑢 + 𝑣 = 𝑣 + 𝑢;
o (S2) Associativa: 𝑢 + (𝑣 + 𝑤) = (𝑢 + 𝑣) + 𝑤
o (S3) Elemento neutro da soma: Existe um elemento (notação: 𝒐) do conjunto 𝑉 que, ao
ser somado com um elemento qualquer 𝑢 desse conjunto, obtém-se o próprio elemento
𝑢.
𝑢+𝑜 =𝑢
o (S4) Inverso aditivo: Para todo elemento 𝑢 do conjunto 𝑉, existe um elemento oposto tal
que a soma do elemento com o seu oposto é o elemento neutro da adição.
𝑢 + (−𝑢) = 𝑜
Ao dizer que o conjunto está munido de uma soma de uma multiplicação por escalar,
deve-se entender que, ao realizar essas operações, necessariamente o resultado deve
ser um elemento que pertence ao conjunto em questão.
Em outras palavras, tanto a soma quanto a multiplicação por escalar devem ser fechadas
nesse conjunto.
O nome espaço vetorial pode causar certa confusão. Isso porque espaços vetoriais não são
necessariamente conjuntos de vetores.
Como vimos na introdução da aula, o conjunto das matrizes 2 × 2 é um conjunto munido de uma soma e
de uma multiplicação por escalar que obedece aos axiomas vistos. Assim, 𝑴𝟐×𝟐 (𝐑) é um espaço vetorial.
A literatura de álgebra linear apresenta alguns exemplos clássicos de conjuntos que são espaços vetoriais:
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Em todos esses exemplos, consideramos que a soma e que a multiplicação por escalar é feita da forma
padrão, como estamos acostumados. Ocorre que é possível que se defina essas operações de uma forma
incomum. Vejamos o exemplo abaixo, em que utilizamos o símbolo "⊕" para representar uma soma não
usual.
• (S1) Comutativa:
𝒖 ⊕ 𝒗 = 𝑢𝑣 = 𝑣𝑢 = 𝒗 ⊕ 𝒖
• (S2) Associativa:
𝒖 ⊕ (𝒗 ⊕ 𝒘) = 𝑢. (𝑣𝑤) = (𝑢𝑣). 𝑤 = (𝒖 ⊕ 𝒗) ⊕ 𝒘
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• (S3) Elemento neutro da adição: Existe um elemento do conjunto 𝑉 que, ao ser somado com um
elemento qualquer 𝑢 desse conjunto, obtém-se o próprio elemento 𝑢.
No caso em questão, esse elemento é o número 1.
𝒖 ⊕ 𝟏 = 𝑢. 1 = 𝒖
• (S4) Inverso aditivo: Para todo elemento 𝑢 do conjunto 𝑉, existe um elemento oposto tal que a soma do
elemento com o seu oposto é o elemento neutro da adição.
No caso desse exemplo, o número 1 é o elemento neutro da adição. Assim, temos que o inverso aditivo é o
1
número real 𝑢.
𝟏 1
𝒖⊕ = 𝑢. = 𝟏
𝒖 𝑢
A multiplicação por escalar 𝜶𝒖 também é fechada, pois um número real positivo 𝑢 elevado a um escalar 𝛼
(𝛼 real qualquer) resulta em um número real positivo.
Além disso, essa multiplicação por escalar respeita as propriedades M1, M2 e M3.
• (M1) Associativa:
𝛼
𝜶(𝜷𝒖) = 𝛼𝑢𝛽 = (𝑢𝛽 ) = 𝑢𝛽𝛼 = 𝑢𝛼𝛽 = (𝜶𝜷)𝒖
• (M2) Distributiva:
(𝜶 + 𝜷)𝒖 = 𝑢𝛼+𝛽 = 𝑢𝛼 . 𝑢𝛽 = 𝜶𝒖 ⊕ 𝜷𝒖
𝜶(𝒖 ⊕ 𝒗) = (𝑢 ⊕ 𝑣)𝛼 = (𝑢𝑣)𝛼 = 𝑢𝛼 𝑣 𝛼 = 𝜶𝒖 ⊕ 𝜶𝒗
Gabarito: CERTO.
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Note que a soma não é fechada no conjunto considerado. Considere, por exemplo, os elementos 𝐴 e 𝐵
pertencentes a esse conjunto:
1 0 0 1
𝐴=[ ] 𝐵=[ ]
0 1 1 0
𝐴 e 𝐵 são invertíveis, pois seus determinantes são diferentes de zero. Ocorre que a soma 𝐴 + 𝐵 resulta em
uma matriz que não é invertível (determinante zero):
1 0 0 1
𝐴+𝐵 =[ ] +[ ]
0 1 1 0
1 1
𝐴+𝐵 =[ ]
1 1
Como 𝐴 + 𝐵 não pertence ao conjunto original, a soma não é fechada nesse conjunto e, portanto, esse
conjunto não é um exemplo de espaço vetorial.
Gabarito: CERTO.
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Subespaços vetoriais
𝑜 ∈ 𝑊;
𝑢, 𝑣 ∈ 𝑊 → 𝑢 + 𝑣 ∈ 𝑊; e
𝛼 ∈ 𝑅 e 𝑢 ∈ 𝑊 → 𝛼𝑢 ∈ 𝑊.
• 𝑾 ⊂ 𝑽; e
(ABIN/2010) Considerando que M seja o conjunto das matrizes 2 × 2, com elementos reais, e que, para a
matriz
𝑎11 𝑎12
𝐴 = (𝑎 )∈𝑀
21 𝑎22
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==20abad==
A soma é fechada em 𝑼
Considere 𝑢 e 𝑣 dois elementos de 𝑈:
𝑢11 𝑢12
𝑢 = [𝑢 𝑢22 ]
21
𝑣11 𝑣12
𝑣 = [𝑣 𝑣22 ]
21
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(ABIN/2010) Julgue o item a seguir, considerando que V é o espaço vetorial de todas as funções 𝑓: R → R.
O conjunto
𝑈 = {𝑓 ∈ 𝑉 | 𝑓(𝑥) é diferenciável e 𝑓 ′ (0) = 1}
é um subespaço vetorial de 𝑉.
Comentários:
Sabemos que o conjunto das funções 𝑓: R → R, 𝐹(R, R), é um espaço vetorial.
Para que 𝑈 seja subespaço de 𝐹(R, R), é necessário que:
• O elemento neutro da soma pertença a 𝑼;
• A soma seja fechada em 𝑼; e
• A multiplicação por escalar seja fechada em 𝑼.
Sabemos que elemento neutro 𝑜 da soma é aquele que, ao ser somando com uma função qualquer 𝑓 do
conjunto 𝑈, obtém-se a própria função 𝑓. Logo:
𝑓(𝑥) + 𝑜(𝑥) = 𝑓(𝑥)
𝑜(𝑥) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥)
𝑜(𝑥) = 0
Observe, portanto, que o elemento neutro da soma deve ser a função 𝑜(𝑥) = 0. Essa função é
diferenciável, porém sua derivada é:
𝑜′ (𝑥) = 0
Note, portanto, que o elemento nulo não pertence ao conjunto 𝑼, pois sua derivada é zero para todo 𝑥 e,
consequentemente, 𝑜′ (0) ≠ 1.
Gabarito: ERRADO.
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Combinação linear
Assim como existe combinação linear para vetores no espaço, podemos generalizar esse conceito para
quaisquer elementos de um espaço vetorial.
Como já havia sido informado, podemos chamar de vetor um elemento de um espaço vetorial qualquer.
A partir desse entendimento, veja a definição de combinação linear:
𝑢 = 𝛼1 𝑣1 + 𝛼2 𝑣2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑣𝑛
(ANAC/2012) Considerando que 𝑊 seja o espaço vetorial real dos polinômios de grau no máximo três e
com coeficientes reais com as operações usuais de adição de polinômios e produto de polinômios por
números reais, julgue o item a seguir.
O vetor 4𝑥 2 − 2 pode ser escrito como combinação linear dos vetores 𝑥 2 + 𝑥 e 2𝑥 + 1.
Comentários:
Note que, se 4𝑥 2 − 2 é combinação linear de 𝑥 2 + 𝑥 e 2𝑥 + 1, é necessário que existam escalares 𝛼1 e 𝛼2
tais que:
4𝑥 2 − 2 ≡ 𝛼1 . (𝑥 2 + 𝑥 ) + 𝛼2 (2𝑥 + 1)
𝟒𝑥 2 − 𝟐 ≡ 𝜶𝟏 𝑥 2 + (𝜶𝟏 + 𝟐𝜶𝟐 )𝑥 + 𝜶𝟐
Para que a identidade se verifique, devemos igualar os coeficientes de grau 2, grau 1 e grau 0:
𝜶𝟏 = 𝟒
{𝜶𝟏 + 𝟐𝜶𝟐 = 𝟎
𝜶𝟐 = −𝟐
Ao igualar os coeficientes de grau 2, obtemos 𝛼1 = 4. Além disso, ao igualar os coeficientes de grau 0,
obtemos 𝛼2 = −2. Resta saber se a igualdade é respeitada para os coeficientes de grau 1.
𝛼1 + 2𝛼2 = 0
4 + 2. (−2) = 0
0=0
Como a igualdade foi respeitada, de fato existem os escalares 𝛼1 e 𝛼2 . Portanto, 4𝑥 2 − 2 pode ser escrito
como combinação linear dos vetores 𝑥 2 + 𝑥 e 2𝑥 + 1.
Gabarito: CERTO.
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Dependência linear
Assim como se fala em dependência linear para vetores no espaço, podemos generalizar esse conceito
para quaisquer elementos de um espaço vetorial.
Caso contrário, isto é, quando nenhum dos elementos é combinação linear dos demais,
o conjunto é Linearmente Independente (LI).
Outra forma de caracterizar a dependência linear é por meio dos teoremas a seguir.
𝛼1 𝑣1 + 𝛼2 𝑣2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑣𝑛 = 𝑜
A ideia é que, se uma sequência de vetores é LD, é possível realizar uma soma que dê zero sem fazer uso
do caso mais óbvio, em que se zera todos os coeficientes.
se e somente se
𝜶𝟏 𝒗𝟏 + 𝜶𝟐 𝒗𝟐 + ⋯ + 𝜶𝒏 𝒗𝒏 = 𝒐 necessariamente implica 𝜶𝟏 = 𝜶𝟐 = ⋯ = 𝜶𝐧 = 𝟎
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Em outras palavras, se a única forma de a soma dar 𝐨 for com os coeficientes nulos, então o conjunto 𝑳 é
LI. A recíproca também é verdadeira: se o conjunto 𝐿 é LI, então a única forma de a soma dar 𝑜 é com os
coeficientes nulos.
Note que a simples soma nula com coeficientes nulos não significa que o conjunto 𝑳 é LI.
Isso porque a referida soma com coeficientes nulos sempre será o para quaisquer conjunto de elementos.
Não há informação nova nessa "soma de zeros".
Note também que um conjunto de vetores que apresenta o vetor nulo sempre será Linearmente
Dependente (LD). Isso porque o vetor nulo é sempre combinação linear de quaisquer conjuntos de vetores.
Por exemplo, o conjunto {𝒐, 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 } é LD, pois 𝒐 é combinação linear de 𝒗𝟏 e 𝒗𝟐 :
𝒐 = 𝟎𝒗𝟏 + 𝟎𝒗𝟐
(ANAC/2012) Considerando que 𝑊 seja o espaço vetorial real dos polinômios de grau no máximo três e
com coeficientes reais com as operações usuais de adição de polinômios e produto de polinômios por
números reais, julgue o item a seguir.
Os vetores 4 + 2𝑥 − 𝑥 2 e 2 + 𝑥 + 𝑥 2 são linearmente dependentes.
Comentários:
Sabemos que, dado um espaço vetorial 𝑉:
O conjunto 𝐿 = {𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛 } ⊂ 𝑉 é Linearmente Dependente (LD) se, e somente se, existirem escalares
não todos nulos 𝜶𝟏 , 𝜶𝟐 , … , 𝜶𝒏 tais que:
𝛼1 𝑣1 + 𝛼2 𝑣2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑣𝑛 = 𝑜
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Subespaço gerado
Chamamos de conjunto gerado por 𝑼 (notação: [𝑼]) o conjunto de todas as combinações lineares de
elementos de 𝑈. Isto é:
[𝑈] = {𝛼1 𝑢1 + 𝛼2 𝑢2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑢𝑛 | 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 ∈ R}
Podemos perceber que [𝑈] ⊂ 𝑉. Além disso, como o conjunto gerado por 𝑼 é um subespaço de 𝑽,
podemos chamar esse conjunto de subespaço gerado por 𝑼.
1 0 1 0
Considere o espaço vetorial M2×2 (R) e as matrizes 𝑢1 = [ ] e 𝑢2 = [ ] e o conjunto
0 0 0 1
𝑈 = {𝑢1 , 𝑢2 } ⊂ 𝑉.
Note que o sistema abaixo é possível e determinado, isto é, existem 𝛼1 e 𝛼2 únicos que satisfazem o
sistema:
𝜶 +𝜶 =𝒙
{ 𝟏 𝜶𝟐 = 𝒚
𝟐
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Vamos mostrar que, para qualquer conjunto 𝑈 = {𝑢1 , 𝑢2 , … , 𝑢𝑛 } contido em um espaço vetorial 𝑽, o
espaço gerado por 𝑈 é um subespaço de 𝑉.
Primeiramente, cumpre destacar que, se 𝑈 ⊂ 𝑉, necessariamente teremos [𝑈] ⊂ 𝑉.
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Considere agora o seguinte conjunto de vetores 𝐶 contido no espaço vetorial 𝑀2×2 (R).
1 0 0 1 0 0 0 0
𝐶 = {[ ],[ ],[ ],[ ]}
0 0 0 0 1 0 0 1
Note que o espaço gerado por 𝐶 corresponde ao espaço vetorial das matrizes 2 × 2, isto é:
Isso porque qualquer matriz 𝟐 × 𝟐 pode ser descrita como combinação linear dos vetores de 𝑪. Note que,
𝑎 𝑏
se considerarmos uma matriz genérica [ ] ∈ 𝑀2×2 (R), temos:
𝑐 𝑑
𝑎 𝑏 1 0 0 1 0 0 0 0
[ ] = 𝑎[ ]+𝑏[ ]+𝑐[ ]+𝑑[ ]
𝑐 𝑑 0 0 0 0 1 0 0 1
2 3
Por exemplo, a matriz [ ] ∈ 𝑀2×2 (R) pode ser escrita assim:
4 2
2 3 1 0 0 1 0 0 0 0
[ ] = 𝟐[ ]+𝟑[ ] + 𝟒[ ] +𝟐[ ]
4 2 0 0 0 0 1 0 0 1
1 0 0 1 0 0 0 0 𝟎 𝟎
𝑋 = {[ ],[ ],[ ],[ ],[ ]}
0 0 0 0 1 0 0 1 𝟎 𝟐
Observe que o espaço gerado por 𝑋 também corresponde ao espaço vetorial das matrizes 2 × 2, isto é:
𝟎 𝟎
Note, porém, que o vetor [ ] acaba por ser "inútil". Isso porque ele é combinação linear de outro
𝟎 𝟐
0 0
vetor de 𝑋: [ ].
0 1
2 3
Considerando o espaço gerado por 𝑋, a matriz [ ] ∈ 𝑀2×2 (R) pode ser descrita de diversas formas,
4 2
como:
2 3 1 0 0 1 0 0 0 0 𝟎 𝟎
[ ] = 𝟐[ ] +𝟑[ ] +𝟒[ ] + 𝟐[ ]+𝟎[ ]
4 2 0 0 0 0 1 0 0 1 𝟎 𝟐
2 3 1 0 0 1 0 0 0 0 𝟏 𝟎 𝟎
[ ] = 𝟐[ ] +𝟑[ ] +𝟒[ ] + 𝟏[ ]+ [ ]
4 2 0 0 0 0 1 0 0 1 𝟐 𝟎 𝟐
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Até agora, mostramos exemplos em que tínhamos um conjunto gerador a priori. Vejamos agora um
exemplo em que nós temos que obter um conjunto de vetores geradores a partir de um subespaço dado.
Portanto:
𝑢 = (𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑤)
= (−𝑤 − 𝑧, 𝑤, 𝑧, 𝑤)
= 𝑧(−1, 0, 1, 0) + 𝑤(−1, 1, 0, 1)
Como um elemento genérico 𝑢 do subespaço 𝑈 pode ser escrito como combinação linear dos vetores
(−1, 0, 1, 0) e (−1, 1, 0, 1), temos que:
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(ANPEC/2021) Seja 𝑉 um espaço vetorial sobre os números reais que contém pelo menos um subespaço
vetorial de dimensão 1. Julgue como verdadeira ou falsa a seguinte afirmativa:
Se 𝐴 = {𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛 } ⊆ 𝑉 é um conjunto de vetores linearmente independentes, e 𝑤 ∈ 𝑉 não pertence ao
subespaço gerado pelos vetores em 𝐴, então 𝐴 ∪ {𝑤} é um conjunto linearmente independente de
vetores.
Comentários:
O enunciado nos diz que o conjunto 𝑨 = {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 } é LI.
Além disso, o vetor 𝑤 não pertence ao subespaço gerado por 𝐴, isto é, 𝑤 ∉ [𝐴].
Como [𝐴] é o conjunto de todas as combinações lineares possíveis dos elementos de 𝐴 = {𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛 },
isso significa que 𝒘 não é combinação linear dos vetores {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 }.
Caso 1: 𝜷𝒐 = 𝟎
Note que, se 𝛽𝑜 = 0, então existem escalares 𝜷𝟏 , 𝜷𝟐 , … , 𝜷𝒏 não todos nulos tais que:
𝛽1 𝑣1 + 𝛽2 𝑣2 + ⋯ + 𝛽𝑛 𝑣𝑛 = 𝑜
Trata-se de um absurdo, pois nesse caso teríamos que 𝐴 = {𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛 } é um conjunto LI. Portanto, 𝛽𝑜
deve ser diferente de zero.
Caso 2: 𝜷𝒐 ≠ 𝟎
Desenvolvendo a igualdade, temos:
𝛽𝑜 𝑤 + 𝛽1 𝑣1 + 𝛽2 𝑣2 + ⋯ + 𝛽𝑛 𝑣𝑛 = 𝑜
𝛽𝑜 𝑤 = −𝛽1 𝑣1 − 𝛽2 𝑣2 − ⋯ − 𝛽𝑛 𝑣𝑛
Como 𝛽𝑜 ≠ 0, temos:
𝛽1 𝛽2 𝛽2
𝑤 = (− ) 𝑣1 + (− ) 𝑣2 + ⋯ + (− ) 𝑣𝑛
𝛽𝑜 𝛽𝑜 𝛽𝑜
Observe que, com 𝛽𝑜 ≠ 0, chegamos ao absurdo que que 𝑤 é combinação linear de 𝐴 = {𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛 }.
Portanto, a hipótese inicial está errada, de modo que 𝑨 ∪ {𝒘} é um conjunto Linearmente Independente
(LI).
Gabarito: CERTO.
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Definição de base
Em outras palavras, para que o conjunto 𝐵 seja uma base do espaço vetorial 𝑉, ele deve gerar o espaço 𝑽 e
deve ser Linearmente Independente (LI).
1 0 0 1 0 0 0 0 𝟎 𝟎
Por outro lado, o conjunto 𝑋 = {[ ],[ ],[ ],[ ],[ ]} não é uma base de 𝑀2×2 (R)
0 0 0 0 1 0 0 1 𝟎 𝟐
pois, apesar de gerar o espaço vetorial das matrizes 𝟐 × 𝟐, o conjunto 𝑿 é Linearmente Dependente (LD).
Qualitativamente, podemos entender a base como um conjunto que gera o espaço vetorial considerado e
que não apresenta redundância na sua composição.
É importante que você saiba que uma base de um espaço vetorial não é única. Por exemplo, o conjunto
−1 0 1 1 0 0 0 0
𝑌 = {[ ],[ ],[ ],[ ]} também é uma base de 𝑴𝟐×𝟐 (𝐑), pois:
0 0 0 0 2 0 0 2
[𝒀] = 𝑽; e
𝒀 é Linearmente Independente (LI).
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(ANAC/2012) Considerando que 𝑊 seja o espaço vetorial real dos polinômios de grau no máximo três e
com coeficientes reais com as operações usuais de adição de polinômios e produto de polinômios por
números reais, julgue o item a seguir.
Os vetores 3 + 𝑥, 𝑥 + 𝑥 2 , 𝑥 + 𝑥 3 e 𝑥 2 + 𝑥 3 formam uma base de 𝑊.
Comentários:
Para que 𝐵 = {3 + 𝑥, 𝑥 + 𝑥 2 , 𝑥 + 𝑥 3 , 𝑥 2 + 𝑥 3 } ⊂ 𝑊 seja uma base de 𝑊, é necessário que:
• [𝑩] = 𝑾; e
• 𝑩 é Linearmente Independente (LI).
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Poderíamos resolver esse sistema. Observe, porém, que não precisamos obter os exatos valores dos
coeficientes 𝜶𝟐 , 𝜶𝟑 e 𝜶𝟒 . Queremos saber apenas se eles existem de modo que a identidade entre
polinômios ocorra.
Observe que o determinante da matriz dos coeficientes do sistema linear anterior é dado por:
1 1 0
𝐷 = |1 0 1|
0 1 1
Assim, como o determinante é diferente de zero, o sistema é possível e determinado (SPD). Portanto,
podemos obter valores únicos para 𝛼2 , 𝛼3 e 𝛼4 .
𝑎
Como também sabemos que 𝛼1 = 3, conclui-se que existem coeficientes 𝜶𝟏 , 𝜶𝟐 , 𝜶𝟑 e 𝜶𝟒 de modo que a
igualdade entre polinômios se verifica.
Logo, o conjunto gerado por 𝑩 é igual a 𝑾.
Para o caso em questão, devemos analisar a seguinte identidade entre polinômios, em que 0 é o polinômio
nulo:
𝛼1 . (3 + 𝑥) + 𝛼2 . (𝑥 + 𝑥 2 ) + 𝛼3 . (𝑥 + 𝑥 3 ) + 𝛼4 . (𝑥 2 + 𝑥 3 ) ≡ 0
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3𝛼1 + 𝛼2 + 𝛼2 + 𝛼2 = 0
𝛼 + 𝛼2 + 𝛼3 + 𝛼2 = 0
{ 1
𝛼2 + 𝛼2 + 𝛼2 + 𝛼4 = 0
𝛼3 + 𝛼4 = 0
Como já vimos, esse determinante é diferente de zero. Isso significa que o sistema é possível e
determinado (SPD). Como estamos tratando de um Sistema Linear Homogêneo, a única solução é a
solução trivial, de modo que:
𝜶𝟐 = 𝜶𝟑 = 𝜶𝟒 = 𝟎
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Coordenadas
Assim como se fala em coordenadas para vetores no espaço, podemos generalizar esse conceito para
quaisquer elementos de um espaço vetorial.
Considere um espaço vetorial 𝑉 e uma base 𝐵 = {𝑢1 , 𝑢2 , … , 𝑢𝑛 } desse espaço vetorial. Então, para todo
vetor 𝑢 ∈ 𝑉, existem escalares 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 tais que:
𝑢 = 𝛼1 𝑢1 + 𝛼2 𝑢2 + ⋯ + 𝛼𝑛 𝑢𝑛
𝑢 = (𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 )𝐵
𝛼1
𝛼2
𝑢 = [| … |]
𝛼𝑛 𝐵
Uma vez determinada uma base, as coordenadas dos vetores escritos nessa base são
únicas.
1 0 0 1 0 0 0 0
Por exemplo, considerando a base 𝐶 = {[ ],[ ],[ ],[ ]} do espaço vetorial 𝑀2×2 (R),
0 0 0 0 1 0 0 1
2 3
sabemos que a matriz 𝑢 = [ ] pode ser escrita assim:
4 2
1 0 0 1 0 0 0 0
𝑢 = 𝟐[ ]+𝟑[ ] + 𝟒[ ] +𝟐[ ]
0 0 0 0 1 0 0 1
𝑢 = (𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟐)𝑪
𝟐
𝑢 = [𝟑]
𝟒
𝟐 𝑪
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−1 0 1 1 0 0 0 0 2 3
Considerando agora a base 𝑌 = {[ ],[ ],[ ],[ ]}, a matriz 𝑢 = [ ] pode ser escrita
0 0 0 0 2 0 0 2 4 2
assim:
−1 0 1 1 0 0 0 0
𝑢 = 𝟏[ ] + 𝟑[ ] + 𝟐[ ] +𝟏[ ]
0 0 0 0 2 0 0 2
𝑢 = (𝟏, 𝟑, 𝟐, 𝟏)𝒀
𝟏
𝑢 = [𝟑]
𝟐
𝟏 𝒀
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Teorema da invariância
Antes de tratarmos do conceito de dimensão de um espaço vetorial, é importante que você conheça o
teorema da invariância:
Teorema da Invariância
Em outras palavras, todas as bases de um determinado espaço vetorial apresentam o mesmo número de
elementos (vetores).
Espaço finitamente gerado é aquele espaço vetorial que pode ser gerado por um conjunto finito.
Por exemplo, o espaço vetorial dos polinômios de grau menor ou igual a 3 (𝑷𝟑 (𝑹)) é finitamente gerado,
pois 𝐵 = {1, 𝑥, 𝑥 2 , 𝑥 3 } é um conjunto finito que gera esse espaço.
Por outro lado, um espaço infinitamente gerado é aquele espaço vetorial que só pode ser gerado por um
conjunto com infinitos elementos.
Por exemplo, o espaço vetorial dos polinômios sem restrição de grau (𝑷(𝑹)) é infinitamente gerado. Isso
porque, sempre que pensarmos em um conjunto finito que geraria o espaço, por exemplo,
{1, 𝑥, 𝑥 2 , 𝑥 3 , 𝑥 4 }, sempre será necessário incluir um elemento que tenha um grau maior, de modo que esse
conjunto gerador é infinito.
Para a nossa aula, vamos tratar apenas dos espaços finitamente gerados.
Definição de dimensão
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[𝑩] = 𝑾; e
𝑩 é Linearmente Independente (LI).
Note, porém, que fácil perceber que 𝑾 tem dimensão 4, pois {𝟏, 𝒙, 𝒙𝟐 , 𝒙𝟑 } é uma base do espaço dos
polinômios de grau menor ou igual a 3.
dim 𝑊 = dim 𝑉 𝑊 = 𝑉
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Note, portanto, que se a dimensão de um subespaço foi igual a do espaço vetorial a que ele se refere,
então o subespaço é o próprio espaço vetorial em questão.
Bases canônicas
Entende-se como base canônica de um determinado espaço vetorial a base mais simples e intuitiva que
podemos determinar.
Veja que, para o espaço 𝑀2×2 (R), a base mas intuitiva é a seguinte:
1 0 0 1 0 0 0 0
𝐶 = {[ ],[ ],[ ],[ ]}
0 0 0 0 1 0 0 1
Podemos generalizar essa ideia para o espaço das matrizes 𝑚 × 𝑛. Portanto, a base canônica de 𝑀𝑚×𝑛 (R)
é a seguinte:
Como a base canônica do espaço 𝑀𝑚×𝑛 (R) apresenta 𝑚. 𝑛 vetores, temos que:
Note que, para o espaço das triplas ordenadas R3 , a base mas intuitiva é a seguinte:
Podemos generalizar essa ideia para o espaço Rn . Portanto, a base canônica de Rn é a seguinte:
dim Rn = 𝑛
Para o espaço dos polinômios de grau menor ou igual a 3, 𝑷𝟑 (𝐑), a base mais intuitiva é a seguinte:
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𝐶 = {1, 𝑥, 𝑥 2 , 𝑥 3 }
Podemos generalizar essa ideia para o espaço dos polinômios de grau menor ou igual a 𝑛. Portanto, a base
canônica de 𝑃𝑛 (𝑅) é a seguinte:
𝐶 = {1, 𝑥, 𝑥 2 , … , 𝑥 𝑛 }
dim 𝑃𝑛 (R) = 𝑛 + 1
Tanto o espaço 𝑷(𝐑) dos polinômios sem restrição de grau quanto o espaço 𝑭(𝐑, 𝐑) das funções
𝒇: 𝐑 → 𝐑 são gerados por infinitos polinômios.
Desse modo, para esses dois espaços vetoriais, não temos uma base canônica finita.
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Um subespaço do 𝐑𝐧 costuma ser dado pelos seus vetores geradores. Além disso, mesmo nos casos em
que esses subespaços não são representados pelos vetores geradores, é possível determinar esses vetores.
Disponha os vetores geradores do subespaço em uma matriz, de modo que cada linha
corresponda a um vetor gerador;
Escalone a matriz em questão, sendo permitido inclusive trocar linhas de posição;
As linhas da matriz resultante do escalonamento, descartando as linhas nulas, constituem uma
base do subespaço em questão.
Temos 𝑊 = [𝐺]. Devemos escalonar a seguinte matriz, que apresenta nas suas linhas os vetores geradores
de 𝑊:
1 2 2 0
[1 3 0 1]
3 7 4 1
As linhas da matriz resultante do escalonamento, descartando as linhas nulas, constituem uma base do
subespaço em questão. Logo, uma base para o subespaço 𝑊 é:
𝑊 = [𝐵]
Note que, mesmo que 𝑊 tenha 3 vetores, o subespaço gerado por 𝑊 apresenta dimensão 2, pois esse
subespaço apresenta uma base com dois vetores. Isso ocorre porque o conjunto 𝑊 é Linearmente
Dependente (LD).
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(IF SUL/2010) O conjunto de vetores 𝐵 = {(1,0,1,4), (2,3,1,0), (−1, −9,2,20)} geram um subespaço do R4
com a dimensão igual à
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Comentários:
Note que, por mais que a questão tenha chamado o conjunto de vetores de 𝐵, não necessariamente esse
conjunto é uma base para o espaço considerado. Sabemos apenas que esse conjunto de vetores gera um
subespaço, que chamaremos de 𝑊.
A questão pergunta pela dimensão do subespaço do R4 gerado por 𝑩. Em outras palavras, precisamos
obter o número de vetores que compõem uma base de 𝑊 = [𝐵].
Para obter uma base de 𝑊, podemos escalonar uma matriz cujas linhas são os vetores geradores do
subespaço 𝑊. Portanto, devemos escalonar a seguinte matriz, composta pelos elementos de 𝐵:
−1 −0 1 04
[−2 −3 1 00]
−1 −9 2 20
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As linhas da matriz resultante do escalonamento, descartando as linhas nulas, constituem uma base do
subespaço em questão. Logo, uma base para o subespaço 𝑊 é:
{(1,0,1,4), (0,3, −1, −8)}
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Nesse tópico, vamos fazer uma breve revisão sobre o Sistema Linear Homogêneo, bem como vamos trazer
para esse conteúdo o enfoque dos espaços vetoriais.
Um Sistema Linear Homogêneo (SLH) é aquele sistema linear em que os termos independentes de todas
as equações são iguais a zero.
Isso significa que um Sistema Linear Homogêneo (SLH) é sempre possível, pois sempre admite a solução
em que todas as variáveis são zero (denominada solução trivial).
Sendo possível, o Sistema Linear Homogêneo (SLH) pode ser possível e determinado (SPD) ou possível e
indeterminado (SPI):
Se o sistema linear homogêneo admitir somente a solução trivial, então ele é um Sistema Possível
e Determinado (SPD);
Caso ele admita outras soluções, então ele admite infinitas soluções e é um Sistema Possível e
Indeterminado (SPI).
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Considere agora o conjunto 𝑺 que representa todas as ênuplas que são soluções do Sistema Linear
Homogêneo (SLH) com 𝒏 incógnitas.
Sabemos que Rn é um espaço vetorial para qualquer valor de 𝑛. Sabemos também que o conjunto das
ênuplas que são soluções do SLH estão contidas em Rn , isto é 𝑆 ⊂ Rn . Além disso observe que:
O elemento neutro da soma pertence a 𝑺, pois todo SLH admite a solução trivial 𝑜 = (0, 0, … , 0);
A soma é fechada em 𝑺, pois dadas duas soluções 𝑢 e 𝑣 do SLH, temos que 𝑢 + 𝑣 também é
solução;
A multiplicação por escalar é fechada em 𝑺, pois se 𝑢 é solução do SLH, 𝛼𝑢 também é.
Portanto, conclui-se que o conjunto 𝑺 das soluções de um Sistema Linear Homogêneo é um subespaço do
𝐑𝐧 , em que 𝒏 é o número de incógnitas do sistema.
Exemplo numérico
𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 + 2𝑤 = 𝟎
{3𝑥 + 4𝑦 + 𝑧 + 2𝑤 = 𝟎
3𝑥 + 4𝑦 + 𝑧 + 5𝑤 = 𝟎
1 2 −1 1 0
0] ~ [1 2 −1 1 0]
𝐿3 ←𝟏𝐿3 +(−𝟐)𝐿2
~ [0 −1 2 1
0 −1 2 1 0
0 0 0 0 0
𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 + 𝑤 = 0
{
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 + 𝑤 = 0
Veja que o sistema anterior é escalonado, pois o número de incógnitas diminui de equação para equação.
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Trata-se de um sistema escalonado cujo número de equações (2) é menor do que o número de incógnitas
(4). Logo, além de ser homogêneo, temos um sistema possível e indeterminado (SPI).
Apesar de termos infinitas soluções, essas soluções do sistema linear se comportam de uma maneira
específica, pois devem ser solução das duas equações obtidas no sistema escalonado.
Para expressar essas infinitas soluções, é necessário fixar algumas variáveis, considerando elas como se
fossem conhecidas.
Vamos, portanto, fixar as variáveis 𝒛 e 𝒘, as quais chamaremos de variáveis livres. Nosso sistema
escalonado fica assim:
𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 + 𝑤 = 0
{ 𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 + 𝑤 = 0
𝑧 =𝒛
𝑤=𝒘
Agora que temos os valores de 𝑧 e de 𝑤 fixados, podemos resolver o sistema. A partir da segunda equação,
temos:
−𝑦 + 2𝑧 + 𝑤 = 0
𝑦 = −2𝒛 − 𝒘
𝑥 + 2𝑦 − 𝒛 + 𝒘 = 0
𝑥 + 2(−2𝒛 − 𝒘) − 𝒛 + 𝒘 = 0
𝑥 − 4𝒛 − 2𝒘 − 𝒛 + 𝒘 = 0
𝑥 = 5𝒛 + 𝒘
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Perceba que nesse conjunto-solução capturamos todas as possíveis soluções para o SLH em questão.
Se fizermos 𝑧 = 1 e 𝑤 = 2, os valores de 𝑥 e de 𝑦 necessariamente devem ser:
𝑥 = 5𝑧 + 𝑤
= 5.1 + 2
=7
𝑦 = −2𝑧 − 𝑤
= −2.1 − 2
= −4
Observe, portanto, que (𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑤) = (7, −4, 1,2) é uma das infinitas soluções do sistema.
Note que a quádrupla ordenada 𝑺 = {(𝟓𝒛 + 𝒘; −𝟐𝒛 − 𝒘; 𝒛; 𝒘)| 𝒛, 𝒘 ∈ 𝐑}, que representa as soluções do
Sistema Linear Homogêneo em questão, é um subespaço de 𝐑𝟒 .
Bom, acabamos de ver que o conjunto 𝑺 das soluções de um Sistema Linear Homogêneo é um subespaço
do 𝐑𝐧 , em que 𝒏 é o número de incógnitas do sistema. Caso você não esteja satisfeito com isso, abaixo
mostraremos que essa solução específica é subespaço de R4 .
Sabemos que Rn é um espaço vetorial para qualquer valor de 𝑛. Note, ainda, que 𝑆 ⊂ R4 .
Para que 𝑆 seja um subespaço de R4 , devemos concluir que:
• O elemento neutro da soma pertence a 𝑺;
• A soma é fechada em 𝑺; e
• A multiplicação por escalar é fechada em 𝑺.
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A soma é fechada em 𝑺
Sejam 𝑢 e 𝑣 elementos de 𝑆. Podemos escrever:
𝑢 = (5𝑧1 + 𝑤1 ; −2𝑧1 − 𝑤1 ; 𝑧1 ; 𝑤1 )
𝑣 = (5𝑧2 + 𝑤2 ; −2𝑧2 − 𝑤2 ; 𝑧2 ; 𝑤2 )
Note que:
𝑢 + 𝑣 = (5(𝒛𝟏 + 𝒛𝟐 ) + (𝒘𝟏 + 𝒘𝟐 ); −2. (𝒛𝟏 + 𝒛𝟐 ) − (𝒘𝟏 + 𝒘𝟐 ); (𝒛𝟏 + 𝒛𝟐 ); (𝒘𝟏 + 𝒘𝟐 )) ∈ 𝑆
Note que 𝛼𝑢 pertence a 𝑆. Para ficar mais claro, podemos dizer que 𝑧4 = 𝛼𝑧1 e 𝑤3 = 𝛼𝑤1. Ficamos com:
𝛼𝑢 = (5𝒛𝟒 + 𝒘𝟒 ; −2𝒛𝟒 − 𝒘𝟒 ; 𝒛𝟒 ; 𝒘𝟒 ) ∈ 𝑆
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Note que a quádrupla ordenada que é a solução do SLH pode ser escrita do seguinte modo:
Portanto, como 𝒛 e 𝒘 são quaisquer números reais, a solução do sistema linear homogêneo em questão
pode ser escrita como combinação linear de dois vetores do 𝐑𝟒 : (5, −2,1,0) e (1, −1,0,1).
Como todas as soluções do SLH em questão são combinações lineares de (5, −2,1,0) e (1, −1,0,1),
podemos dizer que o conjunto 𝑺 das soluções do SLH é o espaço gerado pelos vetores (𝟓, −𝟐, 𝟏, 𝟎) e
(𝟏, −𝟏, 𝟎, 𝟏).
Além disso, como os vetores (5, −2,1,0) e (1, −1,0,1) são Linearmente Independentes (LI), esses vetores
formam uma base para o subespaço vetorial 𝑺. Veja, portanto, que a dimensão do subespaço 𝑺 das
soluções do SLH é igual ao número de variáveis livres atribuídas.
1 1 1
(IF SUL/2018) Considerando a matriz 𝐴 = (3 −1 1) e sendo 𝑆 um subespaço vetorial do R3 das
1 5 3
soluções da equação 𝐴𝑋 = 0, tem-se que a dimensão de 𝑆 é
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
Comentários:
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Como temos 2 equações e 3 incógnitas, falta-nos 3 − 2 = 1 equação. Portanto, é necessário atribuir uma
variável livre.
Como é necessária apenas 1 variável livre, a dimensão de 𝑺 é 1. O gabarito, portanto, é letra B.
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1 1
Como todas as soluções do SLH são combinações lineares do vetor (− 2 , − 2 , 1), podemos dizer que 𝑆 é o
1 1
espaço gerado pelo vetor (− 2 , − 2 , 1). Além disso, como um único vetor não nulo forma um conjunto LI,
temos que esse único vetor forma uma base para 𝑆. Logo, a dimensão do espaço 𝑆 é 1.
Gabarito: Letra B.
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𝑆1 e 𝑆2 são subespaços;
𝑆1 = [𝐺1 ] = [𝑢1 , 𝑢2 , … , 𝑢𝑛 ]; e
𝑆2 = [𝐺2 ] = [𝑤1 , 𝑤2 , … , 𝑤𝑟 ].
Temos que:
𝑆1 ⊂ 𝑆2 se e somente se 𝐺1 ⊂ 𝑆2
Em outras palavras, para que um subespaço esteja contido em outro, basta garantir que o conjunto
gerador do primeiro subespaço esteja contido no segundo subespaço.
Note que uma forma de garantir que isso ocorra é verificar se todos os elementos de 𝑮𝟏 são combinação
linear de elementos de 𝑮𝟐 . Isso porque, pela definição de subespaço gerado, 𝑆2 é o subespaço dos vetores
que são combinações lineares dos vetores de 𝐺2 .
Considere:
• O subespaço 𝑺𝟏 de 𝑹𝟒 gerado pelos vetores 𝒖𝟏 = (𝟐, 𝟎, 𝟑, 𝟎) e 𝒖𝟐 = (𝟎, 𝟎, 𝟑, 𝟎); e
• O subespaço 𝑺𝟐 de 𝑹𝟒 gerado pelos vetores 𝒘𝟏 = (𝟏, 𝟏, 𝟎, 𝟎), 𝒘𝟐 = (𝟎, 𝟏, 𝟎, 𝟎) e 𝒘𝟑 = (𝟏, 𝟏, 𝟏, 𝟎).
Julgue o item a seguir:
𝑺𝟏 ⊂ 𝑺 𝟐
Comentários:
O conjunto gerador de 𝑆1 é dado por:
𝐺1 = {𝑢1 , 𝑢2 } = {(2, 0, 3,0), (0,0,3,0)}
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Como os elementos do conjunto gerador de 𝑆1 podem ser escritos como combinação linear dos elementos
do conjunto gerador de 𝑆2 , temos que 𝑆1 ⊂ 𝑆2 .
Uma vez que sabemos determinar quando um subespaço está contido em outro, a igualdade entre dois
subespaços 𝑆1 e 𝑆2 de um espaço vetorial 𝑉 ocorre quando 𝑺𝟏 ⊂ 𝑺𝟐 e 𝑺𝟐 ⊂ 𝑺𝟏 .
𝑺𝟏 ⊂ 𝑺𝟐
𝐒𝟏 = 𝐒𝟐 se e somente se { 𝐞
𝑺𝟐 ⊂ 𝑺𝟏
(IF SUL/2010) Seja o subespaço 𝑼 de 𝐑𝟒 gerado pelos vetores 𝒖𝟏 = (𝟐, 𝟏, −𝟏, 𝟐), 𝒖𝟐 = (𝟑, 𝟒, 𝟐, −𝟏) e
𝒖𝟑 = (𝟎, −𝟓, −𝟕, 𝟖), e o subespaço 𝑾 de 𝐑𝟒 gerado pelos vetores 𝒘𝟏 = (𝟐, −𝟒, −𝟖, 𝟏𝟎), e
𝒘𝟐 = (−𝟐, −𝟔, −𝟔, 𝟔). Então afirma-se que
a) 𝑈 = 𝑊
b) 𝑑𝑖𝑚(𝑈) > 𝑑𝑖𝑚(𝑊)
c) 𝑑𝑖𝑚(𝑈) < 𝑑𝑖𝑚(𝑊)
d) 𝑑𝑖𝑚(𝑈) = 𝑑𝑖𝑚(𝑊) = 𝑑𝑖𝑚(R4 )
Comentários:
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Sabemos que a dimensão do espaço vetorial R4 é igual a 4. Como o subespaço 𝑈 é gerado por 2 vetores e o
subespaço 𝑉 é gerado por 3 vetores, necessariamente eles não têm dimensão 4. Nesse caso, podemos
eliminar a alternativa D.
Vamos determinar a dimensão dos subespaços 𝑈 e 𝑊 obtendo bases para esses dois subespaços.
Para obter uma base para o subespaço 𝑈 = [𝑢1 , 𝑢2 , 𝑢3 ], vamos escalonar a matriz com os vetores 𝑢1 , 𝑢2 e
𝑢3 .
2 −1 −1 −2 2 −1 −1 −2
2 −1 −1 −2 𝐿2 ←𝟏𝐿2 +(−𝟑𝟐)𝐿1 5 7 𝐿3 ←𝟏𝐿3 +(𝟐)𝐿2 5 7
[3 −4 −2 −1] ~ [0 − − −4] ~ [0 − − −4]
0 −5 −7 −8 2 2 2 2
0 −5 −7 −8 0 −0 −0 −0
5 7
Note que 𝐵𝑢 = {(2,1, −1,2), (0, 2 , 2 , −4)} é uma base de 𝑈 e, portanto:
• 𝑈 = [𝐵𝑢 ]; e
• dim 𝑈 = 2
Para obter uma base para o subespaço 𝑊 = [𝑤1 , 𝑤2 ], vamos escalonar a matriz com os vetores 𝑤1 e 𝑤2 .
−2 −4 −8 10 𝐿2 ←𝐿2 +(𝟏)𝐿1 2 0 − 4 0−8 10
[ ] ~ [ ]
−2 −6 −6 6 0 −10 −14 16
Note que 𝐵𝑤 = {(2, −4, −8,10), (0, −10, −14, 16)} é uma base de 𝑊 e, portanto:
• 𝑊 = [𝐵𝑤 ]; e
• dim 𝑊 = 2.
É importante que você saiba, porém, que o fato de as dimensões dos subespaços 𝑼 e 𝑾 serem iguais não
significa que os subespaços são necessariamente iguais.
Para fins didáticos, vamos provar que, para o exemplo dado na questão, 𝑈 = 𝑊. Para tanto, devemos
mostrar que:
• 𝑈 ⊂ 𝑊; e
• 𝑊 ⊂ 𝑈.
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Soma de subespaços
A soma é fechada em 𝑾𝟏 + 𝑾𝟐
Considere dois vetores 𝑢 e 𝑣 do conjunto 𝑊1 + 𝑊2 . Podemos escrever:
𝑢 = 𝒘𝟏𝑢 + 𝒘𝟐𝑢 , com 𝒘𝟏𝑢 ∈ 𝑾𝟏 e 𝒘𝟐𝑢 ∈ 𝑾𝟐
𝑣 = 𝒘𝟏𝑣 + 𝒘𝟐𝑣 , com 𝒘𝟏𝑣 ∈ 𝑾𝟏 e 𝒘𝟐𝑣 ∈ 𝑾𝟐
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Agora que você conhece a demonstração do teorema da soma de subespaços, responda a seguinte
questão:
(ANPEC/2022) Seja 𝑉 um espaço vetorial sobre os números reais. Classifique o seguinte item como certo
ou errado:
Se 𝑊1 e 𝑊2 são subespaços vetoriais de 𝑉, então o conjunto {𝑤1 − 𝑤2 : 𝑤1 ∈ 𝑊1 , 𝑤2 ∈ 𝑊2 } também é um
subespaço vetorial de 𝑉.
Comentários:
A questão nos diz que 𝑊1 e 𝑊2 são subespaços vetoriais de um espaço vetorial 𝑉. Na sequência, pergunta
se 𝑾𝟏 − 𝑾𝟐 é um subespaço vetorial de 𝑽, em que:
𝑊1 − 𝑊2 = {𝑤1 − 𝑤2 | 𝑤1 ∈ 𝑊1 e 𝑤2 ∈ 𝑊2 }
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A soma é fechada em 𝑾𝟏 − 𝑾𝟐
Considere dois vetores 𝑢 e 𝑣 do conjunto 𝑊1 − 𝑊2 . Podemos escrever:
𝑢 = 𝒘𝟏𝑢 − 𝒘𝟐𝑢 , com 𝒘𝟏𝑢 ∈ 𝑾𝟏 e 𝒘𝟐𝑢 ∈ 𝑾𝟐
𝑣 = 𝒘𝟏𝑣 − 𝒘𝟐𝑣 , com 𝒘𝟏𝑣 ∈ 𝑾𝟏 e 𝒘𝟐𝑣 ∈ 𝑾𝟐
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𝑊1 + 𝑊2 = [𝐺1 ∪ 𝐺2 ]
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Fixando 𝒚 e 𝒘, temos:
𝑥+𝑧 =𝒚
{
𝑥+𝑧 =𝒘
Logo:
𝑤2 = (𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑤)
= (𝑦, 𝑦, 𝑤, 𝑤)
= 𝑧(1, 1, 0, 0) + 𝑤(0, 0, 1, 1)
Temos que:
𝐺1 ∪ 𝐺2 = {(1,1,0,0), (0,0, −1,0), (1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1) }
Sabemos que:
𝑊1 + 𝑊2 = [𝐺1 ∪ 𝐺2 ]
As linhas da matriz resultante do escalonamento, descartando as linhas nulas, constituem uma base do
subespaço em questão. Logo, uma base para o subespaço 𝑊1 + 𝑊2 é:
𝐵 = {(1,1,0,0), (0,0, −1,0), (0,0,0,1)}
Portanto, dim(𝑊1 + 𝑊2 ) = 3
Gabarito: CERTO.
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Intersecção de subespaços
A soma é fechada em 𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐
Considere dois elementos 𝑢 e 𝑣 do conjunto 𝑊1 ∩ 𝑊2 . Então:
𝑢, 𝑣 ∈ 𝑊1
𝑢, 𝑣 ∈ 𝑊2
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Como 𝑊1 e 𝑊2 são subespaços, temos que a multiplicação por escalar é fechada em 𝑊1 e em 𝑊2 . Logo:
𝛼𝑢 ∈ 𝑊1
𝛼𝑢 ∈ 𝑊2
Portanto:
𝛼𝑢 ∈ 𝑊1 ∩ 𝑊2
Como 𝛼𝑢 ∈ 𝑊1 ∩ 𝑊2 , a multiplicação por escalar é fechada em 𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐 .
Para fins de questões de concurso público, interessa-nos determinar uma base para a intersecção de dois
subespaços. Vejamos um exemplo:
Como 𝑤 pertence a 𝑊1 e 𝑊2 ao mesmo tempo, 𝑤 pode ser escrito como combinação linear tanto dos
vetores (0, −1, 0) e (1, 1, 1) quanto dos vetores (−1,0,0) e (0,0,1).
Logo, existem escalares 𝛼1 , 𝛼2 , 𝛼3 e 𝛼4 tais que:
𝑤 = 𝛼1 (0, −1,0) + 𝛼2 (1,1,1)
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𝑤 = 𝛼3 (−1,0,0) + 𝛼4 (0,0,1)
Portanto:
𝛼1 (0, −1,0) + 𝛼2 (1,1,1) = 𝛼3 (−1,0,0) + 𝛼4 (0,0,1)
(𝛼2 , 𝛼2 − 𝛼1 , 𝛼2 ) = (−𝛼3 , 0, 𝛼4 )
Logo, 𝜶𝟏 = 𝜶𝟐 = −𝜶𝟑 = 𝜶𝟒 .
Escrevendo o vetor genérico 𝑤 em função de 𝛼1 , temos:
𝑤 = 𝛼1 (0, −1,0) + 𝛼2 (1,1,1)
= 𝛼1 (0, −1,0) + 𝛼1 (1,1,1)
= 𝛼1 (1, 0,1)
Note, portanto, que 𝑤 ∈ 𝑊1 ∩ 𝑊2 é combinação linear de um único vetor: (1, 0,1). Logo:
𝑊1 ∩ 𝑊2 = [(1, 0,1)]
Como um único vetor diferente do vetor nulo é sempre LI, temos que {(1, 0,1)} é uma base de 𝑊1 ∩ 𝑊2 .
Portanto:
𝑑𝑖𝑚 (𝑊1 ∩ 𝑊2 ) = 1
Gabarito: ERRADO.
(ANPEC/2002) Se 𝑆 é o espaço vetorial gerado pelos vetores (1,2, −1) e (3,0,1) e 𝑇 o espaço vetorial
gerado por (1,2,2) e (2,1,3), então todo vetor que passa pela origem na direção de (−1,1, −1) pertence à
𝑆 ∩ 𝑇.
Comentários:
Se um vetor 𝑣 qualquer apresenta a direção de (−1,1, −1), então existe um escalar 𝛼 tal que:
𝑣 = 𝛼(−1,1, −1)
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Par saber se os vetores desse tipo pertencem a 𝑆 ∩ 𝑇, precisamos saber se esses vetores pertencem tanto
a 𝑆 quanto a 𝑇.
Parte 1: 𝒗 ∈ 𝑺
Para que 𝑣 pertença a 𝑆, devem existir escalares 𝛼1 e 𝛼2 tais que:
𝑣 = 𝛼1 (1,2, −1) + 𝛼2 (3,0,1)
𝜶
Portanto, 𝑣 = 𝛼(−1,1, −1) ∈ 𝑆, pois 𝑣 pode ser escrito como 𝛼1 (1,2, −1) + 𝛼2 (3,0,1), em que 𝜶𝟏 = 𝟐
𝜶
e 𝜶𝟐 = − 𝟐.
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Parte 2: 𝒗 ∈ 𝑻
Para que 𝑣 pertença a 𝑇, devem existir escalares 𝛼3 e 𝛼4 tais que:
𝑣 = 𝛼3 (1, 2, 2) + 𝛼4 (2, 1, 3)
Note que 𝜶𝟑 = 𝜶 e 𝜶𝟒 = −𝜶 satisfazem as três equações do sistema, de modo que não se trata de um
sistema impossível.
Portanto, 𝑣 = 𝛼(−1,1, −1) ∈ 𝑇, pois pode ser escrito como 𝛼3 (1, 2, 2) + 𝛼4 (2, 1, 3), em que 𝜶𝟑 = 𝜶
e 𝜶𝟒 = −𝜶.
Como 𝑣 ∈ 𝑆 e 𝑣 ∈ 𝑇, temos que 𝑣 ∈ 𝑆 ∩ 𝑇. Consequentemente, é verdade que todo vetor que passa pela
origem na direção de (−1,1, −1) pertence à 𝑆 ∩ 𝑇.
Gabarito: CERTO.
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Soma direta
Sejam 𝑊1 e 𝑊2 dois subespaços vetoriais de 𝑉 tais que 𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐 = {𝒐}, em que "𝑜" representa o
elemento neutro.
Nesse caso, dizemos que a soma 𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 é a soma direta dos subespaços 𝑋 e 𝑌, e essa soma direta é
representada do seguinte modo:
𝑾𝟏 ⊕ 𝑾𝟐
Logo, se você se deparar com a notação 𝑊1 ⊕ 𝑊2 , você já sabe que ela corresponde à soma dos
subespaços 𝑊1 e 𝑊2 e que a intersecção dos subespaços 𝑾𝟏 e 𝑾𝟐 corresponde ao elemento neutro.
Primeiramente, note que 𝑊1 é gerado pelo vetor, (1,0), isto é, 𝑾𝟏 = [(𝟏, 𝟎)]. Isso porque qualquer
elemento de 𝑊1 é da forma (𝑥, 0) = 𝑥(1,0).
Analogamente, 𝑊2 é gerado pelo vetor (0,1), isto é, 𝑾𝟐 = [(𝟎, 𝟏)]. Isso porque qualquer elemento de 𝑊2
é da forma (0, 𝑦) = 𝑦(0, 1).
Observe que 𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐 = {(𝟎, 𝟎)}, pois para um elemento 𝑤 pertencer a 𝑊1 e a 𝑊2 ao mesmo tempo,
devemos ter:
𝑤 = 𝛼1 (1,0) = 𝛼2 (0, 1)
→ 𝛼1 = 𝛼2 = 0
→ 𝑤 = (0,0)
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Além disso, sabemos que se 𝐺1 gera o espaço 𝑊1 e 𝐺2 gera o espaço 𝑊2 , então 𝐺1 ∪ 𝐺2 gera o espaço
𝑊1 + 𝑊2 :
𝑊1 + 𝑊2 = [𝐺1 ∪ 𝐺2 ]
Logo:
𝑊1 + 𝑊2 = [(1,0), (0,1)]
Veja que, além de gerar 𝑊1 + 𝑊2 , o conjunto {(1,0), (0,1)} gera também o espaço R2 , pois trata-se da
base canônica desse espaço. Portanto, 𝐑𝟐 = 𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 .
União de subespaços
Considere, por exemplo, o espaço vetorial das duplas ordenadas 𝐑𝟐 . Tomemos os seguintes subespaços
de R2 :
𝑊1 = {(𝑥, 𝑦) ∈ R2 | 𝑦 = 𝑥}
𝑊2 = {(𝑥, 𝑦) ∈ R2 | 𝑦 = −𝑥}
𝒖 ∈ 𝑾𝟏 ∪ 𝑾𝟐 , pois 𝑢 ∈ 𝑊1
𝒗 ∈ 𝑾𝟏 ∪ 𝑾𝟐 , pois 𝑣 ∈ 𝑊2
Note que:
= (2,0) ∉ 𝑾𝟏 ∪ 𝑾𝟐
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Para o exemplo dado, podemos verificar graficamente que 𝑊1 ∪ 𝑊2 não é um espaço vetorial. Observe
que, no plano 𝑥𝑦:
Veja que o vetor 𝑤1 + 𝑤2 = (2,0) não pertence a 𝑊1 ∪ 𝑊2 , pois ele não está em nenhuma das duas retas
que, conjuntamente, representam 𝑊1 ∪ 𝑊2.
(ANPEC/2021) Seja 𝑉 um espaço vetorial sobre os números reais que contém pelo menos um subespaço
vetorial de dimensão 1. Julgue como verdadeira ou falsa a seguinte afirmativa:
Se 𝑊1 e 𝑊2 são subespaços vetoriais de 𝑉, então tanto a união 𝑊1 ∪ 𝑊2 quanto a interseção 𝑊1 ∩ 𝑊2 são
também subespaços vetoriais de 𝑉.
Comentários:
Como vimos na teoria, se 𝑊1 e 𝑊2 são subespaços vetoriais de 𝑉, então:
• A interseção 𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐 é um subespaço vetorial de 𝑽; e
• A união 𝑾𝟏 ∪ 𝑾𝟐 não necessariamente é um subespaço de 𝑽.
Gabarito: ERRADO.
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dim(𝑈 ∩ 𝑊) = 0
Consequentemente:
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Pessoal, considero a questão a seguir uma excelente fonte de revisão, pois ela traz
diversos conceitos aprendidos até o momento.
Como temos 3 equações e 4 incógnitas, falta-nos 4 − 3 = 1 equação. Portanto, é necessário fixar uma
variável. Fixando a variável 𝒕, temos:
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𝑥 + 𝑦 − 𝑧 + 0𝑡 = 0
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 + 0𝑡 = 0
{
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 − 2𝑡 = 0
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 − 2𝑡 = 𝒕
Portanto, um elemento 𝑤 = (𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) do espaço 𝑊1 ∩ 𝑊2, que é solução do sistema desenvolvido, é dado
por:
𝑤 = (𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡)
= (2𝑡, −𝑡, 2𝑡, 𝑡)
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Nesse caso, obtida a base para 𝑊1 + 𝑊2 , a dimensão da soma corresponderia ao número elementos da
base.
Uma forma mais rápida de obter a dimensão da soma 𝑊1 + 𝑊2 é utilizar a seguinte relação:
𝐝𝐢𝐦(𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 ) = 𝐝𝐢𝐦 𝑾𝟏 + 𝐝𝐢𝐦 𝑾𝟐 − 𝐝𝐢𝐦(𝑾𝟏 ∩ 𝑾𝟐 )
Note que a dimensão de 𝑾𝟏 é 2, pois temos um sistema escalonado em que são necessárias duas
variáveis livres.
𝑥 + 𝑦 − 𝑧 + 0𝑡 = 0
{
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 + 0𝑡 = 0
Além disso, a dimensão de 𝑾𝟐 é 3, pois temos um sistema escalonado em que são necessárias três
variáveis livres.
{𝑦 + 𝑧 − 𝑡 = 0
dim 𝑊2 = (Núm. variávies do sistema) − (Núm. equações do sistema escalonado)
=4−1
=3
Logo:
dim(𝑊1 + 𝑊2 ) = dim 𝑊1 + dim 𝑊2 − dim(𝑊1 ∩ 𝑊2 )
dim(𝑊1 + 𝑊2 ) = 2 + 3 − 1
𝐝𝐢𝐦(𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 ) = 𝟒
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Mudança de base
Assim como se faz mudança de base para vetores do 𝐑𝟑 , podemos utilizar esse conceito para um espaço
vetorial 𝑽 qualquer.
Caso você tenha estudado mudança de base no contexto de vetores do R3 , você verá que a ideia
permanece a mesma.
Sabemos que a base 𝐹 pode ser como combinação linear dos elementos da base 𝐸, pois os elementos de 𝐸
pertencem ao espaço vetorial 𝑉. Logo, podemos escrever:
Suponha agora que sabemos que o vetor 𝑣 apresenta as coordenadas 𝑦1 , 𝑦2 , ..., 𝑦𝑛 na base 𝐹. O vetor 𝑣
pode ser representado dos seguintes modos:
𝑦1
𝑦2
[𝑣]𝐹 = [| … |]
𝑦𝑛 𝐹
[𝑣]𝐹 = (𝑦1 , 𝑦2 , … , 𝑦𝑛 )𝐹
[𝑣]𝐹 = 𝑦1 𝑓1 + 𝑦2 𝑓2 + ⋯ + 𝑦𝑛 𝑓𝑛
O problema que queremos resolver é o seguinte: uma vez que temos a base 𝐹 escrita na base 𝐸 e também
temos as coordenadas de 𝑣 na base 𝐹, como encontrar as coordenadas do vetor 𝒗 na base 𝑬?
Em outras palavras, queremos encontrar as coordenadas 𝑥1 , 𝑥2 , ..., 𝑥𝑛 do vetor 𝑣 na base 𝐸, de modo que
o vetor 𝑣 possa ser escrito dos seguintes modos:
𝑥1
𝑥2
[𝑣]𝐸 = [| … |]
𝑥𝑛 𝐸
[𝑣]𝐸 = (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 )𝐸
[𝑣]𝐸 = 𝑥1 𝑒1 + 𝑥2 𝑒2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑒𝑛
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Um modo prático para se resolver esse problema consiste em realizar o seguinte produto de matrizes:
Vamos chamar a matriz 𝑴𝑭𝑬 de matriz de mudança da base E para a base F. Uma outra forma de
representar essa matriz é a seguinte: 𝑴𝑬𝑭 .
𝑴𝑭𝑬 ou 𝑴𝑬𝑭 é a matriz de mudança da base E para a base F. Ao multiplicar essa matriz
pelo vetor escrito em base 𝐹, obtemos o vetor escrito em base 𝑬.
Note que 𝑴𝑭𝑬 é obtida "realizando uma operação transposta": a primeira equação se
transforma na primeira coluna, a segunda equação se transforma na segunda coluna,
etc.
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Logo:
𝑓1 = 1. 𝟏 + 0 + 0 + 0 → 𝒇𝟏 = 𝟏
𝑓2 = −2. 𝟏 + 1. (𝟏 + 𝒙) + 0 + 0 → 𝒇𝟐 = −𝟏 + 𝒙
𝑓3 = 0 − 1. (𝟏 + 𝒙) + 1. (𝟏 + 𝒙 + 𝒙𝟐 ) + 0 → 𝒇𝟑 = 𝒙𝟐
𝑓4 = −1. 𝟏 + 0 − 1. (𝟏 + 𝒙 + 𝒙𝟐 ) + 1. (𝟏 + 𝒙 + 𝒙𝟐 + 𝒙𝟑 ) → 𝒇𝟒 = −𝟏 + 𝒙𝟑
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Os teoremas sobre "mudanças de base sucessivas" e sobre "retorno à base de origem", que são
aprendidos ao se estudar vetores no R3 , também valem para espaços vetoriais quaisquer.
Uma vez que temos as matrizes 𝑀𝐹𝐸 e 𝑀𝐺𝐹 , surge a seguinte pergunta: como determinar a matriz de
mudança da base E para a base G (𝑴𝑮𝑬 )? Lembre-se que, multiplicar essa matriz por um vetor escrito em
base 𝐺, obtemos o vetor escrito em base 𝑬.
Você deve saber que matriz 𝑀𝐺𝐸 é o produto das matrizes 𝑀𝐹𝐸 e 𝑀𝐺𝐹 :
Considere a matriz de mudança da base E para a base F 𝑴𝑭𝑬 . Sabemos que, ao multiplicar essa matriz por
um vetor escrito em base 𝐹, obtemos o vetor escrito em base 𝑬.
Uma vez que temos a matriz 𝑀𝐹𝐸 , surge a seguinte pergunta: como determinar a matriz de mudança da
base F para a base E (𝑴𝑬𝑭 )? Lembre-se que, multiplicar essa matriz por um vetor escrito em base 𝐸,
obtemos o vetor escrito em base 𝑭.
−1
𝑀𝐸𝐹 = 𝑀𝐹𝐸
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Espaços vetoriais
Comentários:
Note que um vetor (𝑥, 𝑦, 𝑧) do subespaço 𝑆 deve ser escrito da seguinte forma:
= 𝑥. (1, 0, 1) , 𝑥 ∈ R
Observe, portanto, que todos os vetores do subespaço 𝑆 são combinações lineares do seguinte conjunto:
𝐵 = {(1, 0, 1)}
Em outras palavras, 𝑩 gera o espaço 𝑺. Como o conjunto 𝐵 apresenta apenas um vetor diferente do nulo,
trata-se de um conjunto Linearmente Independente (LI).
Portanto, como 𝑺 = [𝑩] e 𝑩 é LI, o conjunto 𝑩 é uma base para o subespaço 𝑺. Consequentemente, como
uma base do subespaço 𝑆 apresenta um único vetor, a dimensão do subespaço é 1.
Gabarito: Letra B.
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Comentários:
𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙
Vamos desenvolver a expressão 𝟏+𝐬𝐞𝐜 𝒙 − 𝟏−𝒔𝒆𝒄𝒙.
𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥
−
1 + sec 𝑥 1 − 𝑠𝑒𝑐𝑥
𝑡𝑔2 𝑥 + 1 = sec 2 𝑥
→ 1 − sec 2 𝑥 = 𝑡𝑔2 𝑥
Além disso:
1
𝑠𝑒𝑛𝑥. sec 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥. = 𝑡𝑔 𝑥
cos 𝑥
𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙
Logo, 𝟏+𝐬𝐞𝐜 𝒙 − 𝟏−𝒔𝒆𝒄𝒙 é igual a:
1
= 2.
𝑡𝑔 𝑥
= 2 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥
𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙)+𝟏
Agora vamos desenvolver a expressão .
𝟒
1 + cos 2𝑥
cos2 𝑥 =
2
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Logo:
cos(2𝑥) + 1 1 1 + cos 2𝑥
= ( )
4 2 2
1
= cos 2 𝑥
2
𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙)+𝟏
Agora que desenvolvemos as expressões , 𝟏+𝐬𝐞𝐜 𝒙 − 𝟏−𝒔𝒆𝒄𝒙 e , observe que o conjunto de vetores 𝐴
𝟒
pode ser descrito assim:
1
𝐴 = {(2𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥; cos 2 𝑥 ), (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥; cos2 𝑥)}
2
Note portanto, que o conjunto 𝑨 é Linearmente Dependente (LD), pois um vetor é combinação linear do
outro:
1
(2𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥; cos2 𝑥 ) = 𝟐. (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥; cos 2 𝑥)
2
Cumpre destacar que o conjunto de vetores 𝐵 = {(1,0), (0,1)} é Linearmente Independente (LI), pois
trata-se da base canônica do R2 .
Gabarito: Letra A.
Comentários:
O problema apresenta dois subespaços do R3 , 𝑈 e 𝑉. Note que as alternativas apresentam como resposta a
dimensão dos subespaços 𝑈 + 𝑉 e 𝑈 ∩ 𝑉.
Sabemos que o subespaço 𝑈 é gerado por 𝐺𝑢 = {(1,0,0), (1,1,1)}, e o subespaço 𝑉 é gerado por
𝐺𝑣 = {(0,1,0), (0,0,1)}. Consequentemente, 𝑈 + 𝑉 é gerado por 𝐺𝑢 ∪ 𝐺𝑣 , isto é:
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Para obter a dimensão de 𝑈 + 𝑉, precisamos determinar uma base para esse subespaço. Para tanto,
podemos escalonar os vetores do conjunto gerador de 𝑼 + 𝑽. Dispondo os vetores de uma maneira
conveniente, de modo que o vetor (1,1,1) fique na última linha, temos que escalonar a seguinte matriz:
1 0 0
[0 1 0]
0 0 1
1 1 1
Logo:
1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0
𝐿 ←𝟏𝐿 +(−𝟏)𝐿 𝐿 ←𝟏𝐿 +(−𝟏)𝐿 𝐿 ←𝟏𝐿 +(−𝟏)𝐿
[0 1 0] [0 1 0] [0 1 0] [0 1 0]
4 4 1 4 4 2 4 4 2
~ ~ ~
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1
1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0
As linhas da matriz resultante do escalonamento, descartando as linhas nulas, constituem uma base do
subespaço em questão. Logo, uma base para o subespaço 𝑈 + 𝑉 é:
Portanto, 𝐝𝐢𝐦(𝑼 + 𝑽) = 𝟑. Como não temos essa alternativa, devemos determinar a dimensão de 𝑈 ∩ 𝑉.
Sabemos que 𝑈 = [(1,0,0), (1,1,1)]. Como os dois vetores que geram 𝑈 não podem ser escritos como
combinação linear um do outro, temos que {(1,0,0), (1,1,1)} é uma base de 𝑈. Como essa base tem dois
vetores, 𝐝𝐢𝐦(𝑼) = 𝟐.
Da mesma forma, sabemos que 𝑉 = [(0,1,0), (0,0,1)]. Como os dois vetores que geram 𝑉 não podem ser
escritos como combinação linear um do outro, temos que {(0,1,0), (0,0,1)} é uma base de 𝑉. Como essa
base tem dois vetores, 𝐝𝐢𝐦(𝑽) = 𝟐.
Gabarito: Letra D.
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(DECEx/EsFCEx/2010) Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se
tratar de afirmativa verdadeira, e a letra “F”, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
( )𝑾 = {𝑨 ∈ 𝑴𝟐 (𝐑); 𝑨𝑻 = 𝑻𝑨, 𝑻 fixada em 𝑴𝟐 (𝐑)} é subespaço vetorial do espaço vetorial das
matrizes reais de ordem 𝟐, 𝑴𝟐 (𝐑).
( ) Se 𝑿 e 𝒀 são subespaços vetoriais de um espaço vetorial 𝑬 e 𝑬 = 𝑿 ⊕ 𝒀, então
𝐝𝐢𝐦(𝑿 + 𝒀) = 𝐝𝐢𝐦 𝑿 + 𝐝𝐢𝐦 𝒀.
( ) Se 𝑩 = {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , . . . , 𝒗𝒏 } é uma base de um espaço vetorial 𝑽. Então, todo conjunto de 𝑽 com 𝒏 vetores
será linearmente dependente.
( ) Sejam 𝜶 e 𝜷 bases de um mesmo espaço vetorial. Se 𝜶 = 𝜷 então a matriz mudança de base da base
𝜶 para a base 𝜷 é a matriz identidade.
a) V - F - V - V
b) F - V - V - V
c) V - V - F - F
d) F - V - F - V
e) V - V - F - V
Comentários:
𝑾 = {𝑨 ∈ 𝑴𝟐 (𝐑); 𝑨𝑻 = 𝑻𝑨, 𝑻 fixada em 𝑴𝟐 (𝐑)} é subespaço vetorial do espaço vetorial das matrizes
reais de ordem 𝟐, 𝑴𝟐 (𝐑). Verdadeiro.
O conjunto 𝑊 representa todas as matrizes que comutam com uma matriz 𝑇 dada de 𝑀2 (R). Note que
𝑊 ⊂ 𝑀2 (R). Para mostrar que 𝑊 é um subespaço de 𝑀2 (R), devemos mostrar que:
0 0
A matriz nula [ ] comuta com todas as matrizes, pois:
0 0
0 0 0 0 0 0
[ ]𝑇 = 𝑇[ ]=[ ]
0 0 0 0 0 0
A soma é fechada em 𝑾
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𝐴1 𝑇 = 𝑇𝐴1
𝐴2 𝑇 = 𝑇𝐴2
(𝑨𝟏 + 𝑨𝟐 )𝑻 = 𝐴1 𝑇 + 𝐴2 𝑇
= 𝑇𝐴1 + 𝑇𝐴2
= 𝑻(𝑨𝟏 + 𝑨𝟐 )
𝐴1 𝑇 = 𝑇𝐴1
(𝜶𝑨𝟏 )𝑻 = 𝛼(𝐴1 𝑇)
= 𝛼(𝑇𝐴1 )
= 𝑻(𝜶𝑨𝟏 )
Como (𝜶𝑨𝟏 )𝑻 = 𝑻(𝜶𝑨𝟏 ), temos que a multiplicação por escalar 𝛼𝐴1 pertence a 𝑊.
Como o elemento neutro da soma pertence a 𝑾, a soma é fechada em 𝑾 e a multiplicação por escalar
também é fechada em 𝑾, temos que 𝑾 é subespaço de 𝑴𝟐 (𝐑).
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Se 𝑩 = {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , . . . , 𝒗𝒏 } é uma base de um espaço vetorial 𝑽. Então, todo conjunto de 𝑽 com 𝒏 vetores
será linearmente dependente. Falso.
Se o conjunto 𝑩 com 𝒏 vetores é uma base de um espaço vetorial 𝑉, então, pela definição de base, esse
conjunto gera o espaço 𝑉 e também é Linearmente Independente (LI). Portanto, é errado afirmar que
todo conjunto de 𝑽 com 𝒏 vetores será Linearmente Dependente (LD).
Sejam 𝜶 e 𝜷 bases de um mesmo espaço vetorial. Se 𝜶 = 𝜷 então a matriz mudança de base da base 𝜶
para a base 𝜷 é a matriz identidade. Verdadeiro.
Considere que as bases 𝛼 e 𝛽 se referem a um espaço vetorial de dimensão 𝑛. Nesse caso, podemos
descrever as bases ordenadas por meio dos seguintes vetores:
𝛼 = {𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 }
𝛽 = {𝑏1 , 𝑏2 , … , 𝑏𝑛 }
Como as bases são iguais, temos que 𝑏1 = 𝑎1, 𝑏2 = 𝑎2, ..., 𝑏𝑛 = 𝑎𝑛 . Podemos dispor essas igualdades do
seguinte modo:
Gabarito: Letra E.
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Espaços vetoriais
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(DECEx/EsFCEx/2010) Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se
tratar de afirmativa verdadeira, e a letra “F”, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
( )𝑾 = {𝑨 ∈ 𝑴𝟐 (𝐑); 𝑨𝑻 = 𝑻𝑨, 𝑻 fixada em 𝑴𝟐 (𝐑)} é subespaço vetorial do espaço vetorial das
matrizes reais de ordem 𝟐, 𝑴𝟐 (𝐑).
( ) Se 𝑿 e 𝒀 são subespaços vetoriais de um espaço vetorial 𝑬 e 𝑬 = 𝑿 ⊕ 𝒀, então
𝐝𝐢𝐦(𝑿 + 𝒀) = 𝐝𝐢𝐦 𝑿 + 𝐝𝐢𝐦 𝒀.
( ) Se 𝑩 = {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , . . . , 𝒗𝒏 } é uma base de um espaço vetorial 𝑽. Então, todo conjunto de 𝑽 com 𝒏 vetores
será linearmente dependente.
( ) Sejam 𝜶 e 𝜷 bases de um mesmo espaço vetorial. Se 𝜶 = 𝜷 então a matriz mudança de base da base
𝜶 para a base 𝜷 é a matriz identidade.
a) V - F - V - V ==20abad==
b) F - V - V - V
c) V - V - F - F
d) F - V - F - V
e) V - V - F - V
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GABARITO – MULTIBANCAS
Espaços vetoriais
LETRA B
LETRA A
LETRA D
LETRA E
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