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T EORIA M ICROECONÔMICA III

Exercícios
1 Equilíbrio Geral

2 Exercícios de revisão

1) Defina (utilize gráficos e álgebra para ilustrar as definições quando possível): Equilíbrio Parcial; Equilíbrio Geral;
Trocas puras; Preferências bem comportadas; Caixa de Edgeworth; Alocação factível, Alocação final; Eficiente
no Sentido de Pareto; Conjunto de Pareto ou Curva de Contrato; Demanda Bruta e Demanda Excedente (líquida);
Equilíbrio Competitivo ou Equilíbrio Walrasiano; Função de demanda excedente agregada; Convexidade; Função
de produção; Produtividade do fator de produção; Retornos de escala decrescentes, constantes e crescentes; Reta
de isolucro; Conjunto de possibilidade de produção; Fronteira de possibilidade de produção; Taxa marginal de
transformação.

2) Supondo 𝑥1𝐴 (𝑝1 , 𝑝2 ) a função de demanda do agente A pelo bem 1 e 𝑥1𝐵 (𝑝1 , 𝑝2 ) a função demanda do agente B pelo
bem 1, de modo que seja definida expressões análogas para o bem 2, 𝑥2𝐴 (𝑝1 , 𝑝2 ) e 𝑥1𝐵 (𝑝1 , 𝑝2 ). Demonstre o equilíbrio
competitivo para um determinado conjunto de preço (𝑝∗1 , 𝑝∗2 ).

3) Defina e prove a Lei de Walras a partir da soma de restrições orçamentárias de 𝑛 agentes e 𝑚 bens. Então, prove
que se uma demanda se igualar à oferta em 𝑛 − 1 mercados, ela terá que se igualar à oferta no enésimo mercado.

4) Defina e prove o Primeiro Teorema da Teoria Econômica do Bem-Estar. Discorra sobre sua importância para a
teoria econômica do bem-estar.

5) Defina e prove o Segundo Teorema da Teoria Econômica do Bem-Estar. Discorra sobre sua importância para a
teoria econômica do bem-estar.

6) Com base no conceito de não convexidade, mostre um caso em que uma alocação é eficiente no sentido de Pareto,
mas que não pode ser alcançada por um mercado competitivo.

2.1 Exercícios Complementares

7) É possível ter uma alocação eficiente no sentido de Pareto numa situação em que alguém esteja pior do que estaria
numa alocação que não fosse eficiente no sentido de Pareto? Ademais, é possível ter uma alocação eficiente no
sentido de Pareto numa situação em que todo mundo esteja pior do que numa alocação que não seja eficiente no
sentido de Pareto?

8) Os pais de João e Maria viajaram, deixando várias fatias de pizza e latas de refrigerante, juntamente com instruções
acerca de como João e Maria terão de alocar as fatias de pizza e latas de refrigerante entre si, a partir de uma caixa
de Edgeworth. Dada essa situação, julgue as proposições:

a) Se os pais decidirem alocar todas as fatias e latas para Maria e nada para João, sendo que tanto João como
Maria preferem sempre mais a menos quando se trata de pizza e refrigerante, a alocação terá sido Pareto-
ineficiente.
b) Se os pais alocarem as fatias e as latas de tal forma que as taxas marginais de substituição sejam diferentes,
sobrarão latas e fatias e, assim, haverá desperdício.

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c) Os pais alocaram todas as fatias de pizza e latas de refrigerante de tal forma que tanto João como Maria
ganharam fatias de pizza e latas de refrigerante, mas Maria tem mais latas de refrigerante do que gostaria,
dadas as fatias de pizza que recebeu, e João tem mais fatias de pizza do que gostaria, dada a quantidade de
refrigerante que seus pais lhe deixaram. Ainda assim, pode ocorrer que a alocação inicial tenha sido Pareto-
eficiente.
d) Ao negociarem, a partir de uma alocação inicial que não foi eficiente, mesmo os dois sendo racionais e
preferindo mais a menos, pode ocorrer que João ou Maria acabem com um nível de satisfação inferior ao da
alocação inicial.
e) João e Maria reuniram-se com grande número de colegas, que podem trocar seus estoques de fatias de pizza
e latas de refrigerante em um mercado competitivo, no qual o preço é anunciado por um leiloeiro que não
participa das trocas. O equilíbrio Walrasiano que será assim alcançado dependerá das dotações iniciais de
cada criança.

9) Desenhe a caixa de Edgeworth para as economias descritas abaixo, ilustrando as dotações iniciais, as curvas de
indiferença que passam por essas dotações e as alocações descritas nos itens.

a) 𝑢𝐴 = 𝑥𝐴 𝑥𝐴 , 𝑢𝐵 = 𝑥𝐵
1 2 1
, 𝑥𝐵
2
, 𝑒𝐴 = (3, 7), 𝑒𝐵 = (7, 3).
Alocações (𝑥 , 𝑥 ) = ((2, 5), (8, 5), (𝑥̃ 𝐴 , 𝑥̃ 𝐵 ) = ((0, 3)(10, 7), (𝑥̂ 𝐴 , 𝑥̂ 𝐵 ) = ((6, 6), (6, 6).
𝐴 𝐵

b) 𝑢𝐴 = 𝑥𝐴 𝑥𝐴 , 𝑢𝐵 = 𝑚𝑖𝑛{𝑥𝐵
1 2 1
, 𝑥𝐵
2
}, 𝑒𝐴 = (4, 5), 𝑒𝐵 = (11, 5).
Alocações (𝑥 , 𝑥 ) = ((12, 3), (3, 7), (𝑥̃ 𝐴 , 𝑥̃ 𝐵 ) = ((10, 5)(5, 5), (𝑥̂ 𝐴 , 𝑥̂ 𝐵 ) = ((3, 6), (2, 7)
𝐴 𝐵

c) 𝑢𝐴 = 𝑥𝐴
1
+ 𝑥𝐴2
, 𝑢𝐵 = 𝑚𝑖𝑛{𝑥𝐵1
, 𝑥𝐵
2
}, 𝑒𝐴 = (4, 5), 𝑒𝐵 = (6, 15).
Alocações (𝑥 , 𝑥 ) = ((5, 8), (5, 12), (𝑥̃ 𝐴 , 𝑥̃ 𝐵 ) = ((10, 5)(0, 15), (𝑥̂ 𝐴 , 𝑥̂ 𝐵 ) = ((3, 13), (7, 7).
𝐴 𝐵

10) Para as economias descritas nos itens da questão anterior, responda:

a) Quais alocações são factíveis?


b) Descreva a curva de contrato para cada uma dessas economias. Ilustre graficamente a curva de contrato na
caixa de Edgeworth.
c) Descreva as alocações no núcleo de cada uma dessas economias. Ilustre graficamente o núcleo na caixa de
Edgeworth.

11) Considere uma economia com 2 indivíduos e com 2 bens. A função de utilidade do indivíduo 1 é 𝑢1 (𝑥1 , 𝑥2 ) =

𝑥1 𝑥2 com uma dotação inicial 𝑤1 = (18, 4); a função de utilidade do indivíduo 2 é 𝑢2 (𝑥1 , 𝑥2 ) = ln 𝑥1 + 2 ln 𝑥2 ,
com uma dotação inicial 𝑤2 = (3, 6). Calcule o equilíbrio Walrasiano desta economia.

6) Considere uma economia de troca pura em que todas as preferências são contínuas e monotônicas. Ademais, que
existem dois bens e dois agentes, A e B, com utilidades 𝑢𝐴 (𝑥𝐴 , 𝑦𝐴 ) = 3𝑥𝐴 + 𝑦𝐴 e 𝑢𝐵 (𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 ) = 𝑥𝐵 + 3𝑦𝐵 , respecti-
vamente, e dotações iniciais 𝑤𝐴 = 𝑤𝐵 ,(3, 3). A alocação (𝑥𝐴 , 𝑦𝐴 ), (𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 ) é uma alocação Pareto-eficiente?

12) Considere uma economia de trocas na qual dois agentes A e B possuem 5 unidades de cada um de dois bens
𝑥 e 𝑦. Assim, existem 10 unidades de cada um dos bens na economia. A função de utilidade do agente A é
𝑈𝐴 = (𝑥𝐴 , 𝑦𝐴 ) = 𝑥𝐴 + 2𝑦𝐴 e a do agente B é 𝑉 (𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 ) = min {2𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 }. Determine as quantidades e os preços
de equilíbrio dessa economia.

13) Considere uma economia de troca pura com dois bens (𝑥1 , 𝑥2 ) e dois indivíduos (𝐴, 𝐵). Sejam 𝑈𝐴 (𝑥𝐴 , 𝑦𝐴 ) =
1∕3 2∕3
𝑥𝐴 𝑦𝐴 , 𝑈𝐵 (𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 ) = min {𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 }, 𝑤𝐴 = (10, 20) e 𝑤𝐵 = (20, 5) as funções de utilidade e as dotações,
respectivamente. Determine as quantidades e os preços de equilíbrio dessa economia.

14) Se a taxa marginal de substituição de Robinson entre peixes e cocos é de -2 e a taxa marginal de transformação
entre eles é de -1, o que ele deve fazer se quiser aumentar sua utilidade?

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15) Suponha que Robinson Crusoé produza e consuma peixe (𝐹 ) e coco (𝐶). Suponha ainda que durante um certo
período ele tenha decidido trabalhar 128 horas e que ele seja indiferente entre gastar este tempo catando cocos
ou pescando. A função de produção de peixes de Robinson é dada por 𝐹 = (𝑙𝐹 )1∕2 e a de cocos é 𝐶 = (𝑙𝐶 )1∕2 ,
em que 𝑙𝐹 e 𝑙𝐶 são o número de horas que Robinson passa pescando e catando cocos, respectivamente, tal que
𝑙𝐹 + 𝑙𝐶 = 128. A sua função de utilidade para consumo de peixes e cocos é dada por 𝑈 (𝐹 , 𝐶) = (𝐹 ⋅ 𝐶)1∕2 . Se
Robinson vive sozinho e não pode negociar com ninguém, quantas horas ele trabalha catando cocos e quantas horas
ele trabalha pescando? Quantos cocos e peixes ele produz?

16) Suponha que após Robinson já ter produzido as quantidades 𝐹 e 𝐶 do problema anterior, ele encontre Sexta-feira,
que possui uma dotação de 12 peixes e 2 cocos. A função de utilidade de Sexta-feira é dada por 𝑈 (𝐹 , 𝐶)𝑠𝑒𝑥𝑡𝑎 =
(𝐹 ⋅𝐶)1∕2 . Considerando que Robinson e Sexta-feira como tomadores de preços nos mercados de peixes e de cocos,
encontre o único equilíbrio competitivo da economia acima. Quantos peixes e quantos cocos Robinson consome
neste equilíbrio? Quantos peixes e quantos cocos Sexta-sexta feira consome?

17) Sejam 𝑋 1 = 𝑥1𝐴 + 𝑥1𝐵 e 𝑋 2 = 𝑥2𝐴 + 𝑥2𝐵 as quantidades totais dos bens 1 e 2 produzidas e consumidas numa
economia com apenas dois indivíduos, A e B. Suponha ainda que a função de transformação dessa economia seja
𝑇 (𝑋 1 , 𝑋 2 ) se e somente se 𝑇 (𝑋 1 , 𝑋 2 ) = 0. Adicionalmente, a utilidade dos indivíduos definidas como 𝑢𝐴 (𝑥1𝐴 , 𝑥2𝐴 )
e 𝑢𝐵 (𝑥1𝐵 , 𝑥2𝐵 ), respectivamente. Derive a condição de eficiência de Pareto para essa economia com produção. Rep-
resente graficamente o resultado.

18) Suponha uma economia com dois consumidores, A e B, com utilidades definidas sobre cestas de dois bens, x e y,
1 1
denotadas por 𝑢𝐴 (𝑥𝐴 , 𝑦𝐴 ) = 𝑥𝐴2 𝑦𝐴2 e 𝑢𝐵 (𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 ) = 𝑥𝐵 𝑦𝐵 . As dotações iniciais de A e B são 𝑒𝐴 = (6, 4) 𝑒𝐵 = (4, 6).

a) Desenhe a caixa de Edgeworth para essa economia, ilustrando as dotações iniciais.


b) Descreva os conjuntos das alocações factíveis e das alocações Pareto eficientes. Descreva as alocações que
estão no núcleo desta economia.
c) Determine os preços de equilíbrio para esta economia.
d) Normalize o preço do bem y em 1. Mostre que para os preços de equilíbrio encontrados no item anterior,
temos que de fato demanda iguala oferta no mercado dos dois bens.

19) Suponha que existam apenas três bens, denotados por 𝑥1 , 𝑥2 e 𝑥3 , em uma economia sem produção. As funções
de excesso de demanda agregada pelos bens 2 e 3 são:

3𝑝2 2𝑝3
𝑧2 (𝐩) = − + − 1,
𝑝1 𝑝1

4𝑝2 2𝑝3
𝑧3 (𝐩) = − + − 2.
𝑝1 𝑝1

a) Mostre que essas funções são homogêneas de grau zero nos preços.
b) Use a Lei de Walras para mostrar que se 𝑧2 (𝐩) = 𝑧3 (𝐩) = 0, então 𝑧1 (𝐩) também deve ser igual a zero. Você
consegue calcular 𝑧1 (𝐩) usando a lei de Walras?
c) Resolva esse sistema de equações para encontrar os preços relativos de equilíbrio 𝑝2 ∕𝑝1 e 𝑝3 ∕𝑝1 . Qual é o
valor de equilíbrio de 𝑝3 ∕𝑝2 ?

20) Suponha uma economia com dois consumidores, A e B, com utilidades definidas sobre cestas de dois bens, x e y, de-
notadas por 𝑢𝐴 (𝑥𝐴 , 𝑦𝐴 ) = 𝑥2𝐴 𝑦2𝐴 e 𝑢𝐵 (𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 ) = 𝑥𝐵 𝑦𝐵 . As dotações iniciais de A e B são 𝑒𝐴 = (12, 8) 𝑒𝐵 = (8, 12).

a) Desenhe a caixa de Edgeworth para essa economia, ilustrando as dotações iniciais.

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b) Descreva os conjuntos das alocações factíveis e das alocações Pareto eficientes. Descreva as alocações que
estão no núcleo desta economia.
c) Determine os preços de equilíbrio para esta economia.
d) Normalize o preço do bem y em 1. Mostre que para os preços de equilíbrio encontrados no item anterior,
temos que de fato a demanda é igual à oferta no mercado dos dois bens.
e) Calcule a alocação de equilíbrio Walrasiano. Ela é uma alocação justa? Explique intuitivamente a razão da
sua resposta.

21) Considere uma economia sem produção com dois bens, 𝑥 e 𝑦. Suponha que existam apenas dois indivíduos, A e B,
com funções de utilidade dadas por 𝑢𝐴 (𝑥, 𝑦) = 𝑥𝑦2 e 𝑢𝐵 (𝑥, 𝑦) = min{𝑥, 𝑦} e dotações 𝑒𝐴 = (10, 20) e 𝑒𝐵 = (20, 10).

a) Descreva o conjunto de alocações factíveis, o conjunto de alocações Pareto-ótimas e o núcleo dessa economia.
b) Determine as funções de demanda dos dois consumidores.
c) Determine a relação de preços de equilíbrio.
d) Normalizando o preço do bem y em 1, verifique que de fato os dois mercados se equilibram aos preços
encontrados no item c).
e) Determine a alocação de equilíbrio e verifique se ela é justa.

22) Suponha uma economia com dois consumidores, A e B, com utilidades definidas sobre cestas de dois bens, 𝑥 e
𝑦, denotadas por 𝑢𝐴 (𝑥𝐴 , 𝑦𝐴 ) = 𝑥2𝐴 𝑦2𝐴 e 𝑢𝐵 (𝑥𝐵 , 𝑦𝐵 ) = 𝑥𝐵 + 𝑦𝐵 . As dotações iniciais de A e B são 𝐞𝐴 = (6, 4) e
𝐞𝐵 = (4, 6).

a) Desenhe a caixa de Edgeworth para essa economia, ilustrando as dotações iniciais.


b) Descreva os conjuntos das alocações factíveis e das alocações Pareto eficientes. Descreva as alocações que
estão no núcleo desta economia.
c) Determine os preços de equilíbrio para esta economia (dica: lembre-se que no equilíbrio, os preços relativos
serão iguais às taxas marginais de substituição em valor absoluto para os dois consumidores).
d) Calcule a alocação de equilíbrio Walrasiano. Ela é uma alocação justa? Explique intuitivamente a razão da
sua resposta.

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3 Bem-estar (Escolha social)

4 Exercícios de Revisão

23) Defina (utilize gráficos e álgebra para ilustrar as definições quando possível): Preferência social; Teorema da Im-
possibilidade de Arrow; Função de Bem-estar Social; Função de bem-estar utilitarista clássica ou de Bentham;
Função de bem-estar social minimax ou rawlsiana; Função de bem-estar individualista ou de Bergson-Samuelson;
Conjunto de possibilidade de utilidade; Fronteira de possibilidade de utilidade; Curvas de isobem-estar; Alocações
justas; Equidade; Inveja.

24) Suponhamos que uma alocação x seja socialmente preferida a uma alocação y apenas se cada pessoa preferir x a y.
Que resultado tem isso como regra para a tomada de decisões?

25) Suponhamos que uma alocação seja eficiente no sentido de Pareto e que cada indivíduo só se importe com seu
próprio consumo. Prove que tem de haver alguém que não inveje ninguém, no sentido descrito no texto.

26) A função de bem-estar rawlsiana considera apenas o bem-estar do agente em pior situação. O contrário da função
de bem-estar rawlsiana poderia ser chamado de função de bem-estar “nietzschiana”, uma função de bem-estar que
diz que o valor de uma alocação depende apenas do bem estar do agente mais bem situado. À qual teria a forma:
𝑊 (𝑢1 , ..., 𝑢𝑛 ) = max{𝑢1 , ..., 𝑢𝑛 }. Considerando um conjunto de possibilidades de utilidade seja convexo e que os
consumidores se importem apenas com seu próprio consumo. Que tipos de alocações representam máximos de
bem-estar da função de bem-estar nietzschiana?

5 Exercícios Complementares

27) A capacidade de estabelecer a agenda de votação pode, com frequência, se um ativo poderoso. Assumindo que as
preferências sociais sejam decididas pela votação majoritária em pares de candidatos e que as preferências dadas
no quadro abaixo valham, demonstre esse fato mediante a elaboração de uma agenda de votação que resulte numa
alocação que tenha por consequência a vitória de y. Encontre a agenda em que z seja o vencedor. Que propriedade
das preferências sociais é responsável por esse poder de estabelecer a agenda?

A B C
x y z
y z x
z x y

28) R é uma relação de preferência social de uma sociedade com 3 indivíduos e três estados sociais: x, y e z. A relação
R define-se da seguinte forma:

i) Se, por voto maioritário, for obtido um ranking de estados sociais transitivo, com uma única melhor escolha,
então essa escolha é a preferência social;
ii) Se, por voto maioritário, o ranking de estados sociais não é transitivo, então assume-se que x é a preferência
social.

As preferências dos indivíduos são as seguintes:

a) Qual é a preferência social que se obtém através de R?


b) Será que R satisfaz o princípio de Pareto?
c) Demonstre que R é não ditatorial.

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1 2 3
x y z
y z x
z x y

29) Considerando uma economia de trocas com dois agentes, 𝐴 e 𝐵, e dois bens, 𝑥 e 𝑦. O agente 𝐴 possui 2 unidades
do bem 𝑥 e 6 do bem 𝑦, enquanto o agente 𝐵 possui 8 unidades do bem 𝑥 e 4 do bem 𝑦. A função de utilidade do
agente 𝐴 é 𝑈𝐴 (𝑥, 𝑦) = 6𝑥0,5
𝐴
+ 𝑦𝐴 e a do agente 𝐵 é 𝑈𝐵 (𝑥, 𝑦) = 𝑥𝐵 + 2𝑦0,5
𝐵
. Considere ainda a função de bem-estar
social dada por 𝑊 (𝑈𝐴 , 𝑈𝐵 ) = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 . Assim, quantas unidades do bem 𝑥 e de 𝑦 o agente 𝐵 receberá no máximo
de bem-estar?

30) Mostre que a regra de votação majoritária aos pares, conforme definida em sala, satisfaz as propriedades de anoni-
mato, neutralidade entre as alternativas e resposta positiva.

31) Mostre que uma regra de escolha social que satisfaz as propriedades de resposta positiva e neutralidade entre as
alternativas satisfaz a seguinte propriedade:

Propriedade da resposta negativa: Se 𝐃 = 𝐟 (𝐃𝟏 , ..., 𝐃𝐈 ) ≤ 𝟎 e 𝐷̃ 𝑖 = 𝐷𝑖 para todo 𝑖 ≠ 𝑖0 , e 𝐷̃ 𝑖0 ≠ 𝐷𝑖0 , então


𝑓 (𝐷̃ 1 , ..., 𝐷𝐼 ) = −1.

Interprete intuitivamente a propriedade acima.

32) Considere uma eleição com 3 candidatos, A, B e C, e quatro eleitores, onde as preferências desses eleitores é
descrita na seguinte tabela, em ordem decrescente de preferência:

Eleitor 1 Eleitor 2 Eleitor 3 Eleitor 4


A A B C
B B C B
C C A A

Assuma que o método de votação é dado pela contagem de Borda (votação em lista). Suponha que ninguém vote
estrategicamente.

a) Calcule um sistema de pesos para o sistema de Borda onde o candidato A ganha, se tal sistema de pesos
existir.
b) Calcule um sistema de pesos para o sistema de Borda onde o candidato B ganha, se tal sistema de pesos existir.
c) Considere o sistema de pesos calculado para o item b). Existe algum incentivo para algum eleitor votar
estrategicamente?

33) Considere as seguintes regras de votação:

Regra de Copeland: Fixe uma alternativa, digamos x. Compare essa alternativa x com toda outra alternativa y.
Em cada comparação, agracie 1 se a maioria prefere x a y, -1 se a maioria prefere y a x e 0 se ocorre empate. Some
os pontos de todas as comparações da alternativa x. Repita esse procedimento para toda alternativa existente. A
alternativa com a maior soma (Copeland score) é o vencedor de Copeland.
Regra de Simpson: Fixe uma alternativa, digamos x. Para toda outra alternativa y, calcule o número N(x, y)
dos eleitores que preferem (fracamente) x a y. O score de Simpson para a alternativa x é o menor N(x, y) em
𝑦(min𝑦 𝑁(𝑥, 𝑦)) Repita esse procedimento para toda alternativa existente. A alternativa com o maior score de
Simpson é o vencedor de Simpson.

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Regra de Borda Modificada: Cada eleitor ordena as cinco alternativas da mais preferida à menos preferida (sem
empates). A alternativa ordenada por último recebe 0 pontos, a quarta recebe 1 ponto, a terceira recebe 2 pontos,
a segunda recebe 3 pontos e a primeira recebe 4 pontos. Some os pontos de todos os eleitores. A alternativa com
maior pontuação é o vencedor de Borda.
Considere a seguinte ordenação (estrita) de preferências, entre 9 eleitores e cinco alternativas:
Número de eleitores:

1 4 1 3
𝑎 𝑐 𝑒 𝑒
𝑏 𝑑 𝑎 𝑎
𝑐 𝑏 𝑑 𝑏
𝑑 𝑒 𝑏 𝑑
𝑐 𝑎 𝑐 𝑐

a) Identifique os vencedores de Copeland e de Simpson.


b) Calcule o vencedor de Borda para o critério acima. Compare o vencedor de Borda com o vencedor de
Copeland.
c) Encontre três sistemas de pesos positivos (diferentes de zero) para uma regra do tipo de Borda tal que o
primeiro eleja c, o segundo eleja b e o terceiro eleja d.

34) Verifique quais condições do Teorema de Arrow as regras de escolha social listadas abaixo satisfazem. Argumente
de modo convincente caso a regra satisfaça alguma condição e forneça um contra-exemplo caso contrário.

a) Votação majoritária aos pares;


b) Votação majoritária normal;
c) Regra ditadorial;
d) Contagem de Borda.

35) Argumente de modo convincente que se existem apenas duas alternativas, a regra de votação majoritária satisfaz as
hipóteses do Teorema de Arrow.

36) Considere uma eleição com quatro candidatos, A, B, C e D e cinco eleitores, onde as preferências desses eleitores
são descritas na seguinte tabela, em ordem decrescente de preferência:

Eleitor 1 Eleitor 2 Eleitor 3 Eleitor 4 Eleitor 5


A A B C D
B D C B B
C C A D C
D B D A A

Assuma que a regra de escolha social é definida pela maioria simples, onde cada eleitor vota em apenas uma das
alternativas e a alternativa mais votada é a escolhida.

a) Suponha que ninguém vote estrategicamente, ou seja, cada eleitor seleciona a sua alternativa preferida. Qual
é a alternativa eleita?
b) Mostre que para as preferências exibidas na tabela acima, existe possibilidade de voto útil, ou seja, algum ou
alguns eleitores selecionarem uma alternativa diferente da sua preferida.

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c) Qual ou quais condições do Teorema de Arrow o sistema de votação descrito acima não satisfaz? Justifique a
sua resposta.

37) Existem três indivíduos na sociedade, 1, 2, 3, três alternativas, A, B, C, e o domínio das preferências é irrestrito.
Suponha que a relação de preferência social, ⪰𝑆 , é dada por votação majoritária, ou seja, cada individuo escolhe
uma das alternativas, coloca em uma urna, onde contam-se o número de votos e é escolhida a alternativa com
maior número de votos (se ocorrer empate, então o individuo 1 escolhe a alternativa preferida, em um voto de
minerva), ordenando as alternativas seguintes pelo número de votos recebido. Assuma que cada individuo conhece
as preferências de todos os outros eleitores.

a) Considere o seguinte conjunto de preferências, onde ⪰𝑖 denota a relação de preferência estrita de 𝑖:

indivíduo 1 ∶ 𝐴 ≻1 𝐵 ≻1 𝐶

indivíduo 2 ∶ 𝐵 ≻2 𝐶 ≻2 𝐴

indivíduo 3 ∶ 𝐶 ≻3 𝐴 ≻3 𝐵

Se todos os três indivíduos votarem na sua alternativa preferida, qual será escolhida?
b) Existe algum individuo que tem incentivo para voto útil, ou seja, para votar não na alternativa preferida, mas
sim em outra?
c) Quais das hipóteses do Teorema de Arrow são satisfeitas pela regra de votação acima? Quais não são satis-
feitas? Argumente de modo claro e sucinto.

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6 Externalidades

6.1 Exercícios de Revisão

38) Defina (utilize exemplos, gráficos e álgebra para ilustrar as definições quando possível): externalidade positiva e
negativa (relacionada ao consumo e a produção); Teorema de Coase; custo marginal externo; custo marginal social;
formas de correção de falhas de mercado padrão, taxa e permissões transferíveis.

39) O delineamento explícito dos direitos de propriedade normalmente elimina o problema de externalidades? Além
disso, as consequências distributivas do delineamento dos direitos de propriedade são eliminadas quando as prefer-
ências são quase lineares?

40) Um programador de computação faz lobby contra a legislação de direitos autorais para softwares. Seu argumento
é de que todas as pessoas deveriam se beneficiar dos programas inovadores, escritos para computadores pessoais, e
que a exposição a uma ampla variedade de programas poderia inspirar jovens programadores a criarem softwares
ainda mais inovadores. Considerando os benefícios sociais marginais que poderiam ser obtidos por esta proposta,
você concordaria com a posição desse profissional?

41) Quatro empresas situadas em diferentes locais ao longo de um determinado rio despejam diversas quantidades de
efluentes dentro dele. Esses efluentes prejudicam a qualidade da natação para moradores que habitam rio abaixo.
Estas pessoas podem construir piscinas para evitar ter de nadar no rio, mas, por outro lado, as empresas podem
instalar filtros capazes de eliminar produtos químicos prejudiciais existentes nos efluentes despejados no rio. Na
qualidade de consultor de uma organização de planejamento regional, de que forma você faria uma comparação
e diferenciação entre as seguintes opções, para tratar do assunto relativo aos efeitos prejudiciais dos efluentes
despejados no rio:

a) Imposição de um imposto sobre efluentes para as empresas que estejam localizadas às margens do rio.
b) Imposição de quotas iguais para todas as empresas, determinando o nível de efluentes que cada uma delas
pode despejar no rio.
c) Implementação de um sistema de permissões transferíveis de despejo de efluentes no rio, segundo o qual a
quantidade agregada de poluentes é fixa e todas as empresas receberiam idênticas permissões.

6.2 Exercícios Complementares

42) Suponha que estudos científicos mostrem, as seguintes informações sobre os benefícios e custos das emissões de
dióxido de enxofre: Benefícios de reduzir as emissões: 𝐵𝑚𝑔 = 400 − 10𝑎; Custos de reduzir as emissões: 𝐶𝑚𝑔 =
100 + 20𝑎; onde 𝑎 é a quantidade reduzida em milhões de toneladas, e os benefícios e custos são dados em reais
por tonelada. Determine o nível de redução de emissões socialmente eficiente e os benefícios marginais e os custos
marginais de redução das emissões no nível socialmente eficiente? O que aconteceria com os benefícios sociais
líquidos (benefícios menos custos) se você reduzisse 1 milhão de toneladas a mais do que o nível de eficiência? E
1 milhão a menos?

43) Suponha que uma firma produza um determinado produto 𝑥 que é vendido por um preço 𝑝. Ao produzir 𝑥 a firma
gera uma externalidade negativa ℎ. O custo de produção da firma é representado por uma função 𝑐(𝑥, ℎ), tal que:

𝜕𝑐(𝑥, ℎ)
𝑐𝑥 (𝑥, ℎ) = >0
𝜕𝑥
e
𝜕𝑐(𝑥, ℎ)
𝑐ℎ (𝑥, ℎ) = <0
𝜕ℎ

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a externalidade afeta um único consumidor cuja utilidade é dada por 𝑤−𝜙(ℎ), em que 𝑤 é a riqueza do consumidor,
que nós consideraremos aqui como fixa. Identifique a origem da externalidade que afeta o consumidor a partir do
problema de maximização da firma.

44) Suponha que uma firma produza um determinado produto 𝑥 que é vendido por um preço 𝑝𝑥 . Ao produzir 𝑥 a firma
gera uma externalidade negativa ℎ. O custo de produção da firma é representado por uma função 𝑐(𝑥, ℎ), tal que:

𝜕𝑐(𝑥, ℎ)
𝑐𝑥 (𝑥, ℎ) = >0
𝜕𝑥
e
𝜕𝑐(𝑥, ℎ)
𝑐ℎ (𝑥, ℎ) = <0
𝜕ℎ
𝜕𝑐(𝑦, ℎ)
Supondo que a externalidade produza um efeito determinado por 𝑐𝑦 = (𝑦, ℎ) a uma segunda empresa, à
𝜕𝑦
qual vende seu produto 𝑦 a um preço 𝑝𝑦 . Escreva o problema de maximização de lucro das firmas e encontre as
condições de primeira ordem que caracterizam a solução de tal problema.

45) Uma economia é constituída por dois indivíduos cujas utilidades são 𝑈𝐴 (𝑓 , 𝑚𝐴 ) = 34 𝑓 + 𝑚𝐴 e 𝑈𝐵 (𝑓 , 𝑚𝐵 ) =
𝑙𝑛(1 − 𝑓 ) + 𝑚𝐵 , em que 𝑓 é a poluição gerada pelos cigarros consumidos pelo indivíduo 𝐴 (medida por uma escala
que varia entre 0 e 1) e 𝑚𝑖 representa a quantidade de dinheiro do indivíduo 𝑖. As riquezas iniciais de ambos os
indivíduos são 𝑚𝐴 = 𝑚𝐵 = 10. Suponha que o indivíduo 𝐵 tenha direito a todo o ar puro, mas que possa vender,
ao preço unitário 𝑝 o direito de poluir parte do ar ao indivíduo 𝐴. Qual o preço 𝑝 que vigorará em equilíbrio?

46) Considere uma lagoa em que é possível pescar. Suponha que o preço do peixe é 1 e que 𝑓 (𝑛) é a quantidade total
de peixes pescados, em que 𝑛 é o número de barcos de pesca na lagoa. Suponha que a função 𝑓 (𝑛) está sujeita a
rendimentos decrescentes. Suponha também que, para pescar, é necessário apenas adquirir um barco e equipamento
que possuem custo constante igual a 𝑐 > 0. Com base nessas informações, é correto afirmar que se a lagoa for um
recurso comum, ou seja, se qualquer um puder entrar e pescar, então haverá 𝑛 ∗ barcos, de sorte que 𝑛∗
𝑛∗
= 𝑐, ou
seja, cada pescador obterá uma receita de pesca igual ao custo. Demonstre sua resposta.

47) Suponha um grupo de 5 indivíduos, que consomem um bem público e um bem privado. A utilidade do indivíduo 𝑖
é:

𝑢𝑖 (𝑥𝑖 , 𝐺) = 𝑖 ⋅ ln 𝐺 + 𝑥𝑖 ,

onde x i denota a quantidade do bem privado consumido por 𝑖 e G a quantidade de bem público. Suponha que o
preço do bem privado é normalizado em 1 e que cada individuo tem a mesma dotação desse bem privado, 𝐞𝑖𝑥 = 10,
para todo 𝑖 = 1, ..., 5. O bem público possui um custo de provimento igual a 𝐶(𝐺) = 5𝐺.

a) Calcule a quantidade socialmente ótima de bem público.


b) Suponha que cada individuo contribui com o mesmo valor para prover a quantidade socialmente ótima do
bem público. Qual será o valor da contribuição individual e da total?
c) Suponha que os indivíduos 2, 3, 4 e 5 contribuem cada um com 3 u.m. para a provisão do bem público. Qual
será o valor de bem público que o individuo 1 irá adquirir, caso o bem público seja provido em um mercado
privado, em que o seu preço é igual ao seu custo marginal de provimento? (dica: lembre-se que o consumo
de um bem é sempre maior ou igual a zero).
d) Interprete intuitivamente o resultado encontrado no item (c) e discuta qual seria a solução no caso de provisão
privada do bem público.

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T EORIA M ICROECONÔMICA III

7 Bens Públicos

8 Exercícios de Revisão

48) Defina (utilize exemplos, gráficos e álgebra para ilustrar as definições quando possível): bem público; semi-público;
bem privado; agente carona (free-rider); métodos de decisão coletiva comando central, votação majoritária e o
imposto de Clarke.

49) Demonstre a condição necessária e a condição suficiente para provisão dicotômica de bem público. Se necessário,
utilize o exemplo estudado em sala de aula em que dois colegas de quarto (1;2) tentam decidir sobre comprar ou
não um aparelho de TV. Ambos tinham que decidir entre consumir bem privado 𝑥𝑖 e contribuir 𝑔𝑖 para aquisição do
bem público, dada uma riqueza inicial 𝑤𝑖 e um custo da TV de 𝑐 unidades monetárias.

50) Considere agora que os dois colegas de quarto (1;2) queiram adquirir uma TV de qualidade 𝐺, ou seja, que o
problema seja a provisão contínua do bem público. Para isso, ambos têm que decidir entre consumir bem privado
𝑥𝑖 e contribuir 𝑔𝑖 para aquisição do bem público, dada uma riqueza inicial 𝑤𝑖 e um custo da TV de 𝑐(𝐺) unidades
monetárias, tal que a restrição com a qual os colegas de quarto se defrontam é dada por: 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑐(𝐺) = 𝑤1 + 𝑤2 .
Supondo que as utilidades dos indivíduos sejam: 𝑢1 (𝐺, 𝑥1 ) e 𝑢2 (𝐺, 𝑥2 ), respectivamente, determine a condição de
eficiência paretiana.

51) Discuta a seguinte afirmação: “se os consumidores tiverem preferências quase-lineares, cada alocação eficiente
apresentará uma quantidade única do bem público”.

9 Exercícios Complementares

52) Suponha um leilão em que as pessoas façam seus lances em turnos, em que seja preciso que cada lance seja ao
menos uma unidade monetária maior do que o lance anterior e no qual o item será vendido para a pessoa que der o
maior lance. Se a pessoa 𝑖 atribuir ao bem o valor de 𝑣𝑖 , qual será o lance ganhador? Que pessoa arrematará o bem?

53) Considerando um leilão de algum bem, com lance secreto e realizado entre 𝑛 pessoas. Seja 𝑣𝑖 o valor do bem para
a pessoa 𝑖. Prove que se o bem for vendido para quem der o maior lance, na segunda maior oferta de preço, será do
interesse de todos dizer a verdade.

54) Suponhamos que dez pessoas morem numa rua e que cada uma delas esteja propensa a pagar R$2,00 por lâmpada
extra de iluminação pública, seja qual for o número de lâmpadas fornecidas. Se o custo de prover 𝑥 lâmpadas for
dado por 𝑐(𝑥) = 𝑥2 , qual será o número Pareto eficiente de lâmpadas para prover?

55) Há três grupos em uma comunidade. Suas respectivas curvas de demanda por televisão estatal em horas de progra-
mação, 𝑡, são dadas, respectivamente, por 𝑤1 = 150 − 𝑡, 𝑤2 = 200 − 2𝑡 e 𝑤3 = 250 − 𝑡. Suponha que a televisão
estatal seja um bem público puro que possa ser produzido com um custo marginal constante igual a 200 por horas.

a) Qual seria o número de horas eficiente de transmissão para televisão estatal?


b) Qual o número de horas transmitidas pela televisão estatal que um mercado competitivo privado produziria?

56) Considere a pesca anual do lagostim na bacia do rio Atchafalaya um problema de recurso comum. Suponha ainda
que tal problema possa ser representado algebricamente pelas seguintes funções: demanda 𝑦1 = 0, 4 − 0, 006𝑓 ,
custo marginal social 𝐶𝑚𝑔𝑠 = −5, 6 + 0, 6𝑓 e custo privado 𝐶𝑚𝑔𝑝 = −0, 3 + 0, 05𝑓 . Suponha que a popularidade
do lagostim continue a aumentar e que sua curva de demanda seja deslocada para 𝑦2 = 0, 5 − 0, 006𝑓 . De que
forma esse deslocamento da demanda modificaria o atual nível de pesca dos lagostins, o nível eficiente de pesca e
o custo social do acesso comum?

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57) Georges Bank é uma área de pesca altamente produtiva, situada na costa da Nova Inglaterra, que pode ser dividida
em duas zonas em termos de sua população de peixes. A Zona 1 tem uma população maior por milha quadrada,
mas está sujeita a rendimentos acentuadamente decrescentes em relação ao esforço de pesca. A quantidade pescada
diariamente (em toneladas) na Zona 1 é de 𝑓1 = 200𝑥1 −2𝑥21 , onde 𝑥1 é o número de barcos pesqueiros em atividade
na Zona 1. Na Zona 2 há menos peixes por milha quadrada mas ela é maior e os rendimentos decrescentes não
são problema. A quantidade pescada diariamente na Zona 2 é 𝑓2 = 100𝑥2 − 𝑥22 , onde 𝑥2 é o número de barcos
pesqueiros em atividade na Zona 2. A quantidade marginal pescada 𝑄𝑚𝑔𝑓 em cada zona é expressa pelas equações
𝑄𝑚𝑔𝑓1 = 200 − 4𝑥1 e 𝑄𝑚𝑔𝑓2 = 100 − 2𝑥2 . Atualmente há 100 barcos autorizados pelo governo dos EUA a pescar
nessas duas zonas. Os peixes são vendidos a 100 por tonelada. O custo total (capital e operação) por barco é
constante e igual a 1.000 por dia. Responda às seguintes perguntas relacionadas a essa situação:

a) Se os barcos fossem autorizados a pescar onde quisessem, não havendo qualquer restrição do governo, quantas
embarcações estariam pescando em cada uma das zonas? Qual seria o valor bruto da pesca?
b) Se o governo dos EUA estivesse disposto a restringir o número de barcos, qual o número de embarcações que
deveria ser alocado para cada zona? Qual passaria a ser o valor bruto da pesca? Suponha que o número total
de barcos permaneça igual a 100.
c) Caso outros pescadores estejam dispostos a adquirir barcos e aumentar a frota pesqueira atual, será que um
governo que estivesse interessado em maximizar o valor líquido (lucro) da pesca obtida estaria disposto a
conceder autorizações para eles? Por quê?

58) Suponha que existem dois agentes e que existe um bem público e um bem privado, ambos disponíveis em quanti-
dades contínuas. A provisão do bem público é dada por 𝐺 = 𝑔+ 𝑔2 , em que 𝑔𝑖 é a contribuição do agente 𝑖 (para
𝑖 = (1; 2)) para √
a provisão do bem público e são medidas√em unidades do bem privado. A utilidade do agente 1
é 𝑢1 (𝐺, 𝑥1 ) = 2 𝐺 + 𝑥1 e a do agente 2 é 𝑢2 (𝐺, 𝑥2 ) = 4 𝐺 + 𝑥2 , em que 𝑥𝑖 é o consumo do bem privado pelo
agente 𝑖 (em que 𝑖 = (1; 2)). Determine o nível 𝐺 ∗ de provisão eficiente do bem público.

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10 Assimetria de Informação

11 Exercícios de Revisão

59) Defina (utilize exemplos, gráficos e álgebra para ilustrar as definições quando possível): Assimetria de informação;
Seleção adversa e Perigo Moral (use como exemplo o mercado de seguros; mercado de automóveis, de empréstimos,
e mercado de mão de obra).

60) Vimos de que maneira a informação assimétrica pode reduzir a qualidade média dos produtos vendidos em um
determinado mercado à medida que as mercadorias de baixa qualidade vão eliminando as de alta qualidade. Nos
mercados onde prevalece a informação assimétrica, você concordaria ou discordaria que o governo deveria subsidiar
uma publicação denominada Informativo do Consumidor e implementar padrões de qualidade; por exemplo, não
deveria ser permitido que as empresas vendessem produtos de baixa qualidade?

61) Alguns mercados se caracterizam pela existência de informação assimétrica. É correto afirmar que:

a) O problema da informação assimétrica refere-se apenas ao fato de que informação representa um custo, não
tendo, portanto qualquer efeito sobre a alocação eficiente de recursos em mercados competitivos;
b) O problema do risco moral no mercado de seguros surge porque a parte segurada pode influenciar a probabil-
idade do evento gerador do pagamento;
c) Na seleção adversa tanto as pessoas envolvidas com riscos mais elevados quanto às pessoas envolvidas com
riscos menores passam a optar pela aquisição do seguro.

62) Considere o modelo do mercado de carros usados apresentado em sala de aula (Varian, 2006 pág. 746):

a) Qual a quantidade máxima de excedente do consumidor que é criada pela troca no equilíbrio de mercado?
b) Quanto de excedente do consumidor seria criado, caso se designasse, de maneira aleatória, compradores e
vendedores? Qual método geraria maior excedente?

11.1 Exercícios Complementares

63) Suponha que em um mercado de carros usados existam dois tipos de carros: os de qualidade alta, que têm um valor
monetário, para os potenciais vendedores, igual a 𝑞ℎ = 110, e os de qualidade baixa, que têm um valor monetário,
para os potenciais vendedores, igual a 𝑞𝑙 = 70. A princípio, metade dos carros é de qualidade alta e metade é de
qualidade baixa. Os potenciais compradores aceitam pagar um valor igual a 23 por um carro de qualidade esperada
igual a 𝑞.

a) Suponha que um potencial comprador veja um carro sendo vendido por um preço 𝑝. Qual o máximo valor
de 𝑝 pelo qual um potencial comprador racional aceitará comprar o carro? Considere que quando indiferente
entre vender e não vender um carro, os potenciais vendedores o vendem.
b) Suponha agora que exista ainda outro tipo de carro, o de qualidade baixíssima, com valor, para os vendedores,
igual a 𝑞𝑏 = 30. Considere que 1/3 dos carros tenham qualidade 𝑞𝑏 , 1/3 qualidade 𝑞𝑙 e 1/3 tenham qualidade
𝑞ℎ . Qual o máximo valor 𝑝 que um potencial comprador aceitará pagar por um carro usado agora?
𝑥2
64) Um trabalhador assalariado pode produzir 𝑥 unidades de um produto a um custo de 𝑐(𝑥) = 2
. Ele pode conseguir
um nível de utilidade de 𝑢 = 0 trabalhando em outro lugar:

a) Qual o esquema de incentivo ótimo 𝑠(𝑥) para esse trabalhador?


b) Dado o que foi estabelecido no problema anterior, o que o trabalhador estaria disposto a pagar para alugar a
tecnologia de produção?

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c) Como você responderia à mudança do último problema se o emprego alternativo do trabalhador lhe fornecesse
𝑢 = 1?

65) Suponha uma única revendedora de carros e um único consumidor que deseja comprar apenas um carro. A empresa
pode ser uma revendedora de carros de boa qualidade com probabilidade 𝛼 ou uma revendedora de carros de má
qualidade. O consumidor é neutro ao risco e não observa a qualidade do carro. A valoração do consumidor é dada
por 𝑣𝐻 se o carro é bom e 𝑣𝐿 se o carro é ruim. Os custos para a firma de um carro são 𝑐𝐻 , se o carro for bom, ou
𝑐𝐿 , se o carro for ruim. Suponha que o preço do carro é regulado em p (ou seja, nenhum carro pode ser vendido por
nenhuma revendedora por um preço diferente de p, seja ele de boa qualidade ou de má qualidade) e que valem as
seguintes desigualdades: 𝑣𝐻 > 𝑝 > 𝑣𝐿 > 𝑐𝐻 > 𝑐𝐿 .

a) Que condição deve ser válida para que o consumidor compre o carro?
b) Suponha que a firma decide fazer propaganda, que custa A (a propaganda em si não contém nenhuma infor-
mação relevante para o problema). Para esse exemplo, propaganda pode servir como um sinal para a existência
de um equilíbrio separador? (ou seja, um equilíbrio onde os consumidores esperam que firmas com carros de
diferente niveis de qualidade gastem diferentes valores na propaganda?) Explique a intuição do seu resultado
e a relacione com a condição de Spence-Mirrless.

66) Considere o mercado de seguro de carros. Suponha que existam quatro grupos de pessoas nesse mercado, cada
grupo diferindo com a probabilidade de sofrer um acidente. Cada grupo contém um número grande e igual de
pessoas, mas as companhias de seguro não conseguem identificar a qual grupo uma pessoa pertence. Todo individuo
corre o risco de gastar R$ 10.000,00 se sofrer um acidente. A tabela abaixo descreve o quanto um individuo está
disposto a pagar por um seguro total no caso de acidente, para cada grupo (linha “WTP”).

Risco 20% 40% 60% 80%


WTP R$2.500 R$5.200,00 R$6.800,00 R$8.200,00
Seguro Justo
Prêmio ao Risco

a) Complete a tabela acima com os preços do seguro justo para cada grupo (linha “Seguro Justo”), supondo uma
companhia grande o suficiente para diversificar os riscos em cada grupo. Como esses valores se comparam
com a WTP de cada individuo?
b) Suponha agora que a informação é assimétrica - as companhias de seguro não observam o tipo da pessoa.
Qual é o risco médio de uma pessoa? Qual é o preço do seguro justo nesse caso?
c) Todos os agentes vão adquirir seguro ao preço encontrado no item b)? Caso não, qual será a composição de
risco que vai se deparar nesse caso? O preço de seguro justo encontrado em b) seria suficiente para cobrir o
risco que a companhia assegurou?
d) Usando a lógica em c), o que ocorre com o preço justo de equilíbrio? Quem adquire seguro nesse caso?
e) O resultado encontrado em d) é eficiente? Discuta sucintamente.

67) O dono de uma firma (principal) quer contratar um trabalhador (agente). O trabalhador pode se esforçar pouco,
𝑒 = 0, ou muito, 𝑒 = 1. A receita r obtida pela firma é aleatória, mas com maior chance de ser alta caso o
trabalhador se esforce. Mais especificamente, se 𝑒 = 0, então:
{
0, com probabilidade 2∕3
𝑟= (1)
4, com probabilidade 1∕3

Já se 𝑒 = 1, temos que:

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{
0, com probabilidade 1∕3
𝑟= (2)
4, com probabilidade 2∕3

A utilidade esperada do agente é 𝑢(𝑤, 𝑒) = 𝑤 − 𝑒, onde w denota o salário recebido e o nível de esforço. O lucro
da firma é 𝜋 = 𝑟 − 𝑤 quando as vendas são r e o salário do agente é w. Um contrato de salário (w 0 , w 4 ) especifica
o salário 𝑤𝑟 ≥ 0 que o agente receberá quando r = 0 ou r = 4. O salário não pode ser negativo, no mínimo ele pode
ser zero. A utilidade reserva do agente é 𝑢 = 0. Determine o contrato ótimo (𝑤,0 𝑤4 ) que maximiza o lucro esperado
da firma em cada uma das situações descritas a seguir.

a) O principal observa o esforço do agente e portanto o contrato pode ser condicionado diretamente em 𝑒. Qual
o nível de esforço que será exercido no contrato que maximiza o lucro esperado da firma?
b) O principal não observa o esforço do agente e portanto o contrato não pode ser condicionado em 𝑒. Qual o
nível de esforço que será exercido no contrato que maximiza o lucro esperado da firma?

68) Tony contratou Renata para vender goiabas. Tanto Tony quanto Renata são neutros ao risco. Renata pode ficar
em pé na beira da rua, no sol, se dedicando bastante a venda de goiabas ou simplesmente sentar na sombra de
uma arvore. A demanda por goiabas pode ser baixa, média ou alta, com a mesma probabilidade. A tabela abaixo
descreve o valor de vendas de goiabas em cada caso de demanda, caso Renata se dedique ou não a tarefa de vender
goiabas.

Comportamento de Renata Demanda Baixa Demanda Média Demanda Alta


Em pé no sol R$ 100,00 R$ 150,00 R$ 200,00
Sombra R$ 50,00 R$ 100,00 R$ 150,00

Se Renata trabalhar no sol, a demanda por goiabas é média e Tony paga a Renata R$30,00, o lucro de Tony é
R$150,00 – R$30,00 = R$120,00. Tony só se importa com o seu lucro. Renata, porém, se importa com duas coisas,
quanto Tony irá pagar a ela e quão duro será o trabalho. A utilidade de Renata é dada pelo salário que ela recebe,
menos R$10,00 se ela tiver que trabalhar no sol. Logo, se Tony paga a Renata R$35,00 e ela trabalhar duro, sua
utilidade será R$35,00 – R$10,00 = R$25,00. Se por outro lado, Renata não trabalhar duro, sua utilidade será
R$35,00 – R$0 = R$35,00. Além disso, para que Tony convença Renata a trabalhar para ele, a utilidade de Renata
deve ser de no mínimo R$30,00 na média.

a) Se Tony pagar à Renata R$ 30,00 fixo, quanto Renata venderá na média?


b) Após muita reflexão, Tony decide estruturar a remuneração de Renata da seguinte forma. Tony pagará a
Renata R$ 120 se a venda de goiabas alcançar R$ 200,00. Se a venda de goiabas for menor que R$ 200,00,
Renata receberá apenas R$ 30,00. Esse esquema de pagamento é uma boa idéia para Tony?
c) Qual é o menor prêmio que Tony pode instituir que induz Renata a trabalhar no sol, supondo que se Renata
não receber o prêmio, seu salário será R$ 30,00?
d) Sua resposta em c) mudaria caso Renata seja avessa ao risco? Explique sucintamente.

69) Considere o seguinte problema de Perigo√Moral, onde o principal é um dono de loja e o agente é um vendedor dessa
loja. A utilidade do agente é 𝑢(𝑤, 𝑒) = 𝑤 − 𝑒, onde 𝑤 é o salario recebido e e a dedicação ou nível de esforço
do agente. O vendedor pode escolher apenas 𝑒 = 0 (nível zero de esforço) ou e = 5 (nível máximo de esforço). A
utilidade reserva desse agente é 9. Se o agente não se esforçar (e = 0), ele vende:

⎧ 0, com probabilidade de 60%



⎨ 100, com probabilidade de 30% (3)
⎪ 400, com probabilidade de 10%

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Caso ele se esforce, ele se vende:

⎧ 0, com probabilidade de 10%



⎨ 100, com probabilidade de 30% (4)
⎪ 400, com probabilidade de 60%

Suponha que o principal resolve adotar uma política de salários tal que que induza o agente a escolher o nível de
esforço desejado pelo principal.

a) Qual a receita esperada do principal para cada nível de esforço do agente?


b) Qual deve ser o salário mínimo do agente para cada nível de esforço que ele emprega?
c) Qual a política de salários ótima que resolve o problema de perigo moral que o principal enfrenta? Explique
as restrições do problema e dê a intuição de cada uma delas. Quantas restrições existem? Por que?
d) O que é melhor para o principal, implementar o nível de esforço alto ou baixo?
e) Suponha que o agente agora possa escolher entre três niveis de esforço diferentes. O que muda no problema
do principal?

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