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Encontro do Eu grande com o Eu pequeno

Esse jogo objetiva sensibilizar o paciente para suas necessidades infantis. Trata-se,
aqui, de recuperar momentos da estória passada, confrontando-os com o presente. A
ação é simbólica, configurando um psicodrama interno.
Ficha técnica:
1. Inicialmente sugerimos que o paciente se acomode em algum local confortável
da sala. Procedemos então a um aquecimento específico para psicodrama
interno.
2. Em seguida, iniciamos um conjunto de consignas que visam auxiliar o paciente
a entrar em contato com a criança que ele foi.
Exemplo:
— Procure sentir como você era há dez anos; e há 15 anos? Como era seu corpo,
seu rosto, onde você morava, olhe como era seu quarto...?
— Sinta agora que você é menor e menor. Vá rememorando fatos, sentindo as
emoções desta época.
— Procure se sentir agora bem pequenina(o), qual foi o seu primeiro brinquedo?
Ou o primeiro brinquedo que você lembra ter possuído? Como ele era? Visualize-o,
sinta-o, qual era sua cor? Como é a sensação de segurá-lo?
— Agora seja você pequena brincando com este brinquedo. Veja onde você
brincava, o que sentia, veja se havia outras pessoas com você.
— Agora, continue se sentindo pequena(o), só que indo até um espelho. Olhe-se.
Como você acha que parece? Bem? Mal? Olhe-se bem... sua roupa, seu rostinho,
sua expressão.
— Agora veja um vulto se aproximando de você pequenininha(o). É você adulta,
como é agora. Você grande e você pequena vão ter um encontro em frente ao
espelho. Olhem-se.
— Deixe a(o) pequena(a) falar para o grande tudo que quiser. Ouça o grande
também falar para o pequeno tudo que quiser.
— Quem é o mais sábio dos dois? O que cada um tem a ensinar para o outro?
— Agora, olhe para o espelho e veja as duas imagens se fundirem, o grande e o
pequeno... viram um só.
— Bem devagar, vá sentindo seu corpo grande, deitado nesta sala. Respire fundo,
mexa um pouco suas extremidades, vá se dando conta de onde está. Quando se
sentir preparada(o), abra os olhos e sente-se quando puder. O processamento
desse jogo costuma ser muito rico e a própria vivência suscita fortes emoções. É
importante que as consignas sejam dadas de forma pausada e suave e que o
terapeuta vá sentindo o nível de emoção despertado.

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