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Máquinas de Fluxo e Volumétricas

Engenharia Mecânica
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Máquinas Hidráulicas

Capítulo 1
Prof. Sérgio Bartex
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Máquinas de Fluxo e Volumétricas
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Capítulo 1 – Introdução às Máquinas de Fluido


- Neste capítulo serão abordados os seguintes tópicos:

- Apresentação da disciplina e das atividades acadêmicas


1. Introdução
1.1. Definição de máquina de fluido
1.2. Tipos principais
1.3. Campo de aplicação
1.4. Grandezas fundamentais: energia, vazão e potência
1. 4.1 Energia
1.4.2 Vazão
1.4.3 Potência
1.5. Atividades a serem realizadas para a próxima aula
1.6. Referências
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- Apresentação da disciplina e das atividades acadêmicas


Dados de identificação
Disciplina: Máquinas Hidráulicas
Período letivo: 7° semestre
Créditos: 4

Súmula

- Escoamento de fluidos nas máquinas de fluxo. Difusores. Tubeiras.


Distribuição de pressão. Equação de energia. Grades. Números de
Mach. Perfis aerodinâmicos. Perdas nos perfis. Camada limite.
Separação. Cavitação. Bombas. Projeto do rotor e difusor. Empuxos.
Determinação nas curvas características. Operação em série e paralelo.
Regulação. Turbinas hidráulicas. Altura da queda. Turbina Pelton.
Turbina de reação: Francis e Kaplan. Leis de semelhança. Modelos.
Projetos: cálculo do rotor: pás diretrizes; anel diretor; tubo de aspiração.
Regulação das turbinas hidráulicas.
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Objetivos

- Esta disciplina objetiva apresentar ao aluno, pela primeira vez no curso,


os fundamentos da Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica aplicado às
Máquinas de Fluxo, a fim de permitir o projeto mecânico de seus
componentes construtivos bem como a adequada seleção destes
equipamentos.
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Metodologia
- Aulas Teóricas
- Aulas Praticas de Laboratório
- Exemplos em Sala de Aula
- Lista de Exercícios
Carga Horária
- Teórica e prática:
66 horas
Experiências de Aprendizagem
- Aulas expositivas com eventual auxílio de recursos multimídia
- Aulas práticas em Laboratório
- Resolução de listas de exercícios
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Critérios de Avaliação
- O aproveitamento dos alunos será verificado através de duas provas
teórico/práticas, sendo considerados aprovados aqueles que obtiverem
nota média igual ou superior a seis.
Conceito FF (Frequência < 75%)

Atividades de Recuperação Previstas

- Os alunos que obtiverem média final inferior a 6,0 poderão se


submeter ao exame (Grau C), substituindo uma das notas.
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Cronograma previsto de atividades

Cronograma
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Como serão as avaliações?


- Cada prova será composta de duas partes: uma teórica e outra prática.
- A prova teórica será sem nenhuma consulta,
- Na prova prática será permitida consulta a um formulário de equações
previamente elabora pelo aluno (manuscrito)
- Trabalhos extras poderão ser solicitados aos alunos no decorrer do
curso, cujas notas serão somadas de forma ponderada às notas das
provas.
Regras para o formulário nos dias de prova escrita:
- A consulta se dará SOMENTE na parte prática da prova.
- O formulário deve ser individual e feito de próprio punho.
- O formulário deverá conter APENAS fórmulas, e está limitado a uma
folha A4.
- Não poderão constar no formulário passos para soluções de
problemas ou respostas de nenhum tipo, sob pena do recolhimento
do mesmo, tendo o aluno que resolver a prova sem ele.
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Antes de mais nada, vamos saber quem é quem!


- Vocês já me conhecem, mas nem eu, nem teus colegas te conhecemos!

- Nome?

- Curso?
- Diga:
- Já trabalha na área?

- O que tu esperas de Máquinas Hidráulicas?


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1. Introdução
- Historicamente, há relatos do emprego das máquinas de fluido desde a
Mesopotâmia, a cerca de 3000 a.C., em grandes sistemas de irrigação nos
rios Tigre e Eufrates.

Sistema de irrigação e drenagem na Mesopotâmia.


http://www.ancientmesopotamians.com/ancient-mesopotamia-irrigation.html
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- O parafuso de Arquimedes foi utilizado


no transporte de água no século III a.C. Eolípila, a precursora
da turbina a vapor.
- No século I, Heron de Alexandria www.wondersandmarvels.
desenvolveu a eolípila e um órgão com/2009/08/heron-of-
alexandria.html
musical acionado por um moinho de
vento.

Órgão musical acionado por um


Esquema do parafuso de Arquimedes. moinho de vento.
http://construirseular.com/wp-content/uploads/ http://en.wikipedia.org/wiki/Hero_of_Alexandria#mediavie
2011/07/parafuso-de-arquimedes-2.jpg wer/File:Heron%27s_Windwheel.jpg
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- Atualmente, em virtude do avanço dos recursos computacionais,


ferramentas de DFC (Dinâmica dos Fluidos Computacional) tem sido cada
vez mais utilizadas no projeto, desenvolvimento, aprimoramento e
construção das máquinas de fluido.

Turbina hidráulica de
recuperação de energia
http://www.ansys.com/staticassets/ANSYS/staticassets/
product/cfx-features-rotating-machinery.jpg

Compressor rotativo
http://www.tenlinks.com/news/wp-
content/uploads/sites/3/120214_M Esteira de uma turbina eólica
entorGraphics.jpg
https://www.nesi.org.nz/sites/default/
files/norris-wind-tunnel.png
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1.1. Definição de máquina de fluido


- Uma máquina de fluido é um dispositivo de engenharia capaz de
promover a troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido.

- Essa troca transforma a energia mecânica em energia de fluido ou


vice-versa.
Ocorre o aumento da energia
Energia mecânica do fluido pelo fornecimento Geradora
de energia mecânica.

Ocorre a redução da energia


Energia de fluido do fluido para o fornecimento Motora
de energia mecânica.

- Exemplos?
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1.2. Tipos principais


- Tem-se dois tipos principais de máquinas de fluido:
a) Máquinas de deslocamento positivo (ou estático):

- “..... uma quantidade fixa de fluido de trabalho é confinado


durante sua passagem através da máquina e submetido a trocas
de pressão em razão da variação no volume do recipiente em
que se encontra contido, isto é, o fluido é obrigado a mudar o
seu estado energético pelo deslocamento de uma fronteira em
movimento.” (Henn, 2012).

- Assim, quando cessar seu funcionamento, o fluido de trabalho em seu


interior permanecerá no estado em que se encontra, independente das
condições externas à máquina (desconsiderando-se folgas, vazamentos e
a transferência de calor com o meio externo).

- Como exemplos, temos os motores a combustão interna, os


compressores de refrigeração e as bombas dosadoras de processo.
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- Nas bombas de deslocamento positivo......


- Uma partícula líquida em contato com o órgão que comunica
a energia tem aproximadamente a mesma trajetória que a do
ponto do órgão com o qual está em contato.
- Existe uma relação constante entre a descarga e a
velocidade do órgão propulsor.

Bomba rotativa
Bomba de de engrenagem
êmbolo

Macintyre (1997) Macintyre (1997)


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Bomba de lóbulos
(aplicação alimentícia)
http://www.suprinox.com.br/imagens/
BOMBAS-SX01.jpg

Bomba helicoidal (aplicação alimentícia) Bomba para hemodiálise


http://www.metalvalley.com.br/br/empresas/valge/produtos- http://santacasadracena.com.br/hemodia
e-servicos/bomba-helicoidal-linha-sanitaria-vgs lise.jpg?v=2q42lk1aijir6ycf
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b) Máquinas de fluxo (ou dinâmicas):


- “..... O fluido não se encontra em momento algum confinado, e
sim num fluxo contínuo através da máquina, submetido a trocas
de energia devido a efeitos dinâmicos.” (Henn, 2012).

- Assim, quando cessar seu funcionamento, o fluido de trabalho assumirá


as condições do ambiente exterior.

- Como exemplos, temos as bombas centrífugas, as turbinas hidráulicas e


ventiladores axiais.

- As máquinas de fluxo possuem algumas vantagens frente as máquinas


de deslocamento positivo, como uma grande relação potência/peso e
menor número de peças sujeitas ao desgaste. Contudo, alguns tipos de
máquinas de deslocamento positivo ainda se destacam e mantém sua
supremacia no mercado.
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Ventilador axial
http://www.sermanserralharia.com/wp-
content/uploads/2013/01/ventilador-axial-1.jpg Desenho esquemático de
uma bomba centrífuga
http://mariosilvatecnicoindustrial.blogspot.com
.br/2014/03/bombas-centrifugas.html

Bomba centrífuga da
indústria Schneider
http://www.schneider.ind.br/produtos.php
?id=22&ctg=2
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1.3. Campo de aplicação


- O campo de aplicação das máquinas de fluido é vasto.
- Para uma melhor compreensão, os campos de aplicação das máquinas
de fluido serão separados de acordo com o tipo de fluido a ser bombeado
(gás ou líquido) e de transformação de energia (motora ou geradora).

- Assim, na sequência, serão exibidos três gráficos:

a) Ventiladores, compressores e sopradores gases


- Ventilador: fluido incompressível (variações de densidade desprezível).
- Compressor: há variação considerável da densidade do gás.
- Soprador: aquele que opera com uma diferença de pressão
geralmente de 10 a 300 kPa (1.000 a 30.000 mmCA) entre a descarga
e a admissão.
b) Bombas líquidos (geradoras)
c) Turbinas hidráulicas líquidos (motoras)
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- Grandes vazões: máquinas


de fluxo (compressores centrí-
fugos e axiais). Ex.: motores de
avião, com elevada relação
potência/peso.

- Pequenas e médias vazões


com elevadas relações de
pressão entre a descarga e
admissão: máquinas de
deslocamento positivo (com-
pressores alternativos e de
êmbolo ou pistão).

Henn (2012)
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- Médias e grandes vazões:


máquinas de fluxo (bombas
centrífugas, bombas de fluxo
misto e bombas axiais).

- Médias e grandes elevações


e pequenas vazões: máquinas
de deslocamento positivo
(bombas alternativas e rotati-
vas).

- Fatores adicionais para a


seleção destas máquinas
podem ser necessários: viscosi-
dade, sólidos em suspensão,
custos, manutenção, etc. Henn (2012)
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- Abaixo, o campo de emprego das bombas em função de vazões (m³/h) e


alturas de elevação (m), de acordo com Macintyre (1997).

Campo de emprego das bombas, de acordo com Macintyre (1997).


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- Grandes vazões e pequenas


alturas de queda: turbina
Kaplan.

- Para as maiores alturas de


queda: turbina Pelton.

- Fatores adicionais para a


seleção destas máquinas
podem ser necessários: risco de
cavitação, custo de construção
civil, custos do gerador elétrico,
manutenção, etc.

Henn (2012)
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1.4. Grandezas fundamentais: energia, vazão e potência


- Agora faremos uma revisão rápida, porém importante, de conceitos
fundamentais de Termodinâmica e Mecânica dos Fluidos.
- Revisitaremos os conceitos de energia, vazão e potência.

1.4.1. Energia
- De acordo com a primeira lei (princípio) da termodinâmica para um
sistema, temos que:

Energia Energia Variação total


- =
que entra que sai de energia

- Para um volume de controle (V.C.), onde há fluxo mássico, limitado pela


admissão (a) e descarga (d), tem-se que:

q  Y  ud  ua    pd vd    pa va  
2
 
cd  ca2  g  z d  z a 
1 2
(1.1)
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q  Y  ud  ua    pd vd    pa va  
2
 
cd  ca2  g  z d  z a 
1 2
(1.1)

em que:

q é a quantidade de calor específica recebida pelo fluido, em J/kg;


Y é o trabalho específico realizado pela máquina, em J/kg;
u é a energia interna do fluido, em J/kg;
p é a pressão estática do fluido, em Pa;
v é o volume específico do fluido, em m³/kg;
c é a velocidade absoluta da corrente fluida, em m/s;
g é aceleração da gravidade, em m/s²;
z é a cota de referência de um dado ponto do escoamento, em m.

- Pela definição de entalpia (h), dada em J/(kg K), temos que h  u  pv

- Aplicando esta definição na equação (1.1), tem-se que:

q  Y  hd  ha  
2
 
cd  ca2  g  z d  z a 
1 2
(1.2)
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- Se a equação (1.2) for aplicada a bombas hidráulicas (onde o é trabalho


recebido e portanto negativo por convenção), considerando a transformação
como isoentrópica ou adiabática sem atrito (subíndice “s”), a energia
específica consumida pela bomba será:


Y  hd s  ha   12 c 2
d 
 ca2  g  z d  z a  (1.3)

- Lembrando da definição da entropia, onde T é a temperatura absoluta,


dada em K e s é a entropia específica, dada em J/(kg K):

dq  T ds  dh  v dp (1.4)

- Logo, considerando o bombeamento como adiabático reversível, da


segunda lei (princípio) da termodinâmica, temos que:

sd  sa ds  0

- Assim, da equação (1.4) conclui-se que T ds  dh  v dp dh  v dp


0
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- Aplicando esta conclusão na equação (1.3), temos:

a
d
Y   v dp 
2
 
cd  ca2  g  z d  z a 
1 2

mas como v = 1/ρ


pd  pa
Y


2
 
cd  ca2  g  z d  z a 
1 2
(1.5)

- Para turbinas hidráulicas (onde o é trabalho é fornecido pelo sistema e


portanto positivo por convenção), a equação (1.5) resulta em:
pa  pd
Y


2
 
ca  cd2  g  z a  z d 
1 2
(1.6)

- Para o caso de compressores que realizam uma compressão


isoentrópica (adiabática reversível), sem variação de energia potencial e
cinética, a equação (1.2) torna-se:
Y  hd s  ha (1.7)
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- Se o fluido de trabalho for um gás perfeito, podemos usar a relação:

dh  C p dT (1.8)

em que Cp é o calor específico do gás à pressão constante, em J/(kg K).

- Se aplicarmos a equação (1.8) na (1.7), obteremos:

 Td s 
 
Y  C p Td s  Ta  C p Ta   1 (1.9)
 Ta 
- Para uma transformação reversível (sem irreversibilidades), somente com
trabalho de fronteira móvel (p dv), a 1ª lei da termodinâmica resulta em:

dq  du  p dv (1.10)

- Mas se diferenciarmos a equação da entalpia:

h  u  p dv  dh  du  p dv  v dp  du  p dv  dh  v dp
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- Para as turbinas a gás e a vapor, que trabalham com fluidos


compressíveis, temos da 1ª lei da termodinâmica, que o trabalho de
expansão isoentrópica será:

Y  ha  hd s (1.21)

Admissão da Descarga da máquina


máquina (isoentrópica)

- Para o caso de máquinas que trabalham com fluidos incompressíveis


(como nas bombas e turbinas), a energia atribuída ao fluido ao passar pela
máquina, considerando uma altura de coluna de fluido H, será

H Y / g
em que g é a aceleração da gravidade, em m/s².
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1.4.2. Vazão
- De acordo com a equação de continuidade (conservação da massa), o
.
fluxo mássico, m, dado em kg/s, através de uma seção qualquer é
considerada constante em regime permanente, ou seja:

m   a ca Aa   d cd Ad  constante (1.22)

em que:

ρ é a massa específica do fluido, dada em kg/m³;


A é a área de passagem da corrente de fluido, dada em m²;
c é a velocidade absoluta média da corrente de fluido que age de modo
perpendicular à área A, dada em m/s.

- Para fluido incompressível (massa específica constante), torna-se útil a


utilização da vazão volumétrica, Q, dada em m3/s:

m  Q (1.23)
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1.4.3. Potência
- A potência recebida ou fornecida, P, dada em W, por uma máquina é:

P  m Y  QY (1.24)
- Para converter a potência em CV, podemos usar a expressão abaixo,
onde γ é o peso específico do fluido, dado em kgf/m³ e H é a altura de
coluna fluida, dada em m:
QH
P (1.25)
75
- Pra máquinas que trabalham com gases, pode-se associar o trabalho
específico, Y, com a diferença de pressão total, Δpt, dada em Pa, entre a
descarga e a admissão da máquina, na forma:
pt
Y

- Assim, a potência será dada por:
P  pt Q (1.26)
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- Para converter a potência em CV, podemos usar a expressão abaixo,


com a diferença de pressão em kgf/m² ou mmCA e a vazão em m³/s:
pt Q
P (1.27)
75
- O torque ou momento no eixo da máquina, M, dado em N m é:
30 P P
M  (1.28)
em que:  n
P é a potência, dada em W;
ω é a velocidade angular de rotação da máquina, dada em rad/s;
n é a velocidade de rotação da máquina, dada em rpm.

- Para convertermos o torque para kgf m, entramos com a potência em CV


e a velocidade de rotação da máquina em rpm na expressão:
P
M  716,2 (1.29)
n
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1.5. Atividades a serem realizadas para a próxima aula


1) Relembrar a técnica da razão de conversão unitárias, voltada à
transformação de unidades.
- As unidades não primárias (unidades secundárias) podem ser
expressas na forma de razões de conversão unitárias.
- Um exemplo é das unidades de força:
m pé
Sistema
Internacional
N  kg 2 Sistema
Inglês
lbf  lbm 2
s s
- Expressando em razões de conversão unitárias:
N lbf
Sistema
2
1 Sistema
2
1
Internacional kg m/s Inglês lbm pé/s
- São identicamente iguais a 1.
- Não possuem unidade.
- Vantagens - As razões ou seus inversos podem ser inseridas
convenientemente em qualquer cálculo para converter unidades
adequadamente.
2) Ler os capítulos 1 e 2 da nossa primeira referência (Henn, 2012).
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1.6. Referências
- Na preparação deste capítulo foram utilizadas as seguintes referências:

- Henn, Érico Antônio Lopes, 2012, Máquinas de fluido, 3ª Edição, Editora


UFSM, (ISBN: 8573910755), 496 p.

- Macintyre, Archibald Joseph, 2011, Bombas e instalações de


bombeamento, 2ª Edição, Editora LTC, (ISBN: 8521610866;
9788521610861), 782 p.

- Macintyre, Archibald Joseph, 1983, Máquinas motrizes hidráulicas,


Editora Guanabara Dois, (ISBN: 8570300166), 649 p.

OBS.: Algumas das figuras que acompanham os slides deste capítulo


possuem um link para acesso e podem conter direitos autorais.
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- As imagens da capa (primeiro slide) deste material foram retiradas dos


seguintes endereços eletrônicos em fevereiro de 2014, e podem conter
direitos autorais:

• www.rockridgewindmills.com/faq/FAQ4.jpg

• s.hswstatic.com/gif/artificial-heart-abiocor-hand.jpg

• www.tecnocino.it/wp-galleryo/hovercraft-militare/hovercraft.jpg

• www.grs-ltd.co.uk/grsltd/wp-content/uploads/2013/06/5266171_print.jpg

• www.directindustry.com/prod/soler-palau/axial-fans-circular-ducts-14160-584670.html

• www.adsadvance.co.uk/media/images/RR%20Trent%20XWB_tcm239-17683%5B1%5D.jpg

• img.directindustry.com/images_di/photo-mg/centrifugal-fan-low-pressure-14160-6463601.jpg

• 2.bp.blogspot.com/-4hrKgSCITIU/UI0fsJLiX_I/AAAAAAAAAWg/1UuIf6ckGn0/s320/turbina.jpg
• www.sulzer.com/en/-/media/Media/Images/ProductsAndServices/PumpsAndSystems/Single_
Stage_Pumps/BA/BA_end_suction_single_stage_centrifugal_pump.jpg?mw=690

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