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Quaternário Internacional

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Efeito das mudanças climáticas nos recursos hídricos subterrâneos no sudeste da Europa durante o
século XXI

Margarit-Mircea Nistor∗
Escola de Engenharia Civil e Ambiental, Nanyang Technological University, Singapura

ARTIGOINFO ABSTRATO

Palavras-chave: A água subterrânea é um recurso precioso que depende diretamente do regime climático. A região do Sudeste da
Recursos hídricos subterrâneos Europa apresenta parâmetros climáticos altamente sensíveis devido às alterações climáticas. Diferentes abordagens
Das Alterações Climáticas
podem ser aplicadas para avaliar o impacto da mudança climática nos recursos hídricos. Modelos climáticos e dados
Precipitação efetiva Índice de
de cobertura da terra foram usados aqui em dois turnos, presente (2011–2040) e futuro (2041–2070), para avaliar o
aridez De Martonne Cobertura
efeito do clima nos recursos hídricos subterrâneos. O método 'Novo Implementado Espaço-Temporal em Regiões-
da terra
Efeito Climático nas Águas Subterrâneas' (NISTOR-CEGW) foi proposto para este estudo porque implica uma análise
Evapotranspiração
em escala espacial com base na cobertura da terra, evapotranspiração real da cultura (AETc), precipitação efetiva e
De Índice de aridez de Martonne. Este método usa uma matriz de inferência para combinar a precipitação efetiva e
o Índice de Aridez De Martonne para avaliar o impacto do clima nas águas subterrâneas, dando seis classes de
efeitos, de muito baixo a extremamente alto. Para o presente período, as descobertas indicam um efeito climático
extremamente alto na bacia da Panônia, no leste e sul da Romênia, no norte e sul da Bulgária, nas partes leste e
central da Macedônia, no norte e leste da Grécia e na parte europeia da Turquia. No futuro, as áreas com efeito
climático extremamente alto nas águas subterrâneas aumentarão principalmente nos lados norte, leste e sudeste
da região do sudeste da Europa. Os Dináricos e as montanhas dos Alpes são as áreas com efeito baixo e muito baixo
do clima nas águas subterrâneas. Essas áreas experimentam um clima muito úmido e extremamente úmido.

1. Introdução
O recente aquecimento climático (Haeberli et al., 1999) foi confirmado pelo
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 1996;IPCC, 2001) e
ilustra as mudanças na temperatura média global do ar a partir de 1850. Na
realidade, os aumentos de temperatura têm influência direta nos sistemas
naturais; o recuo das geleiras indicam a alta sensibilidade ao aquecimento global (
Kargel e outros, 2005;Oerlemans, 2005; Shahgedanova et al., 2005;Dong e outros,
2013;Xie et al., 2013;Elfarrak et al., 2014;Nistor e Petcu, 2015). Os cenários
climáticos indicam aumento de temperatura de até 3 °C para o final do século
atual e diminuição da quantidade de precipitação para muitas regiões da Terra (
IPCC, 2001;Stocks e outros, 1998;Shaver e outros, 2000;Stavig e outros, 2005;O
Centro Canadense de Modelagem e Análise Climática, 2014). Devido à variação
climática recente, ocorrem mudanças importantes ao nível dos ecossistemas,
especialmente ao nível da redução da biodiversidade, aridez ou esgotamento da
capacidade de renovação (Čptčur Curk et al., 2014;Pravamentira, 2014; Prava
mentira e outros, 2014;Čptčur Curk et al., 2015). As calotas polares derretendo
e a subida do nível do mar teve um grande impacto nas zonas costeiras e
costeiras, mas a perturbação das águas subterrâneas nestas zonas confronta-se
com a intrusão das águas do mar e, consequentemente, a qualidade das águas
subterrâneas é degradada (Collins, 2008;Aguilera e Murillo, 2009; Hidalgo e
outros, 2009;Pião et al., 2010). A diminuição do fluxo da bacia hidrográfica e do
nível de base dos lagos foi reivindicada em muitos artigos.
Parmesão e Yohe (2003),Klove et al. (2014),Yustres et ai. (2013), anunciou o
impacto negativo do clima nas águas subterrâneas em muitos casos. A partir
desses resultados gerais, parece que os sistemas naturais são afetados
negativamente pelas mudanças climáticas e os recursos hídricos subterrâneos
podem estar em perigo em muitos lugares do mundo devido a um possível
aumento na evapotranspiração potencial (ET0) e diminuição na precipitação.
Aguilera e Murillo (2009),Jiménez Cisneros et al. (2014)apresentar alguns efeitos
negativos devido às mudanças climáticas. Os deles referem-se aos aspectos
quantitativos, como redução das águas superficiais, esgotamento das descargas
das nascentes e diminuição do lençol freático, que ocorrem como consequência
das mudanças climáticas. Em termos de efeitos do clima na qualidade dos
recursos hídricos, verificou-se que o aumento das águas subterrâneas

∗Autor correspondente. Earthresearch Company, Departamento de Hidrogeologia, Cluj-Napoca, Romênia.

Endereço de e-mail:rendddel@yahoo.com,margarit@ntu.edu.sg.

https://doi.org/10.1016/j.quaint.2018.05.019
Recebido em 29 de julho de 2017; Recebido em forma revisada em 23 de março de 2018; Aceito em 13 de maio de 2018
1040-6182/ © 2018 Publicado pela Elsevier Ltd.

Por favor, cite este artigo como: Nistor, M.-M., Quaternary International (2018), https://doi.org/10.1016/j.quaint.2018.05.019
MILÍMETROS. Nistor
Figura 1.Localização da região do Sudeste da Europa e cobertura do solo apresentada no território.
A temperatura induz as reações químicas nos meios aquíferos e, portanto, a
modificação na qualidade da água subterrânea (Taylor e Stefan, 2009;Figura
et al., 2011;Haldorsen e outros, 2012;Kløve et al., 2012, 2014). Para toda a
Europa,Abbaspour et ai. (2015)modelaram a hidrologia e a qualidade da
água usando o Soil and Water Assessment Tool, considerando também a
evapotranspiração.
No sudeste da Europa, os recursos hídricos dependem diretamente do regime
climático. Além disso, espera-se que a temperatura do ar aumente na região para
a década de 2050 (Čptčur Curk et al., 2014) e este fato influenciará na aridez do
território (Cheval e outros, 2017). Usando simulações de mudanças climáticas
baseadas em conjuntos de modelos globais (CMIP3) e regionais (PRUDENCE e
HIMED),Coppola e Giorgi (2010)encontraram uma diminuição drástica (cerca de
40%) da precipitação na temporada de verão sobre a Península Itálica em relação
ao século atual. Além disso,Nistor et ai. (2017a)respectivoNistor et ai. (2017b)usou
a cobertura da terra e os dados climáticos até 2050 para calcular a
evapotranspiração das culturas (ETc) na bacia da Panônia e na região do sudeste
da Europa. Em ambos os casos, o aumento da ETc foi retratado devido às
mudanças climáticas. Este detalhe pode influenciar negativamente a oscilação
AETc do
2
Quaternário Internacional xxx (xxxx) xxx–xxx
região e implicitamente a quantidade efetiva de precipitação. A
evapotranspiração indica as trocas entre a vegetação e a atmosfera (
Chen e outros, 2006;Kousari et al., 2013). Assim, a evapotranspiração é
um parâmetro importante em climatologia e hidrologia para o cálculo
do balanço hídrico.Geritts e outros, 2009) e ainda, para determinação
do escoamento e excedente hídrico.
Depois, os estudos agrícolas estão usando frequentemente o ET0 e o ETc
(Allen, 2000;Gowda e outros, 2008). Na década atual,Ambas e Baltas (2012)
realizou os parâmetros de sensibilidade para evapotranspiração na região
da Macedônia Ocidental da Grécia. Nos últimos anos, o ETc e o AETc no nível
espacial da região da Emilia-Romagna foram calculados porNistor e Porumb-
Ghiurco (2015). Recentemente,Nistor et ai. (2016a)avaliou o impacto do
clima nos recursos hídricos subterrâneos por meio dos índices de clima e
precipitação efetiva, incorporando também a ETc.Nistor et ai. (2016b), com
base na cobertura da terra e dados climáticos de longo prazo, analisaram o
ETc sazonal na região dos Cárpatos e observaram que no período recente o
ETc aumentou.
Para inúmeras finalidades, mas principalmente para caracterizar os tipos
climáticos, os índices climáticos têm sido utilizados na climatologia e
MILÍMETROS. Nistor
estudos agrícolas.Flocos (1994),Filatov et ai. (2005), eBaltas (2007)reivindicou
a importância dos índices climáticos para os estudos climáticos.Baltas (2007)
analisaram o Índice de Aridez De Martonne, o Índice Combinativo de Pinna,
o Índice de Oceanidade de Kerner e o Índice de Continentalidade de
Johansson para o norte da Grécia e completaram a distribuição espacial
desses índices.Deniz et ai. (2011)eNistor (2016)usou a variação dos índices
climáticos na Turquia respectiva na região de Emilia-Romagna para avaliar o
tipo de clima.Nistor et ai. (2016a)determinou o efeito da mudança climática
nos recursos hídricos subterrâneos usando os índices climáticos e a
precipitação efetiva em uma área montanhosa do oeste dos Cárpatos. Da
avaliação de todos os índices, o Índice de Aridez De Martonne e o Índice de
Aridez UNEP são mais adequados para a sua área de estudo, mas também
para a zona temperada porque estes índices caracterizam melhor o clima
das regiões da Europa de Leste.Nistor et ai. (2016a) considerou a
evapotranspiração da cultura (ETc) no cálculo da precipitação efetiva, como
parâmetro que inclui a capacidade de evapotranspiração da cobertura do
solo.
Considerando as questões acima relacionadas com as alterações climáticas
atuais e os possíveis efeitos negativos nos recursos hídricos subterrâneos,
pretendemos estabelecer um procedimento que avalie o impacto do clima nas
águas subterrâneas no sudeste da Europa. Com base no Índice de Aridez De
Martonne e na precipitação efetiva, o método NISTOR–CEGW vem analisando as
escalas espacial e temporal das variáveis e indicando, por meio de uma
abordagem de matriz 6 × 6, o tipo de efeito do clima nas águas subterrâneas. O
método definido é usado aqui para dois períodos de tempo (presente e futuro)
com base em modelos climáticos de alta resolução espacial e CORINE Land Cover
para o Sul da Europa.
2. Região do sudeste da Europa
Na Europa, as regiões são muito diferentes do ponto de vista orográfico
e climático. A região do Sudeste da Europa está localizada no norte do Mar
Mediterrâneo, incluindo a Península dos Bálcãs, Ilhas Egeias, Bacia da
Panônia, partes das Montanhas dos Cárpatos do Sul e do Leste e Planície da
Romênia, Planalto da Moldávia e um setor da Cordilheira dos Alpes orientais.
Nesta região estão 13 países e em alguns relatórios contém a Áustria (
Centur Curk et al., 2014), sob outra fonte este território inclui a parte
europeia da Turquia também (Nistor et al., 2017b). Os limites da região são
49°4′latitude N no Norte, a 34°52′latitude N no sul, a 9°29′longitude E no
oeste, e na longitude 29°39' E no leste (Figura 1). Cadeias de montanhas,
planícies e áreas montanhosas compõem as principais unidades de relevo e,
adicionalmente, as complexas áreas litorâneas se apresentam na região. As
unidades elevadas referem-se à Cordilheira dos Alpes no Noroeste, as
Montanhas dos Cárpatos nos lados central e nordeste, as Montanhas
Dináricas no Oeste, as Montanhas Pindo e Ródope no Sul da região. Na
bacia da Panônia, estende-se uma grande planície localizada principalmente
no centro e no noroeste do sudeste da Europa. Ao sul das montanhas dos
Cárpatos espalhava-se a planície romena e na Turquia européia
encontravam-se as terras baixas. As áreas montanhosas e planálticas
estendem-se perto das montanhas, enquanto o único delta do Sudeste da
Europa é o Delta do Danúbio, localizado na extremidade oriental, no Mar
Negro. No oeste da região, principalmente na costa da Dalmácia, as ilhas
têm aspecto rochoso.
Do ponto de vista climático, o Sudeste da Europa é uma região
complexa, com clima mediterrâneo nas partes central e sul, clima de
transição no leste, influência báltica no norte e influência oceânica no
oeste. De acordo com o clima de Koppen-Geiger, nas partes oeste,
norte, leste e centro-sul existem climas Cfa e Cfb (Kottek et al., 2006). O
clima Csa se estende ao sul da região (Kottek et al., 2006). No presente
período, a temperatura média do ar regista valores até 20,8 °C e
espera-se um aumento de cerca de 0,9 °C para o período 2041-2070. A
distribuição espacial da temperatura indica os valores negativos na
parte Noroeste da região e os valores baixos (abaixo de 8 °C) podem
ser encontrados nas áreas montanhosas. Os maiores valores
distribuem-se principalmente no Sul da região, em ambos os períodos (
Figura 2a e b). O padrão médio de precipitação indica
3
Quaternário Internacional xxx (xxxx) xxx–xxx
diminuição da quantidade de aproximadamente 2900 mm ano−1no oeste a
300-400 m no leste da região e norte da Grécia, em períodos presentes e
futuros (Figura 2c e d). Valores até 1033 mm respectivos 1131 mm do ET0
foram encontrados no sul da área de estudo, enquanto os valores baixos de
ET0 estão localizados principalmente nos lados noroeste e em áreas
montanhosas (Figura 2e e f).
Em correspondência com as principais unidades de relevo e condições
climáticas, a região do Sudeste da Europa tem uma vegetação variada, com
florestas de coníferas e perenes nas áreas elevadas, florestas mistas e latifoliadas
nas áreas montanhosas e nas montanhas de baixa altitude, enquanto as
pastagens e culturas terras nas planícies. A vegetação mediterrânica, como o
pinheiro-manso (Pinus pinea), mas também as áreas verdes e a vegetação
esclerófila podem ser encontradas nas áreas costeiras das partes sul e oeste da
região.
3. Materiais e métodos
3.1. Modelos de dados climáticos
Os modelos climáticos, especialmente na área do Mediterrâneo, representam
um papel importante para as futuras previsões hidrológicas. Recentemente, Cervi
et al. (2018)realizou a modelagem da primavera nos Apeninos do Norte usando
modelos climáticos RCMs. Dois modelos climáticos de temperatura mensal do ar e
precipitação mensal, com escala temporal de 30 anos, foram usados para
processar o Índice de Aridez De Martonne e a precipitação efetiva. A análise da
data do clima foi feita para o presente e futuro, de acordo com as mudanças de
tempo dos modelos climáticos, 2011–2040, respetivamente 2041–2070. As
projeções climáticas foram obtidas de um banco de dados publicamente
disponível de grades climáticas de alta resolução para a Europa (http://
tinyurl.com/ClimateEU,Hamann e outros, 2013). O banco de dados baseia-se no
Modelo de Regressão de Parâmetros de Declives Independentes (PRISM) para
gerar grades mensais de precipitação para o período normal do clima de
1961-1990, o método de interpolação ANUSplin foi usado para gerar grades
mensais de temperatura para o período normal de 1961-1990. As projeções
futuras para temperatura e precipitação são baseadas em 15 AOGCMs do
conjunto de dados multimodelo CMIP5 sobreposto nas grades de linha de base de
1961–1990 usando o método delta. Mais detalhes sobre o banco de dados do
clima são descritos porHamann et ai. (2013). A resolução espacial para todos os
modelos foi fixada em 1 km2neste estudo.
Os dados mensais da temperatura média do ar foram
indispensáveis para completar o ET0 mensal e posteriormente o ETc
anual, enquanto os dados de precipitação média anual foram usados
para o AETc e cálculos de precipitação efetiva. O Índice de Aridez De
Martonne incorpora em seu cálculo os padrões anuais de temperatura
e precipitação.
3.2. dados de cobertura da terra
Os dados raster do CORINE Land Cover 2012 para a Europa serviram
para identificar o uso da terra e os tipos de vegetação na área de estudo.
Esta base de dados pertence à Agência Europeia do Ambiente e pode ser
facilmente descarregada a partir doCopernicus Land Monitoring Services.,
2012(http://land.copernicus.eu/) e integrar ao ambiente ArcGIS.
Considerando os trabalhos anteriores, a capacidade de
evapotranspiração da vegetação e dos diferentes padrões de uso da terra é
consistente no coeficiente de cultura (Kc) (Allen e outros, 1998;Grimmond e
Oke, 1999;Allen, 2000;Nistor et al., 2016b). Utilizando o Kc para as classes de
cobertura da terra, obteve-se a distribuição espacial do Kc anual para
realizar a ETc anual.
3.3. Evapotranspiração potencial (ET0)
Usando oThornthwaite (1948)método (Eq.(1)), o ET0 para presente e
futuro para a região do sudeste da Europa foi calculado. Concordamos
com esta abordagem porque é simples e tem alta aplicabilidade
MILÍMETROS. Nistor Quaternário Internacional xxx (xxxx) xxx–xxx

Figura 2.Distribuição espacial de temperatura, precipitação e ET0 na região do sudeste da Europa. (a) A média da temperatura média anual do ar entre 2011 e 2040. (b) A
média da temperatura média anual do ar entre 2041 e 2070. (c) A média da precipitação média anual entre 2011 e 2040. (d) A média de precipitação média anual entre
2041 e 2070. (e) A média da ET0 anual entre 2011 e 2040. (f) A média da ET0 anual entre 2041 e 2070.

nas investigações climatológicas, agrícolas e hidrológicas (Čptčur Curk onde:Teutemperatura mensal do ar

et al., 2014;Nistor et al., 2015;Nistor, 2016). A ET0 anual para o presente (3)
α = 6,75×10−7EU3− 7,71×10−5EU2+1.7912×10−2I+ 0,49239
e futuro é baseada nos modelos mensais de temperatura do ar em alta
resolução espacial (Hamann e outros, 2013). onde: I índice de calor anual.

10Teu⎞α 3.4. ETc anual, AETc e precipitação efetiva

T0= 16⎛
⎝ EU ⎠ (1)
A ETc anual (Eq.(4)) foi calculado multiplicando o ET0 anual pelo Kc
onde:
anual (Fig. 3).Nistor e Porumb-Ghiurco (2015)propôs a metodologia
para completar o ETc em escala espacial. Em seu trabalho, o Kc sazonal
ET0evapotranspiração potencial mensal [mm]
e o ET0 sazonal foram usados na região da Emilia-Romagna para
Teutemperatura média mensal [°C], ET0= 0 se temperatura média < 0
encontrar o ETc relacionado a quatro estações e, somando as camadas,
o ETc anual foi calculado. Aqui, adotamos o Kc simplesmente anual
Índice de calor (Eq.(2))
para ambos os períodos.tabela 1informa os valores anuais de Kc para o
αfunção complexa de índice de calor (Eq.(3))
presente.
12 T1.514 ETc anual [mm] = ET0 anual [mm]×Kc anual [mm] (4)
eu=∑⎛ eu⎞
=⎝5
eu 1 ⎠ (2) Com base na fórmula de Budyko, o AETc anual (Eq.(5)) era

4
MILÍMETROS. Nistor
Figura 3.Distribuição espacial do Kc anual na região do Sudeste da Europa.
calculada substituindo a ET0 pela ETc para levar em consideração toda
a evapotranspiração da cobertura do solo.Gerrits et ai. (2009)explicar o
papel da abordagem Budyko no cálculo do balanço hídrico eNistor e
Porumb-Ghiurco (2015)implementou a computação espacial do AETc
para as escalas regionais. Além disso, os estudos climáticos e
hidrológicos adotam a abordagem Budyko (Centur Curk et al., 2014).
0,5
AETc = ⎡⎛ 1⎞(1 − exp−φ)⎤ φ⎠
⎢⎜φtan
⎟
⎥ de Aridez De Martonne, foi adotado a partir de um estudo temporal do
PP ⎣⎝ ⎦ (5)
onde:
AETc cobertura real da terra evapotranspiração [mm]
PP precipitação anual total [mm]
Φíndice de aridez (Eq.(6))
ETc
= subterrâneos foi avaliado por meio de uma matriz 6 × 6, que representa um
PP
A precipitação efetiva anual resultou da diferença entre a
precipitação anual e a AETc anual (Eq.(7)), no presente e no futuro. Para
completar as operações matemáticas do ETc, AETc e precipitação
efetiva, foi utilizada a função 'Raster Calculator' do ambiente ArcGIS
10.3. Em numerosos estudos, é exposto o poder do ArcGIS na análise
de dados espaciais e mapeamento paramétrico do clima (Baltas, 2007;
Dezsi et al., 2015;Nistor e Petcu, 2015).
Precipitação efetiva anual [mm] = precipitação anual [mm]
− AETc anual [mm]
3.5. índice de aridez de martonne
De Martonne (1925,1926)propuseram esse índice para classificar o
clima em seis classes, de seco a extremamente úmido (mesa 2). Índice
de Aridez De Martonne(Eq. (8)) é útil para a determinação da umidade
em escala local (Deniz e outros, 2011). O índice tem aplicação climática
e agrícola (Zambakas, 1992), por esta razão, muitas investigações
incorporam o Índice de Aridez De Martonne (Baltas, 2007; Nistor, 2016;
Nistor et al., 2016a).
PP
EUDM=
T+10
Onde:
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PP precipitação média anual [mm] T
temperatura média anual do ar [°C].
3.6. Método NISTOR-CEGW para avaliar o efeito do clima nas águas
subterrâneas
O método NISTOR-CEGW, que considera a precipitação efetiva e o Índice
efeito do clima nos recursos hídricos subterrâneos em uma área
montanhosa dos Cárpatos Ocidentais (Nistor et al., 2016a). Na escala
espacial,Nistor e Mindrescu (2017)aplicou o método NISTOR-CEGW para
avaliar o efeito da mudança climática nos recursos hídricos subterrâneos na
região de Emilia-Romagna, na Itália. Praticamente, a precipitação efetiva e o
índice de aridez foram classificados sob os propósitos de especialistas e a
classificação de De Martonne. O efeito do clima nos recursos hídricos
(6)
algoritmo artificial para a identificação das áreas com diferentes graus de
efeito. O método NISTOR–CEGW é capaz de avaliar a distribuição espaço-
temporal do efeito climático em escala regional.
Para o presente trabalho, foram definidas seis classes de efeito
climático: muito baixo, baixo, médio, alto, muito alto e extremamente alto.
Cada parâmetro/índice de entrada foi dividido em seis classes, de acordo
com o efeito do clima. Assim, foram definidos valores de 0 mm a 800 mm e
acima de 800 mm para a precipitação efetiva. O índice de aridez De
Martonne foi classificado na classificação padrão, por exemplo, da classe
extremamente úmida à classe seca. As classes de precipitação efetiva e o
Índice de Aridez De Martonne, juntamente com os graus de efeito do clima
(7) nos recursos hídricos subterrâneos, são mostrados emFig. 4.
4. Resultados
Aplicando a metodologia, o efeito do clima nos recursos hídricos
subterrâneos no sudeste da Europa foi determinado em escala espacial em
dois turnos de tempo. Na primeira etapa, os cálculos anuais de ETc e AETc
foram concluídos. No período atual, a ETc anual varia de 40 mm a 1403 mm,
enquanto no período futuro a ETc anual varia de 43 a 1534 mm. Os altos
valores de ETc (acima de 1000 mm) foram encontrados nas faces sudeste da
região, principalmente no leste e nordeste da Grécia, e norte do território
europeu da Turquia. Os valores mais baixos (abaixo de 200 mm) podem ser
encontrados nas áreas montanhosas da Cordilheira dos Alpes, Dináricos,
(8)
Cárpatos, mas também em várias terras baixas, especialmente nas áreas
artificiais. As principais diferenças entre os atuais
5
MILÍMETROS. Nistor Quaternário Internacional xxx (xxxx) xxx–xxx

tabela 1 e o padrão futuro vem da extensão das áreas com 800–1000 mm no sul
Classes Corine Land Cover e Kc anual apropriado para o período atual na região da Romênia, Bulgária, bacia completamente panônica e Macedônia. Os
do sudeste da Europa. valores muito altos de ETc se espalharam por um território maior no
Cobertura do Solo Corine Kc anual futuro do que no período atual. A distribuição espacial da ETc anual
para presente e futuro é mostrada emFig. 5.
Código CLC Descrição CLC Kc Ks Ku Kw Kclc A AETc anual varia de 40 a 910 mm no presente e de 42 mm a 949 mm
2012
no período futuro. No que se refere à distribuição do AETc, os valores
111 tecido urbano contínuo – – 0,29 – 0,29 elevados (acima de 600 mm) podem ser encontrados no oeste da região,
112 Tecido urbano descontínuo – – 0,21 – 0,21 especialmente nas montanhas Dináricos, na costa oeste e no centro da
121 Unidades industriais ou comerciais – – 0,3 – 0,3 região. Algumas terras com alto AETc também estão no Norte e Noroeste do
122 Redes rodoviárias e ferroviárias e – – 0,25 – 0,25
Sudeste da Europa, principalmente nos territórios romeno e austríaco, e nas
terrenos associados
123 Áreas portuárias – – 0,39 – 0,39 áreas orientais e algumas ilhas do mar Egeu. Os valores baixos (abaixo de
124 aeroportos – – 0,3 – 0,3 200 mm) do AETc se espalham na Cordilheira dos Alpes, Cárpatos e
131 Locais de extração mineral – – 0,26 – 0,26 Montanhas Dináricas, e nas grandes cidades, especialmente nas áreas das
132 Locais de despejo – – 0,26 – 0,26 capitais. Curiosamente, no período futuro, os valores médios (400–500 mm)
133 Canteiros de obras – – 0,26 – 0,26
e os valores muito altos (acima de 800 mm) ocupam mais terras do que no
141 Áreas urbanas verdes – – 0,21 – 0,21
142 Instalações desportivas e de lazer – – 0,21 – 0,21 presente.Fig. 6ilustra o
211 Terras aráveis não irrigadas Terras 1.14 – – – 1.14 variação espacial do AETc anual no Sudeste da Europa, tanto para
212 permanentemente irrigadas 1.25 – – – 1.25 períodos presente e futuro.
213 Campos de arroz 0,94 – – – 0,94
Com base no índice de aridez de De Martonne, as regiões oeste e norte do
221 Vinhas 0,5 – – – 0,5
Sudeste da Europa têm um clima muito úmido e extremamente úmido, com
222 Árvores de fruto e plantações de 0,68 – – – 0,68
223 bagas Olivais 0,66 – – – 0,66 valores do índice que atingem 461,5 e 373,2, no presente, respectivamente, no
231 pastagens 0,7 – – – 0,7 período futuro. Estas áreas sobrepõem-se principalmente com as montanhas,
241 Culturas anuais associadas a 0,67 – – – 0,67 enquanto nas planícies e áreas montanhosas, o clima semi-húmido e
culturas permanentes
mediterrânico são. No leste da região, principalmente perto do Mar Negro, nas
242 Padrões de cultivo complexos Terra 1.16 – – – 1.16
243 ocupada principalmente pela agricultura, 0,92 – – – 0,92 terras do leste da Romênia e no sudeste da região, principalmente na Grécia e nas
com áreas significativas de vegetação ilhas do mar Egeu, estende-se a classe semi-seca do índice de aridez De Martonne.
natural Entre o presente e o futuro, as classes mediterrânea e semi-seca aumentam na
244 Áreas agroflorestais 0,92 – – – 0,92
distribuição espacial, especialmente no norte do sudeste da Europa por volta de
311 Floresta de folhas largas 1.42 – – – 1.42
312 Floresta de coniféras 1 – – – 1
313 floresta mista 1.33 – – – 1.33 Bacia da Panônia, no sul da Romênia e nas partes centrais da Bulgária.
321 pastagens naturais 0,97 – – – 0,97 Nos lados sudeste da região, nas ilhas do mar Egeu, e na Turquia
322 Mouros e charnecas 0,92 – – – 0,92 européia, a classe semi-seca se estende em território. A distribuição
323 Vegetação esclerófila 0,62 – – – 0,62
espacial do Índice de Aridez de De Martonne é representada em Fig. 7.
324 Arbusto-mata de transição 0,83 – – – 0,83
331 Praias, dunas, areais – 0,23 – – 0,23
332 rochas nuas – 0,15 – – 0,15 A partir dos padrões anuais de precipitação e AETc, foi realizada a
333 Áreas com pouca vegetação 0,48 – – – 0,48 precipitação efetiva nos períodos presente e futuro (Fig. 8). No
334 Áreas queimadas – 0,1 – – 0,1 presente, a precipitação efetiva varia de 12 mm a 2.770 mm, indicando
335 Geleiras e neve perpétua – – – 0,51 0,51
411 Pântanos interiores – – – 0,45 0,45
valores elevados (acima de 1.000 mm) nos lados noroeste do Sudeste
412 turfeiras – – – 0,37 0,37 da Europa e no oeste, em algumas localidades da Albânia e
421 pântanos salgados – – – 0,32 0,32 Montenegro. Os valores muito baixos (abaixo de 100 mm) se espalham
422 Salinas – 0,1 – – 0,1 nas principais planícies da região e nas vertentes sudeste. Assim, a
423 planícies entremarés – – – 0,64 0,64
bacia da Panônia, o território romeno oriental e meridional, as partes
511 cursos de água – – – 0,63 0,63
512 Corpos de água – – – 0,64 0,64 norte, central e sul da Bulgária, o sul da Sérvia, os lados central, norte,
521 lagoas costeiras – – – 0,68 0,68 sul e oeste da Macedônia, as partes oeste e norte da Grécia e as terras
522 estuários – – – 0,62 0,62 esparsas da Europa A Turquia está enfrentando uma precipitação
523 mar e oceano – – – 0,74 0,74 efetiva muito baixa durante o período atual. No futuro, os valores de
precipitação efetiva variam de 7 a 2783 mm. A distribuição espacial da
Kc - coeficiente de cultura para plantas, Ks - coeficiente de evaporação para solos nus, Ku
- coeficiente de cultura para áreas urbanas, Kw - coeficiente de evaporação para águas
precipitação efetiva indica maiores áreas com precipitação efetiva
abertas, Kclc - coeficiente de cultura para cobertura do solo. Retirado deAllen et ai. (1998) muito baixa do que no presente. Nas áreas montanhosas e nas
;Nistor e Porumb-Ghiurco (2015);Nistor e Mîndrescu, 2017;Nistor et ai. (2017a). montanhas dos Cárpatos, para ambos os períodos, os valores da
precipitação efetiva variam entre 200 mm e 800 mm. A faixa desses
mesa 2 valores também é representada no oeste da Grécia, sul da Bulgária,
De Martonne (1926)índice de classificação climática. algumas ilhas do mar Egeu e no centro-oeste da área de estudo.

tipos de clima Índice de Aridez IDM Precipitação (mm)

O efeito do clima nos recursos hídricos subterrâneos no sudeste da
Extremamente úmido > 55 P > 800 Europa, para 2011–2040 e 2041–2070, foi realizado usando o método
muito úmido 35≤IDM≤55 700≤P≤800 NISTOR–CEGW. Combinando o Índice de Aridez De Martonne com a
Úmido 28≤IDM < 35 600≤P < 700
precipitação efetiva através da matriz 6 × 6, obtivemos o efeito do clima
Semi-úmido 24≤IDM < 28 50≤P < 600
Mediterrâneo 20≤IDM < 24 400≤P < 500
nas águas subterrâneas. Para o presente período, o efeito
Semi seco 10≤IDM < 20 200≤P < 400 extremamente alto foi encontrado na bacia da Panônia, planície
Seco < 10 P < 200 romena, parte oriental da Romênia, partes norte e central da Bulgária,
leste da Áustria, sul da Sérvia, quase toda a Macedônia, exceto as
partes ocidentais, norte e leste lados da Grécia. As ilhas centrais do Mar
Egeu também têm um efeito extremamente alto. O impacto alto e
muito alto do clima nas águas subterrâneas pode ser representado

6
MILÍMETROS. Nistor Quaternário Internacional xxx (xxxx) xxx–xxx

Figura 4.A matriz de inferência usada para avaliar o efeito do clima nos recursos hídricos subterrâneos na região do sudeste da Europa.

Figura 5.Distribuição espacial da ETc anual na região do Sudeste da Europa. (a) ETc anual referente ao período atual (2011-2040). (b) ETc anual referente ao período futuro
(2041-2070).

Figura 6.Distribuição espacial do AETc anual na região do sudeste da Europa. (a) AETc anual referente ao período atual (2011–2040). (b) AETc anual referente ao período
futuro (2041–2070).

no leste da Áustria, Hungria, oeste, sul e lados centrais da Romênia, norte da Região da Europa Oriental.

Sérvia, partes central e oriental da Bulgária. O efeito muito baixo é

característico do oeste da região, nos Alpes e nas cordilheiras dos Dináricos,
mas também nas montanhas dos Cárpatos e em alguns locais da Bulgária. O
efeito médio se estende muito nos lados oeste, noroeste, sudoeste e centro-
norte da região. Essas áreas são principalmente terrenos elevados, por
exemplo, áreas montanhosas e montanhas dos Cárpatos. No período futuro,
o impacto extremamente alto se estende em áreas na bacia da Panônia,
Bulgária, sul da Grécia e na Tuquia Europeia, enquanto o impacto alto e
muito alto diminui nessas áreas.Fig. 9ilustra o efeito do clima nas águas
subterrâneas no sul
5. Discussão
O principal objetivo do artigo era representar a espacialidade do Índice
de Aridez De Martonne e a precipitação efetiva no sudeste da Europa e
determinar o efeito do clima nas águas subterrâneas. Usando o método
NISTOR–CEGW, as áreas com diferentes graus de impacto foram
encontradas para a área de estudo durante os períodos presente e futuro.
Os resultados mais importantes e altamente influentes vêm dos dados dos
modelos climáticos, enquanto a cobertura da terra continua sendo o

Figura 7.Distribuição espacial do Índice de Aridez De Martonne na região do Sudeste da Europa. (a) Índice de Aridez De Martonne referente ao período atual (2011–2040).
(b) O Índice de Aridez De Martonne relativo ao período futuro (2041-2070).

7
MILÍMETROS. Nistor
Figura 8.Distribuição espacial da precipitação efectiva na região do Sudeste da Europa. (a) A precipitação efetiva relacionada ao período atual (2011–2040). (b) A
precipitação efetiva relacionada ao período futuro (2041-2070).
Figura 9.Avaliação do efeito climático nos recursos hídricos subterrâneos na região do Sudeste da Europa. (a) Distribuição espacial do efeito climático durante o período atual
(2011-2040). (b) Distribuição espacial do efeito climático durante o período futuro (2041-2070).
posição secundária da importância neste estudo. Usando um RCP de 4,5 para as
projeções de aquecimento global da década de 2050, o aumento da temperatura média
máxima do ar em 0,9 °C no período futuro influencia diretamente os aumentos de ET0 e,
posteriormente, o ETc e AETc anuais. O padrão de ocupação do solo contribui para a
distribuição espacial da precipitação efetiva, devido à sua incorporação nos cálculos de
ETc e AETc. A alta ET0 anual se espalhou principalmente no sul da região, onde a
temperatura média do ar supera os 16 °C. A variação espacial da ETc indica valores
elevados nas áreas abrangidas pelos regadios permanentes, mas também nas terras
aráveis. Nas zonas serranas, os valores baixos (abaixo de 200 mm) da ETc devem-se à
baixa temperatura, por vezes com valores negativos. Este detalhe explica a maior
influência do clima na ETc do que na cobertura da terra, mesmo que nas áreas
montanhosas a floresta de coníferas e folhosas se estenda e tenha um Kc significativo
(nos lados maiores valores 0,76–1). Em contraste, as áreas com alta ET0 anual e alto Kc
anual (1,31–1,52) representam as áreas de alta suscetibilidade de ETc. Por exemplo, no
leste da Europa Tukey, onde a floresta folhosa e os valores de ET0 influenciam o
direcionamento da ETc anual. No geral, nossos resultados do ETc anual no sudeste da
Europa estão em linha com os resultados realizados pela Por exemplo, no leste da
Europa Tukey, onde a floresta folhosa e os valores de ET0 influenciam o direcionamento
da ETc anual. No geral, nossos resultados do ETc anual no sudeste da Europa estão em
linha com os resultados realizados pela Por exemplo, no leste da Europa Tukey, onde a
floresta folhosa e os valores de ET0 influenciam o direcionamento da ETc anual. No geral,
nossos resultados do ETc anual no sudeste da Europa estão em linha com os resultados
realizados pela Nistor et ai. (2017b). Eles obtiveram uma faixa de 56 mm–1297 mm no
presente, respectivamente 59 mm–1410 mm no futuro para o ETc anual no sudeste da
Europa. As diferenças vêm do banco de dados de clima diferente, que foi de
aproximadamente 25 km2em resolução espacial, mas também usaram o Kc sazonal
enquanto nós usamos o Kc anual direto.Nistor et ai. (2016b)encontraram valores de ETc
nas montanhas dos Cárpatos de até 1019 mm para o período de 1991–2010, enquanto
nossos resultados mostram valores entre 200 mm e 1000 mm para o período de 2011–
2040. Além disso, os valores da ETc anual (até 1000 mm) na bacia Pannoniana são
adequados com os valores (até 1083 mm) realizados porNistor et ai. (2017a)na mesma
área. No estudo deAbbaspour et ai. (2015), a produção de água mais a recarga de
aquíferos profundos nas áreas do sul da Romênia, bacia da Panônia, leste da Macedônia,
norte da Grécia e norte da Bulgária aparecem com valores abaixo de 50 mm ano−1.
Em relação à AETc anual, os aumentos entre presente e futuro de 910
mm para 949 mm devem-se aos aumentos da temperatura média do ar e da
ET0 anual no período futuro. Ainda mais, a quantidade anual de precipitação
aumentará no futuro, fato para o qual o índice anual
8
Quaternário Internacional xxx (xxxx) xxx–xxx
AETc aumentar ligeiramente para o período futuro.
Uma diminuição quase impressionante dos valores máximos do
Índice de Aridez De Martonne de 461,5 para 373,2 pôde ser observada
entre o presente e o futuro. Este esgotamento parece que a aridização
é maior no período futuro. Os valores abaixo de 20 do índice sugerem a
classe semi-seca que se estende em território no leste do sudeste
europeu porque nesta área a temperatura média do ar aumenta no
período futuro e as precipitações não mudam significativamente,
variando entre 400 e 600 mm nas mesmas áreas. Por esta razão, a
parte europeia da Turquia, os lados leste e sul da Bulgária, os lados
leste e norte da Grécia terão um clima semi-seco no futuro em um
território maior do que no presente. Cheval et ai. (2017)indicaram
resultados do Índice de Aridez De Martonne, que seguem o padrão e a
classificação, que se encaixam em nossos achados. As principais
diferenças estão relacionadas à alta resolução em nossos mapas, mas à
distribuição adequada das classes climáticas. Além disso, o aumento da
espacialidade do clima semi-seco e mediterrâneo entre o presente e o
futuro pode ser observado também na obra deCheval et ai. (2017).
Curiosamente, os valores e distribuição espacial da precipitação
efetiva no Sudeste da Europa, entre os dois períodos. A extensão dos
valores muito baixos (abaixo de 100 mm) da precipitação efetiva no
futuro é maior do que no presente, especialmente nas bacias central,
oriental, sul e da Panônia. Devido ao aumento da precipitação máxima
entre o presente e o futuro, a precipitação efetiva aumentou também
de 2770 mm para 2783 mm, relativamente aos valores mais elevados.
Inversamente, os valores mínimos no período futuro decrescem para 7
mm, pelo que entendemos que nas zonas semi-secas se defrontam
com elevada AETc e baixa quantidade de precipitação.
Um dos propósitos de estabelecer uma abordagem para avaliar o impacto do
clima nas águas subterrâneas por meio do índice de aridez do clima e da
precipitação efetiva é uma contribuição essencial para os métodos atuais
existentes na literatura. Aqui, apresentamos um método melhorado proposto por
Nistor et ai. (2016a)que avaliam os efeitos das mudanças climáticas temporais nas
águas subterrâneas na área montanhosa dos Cárpatos Ocidentais. Eles usaram
um método de matriz 5 × 5 para verificar o impacto das mudanças climáticas
MILÍMETROS. Nistor
durante vários períodos. Neste artigo, a chave espacial foi implementada
usando um ambiente ArcGIS e seis classes de efeito definidas. O efeito do
clima nos recursos hídricos subterrâneos tem graus muito altos e
extremamente altos nas áreas onde o Índice de Aridez De Martonne e a
precipitação efetiva são baixos. Considerando as variáveis de entrada
acima, o método NISTOR–CEGW vem indicar mais um método quantitativo
que se baseia bem em escala regional. Mais do que isso, os resultados do
Índice de Aridez de De Martonne e os valores anuais de ETc estão em linha
com as investigações anteriores, o que parece ser válido o panorama final e
a metodologia proposta.
6. conclusões
O impacto climático nos recursos hídricos subterrâneos foi determinado no sudeste da Europa em
dois turnos. Usando um método espaço-temporal baseado no Índice de Aridez De Martonne e um
procedimento complexo, que implica o ETc anual, e AETc para encontrar a precipitação efetiva. O método
NISTOR–CEGW representa uma abordagem útil capaz de retornar a distribuição espacial do impacto, mas
também pode ser aplicado para vários tempos. Nossos resultados indicam inúmeras áreas com efeitos
extremamente altos e muito altos, mas também as classes alta, média, baixa e muito baixa estão muito
bem representadas. Essas áreas afetadas pelo clima se sobrepõem às terras baixas e estão localizadas
principalmente nos lados sul e leste da região. Nas zonas serranas, onde as temperaturas são mais baixas
do que noutros territórios e as precipitações anuais são mais elevadas, o efeito do clima é baixo e muito
baixo. Diante dos resultados apresentados, podemos afirmar fortemente que a orografia e as principais
condições climáticas dividem o Sudeste da Europa em duas partes, a ocidental com menor impacto
climático e a oriental com maior impacto climático. Esses resultados sugerem que nas planícies e nos lados
orientais da região, o clima terá maior efeito no futuro do que no presente, fato para o qual a recarga das
águas subterrâneas e superficiais pode ser problemática. Além disso, o aspecto da agricultura e irrigação
deve ser tratado com mais atenção sob esses pontos de vista. Esses resultados sugerem que nas planícies
e nos lados orientais da região, o clima terá maior efeito no futuro do que no presente, fato para o qual a
recarga das águas subterrâneas e superficiais pode ser problemática. Além disso, o aspecto da agricultura
e irrigação deve ser tratado com mais atenção sob esses pontos de vista. Esses resultados sugerem que
nas planícies e nos lados orientais da região, o clima terá maior efeito no futuro do que no presente, fato
para o qual a recarga das águas subterrâneas e superficiais pode ser problemática. Além disso, o aspecto
da agricultura e irrigação deve ser tratado com mais atenção sob esses pontos de vista.
Considerando os inúmeros dados que o método NISTOR–CEGW requer, esta
abordagem reflete de forma clara o efeito do clima nos recursos hídricos
subterrâneos a partir de uma visão de perspectiva quantitativa. A reduplicação e
viabilidade do método NISTOR–CEGW contribuem para promover esta abordagem
como uma abordagem facilmente aplicável a outras áreas. Novos índices
climáticos e diferentes classes de precipitação efetiva poderão ser utilizados para
a implementação de uma nova matriz, mais adequada à investigação do local.
As limitações do estudo estão relacionadas à fórmula de
Thornthwaite, para a qual no presente e no futuro utilizamos o valor '1'
para o fator latitude da insolação, devido ao procedimento complicado
nos cálculos raster. Isso não afeta os resultados finais, considerando
esse fator como uma média do ponto de vista matemático. Os cálculos
anteriores de ETc e AETc foram concluídos com a cobertura da terra do
período atual e a pesquisa arquivada para evapotranspiração usando o
que faltava em nosso levantamento. Utilizamos uma metodologia
padrão para a presente pesquisa, incluindo Kc específico retirado da
literatura, e as fórmulas empíricas para calcular o ET0 e outros
parâmetros. Para combater as limitações, a pesquisa de campo da ET0
e da ETc por lisímetros e tensiômetros poderia contribuir para o
aperfeiçoamento do método,
O nosso método, juntamente com os mapas do efeito do clima nos
recursos hídricos subterrâneos, são uma ferramenta para os possíveis
planos estratégicos da região do sudeste da Europa em relação à gestão das
águas e mitigação das alterações climáticas nos territórios do Mediterrâneo
e dos Balcãs. O estudo também é útil para os climatologistas, hidrogeólogos
e marcadores de políticas agrícolas. No futuro, a investigação pode
continuar a investigar locais de teste através da modelagem de águas
subterrâneas sob mudanças climáticas, considerando escoamento,
infiltração e várias condições de seca.
9
Quaternário Internacional xxx (xxxx) xxx–xxx
Reconhecimentos
Os autores agradecem a Andreas Hamann, da Universidade de Alberta, pelos dados
dos modelos climáticos e ao Copernicus Land Monitoring Services pelos dados de
cobertura da terra.!
Apêndice A. Dados suplementares
Dados complementares relacionados a este artigo podem ser encontrados emhttp://
dx. doi.org/10.1016/j.quaint.2018.05.019.
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