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Manual de Comandos Industriais: Centro Federal de Educação Tecnológica Do Ceará
Manual de Comandos Industriais: Centro Federal de Educação Tecnológica Do Ceará
MANUAL DE COMANDOS
INDUSTRIAIS
Programa Param Simula RUN STOP
Z1 Z2
123456
STOP
MO 17:52
1234 Z?
Q1 Q2 Q3 Q4
F N 220Vca ~ 60Hz
L N I1 I2 I3 I4 I5 I6 I7 I8
Q1 Q2 Q3 Q4
~220Vca
F N 1 2 1 2 1 2 1 2
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
PRÁTICA - 01
Apresentação dos materiais, equipamentos e símbolos gráficos empregados em circuitos de comandos
industriais.
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 1
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 1
2.1. Contatores............................................................................................................................................. 1
2.2. Relé bimetálico de sobrecarga.............................................................................................................. 4
2.3. Botões de comando.............................................................................................................................. 6
2.4. Lâmpada de sinalização........................................................................................................................ 8
2.5. Fusível NH............................................................................................................................................. 9
2.6. Fusível diazed....................................................................................................................................... 11
2.7. Chave seccionadora e comutadora rotativa tipo PACCO..................................................................... 12
2.8. Relé de tempo....................................................................................................................................... 14
2.9. Chaves bóias......................................................................................................................................... 15
2.10. Relé fotoelétrico.................................................................................................................................. 16
2.11. Relé falta de fase................................................................................................................................ 17
2.13. Inversor de freqüência......................................................................................................................... 18
3. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 19
4. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 20
PRÁTICA – 02
Teste dos materiais e equipamentos empregados nos circuitos de comando e força industrial
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 22
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 22
3. Material Empregado................................................................................................................................. 23
4. Procedimento da Prática.......................................................................................................................... 23
4.1. Teste do contator.................................................................................................................................. 23
4.2. Teste do relé bimetálico de sobrecarga................................................................................................ 24
4.3. Teste dos fusíveis NH e Diazed............................................................................................................ 24
4.4. Teste dos botões de comando.............................................................................................................. 24
4.5. Teste dos sinalizadores luminosos....................................................................................................... 25
4.6. Teste do relé de tempo......................................................................................................................... 25
4.7. Teste das chaves bóias......................................................................................................................... 25
4.8. Teste do relé fotoelétrico....................................................................................................................... 25
4.9. Teste da chave seccionadora rotativa PACCO..................................................................................... 26
4.10. Teste da chave soft-starter.................................................................................................................. 26
4.11. Teste do Inversor de Freqüência........................................................................................................ 26
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 26
PRÁTICA – 03
Apresentação, identificação e ligação de chaves rotativas manuais com acionamento por alavanca
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 28
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 28
3. Material empregado................................................................................................................................. 30
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 31
4.1. Chave reversora manual....................................................................................................................... 31
4.2. Chave estrela-triângulo manual............................................................................................................ 33
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 36
PRÁTICA – 04
Identificação dos terminais dos enrolamentos de motores de indução trifásico, com 6 pontas
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 37
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 37
3. Material empregado................................................................................................................................. 39
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 39
4.1. Procedimento para verificação da continuidade das bobinas............................................................... 39
4.2. Procedimento para identificação dos terminais dos enrolamentos....................................................... 40
4.3. Teste de ligação do motor..................................................................................................................... 43
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 44
PRÁTICA – 05
Comando para partida direta de MIT com acionamento remoto através de botoeiras e automático
através de chaves bóias e relé fotoelétrico:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 45
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 45
3. Material empregado................................................................................................................................. 46
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 46
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 46
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE
CURSO DE ELETROTÉCNICA ÍNDICE
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
ASSUNTO PÁGINA
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 48
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 49
PRÁTICA – 06
Comando para acionamento do motor monofásico de fase dividida, com partida à capacitor:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 50
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 50
3. Material Empregado................................................................................................................................. 52
4. Procedimento da Prática.......................................................................................................................... 52
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 52
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 54
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 55
PRÁTICA – 07
Comando para partida direta de MIT, com reversão no sentido de rotação e acionamento remoto
através de botoeiras e chaves fim de curso:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 56
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 56
3. Material empregado................................................................................................................................. 57
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 57
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 57
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 59
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 59
PRÁTICA – 08
Acionamento do motor de indução monofásico de fase dividida, com partida à capacitor, com reversão
no sentido de rotação:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 61
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 61
3. Material empregado................................................................................................................................. 62
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 62
4.1. Comando por chave reversora............................................................................................................. 62
4.2. Comando remoto por botoeiras e contatores....................................................................................... 63
4.2.a) Diagrama de comando....................................................................................................................... 63
4.2.b) Diagrama de força.............................................................................................................................. 64
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 64
PRÁTICA – 09
Comando automático para a partida de vários motores trifásicos em ligação seqüencial:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 66
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 66
3. Material empregado................................................................................................................................. 67
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 67
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 67
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 68
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 68
PRÁTICA – 10
Comando automático para acionamento de motor de polos comutáveis para 2 velocidades:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 70
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 70
3. Material empregado................................................................................................................................. 71
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 72
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 72
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 73
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 74
PRÁTICA – 11
Comando automático para partida Y- de MIT:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 75
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 75
2.1. Utilização da chave Y-........................................................................................................................ 75
2.2. Diagrama de ligação............................................................................................................................. 76
2.3. Vantagens e desvantagens da chave Y-............................................................................................ 76
2.4. Chave Y- de transição fechada........................................................................................................... 77
3. Material empregado................................................................................................................................. 78
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 78
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 78
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 79
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 80
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE
CURSO DE ELETROTÉCNICA ÍNDICE
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
ASSUNTO PÁGINA
PRÁTICA – 12
Aplicação do quadro eletromecânico SIMELETRO USB 630 SIEMENS com simulador de defeitos para
os circuitos de partida direta, reversora e estrela-triângulo:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 81
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 81
3. Procedimento da Prática.......................................................................................................................... 85
4. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 86
5. Diagrama geral de comando do quadro................................................................................................... 87
6. Diagrama geral de força do quadro.......................................................................................................... 88
PRÁTICA – 13
Comando automático para partida de MIT com tensão reduzida, através de chave compensadora à
seco:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 89
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 89
3. Material empregado................................................................................................................................. 90
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 90
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 90
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 91
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 92
PRÁTICA – 14
Comando automático para partida de MIT com tensão reduzida, através de chave série-paralela estrela:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 93
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 93
3. Material empregado................................................................................................................................. 94
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 94
4.1. Comando por chave reversora.............................................................................................................. 95
4.2. Comando remoto por botoeiras e contatores........................................................................................ 95
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 96
PRÁTICA – 15
Comando automático para a partida de MIT através de chave microprocessada soft-starter
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 97
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 97
3. Material empregado................................................................................................................................. 99
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 100
4.1. Circuito de comando e força................................................................................................................. 100
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 101
PRÁTICA – 16
Comando automático para partida direta de MIT, com reversão e circuito de freio eletromagnético:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 102
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 102
3. Material empregado................................................................................................................................. 103
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 103
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 103
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 104
PRÁTICA – 17
Comando automático para partida Y- de MIT, com reversão no sentido de rotação:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 105
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 105
3. Material empregado................................................................................................................................. 106
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 106
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 106
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 107
5. Verifique os seus conhecimentos............................................................................................................. 108
PRÁTICA – 18
Comando automático para acionamento do motor de polos comutáveis para 2 velocidades (ligação
dahlander), com reversão no sentido de rotação:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 109
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 109
3. Material empregado................................................................................................................................. 109
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 110
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 111
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 112
PRÁTICA – 19
Comando automático para partida de MIT com tensão reduzida, através de chave compensadora à
seco e inversão de rotação:
1. Objetivos.................................................................................................................................................. 113
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE
CURSO DE ELETROTÉCNICA ÍNDICE
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
ASSUNTO PÁGINA
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 113
3. Material empregado................................................................................................................................. 113
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 114
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 114
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 115
PRÁTICA – 20
Comando automático para partida de MIT com acionamento por botoeira e controle de proteção contra
falta de fase:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 116
2. Comentários teóricos............................................................................................................................... 116
3. Material empregado................................................................................................................................. 116
4. Procedimento da prática.......................................................................................................................... 117
4.1. Diagrama de comando.......................................................................................................................... 117
4.2. Diagrama de força................................................................................................................................. 118
PRÁTICA – 21
Inversores de freqüência para acionamentos de máquinas de corrente alternada – CA:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 119
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 119
Diagrama de blocos dos conversores................................................................................................... 119
Conversores Não controlável e controlável e métodos de controle...................................................... 120
Equação de tensão da máquina........................................................................................................... 120
Inversor de freqüência e vantagens do acionamento eletrônico........................................................... 121
Desenho esquemático do Inversor de freqüência................................................................................. 122
Construção da forma de onda trifásica na saída do inversor................................................................ 123
Modulação PWM senoidal.................................................................................................................... 124
3. Material Empregado................................................................................................................................. 125
4. Procedimento da Prática.......................................................................................................................... 125
4.1 Inversor de freqüência Altivar 08............................................................................................................ 125
4.2 Inversor de freqüência Altivar 18............................................................................................................ 129
4.3 Ligação do inversor com componentes associados............................................................................... 134
PRÁTICA – 22
Comando através da aplicação do módulo lógico programável:
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 135
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 135
2.1 Modelo Easy........................................................................................................................................... 136
2.2 Modelo Zelio........................................................................................................................................... 140
3. Material Empregado................................................................................................................................. 144
4. Procedimento da Prática.......................................................................................................................... 145
PRÁTICA – 23
Acionamento e parada do motofreio trifásico monodisco
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 146
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 146
3. Material Empregado................................................................................................................................. 149
4. Procedimento da Prática.......................................................................................................................... 149
4.1. Circuito de comando............................................................................................................................. 149
4.1.1 Frenagem Lenta.................................................................................................................................. 149
4.1.2 Frenagem média................................................................................................................................. 150
4.1.3 Frenagem rápida................................................................................................................................. 150
4.2 Circuito de Força.................................................................................................................................... 150
PRÁTICA – 24
Aplicação integrada do modulo lógico com o inversor de freqüência
1. Objetivo.................................................................................................................................................... 151
2. Comentários Teóricos.............................................................................................................................. 151
3. Material Empregado................................................................................................................................. 152
4. Procedimento da Prática.......................................................................................................................... 152
4.1. Programação no Módulo Lógico........................................................................................................... 153
4.2. Conectando Circuitos de Força............................................................................................................. 154
ANEXO – 1 : TERMINOLOGIA:
Definição de termos técnicos materiais, equipamentos e dispositivos de comando. proteção e manobra de BT:
1. Objetivo................................................................................................................................................... 155
2. Terminologia............................................................................................................................................. 155
ANEXO – 2: LITERATURA TÉCNICA PARA CONSULTA:
Bibliografia.................................................................................................................................................... 164
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE P-00 PÁGINA: 1
CURSO DE ELETROTÉCNICA - MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA - 00
1. OBJETIVOS
Apresentar o conteúdo programático, a carga horária prevista, o ambiente do laboratório com suas
peculiaridades, as recomendações de segurança contra contatos acidentais, os sistemas de alimentação,
proteção e manobra dos quadros de distribuição e didáticos, o sistema de avaliação e a bibliografia
adotada e recomendada para consulta e fundamentação teórica.
2. COMENTÁRIOS GERAIS
A disciplina de comandos industriais é constituída por uma seqüência de práticas de laboratório, incluindo
essa apresentação, cujos assuntos precedem uma fundamentação teórica para que o professor faça a
introdução do assunto a ser ministrado. Essa fundamentação teórica é de importância significativa para o
sucesso da relação ensino-aprendizagem, e para que o período disponível da aula tenha um rendimento
otimizado, é fundamental que o aluno seja o mais proativo possível, ou seja, deve ler com antecedência o
conteúdo da prática a ser trabalhada, trabalhar em equipe, manter a vigilância em alerta para que o
próprio aluno ou seus companheiros, não venham a levar choques elétricos.Observar se os disjuntores
estão ligados ou desligados e se as partes vivas estão sob tensão, se os diversos componentes estão
alimentados na tensão nominal adequada, participando ativamente desse momento. Caso surjam
dúvidas, chame o professor para que ele possa esclarecer o assunto. Se o professor estiver ocupado
momentaneamente atendendo outra equipe, tenha paciência e espere a sua vez, mas nunca tome uma
atitude precipitada, pois um erro de montagem pode levar a prejuízos incalculáveis e riscos de defeitos
ou mesmo a provocar choques elétricos. O CEFET é uma instituição de ensino pública que como toda
instituição do gênero, tem suas carências de recursos orçamentários, mas se você fizer a sua parte com
responsabilidade, com certeza o material de consumo servirá para que outros alunos também possam
usufruir dessa tecnologia sem restrições.
Lembre-se que um dos objetivos e prescrições fundamentais da disciplina é proporcionar ao aluno, a
aprendizagem com segurança e responsabilidade, mantendo a integridade física das pessoas e bens.
É muito comum que num grupo de pessoas haja diversidade de conhecimento, algumas já possuem
conhecimento básico ou dominam o assunto e outras que nunca o viram, portanto não dê uma de querer
resolver as coisas sozinho, pois além de você estar prejudicando a relação ensino-aprendizagem, dando
uma de egoísta (a princípio até os outros vão achar bom pois não vão ter que fazer muito esforço nessa
equipe para ver as coisas funcionarem), você poderá inibir a vontade de seu companheiro e prejudicar o
aprendizado. A eletricidade e a eletrônica de potência estão cada vez mais presente no nosso dia a dia, e
para que tudo possa fluir da melhor maneira possível durante a aula prática, e que os circuitos
proporcionem o comando e o controle com total segurança, dê chance ao tempo, pergunte, indague,
questione, ajude os seus companheiros, pois o professor na sala de aula além de educador é um
facilitador, não hesite em perguntar, pois ele terá o maior prazer em poder te ajudar, trocar idéias para
que o conhecimento e o aprendizado realmente atinjam o objetivo maior, que é a sua satisfação pessoal
em ter aprendido mais um item para a sua vida profissional. Mesmo que você já tenha conhecimento do
assunto, sempre surgem novas tecnologias no mercado que poderão enriquecer ou reciclar o seu
conhecimento. Nunca é demais quando existe vontade de aprender.
Caso a duração da aula não dê tempo para você concluir a tarefa, não se desespere, pois o assunto
poderá ser repetido em uma aula extra ou mesmo na aula seguinte.
Nas prateleiras dos cavaletes, cujos quadros se encontram suportados na parte superior, estão
disponíveis diversos motores de indução para aplicação nas montagens, conforme relação a seguir:
1 moto redutor com motor trifásico 220/380V (1680/45 rpm), de 0,37 KW (0,5cv).
1 motor monofásico com partida à capacitor 110/220V de 1/3 cv.
1 motor trifásico MIT 380/660V de 0,5 cv.
1 motor trifásico Dahlander 380V – 900/1800 rpm de 0,37 KW (0,5CV).
1 Motordriver de 2cv.
1 moto freio WEG 220/380V de 0,75 cv.
Para cada quadro didático corresponde uma bancada disposta frontalmente, contendo uma prateleira na
parte inferior para guarda de materiais tais como transformadores, autotranformadores, motores e demais
peças. Como fonte de alimentação, existe uma caixa de poliester de sobrepor contendo um disjuntor
tripolar, um disjuntor monopolar, uma tomada trifásica e uma monofásica.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE P-00 PÁGINA: 3
CURSO DE ELETROTÉCNICA - MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Foto 01 – Vista frontal do quadro didático Foto 02- Vista interna do quadro didático aberto
metálico fechado, autosustentado no cavalete. com os componentes montados na bandeja.
PRATICA 01
1 .OBJETIVO
Familiarizar os usuários com os diversos materiais e equipamentos utilizados em circuitos de Formatados: Marcadores e numeração
comando industrial e identificar a simbologia padronizada.
2. COMENTÁRIOS
2.1- Contatores:
Função: Comando, seccionamento e controle dos circuitos alimentadores de motores, iluminação,
capacitores e outras cargas. (Fig. 2.1 a)
As principais características destes dispositivos são as seguintes: elevada durabilidade; elevado número
de manobras; possibilita comando à distância e automatismo de circuitos junto com outros componentes.
Fig. 2.1a
A1
K1 K1 1 3 5
ou Bobina do contator 1 ou Contatos principais ou
C1 C1 de força, pertencente ao
A2 2 4 6 contator 1
MOLA DE RETORNO
NÚCLEO DE FERRO MAGNÉTICO MÓVEL
(CHAPAS LAMINADAS)
BOBINA ELETROMAGNÉTICA
FATOR DE SERVIÇO: É o fator que aplicado à potência nominal do motor, indica a sobrecarga
permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições específicas.
Ex. se o Fs = 1,15, nessa situação o motor suporta continuamente 15% de sobrecarga acima de sua
potência nominal.
Observe que se trata de uma capacidade de sobrecarga contínua, ou seja, uma reserva de potência que
dá ao motor uma capacidade de suportar melhor o funcionamento em condições desfavoráveis.
Caso o motor solicite uma corrente superior aquela para qual se ajustou o relé, este acréscimo de
corrente fará com que o elemento térmico atue, interrompendo o circuito de comando.
O contato normalmente aberto (NA/97-98) pode ser utilizado para sinalização visual, indicando para o
operador que a chave de acionamento do motor desligou através do relé.
2 4 6 95 97
e4 e4 e4
96 98
Fig.2.3b
Fig. 2.3 a
Botoeira liga (I) / desliga (O) Botoeira com furação Botoeira com furação
em caixa termoplástica centralizada sem plaqueta descentralizada na tampa
com plaqueta
Existem ainda diversos tipos e modelos de botões de comando, que variam de fabricante para fabricante,
e que tem a sua aplicação específica conforme a exigência e complexidade do circuito, conforme dados e
figuras a seguir apresentados:
Botão de comando e sinalização: Botão transparente, com elemento(s) de contato(s) e soquete para
lâmpada, de tal forma que se obtenha, assim como num sinalizador luminoso, uma indicação óptica dada
por uma lâmpada embutida no mesmo. Vide fig.2.3c.
Botão de comando com chave de segurança: Botão com elementos de contato e chave de segurança,
com bloqueio e retirada da chave nas duas posições. Vide fig.2.3d.
Fig.2.3d
Fig.2.3c
Botão de comando cogumelo: Botão com elemento de contato normalmente fechado (NF) e na cor
vermelha, que devido a sua forma construtiva e anatômica de um cogumelo, é utilizado para facilitar o seu
acionamento para desativação do circuito. Este modelo de botão pode também ser fornecido com trava,
onde o giratório do cogumelo é usado para desbloqueio. Existe ainda a opção deste botão contendo
elementos de contato NF e NA (botão duplo). Vide fig.2.3e.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE P-01 PÁGINA 9
CURSO DE ELETROTÉCNICA - MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Botão de comando cogumelo com trava e chave de segurança: Botão com elemento de contato
normalmente fechado (NF) e na cor vermelha, contendo trava e chave de segurança para desbloqueio, e
chave retirável nas duas posições. Vide fig.2.3f.
Fig.2.3e Fig.2.3f
Comutador de comando com manopla: Comutador de comando com elemento(s) de contato(s) NA ou NF,
com ou sem retorno da manopla de acionamento. Este comutador pode ser fornecido também com chave
de segurança retirável. Vide fig.2.3g.
Comutador de comando por chave de posição: As chaves de posição fim de curso, são empregadas para
o controle e comando de portões automáticos, pontes rolantes, guindastes, tornos, elevadores de carga,
elevadores prediais, elevacar dentre outras aplicações. O acionamento pode ser do tipo pino, rolete
superior, rolete lateral, haste ajustável com rolete, que dependendo da aplicação e as características do
sentido do movimento, se horizontal, se vertical, pode ser adequadamente escolhido. Possuem elementos
de contato NA/NF em câmaras fechadas, e tipos de acionamento em pino simples, pino reforçado, pino
com rolete metálico, rolete superior, rolete lateral, rolete de posições múltiplas, haste flexível, alavanca
ajustável com rolete e haste rígida. Vide figuras 2.3h (I, II e III);
(I) (II) (III)
Fig.2.3g Fig.2.3h
Botão de comando de pedal: Botão com elementos de contato NA e/ou NF, cujo acionamento é realizado
pela impulsão do pedal através do pé do operador. Vide fig.2.3i e a simbologia:
Fig.2.3i
bo bo b1 b1 b22
ou 1 ou 1 ou 3 ou 3 ou 3 1
So So S1 S1 S22
2 2 4 4 4 2
Ex. NA/NF
3 1
b23
4 2
Fig.2.4
O sinaleiro ou sinalizador com a lente na cor vermelha e a lâmpada acesa, indica que o circuito esta
estabelecido e a carga em operação. Já o sinalizador com a lente na cor verde e a lâmpada acesa, indica
que o circuito esta desativado e a carga fora de operação. Num quadro de comando e manobra é mais
usual só utilizar o sinalizador com lente vermelha, o que traz economia de componentes e redução de
consumo de energia, apesar da pequena potência do sinalizador luminoso.
As lâmpadas de sinalização são montadas em suportes denominados de “armação de sinalização ou
sinaleiro”, e utilizam normalmente soquetes de encaixe para base da lâmpada do tipo baioneta, podendo
as mesmas ser incandescentes ou de Néon, para tensões de 110 ou 220 VCA. Quando a lâmpada de
sinalização é instalada diretamente em paralelo com a bobina do contator, é recomendado usar lâmpada
neon, tendo em vista que quando do desligamento do contator, podem surgir sobretensões que reduzem
a vida útil da lâmpada caso seja incandescente. No caso de optar por usar lâmpadas incandescentes para
a sinalização, recomenda-se que a alimentação seja feita através de um contato auxiliar.
Quando a sinalização luminosa é feita num quadro de uso ao tempo, é recomendado usar lâmpadas
incandescentes tendo em vista que durante o dia devido a presença da luz solar no ambiente aberto, a
sinalização néon pode ficar imperceptível visualmente, o que torna a sinalização sem efeito.
A potência destas lâmpadas é de baixa intensidade, variando entre 1,2 a 2,6 W.
As lentes dos sinalizadores podem ser fornecidos nas cores vermelho, verde, amarelo, incolor
(translúcido) e azul. Em quadros de instalação ao tempo é recomendado que sejam usadas lentes de
vidro, pois as lentes de plástico ou acrílico se tornam opacas e quebradiças devido a forte incidência dos
raios ultravioletas.
Simbologia: Os elementos de uma lâmpada de sinalização tem a seguinte representação gráfica e utiliza
letra característica e número para referencia-lo e facilitar o entendimento no diagrama elétrico:
h1 VM h2 VD
Corpo do
Fusível NH
Fig.2.5c
Base NH
Fig. 2.5b
São fabricados para correntes nominais na faixa de 6 até 1250 A, conforme tabela de valores
normalizados, discriminados por tamanho, visto na tabela anterior.
O punho saca fusível só pode ser utilizado para retirada dos fusíveis NH com o circuito em vazio (circuito
sem carga ou desativado), podendo, no entanto, os mesmos estarem submetidos a tensão uma vez que o
punho é fabricado com material isolante que proporciona proteção adequada para o operador. Vide
fig.2.5c.
Simbologia: Os elementos de um fusível NH tem a seguinte representação gráfica e utiliza letra
característica e número para referenciá-la e facilitar o entendimento no contexto do diagrama elétrico:
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R S T
e1 e2 e3
ou
F1 F2 F3
Fig.2.6 a
Possuem também a característica de ação retardada, para cargas com pico de corrente, ou atuação
rápida no caso de curto-circuito.
O conjunto de segurança diazed compõe-se dos seguintes elementos: Vide fig.2.6b.
Tampa : É a peça na qual o fusível é encaixado, permitindo colocar e retirar o mesmo da base,
mesmo com a instalação sob tensão.
Fusível: É a peça principal do conjunto, constituído de um corpo cerâmico, dentro do qual esta
montado o elo fusível e cujo espaço esta preenchido com areia especial de quartzo, que tem a função
de extinguir o arco voltaico em caso de fusão do elo. Para facilitar a identificação do fusível é
padronizado um código de cores para a espoleta, que corresponde aos valores padronizados das
correntes nominais dos fusíveis, corforme norma DIN e tabela a seguir apresentada:
O indicador se desprende em caso de queima (fusão do elo fusível), se apresentando visível para o
operador através do visor de inspeção da tampa.
Anel de Proteção: É a peça em formato de anel, constituída de material isolante, normalmente de
cerâmica, que protege a rosca metálica da base aberta, evitando assim choques acidentais quando da
troca dos fusíveis. São fornecidos nos tamanhos referentes as roscas E27 e E33.
Parafuso de ajuste: Construídos em diversos tamanhos em conformidade com a amperagem dos
fusíveis. São instalados na base, através do acessório denominado chave para parafuso de ajuste, e
depois de encaixados não permitem a colocação de fusível de maior valor nominal do que o previsto.
O código de cores é semelhante ao empregado para as cores das espoletas, e também são fornecidos
em tamanhos compatíveis com a base de rosca E27 e E33.
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Base: É a peça unipolar que reúne todos os componentes do conjunto de segurança, sendo fornecida
nas roscas E27 e E33. A base pode ser fixada através de parafusos, ou propiciar uma fixação rápida
por engate em termoplástico ou chapa de aço, no trilho suporte.
Um alerta deve ser dado sobre a substituição de fusíveis do tipo D. O fusível diazed é um fusível de
aplicação geral e para circuitos de motores, sendo do tipo com resposta retardada, para evitar a queima
durante a corrente de partida. Existe outro tipo de fusível de aparência semelhante ao tipo D, mas com
resposta rápida, denominado de fusível silized, e é empregado para proteger circuitos eletrônicos, tais
como circuitos que contenham Softstarter e inversores de freqüência.
É comum presenciar máquinas que foram literalmente queimadas por que houve troca indevida pelo
pessoal da manutenção, de um silized por um diazed. Porisso muita atenção!
Parafuso
de ajuste
Base
Anel de
proteção
Fusível Fig.2.6b
Tampa
Simbologia: Os elementos de um fusível diazed tem a seguinte representação gráfica e utiliza letra
característica e número para referencia-lo e facilitar o entendimento no contexto do diagrama elétrico:
R S T
e21 e1 e2 e3
ou ou
F21 F1 F2 F3
2.7- 2.7. Chave Seccionadora e comutadora rotativa tipo PACCO: Formatados: Marcadores e numeração
Função: Seccionamento e comutação de cargas nos circuitos de força, comando e instrumentos de
medição.
As chaves rotativas PACCO destinam-se a manobra (seccionamento e comutação) de cargas
alimentadas em CC e CA. Vide fig.2.7 a.
Fig. 2.7 a
um único amperímetro, de maneira que se pode monitorar em momentos distintos, as correntes de carga
nas três fases (R;S;T). No caso da comutadora de voltímetro, vide fig.2.7b, com um único voltímetro
consegue-se monitorar as tensões entre as fases ( RS-RT-ST) de maneira não simultânea.
As chaves comutadoras PACCO são fornecidas nas seguintes versões e
correntes nominais:
Seccionador tripolar sob carga: (10; 16; 20; 25; 32; 40; 50; 63; 100;
125 e 250 A)
Comutador para Voltímetro: (10 A)
Comutador para amperímetro: ( 10 A)
As chaves seccionadoras e comutadoras, tem a opção de poderem ser
fixadas no topo ou na base. A fixação no topo é efetuada pelo lado
Comutadora de voltímetro
interno da chapa metálica da porta do quadro eletromecânico, e quando a
Fig.2.7b
porta é aberta ou fechada, todo o corpo da chave acompanha o deslo-
camento da porta,ficando a manopla de acionamento fixa com a placa frontal quadrada, na parte externa
da porta. Já a chave fixada pela base, quando se efetua a abertura e fechamento da porta, o corpo da
chave permanece fixo dentro do quadro, só acompanhando o deslocamento da porta, a manopla e a
placa frontal quadrada instaladas no lado externo da chapa metálica.
Simbologia: Os elementos de uma chave seccionadora tipo PACCO, tem a seguinte representação
gráfica e utiliza letra característica e número para referencia-lo e facilitar o entendimento no contexto do
diagrama elétrico:
a) chave seccionadora:
P1 P2 P3
Q Q
1 2 3
b) chave comutadora de voltímetro:
R
S
LEITURA 0 RS ST TR
T 0 V.LINHA
1 2 3 4 0 RS
POSIÇÃO 0 1-4 1-2 2-3
ST
V TR
1 2 3
0
1 2 3
Q 3 1
2
A
Dispositivo de comando a distância, cujos contatos auxiliares comandam, perante certas grandezas
elétricas (corrente e tensão), outros dispositivos através de circuitos auxiliares, com retardamento pré-
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ajustado pelo elemento temporizado. O pré ajustamento do retardo do temporizador, é efetuado através
de dial montado na parte frontal do relé, cuja escala pode ser fornecida nas seguintes faixas de ajuste,
conforme o fabricante: 0,06 - 0,6 s ; 0,6 - 6 s ; 6 - 60 s ; 0,6 - 6 min ; 6 - 60 min., ou 0 - 5 s ; 0 - 15 s ; 0
- 30 s ; 0 - 60 s.
Fig.2.8
Uma das principais aplicações do relé temporizado eletrônico, é a sua utilização nos circuitos das chaves
estrela-triângulo automáticas, para garantir que o fechamento do contator triângulo só ocorra quando o
contator estrela já estiver aberto, e o respectivo arco voltaico extinto.
Os relés de tempo podem ser fornecidos com um comutador em ponto comum (15) com contato auxiliar
normalmente fechado (15-16) e outro normalmente aberto (15-18), ou com dois comutadores em pontos
comuns independentes (15) e (25), contendo um contato NF (15-16) e um contato NA (15-18), e no outro
comutador os contatos NF (25-26) e NA (25-28), conforme simbologia e os esquemas de ligação
apresentados a seguir:
Simbologia: Os elementos de um relé temporizado tem a seguinte representação gráfica e utiliza letra
característica e números para referencia-lo e identificar os seus contatos auxiliares, de maneira a facilitar
o entendimento no contexto do diagrama elétrico:
A1 15 A1 15 25
A1 16 18 d1 d2
d1 d1
d
15 15 A2 16 18 A2 16 18 26 28
A2
3 – 4 : Contato NF (ao energizar a bobina, comuta para NA, e após a temporização retorna
ao estado inicial NF);
4 – 5 : Contato NA (logo ao energizar a bobina, comuta para NF e após a temporização
retorna ao estado inicial NA);
6 – 7 : Símbolo ~ que corresponde aos terminais de alimentação da bobina
liga (NA) do circuito de comando, de forma que o automatismo do sistema opere conforme os níveis de
água da cisterna e caixa d’água. A chave bóia possui contato líquido de mercúrio, que dependendo da
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posição da bóia dentro do reservatório, pode deixar fechado ou interrompido dois eletrodos de contato, de
maneira que o circuito de alimentação da bobina do contator seja energizado ou desativado, acionando ou
desligando o motor bomba.
Para o controle e acionamento de cargas de pequeno porte, como no caso de motores monofásicos
fracionados, pode-se utilizar as bóias alimentando diretamente o circuito de força, através do seu próprio
contato elétrico, sem necessidade de se empregar chave magnética. Nesta condição deve-se observar o
valor limite da capacidade de corrente da bóia (10 ou 15 A) em comparação com a corrente de carga.
Simbologia: Os elementos de uma chave bóia tem a seguinte representação gráfica e utiliza letra
característica e números para referencia-la, de maneira a facilitar o entendimento no contexto do
diagrama elétrico:
Chave bóia nível inferior (para cisterna): Chave bóia nível superior (para caixa d’água):
Q NI Q NS
Fig. 2.10
Características Técnicas:
Relé NA ou NF para 220V - 1.000 W / 1.800VA
Simbologia: Os elementos de um relé fotoelétrico tem a seguinte representação gráfica e utiliza letra
característica e números para referencia-lo, de maneira a facilitar o entendimento no contexto do
diagrama elétrico:
4 2 3
5 1
C
Legenda
A – Fase 1 – Fotocélula
B - Neutro 2 - Resistor de Aquecimento
C - Carga 3 - Contato de Carga
4 - Resistor de Amortecimento
5 - Pára-Raios
R S T R S T
11 11
RFF RFF
12 14 N 12 14
2.12- Soft-starter:
Função: São chaves de partida estáticas microprocessadas, concebidas para propiciar a
partida/parada suave de motores de indução trifásicos, utilizando no circuito de potência, 2
tiristores em ligação anti-paralelo por polo.
A chave soft-starter aplica ao motor uma rampa de aceleração ou desaceleração, através do
controle da tensão aplicada, por intermédio de um microprocessador, que controla o ângulo de
disparo dos tiristores.
Características técnicas:
Chave Soft-starter SSW-01 – WEG Degraus de tensão: 50, 60, 70 ou 80% Un
Tensão de alimentação:220/380V Chaveamento de potência: 6 tiristores
Freqüência: 50/60 Hz Circuito de controle: por microprocessador
Formatados: Marcadores e numeração
Formatados: Marcadores e numeração
Faixa de pedestal: 25 a 75% da Un Funções e controle do usuário: ajustes são
Rampa de aceleração: 0,5 a 60 s. feitos através de chaves tipo dip-switch
Rampa de desaceleração: 1 a 120 s
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Simbologia:
3ɸ ~ R S T 3ɸ ~ R S T
M
3ɸ
Simbologia:
F N R S T
~ 1ɸ = ~ 3ɸ
Características técnicas:
Fabricante TELEMECANIQUE: Módulo lógico programável denominado de “Zélio” , referência SR
1B101FU, Un de 100 a 240V, 50/60 Hz, com alimentação monofásica.
Fabricante Klockner Moeller: Relé de controle com timer denominado de “EASY”, referência 412 AC-
RC, Un de 115 a 240VB, 50/60 Hz, alimentação monofásica.
3. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
Relacione nesta planilha todo o material e equipamento disponível no laboratório de comandos industriais.
Indique a simbologia, a letra característica, a sua função e a especificação.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA - MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
4.2- Desenhe o diagrama esquemático de um contator que possua 3 (três) contatos principais e 4 (quatro)
contatos auxiliares, sendo 2NA e 2 NF.
Indique as referências de todos os contatos e terminais empregando letras e números correspondentes.
4.3- Faça a correlação das partes que compõem as seguranças fusíveis NH e Diazed, e preencha as
colunas correspondentes assinalando com X o item correlato:
4.5. Qual o risco que pode ocorrer no caso de uma troca indevida de um fusível silized por um diazed?
4.6. De acordo com a NBR 5410, a proteção contra sobrecarga do motor pode ser proporcionada
diretamente fazendo parte integrante do motor, ou através de dispositivo de proteção independente,
sensível à corrente absorvida pelo motor. Explique que proteções são essas e quando devem ser
empregadas.
4.7- Considerando os componentes mínimos adotados como critério de concepção do circuito terminal de
alimentação de um motor trifásico, faça o desenho do esquema de acordo com a sua função operacional.
Faça a interligação entre os dispositivos e cite suas respectivas denominações:
Simbologia Denominação
Função / dispositivo
Dispositivo de proteção do
circuito terminal
Dispositivo de seccionamento
Dispositivo de controle
Carga
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 02
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA - 02
ASSUNTO: TESTE DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NOS CIRCUITOS
DE COMANDO E FORÇA INDUSTRIAL.
1. OBJETIVOS
Capacitar o aluno a executar testes e ensaios nos diversos componentes de circuitos de
comandos industriais e circuitos de força, que irá utilizar durante as montagens
eletromecânicas na Oficina de Prática Profissional.
Empregar o teste série, multímetro, alicate volt-amperímetro e teste néon na aplicação
dos testes e ensaios dos componentes.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Fig.2
3. MATERIAL EMPREGADO
ITEM ESPECIFICAÇÃO QUANT UNID
01 Contator 3TB44 17-0 A -220V-60Hz-Siemens (2NA+2NF) 01 um
02 Contator 3TB42 12-0 A -220V-60Hz-Siemens (1NA+1NF) 01 um
03 Contator 3TB42 17-0 A -220V-60Hz-Siemens (2NA+2NF) 01 um
04 Contator 3TB40 10 0 A - 380v-60Hz-Siemens (1NA) 01 um
05 Contator 3TF44 22 0 A - 220V-60Hz-Siemens (2NA+2NF) 01 um
06 Contator LC1-D093 - 220V-60Hz-Telemecanique 01 um
07 Bloco Aditivo de contatos LA1-D-(1NA+1NF)-Telemecanique 01 um
08 Bloco Aditivo de contatos LA1-D-(2NA+2NF)- Telemecanique 01 um
09 Relê bimetálico de sobrecarga 3UA50(0,63-1 A)-Siemens 01 um
10 Relé bimetálico de sobrecarga 3UA50(2,5-4 A)-Siemens 01 um
11 Relé bimetálico de sobrecarga 3UA50(4-6,3 A)-Siemens 01 um
12 Relé bimetálico de sobrecarga 3UA43(4-5 A)-Siemens 01 um
13 Relé bimetálico de sobrecarga LR1-D093-Telemecanique 01 um
14 Relé de tempo 7PU06-220V-60Hz (0-60seg) - Siemens 01 um
15 Relé de tempo RYΔ-220V-60Hz (0-30seg) - Altronic 01 um
16 Fusível NH 3NA3 805 00 - 16 A - 500V - Siemens 03 um
17 Fusível diazed 5SB2 11/ 21 - 2/4 A - 500V - Siemens 01 um
18 Botão de comando NA/NF-3SB03 01 em cx blindada - Siemens 03 um
19 Dispositivo de sinalização 3SB01 04 com lâmpada 220V-VM/VD 02 um
em cx blindada- Siemens
20 Chave seccionadora rotativa PACCO 25 A - 500V 01 uma
21 Chave Bóia NI / NS - 10 A - 500V 02 uma
22 Relé Fotoelétrico RTF-220V Stieletrônica NA / NF 02 um
23 Relé Fotoelétrico FLNF - 220V- LINSA 01 um
24 Base para relé fotoelétrico universal - 3 fios 01 uma
25 Chave soft-starter 01 um
26 Inversor de frequência 01 Um
4. PROCEDIMENTOS DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
Durante a realização dos testes nos diversos componentes, existirão partes metálicas vivas
que não estão protegidas contra contatos acidentais, por isso levam risco de choques
elétricos. Portanto tenha o máximo de cuidado ao manusear o teste série, o multímetro ou o
teste néon, e cada peça a ser submetida a tensão elétrica. O trabalho é simples e para que
possa se desenvolver com segurança e tranqüilidade, exige por parte do aluno muita atenção
e concentração. CUIDADO! Você vai lidar com tensões na ordem de grandeza de 220 e
380VCA.
Para facilitar a identificação da atuação dos fusíveis diazed, existe um indicador de cor na
4.3- Teste dos Fusíveis NH e Diazed:
geralmente abaixo do nível do solo, tipo cisterna. Tem os seus terminais de contato aberto
quando posicionada na vertical, o que corresponde ao reservatório contendo um nível
mínimo ou estando vazio. Quando o resevatório esta com um nível satisfatório ou mesmo
cheio, a bóia se posiciona na horizontal o que corresponde aos terminais de contato
fechado e dando continuidade.
A chave bóia Nível superior empregada em caixas d’água, tem um comportamento inverso
a do nível inferior, uma vez que na posição horizontal os seus contatos se apresentam
abertos e na posição vertical os contatos estão fechados.
Para se proceder o teste destas chaves basta colocar as pontas de prova do teste série nas
extremidades dos fios que saem da bóia, e que estão conectados aos terminais de contato
interno da mesma, e segurando-a com a mão proceder o movimento de mudança de
posição da horizontal para vertical e vice-versa, simulando desta maneira a alteração no
nível do líquido do reservatório. Caso haja correspondência entre o posicionamento da bóia
com a abertura e fechamento do contato respectivamente, verificamos que a mesma esta
em condições adequadas de operação. Caso contrário a bóia esta danificada.
Uma maneira de proceder o teste do relé fotoelétrico (NF) na Oficina de Prática, é alimentar
4.8- Teste do Relé Fotoelétrico:
uma carga através de seu contato auxiliar e simular a presença da luz solar utilizando a
lâmpada incandescente do teste série. Desta maneira pode-se sensibilizar o fotoresistor
fazendo com que o contato auxiliar NF do relé fotoelétrico abra desenergizando a carga
(bobina do contator). Caso contrário o relé fotoelétrico se encontra defeituoso. Para se
efetuar o teste do relé fotoelétrico NA, proceda de maneira semelhante, observando-se que
a atuação do relé é de maneira inversa a do NF.
5.2- Qual a faixa de tensão que uma bobina de um contator pode operar normalmente,
segundo as especificações do fabricante:
contator com bobina de 220V:
5.3- Alguns fabricantes empregaram uma alternativa tecnológica para aumentar o número de
contatos auxiliares disponíveis em um contator normal da linha de fabricação. Qual foi esta
alternativa ?
5.4- Quais os prováveis defeitos que poderiam ocorrer se fosse utilizado um contator para
alimentar uma carga maior do que a capacidade nominal do mesmo ?
5.6- Analise as alternativas a seguir relacionadas e assinale uma alternativa correta para cada
questão:
5.6.1- Os relés térmicos funcionam tendo como princípio:
a) A elevação da temperatura e dilatação dos metais no sentido longitudinal;
b) Pelo efeito térmico da corrente elétrica e coeficiente diferentes de dilatação
dos metais;
c) Sobreposição de metais diferentes e efeito joule provocado pela corrente
elétrica;
d) A soldagem de ferro e níquel e aquecimento pela corrente elétrica.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 02
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ANOTAÇÕES
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 03
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 03
1. OBJETIVOS
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
As chaves manuais são interruptores com acionamento manual por alavanca, apropriadas
para manobrar diversos tipos de carga, em particular para controlar motores elétricos.
Consistem de um mecanismo com cames acionados por um eixo comum, acoplado a uma
alavanca, sobre o qual são montados excêntricos, que pelo seu giro, movimentam os contatos
móveis, efetuando assim o fechamento ou a abertura dos contatos. O ângulo de manobra
entre cada posição de operação, é normalmente de 45°.
Conforme o número e disposição dos elementos de manobra, estas chaves tem sua aplicação
como simples chave liga-desliga, chave reversora (para mudança no sentido de rotação de
motor), chave comutadora estrela-triângulo (para partida de motor trifásico acima de 5cv até
10cv - NT001 COELCE), chave comutadora Y-Δ com reversão, chave comutadora série-
paralelo Y ou Δ (para partida de motor trifásico de 12 terminais), chave comutadora para
motor de duas velocidades - Dahlander, chave comutadora para motor de duas velocidades -
Dahlander com reversão.
Particularmente as chaves manuais tem sua maior aplicação no meio rural ou mesmo em
instalações de pequeno porte tipo pequenas oficinas, onde normalmente as instalações são
mais modestas e não se justifica um investimento maior com o dispositivo de comando.
No entanto a grande desvantagem da chave manual, e que até certo ponto explica o seu
desuso em instalações de maior porte, é que o tempo de comutação depende do operador,
sujeitando que quando do acionamento de motores, a mudança seja efetuada no momento
inadequado da partida. Este é o caso da chave Y-Δ, pois quando da passagem de Y para Δ se
o operador não tiver bastante experiência e sensibilidade, e o instante da mudança não for
bem definido, a comutação poderá ser efetuada em um tempo menor ou maior do que o
realmente necessário, o que implicaria num pico indesejável de corrente. Dessa maneira a
utilização da chave não proporcionaria nenhuma vantagem para a instalação. Outra
desvantagem desse tipo de chave que deve ser levada em consideração, é sobre a
recomendação de que a chave deve ser instalada fisicamente próximo ao motor que vai
comandar, não sendo indicada para comando à distância.
Se levar em consideração somente o custo do material em si, verifica-se facilmente a
vantagem da chave manual em relação ao comando automático, que na maioria das
aplicações envolve vários componentes.
Podemos também afirmar que de um modo geral a manutenção das chaves manuais é mais
simples do que os comandos automáticos.
De qualquer forma cabe ao Técnico projetista ou de manutenção optar entre a chave manual e
o comando automático a ser utilizado, que para isso deverá considerar vários aspectos, entre
os quais citamos: tipo da instalação, tipo de carga a ser acionada, normas da Concessionário
local, freqüência de operação, local e ambiente a ser instalada, além do aspecto econômico-
financeiro como um todo.
Chave reversora: A chave reversora manual efetua a inversão no sentido de rotação de motor
trifásico, através da troca de ligação de duas fases de alimentação do motor. Esta chave
tripolar também pode ser aplicada para reversão no sentido de rotação do motor monofásico,
onde a mudança no sentido de rotação se dá pela troca de ligação dos terminais 5 pelo 6, o
que corresponderá a mudança de polaridade no momento da partida do enrolamento principal
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 29
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 03
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0
1 2
1 2 3
M 3Ø
M 3Ø
FIG. 2 a FIG. 2 b
Chave blindada com alavanca de Diagrama esquemático da chave reversora
acionamento manual tipo reversora manual para partida direta de MIT
Chave Estrela-Triângulo: Chaves de partida Y-Δ destinam-se a partida de motores que pelo
seu tamanho e condições de carga, não podem ser ligados diretamente com a tensão da rede.
Nos casos normais o limite permitido sem chave de partida, é de 5cv. Para valores superiores
há necessidade de limitar a corrente de partida.
A chave Y-Δ propicia que os enrolamentos do motor sejam ligados no primeiro momento, em
estrela, durante o tempo necessário para o motor atingir a sua velocidade nominal ou próximo
dela. Uma vez estabelecidas as condições nominais, passa-se à ligação triângulo, que é a
ligação permanente em regime nominal.
Observamos que a chave Y-Δ só pode ser usada em motores que tenham a possibilidade de
ligação em dupla tensão, e a tensão de linha da rede deve coincidir com a tensão na ligação
triângulo do motor.
Na partida estrela-triângulo os enrolamentos do motor ficam ligados na fase de partida e na
fase de regime, conforme os diagramas de ligação apresentados a seguir:
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 30
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 03
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R S T R S T
1 2 3 1 2 3
4 5 6
4 5 6
Y Δ
FIG.2 c
Chave blindada com alavanca de acionamento tipo Y-Δ
Nesta prática o aluno vai trabalhar com as chaves manuais reversora e estrela-triângulo. A
chave série-paralelo poderá ser trabalhada como exercício opcional. A prática consiste em
fazer a identificação dos pontos de ligação de cada chave, com os condutores da rede (R,S,T)
e com os terminais do motor, pois no dia a dia é muito comum o técnico de manutenção se
deparar com chaves que perderam a numeração e identificação de referência, além de
também não dispor dos esquemas de ligação.
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTOS DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
Durante a identificação e ligação das chaves manuais, você vai se deparar com componentes
e partes metálicas condutoras que não estarão protegidos contra contatos acidentais. Tenha o
máximo de cuidado pois estarão presentes no circuito tensões de 220V e 380V. Não seja
precipitado. Qualquer dúvida solicite a presença do professor na sua bancada de trabalho.
Check Procedimento
List
A Identificação dos pontos de ligação:
Examine a chave reversora manual observando os seus contatos fixos e móveis,
os jampes de interligação e todos os detalhes.
Acione a alavanca para a esquerda, para a direita e ponto zero e verifique a
correspondência da posição da alavanca com estas 3 posições.
Observe que na posição zero os contatos referente aos 3 polos de um lado, estão
abertos (seccionados) em relação aos 3 contatos na posição central ou na outra
extremidade (depende do modelo da chave).
Para facilitar a identificação utilize os desenhos representativos do corpo da
chave (vista de cima), fig.4a ou 4b.
Nestes esquemas desenhe todas as ligações (jampes) que a chave dispõe, para
as 3 posições operacionais: ZERO, ESQUERA, DIREITA (3 desenhos).
Observe que existem modelos de chaves que dispõem de alguns contatos na sua
lateral. Desenhe também estes contatos no esquema.
Utilize o teste série para verificar os pontos da chave que estão dando
continuidade e os que estão seccionados, sempre dois a dois.
Você deve desenhar no esquema do corpo da chave, todas as informações
obtidas pela visualização do teste de continuidade relativas ao fechamento ou
abertura de contatos. Lembre-se dos jampes existentes na chave e que podem
sinalizar um fechamento falso de contato.
Inicie o teste com a chave na posição ZERO. Nesta posição todos os contatos
devem estar seccionados, portanto mantenha o primeiro esquema como esta.
Acione a alavanca para a esquerda e proceda o teste de continuidade. Utilizando
o segundo desenho esquemático, marque com um traço os pontos de contatos
que fecharam;
Retorne a alavanca para a posição zero;
Acione a alavanca para a direita e proceda o teste de continuidade. Utilizando o
terceiro desenho, marque com um traço os pontos de contatos que fecharam.
Com os esquemas preenchidos pelas informações do teste de continuidade,
batize os pontos de um lado da chave como sendo o lado da fonte (R,S,T), e o
outro lado com os números referenciais dos terminais de alimentação do motor
(ex. 1,2,3), que correspondem ao lado da carga. Coloque as referencias dos
polos da rede R,S,T e dos terminais do motor em todos os 3 esquemas.
Observe que a chave na posição zero os terminais da rede estão seccionados
dos terminais do motor. Na posição para a direita a chave alimenta os terminais
do motor na seqüência de fases R,S,T, e quando a chave estiver comutada para
o lado esquerdo, os terminais do motor recebem a seqüência de fases S,T,R,
ocorrendo então a mudança no sentido de rotação do MIT.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 03
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Check Procedimento
List
B Ligação da chave e acionamento do motor:
Antes de iniciar a montagem certifique-se que o disjuntor geral do painel esta
desligado.
Utilize o painel e faça a montagem do circuito apresentado no diagrama da fig.
2b, empregando a chave reversora que você acabou de identificar.
Use um plug tripolar com cordão flexível para fazer a ligação entre os fusíveis NH
e a rede, que no painel corresponde a tomada de corrente trifásica.
Verifique quais as tensões de placa do MIT que esta disponível e proceda o
fechamento das ligações. Se 220/380V,feche em Y. Se 380/660V, feche em Δ.
Faça a interligação de 3 terminais do MIT (ex. 1,2,3) com um lado da chave.
Check Procedimento
List
A Identificação dos pontos de ligação:
Examine a chave Y-Δ manual observando os contatos fixos e móveis, os jampes
de interligação e os três pontos fechados entre si através também de jamper.
Acione a alavanca para a posição Y até o final do cursor, retorne a alavanca ao
zero e passe para a posição Δ. Observe que na posição zero os contatos estão
abertos (seccionados).
Para facilitar a identificação utilize os desenhos representativos do corpo da
chave (vista de cima), fig.4c ou 4d.
Nestes esquemas desenhe todas as ligações (jampes) que a chave dispõe, para
as 3 posições operacionais: ZERO, Y e Δ (3 desenhos).
Observe que existem modelos de chaves que dispõem de alguns contatos na sua
lateral. Desenhe também estes contatos no esquema.
Utilize o teste série para verificar os pontos da chave que estão dando
continuidade e os que estão seccionados, sempre dois a dois.
Você deve desenhar no esquema do corpo da chave, todas as informações
obtidas pela visualização do teste de continuidade relativas ao fechamento ou
abertura de contatos. Lembre-se dos jampes existentes na chave e que podem
sinalizar um fechamento falso de contato.
Inicie o teste com a chave na posição ZERO. Nesta posição todos os contatos
devem estar seccionados, e o desenho deve apresentar os contatos abertos.
Acione a alavanca até o fim do cursor para a posição estrela (Y) e segure firme
pois nesta posição a chave não fixa a alavanca, tendo em vista que a ligação Y é
momentânea, só para a fase de partida do motor. Proceda o teste de continuidade
e a medida que for sendo sinalizada pela lâmpada a existência de um contato
fechado, marque um traço no desenho esquemático correspondente (Posição Y).
Após a indicação no esquema da chave dos contatos que deram continuidade
nesta posição, verifique quais os 3 contatos que estão fechando com os 3 pontos
curtocircuitados, que vem originalmente na chave. Estes 3 pontos devem
corresponder aos terminais do motor que serão ligados para fazerem o
fechamento da estrela. Batize estes 3 pontos como sendo, por exemplo, 4,5,6.
Comute a alavanca para a posição triângulo (Δ).
Utilize novamente o teste série para verificar os pontos da chave que estão dando
continuidade, agora na posição Δ. Utilize o terceiro desenho esquemático e
marque com um traço estes pontos de contatos que fecharam;
Lembre-se que na posição Δ os 3 pontos da chave em curto-circuito, observados
quando da posição Y, devem estar seccionados dos terminais já batizados 4,5,6.
Verifique então quais os pontos que fecharam com o 4, com o 5 e com o 6,
respectivamente, sempre dois a dois. Batize estes pontos, por exemplo, como
sendo 2,3,1, ou seja, 2-4, 3-5 e 1-6, que corresponde a ligação Δ.
Complete a numeração dos terminais do motor (1,2,3,4,5,6) nos 3 desenhos
esquemáticos da chave. Falta definir os pontos de ligação da rede (R,S,T).
O motor ao ser energizado através da chave, deve receber a alimentação da fase
R no terminal 1, a fase S no terminal 2 e a fase T no terminal 3, tanto na ligação Y
como na ligação Δ. Lembre-se que a chave na posição zero os terminais da rede
devem estar seccionados dos terminais do motor.
Concluída a identificação dos pontos terminais da chave Y-Δ, confira nos
esquemas desenhados, as 3 posições operacionais: zero, Y, Δ.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 03
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ZERO Y Δ
Fig.4c
ZERO Y Δ
Fig. 4d
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R S T
Y M
3Φ
Δ
Fig. 4e
Check Procedimento
List
B Ligação da chave Y-Δ e acionamento do motor
Antes de iniciar a montagem certifique-se que o disjuntor geral do painel esta
desligado.
Utilize o painel e faça a montagem do circuito apresentado no diagrama da fig.
4e, empregando a chave Y-Δ que você acabou de identificar.
Use um plug tripolar com cordão flexível para fazer a ligação entre os fusíveis NH
e a rede, que no painel corresponde a tomada de corrente trifásica.
Faça a interligação com fio flexível, entre os fusíveis NH e os terminais R,S,T da
chave.
Faça a interligação dos 6 terminais do MIT (1,2,3,4,5,6) com os respectivos
terminais da chave Y-Δ.
Concluída a montagem do circuito, chame o professor para conferir as ligações.
Caso esteja tudo OK, ligue o disjuntor geral do painel e proceda o acionamento da
chave manual, acionando a alavanca primeiro para aposição Y por um período de
aproximadamente 10 seg. Observe que o motor deverá partir com tensão
reduzida.
Caso contrário, desligue imediatamente a chave e revise as ligações
Se a partida foi dentro da normalidade, utilize um voltímetro em escala adequada
e faça a medição da tensão em uma das bobinas do motor, verificando se a
tensão medida corresponde a 380V/√3 = 220V, que é a tensão aplicada ao motor
no momento da partida.
Passado o período do regime de partida do motor, acione a alavanca fazendo a
comutação para Δ.
Caso a comutação seja OK, comprove ainda com um voltímetro sobre os
terminais da mesma bobina, qual o valor de tensão na ligação Δ, que deve
corresponder a aproximadamente 380V.
Caso contrário, desligue imediatamente a chave e reveja as ligações.
Se as ligações transcorreram normalmente, retorne a alavanca para a posição
zero e desligue o MIT. Aguarde que o mesmo pare totalmente.
5.1- Cite quais as vantagens da utilização das chaves manuais em relação ao comando
automático;
5.2- Cite quais as desvantagens da utilização das chaves manuais em relação ao comando
automático;
5.3- Qual o procedimento que se deve fazer para mudar o sentido de rotação de um motor
trifásico ?
5.4- Qual o principal objetivo da utilização da chave Y-Δ manual na partida de motor ?
5.5- Faça a representação esquemática das bobinas de um MIT com tensões de placa
220/380V e explique por que quando a tensão de linha for de 220V este motor pode ser
acionado com chave Y-Δ e quando a tensão de linha for de 380V a mesma não se
presta para tal ?
5.6- Qual a limitação do valor de potência nominal que a Concessionária local prescreve
para a utilização da chave Y-Δ manual na partida de motor ?
5.7- Quais as tensões de placa que um MIT deve ter para que o mesmo possa partir com
chave Y-Δ numa rede cuja tensão de linha é de 380V ?
5.8- Verifique se é possível um MIT que tenha as tensões de placa 220/380/440/760V ser
acionado com chave Y-Δ.
5.9- O que ocorreria se você ligasse um MIT com tensões de placa 220/380V, com uma
chave Y-Δ, numa rede cuja tensão de linha fosse de 380V ?
5.10- E na rede com tensão de linha de 440V, é possível acionar um MIT de 12 terminais
pelo método de partida Y-Δ ?
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 04
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 04
1. OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a aplicação de método prático para identificação do começo e fim
de cada enrolamento de fase, do motores de indução trifásico que disponha de 6 (seis)
terminais acessíveis externamente, e que tenham perdido a marcação característica.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
No dia a dia de uma oficina típica de recuperação de motores, na indústria de um modo
geral, ou mesmo em qualquer outro tipo de instalação elétrica onde o uso do motor elétrico
é um componente obrigatório, nos deparamos com os mais variados tipos e modelos de
motores existentes, dentre os quais verificamos com freqüência a falta dos terminais
marcados, e por vezes não possuem nem os dados de placa. A grande maioria destas
máquinas são motores de indução de 6 (seis) terminais, que devido a sua simplicidade
construtiva, robustez e baixo custo, se constituem nos motores de maior aplicação.
Normalmente as informações que um técnico ou instalador dispõe sobre o motor nestas
condições, podem ser resumidas nos seguintes itens:
Tipo de motor: se é de indução, com rotor em gaiola, etc;
Número de fases: se é monofásico ou trifásico ;
Tensão de alimentação da instalação: se a tensão de linha é de 220V, 380V ou 440V;
Número de terminais acessíveis: se dispõe de 6, 9 ou 12 terminais.
Para identificação dos terminais do motor, o técnico deve em primeiro lugar, determinar a
continuidade das bobinas, de maneira a definir o par de terminais de cada enrolamento.
Após o agrupamento de cada par de terminais, você deverá proceder as ligações do motor
de tal forma que ele funcione similarmente como um transformador, onde uma das bobinas
corresponderá ao primário e as outras duas bobinas ligadas em série, corresponderão ao
secundário. O passo seguinte é alimentar uma das bobinas (primário) com a fonte de
tensão/corrente monofásica da bancada de trabalho, e interligar as outras duas de maneira
que uma das pontas de cada enrolamento sejam ligadas entre si, e as outras duas pontas
interligadas com o soquete de uma lâmpada incandescente (veja diagrama esquemático no
item 4).
Dessa forma obtém-se a identificação do começo e fim ou fim e começo correspondentes
as duas bobinas que foram interligadas em série.
Durante os testes, caso a lâmpada não apresentar o filamento incandescente, é porque
foram ligados terminais das bobinas começo com começo e fim com fim, o que corresponde
ao surgimento de campos magnéticos contrários nas respectivas bobinas, daí o motivo da
lâmpada não “acender”.
Quando ocorrer esta situação deve-se inverter as ligações do secundário e repetir o teste
anterior.
Para identificar a bobina restante, que estava inicialmente funcionando como primário do
transformador, procede-se a permuta das ligações trazendo um dos enrolamentos já
identificados para ser o primário, enquanto esta bobina deve ser interligada com a outra
também já identificada, formando então o secundário.
Repete-se todos os passos anteriores até que se identifique o começo e fim da bobina
restante, e por conseguinte, possa concluir a identificação dos dois últimos terminais.
O motor de 6 (seis) terminais possui na placa de identificação, as bobinas representadas
com os números: 1 – 4, 2 – 5, 3 – 6, sendo considerado por convenção, começo de
bobina, os números 1, 2 e 3, enquanto fim de bobina corresponde aos números 4, 5 e 6.
Caso o motor não disponha da placa de identificação e seja necessário determinar o valor
da potência nominal, mesmo de forma aproximada, deve-se primeiro identificar os
terminais, depois efetuar a ligação do motor na rede e realizar a leitura instantânea de
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 04
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corrente, com o auxílio de um alicate volt-amperímetro. Estipulando valores médio para o fator
de potência (ex. FP = 0,93) e para o rendimento (ex. = 0,88), chega-se facilmente ao valor da
potência nominal [P(cv) = (3. U.I. cos . ) / 736 Observe que o motor esta funcionando em
vazio, então para que a leitura instantânea de corrente se aproxime da realidade, e o cálculo da
potência seja mais preciso, é necessário que haja a simulação das condições de funcionando
do motor com carga, e para isto basta você pegar um pedaço de madeira de dimensões
adequadas, segura-lo firmemente com as duas mãos e mantê-lo pressionado sobre o eixo do
motor. Dessa maneira pode-se ter uma idéia da magnitude do motor, em termos de potência
nominal.
Fig. 2.1
DIAGRAMAS DE LIGAÇÕES
1 2 3
1 2 3 1 2 3
4 5 6 4 5 6 4 5 6
Fig. 2.2
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MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
CUIDADO! DURANTE A IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DOS MOTORES DE INDUÇÃO
TRIFÁSICO, EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS
CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V E 380V.
ANTES DE INICIAR OS TESTES E APÓS CONCLUIDA A IDENTIFICAÇÃO, ANTES DE
ENERGIZAR O CIRCUITO PARA ALIMENTAÇÃO DO MOTOR, SOLICITE A PRESENÇA DO
PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
Fig. 4.1.3
4.1.4- Maneje o teste série de maneira que as pontas de prova toquem em 2 (dois) terminais
de bobinas escolhidos aleatoriamente (fig. 4.1.4);
Fig. 4.1.4
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 04
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
4.1.5- Caso a lâmpada não acenda na 1a tentativa, permaneça com uma das pontas de prova
fixa em um dos terminais de bobina, enquanto a outra ponta é permutada de um
terminal para outro até a lâmpada acender;
4.1.6- No instante que a lâmpada sinalizar significa que foi verificada a continuidade de uma
bobina, e consequentemente, determinado o par de terminais do enrolamento (fig.
4.1.6);
Fig. 4.1.6
4.1.7- Faça o agrupamento destes dois pares de terminais, tendo o cuidado de separá-los dos
demais, amarrando-os com um pedaço de fio esmaltado. Este detalhe é importante pois
evitará que você confunda os pares de terminais dos outros enrolamentos após ter
verificada a continuidade;
4.1.8- Repita os procedimentos anteriores até que se obtenha os pares de terminais das outras
duas bobinas;
4.2.1- Neste procedimento você vai efetuar as conexões dos terminais do motor de maneira a
utiliza-lo similarmente como um transformador. Para isso interligue os terminais de duas
bobinas (ex. bobina B e bobina C) entre si e os terminais do soquete de louça de uma lâmpada
incandescente (L), e alimente a outra bobina (ex. bobina A) com 220V da fonte monofásica da
tomada de corrente, conforme fig. 4.2.1.
Fig. 4.2.1
4.2.2- Neste teste você vai determinar o começo e fim ou fim e começo das bobinas B e C.
Lembre-se que por convenção os dígitos 1, 2 e 3 são batizados como começo de enrolamento,
enquanto os dígitos 4, 5 e 6 são definidos como fim de enrolamento;
4.2.3- Caso a lâmpada de prova não acenda, significa que as bobinas B e C estão originando
campos magnéticos contrários, por conseguinte os enrolamento das bobinas estão ligados
começo com começo e fim com fim (fig. 4.2.3);
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 41
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 04
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Fig. 4.2.3
4.2.4- Neste caso inverta as ligações da bobina B com a bobina C, de acordo com a fig.4.2.4.
A lâmpada agora deve sinalizar com o filamento incandescente;
Fig. 4.2.4
4.2.5- Com os terminais das bobinas B e C definidos em começo e fim, batize-os com as
numerações convencionais, conforme exemplo da fig. 4.2.5;
F 4 F 6
Fig. 4.2.5
4.2.6- Para efetuar as marcações dos terminais dos enrolamentos já identificados, utilize
pedaços de fio esmaltado e enrole em volta do fio isolado do terminal, um número de voltas
que corresponda a numeração arbitrada da convenção:
Terminal N 1 (início de bobina) - enrolar o fio esmaltado fazendo uma volta;
Terminal N 2 (início de bobina) - enrolar o fio esmaltado fazendo duas voltas;
Terminal N 3 (início de bobina) – enrolar o fio esmaltado fazendo três voltas;
Terminal N 4 (fim de bobina) – enrolar o fio esmaltado fazendo quatro voltas;
Terminal N 5 (fim de bobina) – enrolar o fio esmaltado fazendo cinco voltas;
Terminal N 6 (fim de bobina) – enrolar o fio esmaltado fazendo seis voltas.
4.2.8- Permute a bobina A com uma das bobinas já identificadas (B ou C). Vamos considerar
que você escolheu para permutar a bobina A com a bobina B. As ligações devem ficar de
acordo com a fig. 4.2.8;
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Fig. 4.2.8
4.2.9- Caso a lâmpada L não apresente o filamento incandescente, é porque foram interligados
terminais começo com começo e fim com fim, fig. 4.2.9;
A
B
Fig. 4.2.9
4.2.10- Inverta as ligações da bobina A com a bobina C, e repita o teste, que neste caso deve
apresentar a lâmpada com o filamento incandescente, fig. 4.2.10;
Fig. 4. 2.10
Bobina A C 2
F 5
Fig. 4.2.11
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 04
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Fig. 4.3 a
A chave manual deve ser alimentada através da rede trifásica, por meio da alimentação
derivando dos fusíveis NH e destes para a tomada de corrente tripolar, através de um plug
tripolar com cordão flexível, fig. 4.3b.
R S T
e1
Motor
3
~ 380V – 60Hz
Chave
reversora
tripolar
Fig. 4.3b
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5.2- Explique por que um MIT com tensões de placa 220/380V não deve ser ligado em
triângulo numa rede cuja tensão de linha seja de 380V.
5.3- Considerando o mesmo MIT da questão anterior, se a rede tivesse tensão de linha de
220V, como deveria ser ligado ?
5.4- Você esta procedendo a identificação dos terminais de um MIT de 6 pontas, pelo método
do teste série e lâmpada incandescente. Quando você esta fazendo a separação dos
pares de terminais, testando a continuidade de cada enrolamento, observa que dois pares
são facilmente agrupados, mas no 3o par, a lâmpada do teste série não acende. O que
poderia estar ocorrendo ? Cite pelo menos 3 possibilidades;
5.5- Você esta fazendo a identificação de um MIT, com 6 terminais, que não possui placa de
identificação fixa na carcaça. Após a identificação dos terminais, o motor é ligado na rede
e funciona normalmente. Qual seria uma maneira de determinar o número de polos desse
MIT, sem no entanto, ser necessário abri-lo ?
5.6- Determine a potência nominal em CV, do motor que você realizou a identificação dos
terminais durante a prática. Descreva o procedimento.
PRÁTICA 05
1. OBJETIVOS
Conhecer as diretrizes gerais para partida direta de motor de indução trifásico a plena
tensão.
Familiarizar o aluno com a montagem de circuitos de comando eletromagnético e de força,
utilizados na partida direta de motor trifásico.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
A partida direta de motor de indução trifásico, a plena tensão, é empregada nos casos em que
a corrente de partida atingir valores razoavelmente reduzidos, como no caso de motores
trifásicos que possuam pequenos valores de potência nominal (potência fracionada ou
potência inteira até 5cv) ou em situações que seja preciso se empregar todo o conjugado no
instante da partida, como exemplo de motores que necessitam partir com plena carga no eixo.
São situações antagônicas em termos de magnitude de valores de corrente, mas que de uma
maneira ou de outra, recebem plena tensão na alimentação das bobinas na fase de partida e
permanecem alimentados com esta tensão durante a fase de regime.
Para que haja uma escolha adequada do método que deve ser empregado na partida do
motor, é de fundamental importância comparar as grandezas de conjugado de partida do
motor, com o conjugado resistente da carga, sendo condição necessária que o primeiro seja
no mínimo igual ao segundo (C.motor C.carga), de maneira que o motor possa partir
satisfatoriamente.
Na prática deve se utilizar no dimensionamento das potências de motores da categoria N
(MOTORES DE APLICAÇÃO GERAL), que acionam a maioria das cargas de aplicação geral,
motores que possuam características de conjugado nominal no mínimo superior a 30% do
conjugado resistente da carga a que ele vai acionar, de maneira a garantir uma certa folga que
contribua favoravelmente durante o período do regime de partida, propiciando que o conjugado
de partida do motor seja suficiente para acelerar a carga até a velocidade de regime .
Normalmente as Concessionárias Distribuidoras de Eletricidade, estabelecem que só é
permitido utilizar o método de partida a plena tensão, para motores trifásicos até 5 cv, quando
a unidade de consumo for alimentada diretamente através da rede pública de suprimento de
baixa tensão. Esta exigência se prende ao fato de que quando a corrente de partida atinge
valores razoavelmente elevados, podem surgir as seguintes consequências prejudiciais para o
Nas situações de motores com potência nominal acima de 5 cv, ou genericamente que
possuam potência elevada, deve-se analisar se na fase de partida eles podem afetar o
funcionamento de outras cargas da instalação, que neste caso exige uma solução adequada
como a aplicação do método de partida com tensão reduzida, ou mesmo prever a alimentação
do motor através de circuitos exclusivos e independentes, derivando diretamente do Quadro
Geral de Força (QGF), prever a alimentação através de transformadores exclusivos ou
mesmo a instalação ser suprida em Tensão Primária de Distribuição, onde os efeitos
prejudiciais dos elevados valores da corrente de partida, ficam limitados setorialmente na
própria instalação interna da unidade consumidora. Nesta situação deve-se programar a
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3. MATERIAL EMPREGADO
ATENÇÃO!
CUIDADO! DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, EXISTIRÃO
PARTES CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS
ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V E 380V. AO CONCLUIR A
MONTAGEM, ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO
PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
e21
e4 95
96
b0
b1 13 23
K1 K1
14 24
A1 h1
K1
N
A2
Fig.4.1a
F 220V – 60Hz
e21
e4 95
96
b0 NS
13 23
b1 K1 K1
14 24
h1
K1 A1
NI
N A2
Fig. 4.1b
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R 380V – 60Hz
e1
Q1
1 3 5 A1
K1
2 4 6
A2
e4 95
96
Concluída os ensaios, desligue o disjuntor geral do painel, retire o plug tripolar da tomada
trifásica de alimentação do circuito de força e os plugs da tomada monofásica de
alimentação do circuito de comando;
Proceda a desmontagem dos circuitos e guarde ordenadamente nos seus devidos locais,
todos os componentes e ferramentas utilizados na prática.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 05
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5.1- Desenhe o diagrama integrado do circuito para partida direta de MIT, com acionamento
local e a distância por botoeiras, empregando a simbologia normalizada;
a) Os botões de comando são identificados pelas letras ____ ou ____, sendo usada a
letra/índice (0) _____ ou _____ para o botão normalmente fechado (NF) e a letra/índice
(1) _____ ou _____ para o botão normalmente aberto (NA);
b) O botão fechador ou liga o circuito, é um botão com contato _____, enquanto o botão
abridor ou desliga o circuito, é um botão com contato _____;
g) Os relés térmicos e fusíveis são identificados pelas letras _____ou _____, sendo
empregada a letra/índice _____ ou _____ para relés, enquanto para fusíveis utilizam-se as
seguintes letras/índices: Fusível no circuito de comando: ______ ou ______.
Fusível no circuito de força: ______ ou ______.
5.4- Qual o significado dos dígitos que referenciam os contatos de um contator, impressos nas
peças e representados nos diagramas dos circuitos ?
5.5- Descreva de maneira sucinta, a seqüência operacional do circuito montado nesta prática;
5.6- Desenhe o diagrama de comando para partida direta de MIT, num local onde não se
dispõe do condutor neutro, mas somente das três fases.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 06
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 06
1. OBJETIVO
Efetuar o acionamento do motor de indução monofásico com partida à capacitor, utilizando
comando remoto por botoeiras e contator, e automático por chaves bóias.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
A utilização do motor de indução monofásico de pequena potência é bastante frequente na
maioria das instalações residenciais, comerciais e industriais onde a alimentação de energia
elétrica é proporcionada através de uma rede monofásica de corrente alternada, bem como em
todas as instalações bifásicas ou trifásicas onde normalmente há necessidade da aplicação de
motores de pequeno porte, que operando a partir de circuitos monofásicos, acionam várias
máquinas, tais como: bombas hidráulicas, compressores, máquinas de lavar de maior porte,
máquinas de costura, ventiladores, furadeiras, aspiradores, condicionadores de ar, unidades
refrigeradoras, e de um modo geral, quando se tratar do motor monofásico com partida a
capacitor (Fig.2.1), em toda instalação onde se requerem motores monofásicos que
desenvolvam torques de partida elevados.
do estator, só que de sentido oposto, de modo que não é produzida nenhuma componente útil
de torque e por conseguinte não produz nenhum conjugado de partida.
Para que haja torque líquido resultante não nulo, e o motor possa girar, é empregado
construtivamente dois enrolamentos no estator, o enrolamento principal ou efetivo e o
enrolamento auxiliar. O enrolamento principal é distribuído nas ranhuras, uniformemente
espaçados em volta do estator. O enrolamento auxiliar, ligado em paralelo com o principal, é
também distribuído uniformemente em volta do estator, mas que começa em ranhuras
defasadas de 90° elétricos do início do enrolamento efetivo. A corrente do enrolamento de
partida esta adiantada em relação a corrente do enrolamento principal, não necessariamente
de 90°, mas o suficiente para que haja defasamento no tempo, uma vez que devido a forma
construtiva de montagem deste enrolamento nas ranhuras, já existe um defasamento no
espaço. Portanto a finalidade essencial do enrolamento auxiliar, é produzir a rotação do rotor.
A fim de melhorar o torque de partida relativamente baixo no motor de fase dividida, adiciona-
se um capacitor ao enrolamento auxiliar, para produzir um defasamento próximo aos 90° entre
as correntes nos enrolamentos de partida e de funcionamento. Como o enrolamento auxiliar só
é necessário na fase de partida, uma vez que ao ser posto a girar num dado sentido, ele
permanece neste sentido devido ao torque líquido resultante, o enrolamento auxiliar é
desligado do circuito através da abertura de uma chave centrífuga, constituída de expansor e
platinado, permanecendo então o motor sendo alimentado somente pelo enrolamento efetivo.
Quando o motor é desligado, a chave centrífuga volta a fechar, deixando o enrolamento
auxiliar já conectado novamente em paralelo com o enrolamento principal e pré disposto para
uma nova partida do motor.
O enrolamento de partida possui menos espiras e é bobinado com fio de cobre de menor
diâmetro do que o principal, daí o enrolamento auxiliar possuir uma resistência elevada e uma
baixa reatância, inversamente ao enrolamento efetivo que possui uma baixa resistência (fio de
maior diâmetro) e uma elevada reatância, mais espiras, resultando no entanto numa
impedância mais baixa, e por conseguinte, uma maior corrente.
O capacitor de partida é do tipo eletrolítico que tem a característica de funcionamento somente
quando solicitado por tensão com polaridade estabelecida, tendo a sua montagem externa
sobre a carcaça do estator, cuja fixação é proporcionada por suportes que também tem a
finalidade de protege-lo mecanicamente.
A seguir são apresentados o esquema de funcionamento, relativo ao circuito equivalente do
motor monofásico, os tipos de ligação e o esquema de ligação para a tensão de rede de 220V:
1 2 3 4
L1 (F) L2 (N)
B) 220V
5 6
1 3 2 4
L1 (F) L2 (N)
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 06
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, VOCÊ VAI SE DEPARAR COM
COMPONENTES E PARTES METÁLICAS CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS
CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. TENHA O MÁXIMO DE CUIDADO E ATENÇÃO POIS VOCÊ VAI
LIDAR COM TENSÃO DE 220V. NÃO SEJA PRECIPITADO. SURGINDO QUALQUER DÚVIDA E AO
CONCLUIR A MONTAGEM, ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO
PROFESSOR NA SUA BANCADA DE TRABALHO.
e21
e.4 95
96
b.0
13 23
b.1 K1 K1
14 24
A1 h.1
K1
N A2
Fig. 4.1a
F 220V – 60Hz
e.21
e.4 95
96
NS
13
K1
14
h.1
A1
K1 NI
N A2
Fig. 4.1b
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 06
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
F 220V – 60Hz
N
e1
1 3 5 K1 A1
2 4 6 A2
e4 95
96
TERMINAIS
1e5
TERMINAL TERMINAIS
4 2, 3 e 6
Fig. 4.2
5.1- Explique por que o motor monofásico precisa do enrolamento auxiliar para partir ?
5.2- O motor monofásico de fase dividida podería partir sem a utilização do capacitor ?
Explique.
5.4- Quais os componentes do motor monofásico que são responsáveis para que o
enrolamento auxiliar seja conectado ou desconectado em paralelo com o enrolamento
efetivo ?
5.6- De acordo com a prescrição da Norma Técnica da Concessionária local, até que potência
individual em cv, permite-se ligar motor monofásico cuja instalação for atendida através de
tensão monofásica (fase-neutro) de 220V?
5.7- Explique por que não é viável a aplicação de motores monofásicos de médio e grande
porte.
5.8- Como o relé bimetálico de sobrecarga tripolar deve ser utilizado para proporcional a
proteção de cargas monofásicas, como no caso do motor de indução monofásico ?
5.9- Qual a diferença existente entre o circuito de comando para partida direta de MIT e o
circuito de comando para partida do motor monofásico, com acionamento por botoeiras ?
PRÁTICA 07
1. OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a montagem de circuitos de comando e força, para partida direta do
motor de indução trifásico, com reversão no sentido de rotação, utilizando comando local ou a
distância através do acionamento de botoeiras e chaves fim de curso.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
CUIDADO! DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, EXISTIRÃO
PARTES CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS
ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V E 380V. AO CONCLUIR A
MONTAGEM, ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO
PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
F 220V – 60HZ
e21
95
e4
96
b0
13 13 33 33
b1 K1 b2 K2 K1 K2
14 14 34 34
21 21
K2 K1 h1 h2
22 22
K1 K2
N
Fig.4.1
b) Comando local ou à distância por botoeiras, para reversão rápida:
F 220V – 60HZ
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 07
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e21
e4 95
96
b0
13
b23 b23 K2
14
b22 b22 23 23
K1 K2
13 C 24 24
K1
14
A
D 31
B 31 K1
K2 32
32
A1 A1 h1 h2
K1 K2
N A2 A2
Fig.4.2
A C
SC1 SC2
B 31 D 31
K2 K1
32 32
K1 K2
N
Fig. 4.3
R 3 ~ 380V – 60Hz
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 07
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
S
T
e1
1 3 5 A1 1 3 5 A1
K1 K2
2 4 6 2 4 6
A2 A2
95
e4 96
M 3ø
5.1.2- As vibrações do eletroímã, em virtude das alternâncias de CA, são evitadas por:
a) Núcleo feito de chapas;
b) Molas de amortecimento;
c) Bobina de sombra;
d) Bobina com potência adequada.
5.4- Explique por que é impraticável a reversão rápida em máquinas cuja inércia é elevada ?
5.5- Quando queremos automatizar a reversão, aonde devemos instalar os contatos dos
dispositivos automáticos no circuito de comando ?
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 08
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 08
1. OBJETIVO
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Como foi visto em prática anterior, existem diversas aplicações práticas onde o motor
monofásico é largamente empregado, além de ser necessário em algumas situações, a
inversão no sentido de rotação do motor, como é o caso por exemplo, do acionamento e
controle de portões corrediços.
A reversão no sentido de rotação do motor trifásico é facilmente conseguida pela permuta da
alimentação de dois terminais do estator, o que não é possível com o motor monofásico. Para
que a inversão seja realizada, é necessário entender primeiramente o processo de partida do
motor monofásico. Construtivamente este motor é concebido de tal forma que o enrolamento
do estator é dividido em duas partes, ou seja, um enrolamento efetivo e outro auxiliar, que é
solicitado apenas na fase de partida do motor. O enrolamento auxiliar esta conectado
inicialmente em paralelo com o enrolamento principal, e esta distribuído uniformemente nas
ranhuras do estator de tal forma que existe um defasamento no espaço em relação ao efetivo,
fator essencial para que haja torque útil neste instante inicial e o motor possa partir. Para
melhorar as condições de partida, é adicionado um capacitor em série com o enrolamento
auxiliar, de maneira que seja produzido um defasamento próximo a 90° entre as correntes
desses enrolamentos, otimizando então as condições de torque útil na fase de partida.
Quando o motor começa a girar num determinado sentido, a chave centrífuga abre um contato
e desconecta o enrolamento auxiliar do circuito, permanecendo o motor alimentado somente
pelo enrolamento efetivo. A forma com que os enrolamentos principal e auxiliar são montados
no estator, faz com que exista uma polaridade entre os dois enrolamentos, que pode ser
aditiva ou subtrativa. O enrolamento auxiliar possui os dois terminais numerados com os
dígitos 5 e 6, daí para que na fase de partida a polaridade de um enrolamento em relação ao
outro, possa ser alterada, basta trocar as conexões destes dois terminais ligados em paralelo
com o efetivo, correspondendo a permuta do 5 pelo 6. Portanto o que a chave manual
reversora ou o comando remoto vai proporcionar ao motor, é a troca das conexões entre o
enrolamento efetivo e auxiliar, permutando os terminais 5 pelo 6, e com a mudança de
polaridade produzida, resultará na inversão do sentido de rotação.
É importante observar que para o motor monofásico, não é possível a reversão rápida, uma
vez que estando o motor ainda a girar, mesmo sem alimentação de tensão, a chave centrífuga
esta com seus terminais abertos deixando ainda o enrolamento auxiliar desconectado do
principal, e neste período se a chave reversora for acionada para o outro sentido de rotação,
alimentando o enrolamento principal novamente com tensão, o mesmo não sentirá mudança
de polaridade, daí o torque útil continuar no mesmo sentido e não haver inversão. Dessa
maneira para que a reversão ocorra, é necessário que haja a parada efetiva do motor.
É possível utilizar a chave reversora tripolar manual para efetuar a inversão no sentido de
rotação do motor monofásico, uma vez que esta chave possui dois pares de terminais que são
variáveis, enquanto outro par permanece com ligação repetida. Dessa forma basta conectar
os terminais 5 e 6 do motor, nos terminais variáveis da chave, procedendo as demais
conexões de acordo com a tensão de alimentação da rede. Observar que por questões de
segurança operacional, quando a chave estiver na posição zero (desligada), todos os
terminais do motor deverão estar desconectados do terminal fase da rede.
3. MATERIAL EMPREGADO
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 08
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4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, VOCÊ VAI SE DEPARAR COM
COMPONENTES E PARTES METÁLICAS CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO
PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. TENHA O MÁXIMO DE CUIDADO E
ATENÇÃO POIS VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÃO DE 220V. NÃO SEJA PRECIPITADO.
SURGINDO QUALQUER DÚVIDA E AO CONCLUIR A MONTAGEM, ANTES DE
ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO PROFESSOR NA SUA BANCADA
DE TRABALHO.
a) Diagrama de comando
Efetue o teste de todos os componentes empregados na prática;
Após o teste, desligue o disjuntor geral;
Faça a montagem do circuito de comando de acordo com a Fig. 4.2a;
F 220V – 60Hz
e21
e4 95
96
b0
13 13 33 33
b1 K1 b2 K2 K1 K2
14 14 34 34
21 21
K2 K1 h1 h2
22 22
K1 K2
N
Fig.4.2a
b) Diagrama de Força
Na montagem do circuito de força do motor monofásico, para reversão no sentido de
rotação, é necessário que os terminais do motor fiquem disponíveis para possibilitar a
comutação de ligações, tendo em vista que a inversão é obtida pela permuta dos
terminais 5 pelo 6;
Faça a montagem do circuito de força, de acordo com a Fig. 4.2b, observando que a
fonte de alimentação é a tomada de corrente monofásica;
F
220V – 60Hz
N
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 08
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e1
1 3 5 1 3 5
K1 K2
2 4 6 2 4 6
e4
4 1 2,3 5 6
Fig. 4.2b
Após a montagem efetue a conferência das ligações;
Se estiver tudo ok, ligue o disjuntor geral;
Proceda o acionamento do circuito na sequência operacional:
partida no 1o sentido de rotação
parada
partida no 2 sentido de rotação
o
parada
Desligue o disjuntor geral e desfaça as ligações dos circuitos;
Guarde ordenadamente, todo o material usado na prática.
5.1- Cite algumas aplicações do motor monofásico com reversão no sentido de rotação;
5.2- O que ocorreria numa nova partida do motor, se o capacitor de partida do motor de
indução monofásico fosse retirado ?
5.3- Explique por que não é possível utilizar reversão rápida com o motor monofásico.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 08
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
5.4- Quais as alterações que seriam necessárias se fazer no circuito de comando da fig. 4.2a,
para que a reversão fosse aplicada no controle do portão de uma garagem, com a
inclusão de chaves fim de curso ?
5.5- Cite quais as vantagens e desvantagens de utilizar a chave reversora tripolar manual para
o acionamento e desativação do motor monofásico;
5.6- Considerando ainda a chave reversora manual, qual a justificativa técnica que explica a
recomendação de que quando a chave estiver com a alavanca de acionamento na
posição zero, com o motor desligado, não deve ficar nenhum terminal do motor sob
tensão ?
c) Se a rede fosse de 110V, quais as modificações nas ligações que você deveria fazer
no circuito da fig. 4.2 b ?
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 09
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 09
1.OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a montagem de circuitos de comando eletromagnético e de força,
para partida de vários motores trifásicos em sucessão automática, como no caso de esteiras
transportadoras.
2.COMENTÁRIOS TEÓRICOS
M1
M2
Sentido de ligação
dos motores
M3
Fig. 2.1
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTOS DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
NA MONTAGEM DESSA PRÁTICA EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE NÃO
ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220/380V. TENHA O MÁXIMO DE CUIDADO, E ANTES DE ENERGIZAR
O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
F 220V – 60 Hz
e21
95
e4
96
b0 43 13
K1 K2
44 14
13
b1 K1
14 e5 95 e6 95
96 96
A1 A1 A1
K1 K2 K3
N A2 A2 A2
Fig. 4.1
Obs. Para simulação da sobrecarga, acione o botão vermelho do relé bimetálico, que
corresponderá a abertura do contato NF(95-96).
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 68
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 09
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R 380V – 60 Hz
e1 e2 e3
1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1
K3
K1 K2
2 4 6 2 4 6 2 4 6
A2 A2 A2
e4 95 e5 95 e6 95
96 96 96
Fig. 4.2
5.2- Desenhe o diagrama multifilar integrado para acionamento das esteiras transportadoras e
alimentação dos motores M1, M2 e M3;
5.4- Sobre defeitos em contatores, preencha as lacunas com a(s) causa(s) provável(eis) do
defeito(s);
a) Vibração do eletroímã: _____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
PRÁTICA 10
1. OBJETIVO
Instruir o aluno com a montagem de circuitos de comando eletromagnético e de força,
utilizados para acionamento do motor dahlander de polos comutáveis, para duas
velocidades.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
LIGAÇÃO
VELOCIDADE NÚMERO TIPO DE LIGAÇÃO
DE R S T - DOS DOIS GRUPOS
(rpm) POLOS TERMINAIS DE BOBINAS
BAIXA 4 1 2 3 6, 4, 5 SÉRIE
1.800 ABERTOS
ALTA 2 6 4 5 1, 2, 3 Y PARALELO
3.600 JUNTOS
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 10
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
1 2 3 1 2 3
6 4 5 6 4 5
R S T R S T
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
NA MONTAGEM DESSA PRÁTICA EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE NÃO
ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220/380V. TENHA O MÁXIMO DE CUIDADO, E ANTES DE ENERGIZAR O
CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
Monte o circuito de comando de acordo com a fig. 4.1, seguindo os passos do roteiro de
trabalho:
F 220V – 60Hz
e21
95
e4
96
e5 95
96
bo
b22 b21
13 13
b21 b22
K1 K3
14 14
21 21
K2 K1
22 22
13
K3 21 K2
22 14
A1 A1 A1
K1 h1 K2 K3 h2
N A2 A2 A2
Fig. 4.1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 73
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 10
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Monte o circuito de força de acordo com o diagrama da fig. 4.2, seguindo os passos do roteiro
de trabalho.
R 3 ~ 380V – 60Hz
e1 e2
1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1
K1 K2 K3
2 4 6 2 4 6 2 4 6
A2 A2 A2
95 95
e4 e5
96 96
1 2 3 6 4 5
Fig. 4.2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 74
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 10
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
5.4- Por que não é utilizado um único relé bimetálico de sobrecarga nos circuitos de
comando e força do motor Dahlander para duas velocidades ?
CANCIONES
01. BI-POLAR BEAR
02. BLACK AGAIN
03. COMA
04. DAYS OF THE WEEK
05. DUMB LOVE
06. HELLO IT'S LATE
07. HOLLYWOOD BITCH
08. LONG WAY HOME
09. REGENERATION
10. SONG FOR SLEEPING
11. TOO COOL QUEENIE
12. TRANSMISSIONS FROM A LONELY ROOM
13. WONDERFUL
PRÁTICA 11
1. OBJETIVO
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
2.1.3- Quando a tensão de alimentação da rede coincidir com a tensão de placa do motor
na ligação triângulo ( - Y):
EX. Tensão de linha: 380V
Motor / Y
380/660V
2.1.4- Quando a instalação for alimentada pela rede secundária de distribuição (baixa
tensão), a Concessionária de serviço público prescreve nas condições gerais de
fornecimento, que motores trifásicos com potência superior a 5 cv até 30 cv, deverão ser
equipados com dispositivos para redução da corrente de partida, podendo para tanto, ser
usada chave Y-, desde que em consonância com os itens 2.1, 2,2 e 2.3.
A seguir é apresentado um quadro resumo das tensões nominais múltiplas mais comuns,
que são possíveis de ligação do motor em estrela-triângulo, bem como os respectivos
diagramas de ligação:
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 11
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
R S T R S T
1 2 3 1 2 3
4 5 6
4 5 6
Y
2.2.2- Motor de 12 terminais:
Rede 220V (Ligação paralela)
R S T R S T
1 7 2 8 3 9 1 7 2 8 3 9
4 10 5 11 6 12 4 10 5 11 6 12
Y paralelo paralelo
Rede 440V (Ligação série)
R S T R S T
1 2 3 1 2 3
4 5 6 4 5 6
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 77
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 11
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
7 8 9 7 8 9
10 11 12 10 11 12
Y série série
2.3- Vantagens e desvantagens da utilização da chave Y-
2.3.1- Vantagens:
A chave estrela-triângulo é muito utilizada pelo seu custo reduzido;
Não tem limites quanto ao número de manobras;
Os componentes eletromecânicos ocupam pouco espaço;
A corrente de partida fica reduzida para aproximadamente 1/3.
2.3.2- Desvantagens:
A chave só pode ser aplicada a motores cujos 6 ou 12 terminais sejam acessíveis;
A tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor;
Com a corrente de partida reduzida para aproximadamente 1/3 da corrente nominal, reduz-
se também o momento de partida para 1/3;
Caso o motor não atinja pelo menos 90% de sua velocidade nominal, o pico de corrente na
comutação de estrela para triângulo será quase como se fosse uma partida direta, o que
torna prejudicial aos contatos dos contatores e não traz nenhuma vantagem para a rede
elétrica;
Outro inconveniente, é que durante a comutação, um desligamento momentâneo do
estator da rede, pode levar a surtos transitórios de corrente muito intensos.
Durante a transição de Y para , o estator é desconectado da rede de alimentação por um
tempo que pode variar tipicamente de 01 a 0,3 s. Devido a corrente do rotor, que não se
extingue imediatamente, estabelece no entreferro um campo fixo em relação ao rotor, e
portanto, girante em relação ao estator, induzindo força eletromotriz nos terminais
estatóricos abertos. Devido ao escorregamento a f.e.m induzida nos terminais do estator
terá uma frequencia menor que a da rede. Quando a ligação triângulo for completada, a
f.e.m induzida estará defasada em relação a tensão da rede, podendo ir de uma oposição à
uma coincidência de fase (casos extremos). Dependendo da situação de cada fase, poder-
se-ão produzir picos de corrente e de conjugado muito altos. Para se ter uma idéia, há
registros de picos de conjugado motor de 20 vezes o conjugado nominal. Esta situação
leva, em alguns casos, a danos no equipamento acionado ou na luva de acoplamento
motor-máquina acionada.
Uma alternativa para minimizar os problemas oriundos da reconexão quando da transição
de Y para , é o uso de chave estrela triângulo de transição fechada, porém é uma solução
muito mais dispendiosa e rara de se aplicar.
Fig. 2.4
3. MATERIAL EMPREGADO
ITEM ESPECIFICAÇÃO QUANT. UNID.
01 Contator 3TB/3TF...SIEMENS ou LC1...TELEMECANIQUE – 220V 03 Um
02 Relé bimetálico 3UA... SIEMENS ou LR...TELEMECANIQUE 01 Um
03 Relé de tempo, 0-30 s, 220V 01 Um
03 Fusível diazed 2 A, completo 01 Um
04 Botoeira NA/NF 02 Uma
06 Lâmpada de sinalização VM / VD – 220V 02 Uma
08 Fusível NH 16 A – 500V, completo 03 Um
09 Pino tripolar com cordão flexível 01 Um
10 Motor de indução trifásico 380/660V 01 Um
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
NA MONTAGEM DESSA PRÁTICA EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE NÃO
ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220 E 380V. ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, CHAME O PROFESSOR
PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
e21
e4 95
96
bo
13
b1 K1
14
15 15 23 13
d1 k1 k3
16 18
24 14
21 21
K2 K3
22 22
A1 A1 A1 A1
d1 K3 K2 K1
N A2 A2 A2 A2
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 11
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Fig. 4.1
Obs: O relé de tempo d1 poderá ter seus contatos auxiliares designados com outros índices,
dependendo do tipo, modelo e fabricante.
R ~380V – 60 Hz
e1
Y
1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1
K1 K2 K3
2 4 6 2 4 6 2 4 6
A2 A2 A2
95
e4
96
1 2 3
6
Motor
3 5
Fig. 4.2
5.2.3- Quando a chave for ligada em estrela, os seis condutores de saída ficam ligados da
seguinte forma:
a) Seis condutores em paralelo, dois a dois;
b) Três condutores em curto-circuito e três ligados à rede;
c) Seis condutores em paralelo, três a três;
d) Três condutores para a entrada e três para a saída.
5.2.4- Quando a chave for ligada em triângulo, os seis condutores de saída ficam ligados da
seguinte forma:
a) Seis condutores ligados em paralelo, 2 a 2 e ligados à rede;
b) Seis condutores em paralelo três a três e ligados à rede;
c) Três condutores ligados à rede e três abertos;
d) Seis condutores ligados em série, 2 a 2 e ligados à rede.
5.4- Descreva a sequência operacional do comando automático para partida de MIT com
chave Y-.
5.6- Faça o desenho do diagrama de comando para partida Y- de MIT, utilizando contatores
com bobinas de 380V e lâmpada de sinalização para 220V.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 11
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 12
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 12
1. OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a prática de diagnosticar defeitos que ocorrem nos circuitos
eletromagnéticos, detectando, identificando e corrigindo os pontos ou trechos do circuito
que vem causando problemas na sequência normal de operação.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
O sistema SIMELETRO é constituído de quatro armários metálicos individualizados, que
após serem agrupados formam um quadro eletromecânico de comando completo,
contendo os circuitos para partida direta, reversora e estrela triângulo de motores trifásicos
com rotor em curto circuito.
Para a montagem deste quadro didático, foi empregado o sistema modulado USB630, que
normalmente é utilizado nas aplicações industriais, comerciais e prediais (Fig. 2.0).
Fig. 2.0
Fig. 2.2
4. PROCEDIMENTOS DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
NA EXECUÇÃO DESSA PRÁTICA, É ESPERADO QUE O ALUNO TENHA ADQUIRIDO AO
LONGO DAS PRÁTICAS ANTERIORES, CONHECIMENTO SUFICIENTE E ESTEJA
SEGURO DOS PROCEDIMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS DOS CIRCUITOS DE
COMANDO E FORÇA, PRINCIPALMENTE RELACIONADOS AOS CIRCUITOS PARA
PARTIDA DIRETA SIMPLES, PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO E PARTIDA ESTRELA
TRIÂNGULO. C U I D A D O ! DURANTE OS TESTES DE VERIFICAÇÃO, VOCÊ ESTARÁ
SUJEITO A LIDAR COM PARTES ENERGIZADAS, COM TENSÕES NA ORDEM DE
GRANDEZA DE 220 E 380V, ORIGINÁRIAS DE PARTES VIVAS COMO BARRAMENTO,
CONEXÕES E LIGAÇÕES DOS DIVERSOS COMPONENTES INSTALADOS NA PARTE
INTERNA DO QUADRO, E QUE APRESENTAM RISCOS DE CONTATOS ACIDENTAIS.
5.3- Cite dois defeitos significativos que você diagnosticou nos circuitos:
Para partida direta;
5.4- Cite quais as vantagens e desvantagens de efetuar os testes e verificações com o quadro
desenergizado ou energizado.
95 95 95
1F4 2F4 3F4
96 96 96
1S0 1
1 1
2 2S0 3S0 13
2 2 3K2
14
23 23
1 1 3 13
1S2 1S1 1K1 1K2 3S1 3K3 23 23
2 2 24 24 4 14
3K3 3K1
3 13 31 13 24 24
3 13 3 13 2S1 2K1 3K1
1S1 1K1 1S2 1K2 4 14 32 3K1
4 14 4 14 23 14
2K1 31
24 3K2
32 31
31 41 3K3
1K2 31 15 3K2 32
32 1K1 3K11 42
32 1H1 1H2 2H1 16 3H1
a a a a a a a
CIRCUITO DE COMANDO 1
R
380V – 60Hz
T
A A A 1F1 1F2 1F3 2F1 2F2 2F3 3F1 3F2 3F3
0-40A
U 20A 20A 20A
I
1K1 1K2 2K1 3K1 3K2 3K3
2 4 6 32A 1 3 5 32A 1 3 5 32A 1 3 5 32A 1 3 5 32A 1 3 5 32A 1 3 5
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6
2F4 3F4
1F4 8-12A 5,5-8A
8-12A
3 3 3
M1 3 cv M2 3 CV M3 3 cv
L1 L2 L3
PRÁTICA 13
1. OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a montagem de circuitos de comando eletromagnético e de força,
para partida de motor trifásico com rotor em gaiola, utilizando a chave compensadora
automática na obtenção da tensão reduzida no instante do arranque.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
A chave compensadora é usada para reduzir a elevada corrente de partida de um motor com
rotor em gaiola, aliviando a rede elétrica instalada no local e evitando assim, uma excessiva
queda de tensão que poderia causar perturbações indesejáveis no funcionamento de outras
cargas instaladas nas proximidades.
A chave compensadora pode ser utilizada na partida de motores sob carga, onde faz-se
necessário um certo valor de torque no momento do arranque, ou mesmo quando o motor não
satisfaz as exigências analisadas para ser acionado através de chave estrela-triângulo, ou
seja, quando a tensão da rede coincide com a tensão de placa em estrela, ao invés de
coincidir com a de triângulo.
A tensão de partida do motor é reduzida através do autotransformador, que normalmente
possui taps nos valores de 50, 65, 80% da tensão nominal.
Esta tensão fornecida pelo tap do autotransformador, deve ser de tal forma que permita a
aceleração do conjunto motor-máquina até cerca de 80 a 90% de sua rotação nominal, dentro
de um tempo de partida admissível para o motor.
O relé de tempo deve ser ajustado adequadamente a um tempo suficiente para a partida, o
que evitará consequentemente, a formação de um pico indesejável de corrente, quando da
comutação para plena tensão.
Citamos como exemplo típicos da aplicação da chave compensadora, o caso de moínhos de
trigo, que após a falta de energia precisam retornar o funcionamento, onde existe o fato do
motor necessitar partir inevitavelmente com carga parcial (estima-se que com
aproximadamente metade da sua carga nominal) ou até com plena carga, quando do retorno
da energia. A compensadora é também utilizada para partida de motores de exaustores,
ventiladores com registro aberto, compressores, calandras, bombas, britadores, máquinas de
fabricação de tijolos, e outros.
2.1- Vantagens e desvantagens da chave compensadora automática:
2.1.1- Vantagens:
No tap de 65% a corrente de linha é aproximadamente igual a da chave estrela-triângulo,
entretanto na passagem da tensão reduzida para plena tensão, o motor não é desligado e
o segundo pico de corrente é bem reduzido visto que o autotransformador por um curto
período se torna um reatância.
É possível a variação do tap de 65 para 80 ou até 90% da tensão nominal da rede, a fim
de que o motor possa partir satisfatoriamente.
2.1.2- Desvantagens:
A grande desvantagem é a limitação de sua frequência de manobras. Na chave
compensadora automática é sempre necessário saber a sua frequência de manobra para
determinar o autotransformador correspondente, compatível com esta característica.
A chave compensadora é mais cara do que a chave estrela-triângulo, devido ao custo do
autotransformador;
Devido as dimensões do autotransformador, a construção eletromecânica se torna
volumosa, exigindo quadros de maiores dimensões em relação aos outros tipos de partida,
o que tona o seu preço mais elevado.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 90
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 13
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
CUIDADO! NA MONTAGEM DESTA PRÁTICA, EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE
NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATSO ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220 E 380V. ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA
DO PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
e21
e4 95
96
bo
13 13 43
K2 K1 K2
b1 14 14 44
43
13 K1
15 15 K3 44
d1 14
16 18
31
21 21 K1
K1 K3 32
22 22 h1
A1 A1 A1 A1
d1 K3 K1 K2
N A2 A2 A2 A2
Fig. 4.1
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 13
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
R ~380V – 60 Hz
T
e1
K3
1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1
K1 K2
2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2
u v w
u2 80% Auto
v2 65% transformador
w2
e4 95 N1 N2 N3
96
MOTOR
3
Fig. 4.2
e) Se K2 não for energizado após a energização K3 e d1, é provável que o defeito esteja no
contato ___________________ ;
5.4- Explique em que situações deve-se utilizar os taps de 65% e 80% do autotransformador,
no circuito da chave compensadora;
5.6- Explique por que em um MIT com tensões de placa 220/380V, podemos utilizar partida
com chave compensadora, já que a chave Y- não é adequada ?
5.7- Projete e desenhe os circuitos para partida de MIT com chave compensadora automática
e reversão no sentido de rotação.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 14
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 14
1. OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a montagem de circuitos de comando e força para partida de MIT
através da chave série paralelo estrela.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
A chave série-palalela constitui-se em uma outra alternativa usual para partida de motor
trifásico com tensão reduzida, sendo utilizada para motores que tenham a possibilidade de
ligação nas 4 (quatro) tensões, 220/380/440/760V, portanto, com 12 terminais acessíveis
ou no mínimo com 9 terminais.
A ligação série-paralela propicia a redução do pico de corrente na fase de partida, evitando
assim as perturbações na rede devido as quedas de tensões acentuadas. Esta redução de
corrente chega a 25% do seu valor correspondente a uma partida direta, sendo então
apropriada para cargas com partida necessariamente em vazio, pois o conjugado de partida
é reduzido a ¼ do seu valor para tensão nominal, que é o caso da partida com plena
tensão.
Durante a partida é empregada a configuração série até o motor atingir a sua rotação
nominal, a partir daí faz-se a comutação para a configuração paralela.
Esta chave pode ser fornecida em duas versões, ou seja, série-paralela estrela (SPE) ou
série-paralela triângulo (SPT).
a) Chave série-paralela estrela - SPE:
É própria para utilização em motores que possua a execução dos enrolamentos para
tensões múltiplas de 220/380/440/760V, ou excepcionalmente em 380/760V, exigindo que a
tensão da rede seja necessariamente de 380V (tensão de linha).
Na partida executa-se a ligação estrela série, Fig. 2.1, ficando cada enrolamento submetido
a 110V [(380V / 3) 2 = 110V].
Após concluída a fase de partida, o motor passa a ser ligado em estrela paralela, Fig. 2.2,
ficando agora, cada bobina alimentada com 220V [380V / 3 = 220V].
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
CUIDADO! NA MONTAGEM DESTA PRÁTICA, EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE
NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220 E 380V. ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA
DO PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 14
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
F ~ 220V – 60Hz
e21
95 97
e4
96 98
95 97
e5
96 98
bo
13 13 43 43 13
b1 K3 K1 K3 K1 K4
14 14 44 44 14
15 15
d1
16 18
31
K2 21 K3 21 K3
32
22 22
K4 21
22
A1 A1 A1 A1 A1
d1 K3 K4 K1 K2 h1
N A2 A2 A2 A2 A2
Fig. 4.1
R ~ 380v –60hZ
S
T
e1
1 3 5 K1 1 3 5 K4 1 3 5 K2
2 4 6 2 4 6 2 4 6
e4 95 e5 95
96 96
1 3 5 K3
2 4 6
6 5 4
3 7
2 M 8
3~
1 9
10 11 12
Fig. 4.2
5.4- Considere que você dispõe de um motor de 15 cv, com 12 terminais, tensões de placa
220/380/440/760V, a ser acionado com carga em vazio. A tensão de linha da rede de
alimentação é de 380V. Escolha dentre os métodos de partida com tensão reduzida
disponíveis, dos tipos estrela-triângulo, compensadora e série-paralelo, qual o que se
adapta melhor para esta situação ? Explique a sua decisão.
5.5- Explique como você determinaria o tempo de ajuste do relé temporizado d1, utilizado no
circuito de comando para partida SPE .
PRÁTICA 15
1. OBJETIVOS
Conhecer os dispositivos de partida eletrônico denominado de chaves estáticas de
partida ou “soft-starters”.
Familiarizar com a utilização do soft-starter na instalação de circuitos para partida de
Motor de indução trifásico.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
As tradicionais chaves de partida eletromecânicas, do tipo Y-, compensadora, série-
paralela e outras, podem ser substituídas pela última geração de chaves de partida de
estado sólido, denominadas de soft-starter, com característica inovadora de serem
microprocessadas.
O princípio peculiar de funcionamento da chave de estado sólido, é explicado pelo controle
do ajuste do ângulo de disparo de um par de tiristores em ligação anti-paralela, instalados
em cada fase de alimentação do estator (Fig. 2.1).
R S T e1 e4
5 6
3 4 Motor
3~
1 2
96
A1 A2
95
K1 Controle geral
do soft start
Fig. 2.1
Desta forma controla-se a tensão de alimentação do motor, aplicando-lhe uma rampa de
aceleração progressiva e suave, até o mesmo atingir a rotação nominal, e por conseguinte,
ficar alimentado a plena tensão.
As chaves eletrônicas tipo soft-starter disponíveis no mercado, são fornecidas com várias
opções de funções de controle, com pedestal de tensão ajustáveis entre outras, de maneira
a oferecer o máximo de flexibilidade ao usuário, que serão comentadas oportunamente.
O diagrama de blocos da Fig. 2.2 representa a partida do MIT através de dispositivo
eletrônico:
REDE SOFT MOTOR DE CARGA
ELÉTRICA STARTER INDUÇÃO MECÂNICA
TRIFÁSICA Tensão Tensão Conjugado
Corrente Corrente Velocidade
Fator de potência Fator de potência Aceleração
Potência elétrica Potência elétrica Potência mecânica
Harmônicas I Harmônicas I, V
Fig. 2.2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 98
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 15
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Na Fig. 2.2, entre a rede elétrica e o motor foi inserido um soft-starter que reduz o nível de
tensão visto nos terminais do motor, reduzindo dessa maneira a corrente do mesmo. Os
aspectos que diferenciam o soft-starter dos dispositivos eletromecânicos, são apresentados
a seguir:
A tensão pode ser ajustada idealmente de forma contínua, entre 0 e 100% da tensão de
linha, proporcionando uma rampa de aceleração suave ao motor;
A tensão e a corrente nos terminais do motor, apesar de reduzidos durante o processo
de partida, passam a apresentar um conteúdo harmônico.
O conteúdo de harmônicas produzidas pela fonte chaveada de controle dos tiristores,
sempre acarreta algum tipo de impacto sobre os motores de indução e sobre a rede de
alimentação, podendo influenciar negativamente na qualidade de energia fornecida.
U
Sentido de Sentido de
bloqueio condução
A seguir serão comentadas uma série de funções de controle agregadas aos controladores
de soft-starter disponíveis no mercado:
Função soft-starter: O tempo de aceleração do motor pode ser controlado;
Função de limitação de corrente: Função básica encontrada em quase todos os
controladores;
Função partida de bombas hidráulicas: Minimiza o golpe de ariete existentes em
sistemas hidráulicos;
Função soft-stop: Permite que o tempo de desaceleração do motor possa ser
controlado. Isto é feito reduzindo gradativamente a tensão do motor ao invés de um
desligamento repentino;
Função energy-saver: O controle de tensão pode atuar de forma a tentar melhorar o
fator de potência, em condições de baixa carga mecânica. Quando esta função esta
ativa, o controlador observa o fator de potência do motor. Lentamente o controlador
reduz a tensão aplicada ao motor observando o fator de potência para verificar se este
aumenta. O processo continua até que o fator de potência se estabilize. De certa forma
o que se faz é reduzir as perdas de magnetização do motor, pois o nível de fluxo diminui
quando se reduz a tensão;
Função kick-star: A tensão aplicada ao motor aumenta rapidamente durante os
instantes iniciais da partida, com a finalidade de produzir um conjugado elevado,
suficiente para vencer os atritos do sistema mecânico. Após este período inicial, o
controle de tensão volta a seguir a curva convencional de crescimento.
Função braking: O disparo dos tiristores pode ser feira de forma assimétrica, aplicando
ao motor uma tensão trifásica desequilibrada. Este desequilíbrio de tensão pode ser
interpretado como se estivéssemos aplicando ao motor uma componente de sequência
negativa ou de sequência zero (corrente de falta). O resultado deste tipo de técnica de
disparo é fazer com que o motor atue como freio elétrico.
Função slow-speed: O disparo dos tiristores pode ser feito usando técnicas do tipo de
controle de freqüência e de controle de fase. Neste caso, o resultado é que a tensão
vista pelo motor passa a ter uma freqüência que é submúltipla da freqüência da rede,
passando a girar com velocidade reduzida;
Outras das funções de proteção do motor, tais como, falta de fase, relé térmico e
detecção de sobrecarga mecânica, podem ser incorporadas ao soft-start.
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
CUIDADO! NA MONTAGEM DESTA PRÁTICA, EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE
NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220 E 380V. ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA
DO PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
R ~ 380V ~ 60 Hz
N
e1 e21
1 3 5 A2 b0
2 4 6 K1
A1
95
e4 b1
96
L1 L2 L3 1 2 5 6
SSW-01
RL2
CHAVE SOFT-STARTER
U V W
Motor
Motor
3~
3~ Fig. 4.1
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 15
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
95 A2
e4 e4
96
b1 L1 L2 L3
04
01 b3
LH4-N2
b22 02
b22
A1 05 T1 T2 T3 03
T1
K1
A2
M1
FIG. 4.2 3~
Ajustes do soft starter:
Tempo de aceleração: A, B, C, D, E = 1 a 5 seg.
Conjugado de partida: A, B, C, D, E = 0,3 a 0,8 Cp
Tempo de desaceleração: A, B, C, D, E = 0 a 5 seg.
5.7- No circuito integrado para acionamento do soft-starter, qual o contato de selo do circuito?
5.8- Explique como escolher o pedestal de tensão inicial adequado para partida do motor no
item 3.2.2 do manual técnico da chave SSW-01 da WEG.
5.10- O que limita o número de partidas por hora no soft-starter e qual a especificação do
regime de partida do SSW-01 ?
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 16
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 16
1. OBJETIVO
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
O freio eletromagnético tem sua larga aplicação nos circuitos de reversão de motores de
indução trifásico, uma vez que normalmente quando o motor atinge o regime pleno de
funcionamento, nesta ocasião o mesmo vem operando com praticamente toda a carga
aplicada ao seu eixo mecânico, e por conseguinte, se a reversão rápida fosse aplicada
bruscamente ao sistema, poderia danificar todo o conjunto motor-máquina. Nesta situação a
inércia que seria imposta pela contra-corrente, originada pela permuta de ligação de dois
condutores de fase do estator, poderia não ser atendida em face a magnitude da carga que
estaria sendo acionada através do seu eixo mecânico. Portanto, para que esta situação seja
evitada e possa resolver os problemas impostos por máquinas em que o próprio regime de
operação exige a reversão rápida, utiliza-se a frenagem dinâmica, a qual é propiciada
através de um circuito de freio eletromagnético que deve ser acoplado adequadamente aos
circuitos de comando e força da reversão automática convencional.
O princípio de funcionamento do freio dinâmico é fundamentado na aplicação de uma
corrente contínua de valor compatível com a corrente nominal de carga do motor, que ao
ser aplicada a dois terminais quaisquer do enrolamento do estator, irá produzir um campo
magnético fixo, idêntico ao que é normalmente produzido pela corrente alternada trifásica,
com exceção que não é um campo girante. Por conseguinte, se o motor de indução que
esteja girando com um certo valor de escorregamento, exemplificando, escorregamento de
(s) = 4%, e passar subitamente da alimentação CA para CC, o efeito produzido será a
redução da velocidade de sincronismo a zero, de modo que o motor passaria agora a girar
com um escorregamento negativo de 96%. Mas o conjugado desenvolvido com um
conjugado negativo de 96%, corresponde a valor igual e de sentido oposto ao conjugado
desenvolvido com um escorregamento positivo de 96%, desde que as correntes do estator
sejam as mesmas em ambas as situações de alimentação em corrente alternada e
contínua. Sendo assim obteríamos uma frenagem praticamente instantânea do motor, antes
que seja efetuada a reversão no sentido de rotação.
No circuito de freio eletromagnético a fonte de corrente contínua (CC) é obtida através de
um transformador abaixador (220/40V) e de uma ponte retificadora de onda completa,
constituída por 4 (quatro) diodos e 1 (um) capacitor eletrolítico.
O acionamento do freio pode ser efetuado através de um botão de comando NA (botão liga-
freio) intertravado com o botão desliga (NF) do motor (botão conjugado b21), ou através de
um botão de pedal que deve ser também intertravado com o botão b0. Ao acionar o botão
desliga, simultaneamente está se acionando o freio, por conseguinte, tão logo o motor para,
solta-se o freio e o circuito volta a ficar apto para uma nova partida, só que agora
revertendo-se o sentido de rotação através do botão b2.
Observe que a alimentação do estator do motor em corrente contínua, só é realizada
quando o motor deixa de ser alimentado em corrente alternada, daí a exigência dos pontos
de intertravamentos tanto mecânico como elétrico no circuito de comando.
A frenagem de motores é empregada nas mais variadas aplicações, principalmente na área
industrial onde são utilizados motores de maior porte. Citamos como exemplo a aplicação
em tornos mecânicos, pontes rolantes, pórticos, guindastes, elevadores e em todas as
utilizações cujo tempo para parar sem frenagem for demasiadamente grande em relação a
exigência da situação operacional específica, portanto, que exigisse uma parada
praticamente imediata do motor.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 16
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3. MATERIAL EMPREGADO
ATENÇÃO!
CUIDADO! DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, EXISTIRÃO
PARTES CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS
ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V E 380V. AO CONCLUIR A
MONTAGEM, ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO
PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
4.1- Diagrama de comando:
Monte o circuito de comando para reversão de rotação do MIT e freio eletromagnético,
conforme com a fig. 4.1, de acordo com os procedimentos de segurança pré estabelecidos.
Após a montagem efetue o teste do seu funcionamento.
F 220V ~ 60HZ
e21
e4 95
96
21
K3
22 31
K1
13 13 32
b1 K1 b2 K2
14 14
31
21 21 K2
K2 K1 32
22 22
K1 h1 K2 h2 K3 K4 h3
N
Fig.4.1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 104
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 16
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
R 3 ~ 380V – 60Hz
S
T
N
e1
1 3 5 A1 1 3 5 A1 A1
K1 K2 1 3 5
2 4 6 2 4 6 K3
A2 A2 2 4 6
220V A2
M1
40V
-
95
e4 96
S1
+
A1
1 3 5
K4
2 4 6
A2
U V W
M 3ø
M1 = Transformador 220/40V
S1 = Ponte retificadora de onda completa
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 105
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 17
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 17
1. OBJETIVO
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Na figura 2.1 são representados os diagramas das bobinas do MIT nas ligações Y e , com
as correspondentes alterações na seqüência de fases de alimentação.
R S T R S T
1 2 3 1 2 3
4 5 6
FIG. 2..1
4 5 6
Ligação Y Ligação
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 106
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 17
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
3. MATERIAL EMPREGADO
ITEM ESPECIFICAÇÃO QUANT. UNID.
01 Contator 3TB/3TF...SIEMENS ou LC1...TELEMECANIQUE – 220V 04 Um
02 Relé bimetálico 3UA... SIEMENS ou LR...TELEMECANIQUE 01 Um
03 Relé de tempo, 0-30 s, 220V 01 Um
04 Botoeira NF 01 Uma
05 Botoeira NA/NF 02 Uma
06 Lâmpada de sinalização VM / VD – 220V 02 Uma
07 Fusível diazed 2 A, completo 01 Um
08 Fusível NH 16 A – 500V, completo 03 Um
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
C U I D A D O ! NA MONTAGEM DESSA PRÁTICA EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS
QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR
COM TENSÕES DE 220 E 380V. ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, CHAME O
PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
e21
e4 95
96
bo
13 13
b22 b23 K1 K4
14 14
K1
b23 b22
13
K2
d1 1 1 43 13 43 43 14
K1 K3 K4 K3
8 2 44 14 44 44
21 21
K2 K3 21 21
22 22 K4 K1 h1
22 22
A1 A1 A1 A1 A1
d1 K3 K2 K1 K4
N A2 A2 A2 A2 A2
Fig. 4.1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 107
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 17
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
R ~380V – 60 Hz
e1
1 3 5 A1 1 3 5 A1
K1 K4
2 4 6 2 4 6
A2 A2
Y
K2 K3
1 3 5 A1 1 3 5 A1
2 4 6 A2 2 4 6 A2
95
e4
96
1 2 3
6
Motor
3 5
Fig. 4.2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 108
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 17
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
5.2- Cite alguns exemplos da aplicação do comando automático para partida estrela-triângulo
com reversão de MIT.
5.3.3. A prata com 10% de cádmio é mais usada na composição das pastilhas dos
contatores porque:
a) Resiste a altas temperaturas de regime e é maleável;
b) Reconverte em prata tanto o vapor de prata como o óxido de prata;
c) Não oxida, por conseguinte propicia sempre um bom contato;
d) Resiste as altas temperaturas e possui uma maior dureza.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 109
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 18
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 18
1. OBJETIVO
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Como foi visto na prática 10, o motor Dahlander é um motor de indução que tem a
característica construtiva de possibilitar a alteração da sua velocidade através da variação do
número de polos. O enrolamento do estator é construído de tal forma que permite mudança nas
ligações das bobinas, sendo o número de polos modificado. Para acrescentar a inversão no
sentido de rotação, tanto na baixa como na alta velocidade, é necessário acrescentar no
circuito de controle, dois contatores que ligados em paralelo com K1 e K3, respectivamente,
possibilitam a mudança na seqüência de fases de alimentação do motor. O contator K2 que faz
o fechamento do centro da estrela, quando na ligação em alta rotação, deve ser compartilhado
de tal forma nesse circuito de maneira que possa operar tanto com o contator K3 (ex. sentido
horário) quanto com o K5 (sentido anti-horário). Faz-se também necessário a aplicação de
intertravamentos tanto mecânicos (botoeiras conjugadas) como elétricos (contatos NF dos
contatores) de forma a garantir o perfeito funcionamento dos circuitos sem causar curto-
circuitos ou comandos incompletos e descoordenados.
O acionamento do comando é proporcionado por botões e devem ser impulsionados na
seguinte lógica:
Sentido horário:
Baixa velocidade – b22 (liga) e bo (desliga);
Alta velocidade – b24 (liga) e bo (desliga);
Sentido anti-horário:
Baixa velocidade – b23 (liga) e bo (desliga);
Alta velocidade – b25 (liga) e bo (desliga).
A seguir é apresentado um quadro demonstrativo indicando as informações do motor
Dahlander relativos a baixa velocidade, alta velocidade e sequência de fases.
Na fig. 2.1 são representados os diagramas das bobinas do motor na ligação triângulo série
(o motor já vem de fábrica com os enrolamentos fechados internamente na ligação ) que
corresponde a baixa velocidade (a), e na ligação paralela para a alta velocidade (b), com as
correspondentes alterações na sequência de fases de alimentação do motor, responsáveis
pela inversão no sentido de rotação.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 110
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 18
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
1 2 3 1 2 3
6 4 5 6 4 5
R S T R S T
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
NA MONTAGEM DESSA PRÁTICA EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE NÃO
ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220/380V. TENHA O MÁXIMO DE CUIDADO, E ANTES DE ENERGIZAR O
CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
e21
95
e4
96
e5 95
96
bo
b24’ b22”
b25’ b23”
K2 21 31
22 K1 32
K3 21 31
22 K4 32
K5 21 13 13
22 b24 b25 K3 K5
14 14
b23’ b22’
K2
13 13 13 14
b22 K1 b23 “ K4 b25” b24”
14 14
31 31
21 21 K5 K3
K4 K1 32 32
22 22
A1 A1 A1 A1 A1
K1 K4 K2 K3 K5
N A2 A2 A2 A2 A2
FIG. 4.1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 112
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 18
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Monte o circuito de força para ligação do motor Dahlander com reversão no sentido de rotação,
de acordo com o diagrama da fig. 4.2, seguindo os passos do roteiro de trabalho.
R 3 ~ 380V – 60Hz
e1 e2
1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1 1 3 5 A1
K1 K4 K5 K3
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6
A2 A2 A2 A2
A1
95 1 3 5 95
e4 K2 e5
2 4 6 96 2 4 6 2 4 6 96
A2
1 2 3 6 4 5
Fig. 4.2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 113
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 19
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 19
1. OBJETIVO
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Deve ficar claro para o aluno que ao se iniciar o regime de partida do MIT, não se deve
proceder a inversão durante esta fase, pois a magnitude da contracorrente tornaria sem efeito
a função do autotransformador, o que não proporcionaria nenhuma vantagem para a
instalação. Deve-se portanto, concluir todo o processo até que o motor receba a plena tensão
da rede. Desta forma é necessário acionar bo para que o motor seja desativado e a partir de
então é que se pode proceder a inversão, reiniciando todo o processo, só que agora, com o
sentido de rotação contrário.
3. MATERIAL EMPREGADO
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
ATENÇÃO!
CUIDADO! NA MONTAGEM DESTA PRÁTICA, EXISTIRÃO PARTES CONDUTORAS QUE
NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATSO ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM
TENSÕES DE 220 E 380V. ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA
DO PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
F ~220V – 60Hz
e21
e4 95
96
bo
13 13
b22 K4 b23 K5
14 14
13 13
b23 b22 1 1 K3 K2
d1 14 14
8 2
21 21 21 21 31
K5 K4 K1 K3 K1
22 22 22 22 32
A1 A1 A1 A1 A1 A1
d1 K4 K5 K3 K1 K2
N A2 A2 A2 A2 A2 A2
Fig. 4.1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 115
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 19
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
~380V – 60 Hz
R
T
e1
1 3 5 A1 1 3 5 A1
K4 K5
2 4 6 A2 2 4 6 A2
A1 A1 A1
1 3 5 1 3 5 1 3 5
K1 K2 K3
2 4 6 A2 2 4 6 A2 2 4 6 A2
u v w
u1 80%
65%
v1 Auto
transformador
w1
95 N1 N2 N3
e4
96
MOTOR
3
FIG. 2.2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 116
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 20
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 20
1. OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a instalação do relé falta de fase em circuitos de comando e força
para proteção de motores trifásicos.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
O relé falta de fase aplicado na proteção de motores trifásicos e outras cargas contra falta e
desequilíbrio de fases, supervisiona redes trifásicas nas quais as fases estejam defasadas
entre si de 120 elétricos. O equipamento pode ser fornecido em 2 (duas) versões, com neutro
ou sem neutro na instalação, e detecta a falta de uma ou mais fases e do neutro, conforme
seja o modelo, efetuando dessa forma, o desligamento da alimentação da carga quando a falta
ocorre. O relé normalmente é fornecido com retardo de atuação de até 5 seg, de maneira a
evitar falsos eventos como no caso da partida de motor que provoca na rede quedas de tensão
acentuadas, e que poderiam levar a operação indevida do equipamento.
Na versão com neutro, além da ligação das fases R, S, T no aparelho, o neutro também deve
ser conectado. Já na versão sem neutro, basta a ligação das 3 (três) fases no relé.
O relé é dotado de um contato auxiliar reversor que ligado em série com a alimentação da
bobina de um contator, faz com que a chave magnética desopere quando da ocorrência de
uma falta de fase, desligando dessa forma o motor ou a carga.
Para a simulação da falta de fase, iremos utilizar disjuntores em caixa moldada do tipo Quick-
Leg, que serão intercalados entre os fusíveis NH e os contatos principais do contator, a serem
ligados em série e por polo no circuito de força, conforme diagrama da fig. 4.2.
A prática consiste em efetuar a montagem dos circuitos para acionamento de um MIT com
partida direta (comando e força), e simular a ocorrência da falta de uma fase, desligando o
disjuntor de apenas um polo, o que levará, após alguns segundos, o desarme do contator, e
consequentemente, o desligamento do motor.
O relé falta de fase vem dotado de um dial ( - / + ) que ajusta a sensibilidade de operação do
relé, retardando ou diminuindo o retardo do contato reversor, e seu ajuste vai depender das
condições do regime de partida da carga.
3. MATERIAL EMPREGADO
ATENÇÃO!
CUIDADO ! DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, EXISTIRÃO
PARTES CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS
ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V E 380V. AO CONCLUIR A
MONTAGEM, ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO
PROFESSOR PARA CONFERIR AS LIGAÇÕES.
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
F 220V – 60Hz
e21
e4 95
96
b0
b1 13 23
K1 K1
14 24
RFF h1
A1
K1
N A2
Fig.4.1a
Obs: O contato auxiliar do relé RFF é um contato NA e tão logo o relé receba as tensões das
fases R, S T, ele comuta o contato auxiliar dando condições para a energização da bobina do
contator e consequentemente, da partida do motor.
Quando ocorre uma falta de fase, o relé que esta monitorando a presença de tensão no
circuito de força, a partir da saída dos fusíveis NH, reverte o seu contato auxiliar RFF do
estado operacional fechado para o estado operacional aberto, desenergizando dessa forma, a
bobina de K1, e por sua vez o próprio motor, evitando assim que o mesmo ficasse submetido a
sub-tensão, o que o levaria a queima de um ou dois enrolamentos do estator, dependendo da
ligação e da tensão de alimentação da rede.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 118
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 20
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
380V – 60Hz
R
e1
D
1 3 5 A1
K1 Relé RFF
2 4 6
A2
e4 95
96
PRÁTICA 21
1. OBJETIVO
Familiarizar o aluno com a instalação, parametrização e operação de inversor de
freqüência para acionamento de máquinas CA, com freqüência e velocidade variáveis.
Apresentação teórica de eletrônica de potência, relativa aos conversores CA-CC, CC-CA.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Num passado não muito distante, os motores CA eram considerados de difícil controle. Os
recursos convencionais existentes, como a comutação do número de polos, a ligação de
resistências inseridas no circuito, dentre outros, eram soluções aplicadas mas de resultados
discretos e limitados. Na verdade o problema estava na fonte de alimentação e não no motor,
propriamente dito. A variação da tensão e da freqüência de alimentação do motor, se tornou
viável graças a evolução da eletrônica de potência, que permite o controle da velocidade sem
perda da capacidade de torque.
Com a evolução dos dispositivos semicondutores de potência e da microeletrônica, permitiu-se
avançar na aplicação dos acionamentos CA.
Os principais dispositivos hoje disponíveis no mercado, fruto de constantes pesquisas
tecnológicas na área da eletrônica, são relacionados a seguir:
GTO (Gate Turn-Off thyristor = Tiristor de desligamento pelo gatilho);
BJT (Bipolar Junction Power Transistor = Transistor bipolar de junção);
Mosfet de potência (Metal oxide semiconductor field effect transistors = Transistores de
efeito de campo de óxido de zinco);
IGBT (Insulated Gate Bipolar Transistors = Transistores bipolar de porta isolada);
SIT ( Static Induction Transistors = Transistores de indução estática);
SITH ( Static Induction Thyristor = Tiristor de indução estática);
Cada um destes componentes possuem capacidade de potência e características de
condução e bloqueio (unidirecional, bidirecional, controlável, não controlável), bem como de
sinais de controle peculiares (contínuo, pulsante).
Os conversores são usados para transmitir energia de uma fonte CA para uma carga CC
(retificador), ou de uma fonte CC para uma carga CA (Inversor). A representação esquemática
dos conversores de forma abrangente, pode ser apresentada conforme o diagrama de blocos
da Fig. 1.
CA Retificador CC
Cicloconversor Chopper
CA Inversor CC
Fig. 1
LTCC FURNAS
U1 U2 CARGAS
3ɸ
~
_ _
Conversores Controlável:
São conversores que permitem a variação das grandezas de saída mantendo-se constante as
grandezas de entrada. São exemplo de conversores controlados: Retificador controlado,
Chopper, Inversor auto-controlado, Inversor controlado pela rede, Regulador eletrônico de
tensão (Soft-start), Cicloconversores
Métodos de controle:
Controle escalar
Controle vetorial
A fundamentação teórica das máquinas CA se baseia em equações que descrevem o
comportamento do motor em regime permanente. O método de controle obtido com aplicação
das equações em regime permanente, são denominados de “controle escalar”
Em outras aplicações que é exigido um controle rápido e preciso do torque, como é o caso de
tração elétrica, o controle escalar não é adequado pois não considera o funcionamento da
máquina em regime transitório, daí a necessidade de utilizar as técnicas de "controle vetorial".
Detalhes sobre as técnicas de controle, devem ser vistos em eletrônica de potência.
alimentado pela rede, permanece da mesma forma, entretanto com a curva deslocada
conforme seja a freqüência aplicada.
Teoricamente existem duas faixas de atuação: uma com o fluxo constante, até a freqüência
nominal, e outra, com o enfraquecimento de campo, correspondendo para freqüências acima
da nominal.
Uef. / f = CTE (Fluxo constante)
f > fn Uef. = CTE (Enfraquecimento de campo)
Na prática é necessário reduzir conjugado e potências admissíveis, de forma a compensar as
perdas devido a diminuição da ventilação, quando o motor funciona com velocidade abaixo da
nominal e tem sua refrigeração diminuída, ou devido as harmônicas que são produzidas na
saída do inversor. Portanto para aplicação do inversor, deve-se considerar uma limitação da
curva de torque X freqüência.
Inversor de freqüência:
De acordo com a equação de tensão da máquina, a velocidade de um motor trifásico é
determinada pela freqüência. Se esta varia, deve-se também variar a tensão para que o motor
trabalhe de forma otimizada.
O inversor de freqüência põe a disposição do motor um sistema trifásico de freqüência e
tensão variáveis, e isso se realiza através de um circuito intermediário e com a ajuda de um
retificador não controlável do lado da rede alternada e de um inversor no lado da carga.
No circuito de potência o retificador converte a tensão da rede em tensão contínua. Um
capacitor conectado no circuito intermediário, filtra a tensão CC e fornece a potência reativa
requerida pelo motor. O capacitor funciona como um filtro para limitar as sobretensões na
entrada do inversor.
O estágio inversor gera um sistema trifásico de tensão e freqüência variáveis, conforme o
circuito da Fig.3.
A forma de onda da tensão de saída do inversor para alimentação do motor trifásico (Figs. 4 e
5), é gerada a partir de um sistema de modulação da onda, podendo o comando das chaves
do inversor ser realizado pelos seguintes tipos de modulação:
Onda quadrada;
PWM senoidal;
Deslocamento de fase
Na prática verifica-se que a comutação modulada por largura de pulsos (PWM) dos
transistores de potência, é bastante utilizada, pois produz um menor conteúdo harmônico na
tensão de carga, além de produzir no motor uma corrente aproximadamente senoidal, o que
em termos práticos se traduz em acionamentos suaves com baixos ruídos (Fig. 5)
S1 D1 S3 D3 S5 D5
Ui = 220V
G
C Us
S4 D4 S6 D6 S2 D2
- -
R S T
a b c
Fig. 3
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 123
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 21
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Chaves
Fechadas:
S5 +++++++++ +++++++++ +++++++++
S6 --------- --------- ---------
S1 +++++++++ +++++++++ +++++++++
S2 --------- --------- ---------
S3 +++++++++ +++++++++ +++++++++
S4 --------- --------- ---------
+ + + + + +
Polarização
das fases R T R R S S S T T
após o Us
fechamento
das chaves S S T T R T R R S
_ _ _ _ _ _
Ua
2 Us / 3
ωt
Us/3
Ub
ωt
Uc
ωt
Observe que a cada 60° ocorre uma comutação, e cada interruptor permanece fechado por
180°.
A modulação por onda quadrada apresenta as seguintes características:
Simplicidade no circuito de controle
Alta distorção na carga (conteúdo harmônico);
As chaves são comandadas na mesma freqüência desejada na carga, que em geral é
baixa;
Permite o controle apenas da freqüência aplicada a carga
Onda triangular
Senóide de referência
Fig. 5
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 125
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 21
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
3. MATERIAL EMPREGADO
ATENÇÃO!
CUIDADO ! DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, EXISTIRÃO
PARTES CONDUTORAS QUE NÃO ESTARÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS
ACIDENTAIS. VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V. AO CONCLUIR A MONTAGEM,
ANTES DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO PROFESSOR PARA
CONFERIR AS LIGAÇÕES.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 126
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 21
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
bfr
Parâmetro Função Unid. Reg. de fábrica
Freqüência do motor = a freqüência da rede Hz 50
A C C Tempo da rampa de aceleração linear S 3
dEC Tempo da rampa de desaceleração linear S 3
L S P Low speed = velocidade baixa (mínima) Hz 0
HSP High speed = velocidade alta (máxima) Hz 50
S P 2 2 velocidade pré selecionada
a
Hz 5
SP3
a
3 velocidade pré selecionada Hz 25
ItH Corrente de proteção térmica (nominal da placa do motor) A In
L 2 A Acesso aos parâmetros do nível 2 no
Caso seja necessário fazer ajustes finos no inversor, acessar a parametrização do nível 2
(extensões de funcionalidades).
F N
S1 S2 S3 S4
R1A R1C
U V W COM AI1 +5 A0
5V
+ -
M
3~
Fig. 6
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 127
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 21
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Nesta simulação serão utilizados interruptores de 1 seção (S1, S2, S3, S4) que correspondem
aos atuadores externos nas entradas lógicas LI1, LI2, LI3 e LI4, e 1 (um) potenciômetro de
2,2 k, correspondente a entrada analógica AI1.
Com um multímetro, verifique a posição de cada interruptor marcando cada posição da tecla
com os símbolos correspondentes (aberto = 0, fechado = 1), isso irá facilitar a simulação de
operação das entradas lógicas e por conseguinte, do controle do motor.
Após a montagem do circuito e as ligações efetuadas, proceder de acordo com os passos a
seguir: para acionamento e controle do motor:
4.1.1.3. Para fazer o motor operar com as 4 (quatro) velocidades pré-ajustadas, deve-se
acionar os interruptores em combinação lógica (I / 0), de forma a obter as 4
velocidades pré selecionadas na parametrização:
Possibilidade de obter 4 velocidades previamente selecionadas:
V1: L S P + referência em AI1 (LI3 = 0, LI4 = 0)
V2: S P 2 (LI3 = 1, LI4 = 0)
V3: S P 3 (LI3 = 0, LI4 = 1)
V4: H S P (LI3 = 1, LI4 = 1)
Obs. Caso deseje que o motor gire no sentido anti-horário para as 4 velocidades pré-
ajustadas, é só acionar o interruptor LI2 ao invés do LI1, nas partidas e paradas.
Obs. Caso deseje que o motor gire no sentido anti-horário através do ajuste fino do
potenciômetro (rampa de aceleração e desaceleração), é só acionar o interruptor LI2 ao
invés do LI1.
Parâmetro Função Unid. Reg. fábrica
Bfr freqüência de base = a freqüência da rede; Hz 50
ACC tempo da rampa de aceleração linear; s 3,0
dEC tempo da rampa de desaceleração linear; s 3,0
LSP velocidade baixa (mínima); Hz 0
HSP velocidade alta (máxima); Hz 50
FLG Ganho da malha de freqüência 33
ItH Proteção térmica do motor A In
JPF Supressão da velocidade crítica Hz 0
IdC Corrente de frenagem por injeção de DC na parada A 0,7 In
tdC Tempo de frenagem por injeção automática na parada s 0,5
UFr Parâmetro que permite otimizar o conjugado em velocidade muito 20
baixa.
SP3 3a velocidade pré-ajustada, Hz 5
SP4 4a velocidade pré-ajustada Hz 25
JOG Referência para funcionamento passo a passo Hz 10
Fdt Nível de freqüência associado à função nível de freqüência atingido Hz 0
da saída L0
rPG Ganho proporcional da função regulador PI 1
rIG Ganho integral da função regulador PI 1/s 1
FbS Coeficiente multiplicador da realimentação da função regulador PI 1
L2A Acesso aos parâmetros do nível 2 no
Obs. O motor a ser empregado com esse inversor, deve possui tensões de placa 220/380V.
Como a tensão de linha na saída do inversor é de 220V, fazer as ligações dos terminais do
motor na ligação delta.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 21
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
1. Bornes de Controle
2. Bornes de Potência
Fig. 7
SA SC SB +10 AI1 AI2 AIC COM LI1 LI2 LI3 LI4 +24 LO+ LO
Saída lógica
Entradas analógicas Entradas lógicas Entradas lógicas para relé ou
Contatos NA/NF do CLP
relé de segurança.
Comuta os contatos Alimentação da
com o inversor Referência Comando saída lógica
energizado sem em tensão do sentido (+24V)
defeito. reverso
Comando Alimentação
Alimentação em +10 V Referência do sentido em +24V das
para potenciômetro de em direto entradas e
referência 1 a 10 k corrente saídas lógicas
Comum das Velocidades
Referência entradas lógicas pré-selecionadas
de velocidade e analógicas e
em tensão da saída lógica
L1 L2 E PO PA PB U V W E
F N
U1 V1 W1
M
Potenciômetro KA
3~
Resistência de referência
de frenagem
Obs. Na montagem dessa prática não serão utilizados o resistor de frenagem externo nem o
CLP (KA) para controle do inversor.
Nesta simulação serão utilizados interruptores de 1 seção para compor os atuadores nas
entradas lógicas LI1, LI2, LI3 e LI4, e 1 (um) potenciômetro de 1 a 10k, correspondente a
entrada analógica AI1.
4.2.1.3. Para fazer o motor operar com 2(duas) ou 4 (quatro) velocidades pré-ajustadas,
deve-se configurar as entradas lógicas em PS2 ou PS4 no nível 2 de
parametrização.
Possibilidade de obter 2 (duas) velocidades previamente selecionadas:
Configuração PS2:
V1: LI3 com contato aberto: referência = L S P + referência analógica; (LI3 = 0)
V2: LI3 com contato fechado: referência = H S P; (LI3 = 1)
Obs. Caso deseje que o motor gire no sentido anti-horário para as 2 velocidades pré-
ajustadas, é só acionar o interruptor LI2 ao invés do LI1, nas partidas e paradas.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 133
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 21
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
Obs. Caso deseje que o motor gire no sentido anti-horário para as 4 velocidades pré-
ajustadas, é só acionar o interruptor LI2 ao invés do LI1, nas partidas e paradas.
Obs. Caso deseje que o motor gire no sentido anti-horário através do ajuste fino do
potenciômetro (rampa de aceleração e desaceleração), é só acionar o interruptor LI2 ao
invés do LI1.
F ~ 220v 60 Hz
N
e21
e1
1 3 5 13 A2 bo
K1
2 4 6 14 A1 b1
F N
U1 V1 W1
M
3~ Potenciômetro
de referência
Fig. 9
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 146
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 23
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
PRÁTICA 23
1. OBJETIVO
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
R S T
D = Ponte retificadora, R = Varistores, L = bobina do eletroimã,
K K = Contator.
D -
e4
D L
R R
M
3
FIG. 1
R S T N
D -
e4
~ 220V D L
R R
M
3
FIG. 2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 148
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 23
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
R S T F N
D = Ponte retificadora, R = Varistores, L = Bobina do eletroimã,
K K = Contator, K1 = contato auxiliar do contator
K1
-
D
e4
D L
R R
M
3
FIG. 3
K1 S2 S1
e4
D L
R R
M
3 FIG 4
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 149
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 23
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
3. MATERIAL EMPREGADO
ATENÇÃO!
CUIDADO ! DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, EXISTEM PARTES
CONDUTORAS QUE NÃO ESTÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS.
VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V E 380V. AO CONCLUIR A MONTAGEM, ANTES
DE ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO PROFESSOR PARA
CONFERIR AS LIGAÇÕES.
3. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
F ~ 220V – 60Hz
e21
e4 95
96
b0
b1 13 23
K1 K1
14 24
A1 h1
K1
N
A2
FIG. 5
F ~ 220V – 60Hz
e21
e4 95
96
b0
43
b21 13 K1
K1
14 44
A1
K1 h1
N
A2
FIG. 6
4.2.3. Frenagem rápida: Caso deseje verificar esta opção, proceder conforme o item 4.1.3.
Observar durante a frenagem, o tempo despendido para parada completa do eixo do motor,
fazendo uma comparação com os métodos anteriores.
PRÁTICA 24
1. OBJETIVO
Efetuar uma aplicação integrada do módulo lógico programável, como atuador externo nas
entradas lógicas do inversor de freqüência, para acionamento do motor de indução trifásico
através da função multi-speed (velocidades pré ajustadas), nos sentidos de rotação direto
e reverso.
2. COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Sentido de Velocidades
15/24Vdc Inversor rotação
INVERSOR Direto Reverso Pré Ajustadas
Ent. Lógica 1 2 3 4
Ent. Log.1
Freq./ veloc. Posição lógica do contato
Ent. Log.2
f3 (n3) 1 0 0 1
f4 (n4) 1 0 1 1
f1 (n1) 0 1 0 0
M
3~ f2 (n2) 0 1 1 0
f3 (n3) 0 1 0 1
Fig. 01 f4 (n4) 0 1 1 1
Contato NA = 0, Contato NF = 1
Fazendo uma aplicação integrada com o módulo lógico programável, poderemos programar o
fechamento e abertura das chaves lógicas utilizando as 4 saídas do relé de controle (Q1, Q2,
Q3 e Q4). Dessa forma o módulo lógico será empregado como dispositivo atuador externo,
proporcionando a operação do motor nas 4 velocidades previamente selecionadas e
parametrizadas no inversor de frequência.
O início do processo pode ser disparado através do acionamento de um botão seletor, bem
como para reversão, similarmente como no sistema convencional de reversão.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET-CE PÁGINA: 152
CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 24
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3. MATERIAL EMPREGADO
ATENÇÃO!
CUIDADO ! DURANTE A MONTAGEM E OPERAÇÃO DESSA PRÁTICA, EXISTEM PARTES
CONDUTORAS QUE NÃO ESTÃO PROTEGIDAS CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS.
VOCÊ VAI LIDAR COM TENSÕES DE 220V. AO CONCLUIR A MONTAGEM, ANTES DE
ENERGIZAR O CIRCUITO, SOLICITE A PRESENÇA DO PROFESSOR PARA CONFERIR
AS LIGAÇÕES.
4. PROCEDIMENTO DA PRÁTICA
A prática consiste em programar o módulo lógico para que os contatos dos relés de saída (Q1.
Q2, Q3 e Q4) sejam os atuadores das entradas digitais do inversor de freqüência.
A saída Q1 comandará o acionamento do motor no sentido horário de rotação.
A saída Q2 comandará o acionamento do motor no sentido anti-horário de rotação
As saídas Q3 e Q4 comandarão o acionamento do motor nas seguintes 4 velocidades pré-
programadas:
f1 (n1) = 5 Hz
f2 (n2) = 25 Hz
f3 (n3) = 40 Hz
f4 (n4) = 60 Hz
L N I1 I2 I3 I4 I5 I6 I7 I8
Fig. 02
1 2 1 2 1 2 1 2
Q1 Q2 Q3 Q4
I1----------Q2----[ Q1
Q1--T4--- ----[ M1
I2----------Q1----[ Q2 Display do módulo lógico
Q2--T5--- ----[ M2 programável
M1----------------TT1 (20s)
M2---- ---TT2 (40s) Obs. Lembrar que caso seja
---TT3 (60s) utilizado o módulo lógico da
Telemecanique, os contatos
---TT4 (1min20s) NF são representados por
---TT5 (1min20s) letras minúsculas (q2, t4, q1, t5
T1-----T2---------[ Q3 e t2), ao invés de
sobrebarradas.
T3-------------
T2------------------[ Q4
Fig. 03
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CURSO DE ELETROTÉCNICA PRÁTICA 24
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
F ~ 220V AC – 60 Hz
N
b1 b2
L N I1 I2 I3 I4 I5 I6 I7 I8
1 2 1 2 1 2 1 2
Q1 Q2 Q3 Q4
+24Vcc
N
F
U1 V1 W1
M
3~ Potenciômetro
de referência
Fig. 04
Obs1) Observar que a alimentação das saídas Q1, Q2, Q3 e Q4 do módulo lógico, será de +15
Vcc no inversor modelo ALTIVAR 08 e +24 Vcc no modelo ALTIVAR 18.
Obs3) Lembrar que o fusível de alimentação do circuito de potências do inversor, deve ser
compatível com a corrente do motor (fusível de força tipo NH e não diazed do comando).
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CURSO DE ELETROTÉCNICA TERMINOLOGIA
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
ANEXO 1
TERMINOLOGIA
1. OBJETIVO
Dar conhecimento ao aluno sobre a linguagem própria empregada na definição dos
materiais, equipamentos e dispositivos elétro-eletrônicos, utilizados em circuitos de baixa
tensão, abrangendo os principais termos técnicos adotados na área.
Na composição desta terminologia, foram consideradas e esclarecidas as definições dadas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, através de suas Normas
Brasileiras, e pelas Normas VDE (Verband Deustscher Elektrotechiker) que representa a
Associação de Normas Alemãs.
2. TERMINOLOGIA
ITEM TERMINOLOGIA
ACIONAMENTO COM FECHO: Tipo especial de acionamento para dispositivos de
001 comando. Em lugar de botão ou punho, o dispositivo possui um fecho de forma tal,
que só pode ser acionado mediante destravamento através de uma chave. Evita-se
assim, um acionamento que possa acarretar perigo.
002 ACIONAMENTO MANUAL: Componente mecânico de acionamento de um
equipamento. Ex. botão de comando, punho, alavanca.
003 ACIONAMENTO POR BOTÃO (ou tecla): Comando de um circuito através de um
dispositivo de comando por botão. Com este tipo de acionamento são dados
apenas impulsos de comando de curta duração.
004 ACIONAMENTO POR PUNHO: Acionamento manual no qual o elemento de
acionamento tem a forma de um punho.
005 AJUSTE DO ZERO: Ajuste feito em relés temporizados, que normalmente operam
com retarde e que assim passam a operar instantaneamente.
006 ANEL DE CURTO CIRCUITO: Anel metálico inserido na superfície de contato do
polo magnético de um contator, que fica sob a ação do campo proveniente de uma
corrente alternada para evitar os efeitos de variação de campo e,
consequentemente, da força de atração exercida sobre a armadura do ímã, assim
como para evitar ruídos mais intensos daí resultantes no equipamento. Uma vez
que a corrente alternada modifica a sua intensidade e o seu sentido continuamente,
o campo magnético também se inverte, oscilando entre zero e uma intensidade
máxima. Quando a corrente passa pelo ponto zero, cessa a força de sustentação
do ímã, de forma que o mesmo tende a afastar-se da superfície de contato do polo.
Entretanto, no anel de curto circuito, que também fica sob a ação desse campo
alternado, é induzida uma tensão que, consequentemente, gera uma corrente no
mesmo, dando origem a um novo campo magnético de sentido contrário ao campo
magnético gerado pela bobina. Este se compõe com o campo magnético principal,
de modo que sempre haverá um fluxo de sustentação, mantendo o contator
fechado, sem que apareçam vibrações e ruídos.
007 ARMADURA-SUPORTE DO ÍMÃ: Um eletroímã de contator, é composto por uma
bobina com núcleo de ferro e uma armadura de suporte móvel, feita na maioria dos
casos de chapas de aço-silício empilhadas, formando um núcleo móvel. Quando a
bobina esta energizada e excitada, esse núcleo é atraído pelo núcleo do eletroímã.
Aplicação: nos contatores, os contatos móveis são movidos pela armadura do ímã.
008 ATERRAMENTO: Conexão das partes condutivas de equipamentos elétricos não
pertencentes ao circuito auxiliar, com o condutor neutro.
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CURSO DE ELETROTÉCNICA TERMINOLOGIA
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
ITEM TERMINOLOGIA
009 AUTOTRAVAMENTO: Tendo um relé de sobrecarga operado, resfriam-se as
lâminas bimetálicas, retornando à sua posição inicial, bem como o contato auxiliar
do relé (95-96). Desse modo o equipamento de comando principal religa o motor já
sobrecarregado. Para que isto não aconteça, inclui-se um dispositivo de
autotravamento ou de retenção, que é destravado manualmente. O autotravamento
do relé de sobrecorrente é importante em todos os circuitos de alimentação que
possuam elementos de acionamento permanente, como por exemplo: comando por
chaves bóias, por termostatos, presostatos, e todo dispositivo que proporciona o
automatismo do circuito.
010 BARRA DE CONTATO: Barramento de ligação de dispositivos de manobra
extraíveis. Esse barramento é instalado dentro do cubículo.
011 BOTÃO: Designação dada a dispositivos de comando, aos quais pertencem os
botões de comando de diversos tipos.
012 BOTÃO DE COMANDO FIM DE CURSO: Botão acionado mecanicamente, para
sinalização, comando e limitação de curso. É conhecido também como chave fim de
curso. O miolo da botoeira é que contém os contatos e os terminais do dispositivo
de fim de curso. O elemento de acionamento do fim de curso é fornecido nos
seguintes tipos: pino simples, pino reforçado, pino com rolete, rolete superior, rolete
lateral, haste flexível, haste rígida, alavanca ajustável.
013 BOTÃO SINALISADOR: Botoeira com botão transparente de tal forma que, assim
como num sinalizador luminoso, uma indicação óptica é dada por uma lâmpada
embutida no mesmo.
014 CÂMARA DE EXTINÇÃO: Compartimento de um dispositivo de manobra, que
envolve os contatos principais, destinado a assimilar e extinguir o arco elétrico, e
capaz de resistir as sobrepressões devida à formação do arco.
015 CAPACIDADE DE CARGA:
Elétrica: Corrente de carga
Mecânica: Vida útil mecânica
Térmica: Temperatura limite, corrente nominal de curta duração.
Dinâmica: Resistência dinâmica ao curto-circuito, corrente nominal de impulso.
016 CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO: a) Máxima corrente que um dispositivo de
manobra pode interromper sob condições definidas; b) Valor da corrente presumida
de interrupção que um disjuntor é capaz de interromper sob tensão nominal, nas
condições prescritas de emprego e de funcionamento.
017 CATEGORIA DE EMPREGO (Utilização): a) Classificação dos dispositivos de
comando de cargas (disjuntores, contatores) de acordo com as finalidades para as
quais são previstos e com os esforços aos quais são submetidos. São indicados
pele seguinte simbologia AC1, AC2, AC3, AC4 (em corrente alternada) e DC1, DC2,
DC3, DC4 e DC5 (em corrente contínua) conforme norma VDE 0660.
b) Conjunto de requisitos específicos, relacionados com as condições de
funcionamento de um dispositivo de manobra, escolhido de modo que represente
de maneira significativa, um conjunto de aplicações práticas, conforme ABNT-TB
19-15 05.045.
AC-1 Utilização em manobras com carga ôhmica pura (cargas resistivas) ou
pouco indutivas.
AC-2 Utilização em manobras de circuitos de motores com rotor bobinado, com
anéis coletores, freio por contra corrente, reversão.
AC-3 Utilização em manobras de circuitos de motores com rotor em gaiola (em
curto circuito), desligamento em regime.
AC-4 Utilização em manobras de circuitos de motores com rotor em gaiola,
serviço intermitente, pulsatório e reversão a plena marcha
018 CIRCUITO AUXILIAR: Circuito através do qual são acionados os dispositivos de
manobra.Além disso ele é usado para medição, comando, travamento e sinalização
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CURSO DE ELETROTÉCNICA TERMINOLOGIA
MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
ITEM TERMINOLOGIA
019 CIRCUITO DE COMANDO: Este circuito, para ligar e interromper dispositivos de
manobra, engloba a fonte de alimentação (tensão de comando), os contatos dos
dispositivos de comando, os acionamentos elétricos (bobina e mola) dos
dispositivos de manobra, assim como os elementos auxiliares de manobra.
020 CIRCUITO PRINCIPAL (DE FORÇA): Circuito formado das partes mais importantes
dos contatos principais e dos terminais. Tais partes são destinadas a conduzir a
corrente de operação.
021 CLASSES DE EQUIPAMENTOS: Classes que determinam a vida mecânica útil de
um equipamento. Segundo a VDE 0660, as classes são:
Classe de equipamento Durabilidade número de manobras
A1 10³ = 1.000
A3 3 X 10³ = 3.000
B1 10³ = 10.000
B3 3 X 10³ = 30.000
C1 10³ = 100.000
C3 3 X 10³ = 300.000
D1 10³ = 1.000.000
D3 3 X 10³ = 3.000.000
E1 10³ = 10.000.000
OBS: Por “número de manobras” entende-se um fechamento e uma abertura.
022 COLAMENTO: Fenômeno que pode ocorrer entre os contatos de um dispositivo de
manobra, num dos seguintes casos:
Por correntes de curto-circuito, elevadas e inadmissíveis;
Por pressão pequena demais entre contatos (quando a tensão de comando esta
abaixo da normal – subtensão);
Por comandos incompletos (comandos consecutivos de liga/desliga, rápidos e
descontrolados).
Como consequência de um destes casos, pode ocorrer fusão da cobertura dos
contatos, e com isso, provocar a soldagem dos mesmos
023 COMANDO: Ação efetiva com a finalidade de influenciar ou modificar grandezas de
operação (resistência) em um circuito, incluindo ligação e interrupção, dependendo
do caso.
024 COMPENSAÇÃO DE TEMPERATURA: Processo destinado a compensar a
variação de temperatura ambiente, em particular nos relés térmicos. A temperatura
ambiente influi no tempo de disparo de relés ou disparadores de sobrecorrente.
Essa compensação é sempre necessária, quando a temperatura ambiente do
equipamento por proteger é diferente da temperatura ambiente do elemento de
proteção (relé ou disparador). A compensação é feita mediante uma lâmina
bimetálica suplementar.
025 COMUTADOR: Dispositivo de manobra auxiliar que tem, tanto na posição fechada
como na posição aberta de um dispositivo de manobra, uma posição fechada.
026 CONJUNTO MAGNÉTICO: Em dispositivos de manobra em baixa tensão, é o
conjunto formado pela armadura-suporte de ímã, pelo núcleo e pela bobina de
excitação. É o ímã completo que é utilizado para o acionamento de contatores ou
disparadores magnéticos. Existem conjuntos magnéticos de CA e CC.
027 CONTATO: Parte de um dispositivo de manobra através do qual um circuito é
ligado ou interrompido. Existem os contatos fixos e os móveis, e de acordo com a
utilização, contatos principais, contatos auxiliares, etc.
Normalmente os contatos principais são designados por números de um só dígito:
Ex: 1-2, 3-4, 5-6 (par de contatos). Já os contatos auxiliares são designados por
número de dois dígitos, onde o primeiro dígito representa a ordem sequencial do
contato, e o segundo representa se o contato é abridor (NF) ou fechador (NA): Ex.
13-14, 21-22, 31-32, 43-44.
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MANUAL DE COMANDOS INDUSTRIAIS Prof. Gênova
ITEM TERMINOLOGIA
028 CONTATO ABRIDOR: Contato que abre, quando do estabelecimento, e que fecha,
quando da interrupção de um dispositivo de manobra. Em literatura antiga,
designado por “normalmente fechado” ou NF.
029 CONTATO AUXILIAR: a) Contato de chave auxiliar.
b) Contato inserido em um circuito auxiliar e operado mecanicamente pelo
disjuntor ou eletromagneticamente pela bobina de um contator.
030 CONTATO DE SELO: Contato fechador auxiliar, encontrado particularmente nos
contatores, que é comandado simultaneamente com os contatos fechadores
principais, e através do qual é selada a alimentação da bobina do contator. Este
contato é ligado em paralelo com o botão liga de comando do contator.
031 CONTATO EM PONTE: Contato móvel, que abre ou fecha simultaneamente dois
pontos de contato, como por exemplo, o contato móvel de um contator.
032 CONTATO FECHADOR OU NORMALMENTE ABERTO: Contato que fecha ,
quando do estabelecimento do equipamento, e que abre, quando da interrupção de
um dispositivo de manobra. Em literatura antiga, designado por contato
normalmente aberto (NA).
033 CONTATO FIXO: a) Parte de um elemento de contato, fixado ao dispositivo de
manobra. Sobre os contatos fixos são pressionados, os contatos móveis, quando da
ligação b) Peça de contato praticamente imóvel.
034 CONTATO PRINCIPAL: a) Contato no circuito principal de um dispositivo de
manobra. b) Contato inserido no circuito principal de um disjuntor, previsto para
conduzir, na posição fechada, a corrente desse circuito.
035 CONTATOR: Dispositivo de manobra mecânico, acionado eletromagneticamente,
construído para uma elevada frequência de operação e cujo arco é extinto no ar. O
contator é, de acordo com a carga, um dispositivo de comando de motor e pode ser
utilizado individualmente ou acoplados a relés de sobrecorrente, na proteção contra
sobrecargas. Há certos tipos de contatores com capacidade de estabelecer e
interromper correntes de curto-circuito. Basicamente existem contatores para
motores e contatores auxiliares.
036 CONTATOR COM REMANENTE: Contator com travamento magnético no qual é
aproveitada a força coercitiva do sistema magnético.
037 CONTATOS DE PRATA: Contatos cujas superfícies de contato são placas de
prata. Tais contatos têm a vantagem de não ficar deteriorados, como os de cobre,
por oxidação, nas operações em regime permanente.
038 CONTATOS MÓVEIS: Contatos movidos pelo acionamento ou pelo eixo de
comando do dispositivo de manobra, quando da operação.
039 CORRENTE DE CARGA: Corrente que pode circular continuamente por um
circuito, sem que ele sofra esforços térmicos ou dinâmicos (temperatura-limite)
acima dos permanentemente admissíveis.
040 CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO: Designação genérica para a corrente passível
de ocorrer no local de instalação de um dispositivo de manobra, quando os
terminais estão curto-circuitados..
041 CORRENTE DE INTERRUPÇÃO: a) (corrente nominal de operação) Corrente que
pode ser interrompida por um dispositivo de manobra (disjuntor), em condições
normais de operação. Da amplitude dessa corrente depende, principalmente. A vida
útil dos contatos. b) Corrente no polo de um disjuntor no instante do início do arco,
durante uma operação de abertura.
042 CORRENTE DE PARTIDA: 1) Corrente que um motor consome, quando ligado
porém ainda em repouso (na partida ou na frenagem). Seu valor médio é cerca de 6
a 8 vezes a corrente nominal nos motores em gaiola. 2) É a corrente que uma
bobina de contator consome, por exemplo, em curto espaço de tempo, durante a
fase de ligação do contator. Nos equipamentos SIEMENS, o valor médio é de 10 a
20 vezes a corrente nominal (In), onde In é a corrente perante excitação de
sustentação.
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ITEM TERMINOLOGIA
043 CORRENTE DE PICO: Máximo valor instantâneo de corrente, por exemplo, no ato
de ligação.
044 CURTO-CIRCUITO: a) Ligação praticamente sem resistência, de condutores sob
tensão, tensão esta que pode ser a de ensaio. Nestas condições, através de uma
resistência transitória desprezível, a corrente assume um valor muitas vezes maior
do que a corrente de operação; assim sendo, o equipamento e parte da instalação
poderão sofrer um esforço térmico (corrente suportável de curta duração) ou
eletrodinâmico (corrente nominal de impulso) excessivos. Três são os tipos de
curto-circuito: o trifásico entre três condutores de fase, o monofásico, entre dois
condutores de fase e o para a terra, entre um condutor de fase e a terra ou um
condutor aterrado (falta para a terra). b) Ligação intencional ou acidental entre dois
pontos de um sistema ou equipamento elétrico, ou de um componente, através de
uma impedância desprezível.
045 CURVA CARACTERÍSTICA DE DISPARO: Representação gráfica da relação entre
tempo de disparo-corrente, através da qual se pode determinar após quanto tempo
o disparador, o relé de disparo ou o fusível opera com uma determinada corrente.
As curvas características constam de catálogos, instruções de operação ou de
placas características, tendo como condição inicial a do elemento sensor à
temperatura ambiente (fria).
046 CURVA CARACTERÍSTICA TEMPO-CORRENTE: É a curva que indica em que
tempo, a uma determinada corrente, um relé ou um disparador de sobrecorrente ou
um fusível opera.
047 DIAGRAMA DE LIGAÇÃO DO EQUIPAMENTO: Diagrama que representa todas
as ligações e todos os elementos de contato de um equipamento ou combinações
de equipamentos. Ele esclarece sobre o tipo, a ligação e a forma de operação do
equipamento, porém não instrui sobre o seu dimensionamento.
048 DIAGRAMA FUNCIONAL: Representação individualizada dos circuitos principal e
auxiliar (circuito de comando), sem que seja considerada a disposição construtiva
dos contatos, visando somente a facilitar a representação funcional do circuito. O
desenho em conjunto do circuito principal e circuito auxiliar ou de comando, é
designado como diagrama integrado ou multifilar.
049 DISPOSITIVO DE COMANDO: Destina-se a comandar, direta ou indiretamente,
equipamentos de manobra e/ou de operação. De acordo com o caso, têm-se
dispositivos de comando para circuitos principais e para circuitos auxiliares.
050 DISPOSITIVO DE COMANDO E SINALIZAÇÃO: Dispositivo destinado a acionar à
distância um dispositivo de manobra, através de um comando de curta duração. A
lâmpada nele embutida sinaliza a posição de operação.
051 DSIPOSITIVO DE INTERRUPÇÃO DE EMERGÊNCIA: São chaves e botões de
comando de interrupção de emergência, podendo ter o botão do tipo cogumelo, de
maneira a facilitar numa emergência o seu acionamento.
052 DISPOSITIVO DE INTERTRAVAMENTO: Dispositivo que torna a operação de um
dispositivo de manobra dependente da posição ou da operação de outro ou outros
equipamentos.
053 DISTÂNCIA DE ESCOAMENTO: a) Caminho em que uma corrente pode percorrer,
sobre a superfície de um corpo isolante, em virtude da sujeira ou da umidade entre
duas partes condutivas sob tensão. b) Menor distância, medida sobre a superfície
externa de um isolante sólido, entre duas partes condutoras que apresentam
diferença de potencial entre si.
054 DURABILIDADE DO EQUIPAMENTO: A durabilidade do equipamento é dada, via
de regra, pela vida útil mecânica.
055 EIXO DE ACIONAMENTO: Parte de um dispositivo de manobra através da qual
são acionados os contatos. Ao eixo de manobra é acoplado o acionamento.
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056 ELEMENTO DE ACIONAMENTO: Em dispositivos de comando, é a parte montada
nos painéis e portas frontais de quadros, geralmente acionando direta ou
indiretamente esses dispositivos. Os elementos de acionamento são: botões, teclas,
manoplas, punhos, alavancas, chaves, botões sinalizadores, pino, rolete, etc.
057 ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA: Aquecimento do equipamento acima da máxima
temperatura do ambiente admissível. Seu valor, somado à temperatura ambiente,
fornece a temperatura-limite.
058 ELO FUSÍVEL: Parte ativa de um fusível, de forma definida, constituída por ex. ,de
cobre e envolvida pelo corpo do fusível. Ele funde por sobrecarga ou por curto-
circuito, devido ao efeito térmico da corrente. O elo de um fusível com retardamento
tem duas características: é formado por uma espécie de ponte e por
estrangulamento nos extremos. A ponte funde-se em sobrecarga, e os
estrangulamentos, em curto-circuito.
059 FAIXA DE OPERAÇÃO: Faixa na qual a tensão de comando pode diferir da tensão
nominal de comando, sem que seja afetada a segurança de operação do dispositivo
de manobra (ex: contator). Segundo a norma VDE 0666, o contator deverá ligar
com segurança, com 085 a 1,1 vezes a tensão de comando.
060 FAIXA DE REGULAGEM: Faixa na qual pode ser ajustado o valor de disparo
desejado de um relé (ex: relé temporizado, relé de sobrecarga) ou de um disparador
(disparador de sonbretensão por ex.).
061 FALTA DE FASE: É quando uma das fases da rede de alimentação é interrompida.
Com isso, o enrolamento do motor pode queimar, se não for desligado (relé falta de
fase).
062 FORÇA COERCITIVA: É a força residual em materiais magnéticos e o esforço de
manter uma propriedade magnética adquirida por um material. Por isso os
eletroímãs tem um magnetismo remanente (remanência) no núcleo, depois de
desligada a bobina de magnetização.
063 FRENAGEM POR CONTRACORRENTE: a) Método se frenagem de motores
trifásicos, invertendo-se a polaridade de dois condutores, com o que o motor passa
a ter um momento de torção de sentido contrário. Interrompendo-se a
contracorrente no instante exato (com sensor de frenagem), evita-se que o motor
passe ao sentido de rotação inverso. b) Forma de frenagem regenerativa na qual é
invertida a corrente principal de uma máquina de corrente contínua. c) Frenagem
por inversão de fases: Forma de frenagem de um motor de indução, obtida
invertendo-se a sequência de fases de sua alimentação.
064 FREQUÊNCIA DE OPERAÇÃO: A frequência de operação indica quantas
manobras por unidade de tempo podem ser realizadas por um dispositivo.
065 FUSÍVEL NH: (Do alemão, onde N é de Niederspannung = baixa tensão, e H é de
Hochleistung = alta capacidade): Dispositivo de manobra destinado a interromper a
corrente do circuito pela fusão do seu elo fusível envolto em areia. A fusão do elo
dá-se pelos efeitos térmicos da corrente. O fusível NH tem na faixa de sobrecarga
uma característica de desligamento com retardo, isto é, um tempo de atuação tão
longo que é possível ligar um motor com sua corrente de partida, sem que se funda
o elemento fusível (vide curva tempo-corrente característica do fusível). Esses
fusíveis, em construção especial, adaptam-se também a outras funções, como por
exemplo, para proteção de tiristores (fusíveis ultra rápidos). Além disso, eles tem
alta capacidade de interrupção, significa dizer que podem interromper correntes de
curto-circuito até 100kA.
066 GRAU DE PROTEÇÃO: Grau que indica a proteção contra toques, penetração de
corpos estranhos e de líquidos, designado para determinado equipamento.
067 INTERTRAVAMENTO: Processo de ligação entre os contatos auxiliares de vários
dispositivos, pelo qual as posições de operação desses dispositivos são
dependentes umas das outras. Através do intertravamento evita-se a ligação de
certos dispositivos antes que outros permitam essa ligação.
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068 JAMPE: Tira de material condutor (geralmente cobre) para encaixe de fusíveis NH
ou diazed, em lugar dos mesmos. Nesta situação elimina-se a proteção calibrada
proporcionada pelos antigos fusíveis. O jampe também é utilizado em diversas
situações em circuitos elétricos, bypassando de um contato para outro, de maneira
a eliminar uma seccionadora, ou dando continuidade elétrica a uma rede que esteja
ancorada em suportes fixos.
069 LIGAÇÃO EM PARALELO: Tipo de ligação no qual dois ou mais dispositivos de
manobra, contatos ou condutores são ligados paralelamente no mesmo circuito.
070 LIGAÇÃO EM SÉRIE: Tipo de ligação no qual mais um dispositivo, componente ou
contato são ligados consecutivamente no mesmo circuito.
071 MANOBRA: Ligação e desligamento de um dispositivo.
072 MEIO EXTINTOR: Meio no qual o arco elétrico é levado à extinção. Para os nossos
equipamentos, existem os seguintes meios de extintores:
1. Ar (praticamente, para todos os equipamentos de manobra de baixa tensão);
2. Areia (Fusíveis NH e diazed);
3. Vácuo (contatos a vácuo);
4. Óleos, naturais ou sintéticos (geralmente na média e alta tensão)
073 NÚCLEO LAMINADO: É usado em núcleos magnéticos de corrente alternada, de
contatores e outros eletroímãs, para baixar as perdas no ferro. Os núcleos são
compostos de chapas sobrepostas, isoladas entre si (não são usados para corrente
contínua que emprega núcleos maciços).
074 NÚMERO DE POLOS: Número de elementos de um dispositivo de comando ou de
proteção (contatos, bimetais, etc).
075 PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO TIPO CCM: Painéis que contém os Centros de
Controle de Motores. São conjunto de armários modulados, com gavetas ou “racks”.
076 PARTIDA LENTA: Quando um motor necessita de mais 5 Seg. desde a sua ligação
até alcançar a sua rotação nominal em função de suas condições de carga, fala-se
em partida lenta. Para a proteção de motores com partida lenta, são necessários
relés de sobrecorrente especiais e, melhor ainda, uma proteção de motor por
termistor.
077 PASSAGEM PELO PONTO ZERO: Em corrente alternada, a corrente e a tensão
mudam contínua e alternadamente de sentido e amplitude. No instante da mudança
de sentido, tanto corrente como tensão tronam-se iguais a zero. A este instante
chama-se passagem pelo ponto zero, situação que facilita a extinção do arco
elétrico.
078 PEÇA DE CONTATO: Uma das partes condutoras que formam um contato.
079 PRESSÃO DE CONTATO: Pressão com a qual duas partes condutivas (contatos)
se tocam. Quando a pressão de contato é muito pequena, a resistência transitória
torna-se muito alta, persistindo o perigo de que as temperaturas-limite admissíveis
sejam ultrapassadas.
080 PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO: Limitação dos efeitos destrutivos das
correntes de curto-circuito através de elementos de proteção adequados, a saber:
1. Fusíveis NH ou diazed;
2. Disjuntores com disparadores eletromagnéticos de sobrecorrente sem
retardamento.
081 PROTEÇÃO DO MOTOR: Proteção contra os efeitos de sobrecarga e curto-circuito
sobre o motor, isto é, proteção da isolação do enrolamento contra aquecimentos e
esforços eletrodinâmicos inadmissíveis, através de:
1. Relés térmicos de sobrecorrente (no caso de comando por contatores);
2. Relés térmicos de sobrecorrente com e sem retardamento ou com retardamento
de curta duração (no caso de comando por disjuntores);
3. Proteção do motor por termistor (controle de temperatura do enrolamento por
termosensores);
4. Fusíveis de curto circuito (fusíveis NH ou diazed)
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082 POTÊNCIA DE RETENÇÃO: Potência permanente de alimentação da bobina de
um sistema eletromagnético (um contator por ex.,) destinado a fornecer o fluxo
magnético necessário para manter o núcleo móvel atraído pelo fixo. Distinguem-se
as potências de retenção no fechamento e potência de retenção em serviço normal.
083 RECOBRIMENTO DA PEÇA DE CONTATO: Cobertura, geralmente de metal nobre
(prata, liga de prata), utilizada em contatos de dispositivos de manobra.
084 REGIME INTERMITENTE: Regime no qual o dispositivo de manobra liga e
interrompe periodicamente, com tempo de carga e intervalo de repouso de
operação tão reduzidos, que suas partes condutivas não alcançam o equilíbrio
térmico, quer na fase de aquecimento, quer na de resfriamento. A identificação do
regime é feita pela indicação do tempo relativo de carga e da duração da série de
operações. Não confundir com regime de curta duração.
085 REGIME PERMANENTE: a) Regime no qual os contatos principais do dispositivo
de manobra ou a bobina de um disparador de tensão podem ficar fechados por
tempo indeterminado.
b) Regime de um sistema ou equipamento elétrico, ou de um componente, em que
as grandezas físicas que caracterizam seu funcionamento, tem valores estáveis.
086 RELÉ: Dispositivo de proteção e, eventualmente, de comando à distância, cujos
contatos auxiliares comandam, perante certas grandezas elétricas (corrente,
tensão), outros dispositivos através de circuitos auxiliares, eventualmente com
retardamento pré-ajustado (relé temporizado). Os relés podem ser dispositivos
individuais ou componentes de dispositivos de manobra.
087 RELÉ DE FALTA DE FASE: Dispositivo independente ou complementar acoplado a
um relé térmico de sobrecorrente com retardamento, que tem por finalidade o
desligamento de motores trifásicos, que venham por defeito operar com falta ou
desequilíbrio de fases. Quando o relé falta de fase for um componente
independente, o mesmo deve ser instalado no circuito terminal de alimentação do
motor trifásico.
088 RELÉ DE SOBRECORRENTE: Relé com desligamento retardado dependente de
corrente. É utilizado na proteção de equipamentos elétricos (motores) contra
sobrecarga. O relé opera de forma semelhante ao disparador de sobrecorrente,
sem atuar, entretanto, mecanicamente sobre o mecanismo de travamento do
dispositivo de manobra, mas sim, sobre um chave auxiliar do relé. Tal chave auxiliar
é que faz, eletricamente, a interrupção por comando à distância, do dispositivo de
manobra através de um circuito de comando. Os relés de sobrecorrente devem ser
protegidos por fusíveis contra danos provocados por curto-circuitos. Cada relé terá
o seu fusível apropriado, indicado pelo fabricante.
089 RELÉ TEMPORIZADO: Relé com uma escala de ajuste e que opera com
retardamento. Faz a temporização de operação ou comutação de componentes dos
circuitos.
090 RENDIMENTO: Relação entre o valor útil de uma grandeza fornecida por um
sistema ou equipamento elétrico, ou por um componente, e o valor total da mesma
grandeza por ele absorvida. Símbolo: = ( V / Vt ) x 100 %
091 RESISTÊNCIA DE CONTATO: Relação entre a diferença de potencial existente
entre duas superfícies em contato, e a corrente que circula de uma para outra, não
havendo força eletromotriz entre elas.
092 RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO: Propriedade do material isolante que age no
sentido de evitar que este se torne, por si só, condutor em razão das correntes de
descarga.
093 RICOCHETE: Abertura resultante da repulsão entre contatos, no ato da ligação.
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094 SELETIVIDADE: Operação conjunta de dispositivos de proteção que atuam sobre
os de manobra ligados em série para a interrupção escalonada de correntes
anormais (por ex., de curto-circuito). O dispositivo de manobra deve interromper a
parte do circuito conectada imediatamente após ele próprio. Os demais dispositivos
de manobra devem permanecer ligados. A seletividade limita os efeitos de uma falta
a uma grandeza mínima em tempo e espaço.
095 SINALIZADOR LUMINOSO: Indicador ótico de uma condição de operação ou
controle de um comando, ao acender ou apagar de uma lâmpada.
096 SOBRECARGA TÉRMICA: Situação de elevação de temperatura devida a corrente
de carga que pode levar o material ao recozimento e a fusão.
097 TEMPO DE RICOCHETE: Intervalo de tempo entre o primeiro toque dos contatos
até a posição final de repouso, na fase de ligação. O tempo de ricochete é fator
decisivo na vida útil elétrica e na confiabilidade de um dispositivo de manobra.
098 TENSÃO DE COMANDO: É a tensão nos terminais de bobinas de contatores,
disparadores, relés de tempo, etc.
099 TENSÃO DE OPERAÇÃO: Tensão de alimentação da rede, entre os condutores de
um equipamento parte de uma instalação.
100 TENSÃO NOMINAL: Valor eficaz da tensão pelo qual um dispositivo de manobra é
designado e ao qual são referidos outros valores nominais.
101 TERMISTOR: Parte do dispositivo de proteção do motor, montado no enrolamento
do motor a proteger. O termistor modifica (aumenta) a sua resistividade com o
aumento da temperatura.
102 VELOCIDADE DE OPERAÇÃO: Velocidade dos contatos móveis na ligação ou no
desligamento.
103 VIDA ÚTIL: Tempo no qual um dispositivo de manobra deve operar
satisfatoriamente sob condições normais. Ela é dada em números de manobras.
Diferencia-se vida útil mecânica e elétrica.
104 VIDA ÚTIL MECÂNICA: Durabilidade quando operado em vazio.
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ANEXO 2
BIBLIOGRAFIA
ITEM TÍTULO AUTOR EDITORA
01 Diagramas Elétricos de Comando e Proteção Papenkort, F. EDUSP
02 Equipamento Elétrico Industrial Schimidt, Walfredo Mestre Jou
03 Seleção e aplicação de motores elétricos Lobosco, Orlando Sílvio – Mc Graw-Hill
SIEMENS
04 Manual de baixa tensão Schmelcher, Theodor – Nobel
SIEMENS
05 Máquinas Elétricas e transformadores Kosow, Irving Lionel Editora Globo
06 Máquinas Elétricas Fitzgerald, A . E. Mc Graw-Hill
07 Manual de Automação por contatores Roldán, José Hermus
08 Manual de Chaves de Partida WEG ACIONAMENTOS WEG
09 Manual de Contatores e Relés de Sobrecarga WEG ACIONAMENTOS WEG
10 Manual de Motores Elétricos WEG MOTORES WEG
11 Projetos de Quadros de Baixa Tensão Dib, Wanderley Mauro – SIEMENS
SIEMENS
12 Tecnologia dos Equipamentos Eletro-Industriais de Informativo Técnico SIEMENS
Comutação SIEMENS
13 Esquemas de automatismos em electricidade e Vaz Emanuel Eduardo Lopes da Silva
electrônica Pires Editira
14 Motores Elétricos – Manutenção e Testes Almeida, Jason Emirick de Hermus
15 Manual do Instalador de Motores Elétricos Parés, José Maria Plátano Editora
16 Material Elétrico Industrial : SIEMENS SIEMENS
a
Parte 1 : Botões de comando/ sinalização
Parte 2: Chaves e seccionadores
Parte 3: Fusíveis e seccionadores-fusíveis
Parte 4: Contatores e relés
Parte 7: Chaves de partida
17 Informação Tecnológica - Eletricidade SENAI SENAI
18 Símbolos Gráficos de Eletricidade Informativo Técnico SIEMENS
SIEMENS
19 Manual Técnico – Chave de partida SOFT STARTER WEG AUTOMAÇÃO WEG
microprocessada
20 Catálogo da Stieletrônica – Relé fotoelétrico magnético, Stieletônica Stieletrônica
Relé fotoelétrico térmico, Chave para comando em grupo.
21 Catálogo Relé fotoelétrico LINSA LINSA LINSA
22 Catálogo ACE: Chaves Pacco, Chaves fim de curso, ACE ACE
Seccionadoras e comutadoras
23 Revista ELETRICIDADE MODERNA Aranda Editora Aranda Editora
24 Catálogo da ALTRONIC Altronic S/A Altronic S/A
25 Catálogos WEG: Contatores, relés de sobrecarga, chaves WEG ACIONAMENTOS WEG
fim de curso, fusíveis.
26 Controle de velocidade de máquinas CA com tiristores. Hector Arango, Jõao FUPAI
Roberto Cogo, Délvio
27 Catálogo SIMOVERT P inversores de freqüência da série SIEMENS SIEMENS
6SE21.
28 Tecnologia: Acionamento de corrente alternada de SIEMENS SIEMENS
velocidade/freqüência variáveis
29 Folheto de instruções da TELEMECANIQUE para TELEMECANIQUE TELEMECANI
instalação, parametrização e operação do inversor de QUE
freqüência ALTIVAR 08
30 Catálogo Inversor de Freqüência CFW-05 WEG WEG WEG
31 Catálogo LH4-N A partida suave Soft starter Groupe Schneider Schneider
32 Manual de operação Inversores de freqüência para Schneider Electric Telemecanique/
motores assíncronos – Altivar 18 Schneider
33 Catálago Inversor de freqüência Altivar 18 Groupe Schneider Telemecanique
34 Guia de treinamento – EASY 412-AC-R Relé de controle Klocner Moeller Klocner Moeller
35 Módulo lógico programável ZELIO, manual de instruções Groupe Schneider Telemecanique
36 Catálago moto freio trifásico monodisco WEG WEG
37 Eletrônica de Potência - Circuitos, dispositivos e aplicações Muhammad H. Rashid Makron Books
38 Motor Drive – Folheto com dados técnicos WEG AUTOMAÇÃO WEG
39 Manual de instruções - Moto Redutores SEW SEW do Brasil SEW