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PARTÍCULAS MAGNÉTICAS

Controle de Processo – Módulo 3A


Objetivo da apresentação

• Ser um guia rápido para o controle do processo de ensaio por


Partículas Magnéticas tendo como base a ASTM E-1444 em
sua versão 2021.
• Fornecer conhecimentos para inspetores nível 1 e 2
controlarem de forma efetiva os itens que impactam nos
resultados do ensaio de partículas magnéticas.
Processo de fabricação da peça

Fundição Limpeza Usinagem


inicial ou Execução do ensaio de Pintura ou
Forjamento ou
preparação Partículas Magnéticas Tratamento
Soldagem da Limpeza
(processo especial) pós ensaio
Usinagem superfície final
Processo de inspeção por partículas magnéticas

Limpeza inicial Magnetização e


Interpretação e
ou preparação aplicação do desmagnetização
laudo
da superfície banho

Processo Especial
Processo de Partículas Magnéticas
(totalmente controlado)
SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL
TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

PARTÍCULAS
ADEQUADAS

ACOMPANHAMENTO
Escolha do método de Limpeza Inicial

• Em um sistema portátil como Yoke, normalmente esta etapa


fica na responsabilidade do inspetor, uma vez que trata-se de
grandes áreas inspecionadas em frações. O tempo não é um
fator essencial
• Em sistemas de inspeção seriada, utilizando-se equipamentos
estacionários a limpeza faz parte do processo e está inserida
na linha de produção. O inspetor consegue apenas
comprovar a eficácia ou não da limpeza (ex. teste de
molhabilidade). Neste tipo de ensaio o tempo é essencial
Escolha do método de Limpeza Inicial

• Tipo de contaminante;
• O efeito do tipo de limpeza na peça;
• A praticidade ou aplicabilidade do método de limpeza para a
peça;
• Requisitos específicos de limpeza do comprador/usuário
Limpeza Inicial

Deve garantir a ausência:


• Água, óleo, graxa;
• Óxidos, sujeiras, sais;
• Carepas, areia, ou partículas soltas na superfície
• Resíduos de produtos químicos ácidos (reduz a fluorescência)
ou alcalinos
Tipos recomendados de limpeza

• Limpeza por detergente;


• Limpeza por solvente;
• Vapor degradante;
• Limpeza Alcalina;
• Limpeza Ultrassônica;
• Ataque ácido
Processo de Partículas Magnéticas
(Processo especial) SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL
TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

PARTÍCULAS
ADEQUADAS

ACOMPANHAMENTO
Profissional Qualificado
O profissional que realiza o ensaio não destrutivo por partículas magnéticas tem uma
grande influência nos resultados pois ele é o responsável pelas seguintes atividades:

✓ Preparar e verificar os ajustes dos equipamentos como corrente e tipos de campos


a serem aplicados, tempo de magnetização.

✓ Checar as condições do equipamento (amperímetro), intensidade de iluminação,


condições do banho de partículas magnéticas, efetuar o teste de sensibilidade;

✓ Realizar e supervisionar os ensaios;


✓ Interpretar e avaliar os resultados de acordo com os códigos, normas,
especificações ou procedimentos aplicáveis;

Desta forma é essencial que a empresa garanta que ele possui a capacitação
necessária para executar as tarefas relativas ao ensaio.
Níveis de qualificação
Existem diversas normas e recomendações sobre como garantir esta
“qualificação”. Normalmente é recomendado que os profissionais sejam
qualificados em três níveis diferentes:

Nível 1 – responsável pela operação do equipamento baseado em instruções


previamente elaboradas.

Nível 2 – supervisiona o nível 1, responsável pelos cálculos e geração das


instruções técnicas para cada peça. É responsável também pela interpretação das
indicações.

Nível 3 – responsável pela instalação de END, supervisiona as atividades do nível


1 e 2, além de elaborar os procedimentos de ensaio.
Requisitos de qualificação
De forma geral, um sistema de qualificação e certificação é
composto pelas seguintes requisitos:

✓ Treinamento mínimo

✓ Experiência mínima no método

✓ Requisitos de visão (acuidade visual)

✓ Escolaridade mínima

✓ Aprovação em exames teórico e prático


Modelos de certificação

✓ Certificação Centralizada baseado em normas


regionais (CP-189, NAS-410) ou internacionais
(ISO 9712, ISO 11484).

✓ Certificação do empregador – Baseado em


práticas recomendadas como a SNT-TC-1A.
Modelos de certificação
✓ Certificação Centralizada – existe um organismo de terceira
parte que administra o processo de qualificação e garante a
imparcialidade e confidencialidade do processo, normalmente
baseado em normas regionais (CP-189, NAS-410) ou
internacionais (ISO 9712, ISO 11484). A certificação pertence
ao profissional que deve demonstrar através de exames de
qualificação que possuem o objetivo de verificar os
conhecimentos e habilidades nas várias técnicas do método
aplicável. Os exames são aplicados em centros auditados
conhecidos como Centros de Exames de Qualificação ou CEQ.
O ICNDT audita vários países que assinaram um tratado de
mútuo reconhecimento, este tratado é conhecido como MRA.
Atualmente participam deste processo, cerca de 40 países,
entre eles o Brasil.
Modelos de certificação
✓ Certificação do empregador – o próprio interessado na
qualificação do empregado (primeira parte) administra o sistema
de qualificação através de um profissional nível 3. Baseado em
práticas recomendadas e um documento interno da empresa que
detalha como será conduzida a qualificação, chamada de prática
escrita. A SNT-TC-1A é uma recomendação prática com origem
nos EUA. Neste modelo a certificação pertence ao empregador e
trata especificamente do produto e técnica utilizada na empresa.
Os exames são aplicados pelo N3 na própria empresa. A
aceitação deste tipo de certificação depende do setor industrial e
das empresas envolvidas na relação comercial. Este modelo de
certificação é muito empregados nos setores automotivo e
aeronáutico.
Normas e práticas recomendadas

NAS-410 CP-189 ISO 11484 ISO 9712 SNT-TC-1A


Normas / práticas recomendadas
✓ ANSI / ASNT CP-189 - Standard for Qualification and Certification of Nondestructive
Testing Personnel

✓ NAS 410 Certification & Qualification of Nondestructive Test Personnel

✓ ABNT NBR ISO 9712 - Ensaios não destrutivos — Qualificação e certificação de


pessoal em END (ISO 9712)

✓ ISO 11484 - Steel products — Employer's qualification system for non-destructive


testing (NDT) personnel

✓ Prática Recomendada ASNT SNT-TC-1A

✓ Conforme especificado no contrato ou pedido de compra e detalhado em um


documento conhecido como “Prática Escrita”
Processo de Partículas Magnéticas
(Processo especial) SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL
TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

PARTÍCULAS
ADEQUADAS

ACOMPANHAMENTO
Processo de Partículas Magnéticas

• Procedimento documentado e validado.


– Procedimento de como executar o ensaio e
todos os controles e testes que devem ser
efetuados
– Instrução Técnica, documento que define
os ajustes para cada tipo de peça fabricada
– Relatório de ensaio (quando aplicável)
Processo de Partículas Magnéticas

Atendem a um setor ou grupo de


equipamentos (vasos de
Normas (ASME, pressão/caldeiras, setor
ASTM, ABNT) aeroespacial, ferroviário)
Mais
Detalha como efetuar o detalhada e
Procedimento ensaio em um conjunto de menos
peças dentro de um setor abrangente
ou produto (forjados,
soldas)

Como ensaiar uma


Instrução técnica peça, trazendo
informações
detalhadas, como
corrente, sobreposição
a ser utilizada
Processo de Partículas Magnéticas
(Processo especial) SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL
TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

PARTÍCULAS
ADEQUADAS

ACOMPANHAMENTO
Processo de Partículas Magnéticas
• Equipamento de Magnetização
– A escolha do equipamento adequado e técnica de
magnetização mais adequada. Tipo de corrente a se utilizar
e tempo de pulso necessário.
– Quanto maior a dimensão e a massa da peça, mais
corrente é necessária para o ensaio;
– Dimensionamento dos fluxos magnéticos são fundamentais
para se confirmar a adequação das correntes;
– Tanque de agitação que mantenha o banho com
concentração e aspersão uniforme e que não degrada a
partícula.;
– A produtividade pode determinar o tipo de equipamento
necessário.
Equipamentos
O princípio do Ensaio é o mesmo para qualquer
equipamento de Partículas Magnéticas, porém
cada equipamento utiliza uma ou mais técnicas
distintas, e também possuem peculiaridades de
acordo com a peça e a quantidade a ser ensaiada.
Especificando um Equipamento ISO 9934-3
• técnicas de magnetização disponíveis; • massa máxima da peça de teste;
• formas de onda das correntes disponíveis; • tipo de meio de detecção utilizável (à base de água /
• método de controle de corrente e efeito na forma de onda; óleo);
• faixa de trabalho e etapas de configuração incrementais; • layout esquemático do equipamento;
• método de controle de corrente constante, se disponível; • tipo de medidor (digital, analógico) – exigência de um
amperímetro mostrador;
• monitoramento de corrente (s) de magnetização;
• faixa de duração de magnetização – tempo de pulso
• precisão e resolução do amperímetro;
magnético; • requisitos de alimentação elétrica na saída de corrente
máxima (tensão, fases, frequência e corrente);
• recursos automatizados;
• Consumo máximo de energia;
• ciclo de trabalho na potência máxima;
• dimensões gerais do equipamento;
• tempo máximo de corrente 'ON’
• massa do equipamento, em quilogramas;
• tensão de alimentação;
• características das bobinas:
• corrente nominal Ir (RMS);
– número de espiras;
• capacidade máxima entre contatos (comprimento);
– Corrente máximas alcançável (corrente direta e ampere
• método de fixação e apoio de peça e/ou sistema de giro; espira;
• pressão de ar comprimido; – Velocidade de avanço da bobina;
• diâmetro máximo do corpo de prova – diâmetro da bobina – diâmetro interno da bobina;
central; – força do campo no centro da bobina.
Técnicas de magnetização

A escolha da técnica de magnetização depende da peça e


da orientação das descontinuidades que podem existir:

Bobina Contato direto Condutor central


Técnicas de magnetização

CONDUTOR
BOBINA CONTATO DIRETO
CENTRAL
Campo magnético
longitudinal circular circular
(em relação a peça)
Passagem de
Geração por indução indução
corrente

Detecta
descontinuidades transversais longitudinais longitudinais
(em relação a peça)
Correntes de Magnetização

Profundidade de
Penetração do
Campo Magnético
Processo de Partículas Magnéticas
(Processo especial) SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL
TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

PARTÍCULAS
ADEQUADAS

ACOMPANHAMENTO
Iluminação
• Utilização da iluminação mais adequada.
• Para sensibilidades elevadas utilizar partículas fluorescentes que
necessitam a utilização de luz UV-A que gere intensidade mínima de
1000 µw/cm2 na superfície ensaiada e um ambiente escurecido
(máximo 21 lux)
• Quando utilizamos partículas coloridas geralmente utilizamos uma tinta
de contraste e intensidade mínima de luz branca de 1000 lux
Lâmpadas de Luz Ultravioleta - ASTM E3022
Designação E3022-16 -16

• Estabelece requisitos de emissão


Guia da norma para medição de características de emissão e requisitos para
luminárias de LED UV-A usadas em ensaio de líquidos penetrantes fluorescentes e
ensaio de partículas magnéticas1

e desempenho para luminárias


de LED.
• Traz especificações para
fabricante, não são
especificações para o usuário.
• Segundo E-1417 e E-1444 os
ensaios fluorescentes devem
usar uma fonte de iluminação
calibrada e testada conforme
ASTM E-3022.
Luminárias de luz Ultravioleta

Para a realização do ensaio com partículas


fluorescentes é necessário uma fonte de emissão
de Luz Ultravioleta na faixa do UV-A.
As luminárias devem atender a requisitos
específicos para os fabricantes. As luminárias da
Magnaflux atendem a diversas normas, em
especial citamos a norma ASTM E3022.
Podemos dividir as luminárias em portáteis e
estacionárias

Nota: Um dos requisitos para luminárias de LED é a geração


de uma quantidade máxima de luz branca de 22 lux.
Luminária de LED Ultravioleta Estacionária

Certificação do fabricante
✓ Certificado E3022
– Pico do comprimento de onda
– Tempo de estabilização
– Intensidade máxima
Acelera o processo de inspeção
– Dimensões ou traçado do feixe Minimiza o risco de perder indicações
– Distância de trabalho Maximiza a faixa de área de inspeção
Fornece uma Confiabilidade real
– Curva de descarga da bateria ou
função de desligamento automático Trabalho com Conforto e Segurança

✓ Certificado RRES
EV6000

Luminária Portátil EV 6000


Não aquece
Feixe uniforme com 250 mm de largura
Leve (0,9 kg)
Processo de Partículas Magnéticas
(Processo especial) SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

COLORIDA

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

FLURORESCENTE

PARTÍCULAS
ADEQUADAS

VIA SECA

ACOMPANHAMENTO

VIA ÚMIDA
Partículas Magnéticas
– É meio de detecção utilizado para identificar os locais
com presença de campos de fuga (descontinuidades).
– As partículas magnéticas pode ser fornecidas na forma
de pó, concentradas em líquido ou prontas para uso.
– As partículas devem constituir um pó ferromagnético de
dimensões, tamanho, forma e cor adequada ao ensaio.
– Quanto a forma de aplicação são divididas em via seca
ou via úmida.
– Podem ser classificadas quanto a visualização em
coloridas ou fluorescentes.
SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

ILUMINAÇÃO

PARTÍCULAS
ADEQUADAS

DESEMPENHO TOTAL

ACOMPANHAMENTO ASTM E 1444:2021


PARTÍCULA
MAGNÉTICA

CALIBRAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS
E1444 – Controles e Verificações
SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL TREINADO

Intensidade da luz visível Técnica colorida

PROCEDIMENTOS

PM Intensidade da luz
ambiente

EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO Intensidade de luz UV-A

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

PARTÍCULA Intensidade da luz UV-A Fluorescente


MAGNÉTICA alimentadas com bateria

ACOMPANHAMENTO

CALIBRAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS Integridade da luz UV-A

DESEMPENHO TOTAL
Luz Ultravioleta x Luz Visível (branca)

https://www.stouchlighting.com/blog/faqs-about-uv-disinfection-lighting-the-basics
Iluminação – Intensidade de luz visível
item 7.3.1.1 da ASTM E1444
• Efetuar a medição da intensidade de luz visível na sua instalação inicial ou sempre
que ocorrer mudanças que poderiam causar uma alteração na intensidade.
• Efetuar a medição semanalmente.
• Um mínimo de 1076 lux deve ser obtido na superfície a ser ensaiada
Iluminação – Intensidade de luz ambiente 7.3.1.2
da ASTM E1444
• Ensaio com partículas magnéticas fluorescentes deve ser conduzido em uma área
escurecida.
• Efetuar a medição da intensidade de luz ambiente semanalmente
• Um máximo de 21,5 lux deve ser obtido medido na superfície a ser ensaiada
• Importante: Nem a emissão de luz visível da lâmpada UV-A, nem a fluorescência de
resposta das partículas devem ser incluídas na medição da luz ambiente
Iluminação – Intensidade de luz Ultravioleta – UV-A
7.3.2 e 7.4.5 da ASTM E1444
• Lâmpadas de UV-A, portáteis, lanternas, montadas
permanentemente ou fixas de UV-A usadas no ensaio
devem ser checadas quanto a sua intensidade e como
definido pelo procedimento escrito (5.3).
• O mínimo aceitável de intensidade gerada pela
lâmpada deve ser 1000 µw/cm2 a 381 mm medido da
frente da lâmpada até a face superior do sensor.
• Esta verificação deve ser efetuada diariamente.
Iluminação – Intensidade de luz Ultravioleta - UV-A lâmpadas
alimentadas por bateria - 7.4.5 da ASTM E1444
• Lâmpadas de UV-A, portáteis, lanternas, montadas permanentemente ou
fixas de UV-A usadas no ensaio devem ser checadas quanto a sua
intensidade e como definido pelo procedimento escrito (5.3).
• O mínimo aceitável de intensidade gerada pela lâmpada deve ser 1000
µw/cm2 a 381 mm medido da frente da lâmpada até a face superior do
sensor.
• As lâmpadas de UV-A que operam com bateria devem ter sua intensidade
medida antes e depois de cada uso, garantindo que a intensidade foi
atendida durante todo o período de ensaio. (7.4.5.2)
Iluminação – Integridade da lâmpada de luz
Ultravioleta – UV-A – item 7.3.2 da ASTM E1444
• Todas as lâmpadas devem ser verificadas diariamente quanto a limpeza e
integridade. Caso necessário devem se limpas, reparadas ou substituída
conforme o caso. Substituir imediatamente o filtro de UV-A trincado ou
quebrado.
• Lâmpadas de UV-A de LED adicionalmente devem ser verificadas
diariamente quanto ao funcionamento de cada um dos diodos.
• A checagem operacional do funcionamento da lâmpada de LED pode ser
feita colocando-se uma folha de papel branco sobre o filtro da lâmpada para
observar a transmissão de luz de cada diodo;
Iluminação – Integridade da lâmpada de luz
ultravioleta UV-A – item 7.3.2 da ASTM E1444
• Lâmpadas de UV-A utilizadas no ensaio que tenham quaisquer elementos
LED (diodos) não funcionais devem ser removidas do serviço. As unidades
de iluminação reparadas devem ser recertificadas conforme a prática da
ASTM E3022.
• A verificação de Integridade/funcionalidade dos diodos não precisa ser
registrada.
• Todas lâmpadas de LED usadas no ensaio de peças devem estar em
conformidade com os requisitos da prática ASTM E3022.
SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM
EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO

Peça com
ILUMINAÇÃO
descontinuidades
SATISFATÓRIA
naturais
DESEMPENHO
Entalhes e furos
TOTAL
Peça com
ACOMPANHAMENTO descontinuidades
artificiais
Padrões com
PARTÍCULA
descontinuidades
MAGNÉTICA
(IQQ)

CALIBRAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS
Processo de Partículas Magnéticas
Um processo especial precisa:
• Acompanhamento para garantir a continuidade da eficiência do ensaio,
uma verificação essencial é o teste que verificação o sistema de
partículas magnéticas como um todo:
– Teste de desempenho/sensibilidade

EQUIPAMENTO + ILUMINAÇÃO + PARTÍCULAS MAGNÉTICAS


Verificação de desempenho
item 7.1, 7.1.1 e 7.1.2
• O desempenho total do sistema de ensaio por partículas magnéticas,
incluindo o equipamento, materiais, e condições de iluminação que está
sendo usado, deve ser verificado inicialmente e posteriormente em intervalos
regulares.
• Efetuar a medição diariamente.
• Os registros dos resultados devem ser mantidos e retidos durante o período
de tempo especificado no contrato.
• A verificação pode ser feita utilizando-se:
– Peças com descontinuidades
– Peças fabricadas com descontinuidades artificiais
Verificação de desempenho
item 7.1, 7.1.1 e 7.1.2
Uso de peças com descontinuidades - Um método confiável para a
verificação do desempenho do sistema é o uso de peças de referência
representativas contendo descontinuidades do tipo, localização e tamanho
especificados nos requisitos de aceitação e examinados de acordo com um
procedimento escrito. Se as indicações corretas das partículas magnéticas
puderem ser produzidas e identificadas nessas peças representativas, o
desempenho geral do sistema será garantido. As peças usadas para
verificação serão desmagnetizadas, limpas cuidadosamente após o exame e
verificadas sob luz ultravioleta ou visível, conforme apropriado para o processo
de exame, para garantir que não permaneçam indícios residuais.
Uso de Peças com Defeitos Conhecidos
Verificação de desempenho
item 7.1, 7.1.1 e 7.1.2
– Uso de Peças fabricadas com descontinuidades artificiais: Quando
peças de produção real com descontinuidades conhecidas do tipo,
localização e tamanho necessários para verificação não estão disponíveis
ou são impraticáveis, podem ser usadas peças de teste fabricadas ou
peças de produção com descontinuidades artificiais ou um corpo de prova
em forma de anel semelhante ao anel do Anexo A3. As descontinuidades
artificiais podem ser fabricadas para atender uma necessidade específica
ou podem ser indicadores de campo magnético ou calços disponíveis
comercialmente, como mostrado no Anexo A2. Todas as condições
aplicáveis para o uso de tais peças de referência, conforme descrito em
7.1.1, serão aplicáveis.
Uso de Peças com descontinuidades Artificiais
Padrões de Defeitos Conhecidos
IQQ (QQI, Shim)

Octogonal

Castrol
Padrões de Defeitos Conhecidos
ASTM E1444: 2021

0,002” = 0,05 mm

ASTM E3024: 2019

0,0006” = 0,015 mm

0,002” = 0,05 mm
Padrões de Defeitos Conhecidos
Padrões de Defeitos Conhecidos
SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM
EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO

ILUMINAÇÃO
SATISFATÓRIA

DESEMPENHO
Concentração
TOTAL

ACOMPANHAMENTO

PARTÍCULA
Contaminação
MAGNÉTICA

CALIBRAÇÃO DOS
Molhabilidade
EQUIPAMENTOS
Concentração das Partículas via úmida
item 7.2.1.1
– As partículas encontram-se em dispersão em um líquido, denominado de
veículo.
– O veículo pode ser água ou um óleo leve (Carrier II).
– A função do veículo é dispersar as partículas homogeneamente e garantir
a cobertura de toda a superfície da área de interesse.
– Devemos controlar a concentração das partículas no banho e o controle
de contaminação.
– Periodicamente o banho deve ser trocado.
Concentração das Partículas via úmida – item 7.2.1.1
– A concentração de partículas deve ser verificada na preparação de um
banho novo, a cada 8 horas ou troca de turno e sempre que o banho for
alterado ou ajustado. Para a verificação da concentração devemos:
– Coletar a amostra após 30 minutos de recirculação do banho
– Utilizar um Tubo de 100 ml, com haste de 1 ml e subdivisões de 0,05 ml
para banhos fluorescentes
– Desmagnetizar a amostra e deixar o tubo parado pelo tempo de
decantação de 30 minutos para banhos a água com condicionador e 60
minutos para banhos a óleo
– Os volumes decantados devem estar de acordo com os requisitos do
procedimento de ensaio ou do fabricante (Magnaflux)
Concentração das Partículas via úmida – item 7.2.1.1
Controle da Contaminação do banho – item 7.2.1.2

Após preparado e iniciada a sua utilização o banho começa a sofrer


uma contaminação. Esta contaminação depende da condição da
peça, se existe poeira ou resíduo de pó metálico ou ainda a presença
de resíduo químico proveniente do processo anterior. Um banho
contaminado pode não detectar uma indicação.
– Uma comparação visual com amostra de banho novo é
recomendável.
– Para partículas fluorescentes a verificação deve ser executada
com a luz ultravioleta.
– Na verificação da contaminação é importante que o tubo
decantador esteja em bom estado, sem riscos na superfície
interna e livre de contaminações que possam causar a
aderência de partículas magnéticas nas paredes do tubo
centrifugo.
Controle da Contaminação do banho – item 7.2.1.2
Controle da Contaminação do banho – item 7.2.1.2
Controle da Contaminação do banho – item 7.2.1.2
– A parte graduada do tubo de decantação deve ser
examinada, tanto sob luz UV-A como sob luz visível,
para verificar estrias ou faixas que são diferentes na cor
ou aparência. As faixas ou estrias podem indicar
contaminação.
– Se o volume total dos contaminantes, incluindo as
faixas ou estrias, exceder 30% do volume total
(partículas magnéticas+contaminantes), o banho
deve ser ajustado ou substituído. Aspecto leitoso
(Nublamento) ou fluorescência do veículo no região
do tubo centrifugo, entre 5 ml e 25 ml, não podem
ser observadas, caso sejam observados o banho
deve ser substituído.
– Esta verificação deve ser feita no início, a cada
mudança ou correção do banho, não devendo ser
superior a 1 semana.
Teste de molhabilidade (Water Break Test) – item 7.2.2

– Neste teste de veículos à base de água, uma peça limpa com um


acabamento superficial igual ao das peças a serem examinada ou uma
parte da produção real é inundada com o banho preparado com a
água condicionada, e a aparência da superfície é notada depois que a
inundação for interrompida. Se banho estiver adequado, estará
presente em quantidade suficiente se forma-se um filme contínuo e
uniforme sobre toda a peça. Se o filme apresentar regiões sem o
banho, com a exposição da superfície nua, indicará falta de
umedecimento. Este problema pode ser resultado de falta de agente
condicionador (WA-4) ou a peça não foi limpa adequadamente.
– Para a adequação, esta observação visual deve ser realizada
individualmente tanto sob condições UV-A como sob condições de luz
visível, ou ambos, conforme o caso.
SUPERFÍCIE
ADEQUADA

PESSOAL TREINADO

PROCEDIMENTOS

PM EQUIPAMENTOS
ADEQUADOS

ILUMINAÇÃO

ILUMINAÇÃO
Amperímetro
SATISFATÓRIA

DESEMPENHO TOTAL

ACOMPANHAMENTO Temporizador

PARTÍCULA
MAGNÉTICA

Parada Rápida (quick


break)

CALIBRAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS

Levantamento de
massa - Yoke

Medidores de Luz
Branca e Luz UV-A

Gaussímetro e
Indicadores de campo
Calibração Equipamento – amperímetro - item 7.4.1

– Para verificar o amperímetro do equipamento, um kit de teste (shunt +


amperímetro calibrado) deve ser conectado em série com o circuito de
saída.
– Leituras comparativas devem ser feitas em três níveis de saída, abrangendo
a faixa utilizável do equipamento.
– A frequência da verificação do amperímetro é de 6 meses.
– A corrente de saída da máquina não deve variar mais de ±10% ou 50
amperes, o que for maior.
– A repetibilidade da saída da máquina não deve variar mais de ±10 % ou 50
amperes, o que for maior, e a máquina em teste deve ser marcada com a
valor que representa o mais baixo nível de corrente repetível.
Kit utilizado na Calibração do amperímetro - item 7.4.1

How to Calibrate Your MPI Equipment


in 5 Steps (magnaflux.eu)
Sequencia de Calibração do amperímetro - item 7.4.1

✓ Ligar a derivação (Shunt) de referência em série com circuito de saída e ligar os


cabos ao amperímetro de referência
✓ Ajustar a amperagem do pulso magnético no meio da escala (range) de
funcionamento do equipamento
✓ Efetuar a leitura do amperímetro do equipamento e do amperímetro de referência
✓ Calcular a diferença entre as leituras e comparar com a tolerância (+/- 10% ou 50 A,
o que for maior)
✓ Repetir num mínimo de três pontos definidos em toda a escala utilizável do
equipamento
✓ Repetir o procedimento para cada forma de onda (AC, HWDC, FWDC) nesse canal
de saída
✓ Repetir o procedimento completo para cada canal de saída (contato direto, bobina,
saída auxiliar) no equipamento
Posicionamento do shunt (contato
direto e bobina na parte superior e
equipamento de eletrodos abaixo
no lado esquerdo)
Para avaliar o resultado da calibração
compara-se o valor lido no amperímetro do
equipamento (lado esquerdo) em relação
ao amperímetro de referência (lado direito
acima). Para maiores detalhes sobre
calibração de amperímetro recomendo ler
a matéria abaixo:
How to Calibrate Your MPI Equipment
in 5 Steps (magnaflux.eu)
Calibração Equipamento - temporizador– item 7.4.2

– Em equipamentos que utilizam um temporizador para


controlar o tempo de aplicação de corrente, o timer deve ser
calibrado dentro de ± 0,1 s usando um timer eletrônico
adequado. As leituras comparativas devem ser feitas em
um mínimo de três níveis de saída, abrangendo a faixa de
saída utilizável do equipamento.
– A maneira eficiente de se realizar este tipo de medição é
através de um osciloscópio. Medindo o intervalo de tempo
entre as ondas.
– O máximo intervalo entre as verificações é de 6 meses
Calibração Equipamento - temporizador– item 7.4.2
Calibração Equipamento - Quick break– item 7.4.3
– Verificação da interrupção rápida do campo magnético – em
equipamento que usa um recurso de interrupção rápida
(quick break), o funcionamento adequado deste circuito
deve ser verificado.
– O máximo intervalo entre as verificações é de 6 meses
– Esta verificação pode ser realizada utilizando um
osciloscópio adequado ou um simples dispositivo de teste
geralmente disponível no fabricante;
– Normalmente, apenas a bobina fixa é verificada quanto à
funcionalidade de ruptura rápida. Os cabeçotes só
precisariam ser verificados se os cabos fossem fixados aos
cabeçotes para formar um envoltório de bobina.
– Só é realizado em equipamentos com corrente trifásica
retificada de onda completa
Calibração Equipamento - Quick break– item 7.4.3
Calibração Equipamento - Checagem de levantamento
de massa – Yoke – item 7.4.4
– Deve ser verificado no intervalo máximo de 6 meses
– Yokes de corrente alternada devem ser capazes de levantar
pelo menos 4,5 kg, com um espaçamento entre os polos de 2
a 6 polegadas [50 a 150mm].
– Yokes de corrente contínua devem ser capazes de levantar
pelo menos 30 lb [13,5 kg], com 2 a 4 polegadas [50 a 100
mm] de espaçamento entre as pernas, ou 50 lb [22,5 kg],
com 4 a 6 polegadas [100 a 150 mm] de espaçamento
espaçamento.
– Lembrando que as normas nacionais não permitem o uso do
Yoke de corrente contínua e solicita para o Yoke de corrente
alternada, o levantamento de 5,5 kg com o máximo
espaçamento que será utilizado, geralmente 164 mm (centro
a centro dos polos).
Calibração Equipamento - Checagem de levantamento
de massa – Yoke – item 7.4.4
Calibração Equipamento - Medidor de Intensidade de
Luz UV – item 7.4.7
• Os medidores de luz Ultravioleta
devem ser calibrados
semestralmente;
• As calibrações devem estar em
conformidade com as normas
ANSI/NCSL Z540.3 ou ISO 10012
ou ISO/IEC 17025;
• Todos os radiômetros devem ter
um display digital.
Calibração Equipamento - Medidor de Intensidade de
Luz Branca (Luz visível) item 7.4.7

• Os medidores de luz Branca


devem ser calibrados
semestralmente;
• As calibrações devem estar em
conformidade com as normas
ANSI/NCSL Z540.3 ou ISO
10012 ou ISO/IEC 17025;
• Todos os medidores de luz
branca devem ter um display
digital.
.
Calibração Equipamento – Medidor de campo ou
Gaussímetro - item 7.4.6

• Todos os gaussímetros de Efeito Hall e


indicadores de campo devem ser
calibrados no mínimo em três pontos em
cada faixa dinâmica e cada polaridade,
além do zero.
• Os medidores devem ser calibrados
semestralmente.
CUIDADOS ADICIONAIS PARA
EQUIPAMENTOS DE MAGNETIZAÇÃO
Equipamentos de Magnetização Estacionários
Alguns parâmetros e cuidados são essenciais para garantir a eficiência na
detecção das descontinuidades de uma peça:
• Efetuar a calibração semestral (amperímetros e duração do pulso)
• Checar o sistema de Agitação de Banho (eficiência e limpeza das
conexões e mangueiras)
• Verificar as condições do contato Elétrico (cordoalha)
• Efetuar a Manutenção Preventiva (sistemas elétrico, eletrônico, pneumático e mecânicos)
Contatos elétricos
• Os contatos devem ser mantidos em bom estado para garantir
a eficiência de condução de corrente pela peça. Esta peça
deve ser trocada sempre que o contato elétrico estiver
prejudicado. As almofadas de contato em cobre trançado
evitam a abertura de arco elétrico e garantindo um contato
confiável entre o cabeçote e a peça.
• As almofadas são indicadas quando a superfície de contato da
peça for irregular ou muito rugosa. Placas de cobre sólidas
são indicadas para contato com superfícies planas e
acabadas. Para trabalhos pesados ou peças de porte, indica-
se placas de contato reforçadas com chumbo, para maior
durabilidade e acomodação no contato.
Manutenção Preventiva
É recomendado a execução de manutenção
preventiva nos sistemas elétrico, eletrônico,
pneumático e mecânico dos equipamentos.
O ambiente agressivo onde os equipamentos estão
instalados pode danificar os componentes da
máquina.
Componentes como as pontes de retificação de
correntes, tiristores, placas eletrônicas de comando e
sinal, sempre sofrem com o acúmulo de poeira e pó
metálico do ambiente, pois precisam de ventilação
forçada.
Equipamentos de magnetização - YOKE
• Verificação do desgaste da sapata;
• Isolamento do botão;
• Integridade do cabo de alimentação;
• Levantamento de massa (4,5 ou 5,5 kg)
Equipamentos de magnetização - YOKE
Yoke corrente alternada
• Levantamento de massa de 4,5 para Y2, Y7 corrente alternada
• 5,5 kg para o Y6
• O peso de 4,5 kg é citado em normas internacionais como a ASTM 709
• O peso de 5,5 kg é citado na norma ABNT NM 342
• O Yoke de corrente alternada deve levantar a massa padrão com o
máximo espaçamento aplicável
Equipamentos de magnetização - YOKE
Yoke corrente continua ou retificada (Y-7 e Y-8)
• Levantamento de massa de 18 kg.
• O peso de 18 kg é citado em normas internacionais como a ASTM 709
• A norma ABNT NM 342 não cita a utilização de Yokes de corrente contínua
ou retificada
• O Yoke deve levantar a massa padrão com o máximo espaçamento
aplicável
Equipamentos de magnetização - ELETRODOS
• Calibração do amperímetro
• Verificação do estado das ponteiras e contatos elétricos
Tanque de Agitação
• O método por via úmida exige uma constante agitação da
suspensão para garantir a homogeneidade das partículas
na região de exame.
• Agitação pode ser automática nas máquinas estacionárias.
• Na aplicação manual, o próprio inspetor deverá fazê-la,
agitando o aplicador antes de cada etapa de aplicação.
• É preciso que o tanque de agitação agite as partículas sem
acúmulo nos cantos vivos e que não agrida o pigmento das
partículas.
• O volume do tanque deve estar sempre adequado e
monitorado a cada troca de turno.
• O tanque deve ser de aço inoxidável, sem pintura interna.
• Deve ter um filtro na entrada para evitar a entrada de
contaminantes metálicos.
PEÇA

ACOMPANHAMENTO

EQUIPAMENTO

QUALIDADE
&
SEGURANÇA

PARTÍCULA
PROCEDIMENTO
MAGNÉTICA

PROFISSION
AL
CAPACITADO

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