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Data: 22/11/2020
Apostila Análise de Vibração - Nível I
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ÍNDICE
1. Conceitos de Manutenção........................................................................... 02
2. Técnicas Utilizadas e base tecnológica..................................................... 03
3. Conhecimento de Máquinas........................................................................ 04
4. Implantação Manutenção Preditiva............................................................. 05
5. Análise de Vibração...................................................................................... 16
6. Grandezas físicas da Vibração.................................................................... 20
7. Parâmetros de vibração............................................................................... 29
8. Avaliação da Vibração.................................................................................. 35
9. Guia orientação de Causas.......................................................................... 39
10. Causas........................................................................................................... 42
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1 - CONCEITOS DE MANUTENÇÃO
1.1 - MANUTENÇÃO
Manutenção é a toda ação de manter, sustentar, consertar ou conservar alguma coisa ou algo.
A manutenção é formada por um conjunto de ações que ajudam no bom e correto funcionamento de
algo, como por exemplo máquinas e equipamentos industriais, prédios, rodovias, carros, aviões, re-
sidências e etc.
A manutenção tem grande relevância dentro da estratégia das empresas a fim de manter máquinas
e equipamentos nos níveis de performance a qual foram projetadas, reduzindo assim as paradas
inesperadas por quebras e consequentemente os custos envolvidos.
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Tipo de Análise – Análise da onda no tempo (WFM), espectro de frequência (FFT), ODS Operating
Deflection Shape, Análise Modal, Análise por Elementos Finitos (FEA), Análise Síncrona, Análise de
Corrente Elétrica, Análise de Órbita, Análise de ressonância estática (bump-test) e dinâmico (run-
up/coast-down).
2.4 - ULTRASSOM
Definição – É a técnica utilizada para a detecção de ondas ultrassônicas (> 20 kHz) geradas por
vazamentos ar comprimido, vapor, efeito corona, etc., que não são audíveis aos seres humanos.
Os instrumentos captam essas frequências ultrassónicas e através de um processo denominado “he-
terodinação”, esses sinais são convertidos sinais com frequências audíveis (20-20000 Hz).
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Tipo de Análise – Análise de curso, faixa de mola, compressão de mola, força de assentamento,
fricção de internos e gaxetas, calibração de I/P e posicionadores, linearidade, erro dinâmico, desem-
penho do conjunto/componentes e etc.
Tipo de Análise – balanceamento de potência, pressão de queima, sinal de ignição, vazamento dos
injetores, qualidade de injeção
3 - CONHECIMENTO DE MÁQUINAS
Como veremos, a Análise de Vibração é uma poderosa ferramenta que auxilia a Manutenção nas
tomadas de decisão identificando a origem dos defeitos. Por sua vez a Manutenção consegue pro-
gramar as intervenções necessárias reduzindo custos de paradas não programadas.
Quanto mais você conhece sobre o defeito, maior a confiança com a qual você pode diagnosticar.
Em análise de vibração, isto deve ser adquirido passo a passo. Um pouco de teoria é necessário
para o entendimento de procedimentos.
O grande sucesso é influenciado pela qualidade dos instrumentos e técnicas utilizadas, mas sobre-
tudo, pela habilidade do executante em lidar com as informações geradas pelos instrumentos.
Outro fator de extrema importância e o seu ``domínio`` sobre a máquina a qual será realizada o mo-
nitoramento, desde seu funcionamento até conhecer todos os seus componentes.
Para isso é muito importante elaborar um Dossiê Técnico com o croqui do equipamento e os dados
técnicos importantes para identificar a causa da vibração.
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Nesse capítulo iremos abordar de forma padronizada os passos necessários para a implantação da
Manutenção Preditiva através da técnica ``Analise de Vibração´´.
Os seguintes itens serão abordados:
Universo monitorado
Dossiê técnico
Pontos de medição
Direções de medição
Banco de dados
Rotas de coletas
Fluxograma da Preditiva
Gestão a vista
Relatórios
Equipamento Classe B
Equipamentos que interrompem parte do processo de produção e que podem afetar parcial-
mente a qualidade, meio ambiente e segurança.
Equipamento Classe C
Equipamentos que não interrompem o processo de produção e não afetam a qualidade, meio
ambiente e segurança.
Sabemos que muitas vezes não são monitorados todos os equipamentos de uma unidade devido à
quantidade dos equipamentos instalados e estratégia de cada empresa.
O Universo Monitorado determina a quantidade de profissionais envolvidos no cumprimento dos pla-
nos de coletas, e isso muda de acordo com as características de cada indústria.
Universo Monitorado definido é hora de definir a Periodicidade de medição, sugestão abaixo:
Ressaltamos que é apenas uma sugestão e deve ser alterada de acordo com cada necessidade.
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É comum muitas empresas adotarem como estratégia não monitorar os equipamentos Classe C,
porém nesses equipamentos podemos ter altos custos envolvidos por negligencia da própria manu-
tenção, o que justificaria o investimento em monitoramento para redução desses custos. Nesses equi-
pamentos pode-se aplicar uma boa estratégia de Inspeção Convencional utilizando os lubrificadores
por exemplo, e quando os Inspetores/Lubrificadores detectarem alguma alteração no equipamento
eles solicitam uma coleta de vibração para um diagnóstico e intervenção antes da quebra.
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Os principais dados a serem preenchidos são: Área, centro de custo, TAG físico e lógico, descrição,
criticidade, tipo de base (rígida ou flexível), fabricante, modelo, nº serie, rotação, potência, tensão,
corrente, rolamentos, lubrificantes, números de dentes das engrenagens, tipo de acoplamento, diâ-
metro de polias, tipo e número das correias, lubrificante, desenho esquemático com a indicação dos
pontos e direções de medição, etc.
Certamente em alguns equipamentos não conseguiremos levantar os dados técnicos, e para isso a
equipe de monitoramentos junto com a manutenção devem manter um controle desse universo e
montar estratégia para conseguir esses dados, como contato com fabricantes, anotar os dados
quando desmontar os equipamentos para manutenção ou até desmontar um equipamento igual no
almoxarifado.
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2V
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Para garantir a repetibilidade das medições é importante identificar os pontos nos equipamentos e
também criar uma condição para a fixação do sensor, como por exemplo a instalação de discos fer-
romagnéticos.
O disco ferromagnético poder de aço zincado ou mesmo de inox da série 400, tipos 430, 409, 439 e
44 que são magnéticos.
É preciso que a cola utilizada seja resistente as temperaturas do equipamento e também tenha alta
dureza, como por exemplo a 3M DP460 ou adesivo de solda fria como o da Plasteel 4:1
Para a instalação do disco no equipamento o local precisa estar limpo, livre de tinta, óleo ou graxa,
ferrugem, resíduo de produtos do processo, etc.
Prepare uma quantidade razoável de pontos antes do início da colagem dos discos, para evitar des-
perdício da cola.
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Hierarquia
Alarmes de bandas
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A atualização constante da ``Condição´´ dos equipamentos, tendo uma visão exata do que está
acontecendo, pois, os equipamentos em ´´Alarme´´ são facilmente identificados (piscam na tela)
Interação com os Laudos Técnicos no próprio Quadro de Gestão a Vista por Técnica.
Análise de Indicadores e suas variáveis para agir na correção dos desvios e ajustes no processo
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4.8 - RELATÓRIOS
A implantação dos Relatórios da Preditiva é de extrema importância para a Gestão da Preditiva.
O Relatório deve conter Indicadores Quantitativos, Qualitativos, Laudo Técnico, Histórico do equipa-
mento, Resumo de Ações entre outros.
Indicadores Quantitativos
Universo Monitorado
CPI - Cumprimento do Plano de Inspeção
Controle de Justificativas dos Não Monitorados
Condição dos Equipamentos Monitorados
Controle por Tipo de Defeito
Controle de Defeito por tipo de Equipamento
Resumo de Ações
Histórico do Equipamento
Laudo Técnico
Indicadores Qualitativos
PIBE – Precisão na identificação de Bom Estado
PIF – Precisão na identificação de Falhas
Perdas Evitadas
Controle de Laudos
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5 - ANÁLISE DE VIBRAÇÃO
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5.3 - A Vibração
Um corpo está vibrando, quando descreve um movimento de oscilação em torno de uma posição de
referência, exemplo é a oscilação de um eixo ao redor de uma posição central do mancal
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Vibrações mecânicas podem ser geradas intencionalmente para produzir um trabalho útil como em
alimentadores, britadores, compactadores, vibradores para concreto, uso em ensaios de fadiga, etc.;
porém, a vibração é considerada indesejável, e sua presença em equipamentos rotativos acelera
consideravelmente os defeitos acarretando em falhas, provocando paradas inoportunas, elevando os
custos de manutenção e produção.
Este trabalho, dedica-se ao entendimento da vibração não desejada, identificando a origem pelo es-
tudo de seu comportamento, registrada por instrumentos de medição, de modo a promover um diag-
nóstico exato, que permita uma correção definitiva. Pois o entendimento do problema é um precioso
passo no caminho da solução.
Na prática, a vibração existe devido a efeitos dinâmicos, tolerância de fabricação, folgas, atrito entre
partes em contato, folgas desequilibradas em elementos rotativos e recíprocos, ficando em níveis
admissíveis enquanto as condições de projeto são mantidas.
Um aumento do nível de vibração, está relacionado com alterações ocorridas em um ou mais ele-
mentos da máquina, influenciando também outros componentes por estarem interligados. Uma pe-
quena vibração pode excitar frequências naturais de outras partes do equipamento ou mesmo de
estruturas e ser amplificada para um nível elevado de vibração, que geralmente será percebido na
estrutura e não diretamente na fonte de vibração.
A vibração pode ser classificada de diversas maneiras, a seguir as classificações mais recorrentes.
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Tomando como exemplo um pêndulo como sendo um único componente, ele descreverá uma osci-
lação quando puxado da posição de repouso até uma de suas extremidades e ao soltá-lo oscilará
positiva e negativamente até voltar ao seu ponto de referência e em um determinado tempo.
A representação gráfica dessa oscilação em forma de Tempo é chamada de Senoides.
Porém, o que se encontram nos equipamentos industriais são vários componentes vibrando em fre-
quências diferentes, ao mesmo tempo, de modo que estas vibrações se somam e se subtraem for-
mando um senoide complexa o que dificulta sua interpretação e identificação dos componentes exis-
tentes.
Estes componentes podem ser identificados quando aplicamos a Transformada Rápida de Fourier
FFT (Fast Fourier Transform), desta forma teremos um espectro em função da frequência.
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6.1 - FREQUÊNCIA
Por definição, frequência (f) compreende o número de ocorrências de um evento (ciclos, voltas, osci-
lações) em um determinado intervalo de tempo. A unidade utilizada no Sistema Internacional é Hertz
(Hz) que é ciclos por segundo.
Sua formula é: f = 1/T sendo: f = Frequência 1 = número de ciclos T = Tempo em seg.
6.2 - PERÍODO
O período (T) de um sinal compreende o inverso da frequência, isto é, o tempo necessário para
ocorrência de um ciclo. No Sistema Internacional, a unidade de período é segundos (s).
T = 1/f
6.3 - ROTAÇÃO
Na indústria as rotações dos equipamentos são descritas em RPM (rotação por minuto) que é igual
a CPM (ciclos por minuto). A conversão de RPM para Hz é bastante simples: Hz = RPM / 60
Ex.: Um motor elétrico com rotação de trabalho de 1780 RPM (dados de placa).
Hz = 1780 / 60 = 29,66 Hz
Ex.: Rolo Sucção com diâmetro de 1126 mm e velocidade da Máquina em 540 m/min
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A investigação dos sinais através da frequência é a técnica fundamental para o correto diagnóstico
de vibrações. A análise de frequência facilita o trabalho para a detecção de fontes de vibrações.
Exemplo:
25,81 Hz
Desbalanceamento 0,6 mm/s
Rotor do Ventilador 1548,6 RPM
309,7 Hz
Efeito Aerodinâmico 0,049 mm/s
18576 RPM
1.600 Hz
Rolamento 0,45 mm/s
96.000 RPM
115,6 Hz
Chaveta do rotor
com folga 0,75 mm/s 6940 RPM
120 Hz
15 Hz
Correia
0,80 mm/s 900 RPM
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Um sistema de uma massa suspensa por uma mola e então deslocada de sua posição de equilíbrio.
Essa irá oscilar em torno desse “equilíbrio” com um movimento harmônico simples. Se construirmos
um gráfico que relaciona a distância da massa à posição de equilíbrio e o tempo, a curva obtida será
uma senoide.
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O movimento harmônico é muitas vezes representado como projeção numa linha reta de um ponto
que se move numa circunferência à velocidade constante, como indicado na Fig. 2. Designada por
a velocidade angular da linha 0-P, o deslocamento x é expresso pela equação:
x = A sen t
T
x
(t
t
Movimento Periódico
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6.9 - AMPLITUDE
Amplitude é o termo utilizado para se referir à magnitude do sinal, que em geral é medido como
deslocamento, velocidade ou aceleração. Sua unidade depende da grandeza estudada. Está associ-
ada com a quantidade de energia contida no sinal de vibração e, portanto, com a criticidade e destru-
tividade do mesmo. A escala da amplitude é plotada no eixo ``Y´´ cartesiano. Nas coletas de vibração
as escalas são ajustadas automaticamente.
É o tamanho da onda, variando conforme a energia emitida no sinal de vibração, determinando sua
criticidade e seu grau destrutivo.
Y Y
Maior amplitude
Menor amplitude
Amplitude
X
T (s)
Amplitude
A amplitude de Pico (PK) compreende o valor das coordenadas nos limites de zero ao maior pico
(positivo ou negativo) do sinal. É válida para indicação de choques de curta duração, porém, indica
somente a ocorrência do pico, não levando em consideração o histórico no tempo da onda.
A amplitude Pico-a-Pico (PK-PK) compreende o valor das coordenadas nos limites entre o maior
pico positivo e o maior pico negativo. Indica o percurso máximo da onda, e pode ser útil quando o
deslocamento vibratório da parte da máquina é crítico para a tensão máxima ou a folga mecânica é
limitante. É aplicada tanto para indicar o início prematuro do defeito e também para seu estágio
avançado.
A amplitude RMS (Root Mean Square) é considerada a medida de nível mais relevante pois repre-
senta o valor eficaz da curva, e pode ser calculada por:
(cos 45o * 0-Pico) = 0.707 * 0-Pico
ou através da aquisição do RMS Verdadeiro que é calculado pela raiz quadrada da média do soma-
tório dos quadrados de pontos da curva. Portanto, o valor RMS é a medida de nível mais relevante,
porque leva em consideração o histórico no tempo da onda e dá um valor de nível, o qual é direta-
mente relacionado à energia contida na vibração e, portanto, à capacidade destrutiva da mesma.
A amplitude Valor Médio Retificado representa (0.637 * Pico) da onda senoidal. Este valor calculado
é exato somente quando a onda medida é uma senoide pura. Este é um valor que leva em conside-
ração o histórico no tempo da onda, mas na prática é de interesse limitado, por não estar relacionado
diretamente com qualquer quantidade física útil.
Na figura abaixo, podemos observar a correlação entre os diferentes níveis de amplitude citados.
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6.10 - FASE
Fase, por definição, compreende o valor da função do sinal e sua derivada para um ponto determi-
nado. Em outras palavras, expressa a posição da oscilação dentro de um ciclo conhecido. Nas figuras
podemos observar dois sinais idênticos, mas defasados de ângulo θ e a diferença de fase entre sinais
no círculo trigonométrico e no plano cartesiano.
Sinais de mesma amplitude com defasagem θ Fase no gráfico trigonométrico e plano cartesiano
A Fase informa a interação cinética entre os esforços atuantes e a reação física da máquina ou com-
ponente.
Em máquinas rotativas tem-se o seguinte evento: Em um ponto de referência da máquina existe a
atuação da força num determinado instante “t” e, para toda AÇÃO existe uma REAÇÃO igual e con-
trária, como a força de ação é rotacional e quando ocorrer à reação, o ponto forçante não estará no
ponto de referência. Esta diferença de fase é chamada de fase do movimento.
Para coletar a Fase de Vibração utilizamos fotossensor, lâmpada estroboscópica ou keyphasor.
A Fase fornece informações valiosas para diagnostico de máquinas, pois Defeitos diferentes apre-
sentam Fases diferentes nos mancais e direções, e podemos diferenciar tipos de desbalanceamento,
exemplo: desbalanceamento estático, dinâmico ou conjugado e isso defini o método de balancea-
mento em campo, ou seja 1 ou 2 planos.
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Com o passar do tempo, a teoria de Fourier foi desenvolvida e hoje temos um algoritmo que utiliza
técnicas digitais modernas e que tornou todo o processo acima muito mais rápido e viável, que hoje
é chamada FFT, que significa Fast Fourier Transform. A sigla WFM significa Wave Form. Para co-
nhecimento, consideremos abaixo a transformada de Fourier na forma exponencial.
É importante perceber que ambos os domínios representam o mesmo fenômeno, mas de diferentes
perspectivas. Se nos for permitida uma analogia, seria como observar uma família jantando no interior
de uma casa, através de uma janela frontal. Ao andar ao redor da casa e observá-los por uma janela
lateral veremos a mesma família fazendo a mesma coisa, porém de um ponto de vista diferente.
Nossos olhos veriam imagens diferentes, porém nosso ‘processador’, o cérebro, interpretaria a infor-
mação da mesma forma.
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Como vimos, qualquer sinal periódico pode ser expandido numa somatória de ondas seno discretas.
Em síntese, é isso que um Analisador FFT faz: recebe os dados de um transdutor, calcula a série
discreta de ondas seno que compõe o sinal complexo e exibe as amplitudes de cada onda seno
individualmente no eixo das frequências.
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7 - PARÂMETROS DE VIBRAÇÃO
Para sinais senoidais, amplitudes de deslocamento, velocidade e aceleração estão relacionadas ma-
tematicamente em função da freqüência e tempo.
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ACELERAÇÃO
VELOCIDADE
7.1.1 - Deslocamento é a medida de quão longe o objeto se move de um pico a outro da onda, em
relação a uma referência. Sua unidade é mensurada em “mícron”, no sistema métrico, e realça com-
ponentes de baixa frequência, sendo recomendado para medições abaixo de 10 Hz (600 rpm).
Deslocamento é relacionado à frequência.
Ex.: 3 mícrons a 1200 RPM é equivalente a 5mm/s de velocidade. Entretanto 3 mícrons a 3600 RPM
é equivalente a 15mm/s de velocidade.
Deslocamento é utilizado para identificar defeitos de baixa frequências como: desbalanceamento,
desalinhamento, folga, falta de rigidez, correias entre outros (faixa 0 – 10 Hz).
7.1.2 - Velocidade é a medição de quão rápido o objeto se move de zero a pico e isto é normalmente
mensurado em milímetros por segundo (mm/s), no sistema métrico. As medições de velocidade são
mais precisas devido ao fato que velocidade não é uma frequência relacionada.
Ex.: 4 mm/s é semelhante tanto em 10 Hz como em 1000 Hz.
A velocidade de vibração é o parâmetro menos influenciado por ruídos de baixa ou alta frequência,
se mostrando num espectro a mais plaina das curvas, sendo, por isso, e é normalmente escolhido
para avaliação da severidade de vibração entre 10 Hz e 1000 Hz.
Velocidade é utilizado para identificar defeitos de baixa e média frequências como: desbalancea-
mento, desalinhamento, folga, falta de rigidez, correias, problemas elétricos, fluxo turbulento, entre
outros (faixa 0 – 1000 Hz).
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Como pôde ser visto nesse espectro, frequências defeituosas em rolamentos forçam uma resposta
nas frequências de ressonância da carcaça (haystack), o que resulta frequências de componentes de
baixíssima amplitude em altas frequências.
Demodular o sinal é essencialmente um processo de duas etapas. Primeiramente, o sinal é filtrado
por um filtro passa banda centrada na frequência da portadora, o que resulta o sinal filtrado abaixo:
Aplicar o filtro resulta no sinal característico, ilustrado acima. O envelope ou demodulação é então
aplicado para extrair a taxa de repetição relacionada à frequência de falha de rolamento em ques-
tão. Então, é aplicado a FFT para produzir o espectro a seguir:
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Este espectro normalmente é visualizado na escala logarítmica, para distinção das frequências:
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O sensor transforma um sinal de vibração mecânica em um sinal elétrico que é transmitido ao instru-
mento de medição através do cabo. Cuidados são necessários com cabo para evitar ruídos durante
as coletas. Caso isso ocorra trocar ou consertar o cabo e realizar novas medições.
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- Banda 1x RPM
- Banda 1x RPM
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Classe Descrição
C - Equipamento em condição de operar por um período limitado, até que uma intervenção seja factível
D - Equipamento operando em condições perigosas e sujeito a danos, programar intervenção
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Revisão: 05
* A tabela apresentada é apenas uma sugestão e a Engefaz não se responsabiliza pela sua aplicação por teiceiros.
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Revisão: 05
* A correlação de fase dada é a diferença de fase aproximada medida nos dois mancais de sustentação do
rotor, estando os dois transdutores na mesma direção, por exemplo, radial horizontal.
** Rotores em balanço também apresentam vibração axial, como também um par desbalanceado.
Desalinhamento Angular ou
1X, 2X RPM Axial
Eixo empenado
* A componente 2 X RPM pode ser esperada dependendo da magnitude do problema e da mobilidade do
sistema.
**Transdutores colocados axialmente em cada mancal, podem estar posicionados em direções opostas, apre-
sentando correlação de fase medida de 0 para uma correlação verdadeira de 180.
A leitura de fase é influenciada pela forma de fixação axial do eixo do rotor em seus mancais, se comportando
conforme descrito acima, onde os dois mancais suportam carga axial, fugindo da correlação de fase citada
quando apenas um dos mancais suporta carga axial, ficando o outro mancal livre para dilatação.
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Bandas laterais de 3 Hz
Z1 = 25 dentes
n1 = 180 RPM
Z2 = 125 dentes
F 2 = 0,6 Hz n2 = 36 RPM
2
F e = 75 Hz
f 1 = 3 Hz fe = Z1 n1 f e = 25 . 180 fe = 75 Hz
1 60
Um desalinhamento entre eixos de um par engrenado pode provocar harmônicos múltiplos da frequência do
eixo desalinhado, mostrando um pico na frequência de engrenamento, e bandas laterais em torno da segunda
harmônica de engrenamento, espaçadas na frequência do eixo desalinhado.
2x engrenamento
Harmônicos de 10 Hz
(eixo acionamento)
1x engrenamento (191 Hz) Bandas laterais de 10 Hz
Neste exemplo temos harmônicos de 10 Hz (eixo de entrada de um redutor), um pico na frequência de engre-
namento (191 Hz), bandas laterais de 10 Hz em torno de 2x engrenamento.
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Frequências Fundamentais*
Rolamentos
Frequências Induzidas ** Radial e Axial
*Os rolamentos são compostos de elementos como pista externa, pista interna, elementos girantes e gaiola.
O início de defeito em um destes elementos, apresenta uma vibração de frequência fundamental. A dificuldade
de diagnosticar através da procura de vibração nestas frequências, é que elas são de baixas amplitudes e
baixas frequências, ficando obscurecidas por outras vibrações e ruídos de baixa frequência. Instrumentos que
possibilitam aplicação da Técnica de Envelope, conseguem auxiliar o usuário na identificação das frequências
fundamentais.
Nestas equações é assumido um movimento de giro puro, sendo que na realidade ocorre algum tipo de es-
corregamento tornando os resultados aproximados.
Harmônicas superiores das frequências fundamentais normalmente estão presentes.
Os softwares de Análise de Vibrações, possuem um banco de dados bastante completo e podem calcular
estas frequências rapidamente, dependendo apenas do modelo do rolamento utilizado.
Perturbação hidráulica
N de pás X RPM Radial e Axial
e aerodinâmica
Ocorre na frequência de passagem de lâminas, pás ou hélices, do rotor propulsor.
Verificar rigidez das lâminas, pás ou hélices, e/ou influência de turbulência do fluído sobre o rotor.
Em Torres de Resfriamento pode-se ter inclinação das pás com desvios de ângulos, causando turbulência no
fluxo de ar.
Em bombas de múltiplo estágio deve-se montar os rotores defasados de forma a reduzir a energia do bombe-
amento em uma determinada frequência (n pás x rpm).
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10.1- Desbalanceamento
O desbalanceamento, de forma bastante sucinta, compreende a condição na qual o centro de massa
do elemento não coincide com o seu centro de rotação (ou centro dinâmico).
Ocorre em 1x RPM e é um dos grandes problemas causadores de vibração em equipamentos rotati-
vos nas indústrias.
As principais causas de Desbalanceamento estão relacionadas ao acumulo de material, desgaste dos
rotores, dilatação térmica, trincas, entre outras.
As vibrações é mais intensidade nas proximidades do rotor indicando a fonte do problema.
É comum o pessoal da manutenção que todo de vibração pode ser resolvido com o procedimento de
Balanceamento.
conjugado dinâmico
estático
F1 F1
e
CG e
CG
CG
F2
F F2
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A principal diferença entre os três tipos e desbalanceamento é o efeito que a massa desbalanceadora
provoca nos mancais, para melhor ver esse efeito veremos como a Fase se comporta.
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10.2 – Desalinhamento
Desalinhamentos é um dos principais defeitos diagnósticos pela Análise de Vibração.
Existem dois tipos de desalinhamento: Paralelo e Angular
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Espectro destacando harmônicos da rotação WFM destacando impactos devido a folga interna
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Velocidade crítica
Frequência
Turbilhonamento do filme de óleo. Boa resolução para a análise.
10.6 - Engrenamento
Defeitos em engrenamento causam vibrações na frequência calculada pela formula Z x n, onde ``Z´´
é o número de dentes da engrenagem e ``n´´ é a rotação do eixo.
Fe = Z x rpm
Fe = 50 dentes x 30 Hz = 1500 Hz
Para saber-se qual eixo contém a engrenagem defeito (pinhão ou engrenagem), observa-se a pre-
sença de bandas laterais em torno desta frequência de engrenamento, conforme figura abaixo.
1 x rpm
mm/s²
GMF
2 x rpm
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1 x rpm da engrenagem
1 x rpm
mm/s²
GMF
2 x rpm
1 x rpm
mm/s²
GMF
2 x rpm
1 x rpm
mm/s²
2 x GMF
1 x GMF
2 x rpm
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10.7 - Rolamentos
Os rolamentos são elementos de máquinas bastante estudados em termos de vibração e a razão
disto é que raramente se encontra uma máquina onde não os utilizem. Os defeitos de rolamento
podem gerar quatro frequências fundamentais características:
BPFI - Pista Interna
BPFO - Pista Externa
BSF - Elemento Girantes
FTF - Gaiola
Nas equações apresentadas abaixo, os cálculos das frequências fundamentais características de de-
feito para cada elemento, consideram o rolamento de esfera com rotação no anel interno. As frequên-
cias e amplitudes no espectro de vibração provocado por defeitos nos rolamentos, variam em função
do tipo e estágio de deterioração do elemento.
Para o cálculo das frequências fundamentais de rolamentos usa-se a geometria do rolamento. Os
softwares de análise de vibração possuem um banco de dados que calculam essas frequências
Pd = diâmetro nominal;
Bd = diâmetro do elemento;
n = número de elementos girantes;
Ø = ângulo de contato.
Se possuir as dimensões do rolamento, é possível calcular as frequências manualmente.
Estas equações assumem que o elemento não desliza, apenas rola nas pistas.
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Abaixo a tela do software Smart21 que permite o cadastro do rolamento aplicado no equipamento.
Importante ressaltar para o correto cadastro da rotação do ponto e também diferentes fabricantes e
rolamentos com sufixos diferentes, pois alteram consideravelmente as frequências de defeitos.
O banco de rolamentos fornece dados em ``Ordem´´ o qual será multiplicado pela rotação cadastrada
no ponto. Os softwares também permitem o ajuste dessa rotação durante as análises.
Zoom
Moduladora
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10.9 – Cavitação
Ao contrário do que se pensa, cavitação não é entrada de ar na bomba. Para compreender o fenô-
meno, esta é a primeira premissa que devemos considerar. Cavitação compreende a vaporização do
fluido de escoamento seguida de liquefação do vapor na linha. A vaporização ocorre quando a pres-
são do fluido se torna menor que sua pressão de vapor. Isto se dá em pontos de restrição ao escoa-
mento na linha, ou seja, pontos nos quais a velocidade aumenta e a pressão cai (ex. válvulas de
controle). Quando a pressão torna a subir, microjatos do fluido são criados nas redondezas das bolhas
de vapor. O microjato eventualmente implode a bolha e estas implosões podem causar ondas de
pressão de até 700 kgf/m².
A combinação de microjatos e ondas de pressão pode causar severas erosões na superfície do equi-
pamento (surface pitting) seja ele uma válvula, pá de uma bomba ou qualquer outra parte da tubula-
ção que esteja suscetível às condições de cavitação. O espectro característico da cavitação é uma
vibração de banda larga tipicamente entre 2 a 5 kHz.
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Espectro de aceleração
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Conhecidas estas frequências, pode-se analisar as possíveis falhas mecânicas e magnéticas que
podem surgir.
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