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I. Dos fatos
A Secretaria do Coren/GO recebeu em 15/01/2016 e-mail de profissional enfermeiro, o qual foi
encaminhado à Câmara Técnica de Assuntos Profissionais, para emissão de Parecer Técnico
sobre os questionamentos relacionados a furo de orelhas em recém-nascidos e adultos:
- Furar a orelha de recém-nascido e adulto está restrito a um profissional específico?
- Pode ser realizado por técnicos, auxiliares e enfermeiros?
- Quanto a prática de cobrança, existe um valor tabelado?
- Necessita de uma capacitação para realizar o procedimento?
- Em uma maternidade pública 100% SUS o profissional pode cobrar pelo serviço, visto que o
procedimento não está na lista do SUS?
- Se o profissional da instituição cobrar pelo serviço e ocorra alguma intercorrência, como por
exemplo, uma infecção hospitalar no local, quem fica sendo responsável, o profissional ou a
instituição?
CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 311/2007 que dispõe sobre o Código de Ética dos
profissionais de enfermagem, com destaque para a responsabilidade e dever dos profissionais
contidos nos Art. 12: “Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem
livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência”, Art. 13 “Avaliar
criteriosamente também sua competência técnica, científica e ética e somente aceitar encargos
ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem”, e Art. 36
III - Da conclusão
Mediante o exposto, o Parecer da Câmara Técnica de Assuntos Profissionais do Conselho
Regional de Enfermagem de Goiás é de que auxiliares, técnicos e enfermeiros podem realizar
perfuração do lóbulo auricular para colocação de brincos em neonatos e adultos, dentro das
unidades hospitalares, desde que esteja capacitado para a realização desse procedimento.
Não há definição de valor a ser cobrado por esse procedimento na Tabela de Honorários de
Serviços de Enfermagem, segundo a Resolução do Cofen nº 301/2005.
O procedimento sendo atribuído como atividade de nível médio, somente poderá ser executado
sob supervisão e orientação do enfermeiro.
Salienta-se ainda que em caso de intercorrências e/ou infecção hospitalar, tanto o profissional
quanto a instituição de saúde serão responsabilizados.
É o Parecer, s.m.j.
Enfª. Marysia Alves da Silva Enfª. Rôsani A. de Faria Enfª. Silvia R. de S. Toledo
CTAP - Coren/GO nº 145 CTAP - Coren/GO nº 90.897 CTAP - Coren/GO nº 70.763
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 94.406 de 08 de junho de 1987 que regulamenta a Lei nº 7.498 de 25 de junho
de 1986, que dispõe sobre o Exercício profissional da Enfermagem, e dá outras providências.
Disponível em: www.portalcofen.gov.br
_______. Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o Exercício profissional da
Enfermagem, e dá outras providências. Disponível em: www.portalcofen.gov.br