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CENTRO EDUCACIONAL SILVA BATISTA

RUA NUNES ALVES, 56/202 – CENTRO – DUQUE DE CAXIAS


TEL: 3666-3546/2673-3155

Capítulo I

Normatização
da Profissão /
Ética
Profissional

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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LEI Nº 11.889, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008.


Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar em
Saúde Bucal - ASB.
o
Art. 3 O Técnico em Saúde Bucal e o Auxiliar em Saúde Bucal estão obrigados a se registrar
no Conselho Federal de Odontologia e a se inscrever no Conselho Regional de Odontologia
em cuja jurisdição exerçam suas atividades.
[...]
§ 5o Os valores das anuidades devidas aos Conselhos Regionais pelo Técnico em Saúde
Bucal e pelo Auxiliar em Saúde Bucal e das taxas correspondentes aos serviços e atos
indispensáveis ao exercício das profissões não podem ultrapassar, respectivamente, 1/4 (um
quarto) e 1/10 (um décimo) daqueles cobrados ao cirurgião-dentista.
Art. 4o (VETADO) Parágrafo único. A supervisão direta será obrigatória em todas as
atividades clínicas, podendo as atividades extra clínicas ter supervisão indireta.
Art. 9o Compete ao Auxiliar em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista ou
do Técnico em Saúde Bucal:
I - organizar e executar atividades de higiene bucal;
II - processar filme radiográfico;
III - preparar o paciente para o atendimento;
IV - auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em
ambientes hospitalares;
V - manipular materiais de uso odontológico;
VI - selecionar moldeiras;
VII - preparar modelos em gesso;
VIII - registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle
administrativo em saúde bucal;
IX - executar limpeza, assepsia, desinfeção e esterilização do instrumental,
equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho;
X - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
XI - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e
descarte de produtos e resíduos odontológicos;
XII - desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e
sanitários;
XIII - realizar em equipe levantamento de necessidades em saúde bucal; e
XIV - adotar medidas de biossegurança visando ao controle de infecção.
Art. 10. É vedado ao Auxiliar em Saúde Bucal:
I - exercer a atividade de forma autônoma;
II - prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a indispensável
supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal;
III - realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no art.
9o desta Lei; e
IV - fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais ou folhetos
especializados da área odontológica.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de dezembro de 2008; 187 o da Independência e 120o da República.

CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICA


Aprovado pela Resolução (CFO-118/2012)

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Art. 1º. O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirurgião-dentista,
profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam atividades na área da
Odontologia, em âmbito público e/ou privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de
Odontologia, segundo suas atribuições específicas.
Art. 2º. A Odontologia é uma profissão que se exerce em benefício da saúde do ser humano,
da coletividade e do meio ambiente, sem discriminação de qualquer forma ou pretexto.
Art. 3º. O objetivo de toda a atenção odontológica é a saúde do ser humano. Caberá aos
profissionais da Odontologia, como integrantes da equipe de saúde, dirigir ações que visem
satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas
públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de

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saúde, integralidade da assistência à saúde, preservação da autonomia dos indivíduos,


participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos
serviços de saúde.
Art. 4º. A natureza personalíssima da relação paciente/profissional na atividade odontológica
visa demonstrar e reafirmar, através do cumprimento dos pressupostos estabelecidos por este
Código de Ética, a peculiaridade que reveste a prestação de tais serviços, diversos, portanto,
das demais prestações, bem como de atividade mercantil.
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 5º. Constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos, segundo suas atribuições
específicas:
I - diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de
suas atribuições, observados o estado atual da Ciência e sua dignidade profissional;
II - guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no desempenho de suas funções; 4
III - contratar serviços de outros profissionais da Odontologia, por escrito, de acordo com os
preceitos deste Código e demais legislações em vigor;
IV - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições de
trabalho não sejam dignas, seguras e salubres;
V - renunciar ao atendimento do paciente, durante o tratamento, quando da constatação de
fatos que, a critério do profissional, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o
pleno desempenho profissional. Nestes casos tem o profissional o dever de comunicar
previamente, por escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao cirurgião-
dentista que lhe suceder todas as informações necessárias para a continuidade do tratamento;
VI - recusar qualquer disposição estatutária, regimental, de instituição pública ou privada, que
limite a escolha dos meios a serem postos em prática para o estabelecimento do diagnóstico e
para a execução do tratamento, bem como recusar-se a executar atividades que não sejam de
sua competência legal; e,
VII - decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e
capacidade profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente ou periciado, evitando que o
acúmulo de encargos, consultas, perícias ou outras avaliações venham prejudicar o exercício
pleno da Odontologia.
Art. 6º. Constitui direito fundamental das categorias técnicas e auxiliares recusarem-se a
executar atividades que não sejam de sua competência técnica, ética e legal, ainda que sob
supervisão do cirurgião dentista.
Art. 7º. Constituem direitos fundamentais dos técnicos em saúde bucal e auxiliares em saúde
bucal:
I - executar, sob a supervisão do cirurgião-dentista, os procedimentos constantes na Lei nº
11.889/2008 e nas Resoluções do Conselho Federal;
II - resguardar o segredo profissional; e,
III - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições de
trabalho não sejam dignas, seguras e salubres.
CAPÍTULO III - DOS DEVERES FUNDAMENTAIS
Art. 8º. A fim de garantir a fiel aplicação deste Código, o cirurgião dentista, os profissionais
técnicos e auxiliares, e as pessoas jurídicas, que exerçam atividades no âmbito da
Odontologia, devem cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, e com
discrição e fundamento, comunicar ao Conselho Regional fatos de que tenham conhecimento e
caracterizem possível infringência do presente Código e das normas que regulam o exercício
da Odontologia.
Art. 9º. Constituem deveres fundamentais dos inscritos e sua violação caracteriza infração
ética:
I - manter regularizadas suas obrigações financeiras junto ao Conselho Regional;
II - manter seus dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional;
III - zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom
conceito da profissão;
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IV - assegurar as condições adequadas para o desempenho ético-profissional da Odontologia,
quando investido em função de direção ou responsável técnico;
V - exercer a profissão mantendo comportamento digno;
VI - manter atualizados os conhecimentos profissionais, técnico-científicos e culturais,
necessários ao pleno desempenho do exercício profissional;
VII - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente;

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VIII - resguardar o sigilo profissional; IX - promover a saúde coletiva no desempenho de suas


funções, cargos e cidadania, independentemente de exercer a profissão no setor público ou
privado;
X - elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas em vigor, incluindo os
prontuários digitais;
XI - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que trabalhe, quando
as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo dirigir-se,
nesses casos, aos órgãos competentes;
XII - propugnar pela harmonia na classe;
XIII - abster-se da prática de atos que impliquem mercantilização da Odontologia ou sua má
conceituação;
XIV - assumir responsabilidade pelos atos praticados, ainda que estes tenham sido solicitados
ou consentidos pelo paciente ou seu responsável;
XV - resguardar sempre a privacidade do paciente;
XVI - não manter vínculo com entidade, empresas ou outros desígnios que os caracterizem
como empregado, credenciado ou cooperado quando as mesmas se encontrarem em situação
ilegal, irregular ou inidônea;
XVII - comunicar aos Conselhos Regionais sobre atividades que caracterizem o exercício ilegal
da Odontologia e que sejam de seu conhecimento;
XVIII - encaminhar o material ao laboratório de prótese dentária devidamente acompanhado de
ficha específica assinada; e,
XIX - registrar os procedimentos técnico-laboratoriais efetuados, mantendo-os em arquivo
próprio, quando técnico em prótese dentária.
CAPÍTULO IV - DAS AUDITORIAS E PERÍCIAS ODONTOLÓGICAS
Art. 10. Constitui infração ética:
I - deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou auditor,
assim como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua competência;
II - intervir, quando na qualidade de perito ou auditor, nos atos de outro profissional, ou fazer
qualquer apreciação na presença do examinado, reservando suas observações, sempre
fundamentadas, para o relatório sigiloso e lacrado, que deve ser encaminhado a quem de
direito;
III - acumular as funções de perito/auditor e procedimentos terapêuticos odontológicos na
mesma entidade prestadora de serviços odontológicos;
IV - prestar serviços de auditoria a pessoas físicas ou jurídicas que tenham obrigação de
inscrição nos Conselhos e que não estejam regularmente inscritas no Conselho de sua
jurisdição;
V - negar, na qualidade de profissional assistente, informações odontológicas consideradas
necessárias ao pleito da concessão de benefícios previdenciários ou outras concessões
facultadas na forma da Lei, sobre seu paciente, seja por meio de atestados, declarações,
relatórios, exames, pareceres ou quaisquer outros documentos probatórios, desde que
autorizado pelo paciente ou responsável legal interessado;
VI - receber remuneração, gratificação ou qualquer outro benefício por valores vinculados à
glosa ou ao sucesso da causa, quando na função de perito ou auditor;
VII - realizar ou exigir procedimentos prejudiciais aos pacientes e ao profissional, contrários às
normas de Vigilância Sanitária, exclusivamente para fins de auditoria ou perícia; e,
VIII - exercer a função de perito, quando:
a) for parte interessada;
b) tenha tido participação como mandatário da parte, ou sido designado como
assistente técnico de órgão do Ministério Público, ou tenha prestado depoimento como
testemunha;
c) for cônjuge ou a parte for parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral
até o segundo grau; e,
d) a parte for paciente, ex-paciente ou qualquer pessoa que tenha ou teve relações
sociais, afetivas, comerciais ou administrativas, capazes de comprometer o caráter de
imparcialidade do ato pericial ou da auditagem.

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CAPÍTULO V - DO RELACIONAMENTO
SEÇÃO I - COM O PACIENTE
Art. 11. Constitui infração ética:
I - discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto;
II - aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional/ paciente para obter
vantagem física, emocional, financeira ou política;
III - exagerar em diagnóstico, prognóstico ou terapêutica;
IV - deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, riscos, custos e alternativas do
tratamento;
V - executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado;
VI - abandonar paciente, salvo por motivo justificável, circunstância em que serão conciliados
os honorários e que deverá ser informado ao paciente ou ao seu responsável legal de
necessidade da continuidade do tratamento;
VII - deixar de atender paciente que procure cuidados profissionais em caso de urgência,
quando não haja outro cirurgião-dentista em condições de fazê-lo;
VIII - desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente;
IX - adotar novas técnicas ou materiais que não tenham efetiva comprovação científica;
X - iniciar qualquer procedimento ou tratamento odontológico sem o consentimento prévio do
paciente ou do seu responsável legal, exceto em casos de urgência ou emergência;
XI - delegar a profissionais técnicos ou auxiliares atos ou atribuições exclusivas da profissão de
cirurgião-dentista;
XII - opor-se a prestar esclarecimentos e/ou fornecer relatórios sobre diagnósticos e
terapêuticas, realizados no paciente, quando solicitados pelo mesmo, por seu representante 7
legal ou nas formas previstas em lei;
XIII - executar procedimentos como técnico em prótese dentária, técnico em saúde bucal,
auxiliar em saúde bucal e auxiliar em prótese dentária, além daqueles discriminados na Lei que
regulamenta a profissão e nas resoluções do Conselho Federal; e, XIV - propor ou executar
tratamento fora do âmbito da Odontologia.
SEÇÃO II - COM A EQUIPE DE SAÚDE
Art. 12. No relacionamento entre os inscritos, sejam pessoas físicas ou jurídicas, serão
mantidos o respeito, a lealdade e a colaboração técnico-científica.
Art. 13. Constitui infração ética:
I - agenciar, aliciar ou desviar paciente de colega, de instituição pública ou privada;
II - assumir emprego ou função sucedendo o profissional demitido ou afastado em represália
por atitude de defesa de movimento legítimo da categoria ou da aplicação deste Código;
III - praticar ou permitir que se pratique concorrência desleal;
IV - ser conivente em erros técnicos ou infrações éticas, ou com o exercício irregular ou ilegal
da Odontologia;
V - negar, injustificadamente, colaboração técnica de emergência ou serviços profissionais a
colega; VI - criticar erro técnico-científico de colega ausente, salvo por meio de representação
ao Conselho Regional;
VII - explorar colega nas relações de emprego ou quando compartilhar honorários; descumprir
ou desrespeitar a legislação pertinente no tocante às relações de trabalho entre os
componentes da equipe de saúde;
VIII - ceder consultório ou laboratório, sem a observância da legislação pertinente; e,
IX - delegar funções e competências a profissionais não habilitados e/ou utilizar-se de serviços
prestados por profissionais e/ou empresas não habilitados legalmente ou não regularmente
inscritos no Conselho Regional de sua jurisdição.
CAPÍTULO VI - DO SIGILO PROFISSIONAL
Art. 14. Constitui infração ética:
I - revelar, sem justa causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão do exercício de
sua profissão;
II - negligenciar na orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo profissional; e,
III - fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, sua imagem ou qualquer
outro elemento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto,
salvo se o cirurgião-dentista estiver no exercício da docência ou em publicações científicas, nos
quais, a autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite a exibição da imagem
ou prontuários com finalidade didático-acadêmicas.

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Parágrafo Único. Compreende-se como justa causa, principalmente:


I - notificação compulsória de doença;
II - colaboração com a justiça nos casos previstos em lei;
III - perícia odontológica nos seus exatos limites;
IV - estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos; e,
V - revelação de fato sigiloso ao responsável pelo incapaz.
Art. 15. Não constitui quebra de sigilo profissional a declinação do tratamento empreendido, na
cobrança judicial de honorários profissionais.
Art. 16. Não constitui, também, quebra do sigilo profissional a comunicação ao Conselho
Regional e às autoridades sanitárias as condições de trabalho indignas, inseguras e insalubres.
CAPÍTULO VII - DOS DOCUMENTOS ODONTOLÓGICOS
Art. 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário
e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital.
Parágrafo Único. Os profissionais da Odontologia deverão manter no prontuário os dados
clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em
ordem cronológica com data, hora, nome, assinatura e número de registro do cirurgião-dentista
no Conselho Regional de Odontologia.
Art. 18. Constitui infração ética:
I - negar, ao paciente ou periciado, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia
quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão,
salvo quando ocasionem riscos ao próprio paciente ou a terceiros;
II - deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente
ou por seu representante legal;
III - expedir documentos odontológicos: atestados, declarações, relatórios, pareceres técnicos,
laudos periciais, auditorias ou de verificação odontolegal, sem ter praticado ato profissional que
o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade;
IV - comercializar atestados odontológicos, recibos, notas fiscais, ou prescrições de
especialidades farmacêuticas;
V - usar formulários de instituições públicas para prescrever, encaminhar ou atestar fatos
verificados na clínica privada;
VI - deixar de emitir laudo dos exames por imagens realizados em clínicas de radiologia; e,
VII - receitar, atestar, declarar ou emitir laudos, relatórios e pareceres técnicos de forma secreta
ou ilegível, sem a devida identificação, inclusive com o número de registro no Conselho
Regional de Odontologia na sua jurisdição, bem como assinar em branco, folhas de
receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos odontológicos.
CAPÍTULO VIII - DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Art. 19. Na fixação dos honorários profissionais, serão considerados:
I - condição sócio-econômica do paciente e da comunidade;
II - o conceito do profissional;
III - o costume do lugar;
IV - a complexidade do caso;
V - o tempo utilizado no atendimento;
VI - o caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho;
VII - circunstância em que tenha sido prestado o tratamento;
VIII - a cooperação do paciente durante o tratamento;
IX - o custo operacional; e,
X - a liberdade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o aviltamento profissional.
Parágrafo Único. O profissional deve arbitrar o valor da consulta e dos procedimentos
odontológicos, respeitando as disposições deste Código e comunicando previamente ao
paciente os custos dos honorários profissionais.
Art. 20. Constitui infração ética:
I - oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente;
II - oferecer seus serviços profissionais como prêmio em concurso de qualquer natureza;
III - receber ou dar gratificação por encaminhamento de paciente;
IV - instituir cobrança através de procedimento mercantilista;
V - abusar da confiança do paciente submetendo-o a tratamento de custo inesperado;
VI - receber ou cobrar remuneração adicional de paciente atendido em instituição pública, ou
sob convênio ou contrato;

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VII - agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, paciente de instituição pública ou privada
para clínica particular;
VIII - permitir o oferecimento, ainda que de forma indireta, de seus serviços, através de outros
meios como forma de brinde, premiação ou descontos;
IX - divulgar ou oferecer consultas e diagnósticos gratuitos ou sem compromisso; e,
X - a participação de cirurgião-dentista e entidades prestadoras de serviços odontológicos em
cartão de descontos, caderno de descontos, “gift card” ou “vale presente” e demais atividades
mercantilistas.
Art. 21. O cirurgião-dentista deve evitar o aviltamento ou submeterse a tal situação, inclusive
por parte de convênios e credenciamentos, de valores dos serviços profissionais fixados de
forma irrisória ou inferior aos valores referenciais para procedimentos odontológicos.
CAPÍTULO IX - DAS ESPECIALIDADES
Art. 22. O exercício e o anúncio das especialidades em Odontologia obedecerão ao disposto
neste capítulo e às normas do Conselho Federal.
Art. 23. O especialista, atendendo a paciente encaminhado por cirurgião-dentista, atuará
somente na área de sua especialidade requisitada. Parágrafo Único. Após o atendimento, o
paciente será, com os informes pertinentes, restituído ao cirurgião-dentista que o encaminhou.
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Art. 24. É vedado intitular-se especialista sem inscrição da especialidade no Conselho
Regional.
Art. 25. Para fins de diagnóstico e tratamento o especialista poderá conferenciar com outros
profissionais.
CAPÍTULO X - DA ODONTOLOGIA HOSPITALAR
Art. 26. Compete ao cirurgião-dentista internar e assistir paciente em hospitais públicos e
privados, com ou sem caráter filantrópico, respeitadas as normas técnico-administrativas das
instituições.
Art. 27. As atividades odontológicas exercidas em hospital obedecerão às normatizações
pertinentes.
Art. 28. Constitui infração ética:
I - fazer qualquer intervenção fora do âmbito legal da Odontologia; e,
II - afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem deixar outro
cirurgião-dentista encarregado do atendimento de seus pacientes internados ou em estado
grave.
CAPÍTULO XI - DAS ENTIDADES COM ATIVIDADES NO ÂMBITO DA ODONTOLOGIA
Art. 29. Aplicam-se as disposições deste Código de Ética e as normas dos Conselhos de
Odontologia a todos àqueles que exerçam a Odontologia, ainda que de forma indireta, sejam
pessoas físicas ou jurídicas, tais como: clínicas, policlínicas, cooperativas, planos de
assistência à saúde, convênios de qualquer forma, credenciamento, administradoras,
intermediadoras, seguradoras de saúde, ou quaisquer outras entidades.
Art. 30. Os profissionais inscritos prestadores de serviço responderão, nos limites de sua
atribuição, solidariamente, pela infração ética praticada, ainda que não desenvolva a função de
sócio ou responsável técnico pela entidade.
Art. 31. Constitui infração ética a não observância pela entidade da obrigação de:
I - indicar um responsável técnico de acordo com as normas do Conselho Federal, bem como
respeitar as orientações éticas fornecidas pelo mesmo;
II - manter a qualidade técnico-científica dos trabalhos realizados; III - propiciar ao profissional
condições adequadas de instalações, recursos materiais, humanos e tecnológicos que
garantam o seu desempenho pleno e seguro;
IV - manter auditorias odontológicas constantes, através de profissionais capacitados, desde
que respeitadas a autonomia dos profissionais;
V - restringir-se à elaboração de planos ou programas de saúde bucal que tenham respaldo
técnico, administrativo e financeiro; 11
VI - manter os usuários informados sobre os recursos disponíveis para atendê-los; e,
VII - atender as determinações e notificações expedidas pela fiscalização do Conselho
Regional, suspendendo a prática irregular e procedendo as devidas adequações.
Art. 32. Constitui infração ética:
I - apregoar vantagens irreais visando a estabelecer concorrência com entidades congêneres;
II - oferecer tratamento abaixo dos padrões de qualidade recomendáveis;
III - anunciar especialidades sem constar no corpo clínico os respectivos especialistas, com as
devidas inscrições no Conselho Regional de sua jurisdição;

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IV - anunciar especialidades sem as respectivas inscrições de especialistas no Conselho


Regional; V - valer-se do poder econômico visando a estabelecer concorrência desleal com
entidades congêneres ou profissionais individualmente;
VI - deixar de manter os usuários informados sobre os recursos disponíveis para o atendimento
e de responder às reclamações dos mesmos;
VII - deixar de prestar os serviços ajustados no contrato;
VIII - oferecer serviços profissionais como bonificação em concursos, sorteios, premiações e
promoções de qualquer natureza;
IX - elaborar planos de tratamento para serem executados por terceiros, inclusive na forma de
perícia prévia;
X - prestar serviços odontológicos, contratar empresas ou profissionais ilegais ou irregulares
perante o Conselho Regional de sua jurisdição;
XI - usar indiscriminadamente Raios X com finalidade, exclusivamente, administrativa em
substituição à perícia/auditoria e aos serviços odontológicos;
XII - deixar de proceder a atualização contratual, cadastral e de responsabilidade técnica, bem
como de manter-se regularizado com suas obrigações legais junto ao Conselho Regional de
sua jurisdição; e,
XIII - constitui infração ética a participação de cirurgiões-dentistas como proprietários, sócios,
dirigentes ou consultores dos chamados cartões de descontos, assim como a comprovada
associação ou referenciamento de cirurgiões-dentistas a qualquer empresa que faça
publicidade de descontos sobre honorários odontológicos, planos de financiamento ou
consórcio.
CAPÍTULO XII - DO RESPONSÁVEL TÉCNICO E DOS PROPRIETÁRIOS INSCRITOS
Art. 33. Ao responsável técnico cabe a fiscalização técnica e ética da instituição pública ou
privada pela qual é responsável, devendo orientá-la, por escrito, inclusive sobre as técnicas de
propaganda utilizadas.
§ 1º. É dever do responsável técnico, primar pela fiel aplicação deste Código na pessoa jurídica
em que trabalha.
§ 2º. É dever do responsável técnico, informar ao Conselho Regional, imediatamente, por
escrito, quando da constatação do cometimento de infração ética, acontecida na empresa em
que exerça sua responsabilidade.
CAPÍTULO XIII - DO MAGISTÉRIO
Art. 34. No exercício do magistério, o profissional inscrito exaltará os princípios éticos 12 e
promoverá a divulgação deste Código.
Art. 35. Constitui infração ética:
I - utilizar-se do paciente e/ou do aluno de forma abusiva em aula ou pesquisa;
II - eximir-se de responsabilidade nos trabalhos executados em pacientes pelos alunos;
III - utilizar-se da influência do cargo para aliciamento e/ou encaminhamento de pacientes para
clínica particular;
IV - participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos e tecidos humanos;
V - permitir a propaganda abusiva ou enganosa, de cursos de especialização, aperfeiçoamento
e atualização;
VI - aproveitar-se do aluno para obter vantagem física, emocional ou financeira;
VII - aliciar pacientes ou alunos, oferecendo vantagens, benefícios ou gratuidades, para cursos
de aperfeiçoamento, atualização ou especialização;
VIII - utilizar-se de formulário de instituições de ensino para atestar ou prescrever fatos
verificados em consultórios particulares; e,
IX - permitir a prática clínica em pacientes por acadêmicos de Odontologia fora das diretrizes e
planos pedagógicos da instituição de ensino superior, ou de regular programa de estágio e
extensão, respondendo pela violação deste inciso o professor e o coordenador da respectiva
atividade.
CAPÍTULO XIV - DA DOAÇÃO, DO TRANSPLANTE E DO BANCO DE ÓRGÃOS, TECIDOS
E BIOMATERIAIS
Art. 36. Todos os registros do banco de ossos e dentes e outros tecidos devem ser de caráter
confidencial, respeitando o sigilo da identidade do doador e do receptor.
Art. 37. Constitui infração ética:
I - descumprir a legislação referente ao banco de tecidos e dentes ou colaborar direta ou
indiretamente com outros profissionais nesse descumprimento;

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II - utilizar-se do nome de outro profissional para fins de retirada dos tecidos e dentes dos
bancos relacionados;
III - deixar de esclarecer ao doador, ao receptor ou seus representantes legais sobre os riscos
decorrentes de exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos casos de
transplantes de órgãos e tecidos; e,
IV - participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos e tecidos humanos.
CAPÍTULO XV - DAS ENTIDADES DA CLASSE
Art. 38. Compete às entidades da classe, através de seu presidente, fazer as comunicações
pertinentes que sejam de indiscutível interesse público.
Parágrafo Único. Esta atribuição poderá ser delegada, sem prejuízo da responsabilidade
solidária do titular.
Art. 39. Cabe ao presidente e ao infrator a responsabilidade pelas infrações éticas cometidas
em nome da entidade.
Art. 40. Constitui infração ética:
I - servir-se da entidade para promoção própria, ou obtenção de vantagens pessoais;
II - prejudicar moral ou materialmente a entidade;
III - usar o nome da entidade para promoção de produtos comerciais sem que os mesmos
tenham sido testados e comprovada sua eficácia na forma da Lei; e,
IV - desrespeitar entidade, injuriar ou difamar os seus diretores.
CAPÍTULO XVI - DO ANÚNCIO, DA PROPAGANDA E DA PUBLICIDADE
Art. 41. A comunicação e a divulgação em Odontologia obedecerão ao disposto neste Código.
§ 1º. É vedado aos técnicos em prótese dentária, técnicos em saúde bucal, auxiliares de
prótese dentária, bem como aos laboratórios de prótese dentária fazerem anúncios,
propagandas ou publicidade dirigida ao público em geral.
§ 2º. Aos profissionais citados no § 1º, com exceção do auxiliar em saúde bucal, serão
permitidas propagandas em revistas, jornais ou folhetos especializados, desde que dirigidas
aos cirurgiões-dentistas, e acompanhadas do nome do profissional ou do laboratório, do seu
responsável técnico e do número de inscrição no Conselho Regional de Odontologia.
§ 3º. Nos laboratórios de prótese dentária deverá ser afixado, em local visível ao público em
geral, informação fornecida pelo Conselho Regional de Odontologia da jurisdição sobre a
restrição do atendimento direto ao paciente.
Art. 42. Os anúncios, a propaganda e a publicidade poderão ser feitos em qualquer meio de
comunicação, desde que obedecidos os preceitos deste Código.
Art. 43. Na comunicação e divulgação é obrigatório constar o nome e o número de inscrição
da pessoa física ou jurídica, bem como o nome representativo da profissão de cirurgião-
dentista e também das demais profissões auxiliares regulamentadas. No caso de pessoas
jurídicas, também o nome e o número de inscrição do responsável técnico.
§ 1º. Poderão ainda constar na comunicação e divulgação:
I - áreas de atuação, procedimentos e técnicas de tratamento, desde que precedidos do título
da especialidade registrada no Conselho Regional ou qualificação profissional de clínico geral.
Áreas de atuação são procedimentos pertinentes às especialidades reconhecidas pelo
Conselho Federal;
II - as especialidades nas quais o cirurgião-dentista esteja inscrito no Conselho Regional;
III - os títulos de formação acadêmica 'stricto sensu' e do magistério relativos à profissão;
IV - endereço, telefone, fax, endereço eletrônico, horário de trabalho, convênios,
credenciamentos, atendimento domiciliar e hospitalar;
V - logomarca e/ou logotipo; e,
VI - a expressão "clínico geral", pelos profissionais que exerçam atividades pertinentes à
Odontologia
decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso de graduação ou em cursos de pós-
graduação.
§ 2º. No caso de pessoa jurídica, quando forem referidas ou ilustradas especialidades, deverão
possuir, a seu serviço, profissional inscrito no Conselho Regional nas especialidades
anunciadas, devendo, ainda, ser disponibilizada ao público a relação destes profissionais com
suas qualificações, bem como os clínicos gerais com suas respectivas áreas de atuação,
quando houver.
Art. 44. Constitui infração ética:

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I - fazer publicidade e propaganda enganosa, abusiva, inclusive com expressões ou imagens


de antes e depois, com preços, serviços gratuitos, modalidades de pagamento, ou outras
formas que impliquem comercialização da Odontologia ou contrarie o disposto neste Código;
II - anunciar ou divulgar títulos, qualificações, especialidades que não possua, sem registro no
Conselho Federal, ou que não sejam por ele reconhecidas;
III - anunciar ou divulgar técnicas, terapias de tratamento, área da atuação, que não estejam
devidamente comprovadas cientificamente, assim como instalações e equipamentos que não
tenham seu registro validado pelos órgãos competentes;
IV - criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como sendo inadequadas ou
ultrapassadas;
V - dar consulta, diagnóstico, prescrição de tratamento ou divulgar resultados clínicos por meio
de qualquer veículo de comunicação de massa, bem como permitir que sua participação na
divulgação de assuntos odontológicos deixe de ter caráter exclusivo de esclarecimento e
educação da coletividade;
VI - divulgar nome, endereço ou qualquer outro elemento que identifique o paciente, a não ser
com seu consentimento livre e esclarecido, ou de seu responsável legal, desde que não sejam
para fins de autopromoção ou benefício do profissional, ou da entidade prestadora de serviços
odontológicos, observadas as demais previsões deste Código;
VII - aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços através de informação ou
anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela, ou outros atos que
caracterizem concorrência desleal ou aviltamento da profissão, especialmente a utilização da
expressão “popular”;
VIII - induzir a opinião pública a acreditar que exista reserva de atuação clínica em Odontologia;
IX - oferecer trabalho gratuito com intenção de autopromoção ou promover campanhas
oferecendo trocas de favores;
X - anunciar serviços profissionais como prêmio em concurso de qualquer natureza ou através
de aquisição de outros bens pela utilização de serviços prestados;
XI - promover direta ou indiretamente por intermédio de publicidade ou propaganda a poluição
do ambiente;
XII - expor ao público leigo artifícios de propaganda, com o intuito de granjear clientela,
especialmente a utilização de imagens e/ou expressões antes, durante e depois, relativas a
procedimentos odontológicos;
XIII - participar de programas de comercialização coletiva oferecendo serviços nos veículos de
comunicação; e,
XIV - realizar a divulgação e oferecer serviços odontológicos com finalidade mercantil e de
aliciamento de pacientes, através de cartão de descontos, caderno de descontos, mala direta
via internet, sites promocionais ou de compras coletivas, telemarketing ativo à população em
geral, stands promocionais, caixas de som portáteis ou em veículos automotores, plaqueteiros
entre outros meios que caracterizem concorrência desleal e desvalorização da profissão.
Art. 45. Pela publicidade e propaganda em desacordo com as normas estabelecidas neste
Código respondem solidariamente os proprietários, responsável técnico e demais profissionais
que tenham concorrido na infração, na medida de sua culpabilidade.
Art. 46. Aplicam-se, também, as normas deste Capítulo a todos àqueles que exerçam a
Odontologia, ainda que de forma indireta, sejam pessoas físicas ou jurídicas, tais como:
clínicas, policlínicas, operadoras de planos de assistência à saúde, convênios de qualquer
forma, credenciamentos ou quaisquer outras entidades.
SEÇÃO I - DA ENTREVISTA
Art. 47. O profissional inscrito poderá utilizar-se de meios de comunicação para conceder
entrevistas ou palestras públicas sobre assuntos odontológicos de sua atribuição, com
finalidade de esclarecimento e educação no interesse da coletividade, sem que haja
autopromoção ou sensacionalismo, preservando sempre o decoro da profissão, sendo vedado
anunciar neste ato o seu endereço profissional, endereço eletrônico e telefone.
Art. 48. É vedado ao profissional inscrito:
I - realizar palestras em escolas, empresas ou quaisquer entidades que tenham como objetivo
a divulgação de serviços profissionais e interesses particulares, diversos da orientação e
educação social quanto aos assuntos odontológicos; II - distribuir material publicitário e
oferecer brindes, prêmios, benefícios ou vantagens ao público leigo, em palestras realizadas
em escolas, empresas ou quaisquer entidades, com finalidade de angariar clientela ou
aliciamento;

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III - realizar diagnóstico ou procedimentos odontológicos em escolas, empresas ou outras


entidades, em decorrência da prática descrita nos termos desta seção; e,
IV - aliciar pacientes, aproveitando-se do acesso às escolas, empresas e demais entidades.

SEÇÃO II DA PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA


Art. 49. Constitui infração ética:
I - aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome na coautoria de obra
científica;
II - apresentar como seu, no todo ou em parte, material didático ou obra científica de outrem,
ainda que não publicada;
III - publicar, sem autorização por escrito, elemento que identifique o paciente preservando16 a
sua privacidade;
IV - utilizar-se, sem referência ao autor ou sem sua autorização expressa, de dados,
informações ou opiniões coletadas em partes publicadas ou não de sua obra;
V - divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não
esteja expressamente reconhecido cientificamente;
VI - falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação; e,
VII - publicar pesquisa em animais e seres humanos sem submetê-la à avaliação prévia do
comitê de ética e pesquisa em seres humanos e do comitê de ética e pesquisa em animais.
CAPÍTULO XVII DA PESQUISA CIENTÍFICA
Art. 50. Constitui infração ética:
I - desatender às normas do órgão competente e à legislação sobre pesquisa em saúde;
II - utilizar-se de animais de experimentação sem objetivos claros e honestos de enriquecer os
horizontes do conhecimento odontológico e, consequentemente, de ampliar os benefícios à
sociedade;
III - desrespeitar as limitações legais da profissão nos casos de experiência in anima nobili;
IV - infringir a legislação que regula a utilização do cadáver para estudo e/ou exercícios de
técnicas cirúrgicas;
V - infringir a legislação que regula os transplantes de órgãos e tecidos post-mortem e do
"próprio corpo vivo";
VI - realizar pesquisa em ser humano sem que este ou seu responsável, ou representante
legal, tenha dado consentimento, livre e esclarecido, por escrito, sobre a natureza das
consequências da pesquisa;
VII - usar, experimentalmente, sem autorização da autoridade competente, e sem o
conhecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu representante legal, qualquer
tipo de terapêutica ainda não liberada para uso no País;
VIII - manipular dados da pesquisa em benefício próprio ou de empresas e/ou instituições; e,
IX - sobrepor o interesse da ciência ao da pessoa humana.
CAPÍTULO XVIII DAS PENAS E SUAS APLICAÇÕES
Art. 51. Os preceitos deste Código são de observância obrigatória e sua violação sujeitará o
infrator e quem, de qualquer modo, com ele concorrer para a infração, ainda que de forma
indireta ou omissa, às seguintes penas previstas no artigo 18 da Lei nº. 4.324, de 14 de abril de
1964: I - advertência confidencial, em aviso reservado;
II - censura confidencial, em aviso reservado;
III - censura pública, em publicação oficial;
IV - suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias; e,
V - cassação do exercício profissional ad referendum do Conselho Federal.
Art. 52. Salvo nos casos de manifesta gravidade e que exijam aplicação imediata de
penalidade mais grave, a imposição das penas obedecerá à gradação do artigo anterior.
Parágrafo Único. Avalia-se a gravidade pela extensão do dano e por suas consequências.17
Art. 53. Considera-se de manifesta gravidade, principalmente:
I - imputar a alguém conduta antiética de que o saiba inocente, dando causa a instauração de
processo ético;
II - acobertar ou ensejar o exercício ilegal ou irregular da profissão;
III - exercer, após ter sido alertado, atividade odontológica em pessoa jurídica, ilegal, inidônea
ou irregular; IV - ocupar cargo cujo profissional dele tenha sido afastado por motivo de
movimento classista;

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V - ultrapassar o estrito limite da competência legal de sua profissão; VI - manter atividade


profissional durante a vigência de penalidade suspensiva;
VII - veiculação de propaganda ilegal;
VIII - praticar infração ao Código de Ética no exercício da função de dirigente de entidade de
classe odontológica;
IX - exercer ato privativo de profissional da Odontologia, sem estar para isso legalmente
habilitado;
X - praticar ou ensejar atividade que não resguarde o decoro profissional; XI - ofertar serviços
odontológicos de forma abusiva, enganosa, imoral ou ilegal; e,
XII - ofertar serviços odontológicos em sites de compras coletivas ou similares.
Art. 54. A alegação de ignorância ou a má compreensão dos preceitos deste Código não exime
de penalidade o infrator.
Art. 55. São circunstâncias que podem agravar a pena:
I - a reincidência;
II - a prática com dolo;
III - a inobservância das notificações expedidas pela fiscalização, o não comparecimento às
solicitações ou intimações do Conselho Regional para esclarecimentos ou na instrução da ação
ética disciplinar; IV - qualquer forma de obstrução de processo;
V - o falso testemunho ou perjúrio; VI - aproveitar-se da fragilidade do paciente; e,
VII - cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou
função.
Art. 56. São circunstâncias que podem atenuar a pena:
I - não ter sido antes condenado por infração ética;
II - ter reparado ou minorado o dano; e,
III - culpa concorrente da vítima.
Art. 57. Além das penas disciplinares previstas, também poderá ser aplicada pena pecuniária a
ser fixada pelo Conselho Regional, arbitrada entre 1 (uma) e 25 (vinte e cinco) vezes o valor da
anuidade.
§ 1º. O aumento da pena pecuniária deve ser proporcional à gravidade da infração.
§ 2º. Em caso de reincidência, a pena de multa será aplicada em dobro.
CAPÍTULO XIX - DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 58. O profissional condenado por infração ética à pena disciplinar combinada com multa
pecuniária, também poderá ser objeto de reabilitação, na forma prevista no Código de
Processo Ético Odontológico.
Art. 59. As alterações deste Código são da competência exclusiva do Conselho Federal,
ouvidos os Conselhos Regionais.
Art. 60. Este Código entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2013.

Questionário
1) Diga qual a lei que regulamenta as atividades dos ASB‟s e quando ela entrou em vigor.
2) Cite 3 infrações éticas de um ASB.
3) Cite 3 atividades que podem ser exercidas pelo ASB.
4) Como eram conhecidos os ASB‟s antes de 2008?
5) Quais benefícios foram assegurados aos ASB‟s após a regulamentação?
6) Perante o juiz o ASB será?
7) Qual o quantitativo devido ao CRO pelo ASB?
8) Quais órgãos que regulamentam as atividades dos ASB‟s e quais suas siglas?
9) Qual o órgão que fiscaliza as atividades dos ASB‟s e qual sua sigla?
10) Qual a consequência de revelar um segredo profissional sem justa causa?
11) Qual o código que rege as normas de conduta na odontologia?
12) Quais os parágrafos de código de ética que dizem os vetos e os deveres dos ASB‟s?

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Capítulo II

Biossegurança

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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O que é biossegurança?
Segundo a ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), biossegurança é: “Condição de
segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o
meio ambiente.”¹ Dessa definição podemos dizer que BIOSSEGURANÇA nada mais é que o
conjunto de medidas que toda a equipe de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros, Técnico em
saúde bucal, Técnico em enfermagem, auxiliares em saúde bucal, auxiliar em enfermagem,
enfim, toda a equipe) devem tomar para evitar contaminações e proliferações de bactérias ou
qualquer outro ser contaminante (vírus, fungos, leveduras).
Biossegurança na saúde bucal
Na saúde bucal a biossegurança não foge desses padrões, a seguir veremos técnicas e ações
que visão a segurança e o bem estar da saúde dos doutores, auxiliares e pacientes.
Anamnese
“É uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a intenção de
ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença ou patologia.”² Podemos dizer que a
anamnese é um questionário que deve preenchido e assinado pelo paciente, visando fazer
profissional tomar conhecimento do histórico de doenças na família, de doenças adquiridas ao
longo da vida do paciente, ou até mesmo doenças genéticas. É de suma importância o
preenchimento desta ficha, para o paciente, por evitar riscos e acidentes cirúrgicos ou crises
alérgicas, aos profissionais por estarem respaldados juridicamente em caso de má fé ou
desespero do paciente. É extremamente importante o preenchimento mesmo em casos de
emergência, pois é a partir dela que o profissional saberá como proceder, que tipo de anestesia
usar, que medicação prescrever. A cada paciente será aplicado o tratamento necessário de
acordo com o conhecimento do profissional e as informações constantes nessa ficha.

Exemplo de Anamnese Odontológica³

FICHA DE ANAMNESE
Nome:_________________________________________________________________________________________
Telefone:_______________________________________________________________________________________
Queixa principal e evolução da doença atual _________________________________________________________

Questionário de Saúde
Sofre de alguma doença: ( ) Não ( ) Sim - Qual(is)_____________________________________________________
Está em tratamento médico atualmente? ( ) Sim ( ) Não
Gravidez: Sim ( ) Não ( )
Está fazendo uso de alguma medicação? ( ) Não ( ) Sim –
Qual(is) ________________________________________________________________________________________
Nome do médico assistente/telefone: _______________________________________________________________
Teve alergia? ( ) Não ( ) Sim - Qual(is) _______________________________________________________________
Já foi operado? ( ) Não ( ) Sim - Qual(is) _____________________________________________________________
Teve problemas com a cicatrização? Sim ( ) Não ( )
Teve problemas com a anestesia? Sim ( ) Não ( )
Teve problemas de hemorragia? Sim ( ) Não ( )
Sofre de alguma das seguintes doenças?
Febre Reumática: Sim ( ) Não ( );
Problemas cardíacos: Sim ( ) Não ( )
Problemas renais: Sim ( ) Não ( );
Problemas gástricos: Sim ( ) Não ( )
Problemas respiratórios: Sim ( ) Não ( ); Problemas alérgicos: Sim ( ) Não ( )
Problemas articulares ou reumatismo: Sim ( ) Não ( ); Diabetes: Sim ( ) Não ( )
Hipertensão arterial: Sim ( ) Não ( );
Hábitos: _______________________________________________________________________________________
Antecedentes familiares:__________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
Outras observações importantes:__________________________________________________________________

Declaro que as informações acima prestadas são totalmente verdadeiras.


____________________ __________________________________________
Local, Data Assinatura do Paciente ou seu Responsável

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Lavagem das mãos

Como muita gente já sabe a


lavagem das mãos evita
contaminação, evita
contração de determinadas
doenças e deve ser
encarada com total
seriedade pelos
profissionais de saúde, pois
é uma das medidas mais
importantes no êxito da
biossegurança.
Ao contrário do que se
pensa a lavagem das mãos
não inclui somente a mão
propriamente dita, mas a
boa higienização inclui
partes como unhas e
antebraços.
Vejamos a seguir o método
correto para lavagem das
mãos4:
Essa técnica dura cerca de
40 a 60 segundos, e sua
eficácia vai depender se
houve ou não essa duração.

Importante
Antes de iniciar qualquer técnica de lavagem das mãos, é necessário retirar joias (anéis,
pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos.

Uso de EPI’s

“O que são EPI‟s?”


Você deve estar se perguntando, não precisa se
assustar e nem sair correndo, EPI é a abreviação
para Equipamento de Proteção Individual.
São esses equipamentos que vão fazer com que a
biossegurança dos profissionais seja mantida.
São esses equipamentos:
Sapato fechado, roupa branca (essencialmente
quem trabalha em centro cirúrgico), jalecos (de
manga cumprida e preferencialmente de gola
padre), luva, óculos, máscara e touca.
Vejamos a seguir um profissional completamente
equipado:5

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No caso de cirurgias devemos trocar a luva de procedimento por uma luva estéreo.
Vejamos a seguir a técnica correta para calçar e descalçar (colocar e tirar) a luva estéreo:6

Além de manter nossa segurança, é de extrema importância manter a segurança do paciente.


Para isso fica incumbido a nós ASB‟s todo o preparo do consultório e paciente previamente ao
atendimento.
Preparo do consultório dentário
O preparo do consultório dentário cabe as ASB‟s.
Nesse preparo serão feitas técnicas para prevenir e evitar proliferação e contaminação dos
equipamentos a serem usados.
Dentre as quais podemos citar a desinfecção de todos os equipamentos com álcool 70%. Após
essa desinfecção será feita a montagem da cadeira e do equipo odontológico.

Montagem da cadeira e equipo odontológico


Para a montagem da cadeira e equipo odontológico usamos filme PVC (papel filme), saco de
sacolé, saco de hambúrguer e canudo cortado.
As peças de mão (alta e baixa rotação, seringa tríplice) deveram ser embaladas como saco de
sacolé e a seringa tríplice ainda deverá conter um canudinho cortado para proteger a ponta.
As partes que serão tocadas pelo CD, TSB ou ASB também deveram receber proteção. Para
isso coloca-se no mocho (cadeira usada pelo dentista), nos braços da cadeira, na alça do foco,
papel filme.
Em partes como a alça do foto esse PVC pode ser substituído por saco de sacolé.
As partes que entraram em mais contato com o paciente deverão ser embaladas com PVC.
No Equipo deverá sempre conter um babador descartável sob os equipamentos (lixeira, porta
algodão, bandeja, etc.) 25
Não é necessário fazer a troca de todo PVC a cada paciente (salvo se rasgar), só serão
desinfectados com álcool 70%, já os saquinhos de sacolé são trocados a cada paciente, assim
como o babador descartável que for posto no paciente. Todo o filme PVC será trocado uma vez
por dia (geralmente antes de começarem os atendimentos).
O saquinho de hambúrguer da lixeira será trocado sempre que necessário.

Montagem do paciente
Também é incumbido a nós a montagem preparação do paciente para o tratamento.
Essa montagem se dá por:
1º Colocação ou entrega do óculos de proteção ao paciente.
2º Colocação de babador descartável ou avental.
Em caso de tratamento com exposição ao RX deveram ser colocados o avental de chumbo
(plumbífero) e o protetor de tireoide.
Esses cuidados são extremamente importantes para evitar problemas como: Um instrumento
perfuro-cortantes cair nos olhos do paciente, fazendo o mesmo perder parte ou completamente
a visão; evitar que a soda clorada (hipoclorito de sódio) caia na roupa daquele paciente, e
manche.

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Desmontagem e Assepsia do Equipamento e Materiais após o atendimento.

Ficamos incumbidas também de fazer a desmontagem do consultório a cada paciente.


Nessa desmontagem devemos fazer a assepsia da cadeira com álcool 70%, não sendo
necessária a troca de todo filme PVC (salvo
se rasgar), somente os babadores
descartáveis, sacos de sacolé e canudos
serão trocados a cada paciente.
O saquinho de hambúrguer será trocado
sempre q houver necessidade.
O descarte de materiais perfuro-cortantes
será feito em local separado. Usa-se uma
caixa amarela chamada Descarpack.
Vejamos a seguir um exemplo de
descarpack:7
OBS.: Materiais contaminados (luva,
babador, gaze com sangue/saliva) nunca
deverão ser descartados com lixo comum.
São descartados na lixeira com saco preto
para diferenciar dos demais lixos da clínica.
Toda essa assepsia deverá ser feita com
luvas de borracha e todos os demais EPI‟s.

Esterilização dos Materiais

Existem três tipos principais de esterilização dentro do ambiente odontológico: Calor Seco,
Calor Úmido e Pressão ou Imersão.
O método mais usado atualmente é o de Calor Úmido e Pressão que é executado pela
autoclave. Os demais métodos já não são mais tão usados.
A técnica de Calor Seco é feita pela estufa, deixou de ser tão uutilizada pelo tempo gasto no
processo e o processo de Imersão é feito com uma substancia química onde são submersos os
instrumentais a serem esterilizados, atualmente a substancia usada para esse processo é o
GerminRio pois o Glutaraldeído8 a 2% foi proibido pois sua eficácia já estava deixando a
desejar além de queixas de possíveis intoxicações de quem o manipula, com sintomas como:
irritação da mucosa nasal, garganta, pulmões, espirros, hemorragia nasal, ardência nos olhos,
conjuntivite, dermatite alérgica ou de contato, cefaleia e vômito. Este método tem deixado de
ser utilizado também pela grande tempo exigido para sua eficácia.
Vejamos a seguir exemplos de cada tipo de agentes esterilizantes:

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Tipos de contaminação
 Cruzada: Contaminação cruzada é a transferência de microrganismos de um local para o outro através de
meios comuns entre o contaminante e o contaminado.
 Concomitante: Contaminação que acontece ao mesmo tempo por diferentes microrganismos.
 Vertical: É a transmissão de uma infecção ou doença a partir da mãe para seu feto no útero ou para o
recém-nascido durante o parto.
 Recorrente: É a transmissão ou contaminação que depois de tratada ou combatida volta a aparecer.
 Comunitária: É a contaminação hospitalar.

Questionário
1) Quais os agentes esterilizantes e desinfetantes na odontologia?
2) Quais são os EPI‟s dos profissionais e quais suas funções?
3) Qual o método com maior potencial de esterilização?
4) Cite 3 medidas de biossegurança que competem ao ASB.
5) Quais EPI‟s devem ser usados no paciente? Justifique
6) Como deve ser feita a esterilização por calor seco?
7) Como deve ser feito o descarte do material perfuro-cortante?
8) Para que serve a ficha de Anamnese? Qual sua importância?
9) Qual o processo de esterilização mais lento? Como deve ser feito?
10) Quais as principais funções da biossegurança?
11) Quais os passos de uma lavagem correta das mãos?

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Capítulo III

Instrumental
Odontológico

Larissa Dias de Brito


Técnica Dias
Larissa de Brito
em Saúde Bucal
Técnica em Saúde Bucal

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O que são instrumentais odontológicos?

Os instrumentais em odontologia têm como função possibilitar ao CD realizar os procedimentos de


atendimento ao paciente. O auxiliar do cirurgião dentista tem como dever conhecer os instrumentais e suas
funções, para organiza-los e prover ao odontólogo os mesmos.

INSTRUMENTAIS PARA EXAME CLÍNICO


Os instrumentais para bandeja de exame clínico são:
- Escavador de dentina (colher de dentina): Auxilia na remoção da dentina cariada.

- Pinça de algodão, tem função de pegar materiais como algodão, brocas, dentre outros.

- Espelho clínico: Permite a visualização das estruturas bucais, constituído de cabo e espelho.

- Sonda exploradora: Tem como função detectar falhas na estrutura dental.

- Espátula nº 1 (Espátula de inserção): Utilizada na colocação de material na cavidade.

- Bandeja: Onde foram depositados os instrumentais para esterilização.


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- Sonda milimetrada: utilizadas para medição do sulco gengival.

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INSTRUMENTAIS PARA PROCEDIMENTOS


São instrumentais usados em diversas especialidades odontológicas. São eles:

- Seringa Carpule: Utilizada para anestesia dentária e na irrigação de canais radiculares.

- Espátula nº 24: Usada na manipulação de diversos materiais.

- Placa de vidro: Base para, com o uso da espátula, manipulação de materiais.

31

- Pote Dappen: Recipientes pequenos para colocação de materiais com flúor, resina acrílica, e outros, podem
ser de vidro, plástico ou silicone.

Pote Dappen Pote Dappen s


Vidro Plástico Silicone
- Cuba metálica, recipientes maiores para colocação de soro, álcool iodado, etc., variam de forma e tamanho
conforme a aplicação.

- Cuba de borracha e espátula de gesso: Usados para manipular alginato e gesso.

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- Moldeiras: Usadas para se inserir o material de moldagem para ser levado a boca. Podem ser do tipo total
ou parcial; lisa ou perfurada, plástica ou metálica, superior ou inferior.

- Prendedor de guardanapo: Usados para manter o babador descartável no peito dos pacientes.

- Brocas: Usadas para remoção de tecido cariado, dentina esclerosada, restauração antiga e etc.

INSTRUMENTAIS PARA RADIOLOGIA

- Colgadura para película radiográfica: usada na revelação da mesma.

- Posicionadores: Tornar mais preciso ou fácil as tomadas radiográficas.

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INSTRUMENTAIS PARA CIRUGIA ORAL BÁSICA


- Cabo de bisturi e lâmina de bisturi: Usado para fazer a incisão do tecido.

- Descolador molt: Usado para separar tecidos moles do osso.

- Pinça hemostática: Para apreensão de vaso e tecidos.

- Pinça porta agulha, para apreensão do fio de sutura.

- Tesouras: Servem para cortar o tecido humano, bem como fio de sutura e outros, variam de forma e
tamanho dependendo da aplicação.

- Pinça goiva: Usada para remoção ou remodelação de osso.

- Sugador: Acoplado a bomba, retira fluidos como sangue e saliva.

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- Lima para osso: Utilizada para remodelar o osso.

- Cureta para alvéolo (cureta de Lucas): Usada para limpar o alvéolo pós-extração.

- Afastador: Usado para afastar o tecido do campo operatório.

- Alavancas: Usadas descolamento dentário.

- Fórceps: Utilizados nas extrações dentárias. Variam de forma e numeração para os dentes ou necessidades
do CD.

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INSTRUMENTAIS PARA PERIODONTIA


- Curetas periodontais: utilizadas para retirada de cálculo dentário, a numeração varia de acordo com a região
da arcada.

- Gengivótomos: usados para o corte da gengiva.

- Escova de Robinson: Usada na remoção de placa bacteriana durante a “limpeza”. Pode ser plana ou cônica.

- Taça de borracha: Usada na ativação do flúor após a limpeza (profilaxia). Pode ser cônica ou Plana.

INSTRUMENTAIS PARA DENTISTICA


- Aplicador de hidróxido de cálcio pasta: Inserir o HydroC na cavidade dental.

- Porta amálgama: Usado para colocar o amálgama na cavidade desejada.

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- Porta matriz: Usado com a matriz metálica.

- Condensadores: São utilizados para calcar materiais restauradores na cavidade.

- Esculpidores: Tem função de dar forma as restaurações antes do endurecimento do material.

- Brunidor de amálgama: Utilizado para brunir o amálgama.

- Pinça Müller para carbono: Usado para levar o carbono até a restauração a ser feita para o ajuste oclusal.

INSTRUMENTAIS PARA ENDODONTIA

- Limas endodônticas: Usadas para remoção de tecido e microrganismos do interior do canal radicular.
(Variam de comprimento, espessura, cor, serie e modalidade)

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25 Flexofile

25 Kerr

25 Headströng
Limas Manuais Limas de Rotatório

- Brocas intra-radiculares: São usadas no interior dos canais dentários. (Podem ser do tipo Gates ou Largo)

Gates Largo
- Tamborel: Usado para apoio e limpeza das limas durante o procedimento.

- Seringa: Usada para irrigação do canal radicular.

- Sugador endodôntico: Usado para sugar a solução irrigadora.

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- Pinça perfuradora: Usada para perfurar o lençol de borracha.

- Pinça porta grampo: Usada para levar o grampo ao elemento a ser tratado.

- Arco: Usado para manter o lençol em posição. (Pode ser do tipo Young, Dobrável ou Ostby)

- Grampos Endodônticos: Usados para fixar o lençol ao elemento a ser tratado. (Variam de numeração de
acordo com o dente)

- Régua Endodôntica: Usada para fazer a medição dos canais.

- Calcador de Paiva: Usado para cortar e calcar a guttapercha na última etapa do tratamento endodontico
(obturação dos canais).

- Lamparina: Usada para esquentar a ponta do Calcador de Paiva para cortar a Guttapercha.

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- Seringa Godiva: Usada para complementar o isolamento absoluto.

Instrumentais para Ortodontia


- Trocador de Elastiques: Usado para fazer a ativação do aparelho ortodôntico.

- Pistola de Ligaduras: Também usada para troca das ligaduras.

- Pinça Mathieu: Usada para ajustes nos fios ortodônticos, principalmente o Amarrilho.

- Alicate saca banda: Usado para remover as bandas ortodônticas.

- Pinça porta brackets: Usada na colagem dos brackets.

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- Calcador de Banda: Usado para adaptar a banda ao dente.

- Marcador de bandas: Usado para posicionar os tubos nas bandas e brackets nos dentes.

- Alicate de corte distal: Usado para cortar excessos de fios

- Alicate saca brackets: Usado para remover os brackets durante o tratamento ou ao final do mesmo.

- Afastador de Lábio: Usado para afastar lábios e bochechas para montagem do aparelho ortodôntico.

- Alicate Nance: Usado para fazer dobras retas necessárias para o tratamento.

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- Alicate 121: Usado para dobras redondas nos fios ortodônticos.

Instrumentais para Pediatria


- Abridor de boca: Ajuda a manter a boca da criança aberta.

- Seringa Centrix: Usada na aplicação perfeita do CIV


.

- Capa para carpule: Usada para “disfarçar” a carpule para não assustar a criança durante o processo de
anestesia.

Questionário
1) Cite quais as funções dos instrumentais a seguir
a) Pote Dappen e) Espátula de Gesso
b) Cureta McCall f) Pinça perfuradora
c) Espátula 24 g) Pinça porta grampo
d) Espátula 1 h) Alicate 121
2) Diga com suas palavras quais são os tipos, tamanhos, calibre, cor, serie e modalidade das limas
endodônticas.
3) Cite 3 instrumentais usados na cirurgia oral básica e quais suas funções.
4) Qual será o dever do ASB mediante dos instrumentais?
5) Quais instrumentais compõe o kit clínico?
6) Quais instrumentais podem ser usados pelo ortodontista para troca de ligadura?
7) Quais os tipos de fórceps mais comuns?
8) Quais os instrumentais usados para fazer o isolamento absoluto?
9) Para que servem os posicionadores radiográficos?
10) Quais os instrumentais usados na manipulação de alginato e gesso?
11) Quais as curetas utilizadas na remoção de cálculo dentário (tártaro)?
12) Quais os tipos de brocas intra-radiculares? Quais suas numerações?
13) Quais instrumentais do odontopediatra? Para que servem?

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Capítulo IV

Equipamentos
Odontológico

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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O que são equipamentos odontológicos?


São peças fundamentais para o bom funcionamento do consultório. Dentre os quais podemos citar:
Autoclave, Cadeira odontológica, Equipo, Compressor, Cortador de Gesso, Plastificadora, Cuba Ultrassônica,
entre outros. Ao decorrer deste capitulo, conheceremos cada um desses equipamentos e a função dos
mesmos.
Vamos lá:
Cadeira Odontológica
É o primeiro equipamento que temos um contato maior no consultório, tanto
como pacientes quanto como auxiliares.
Tem como função aconchegar o paciente em uma posição viável para o
atendimento, tem geralmente o ajuste de altura e inclinação nos pés, mas
também existem modelos mais antigos onde esse ajuste é feito na lateral da
cadeira, com as mãos.
É composta de unidade auxiliar (cuspideira e sugadores), foco odontológico,
equipo odontológico (pode ser do tipo acoplado, como na imagem ou carte,
onde possui rodas próprias e permite uma melhor movimentação,
principalmente para dentistas canhotos). Mais à frente veremos mais
detalhadamente esse outro equipamento. Faz parte da cadeira também o
mocho, que é a cadeira onde o dentista se senta corretamente para o
atendimento, é ajustável na altura, tornando-se assim mais confortável para o profissional que o usa.
Equipo Odontológico
Como já foi dito no tópico anterior o equipo faz parte da Cadeira
Odontológica (na imagem ao lado vemos um exemplo de carte), sobre ele
que montamos os instrumentais para os determinados procedimentos. Sobre
ele também são postos auxiliadores como: Lixeira odontológica e porta
algodão.
O equipo também é responsável pelo suprimento de ar e água das peças de
mão (alta e baixa rotação, seringa tríplice).
Devemos sempre verificar e abastecer o nível de água do equipo, com água
filtrada, para evitar que esta se esgote no meio do procedimento, causando
incomodo ao CD e ao paciente.

Compressor Odontológico
O compressor é um equipamento fundamental e indispensável no
consultório odontológico. É a partir dele que todo o consultório funciona,
como por exemplo: A cadeira só desce e sobe por causa do compressor, a
caneta de alta e baixa rotação só funcionam por causa do compressor, as
torneiras que tem acionamento com pedal só funcionam com o compressor.
Enfim, inúmeros outros equipamentos dependem do bom funcionamento do
compressor. Nós como auxiliares e técnicas em saúde bucal temos como
dever nos encarregar de ligar o compressor quando chegamos pela manhã e
desliga-lo ao final dos atendimentos. Alguns consultórios esvaziam esse
equipamento somente uma vez por semana, mas se ele ficar em um lugar
de fácil acesso, para evitar acidentes, esvazia-se ele todos os dias.

Cortadora de Gesso
Esse equipamento não é muito comum nos consultórios dentários onde não há
um protético ou um protesista. As auxiliares em prótese dentaria costumam
lidar um pouco mais com esse equipamento. Ele tem a função de alisar e
remover os excessos de gesso que se formam na hora do vazamento do
molde. É um equipamento de convivências diária também das ASB que
trabalharem em clinicas radiológicas com vazamento de molde Ortodôntico.

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Plastificadora
Não é muito comum em consultórios, mas existe em alguns.
Esse equipamento é usado geralmente para fazer placas de clareamento,
placa de silicone para bruxismo e protetores dentários para lutadores.
A maioria dos CD ou TSB preferem mandar esse tipo de trabalho para um
protético de sua confiança.

Cuba Ultrassônica
São poucas as clínicas que possuem um equipamento desses, mas por toda via
é melhor que conheçamos os equipamentos que podemos encontrar.
Esse equipamento tem a função de lavar os instrumentais (o que facilitaria muito
a vida de todas as ASB‟s do mundo), mas por ser um equipamento muito caro
quase não se vê clinicas ou consultórios com um desses.
É encontrado geralmente em centros cirúrgicos onde tem a função de pré-
lavagem do material contaminado.

Seladora
Esse equipamento é muito importante em toda clínica ou consultório sério, pois é
com ela que se faz a selagem do material para esterilização.
Seu uso é simples e de responsabilidade do ASB.
Existem clinicas que separam uma sala só para esterilização e lá colocam
48 a
seladora, a autoclave (que falaremos a seguir), os rolos de papel grau cirúrgico.
A Seladora funciona da seguinte forma: Ela tem uma chapa de aço que esquenta
e uma barra de borracha que comprime o papel e o plástico (dois lados do papel
grau cirúrgico) selando assim a embalagem para seguir para a esterilização do
instrumental.

Autoclave
A autoclave é um equipamento essencial para que seja mantida a biossegurança
do paciente, pois é através dela que haverá a esterilização de todo material
contaminado, pois só a lavagem e desinfecção dos instrumentais não são
suficientes para a descontaminação total do material.
Esse equipamento trabalha com a esterilização através de calor úmido se fazendo
necessário a introdução de água destilada no seu interior antes de iniciar o
processo de esterilização.
Ela alcança uma temperatura capaz de eliminar até mesmo vírus como o do HIV.
Seu interior é todo em aço e deve ser limpo periodicamente. Ela possui tamanhos
diferenciados, podendo variar entre 4, 12 ou 21 litros, suportando cada uma
determinada quantidade de material (vide manual), não devendo ser extrapolada
essa quantidade para que seja feita a esterilização correta do material.

Ultrassom / Jato de Bicarbonato


Esse equipamento é bem comum de ser encontrado em clínicas ou
consultórios menores.
Tem como função a remoção de cálculos dentários através de vibração e jatos
de água é muito utilizado no lugar das curetas; salvo em pacientes que
apresentem algum tipo de sensibilidade a água (raiz exposta, doença
periodontal rigorosa, etc.).
Esse equipamento torna a remoção do tártaro muito mais rápida para o CD e
muito menos dolorida para o paciente (exceto em casos supracitados). Sua
ponta é removível e deve ser esterilizada como os demais instrumentais. Já o jato de bicarbonato tem função
mais estética, pois remove pigmentações de alimentos como café, Coca-Cola, massa de tomate, etc.,
fazendo com que o dente volte a sua cor original, dando uma sensação de clareamento ao paciente. Existem
alguns ultrassons mais antigos que não possuem o jato de bicarbonato acoplado.

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Amalgamador
Esse equipamento quase não é mais visto em clínicas ou consultórios por
estar quase sendo extinta a utilização das liga de mercúrio com prata e
estanho (amálgama de prata). Esse aparelho tem função de misturar essa liga
que vem em uma cápsula pronta (veremos mais sobre isso em Materiais
Dentários).
Faz essa mistura através de um balanço muito rápido que faz com que o pó da
prata e do estanho se misturem com o mercúrio líquido formando uma pasta
de presa rápida.
Alguns odontopediatras ainda utilizam essa composição por ser um material
mais forte e resistente que o Ionômero de vidro por quem tem sido substituído.

Raio X
Esse equipamento é muito encontrado em clínicas e consultórios, esse
modelo faz a radiografia conhecida como periapical. Pode aparecer no modelo
carte (como o da figura) ou de parede, onde não há pés e esse equipamento
fica fixado em uma parede.
Existem outros modelos para outros tipos de radiografias odontológicas
(veremos mais detalhadamente sobre isso em Radiologia). Geralmente é
manipulado somente pelo CD ou pelo TSB, o maior contato do ASB com ele é
fazer a tomada radiográfica.

Bomba a vácuo
Também conhecido como sugador cirúrgico, é muito utilizado por bucomaxilos
em centros cirúrgicos para cirurgias mais elaboradas (extração de siso incluso,
reconstituição facial, extrações seriadas, etc.).
Tem um maior poder de sucção e por isso é usado em cirurgias maiores.
Deve ser limpo com água e hipoclorito de sódio no mesmo dia de utilização,
para evitar a coagulação de sangue no interior do equipamento.

Fotopolimerizador
Equipamento utilizado em todo consultório dentário que trabalhe com
restaurações de resina (veremos especificações em Materiais dentários).Tem
a função de polimerizar (endurecer) as moléculas da resina através de
luz.Muito utilizado em restaurações ou procedimentos que trabalhem com
moléculas polimerizáveis através de luz (cimentação de coroa com relyx,
cimentação com cimento resinoso, ativação do adesivo, etc.).
Deve ser desinfetado com álcool 70% a cada utilização.
Pode ser encontrado de duas maneiras: com ou sem fio (a imagem ao lado
nos mostra um do tipo sem fio).

Kit Acadêmico
Também conhecido como peças de mão é um dos equipamentos
mais caros e frágeis do consultório odontológico visto que uma
queda pode fazer com que o equipamento não funcione mais.
É também o equipamento mais utilizado no consultório, pois é ele
que o CD usa para remover carie, acessar canal, fazer o preparo
cavitário, fazer profilaxia, ajustes oclusais e protéticos.
É composto por: Caneta de alta rotação, contra ângulo, micromotor e
peça reta. O ASB fica incumbido de limpar, desinfetar e lubrificar a
caneta todos os dias para garantir o funcionamento perfeito de tal.
Essa lubrificação é feita com um óleo especifico para isso.
Geralmente usa-se o óleo da mesma marca do kit, mas isso é critério do CD.

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Câmara Escura
Equipamento utilizado para revelação de RX, utiliza potes com soluções
químicas (revelador e fixador) e água para que as tomadas sejam
reveladas.
Totalmente livre da passagem de luz para que não aconteça o
velamento da tomada radiográfica.
O ASB fica encarregado de trocar as substancias químicas e a água
sempre que necessário (geralmente a troca é feita uma vez por
semana). Na imagem vemos um exemplo de câmara escura com quatro
potes, existem versões com três também.
A ordem das substancias é a seguinte: Revelador, água e fixador,
quando há o quarto pote repete-se a água. Mesmo quando lavado no
quarto pote a tomada precisa ser lavada em água corrente para eliminar
resquícios dos elementos químicos (para que não haja velamento químico).

Solda
É utilizado geralmente por ortodontista para soldagem de tubos em
bandas, matrizes metálicas para fazer bandas, fazer revenimento e
brasagem do fio ortodôntico, etc.
Só é manipulado pelo Orto ou por um TSB treinado.
A ponta de solda deve ser limpa (depois de fria e com o equipamento
desligado) com álcool 70%, essa é a do função ASB nesse equipamento.

Localizador Apical
Usado geralmente por Endodontistas, tem função de determinar o
comprimento do canal.
É composto por localizador, suporte para limas e gancho labial.
A função do ASB com relação a esse equipamento é só a de montar
(segundo instruções do CD), desmontar e guardar, lavar os ganchos
labiais e autoclavar os mesmos.
É um equipamento muito caro e frágil, portanto tomem muito cuidado ao
manuseá-lo.

Motor Endodôntico
Usado geralmente por Endodontistas, tem função de dar maior
amplitude ao canal, removendo mais matéria orgânica e
microrganismos. Existem modelos com acionamento a partir de pedal
ou acionado por um botão na própria caneta (como é o caso da foto).
O ASB tem função de manter esse equipamento desinfetado, bem
guardado e lubrificado como as peças de mão. Como tudo na
odontologia e especialmente na Endodontia é um equipamento bem
caro, portanto volto a alertar: Cuidado ao manuseá-los.

Motor para Implante


Usado geralmente por Implantodontistas, tem função de fazer as
perfurações ósseas e inserção dos implantes.
Assim como no motor endodôntico o ASB só tem a função de manter
esse equipamento limpo, desinfetado, lubrificado e bem guardado.
O contato das ASB‟s com tal equipamento se dará se trabalharem ao
lado de um implantodontista.

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Negatoscópio
Equipamento não muito comum em consultórios, mas encontrados
facilmente em clínicas radiológicas.
Tem a função de iluminar a radiografia tornando mais fácil sua análise.
O ASB só tem a função de manter esse equipamento limpo e
desinfetado com álcool 70%.

Câmera Intra Oral: É uma ferramenta de auxilio na detecção e prevenção


de doenças bucais além de ser uma ótima ferramenta de marketing ao
dentista, pois valoriza o tratamento ao paciente poder ver o estado de seu
dente. Essa valorização ocorre tanto para realizar um orçamento quanto
depois de finalizado ao comparar o antes e depois. Muito diferente de
espelhos, a camera intraoral registra o começo, meio e fim de um
tratamento, tornando mais fácil a comunicação entre dentista e paciente.

Kit de Óxido Nitroso: Operado por profissional devidamente habilitado


executa de forma totalmente segura e confiável uma das mais importantes
funções requeridas pelos pacientes nos tratamentos odontológicos, a
ANALGESIA RELATIVA ou SEDAÇÃO CONSCIENTE, recurso este
amplamente utilizado em consultórios odontológicos da Europa e dos
Estados Unidos, com função de facilitar os tratamentos odontológicos
principalmente em crianças e em adultos ansiosos, evitando, assim,
traumas que podem resultar em odontofobia.
Indicações - a técnica de sedação consciente é indicada principalmente
para facilitar o tratamento de pacientes que têm medo, ansiedade,
estresse e para prevenir que crianças e outros pacientes sofram, o que
pode causar fobia, que se desenvolve por várias etapas como no círculo
vicioso da odontofobia.

Questionário

1) Cite qual a utilidade dos equipamentos a seguir:


a) Cadeira Odontologica
b) Seladora
c) Autoclave
d) Negatoscopio
2) Diga quais os equipamentos essenciais na clinica odontológica.
3) Qual a função da bomba à vácuo?
4) Quais os equipamentos usados por um ortodontista e para que servem?
5) Quais equipamentos são utilizados em um procedimento radiográfico?
6) Qual o equipamento responsável pelo funcionamento geral da clínica?
7) O que é plastificadora? Para que serve?
8) Como deve ser usado o amalgamador?
9) Para que é usada a câmera intra oral?
10) Qual o equipamento responsável pela sedação consciente?
11) Como deve ser feita a assepsia das peças de mão?

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Capítulo V

Materiais
Odontológico

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Técnica em Saúde Bucal

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O que são Materiais Dentários?


Materiais dentários é todo e qualquer material usado pelo CD para executar os procedimentos.
Cada modalidade/especialidade possui seus próprios materiais.
A seguir veremos em cada especialidade os materiais mais comuns em clínicas e consultórios.

Materiais Universais
Os materiais universais são aqueles usados em todos, ou quase todos os procedimentos.
- Anestésico tópico: Usado antes da aplicação da agulha do anestésico, deixa a mucosa onde é aplicada
levemente adormecida.

- Anestésico: Existem tipos diferentes com composições diferentes e preços diferentes, o mais encontrado
nos consultórios é a Lidocaína, existem ainda outros como a Citocaína, Mepivacaína e Articaína. Existem
alguns específicos para pacientes com doenças como Hipertensão e Diabetes, esses são chamados de sem
vaso constritor.

- Algodão/Rolete de Algodão: Usados para fazer isolamento relativo, secar cavidades, remover o excesso do
ácido, aplicação de anestésico tópico, etc.

- Restaurador provisório: Usado para cobrir cavidades de uma consulta para a outra, pode
ser do tipo pronto (villevie, Cotozol) ou manipulado (OZE - Oxido de Zinco e Eugenol).

Pronto Manipulado
- Babador: Usado para evitar que produtos químicos caiam sobre a roupa do paciente. Pode ser plásticos ou
descartáveis.

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- Agulha: Usada para injetar o anestésico.

Materiais de Dentística
A dentística é a área da odontologia encarregada da remoção de caries e restaurações, sejam elas diretas ou
indiretas.
A seguir veremos os materiais dentários usados nessa especialidade.

DIRETAS:
- Ácido Fosfórico 35% - Usado para fazer uma assepsia da cavidade dentária e abrir os folículos dentários
para penetração do adesivo.

- Adesivo dentário - Usado para fazer a ligação das moléculas dos dentes com as moléculas da renina.

- Microbrush - Usado para aplicar o adesivo na cavidade dentaria.

Ponta
Regular

- Resina composta - Material restaurador com escala de cores. Usado na maioria das restaurações
atualmente.

- Capsula de Amálgama - Restauração metálica, composta por ligas de Mercúrio, Estanho e Prata. 57
Dispensa
o uso de todos os outros materiais acima.

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- Tira abrasiva - Pode ser de metal ou poliéster, usada para dar acabamento nas proximais dentarias.

Poliéster Aço

- Matriz de Aço - Usada para restaurações envolvendo as proximais dentarias, tem função de apoio para
escultura das paredes proximais dos elementos dentários.

- Cunha de Madeira - Usada em conjunto com a matriz de aço para evitar que fique qualquer espaço na
restauração onde possa haver uma infiltração.

- Tira de poliéster - Usada principalmente em restaurações anteriores, tem função de manter o espaço
proximal dos elementos restaurados (entre um dente e outro).

- Kit de Cimento Ionômero de Vidro: Usado em restaurações simples em pediatria ou como forro de
restaurações mais profundas.

INDIRETAS:
- Resina Acrílica - Utilizada para confecção de provisórios.

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- Cimento Hidróxido de cálcio - Usado tanto para proteção do complexo dentina-polpa (veremos mais sobre
isso em Endodontia), quanto para a cimentação de coroas ou blocos provisórios.

- Cimento Resinoso - Usado para cimentação de coroas definitivas de Cerômero ou Porcelana ou cimentação
de pinos de fibra de vidro.

- Cimento Fosfato de Zinco - Usado para cimentação de coroas ou blocos metálicos.

- Carbono: Usado para fazer ajustes oclusais tanto em restaurações diretas quanto indiretas.

Materiais de Moldagens
Para a confecção das restaurações indiretas na maioria das vezes é necessário fazer uma moldagem para
enviar um ao protético ou protesista.
Existem clinicas que trabalham em conjunto com um protético na clínica mesmo.
É a partir da moldagem que o protético fará a restauração (bloco, coroa, núcleo fundido, etc.). Vejamos a
seguir os materiais usados nessas moldagens:

- Alginato: Usado em moldagens mais simples por não ter uma precisão de detalhes.

- Silicones (pasta leve e pesada): Usada em moldagens que exigem uma precisam maior como coroas, por
exemplo.

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- Pasta Zinco-Enólica: Usada para moldagens em moldeira individual para confecção de prótese total (PT).

- Hemostop: Usado para conter sangramentos durante a moldagem.

- Fio Retrator: Usado em conjunto com o Hemostop para fazer afastamento gengival tornando possível a
moldagem do termino do preparo.

- Placa de Cera 7: Usada para fazer registro de mordida.

Materiais de Cirurgia
A especialidade de cirurgia oral é a parte que trabalha com as extrações, remoções de cistos e outras
anomalias orais, entre outros. É muito comum pensarmos que essa especialidade só trabalha com os
instrumentais e os anestésicos, mas vamos ver a seguir alguns outros materiais que também são utilizados
nessa especialidade.

- Fio de Sutura: Usado para dar os pontos após o termino da cirurgia.

- Cimento Cirúrgico: Usado para cicatrizar áreas que não aceitam ou necessitam dos pontos tradicionais.

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- Gaze Estéreo: Usado para fazer compressão e estancar pequenos sangramentos. (3)

- Lâmina de bisturi: Usada para fazer cortes em tecidos.

Materiais de Ortodontia
A ortodontia é a especialidade que se incumbi de realinhamento dentário, maxilar e mandibular por forças de
fios e posicionamento de Brackets. Nessa especialidade usa-se materiais citados em outras especialidades
como: Ácido, Adesivo, Microbrush, Resina (vide materiais de dentística) e Alginato (vide Materiais de
moldagem). Os únicos materiais exclusivos dessa especialidade são:
- Brackets: Peça colada ao dente com a resina para fazer as movimentações.

- Fios Ortodônticos: Usados em conjunto com os Brackets para que ocorra a movimentação e posicionamento
correto (veremos mais sobre isso em noções de ortodontia).

- Ligadura Ortodôntica: É o que faz a união entre o bracket e fio. A sua troca que faz a ativação e
movimentação.

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- Elásticos de Intercuspidação: São elásticos usados para finalização dos encaixes dentários.

Materiais de Endodontia
A endodontia é a área da Odontologia incumbida do tratamento da parte interna dos dentes (canais). No
capítulo “Noções de Endodontia” veremos melhor essa especialidade. Vamos ver a seguir os materiais
usados nessa especialidade:
- Lençol de borracha: Usado para fazer o isolamento absoluto no paciente.

- Cone de Papel Absorvente: Usado para secagem dos canais radiculares.

Cone de Guttapercha: Usado na obturação do canal.

- Cimento Endodôntico: Usado para a vedação do canal radicular em união com a Guttapercha.

- Iodofórmio: Usado na debelação de infecções mais fortes ou na obturação de dentes decíduos.

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- Paramonoclorofenol canforado (PCFC): Usado na manipulação de compostos como HPG, ou inserido na


cavidade dentaria de uma consulta para outra como antibiótico.

- Hidróxido de cálcio (PA): Também usado no HPG tem função de induzir formação de osso.

- Tricresol formalina: Usado na reversão de lesões apicais.

- Edta Trissódico: Usado para “roubar” o cálcio da parede dentaria, dando mais amplitude ao canal e
facilitando a instrumentação.

- Formocresol: Usado para acelerar o processo de necrose da polpa.

- Eucaliptol/Citrol: Usado na remoção de Guttapercha em caso de retratamento.

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- Pino de Fibra de Vidro: Usado dentro do canal para distribuir a carga mastigatória e evitar fraturas.

- Hipoclorito de Sódio (Soda Clorada): Usado como irrigador do canal radicular.

- Gaze estéreo (vide material cirúrgico): Usado para secagem da gutta, limpeza das limas.

Materiais de Periodontia
A periodontia é a área de especialidade que se encarrega dos cuidados das estruturas que estão em torno do
dente (osso alveolar, ligamento periodontal, etc.; veremos mais sobre isso em “Prevenção de
doenças”).Veremos a seguir os materiais usados nessa especialidade:
- Bicarbonato: Usado para remover pequenas pigmentações na superfície dentária.

- Clorhexidina a 2%: Usado no combate as doenças periodontais, pode ser em gel ou bochecho.

- Flúor: Usado na prevenção de doenças como a cárie e em flúorterapia para diminuição da sensibilidade
dentária.

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- Pasta Profilática: Usada na limpeza, tem função de remover a placa bacteriana.

Materiais de Implantodontia
A implantodontia é a área da odontologia encarregada da reposição de elementos perdidos por meio de um
pino implantado e solidificado nos ossos mandibular ou maxilar. Nessa especialidade os únicos materiais
específicos são:
- Pino de implante: Substitui a raiz dentaria dentro do osso.

- Cicatrizador de Implante: Tem função de remodelar a gengiva preparando para a coroa.

- Membrana Biológica: Tem função de manter o enxerto ósseo para que haja a cicatrização.

- Enxerto Ósseo: Em alguns casos o dente é perdido por doenças que acometem o osso alveolar e se faz
necessário o enxerto de osso.

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Questionário
1) Qual a diferença entre anestésico e anestesia?
2) Porque alguns materiais são considerados universais?
3) Qual a diferença entre Lidocaína, Citocaína e Mepvacaína?
4) Quais os materiais usados em uma restauração de resina composta?
5) Cite a função dos seguintes materiais:
a) Tira abrasiva
b) Matriz de Aço
c) Cunha de madeira
6) Cite dois materiais usados na restauração indireta
7) Qual a diferença entre Silicone e Alginato?
8) Para que serve o Hemostop?
9) Qual(is) material usado para finalizar um procedimento cirúrgico?
10) O que são elásticos de intercuspidação?
11) Qual a diferença entre HydroC e Hidróxido de cálcio (P.A.)
12) Quais os materiais usados para finalizar um canal?
13) O que é e para que serve o Hipoclorito de sódio?
14) Quais materiais essenciais para um implantodontista?

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Capítulo VI

Anatomia
Dentária

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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Anatomia Dentária
A palavra anatomia é originária do grego ("anatomé" significando 'incisão') e do latim ("anatomìa-"
significando 'dissecação do corpo'). Trata-se da ciência que, tendo por base os métodos de dissecação e
corte, estuda a organização estrutural dos seres vivos, por isso também denominada morfologia interna.
Neste caso a anatomia dentária se encarrega de estudar as estruturas que formam os elementos dentários.
As duas dentições humanas
A primeira dentição, que começa a se formar por volta dos seis meses de idade completando-se por volta
dos três anos, é chamada dentição primária, decídua, temporária, infantil, de leite, e outros.
Nota: o nome „de leite‟ se deve à cor fortemente esbranquiçada destes elementos; e o nome „decídua‟ é
inspirado em certas plantas das florestas temperadas, as quais perdem suas folhas anualmente, no outono e
inverno, renovando-as na primavera e verão (Do latim "decidùu-", 'que cai; caído'). Nesta dentição existem
normalmente 20 dentes (sendo dez na arcada superior e dez na inferior). A segunda dentição, que começa
a formar-se por vota dos seis anos completando-se aproximadamente aos dezoito anos, é
denominada dentição permanente ou secundária. Nesta dentição existem, normalmente, 32 dentes sendo
dezesseis em cada arcada.

Os grupos dentários humanos (incisivos, caninos, pré-


molares e molares).
Nós humanos, que, como os mamíferos domésticos (gato, cachorro, etc),
somos heterodontes, apresentamos os dentes morfologicamente
diferentes divididos em grupos com funções diferentes para cada grupo.
Trata-se, portanto, de uma adaptação evolutiva.
O ato de mastigar é como uma linha de produção. Cada um de nossos
dentes, com suas formas tão variadas, têm funções específicas e
diferentes. Uns são responsáveis por cortar em pedaços o alimento
(Incisivos)¹; outros são responsáveis por picar estes pedaços (Caninos)²;
outros são responsáveis por triturar (pré-molares)³ e por fim moer
(molares)4 tais pedaços até transformar todo o alimento em uma pasta a
qual chamamos de Bolo Alimentar. A falta de um destes dentes na formação desse Bolo Alimentar, pois
permite que parte do alimento seja deglutido na forma de "pedaços", atrapalhando na influência das enzimas
digestivas e a absorção dos nutrientes dos alimentos. Por isso a perda de um dente pode gerar um prejuízo
para a saúde geral do indivíduo.

A incisão dos alimentos, ou ato de cortar em partículas menores, é realizado pelos dentes anteriores na boca,
cujo conjunto é denominado dentes incisivos. Os incisivos possuem uma borda cortante e situam-se
imediatamente atrás dos lábios, os quais funcionam como suporte, evitando que os incisivos se desloquem
para frente. A dilaceração dos alimentos, ou o ato de picar e reduzir as substâncias alimentares a partículas
menores, é realizada pelo grupo de quatro dentes: os caninos, que seguem aos incisivos na sequência
normal dos dentes nas arcadas dentárias. São diferenciados por apresentar uma ponta nítida.
Observação: Os dentes anteriores, incisivos e caninos, além das suas funções até agora mencionadas,
desempenham função importante na estética buco-facial. A perda de parte ou de todos os dentes anteriores
ocasiona profundas modificações não só no esqueleto facial como também nas partes moles que o recobrem.
Os lábios e as bochechas perdem o seu suporte e acabam causando o que chamamos de “boca murcha”.
A trituração dos alimentos é feita pelos pré-molares e pelos molares. A morfologia dos dentes complica-se à
medida que retrocedemos na arcada dentária. Este fato deve-se à presença de saliências (cúspides),
depressões (sulcos), que tornam os pré-molares e molares aptos a desempenharem suas funções reduzirem
substâncias alimentares a partículas mais facilmente deglutíveis e digeríveis.

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As arcadas dentárias (superior e inferior)


O conjunto dos dentes superiores e inferiores é denominado arcada
A figura A abaixo mostra o arcada inferior permanente completa. O número de dentes em cada uma das duas
arcadas é o mesmo (16 dentes). Como todo indivíduo possui duas arcadas (superior e inferior) o número total
de dentes normalmente presente no indivíduo adulto é 2 X 16 = 32 (sendo 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-
molares e 12 molares).

Note que as figuras B e C representam, respectivamente, as metades (hemi-arcos) direita e esquerda do arco
permanente. Observe que cada metado tem, portanto, oito dentes cada (confira com a imagem). De fato, as
imagens B e C foram obtidas dividindo a figura A (que tem 16 dentes) ao meio (o corte seguiu a linha media
mostrada na figura). O nome dos dentes permanentes, a partir da linha media em
direção posterior, são, para os dois hemi-arcos: incisivo central, incisivo
lateral, canino (popularmente chamado de „presa‟), primeiro pré-
molar, segundo pré-molar,primeiro molar, seguindo molar e terceiro
molar (dente do siso ou do juizo).
A dentição humana decídua completa possui ao todo 20 dentes sendo 10 em cada
arcada e, portanto, 5 em cada hemi-arcada. A figura ao lado mostra,
esquematicamente, os dois arcos dentários decíduos (superior e inferior). Repare
que, nesta dentição, não existem terceiros molares e pré-molares. Os cinco
dentes temporários de cada hemi-arco, a partir da linha mediana, que aparece
tracejada na figura, são: incisivo central, incisivo lateral, canino,primeiro
molar e segundo molar (confira com a figura).

Divisão por quadrantes


Na figura abaixo vemos um sorriso de frente onde a direita do individuo aparece a nossa esquerda.
Dividimos, assim, a boca em quatro quadrantes numerados a partir do superior direito em sentido horário.
Portanto, temos:

a)Quadrante 1: superior direito


b)Quadrante 2: superior esquerdo
c)Quadrante 3: inferior esquerdo
d)Quadrante 4: inferior direito.
Numeramos agora os dentes de cada
hermi-arcada (de 1 a 8) a partir dos
incisivos centrais (vide figura ao lado).
Os dentes poderão ser agora
identificados, de acordo com a notação
internacional, por um número de dois dígitos onde o primeiro dígito se refere ao quadrante e o segundo, ao
dente
21 – Incisivo central superior esquerdo (quadrante 2, dente 1)
12 – Incisivo lateral superior direito (quadrante 1, dente 2)
33 – Canino inferior esquerdo (quadrante 3, dente 3)
46 – Primeiro molar inferior direito (quadrante 4, dente 6)
Dessa forma os dentes permanentes todos se identificam pelos seguintes números visto na figura abaixo:

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Para a dentição decídua, em que os quadrantes são numerados de 5 a 8.


Os dentes decíduos são numerados de 1 a 5. Os números dos dentes de leite são: os incisivos centrais 1,
os incisivos laterais 2, os caninos 3, os primeiros molares 4 e os segundos molares 5.
A figura abaixo mostra como fica, portanto, a numeração de todos os dentes decíduos:

Na figura acima repare que, por exemplo, o dente 73 é o canino inferior esquerdo decíduo.

As cinco faces dos dentes

O dentes são divididos unitariamente por faces que recebem nomes especificos dependendo da posição
indicada. A face voltada para as bochechas e labios chama-se vestibular (V), a face voltada para a lingua ou
ceu da boca (palato) chame-se lingual ou palatina (L/P), a face entre os dentes é chamada de proximais que
pode ser dividida entre mesial(M) e distal (D), os dentes posteriores possuem uma face exclusiva a face
oclusal(O), os dentes anteriores também possuem uma face excluisiva chamada de bordo incisal (I).
A figura (1) abaixo ilustra as cinco faces acima referidas, já figura abaixo (2) mostra as cinco faces com o
dente em posição na arcada dentária (o quadrado da direita focaliza, em maior aumento, o mesmo campo do
quadrado da esquerda):

FACE OCLUSAL

Para as faces oclusais devemos atentar para as seguintes formações: CÚSPIDE e SULCO.
Ao olharmos as faces oclusais dos dentes jugais (pré-molares e molares) constatamos a presença de saliências
(„morrinhos‟) que são denominadas cúspides. Estas formações são separadas umas das outras por depressões
que simulam „vales‟ denominados sulcos. A figura abaixo permite a visualização destes elementos.

As três imagens acima representam a face oclusal do dente 36 (Primeiro Molar Inferior). A imagem A foi obtida
através de um aumento da imagem B. Na imagem A as setas verdes apontam para as cinco
cúspides normalmente presentes neste dente. As setas azuis apontam para sulcos.

DIVISÃO DA COROA EM TERÇOS


As várias faces das coroas dentais (e as raízes) são divididas em segmentos ou terços, tornando mais fácil a
localização de certos detalhes anatômicos, a descrição de lesões bem como a comunicação falada e escrita. Os
terços são denominados de acordo com a sua denominação. A figura abaixo, por exemplo, mostra essas divisões
em um dente posterior inferior e um dente anterior superior:

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Nota: a região do colo dental é denominada região cervical.


a) Face oclusal: no sentido mésio-distal: terços mesial, médio e distal; no sentido vestíbulo-lingual: terços
vestibular, médio e lingual.
b) Faces vestibular e lingual: no sentido gêngivo-oclusal: terços gengival ou cervical, médio e oclusal; no sentido
mésio-distal: terços mesial, médio e distal.
c) Faces mesial e distal: no sentido gêngivo-oclusal: terços gengival ou cervical, médio e lingual; no sentido
vestíbulo-lingual: terços vestibular, médio e lingual.
d) Raízes: para as raízes só interessa a divisão no sentido vertical, isto é, do longo eixo do dente: no sentido
cérvico-apical: terços cervical,médio e apical.

DIVISÃO ANATÔMICA DO DENTE


Do ponto de vista anatômico e descritivo, o dente é formado por três partes distintas: coroa, colo e raiz (figura
seguinte). A coroa dentária é a porção visível e funcionante na mastigação e seu aspecto distingue-se de imediato
das demais partes. Ela é brilhante e permanece acima dos ossos de suporte e gengiva (é o que a gente vê
quando olhamos nossos dentes no espelho). A fixação do dente no osso se dá através da raiz em cavidades
próprias (alvéolos) no interior do osso. Sua forma de ser implantada, simulando um prego encravado na madeira,
fez com que durante muito tempo fosse chamada de gonfose essa relação dente-alvéolo (do grego “gonphos”
quer dizer „prego‟). Além de suas funções como elemento fixador, a raiz dentária suporta o impacto das forças
mastigatórias, graças às suas relações com as paredes do alvéolo dentário através de fibras
do desmodonto (tecido conjuntivo fibroso que une o dente ao alvéolo). A raiz nem sempre é única e a variação no
número de raízes pode ser vista na figura abaixo.

O colo é o segmento imediato entre a coroa e a raiz. É a parte mais estrangulada do dente (o „pescoço‟ do dente)
e é limitado por uma linha sinuosa que se interpõe entre as duas outras partes do dente (figura ao lado).
O colo anatômico representa exatamente os limites divisórios entre a coroa e a raiz, facilmente perceptível77pela
diferença de cor (a coroa é „branca‟ e a raiz, „amarela‟) e pela sinuosidade (como na figura ao lado) que apresenta
em todas as faces do dente.

OS ALVÉOLOS

A figura acima mostra os alvéolos (cavidades ósseas onde se


inserem as raízes) das arcadas superior (maxilar)
e inferior (mandibular).
Quando o dente possuir uma única raiz esta se insere nos
alvéolos
denominados unilaculares (seta vermelha 3); quando o dente
possuir duas raízes, estas se inserem nos bilacunares (seta
vermelha 1) e se tiver três raízes, estas se inserem
nos trilacunares (seta vermelha 2).
Os alvéolos bi e tri lacunares possuem divisões ósseas internas
que são os septos ósseos que separam a cavidade de cada raiz
individualmente (seta verde).
A parte mais alta do alvéolo, próxima ao colo dentário, que contorna a entrada do alvéolo, chama-se crista óssea
alveolar ou simplesmente crista óssea. As setas azuis apontam para duas destas cristas.

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DIVISÃO ARQUITETURAL E ESTRUTURAL DO DENTE


Do ponto de vista arquitetural, e estrutural, o dente pode ser descrito com o sendo formado de
quatro partes: esmalte, dentina, cemento e polpa (figura abaixo).
As três primeiras formações são duras, calcificadas, enquanto que a polpa é o único tecido
mole do dente.
ESMALTE
O esmalte forma uma capa protetora, de espessura variável, sobre a superfície dental da
coroa (o esmalte envolve a coroa).
Devido ao seu alto conteúdo de sais minerais e seu aspecto cristalino, o esmalte é o tecido
mais duro do organismo humano.
A função do esmalte é formar uma capa resistente para os dentes, tornando-os adequados para a mastigação.
Outra importante propriedade física do esmalte é a sua permeabilidade. Com traçados radioativos tem sido
constatado que o esmalte funciona como uma membrana semipermeável, permitido uma passagem completa ou
parcial de certas substâncias: uréia, etc. O mesmo fenômeno é demonstrado por meio de substâncias corantes.
A cor da coroa coberta pelo esmalte vai do branco amarelado até o branco acinzentado. Tem sido sugerido que as
diferenças de cor se devem à translucidez do esmalte, de tal modo que dentes amarelos tem esmalte fino e
translúcido, através do qual a cor amarela da dentina é visível e dentes acinzentados possuem um esmalte mais
opaco.
DENTINA
Nos dentes de indivíduos jovens, a dentina tem uma cor amarelo-claro. Ao
contrário do esmalte, que é muito quebradiço, a dentina está sujeita a
deformações leves. E é altamente elástica. É algo mais dura que o osso, mas
mais mole que o esmalte.
Apesar de ser menos resistente do que o esmalte, a dentina tem a
particularidade de ser mais desenvolvida porque encontra-se na coroa e na raiz
do dente.
Além do mais a dentina limita uma cavidade onde se aloja a polpa dentária.
Essa cavidade denomina-se cavidade pulpar. (A figura ao lado mostra a
cavidade pulpar e é possível perceber que esta descreve quase que
perfeitamente a morfologia externa do dente).
As células que produzem a dentina são denominadas odontoblastos e estão localizadas em torno da polpa junto à
parede de dentina.

POLPA
A cavidade pulpar, com suas
porções coronária e radicular,
contém o tecido mole do dente, a polpa dentária. Ambas as porções
da cavidade pulpar são limitadas pela dentina, a qual vai, durante a
evolução normal do dentes, determinar a diminuição progressiva
desta parte cavitária do dente. Na figura acima, a parte escura
interna ao dente tanto representa a cavidade pulpar como a polpa
dentária. A parte desta cavidade que ocupa a coroa do dente é
denominada câmara pulpar (ou coronária); e a parte que ocupa o
interior das raízes, canal radicular. O canal radicular se abre na
região do ápice da raiz através de um orifício chamado forâmem
radicular. É pelo forâmem que entram, para dentro da cavidade
pulpar, os vasos e nervos que vão irrigar e enervar a polpa.

CEMENTO
O cemento é o tecido dentário mineralizado que cobre as raízes anatômicas dos dentes
humanos. Começa na porção cervical do dente, na junção cemento-esmalte, e se continua até o
ápice. O cemento fornece um meio para a inserção das fibras colágenas, que ligam o dente às
estruturas circundantes. É um tecido conjuntivo, especializado, que tem em comum algumas
características físicas, químicas e estruturais com o osso compacto. Ao contrário do osso,
entretanto, o cemento humano é avascular.

ASPECTOS ANATÔMICOS DA MANDÍBULA

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Tanto os maxilares quanto a mandíbula são ossos que sustentam os dentes. A mandíbula é o unico osso móvel
do cranio. Sua forma é semelhante a uma ferradura.
O ramo da mandíbula é uma das estruturas que compõe a mandíbula. O corpo é a parte que contém os alvéolos.
Cada lado do corpo contém oito alvéolos para a inserção dos dentes. O Canal da mandíbula é uma estrutura que
nasce no forâmem mandibluar (a palavra “forâmem” quer dizer „buraco‟, „orifício‟), situado na face medial do ramo
(figura ao lado).
Uma de suas bifurcações termina no forame mentoniano (imagem acima); e a outra se ramifica na região anterior
(dentes caninos e incisivos), com difícil identificação anatômica.
Uma conclusão já podemos tirar: o dente, o cemento, o osso de sustentação e o ligamento periodontal estão em
tal grau de dependência entre si que a falta de um elemento acarreta no desaparecimento dos restantes. O
equilíbrio é tão perfeito, que na ausência de um dente perdido por extração, as outras estruturas - ligamento
periodontal e osso alveolar - também desaparecem.

ANATOMIA RADIOGRÁFICA
Agora o leitor poderá facilmente visualizar as seguintes estruturas nas radiografias odontológicas como a da figura
ao lado:

1. Esmalte, 2. Dentina; 3. Câmara pulpar;


4. Canal radicular; 5. Osso alveolar (lâmina
dura) 6. Ligamento.

Cronograma de Erupção por Idade


A erupção (nascimento) dos dentes ocorre numa ordem bem definida e a sequência em que cada grupo dentário
começa a nascer ocorre numa idade aproximadamente constante para cada grupo.
Para a dentição decídua (de leite) a sequência é a mesma para ambas as arcadas (tanto para os maxilares como
para a mandíbula). É a seguinte: incisivos centrais > incisivos laterais > primeiro molar > canino > segundo
molar.
Para a dentição permanente a sequência de erupção já é um pouco diferente entre as arcadas a saber:
Mandíbula: 1º molares > incisivos centrais > incisivos laterais > caninos > 1º pré-molares > 2º pré-molares >
2º molares > 3º molares.
Maxila: 1º molares > incisivos centrais > incisivos laterais > 1º pré-molares > 2º pré-molares > caninos > 2º
molares > 3º molares.
Conhecendo-se a idade e a sequência em que ocorre a erupção de cada grupo fica fácil saber quais os dentes
presentes na boca de uma criança são de leite e quais são permanentes. Por outro lado, sabendo-se quais os
dentes são de leite e quais são os permanentes (isso pode ser verificado através de radiografias), fica fácil estimar
a idade aproximada da criança.
As figuras a seguir ilustram bem esse fato. Essas figuras permitem aos pais determinarem, em seus filhos, quais
são os dentes de leite e quais são os permanentes:
O Repare, pela figura abaixo , que, a criança ao nascer, já possui dentinhos com início da calcificação ainda que
nem tenham iniciado a erupção; e que os primeiros dentinhos de leite começam a aparecer na boca do bebê
aproximadamente aos seis meses de idade. Durante a fase em que só tenham nascidos os dentes de leite temos
a dentição decídua (aproximadamente dos seis meses até os seis anos).
Aos seis anos começa irromper o primeiro molar permanente(por isso esse dente é denominado molar dos seis
anos). Desta fase até que todos os decíduos tenham se esfoliado (caídos) temos a dentição mista (dos seis aos
dez anos aproximadamente) e, a partir daí, dentição permanente.

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Questionário

1) O que são grupos dentários?


2) O que é maxila?
3) O que é mandíbula?
4) O que são alvéolos?
5) Quais as funções dos grupos dentários?
6) Para que servem os dentes?
7) Diga qual o nome dos seguintes elementos:
a) 13 e) 73
b) 26 f) 85
c) 32 g) 56
d) 44 h) 61
8) Faça a cruz de Radier para dentes permanentes e decíduos.
9) O que é divisão estrutural do dente?
10) O que é colo dentário?
11) Qual a particularidade da face oclusal?
12) Como são divididos os quadrantes dentários?
13) Quais são as dentições humanas?
14) Numere os seguintes elementos:
a) Incisivo central superior esquerdo
b) Canino Inferior direito
c) 1º pré-molar superior direito
d) 3º molar inferior esquerdo decíduo
e) 2º pré-molar superior direito decíduo
f) Canino superior direito decíduo

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Capítulo VII

Radiologia

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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O que é Radiologia?
A Radiologia é o ramo ou a especialidade da medicina que trata o estudo e a aplicação da tecnologia
imagiológica como o raio X e a radiação a diagnosticar e a tratar as doenças.
Na odontologia a área da radiologia é a área que se encarrega dos diagnósticos através de imagens.
Vejamos a seguir algumas radiografias que podem ser encontradas no meio odontológico:

Tipos de radiografia odontológicas


Periapical
A Radiografia Periapical é indicada para estudos individuais ou de grupos de
dentes, proporcionando através de uma imagem bidimensional uma visão da
anatomia dentária (coroa e raiz) e das estruturas que circundam o dente (espaço
articular, osso alveolar e demais estruturas anatômicas). Para estudo completo das
arcadas dentárias são indicadas 14 radiografias periapicais, sendo não muito raro a
utilização de mais tomadas radiográficas para visualizar dentes mal posicionados
ou alterações anatômicas das mais diversas. Estas são algumas indicações das
radiografias periapicais: • Avaliar coroas e raízes dos dentes permanentes, • Avaliar
ossos alveolares e diagnosticar perdas ósseas, • Diagnosticar lesões periapicais
(ao redor da raiz dos dentes), • Diagnosticar presenças de cáries, • Visualizar
presenças de materiais restauradores (obturações), • Visualizar presenças de
tratamentos endodônticos (tratamento de canal), • Diagnosticar cálculos salivares
aderidos aos dentes, • Diagnosticar lesões císticas, neoplásicas e presenças de
corpos estranhos • Visualizar presenças de implantes dentários, • Diagnosticar
qualidade óssea, • Diagnosticar trauma oclusal
Bite-wing
Técnica radiográfica intrabucal, também chamada de "Bite-wing". Possibilita
a visualização das coroas dentárias nas regiões de pré-molares e molares.
Nesta técnica observa-se simultaneamente as coroas dos dentes superiores
e inferiores de uma mesma região doença.

Oclusal
Técnica radiográfica intrabucal, geralmente indicada
como um exame complementar para áreas amplas na maxila ou mandíbula.
Devido ao tamanho maior do filme utilizado, há uma área de exame em maiores
proporções, quando comparada àquelas obtidas pelas técnicas periapicais.

Radiografia panorâmica

Esta radiografia oferece uma visão geral das arcadas


dentarias em uma só tomada, sendo utilizada em todas as
especialidades odontológicas. Nesta incidência observa-
se:
Dentes presentes, presença de cáries extensas,
processos patológicos no ápice; Grau de desenvolvimento
dental, posicionamento dos dentes, a relação dente
permanente com o dente decíduo; Presença de
reabsorções ósseas alveolares; Pesquisa de raízes
residuais, fraturas ósseas e patologias; Acompanhamento
de tratamentos odontológicos;

Telerradiografia lateral
Técnica radiográfica extrabucal que avalia as relações dos elementos dentais
com as arcadas, e das arcadas com o esqueleto facial, sendo possível a
mensuração de desvios dos planos oclusais e alterações pertinentes à
intervenção ortodôntica, ortopédica e cirúrgica, principalmente por meio da
realização de traçados cefalométricos manuais ou computadorizados.

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Radiografia ATM
Técnica extrabucal utilizada para melhor avaliação dos contornos anatômicos
(cabeça de mandíbula, fossa articular e limite articular anterior) e dinâmica articular
(posicionamento da cabeça da mandíbula em relação à fossa articular e ao limite
articular anterior).

Tomografia Computadorizada
O exame tomográfico é um método radiológico que permite obter a
reprodução de uma parte do corpo humano com finalidade diagnóstica.
A tomografia computadorizada é um método não invasivo, rápido,
fidedigno e de alta precisão diagnóstica.

Identificação os elementos radiográficos


Agora que vimos esses diferentes tipos de radiografias, veremos e entenderemos melhor as estruturas
expressas nela. Existem algumas expressões que ajudam a entender o que estamos vendo, vejamos
essas expressões a seguir:
Imagem Radiolúcida
Toda e qualquer estrutura que apareça escura na radiografia.
Ex: Lesão ativa de cárie, polpa dentária, ligamento periodontal, lesão apical, perda óssea, entre outros.
Imagem Radiopaca
Toda e qualquer estrutura que apareça clara na radiografia.
Ex: Osso Alveolar, Esmalte, Dentina, Restaurações em Amalgama, entre outros.

Restauração com obturador provisório e Obturação dos


canais radiculares. (Imagem Radiopaca)

Lesão de Cárie (Imagem Radiolúcida)


Montagem da embalagem
Agora que já sabemos identificar os tipos de radiografia e as estruturas presentes nelas, vamos ver a
seguir como é feito o processamento da película radiográfica. O processamento se inicia em saber quais
são os elementos que constam na película radiográfica (falaremos somente da periapical que é a mais
comum nas clinicas e consultórios). Vejamos a seguir a sequencia correta da embalagem:

1) Embalagem Plástica
2) Papel Preto
3) Película de Chumbo
4) Película Radiográfica

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Revelação
A outra etapa do processamento da película radiográfica (e a mais importante para o ASB por ser
incumbido de exercer essa função) é a revelação da tomada radiográfica. Essa etapa se dará dentro da
câmara escura. A seguir veremos o que é a câmara escura: Como já vimos no capitulo de equipamentos
esses “potinhos” tem uma sequência correta com as substancias químicas.
A sequência se dá pelas siglas: R A F A

R – Revelador
A – Água
F – Fixador
A – Água

Dentro da câmara você colocará as mãos (com luvas, claro), em uma mão a película a ser revelada e na
outra a colgadura (que é o instrumental usado na revelação como já vimos no capitulo de instrumentais).
No passo seguinte abri-se o envelope e retira-se somente a película radiográfica que será processada.
Então imerge-se essa película primeiro no revelador durante 30 segundos, passa-se para a água e na
sequência passa-se para o fixador por mais 30 segundos e então passamos para o ultimo “potinho” com
a água e após isso leva-se a água corrente para remover qualquer excesso de substancias químicas que
possam ter restado, evitando assim a velação química. Em seguida seca-se com a seringa tríplice ou
aguarda a secagem natural.
Descarte
Como todo material contaminante a película de chumbo não pode ser descartada em lixo comum por
terem o risco de contaminar tanto o meio quanto quem lida com a película.
O descarte do fixador e do revelador também deve ser feito em recipiente apropriado.

Proteção do Paciente e do Profissional


Existem algumas normas de proteção preconizadas para proteção tanto do profissional quanto do
paciente. Vejamos essas normas: Paciente – Cobre-se o paciente com o avental plumbífero (avental de
chumbo) cobrindo a frente da caixa torácica e braços e o protetor de tireoide que é posto em volta do
pescoço do paciente. (Alguns aventais já vem com o protetor não fazendo-se necessária a colocação
dos dois.

Avental com Protetor Avental sem Protetor

Profissional – Preconizou-se que o profissional deve para


sua proteção manter uma distancia de segurança de 1,50
a 1,80 metros, nunca na direção do feixe do RX.
Em centros radiológicos usa-se também o Dosímetro que
é um aparelho (espécie de crachá) usado para medir a
quantidade de radiação que aquele profissional esta
recebendo.

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Questionário

1) Qual a função da radiologia?


2) Qual o tipo de radiografia que mostra a maior precisão possível?
3) Qual a diferença entre periapical e bite-wing?
4) Qual o tempo necessário para que as substancias químicas consigam fazer a revelação da
película radiográfica
5) Qual a função da panorâmica?
6) Qual o significado da sigla RAFA?
7) Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso
a) É necessário que o paciente se afaste ate 1,8m do eixo do RX ( )
b) Compete ao ASB fazer a revelação da película radiográfica ( )
c) Compete ao ASB fazer todo o processo de radiografia do paciente ( )
d) A radiografia mais comum no consultório é a tomografia ( )
8) Qual a sequencia de embalagem da película radiográfica?
9) Cite qual o processo feito dentro da câmara escura.
10) Quais os cuidados que devem ser tomados com o paciente antes da tomada radiográfica?
11) Qual o EPI usado para medir a radiação que esta sendo recebida pelo profissional?

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Capítulo VIII

Prevenção de
doenças bucais

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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O que é Prevenção de doenças?


Prevenir é: Ato de se antecipar às consequências de uma ação, no intuito de prevenir seu resultado,
corrigindo-o e redirecionando-o por segurança. Ou seja, a prevenção trabalha com o tratamento antes
que a doença aconteça. A seguir veremos algumas doenças e suas prevenções.

Doença Cárie
Ao contrario dos que dizem por ai, a doença cárie não pega. Ela é uma doença MULTIFATORIAL, ou
seja, depende de uma sequencia de coisas para que haja a doença. Ela consiste na deterioração dos
elementos dentários causados por ácidos que são liberados por bactérias. Em seu estágio inicial
aparece como uma mancha banca na superfície do dente, se essas manchas não forem tratadas
acontece a cavidade propriamente dita. Esse ácido com os fatores abaixo desmineralizam as estruturas
dentarias. Vejamos abaixo quais são os fatores de risco para a doença carie.

Pré-disposição genética

Má Higienização CARIE Dieta

Tempo

Com isso fica fácil de entender porque a doença carie não pode ser considerada uma doença
infectocontagiosa. Durante um beijo, por exemplo, em uma pessoa contaminada contraem-se sim as
bactérias daquele individuo, mas se você não tiver todos esses fatores citados à cima você não vai
contrair a doença (veremos no próximo capitulo que as doenças infectocontagiosas são bem diferentes).

Estágios da doença Cárie


A doença carie apresenta estágios onde tem prevenção ou
tratamento, na foto acima vemos três estágios onde já há
perda de estrutura e cavidade.
Chamamos da seguinte forma:
1º estagio: Carie de esmalte - Nessa fase é muito
incomum o paciente sentir dor ou alguma coisa parecida,
em alguns casos até acontece uma sensibilidade, mas isso
é raro.
2º estagio: Carie de Dentina - Nesse estágio os
incômodos começam a ser mais frequentes, às vezes com
a ingestão de bebidas muito geladas ou alimentos ricos em
açucares. Nessa etapa a cavidade já está bem maior muito mais escurecida, tornando fácil seu
diagnostico.
3º estagio: Carie acomete a Polpa - Nessa fase o paciente já
apresenta dores latentes e lancinantes, principalmente no período da
noite. Quando há o comprometimento de polpa o único tratamento a
ser feito é o tratamento de canal (Endodôntico). Nessa etapa não
existe mais prevenção.
Existe também a Carie de mamadeira que é a carie causada pelo
açúcar que a mãe põe na mamadeira que dá a noite para criança e
não faz a escovação dos dentinhos para não acordar a criança.

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Doença periodontal
A gengivite é a doença inflamatória que acomete a mucosa gengival. É o primeiro estagio da doença
periodontal. É provocada geralmente pelo acumulo de placa bacteriana (resto de alimentos e bactérias)
seja pela escovação deficiente e/ou falta do fio dental. Os sintomas são bem fáceis de serem percebidos:
- Inchaço na gengiva
- Vermelhidão
- Sangramento ao se alimentar ou fazer a escovação
- Mau cheiro
Na imagem abaixo veremos o quadro evolutivo da doença periodontal (Iniciado na gengivite).

Quando não damos à devida atenção a gengivite ela evolui para a periodontite que é uma inflamação
mais severa e com tratamento mais difícil também. A periodontite é a inflamação do periodonto que
acomete as estruturas que sustentam os dentes, é causada pelo acumulo excessivo de tártaro.
Essa doença era, e ainda é, a maior causadora da perda dos elementos dentários.Nessa fase da doença
são necessárias visitas constantes ao dentista para fazer a remoção dos cálculos que se formam. É
necessário também muita paciência e orientação sobre higiene, pois nesses tipos de doenças a
cooperação na melhora da escovação é essencial para o sucesso do tratamento.

Prevenção das doenças


Todas essas doenças que falamos acima podem ser facilmente prevenidas simplesmente com a boa
higienização oral e uso diário do fio dental. Veremos a seguir algumas técnicas que podemos ensinar
aos pacientes para que eles não desenvolvam essas doenças.

Técnica de Fones:
Usada geralmente para instrução de crianças ou pessoas com alguma dificuldade de coordenação
motora. Bolinha na vestibular, Trenzinho na oclusal e Vassourinha na lingual/palatina

Bolinha Trenzinho Vassourinha

Técnica de Bass Modificada:


Indicada principalmente para pacientes que apresentem doença periodontal, por ter um alcance maior de
limpeza no sulco gengival. Ângulo de 45º e varre

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Técnica de Stillman:
Indicado para crianças acima dos 7 anos de idade, que apresentam mais habilidade. Ângulo de 45º,
vibra e varre.

Outra forma muito importante para a prevenção de doenças é o uso correto do fio dental a cada
escovação.

Câncer de boca
Outra doença que é muito encontrada nos consultórios
e clínicas odontológicas é o câncer de boca, que já é
responsável por 7% dos casos de óbito por câncer.
Existem alguns fatores de risco que aumentam a
probabilidade de adquirir esse tipo de doença, no caso
especifico do câncer de boca a prevenção será através
da conscientização do paciente. O consumo excessivo
de substancias nocivas ao organismo pode vir a
promover uma maior chance do desenvolvimento do
câncer de boca.

A imagem acima mostra os lugares onde o câncer de


boca geralmente se desenvolve no seu estagio
primário.
O próprio paciente que tenha alguma suspeita pode
contatar o seu CD caso tenha visto qualquer alteração
de cor ou textura em algum desses pontos.

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Questionário

1) Qual o estágio irreversível da carie?


2) Qual o possível motivo para uma pessoa apresentar um quadro de gengivite?
3) Cite três meios de prevenir o câncer de boca.
4) Qual a consequência mais grave do não tratamento da doença periodontal?
5) Cite dois sintomas que podem indicar que a pessoa esta com carie
6) Qual o maior problema de não se tratar um dente que já está completamente contaminado com
carie?
7) Diga dois fatores que aumentam o risco do aparecimento de um câncer bucal.
8) Qual a escovação mais eficiente para uma criança?
9) Qual o fator que gera a periodontite?
10) Como é possível prevenir o acumulo de placa bacteriana?
11) Diga qual(is) das respostas a seguir estão corretas e corrija as afirmações incorretas:
a) A gengivite é a maior causadora da perda de elementos dentários
b) O câncer de boca pode ter seu aparecimento mais frequente em fumantes e alcoólatras,
c) A falta de uma perfeita coordenação motora pode causar ao paciente um quadro de
gengivite, assim como o não uso do fio dental.
d) A doença carie começa com um buraco preto no dente.
e) A doença carie é uma doença infectocontagiosa, ou seja, que passa de um individuo
contaminado para um são.

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Capítulo IX

Doenças
Infectocontagiosas

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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O que são doenças infectocontagiosas?


“Doenças infectocontagiosas, de forma bastante simplificada, são doenças causadas por diferentes
agentes (bactérias e vírus, na sua maioria) que podem ser transmitidas diretamente de um ser humano
doente para outro”, explica Jaime Rocha, médico infectologista. De uma forma geral toda e qualquer
doença que possa ser transmitida de um individuo contagiado para outro é classificada como doença
infectocontagiosa. As principais doenças infectocontagiosas que temos contato no consultório
odontológico são: HIV, Hepatite (principalmente tipo B e C), Herpes, Tuberculose, Influenza e a Varicela
(catapora). Existem ainda algumas outras doenças menos conhecidas, mas que também podem ser
encontradas no consultório, como as DST‟s (gonorreia, sífilis), Hanseníase (Lepra), Ebola, etc.

Hepatite
Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as
infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como
alguns remédios). Tipos
Hepatite A: a hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra.
Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos, sobretudo,
por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico
contaminado e não descartável estão entre as maiores vítimas de hepatite, daí o cuidado que se deve ter
nas transfusões sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem.
OBS: a hepatite B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer
de fígado.

Tuberculose
A tuberculose, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é provavelmente a doença
infecto-contagiosa que mais mortes ocasiona no Brasil. O bacilo de Koch é transmitido nas gotículas
eliminadas pela respiração, por espirros e pela tosse. Para que a primoinfecção ocorra, é necessário que
ele chegue aos alvéolos. Se não alcançar os pulmões, nada acontece. A partir dos alvéolos, porém,
pode invadir a corrente linfática e alcançar os gânglios (linfonodos), órgãos de defesa do organismo. A
doença evolui quando a pessoa não consegue bloquear o bacilo que se divide, rompe a célula em que
está fagocitado e provoca uma reação inflamatória muito intensa em vários tecidos a sua volta. O pulmão
reage a essa inflamação produzindo muco e surge tosse produtiva. Como o bacilo destrói a estrutura
alveolar, formam-se cavernas no tecido pulmonar e vasos sanguíneos podem romper-se. Por isso, na
tuberculose pulmonar, é frequente a presença de tosse com eliminação de catarro, muco e sangue. Além
dos pulmões, a doença pode acometer órgãos como rins, ossos, meninges, etc.

Influenza
Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e
autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são
predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia,
assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente
dura uma semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais
importante. Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pessoas
infectadas ao tossir ou espirrar. Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C.
Varicela (catapora)
A catapora é causada pelo vírus varicela-zóster, um integrante da família do herpes vírus, que também é
responsável pela herpes zóster (doença conhecida como cobreiro) em adultos. A catapora é facilmente
transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou por
meio de tosse ou espirro. Mesmo aqueles que estão infectados e não apresentam os sintomas da
doença podem transmiti-la. Quando alguém é infectado, a catapora leva de 10 a 21 dias para se
manifestar. As pessoas podem transmitir o vírus a partir de um ou dois dias antes de a doença irromper
no corpo. Elas permanecem contagiosas enquanto as bolhas encrostadas estão presentes

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O que são DST‟s?


As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem
o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de
feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As mais conhecidas são gonorreia e sífilis. Outra forma de
infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e
agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. No caso da odontologia pode ocorrer pelo contato
com material perfuro-cortantante não estéreo e contaminado pela doença.

DST‟s que acometem a boca


O relacionamento sexual oral sem preservativo, mesmo entre pessoas normais, pode sempre vir a trazer
alguma alteração na flora bacteriana, tanto bucal como genital. Essa condição é possibilitada pela troca
dos fluidos e microrganismos salivar e genital, podendo os microrganismos de uma cavidade agir
patologicamente em outra cavidade de nosso organismo, gerando alguns desequilíbrios das bactérias
locais, essas alterações tendem normalmente a se auto-regular sem necessidade de antibióticos.
Você pode adquirir inúmeras doenças sexualmente transmissíveis – (DSTs) pelo sexo oral, caso você
tenha algum sangramento, como o sangramento gengival, aftas ou quaisquer tipos de lesões na boca,
que exponham o tecido conjuntivo e, que na ocasião em que este processo ulcerativo estiver presente,
ele acabe entrando em contato com uma pessoa que seja portadora da doença e que tenha também
qualquer pequena ulceração. As doenças sexualmente transmissíveis mais freqüentemente transmitidas
ou adquiridas na boca são: Herpes, HPV, Sífilis, AIDS, Gonorréia, Cancro Mole, Candidíase; Uretrites,
porém podemos considerar que em certos casos, as Hepatites A, B, C podem ser transmitidas pelas
relações sexuais, assim com, gripes, hanseníases (saliva e secreções), etc, portanto, poderíamos
considerá-las como Doenças Sexualmente Transmissíveis – DSTs.

HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o sistema
imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Aqui no Brasil a AIDS ganha uma nova
sigla SIDA que significa síndrome da imunodeficiência adquirida.
No caso de omissão do paciente da doença, por vergonha ou medo de não ser atendido, podemos
identificar pela medicação que ele usa, como:

Classes de medicamentos antirretrovirais


Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de
DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles: Abacavir, Didanosina,
Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina.
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do
vírus. São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.
Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de
células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir,
Saquinavir e Tipranavir.
Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. É a Enfuvirtida.
Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA
humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. É o
Raltegravir.

Caso o paciente cite alguma dessas medicações é necessário certa atenção e um maior cuidado com a biossegurança.

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*Herpes
O herpes labial é uma infecção viral e contagiosa nos lábios, na
boca ou nas gengivas causada pelo vírus da herpes simples. A
doença é caracterizada principalmente pelo surgimento de bolhas
pequenas e doloridas.

* HPV - O Condiloma acuminatum tem aspecto de verruga e é


causada pelo Papilomavirus humano ou Human Papillomavirus
(HPV) parecem na boca, verrugas achatadas e esbranquiçadas, têm
um formato bem peculiar de “crista de galo”, nome pelo qual são
comumente conhecidas. Podem aparecer de forma única, mas o
mais comum é que existam muitas verrugas muito pequeninas,
normalmente são indolores e imperceptíveis aos olhos de seus
portadores. Podendo aparecer nas pontas das papilas da gengiva,
na língua, na bochecha, palato, na garganta e tonsilas. Os sorotipos
HPV 16 e HPV 18 são cancerizáveis, sendo os carcinomas de
células escamosas os de maior ocorrência. Num trabalho na Johns
Hopkins University School of Medicine – Baltimore Maryland USA, desenvolvido no Hospital Johns
Hopkins, no Centro de Oncologia, um estudo com 253 casos, da Dra. Maura Gilisom demonstrou que
25% dos pacientes com câncer no departamento de cabeça e pescoço, tiveram resultados positivos para
HPV, sendo 90% deles para o sorotipo HPV 16.

* Sífilis - Causada por uma bactéria Treponema pallidum se manifesta


na boca, língua, palato, bochechas, lábios, faringe e gengiva.
Aparecendo pela primeira vez após aproximadamente 21 dias do
contacto direto com a área infectada, tem um aspecto de vulcão, ou
seja, uma úlcera de bordos elevados e duros, por estas características
a lesão primaria da sífilis, recebeu o nome de “Cancro Duro.” A lesão
primária depois de algum tempo desaparece e a doença continua
evoluindo para a sífilis secundária, que pode ser caracterizada por
pequenas roséolas, simétricas e bilaterais, comumente ocorrem no
palato, língua e bochechas. As lesões secundárias continuam evoluindo
acometendo o sistema nervoso do indivíduo é uma fase de Goma sifilítica, que pode chegar à loucura e
a óbito dos indivíduos. A sífilis ainda pode ser transmitida pela mãe gestante por via placentária, sendo
mais comum, após o terceiro mês de gravidez, ocorrendo a sífilis congênita o que acarreta que a criança
venha a ter má formações, como nariz em forma de cela e dentes mal formados em forma de barril.

* Gonorréia ou Blenorragia - A gonorréia é causada pela bactéria


Neisseria gonorrea e pode sim ser adquirida do trato genito-
urinário pelo meio bucal, causando uma infecção que acomete a
boca, faringe e tonsilas palatinas. É uma doença que pode causar
irritação, supuração, mal estar e febre. De acordo com a literatura
a mesma pode desaparecer sozinha, após no máximo 3 meses da
infecção.

* Cancro Mole - Aparecem de 1


a 4 dias após o contacto sexual é
causado por uma bactéria denominada Haemophilus ducrei. São
lesões em forma de úlceras com bordos elevados e moles, transmitidas
por relações sexuais principalmente oro-anais, oro-genito-anais e oro-
genitais. Estas lesões podem aparecer na boca, lábio, faringe,
bochecha; são úlceras dolorosas e purulentas.

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* Candidiase - “Sapinho” como é chamado popularmente, é causada


por um fungo chamado Candida albicans, que pode ser transmitido
por um beijo e por uma relação buco-genital desenvolvendo a
doença. Esta doença se manifesta na forma de um creme que é
facilmente removido. Na boca a maior freqüência é no ângulo do
início da comissura bucal e na bochecha. Sua manifestação é
facilitada pela utilização exacerbada de antibiótico o que favorece o
desenvolvimento da microbiota fúngica. As manifestações fúngicas
também são facilitadas pela quebra da homeostase do organismo por doenças debilitantes.

* Mononucleose: petéquias (pequenas manchas vermelhas) no


palato, aumento de volume da garganta com linfoadenopatia
cervical (gânglios no pescoço). Estes sinais costumam ocorrer
após um mês do contágio;

Zika vírus – É uma doença nova que vem atingindo


uma enorme parte da população. Em pesquisas mais
recentes foi descoberto que a Zika alem de
transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti também
pode ser considerada uma DST, com grande
consideração na área odontológica, pois pode ser
transmitida através da saliva da pessoa
contaminada. Alem de ser transmitida também pela
relação sexual sem preservativo. Também esta
associada a doenças como a microcefalia quando a
mãe pega a doença enquanto ainda está grávida.

Questionário
1) O que são doenças infectocontagiosas?
2) Qual é a doença que causa o maior numero de mortes no Brasil atualmente?
3) Quais os principais tipos de hepatite e qual a diferença entre elas?
4) Qual o vírus que causa a herpes labial?
5) Quais os principais sintomas da tuberculose?
6) Qual a doença infectocontagiosa menos agressiva e com o maior índice de cura pelo próprio
corpo?
7) A varicela é causada pelo vírus herpes. Qual tipo de herpes e como se manifesta?
8) Como ocorre a transmissão da catapora?
9) O que são DST‟s?
10) O que significa SIDA?
11) HPV é a sigla para qual vírus? Quais os sintomas dessa doença?
12) Quanto tempo leva até a pessoa contaminada apresentar os sintomas da sífilis?
13) O que causa a gonorreia?
14) Qual a diferença entre cancro mole e duro?
15) Cite duas medicações usadas por um paciente soro positivo.
16) Quais as formas de contaminação do Zika vírus?

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Capítulo X

Noções de Endodontia,
Ortodontia, Pediatria e
Primeiros Socorros

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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O que é Endodontia?
Endodontia é a especialidade da odontologia responsável pelo estudo da polpa dentária, de todo o
sistema de canais radiculares e dos tecidos periapicais, bem como das doenças que os afligem. Em
casos de alterações por cárie, fraturas dentárias, trauma dentário, trauma ortodôntico, lesões endo-
periodontais, necessidades protéticas e outras patologias endodônticas, o tratamento endodôntico (ou o
tratamento de canal) está indicado, visando a manutenção do dente na cavidade bucal, e a saúde dos
tecidos periapicais. Existem três diferentes tratamentos mais utilizados na endodontia são eles:
Tratamento expectante, Polpotomia e Pulpectomia.
Tratamento expectante
É a manobra mais conservadora do tratamento endodôntico, em que consiste sempre na remoção do
tecido cariado, a proteção do complexo dentina-polpa, e o selamento provisório da cavidade. Vários são
o materiais que podem ser utilizados pelo Cirurgião Dentista o mais indicado é o Hidróxido de Cálcio P.A,
mas é de consenso geral que, o mais importante é preservar a estrutura biológica do estímulo que vem
gerando a alteração pulpar.
Pulpotomia
A pulpotomia é a remoção da polpa presente na câmara pulpar. Neste caso preserva-se o tecido pulpar
que está nos condutos radiculares (canais). Devido a isso, a pulpotomia está indicada somente em casos
que a lesão inflamatória restringe-se a uma pequena porção da polpa coronária. Em crianças é onde se
encontram os maiores índices de sucessos neste tratamento, devido ao fato do tecido pulpar não estar
completamente amadurecido. Existe uma grande índice de insucessos na pulpotomia, tais como
mortificação pulpar ou formação de cálculos pulpares, o que restringe a técnica mais a dentes jovens. A
pulpotomia está indicada principalmente, na Odontopediatria.
Pulpectomia
É o tratamento de canal comumente conhecido. Consiste em despolpar totalmente o dente; higienizar as
paredes internas e a luz dos canais; modelar e selar, de modo o mais selado possível, o sistema de
canais radiculares com guttapercha (derivado de resina vegetal). A pulpectomia é considerada um
procedimento complexo, onde tamanho do campo operatório, o comprimento do dente, a anatomia do
sistema de canais radiculares e a fadiga dos instrumentos de corte contribuem para as dificuldades
técnicas deste procedimento. Na imagem a seguir vemos um esboço simplificado de um tratamento
endodontico:

Imagem ilustrativa e simplificada de um tratamento endodontico.

Processo de Inflamação e Reparo de Lesão Apical após o


Necrose da polpa tratamento Endodontico

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O que é Ortodontia?
A Ortodontia é a especialidade da Odontologia relacionada ao estudo, prevenção e tratamento dos
problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da face, dos arcos dentários e da
oclusão, ou seja, disfunções dento-faciais. Dentro da ortodontia existe a especialidade da ortopedia.
A Ortopedia Facial recorre, habitualmente, a aparelhos removíveis, já existem aparelhos ortopédicos
fixos também, que têm por objetivo redirecionar o crescimento dos ossos da face e dos dentes,
diminuindo a necessidade do uso e o tempo de tratamento com os aparelhos fixos. Deve ser utilizada por
pacientes jovens, já que devem estar em períodos de crescimento ativo para que seja efetiva.
Alguns casos recebem um tratamento combinado, utilizando-se aparelhos de ortopedia facial e de
ortodontia. Faz parte de uma das especializações da odontologia de grande importância, requer grande
estudo de conteúdos relacionados a oclusão e ao sistema estomatognatico.

Casos Clínicos

Apinhamento Apinhamento e Sobremordida


Mordida Aberta

Classificação das Mordidas

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Para se ter uma “mordida perfeita” é necessário que todo nosso alinhamento dentário esteja em classe I.
Classe II é a pessoa que quase não tem queixo, pois sua mandíbula não se desenvolveu o suficiente ou
a sua maxila se desenvolveu demais. Já o Classe III é o contrario, são pessoas muito “queixudas” pois a
sua maxila é muito mais desenvolvida do que sua mandíbula.

Tipos de Aparelho
Hoje em dia podemos encontrar uma infinidade de aparelhos ortodônticos. Vejamos a seguir os mais
comuns na atualidade:

Aparelhos complementares no tratamento


Existem alguns tratamentos que exigem mais do que somente a colagem do aparelho e a movimentação
ortodôntica simples. Nesses casos usam-se aparelhos “complementares” vejamos a seguir:

Expansor Palatino

Usado em casos onde é


necessário “abrir” o palato do
paciente, palatos muito profundos
e fechados.
Máscara de Petit

Usado no auxilio do tratamento de


Prognatismos ou Sobremordida.

Contenção Ortodôntica

Usado no pós-tratamento para não deixar que o dente volte a sua posição de origem.
Contenção móvel: Usada em tempo integral só retirada para refeições.
Contenção móvel Invisível: Também usada em tempo integral e só retirada para refeições, porem não é visível.
Contenção fixa presa em dois pontos: Não removível, usada em tempo integral, facilita em partes o uso do fio.
Contenção fixa: Presa de canino a canino, usada em tempo integral, mais difícil a limpeza.
Contenção fixa higiênica: Também presa de canino a canino, mas tem um formato que facilita muito o uso do fio

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Aparelho “fake” e o seu risco para a saúde


Também conhecido como aparelho “Ostentação”, esse tipo de falso tratamento pode trazer
consequências gravíssimas pra saúde bucal de quem o adere, o primeiro problema já começa pelo fato
que os rapazes e moças que se acham dentistas e colam o aparelho no dente, na maioria das vezes
com super bonder mesmo, não tem a mínima noção do que estam fazendo, existe um padrão medido
milimetricamente para que o tratamento dê certo. Alem disso, as “borrachinhas” não são trocadas a cada
15, 20 ou 30 dias (depende da técnica escolhida) à toa ou para o dentista ganhar mais dinheiro, e sim
porque sua troca excessiva pode levar até mesmo a perda total dos elementos dentários. Saúde não é
brincadeira, um ortodontista estuda 4,5 anos na faculdade e mais 2,5/3 anos de especialização para
fazer um tratamento serio e que dará os corretos resultados, não é da noite para o dia e muito menos
sem nenhum tipo de orientação que vai se obter os mesmos resultados. Além de que isso pode parecer
até muito “bonito” agora na juventude, mas um dia a vida nos obriga a crescer. Pense na sua saúde a
longo prazo e não só agora.

O que é Odontopediatria ?
A odontopediatria é o ramo da odontologia que cuida da saúde bucal das crianças. Hoje sabemos que o
grande medo que as pessoas têm de enfrentar a cadeira do dentista é devido às experiências negativas
que tiveram quando crianças. Por esse motivo, o trabalho do odontopediatra é tão importante.
O tratamento para crianças também requer cuidado especial. Os pequenos precisam de maior atenção e
psicologia para que a visita ao dentista não vire uma tortura. O ambiente também deve ser atrativo,
ajudando a criança a se sentir confiante e descontraída. O que diferencia um odontopediatra de um
clínico geral, além do entendimento minucioso do desenvolvimento físico e psicológico da criança, é o
conhecimento e a experiência de usar técnicas de controle do comportamento infantil nas situações mais
diversas – e adversas! Algumas crianças – por razões variadas – não têm um comportamento
cooperativo durante o tratamento. Seja por medo, rebeldia ou algum distúrbio comportamental, elas se
recusam ao atendimento a todo custo. Em alguns casos, é preciso que o profissional lance mão de
algumas técnicas para controlar essas crianças e garantir o atendimento. Para não me estender demais,
hoje falarei apenas de uma delas: a contenção física.

O que é a contenção física?


É o que o próprio nome está dizendo: conter a criança com o objetivo de reduzir ou eliminar movimentos
inesperados do paciente, protegendo-o de um imprevisto, além de facilitar o desenvolvimento de um
trabalho de qualidade. Tem criança que se debate na cadeira, chuta, balança a cabeça no intuito de se
esquivar do profissional, segura ou bate na mão do dentista. Tudo isso gera um risco enorme dela se
ferir durante o atendimento. Um movimento abrupto e inesperado pode fazer com que a broca da alta
rotação (motorzinho) faça uma perfuração indesejada, seja no dente ou na mucosa, ou que a agulha da
anestesia machuque ou até mesmo quebre durante o procedimento. Por isso é muito importante – e
necessário – imobilizar a criança para que o atendimento possa ser realizado de forma adequada.
Muitos pais se assustam quando o dentista toma a decisão de conter a criança. Mas atenção: o
dentista só pode usar de tais técnicas com aviso prévio e consentimento por escrito dos pais ou

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responsáveis. O que deve ficar bem claro é que o uso da técnica tem uma função lógica, e que não
está sendo usada como punição ao comportamento da criança.

E como segurar a criança durante o atendimento?


Existem várias formas. Muitas vezes, os pais serão solicitados a ajudarem nesse processo. Seguindo as
orientações do dentista, e com a ajuda da auxiliar, eles devem segurar a criança na cadeira de modo a
impedirem movimentos bruscos e repentinos. Para isso, devem imobilizar braços, pernas e a cabeça da
criança.Existem casos em que as crianças têm uma força surpreendente, o que dificulta a imobilização.
Em situações assim, podem ser utilizados alguns recursos de imobilização, como lençóis, cintas, faixas 114
ou pacotes pediátricos. Lembrem-se, papais e mamães: a criança não está sendo punida! Estamos
garantindo um atendimento de qualidade e com segurança! Uma técnica bastante polêmica, geralmente
utilizada como último recurso, é a da “mão sobre a boca” (H.O.M. – Hand Over Mouth), que consiste em
colocar a mão sobre a boca da criança com o intuito de abafar o som dos gritos e fazer com que ela
ouça o profissional. Estabelecida a comunicação com a criança e cessados os gritos, a mão é retirada.
Como disse, é utilizada em último caso em crianças histéricas, com acesso de raiva ou muito agressivas.
Mas essas técnicas não vão traumatizar a criança frente ao tratamento odontológico?
NÃO! Foi constatado – tanto por dentistas quanto por psicólogos e neurocientistas – que não há
qualquer inconveniente no uso da contenção física quanto a eventual dano psicológico, com
consequente reação negativa em um atendimento futuro. Pelo contrário! Na grande maioria das vezes, o
paciente passa a aceitar cada vez mais o atendimento odontológico. Volto a dizer: em momento algum,
a criança está sendo punida. As metas de manejo do comportamento são promover a saúde bucal do
paciente e ajudar a desenvolver uma atitude positiva da criança, encorajando a educação, suavizando o
medo e a ansiedade e, acima de tudo, construindo uma relação de confiança com o dentista!

O que são Primeiros Socorros?


São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a
sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até
que receba assistência médica especializada.

Principais problemas na odontologia


Na odontologia os problemas mais comuns são: Asfixia, Hemorragia e Desmaio. Veremos a seguir como
proceder em cada um desses casos.

Fases do socorro
EXAME PRIMÁRIO
O exame primário consiste em verificar:
 se a vítima está consciente;
 se a vítima está respirando;
 se as vias aéreas estão desobstruídas;
 se a vítima apresenta pulso.

Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos. Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar
batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o procedimento. Caso não haja sinal
de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.

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EXAME SECUNDÁRIO
Consiste na verificação de:
Avaliar o nível de consciência.
Escala de Coma de Glasgow*.
Avaliar os 4 sinais vitais:
1) pulso.
2) respiração.
3) pressão arterial (PA), quando possível.
4) temperatura.
Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos:
 Tamanho das pupilas;
 Enchimento capilar (perfusões sanguíneas das extremidades);
 Cor da pele.

O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a respiração


Pulso:
 Freqüência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal, lenta ou rápida.
 Ritmo: É verificado através do intervalo entre um batimento e outro. Pode ser regular ou
irregular.
 Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte)
ou fino (quando o pulso é fraco).
Respiração:
 Freqüência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal, lenta ou rápida.
 Ritmo: É verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser regular ou
irregular.
 Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial.

1 2 3 4 5 6

Abre os olhos
Abre os olhos em
Não abre os em resposta a Abre os olhos
Ocular resposta a um N/A N/A
olhos estímulo de espontaneamente
chamado
dor

Emite sons Pronuncia


Confuso, Orientado, conversa
Verbal Emudecido incompreensív palavras N/A
desorientado normalmente
eis desconexas

Extensão a
Flexão anormal a Flexão inespecífica
estímulos Obedece
Não se estímulos (normal)/ Reflexo de Localiza estímulos
Motor dolorosos a
movimenta dolorosos retirada a estímulos dolorosos
(descerebraçã comandos
(decorticação) dolorosos
o)

* Escala de Coma de Glasgow

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Desta escala fazemos a seguinte interpretação. Se a soma for:

 3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo)


 4 = Coma profundo;
 5-7 = Coma intermediário;
 8-11 = Coma superficial;
 12-15 = Normalidade.
Choques
Na odontologia o choque mais comum é o chamado choque anafilático.
Veremos a seguir como podemos dar suporte caso isso aconteça.
Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorre as seguintes reações:
Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória;
Sistema circulatório: dilatação dos vasos sangüíneos, queda da pressão arterial, pulso fino e fraco,
palidez.

COMO SE MANIFESTA
A pele fica fria e pegajosa, aumenta a sudorese (transpiração abundante) na testa e nas palmas das
mãos, a face fica pálida com expressão de sofrimento. A pessoa tem uma sensação de frio, chegando às
vezes a ter tremores. A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular.
Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica fraco e rápido e a
pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente.

COMO PROCEDER
Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou contorne a causa do estado de choque, se
possível. Mantenha a vítima deitada e em repouso, controle toda e qualquer hemorragia externa,
verifique se as vias aéreas estão permeáveis, retire da boca, se necessário, secreção, dentadura ou
qualquer outro objeto. Execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro boca-a-
boca, se a vítima apresentar ausência de pulso, dilatação das pupilas e parada respiratória. Afrouxe a
vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso ocorra vômito. Eleve os membros
inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio,
arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de trabalho do coração. Procure aquecer a vítima.
Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.

Asfixia
Dificuldade ou parada respiratória, podendo ser provocada por: choque elétrico, afogamento, deficiência
de oxigênio atmosférico, obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta) por corpo estranho,
envenenamento, etc. A falta de oxigênio pode provocar seqüelas dentro de 3 a 5 minutos, caso não seja
atendido convenientemente.
COMO SE MANIFESTA
Atitudes que caracterizem dificuldade na
respiração.
Ausência de movimentos respiratórios.
Inconsciência.
Cianose (lábios, língua e unhas arroxeadas).
Midríase (pupilas dilatadas).

COMO PROCEDER
Encorajar a vítima a tossir.
Realizar a manobra de Heimlich:
- Consciente.
- Inconsciente.
- Obeso ou Grávida.
- Bebê e criança pequena.

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Executar a respiração de socorro boca-a-boca.


Em caso de parada cardiorrespiratória, executar a reanimação cárdio pulmonar (RCP).
Procure o hospital mais próximo.

Manobra de Heimlich

Manobra com vitima consciente Manobra com vitima Inconsciente

Manobra em bebes

Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP)

Posicione as mãos sobre o externo.


Mantenha os dedos das mãos entrelaçados e afastados do corpo da
vítima.
Mantenha os braços retos e perpendiculares ao corpo da vítima.
Inicie a massagem cardíaca comprimindo o peito da vítima em torno
de 03 a 05 cm.
Realize as compressões de forma ritmada procurando atingir de 80 a
100 compressões por minuto.
Caso esteja desacompanhado deve intercalar duas insuflações a
cada 15 compressões.

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Questionário

1) Qual a função do endodontista?


2) O que é ortodontia?
3) Qual a especialidade responsável pelo tratamento de crianças?
4) Cite os 4 sinais vitais
5) Quais os tratamentos possíveis na endodontia?
6) Qual o perfil de uma pessoa que sofre de sobremordida (classe II)
7) O que é contenção física na pediatria?
8) Quais os tipos de problemas mais comuns na odontologia que necessitam de atendimento de
um socorrista?
9) Qual a diferença entre pulpotomia e pulpectomia?
10) Quais as características de uma pessoa que sofre de prognatismo (classe III)
11) Quem fica responsável por fazer a contenção física da criança?
12) Como deve ser feita a contagem de BPM?
13) Qual o processo de um tratamento expectante.
14) Quais podem ser as consequências do uso do aparelho “Ostentação”?
15) Quais motivos podem levar a criança a não cooperar com o tratamento?
16) Quais as taxas normais de P.A. e Glicose?

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Capítulo XI

Noções de
Prótese

Larissa Dias de Brito


Técnica em Saúde Bucal

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O que é prótese dentaria?


Prótese dentária é utilizada para a substituição dos dentes naturais perdidos por dentes artificiais e
reconstituição das estruturas adjacentes.

Tipos de prótese dentarias


Existem vários tipos de prótese dentária elas podem ser: Parciais/Totais, Removíveis/Fixa e
Provisórias/Definitivas.
Próteses Totais (PT)
As próteses totais removíveis (PT) mais comuns são as famosas dentaduras, são colocadas diretamente sob
a mucosa gengival. Mas hoje já existe também a prótese total fixa (Prótese sob Implante) que é colocada sob
os pinos que são implantados no osso.

Prótese total sobre Próteses totais


implante (Superior) (Superior e Inferior)

Próteses Parciais (PP)


As próteses parciais são as mais comuns na população, pois há alguns anos todos os problemas dentários
eram resolvidos com a exodontia do elemento problemático. Nessa modalidade temos as próteses fixas e
móveis também, vejamos a seguir quais são os tipos de ambas.
Prótese Parcial Removível - Roach (PPR)
É a prótese parcial removível que tem toda sua estrutura feita em metal, é muito firme, mas não tão estética
visto que deixa grampos metálicos à mostra.

Primeira Imagem:
Estrutura Metálica de um Roach
Segunda Imagem:
Roach montado

Prótese Parcial Removível – PPFlex


Assim como o Roach tem o reforço metálico, mas os nesse tipo de prótese não ficam visíveis os grampos
metálicos deixando assim um sorriso mais natural e estético.

Prótese vista fora Prótese acomodada com Prótese acomodada


da boca vista oclusal (note a estrutura) com vista vestibular

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Prótese Parcial Removível Provisória (PPRP)


É uma prótese que antecede o Roach ou a PPFlex, pois esse tem o processo do
metal e após tem o processo da montagem dos dentes, ajustes finais e acrilização,
o que torna ela uma prótese demorada, e durante esse processo opta-se pela
PPRP até a finalização do processo do Roach.
Prótese Parcial Removível Provisória (inferior)
As hastes metálicas são mais “frágeis” e dependendo dos costumes de alimentação do paciente eles podem
ficar frouxos e podem ser “apertados” pelo próprio paciente.

Próteses Fixas
As próteses parciais também podem ser fixas, vamos ver a seguir as próteses do tipo ponte, coroa sobre
pino, coroa sobre pino provisória, coroa sobre implante, bloco.
As próteses fixas podem ser:

TIPO NOME MATERIAL DURAÇÃO PROVISÓRIA/ OBS


DEFINITIVA
Unitária Coroa sobre pino ou sobre Resina Acrílica Até 6 meses Provisória ***
implante
Unitária Coroa para splint Dente de estoque Até 3 meses Provisória Usado em
emergências
Múltipla Ponte fixa sobre pilar Resina Acrílica Até 6 meses Provisória ***
Múltipla Ponte Fixa Sobre Implante Resina Acrílica De 4 a 6 Provisória Usado para
meses ósseo-
integração se
concluir
Unitária Bloco metálico Metal Até 7 anos Definitiva Não estética
Unitária Bloco de cerômero Resina Especial Até 4 anos Definitiva ***
Unitária Bloco de cerômero com Resina Especial e Até 5 anos Definitiva Mas resistente
reforço de fibra Fibras de vidro que o
cerômero
Unitária Coroa metálica Metal Até 7 anos Definitiva Não estética
Unitária Coroa de cerômero Resina Especial Até 4 anos Definitiva ***
Unitária Coroa de cerômero com Resina Especial e Até 5 anos Definitiva Mas resistente
reforço de fibra Fibras de vidro que o
cerômero
Unitária Coroa Metalo-ceramica Metal revestido com Até 10 anos Definitiva Conhecida
porcelana como coroa
de porcelana
Unitária Faceta de cerômero Resina Especial Até 4 anos Definitiva ***
Unitária Faceta de cerâmica Porcelana Até 8 anos Definitiva ***

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Processo de confecção de cada tipo de prótese fixa

Existem diferentes técnicas para se implantar uma prótese fixa, vejamos a seguir
como deve ser o preparo para cada caso:

Coroa: Neste caso vemos o preparo dentário para a acomodação de uma coroa,
note que é feito um desgaste no esmalte dentário e mudada a estrutura anatômica
do elemento, tornando possível o encaixe de uma “capa” no mesmo, a isto damos
o nome de coroa.

Bloco: Neste caso vemos que é feito o preparo cavitário para a acomodação
de um bloco, note que não é necessário um desgaste em todas as paredes
de esmalte dentário remove-se somente o tecido cariado e o necessário,
tornando possível o encaixe de um “pedaço” no mesmo, a isto damos o
nome de bloco.

Pontes Fixas: No caso das pontes já se faz necessário o preparo


dos dentes vizinhos como na imagem ao lado, eles servirão de
pilares para a sustentação do elemento suspenso.
Sempre será feito o preparo de um elemento a mais do que o que
ficará suspenso, por exemplo: Na nossa imagem temos um
elemento suspenso, por isso temos dois pilares, se fossem dois
elementos suspensos teríamos que ter três pilares e assim
sucessivamente.

Splint: Pode ser chamada também de ponte adesiva, nessa modalidade não de
causa “danos” aos elementos próximos, eles servirão como parede onde será
fixado o dente suspenso. Nesse processo é colado um dente de estoque em um
pedaço de fio de aço e esse fio é cimentado nos dentes vizinhos com resina
fotopolirimizavel.

Faceta: Essa prótese é usada especialmente para correções estéticas (ajuste de


cor, posicionamento, diastemas, etc).
Faz-se um desgaste superficial na vestibular, nas proximais e na incisais (este
procedimento geralmente só é feito em dentes anteriores) e cimenta-se a faceta
no dente a ser corrigido.

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Questionário

1) Como podem ser divididas as próteses dentárias?


2) O que são próteses dentárias?
3) O que significa PT?
4) De que forma podemos encontrar as próteses parciais removíveis?
5) O que é coroa?
6) Quais próteses podem ser consideradas meramente estéticas?
7) Qual o processo usado na ponte fixa?
8) O que é bloco?
9) Quais os materiais mais resistentes na odontologia?
10) Qual a diferença entre Roach e PPFlex?
11) Qual a diferença entre coroa e bloco?
12) Qual a duração do cerômero? E se tiver o reforço da fibra de vidro?

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Capítulo XII

Ergonomia

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O que é ergonomia?
Ciência que estuda a relação entre o Homem e o trabalho que executa, procurando desenvolver uma
integração perfeita entre as condições de trabalho, as capacidades e limitações físicas e psicológicas do
trabalhador e a eficiência do sistema produtivo.
Objetivos da ergonomia
Aumentar a eficiência organizacional (e.g., produtividade e lucros)
 Aumentar a segurança, a saúde e o conforto do trabalhador
Objetos de estudo e alvo de análise pela ergonomia com o objetivo de diminuir os perigos e prevenir
erros e acidentes
 Posturas adotadas pelos trabalhadores
 Movimentos corporais efetuados
 Fatores físicos ambientais que enquadram o trabalho
 Equipamentos utilizados
A partir disto faz-se necessário o estudo dos seguintes itens:
SALA CLÍNICA – sua concepção deve conter todo o detalhamento da infraestrutura (água, energia, ar
comprimido e esgoto) e do ambiente físico, para ser adequadamente funcional.
1- água: há que atentar-se para o local de emergência da tubulação na sala clínica, bem como o reservatório
específico para motores de alta rotação. É necessário haver registro específico para a sala clínica.
2- eletricidade: é necessário haver um quadro de disjuntores para tomadas, motores, iluminação e ar
condicionado; com isto, evita-se a descontinuidade do fluxo de trabalho, se houver problema em algum
circuito específico.
3- ar comprimido: absolutamente necessário ao trabalho. Pode ser fornecido mediante compressor modelo
odontológico ou convencional, ou mediante cilindros de ar estéril. Se for modelo odontológico, há que ser
aquele que tenha ótimo desempenho e baixo nível de ruídos. Deve-se atentar para o local de emergência da
tubulação na sala clínica, bem como os cuidados na manutenção; há os tipos que são lubrificados a óleo e
outros que apresentam lubrificação mediante pó de grafite. O revestimento acústico colabora ainda mais para
que possa ser instalado na própria sala de clínica. Maiores detalhes dos tipos de compressores serão
expostos no capítulo “O equipamento de concepção ergonômica”.
4- esgoto – em princípio, este deve ter pelo menos o dobro do diâmetro da tubulação de água, sendo dotado
de filtro que impeça qualquer probabilidade de entupimento. Seu acesso, bem como o local de saída, devem
ser bastante facilitados, para permitir inspeção eventual.
Convém ressaltar que o ponto de emergência da tubulação de água, ar comprimido, energia elétrica, esgoto e
o comando dos sugadores deva estar contido no Módulo de Comando, situado a 30 cm do eixo longitudinal
na lateral esquerda da base da cadeira, próximo aos pés, considerando o CD destro; atualmente, há
equipamentos cujo módulo de comando encontra-se embutido na base da cadeira clínica. - aspectos de
praticidade – sua dimensão ideal é em torno de 9m², para permitir abrigar todo o equipamento, o CD, o ACD
e o paciente, evidenciando a funcionalidade. O esquema de circulação do paciente deve ser estratégico: sua
admissão e saída devem ser mediante porta à direita ou à frente da cadeira clínica, para que não interfira na
área de ação de CD e ACD. A distribuição do equipamento estará de acordo com a posição da cadeira
clínica: esta deverá estar em diagonal ao longo eixo da sala, o que permitirá a distribuição dos armários de
estoque, em forma de L ou U, de acordo com a necessidade ou preferência do CD.
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Importante enfatizar que, de acordo com o CVS (Centro de Vigilância Sanitária), é absolutamente imperiosa a
presença de dois lavatórios mesmo que o CD trabalhe só: um destina-se à higienização de suas mãos e outro
à lavagem do instrumental a ser esterilizado, ambos com liberação automatizada de água. Ressalta-se que o
piso e as paredes devam ser de material o mais refratário possível. Os detalhes sobre iluminação,
temperatura, ruídos e cores serão expostos no capítulo “Ambiente físico de trabalho”, a seguir.

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O AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO

O desempenho de uma tarefa profissional é c


ondicionado, entre outras, por
condições gerais do ambiente físico, tais como ilu
minação, temperatura, ruídos e cores.
Os estudos sistemáticos sobre os aspectos ergo
nômicos, visando a melhoria de
produtividade, demonstram a necessidade de ad
equar-se convenientemente o ambiente
físico de trabalho.

SALA DE RECEPÇÃO E ESCRITÓRIO

Atmosfera agradável, de efeito repousante. Se p


ossível, que haja a presença de iluminação natural. Na impossibilidade, procure
promover iluminação artificial adequada, mediante lâmpadas comuns (filamento aquecido)
ou “lâmpadas econômicas” com 2.700°K (luz amarela),com nível adequado (cerca de 500 l
ux), para permitir correta visibilidade na leitura ou lazer na recepção.
Temperatura – o ar-condicionado é um substituto da ventilação natural renovando
o ar ambiental, resfriando ou aquecendo o ambiente, procurando-se manter a umidade
relativa desejada.
Ruídos – devem apresentar um nível sonoro agradável, produzido, por exemplo,
por música instrumental. Impõe-se o isolamento acústico em relação à sala de clínica.
Cores – respeitadas as preferências individuais, estes ambientes devem ter
predomínio de tons quentes nas superfícies mais amplas, pois isto confere uma sensação
aconchegante e agradável ao ocupante.

SALA DE CLÍNICA
As condições de visibilidade dos objetos devem ser tais que permitam ao
observador a realização da tarefa visual com segurança, precisão, rapidez e eficiência.
Preferencialmente, a sala de clínica deve apresentar dois tipos de iluminação:
natural e artificial. A iluminação natural ideal é aquela obtida quando a janela situa-se numa posição
em que oferece a iluminação proveniente da direção Norte: isto permitirá excelente
qualidade de iluminação, bem como evitará a incidência de raios solares diretos dentro da
sala de clínica. É também importante para a seleção de cores de dentes artificiais, desde
que em horário compatível.

Além disso, a iluminação natural tem seu efeito psicológico sobre os


indivíduos:
sua ausência torna-
se opressiva tanto para o paciente quanto à equipe profissional.
A iluminação artificial permite complementar a iluminação natur
al. A sala de clínica
deve apresentar, basicamente, três diferentes intensidades de iluminaçã
o:
área periférica:
É aquela situada nos limites da sala, com aproximadamente 500
lux de iluminação;
área de ação: compreende o espaço onde se situam os elementos de t
rabalho
do CD e ASB (0,5 m em torno do apoio de cabeça do paciente), co
m intensidade
luminosa entre 800 e 1000 lux;

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- área de intervenção: compreende a boca do paciente, com um nível mínimo de


15.000 lux.
As áreas periféricas e de ação devem receber iluminação por lâmpadas tubulares
fluorescentes. Algumas condições, em conjunto, definem a qualidade da iluminação, entre
as quais, não deve modificar as cores com que os objetos se mostram, em comparação à
luz natural.
Um tipo de lâmpada tubular fluorescente adequado à prática odontológica é a G.E
Duramax super luz do dia 40 W 5.500º K (6 lâmpadas para uma sala clínica com até
10m²); outro tipo bastante satisfatório é a G.E. High Output (HO) super luz do dia 85 W
5.500 Kº (3 lâmpadas para uma sala clínica com até 10m²); ambas provêem intensa
iluminação de excelente qualidade e reproduzem adequada discriminação de cores
devido à temperatura de cor: 5.500 ºK.
A área de intervenção (cavidade bucal) deve receber iluminação com nível mínimo
de 8.000 lux. Essa intensidade é conseguida com refletores de luminosidade fria:
apresentam lâmpadas de tungstênio-halogêneo ou LEDs (semicondutores que geram luz
fria com grande vida útil a partir de uma baixíssima quantidade de energia, irradiando
grande intensidade de luz).
A utilização de aparelho de ar condicionado para manter-
se o conforto térmico (21/22 º C) e a estabilidade dos materiais odontológicos em
uso. Além disto, renova o ar saturado com substâncias químicas volatilizadas e
microorganismos em suspensão, presentes na sala de clínica.
Ruídos – os níveis ideais de ruídos situam-se entre 60 e 70 dB (decibéis); entre 70
e 90 dB aumenta a sensação de desconforto (atenção! Os motores de alta rotação
convencionais situam-se na faixa de 82 a 86 dB); entre 90 e 140 dB, alto risco da
acuidade auditiva; aos 140 dB situa-se o limite da dor, com sério risco de dano irreversível
da membrana timpânica
Na sala de clínica temos os ruídos ambientais (motores: compressor de ar,
dependendo do tipo; aparelho de baixa rotação, condicionador de ar), turbinas de alta
rotação, sucção de alta potência e outros; recomenda-se a substituição de aparelhos
ruidosos, do local da sua instalação, etc. Os ruídos externos compreendem todas as
formas de poluição sonora: ruas de trânsito intenso e outras, sendo de mais difícil
controle.
Cores – estudos realizados pelo Canadian Color Studio (Toronto, Canadá),
indicam que o profissional trabalhando em ambiente cromaticamente concebido pode
render cerca de 10% a mais; as cores inadequadas podem influir negativamente do
rendimento do trabalho.
Ao contrário do que ocorre na sala de recepção, a sala de clínica deve apresentar,
sempre que possível, cores frias (verde, azul); os tons pastéis em verde são
especialmente recomendados para obter-se uma atmosfera repousante, complementada
pela harmonia cromática dos demais componentes (piso, equipamento e ornamentos).
Um detalhe importante: a cor branca ou gelo deve ser evitada, pois devido ao fato
de ser extremamente reflexiva, leva à fadiga visual, globo ocular injetado, tendência a
esfregar os olhos. Mesmo o guardanapo colocado no paciente deve apresentar cor fria. A
cor branca é aceita, no máximo, para o teto da sala de clínica.
Uma sugestão para a sala de clínica:
- paredes: bege claro (é a cor que mais adequadamente reflete a iluminação);
- equipamento: bege mais claro, com pintura semi-brilho e estofamento verde
água;
- armários (estoque e clínico) na mesma cor do equipamento, em fórmica fosca,
com tampo também verde água;
- piso: verde mate
É importante notar, especialmente na sala de clínica, onde a equipe permanece
em média oito horas ao dia, que as cores devam obedecer a critério científico, para criar

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uma atmosfera aconchegante, acolhedora, de forma a permitir uma produtividade


satisfatória.
Muito bem! Seu consultório está adequadamente pronto.
Vamos trabalhar?

A SIMPLIFICAÇÃO DO TRABALHO

Em princípio, todo trabalho pode ser simplificado, racionalizado. Na Odontologia acontece a mesma coisa.
Se cada ato profissional for decomposto, veremos que ele abrange tempos, ações e movimentos. Quanto mais o tem
po for melhor aproveitado e quanto mais consistentes e racionalizados forem os movimentos, mais produtivo será o tra
balho.

ESTUDOS DOS TEMPOS


Em Odontologia, temos:
• Tempo (ou turno) profissional: é aquele dedicado ao exercício da profissão, com atendimento aos
pacientes ou dedicando-se ao aperfeiçoamento (cursos, congressos, jornadas e similares); tempo
• Tempo despendido produtivo: compreende as ações prévias, simultâneas
e complementares à realização do trabalho;
• Tempo despendido improdutivo: também conhecido como tempo de espera. É
aquele que interrompe o fluxo de trabalho, tal como aguardar a chegada do paciente,
a indução anestésica, a substituição de brocas, etc. Nem sempre este tempo pode ser eliminado, mas sim mini
mizado.

ESTUDOS DE AÇÕES
O conjunto de atos destinados à produção de um trabalho compreende dois tipos
de ação: as diretas (ou irreversíveis) e as indiretas (ou reversíveis).
As ações diretas são as realizadas na boca do paciente, exclusivamente pelo CD.
Exigem conhecimento tecno-científico universitário, sendo fundamentais na geração do
produto final. As ações indiretas são realizadas fora ou dentro da boca, porém não requerem formação
universitária por quem realiza. São as ações que, preferentemente, devem ser delegáveis
a outra pessoa adequadamente preparada para essas tarefas, ou seja, a ACD (auxiliar de
consultório dentário). Estas ações indiretas são três tipos: as prévias
complementares a qualquer intervenção, e podem ser sintetizados no seguinte
fluxograma. Quando ambos os tipo de ações, as diretas e as indiretas são realizadas
simultaneamente, tem-se o aumento de produtividade, bem como a situação de conforto
e a melhoria de qualidade de trabalho, com manifesta diminuição do processo de fadiga.

ESTUDOS DOS MOVIMENTOS


A classificação geral da movimentação (cinética) da mão compreende os
movimentos de:

1 – dedos
2 – dedos e punho
3 – dedos, punho e antebraço
4 – dedos, punhos, antebraço e braço
5 - dedos, punhos, antebraço, braço e ombro, movimento este implicando mudança de
postura do profissional.

Em odontologia, é clássico afirmar-se que o movimento ideal é aquele contido até


ao nº 3 ou seja, aquele em que o CD realiza suas tarefas (alcança, move, gira, posiciona,
aplica pressão, apreende e descarta instrumentos) mantendo os cotovelos o mais próximo
possível do tronco, isto é, que o instrumental, o material e as pontas ativas estejam dentro
do chamado espaço ideal de apreensão (aproximadamente a 0,5 m da boca do paciente).

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O movimento nº 4 é realizado dentro do chamado espaço máximo de apreensão


(todo o conjunto de trabalho está além de 0,5 m da boca do paciente), o que exige a
extensão de todo o braço: isto envolve um número adicional de músculos, o que propicia
o desencadeamento precoce do processo de fadiga; a repetir-se com freqüência passa a
ser francamente agressivo, promovendo episódios inflamatórios que podem culminar nas
lesões por esforço repetitivo (LER).
Especial atenção deve ser dispensada à coluna vertebral durante a realização do
procedimento: os movimentos de lateralidade devem ser reduzidos e os de torção,
abolidos.

A utilização adequada de pessoal auxiliar e a racionalização de técnicas, bem


como o ajuste às limitações fisiológicas do corpo relativamente aos movimentos dele
requeridos, devem estar presentes no planejamento do procedimento a ser realizado.
• equipamento adequado, onde os princípios ergonômicos tenham sido
observados na concepção da cadeira, do mocho, das pontas ativas, da
unidade auxiliar, do refletor e do armário clínico;
• distribuição racional do equipamento e do instrumento nas áreas de ação
do CD e de ASB;
• posturas ergonômicas de trabalho; de pessoal auxiliar.

Questionário

1) O que é ergonomia?
2) Qual o objetivo da ergonomia?
3) Qual as distancia da sala clinica e quais seus nomes?
4) Qual o movimento mais prejudicial ao profissional? Justifique
5) Diga quais são os cinco movimentos do profissional.
6) O que são ações diretas?
7) O que é tempo despendido produtivo?
8) Como deve ser o ambiente de trabalho?
9) Quem realiza as ações reversíveis?
10) Quais os objetos de estudo da Ergonomia?
11) Como deve ser a postura do dentista, ASB e paciente

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