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 Diminutivos

Verbos:

 Perfetivos: dize-se do tempo dos verbos que exprime que no momento em que se
passa já está completamente realizado o que o verbo significa = PERFEITO
 Imperfetivos: diz-se dos tempos dos verbos que se exprimem estados ou acções
incompletas ou não realizadas = IMPERFEITO

A Data e o Tempo
Para dizer a data:

No primeiro/segundo/terceiro/quarto/quinto + de + mês = on the 1 st/2nd/3rd/4th/5th


of + month

Exemplo: No primeiro de setembro = on 1st September

No (dia) + número + de + mês

No 3 de julho = on 3rd July


No dia 12 de fevereiro = on 12th February

Para dizer o dia:

Específico:

No/na + dia da semana

No domingo passado = last Sunday


Na próxima quarta-feira = next Wednesday

Geral, inclusivo:
Aos/ às + dia em plural

Aos sábados, gosto de jogar futebol = on Saturdays, I like to play football.


Às sextas (sextas-feiras), saio com os meus amigos = on Fridays, I go out with my friends.

Para dizer o ano:


Em + ano

No ano de + ano

A segunda opção usa-se, por exemplo, para evitar repetição de “em”.

Nasci em 1999 = I was born in 1999.


A Segunda Guerra Mundial começou no ano de 1939 = World War Two began in 1939.

Para dizer o tempo no dia:

Pela manhã = in the morning


Ao meio-dia = at midday
À tarde (todas as tardes)/ na tarde (numa tarde específica) = in the afternoon
À noite (geral)/ na noite (específica) = in the evening, at night
Até tarde da noite = late at night
À meia-noite = at midnight

Para dizer a hora:

À(s) + hora (+ e + minutos)

+ da manhã/ tarde/ noite = ... in the morning/afternoon/at night


Hora + e quarto = quarter past ...
Hora + e meia = half past ...
Hora + menos quinze = quarter to ...
Quinze para a(s) + hora = quarter to ...
Às duas (feminino) = At 2 o’clock

Vou para a escola às 8 da manhã = I go to school at 8 o’clock in the morning.


Normalmente almoço à uma e meia da tarde = I usually have lunch at 1.30 pm.
Ontem joguei futebol das quinze para as quatro até as seis da tarde = Yesterday I played
football from 3.45 until 6 in the afternoon.
Vamos encontrar-nos à discoteca às onze e vinte e cinco da noite = We will meet at the club
at 11.25 at night.

Para descrever uma ação passado que continua (ou não) no presente:

Há + periodo de tempo + que (não) + verbo no presente

Há tanto tempo que não saio a dançar = I haven’t been out dancing for ages.
Há dois anos que faço aulas de canto = I have been taking singing lessons for two years.

Para descrever um evento no passado em relação com o presente:

Evento + há + periodo de tempo


Evento + periodo de tempo + atrás

Comecei a universidade há 2 anos = I started university two years ago.


A última vez que lhe vi foi meses atrás = The last time I saw her was months ago.

A Comparação
Quantia:

Mais/menos de = more/less than

Exemplo: Mais de 200 pessoas estavam a protestar na rua.

Frequência/adjetivo/advérbio/corregir uma informação:

Mais/menos ... (do) que = more/less ... than

Nas comparações usam-se os pronomes pessoais quando se refere a uma pessoa.


Por exemplo: Ela come mais do que eu (não “mim”)= She eats more than me.

Melhor = better
Pior = worse
Maior = older/bigger
Menor = younger/smaller
Mais alto = taller
Mais baixo = shorter

Exemplos:
A Alicia é mais alta do que o João. = Alicia is taller than João.
A Maria dirige melhor do que o Jorge. = Maria drives better than Jorge.
O meu irmão é menor do que a minha irmã. = My brother is younger than my sister.

Comparações de igualdade

Tão + adjetivo/advérbio + como

Tão + adjetivo/advérbio + quanto


mais formal, contudo ainda se usa em contextos informais porque rima

Verbo + tanto como/ tanto quanto = as much as, as many as


concordância de número e gênero de “tanto” com substantivos

Exemplos:
O João é tão alto como a Maria = João is as tall as Maria.
O Rafael come tão lentamente quanto a Lucia = Rafael eats as slowly as Lucia.
A Josefina fuma tantos cigarros como a Larissa = Josefina smokes as many cigarettes as
Larissa.
A Larissa comprou tantas coisas como a Lucia = Larissa bought as many things as Lucia.

O Grau Superlativo

O grau superlativo relativo

Em português, existe o grau superlativo relativo de superioridade e de inferioridade.


Este grau é formado da seguinte forma:

Artigo definido (o/a) + mais/menos (+ adjetivo)

No grau superlativo relativo de superioridade, existem algumas formas irregulares:

bom/bem  o melhor
grande  o maior
mau/mal  o pior

Exemplos:
É o mais atencioso entre todos os alunos. = He/she is the most attentive of all the students.
Sou a menos ruidosa de todas as pessoas aqui. = I am the least noisy out of everyone here.
Este é o livro pior que eu já li! = This is the worst book I’ve ever read!
É o melhor futbolista! = He is the best footballer!

O grau superlativo absoluto

Este grau divide-se em superlativo absoluto analítico e superlativo absoluto sintético.

O grau superlativo absoluto analítico é formado com:

advérbio intensificador + adjetivo.

Ele é demasiadamente atencioso.


O edifício é muito grande.
Este quebra-cabeças é imensamente difícil de resolver.

Por sua vez, o grau superlativo absoluto sintético é formado por uma única palavra: 

adjetivo + íssimo/a.

No caso dos adjetivos terminados em consoante, basta acrescentar o sufixo -íssimo/a:


útil  utilíssimo; leal  lealíssimo.
No caso dos adjetivos terminados em vogal, a vogal é retirada para dar lugar ao sufixo:
pequeno  pequeníssimo; linda  lindíssima.

Atenção! No superlativo absoluto sintético, deve estar atento(a) aos seguintes casos:
 adjetivos terminados em -co: rico  riquíssimo; branco  branquíssimo.
 adjetivos fácil e difícil: fácil  facílimo; difícil  dificílimo.
 adjetivos com formas irregulares: bom  ótimo; grande  enorme; mau
 péssimo

Ele é atenciosíssimo.
O edifício é enorme.
O exame foi facílimo.

Formas irregulares do superlativo absoluto sintético


ADJETIVO SUPERLATIVO ADJETIVO SUPERLATIVO
agílimo (ou
ágil humilde humílimo
agilíssimo)
agradável agradabilíssimo infame infamérrimo
amargo amaríssimo inimigo inimicíssimo
amável amabilíssimo íntegro integérrimo
amigo amicíssimo jovem juvenilíssimo
antigo antiquíssimo livre libérrimo
macérrimo (ou
áspero aspérrimo magro
magríssimo)
audaz audacíssimo manso mansuetíssimo
bom boníssimo ou ótimo mau péssimo
célebre celebérrimo miúdo minutíssimo
nigérrimo (ou
cruel crudelíssimo negro
negríssimo)
mínimo (ou
difícil dificílimo pequeno
pequeníssimo)
dulcíssimo (ou
doce pessoal personalíssimo
docíssimo)
paupérrimo (ou
eficaz eficacíssimo pobre
pobríssimo)
fácil facílimo possível possibilíssimo
feliz felicíssimo pródigo prodigalíssimo
fiel fidelíssimo público publicíssimo
frágil fragílimo sábio sapientíssimo
frigidíssimo (ou
frio sagrado sacratíssimo
friíssimo)
grande máximo semelhante simílimo
Aumentativos e Diminutivos
Aumentativos regulares: acrescentamos o sufixo -ão:

bonito  bonitão
lobo  lobão
pé  pezão

No medio:

- Fresco: frescote

Formação dos diminutivos regulares em português:

Para palavras que terminam numa vogal, usamos o sufixo -inho/-inha:

Casa  casinha
Escola  escolinha
Garoto  garotinho
Filme  filminho

Por outro lado, usamos o sufixo -zinho/-zinha com palavras:

 Terminadas em sílaba tônica, ex. Café  cafezinho; mulher  mulherzinha; pé 


pezinho
 Terminadas em duas vogais, ex. Pai  paizinho; mau  mauzinho
 Terminadas em som nasal, ex. Bom  bonzinho; mãe  mãezinha

Para substantivos terminados em -ade, sempre acrescentamos o sufixo -zinha porque são
palavras femeninas:

Cidade  Cidadezinha
Propriedade  Propriedadezinha
Universidade  Universidadezinha
Oportunidade  Oportunidadezinha

Casos de palavras terminadas em “ca” e “co” obrigam à introdução de “qu” para formar
diminutivos:

arco  arquinho
casca  casquinha
tasca  tasquinha
fresco  fresquinho
Outros diminutivos irregulares:

- Pequeno: pequenino = little

Significados dos diminutivos:

 Podem indicar tamanho ou a idade: Eles têm um irmãozinho.


 Afeto: Meu amiguinho!
 Descontentamento: Que livrinho desagradável!
 Ênfase: Tomo café com pouquinho açúcar.
 Podemos usá-los sem uma função específica: Espere só um minutinho.

Tipos de palavras: substantivos, adjetivos e advérbios

Em português, normalmente o verbo precede o substantivo.

Por exemplo: O gato persegue o rato = The cat chases the mouse.

“Demasiado” é mais formal do que “demais” e pode ser usado como um adjetivo ou como
um advérbio.

Como adjetivo tem significado de “too (much/many)”. Precede o substantivo, adjetivo ou


advérbio e concorda com o substantivo/adjetivo em gênero e número:
Ele fuma demasiados cigarros = He smokes too many cigarettes.
Ela está demasiada preocupada = She is too worried.
Vocês caminham demasiado rapidamente. = You (plural) walk too fast.

Como advérbio vai depois do verbo e tem significado de “too much/often”:


Comes demasiado = You eat too much/too often.
Ele fala demasiado = He talks too much.
Não fumes demasiado! = Don’t smoke too much/too often!

“Demais” também pode ser usado como um advérbio com significado de “too
much/many/often”.
Como advérbio sempre vai depois do verbo, por exemplo: Ele dorme demais = He sleeps too
much.
Pode usar-se também como pronome indefinido com artigo, com significado de “the others,
everyone else”. Por exemplo: Eu fiz as tarefas enquanto os demais saíram = I did the chores
while the others went out.
“Bastante” e “suficiente” podem-se usar como advérbios que vão antes ou depois do
adjetivo/substantivo. Concordem em número com substantivos:
Temos bastante dinheiro para comprá-lo = We have enough money to buy it.
Há pessoas demais e não há assentos suficientes! = There are too many people and not
enough seats!

Alguns adjetivos modificam o significado dependendo da sua colocação em relação ao


verbo:
Único amor = one true love
Um amor único = a special/unique love

Adjetivos na forma plural

Adjetivos femeninos que terminam em –ção  –ões

a opção as opções
a locução as locuções
a facção as fações
a lição as lições

Adjetivos femeninos que terminam em –ão  –ães/ –ãos

a capitão as capitães
a mão as mãos
o irmão os irmãos

Adjetivos masculinos que terminam em –ão  –ães/ –ões

o cão os cães
o feijão os feijões

Preposições
Em Portugal sempre se usa a preposição “a” com o verbo “perguntar”: perguntar a (= to ask)

Quando um pronome objeto é precedido por uma preposição, substituimo-lo com os


pronomes de objeto indireto: me, te, lhe, nos, vos, lhes

Ele chamou a mim  Ele me chamou.

Olhavam às dançarinas  Lhes olhavam.

Por favor, leve a nós ao centro  Por favor, nos leve ao centro.
Perguntam a ti?  Te perguntam?

Os pronomes preposicionais

Quando a preposição se dirige à primeira, segunda, ou terceira pessoa singular, cambiamos


os pronomes pessoais pelos pronomes preposicionais:

Eu  mim
Tu  ti

O bolo foi feito por mim.


Ele precisa de ti.

Ele/ela/você  si

1. Quando o sujeito pessoal da terceira pessoa é o objeto indireto da açao,


sempre que é precedido de preposição diferente de “com”, usamos o pronome
pessoal “si”

É possível superar-se a si mesmo = it is possible to overcome yourself


Apertou o gato contra si = he/she hugged the cat against him/herself
Ele fala para si = He talks to himself.
Ela olha a si mesma no espelho = She looks at herself in the mirror
As instituições não interagem entre si = The institutions don’t interact with one another
Ele não guardou os louros só para si
Aquilo, por si só, podia ser considerado crime = That, in itself, could be considered a crime.
Não é muito de falar sobre si mesma. = It's not a lot of talking about yourself

2. Refere-se à pessoa com quem se fala (você), geralmente num registo de


língua formal:

Entreguei-lhe o documento a si = I delivered the document to you.


Você tem diante de si um grande desafio = You have a great challenge before you.
Puxe a porta para si = Pull the door towards you.
Eu espero por si. = I hope for you.

Contração: com + pronome pessoal:

Comigo (com + mim)


Contigo (com + ti)
Consigo (com + si/você)
Connosco (com + nós)
Convosco (com + vós/vocês)

To/towards:

 a (temporário)
Vou à Espanha para as férias.
 para (maior duração)
Vou para o Brasil pelo meu novo emprego.

Dizer a localização:

 A preposição a (sempre sem artigo): dá a posição relativa;


 a preposição em (que nos exemplos aparece contraída com o artigo) indica a
posição absoluta.

«A praia da Adraga situa-se a norte do cabo da Roca.»


«O aparelho produtivo situa-se no Norte do país.»

Para cidades e paises: em (+ artigo)


Em Londres chove frequentemente = In London it often rains.
Na Itália faz sol muito do tempo = In Italy it is sunny a lot of the time.

Por ou para?

Por:

 frequência: tres vezes por semana = three times a week


 duração: por dois dias = for two days
 direção: vamos pela (por + la) ponte = we’re going across the bridge
 objetivo: procuro pelo (por + o) meu livro = I look for my book

Para:

 intenção: estudo muito para alcançar boas notas = I study a lot in order to get good
grades
 destino: vou para casa = I’m going home
 com sujeto para expressar opinião/ perspectiva:
o Para mim, é importante ter uma atitude positiva na vida = for me, it’s
important to have a positive outlook in life.
o Para quem + verbo no conjuntivo = for those who might/may …
Advérbios de Lugar
Ambos os advérbios de lugar “aqui” e “cá” significam “neste lugar”, mas são usados em
contextos diferentes.

“Aqui” indica um lugar próximo da pessoa que fala (do emissor): “O teu casaco está aqui”,
por oposição a “aí” que localiza o objeto junto da pessoa a quem se fala (ao receptor): “O
teu casaco está aí”. Por outro lado “ali” indica o lugar distante do emissor e do receptor.

“Cá” pressupõe um espaço mais lato do que “aqui”. Repare agora nas frases “O teu casaco
ficou cá”; “Está cá o Presidente dos Estados Unidos”: o casaco e o Presidente estão dentro
de um espaço, nesta casa, nesta terra, neste país. Há, no entanto, expressões em que se
empregam indiferentemente: “Vem cá” = “Chega aqui”.
“Cá” também se usa enfaticamente em frases como “Ouve cá!”, “Eu sei cá!”.
“Lá” e “ali” significam “naquele lugar”. “Ali” indica um local não muito distante e nem
muito próximo, mas que está mais longe do que“lá”.

“Abaixo”, “embaixo” ou “debaixo”?

Abaixo:

 significa “local menos elevado”


 seu antônimo é “acima”
 é mais formal do que “embaixo” ou “debaixo”

A temperatura indica que Bariloche está dois graus abaixo de zero.


Abaixo da minha casa há um cemitério.

Embaixo:

 é usado para transmitir uma ideia de posição de inferioridade


 seu antônimo é “em cima”

As panelas ficam embaixo da pia.


O meu apartamento fica embaixo de um salão de beleza.

Debaixo:

 é um advérbio de lugar
 indica que algo está em uma posição inferior
 é equivalente à preposição “sob”
Meu celular estava debaixo do travesseiro.
A garota voltou para casa debaixo de chuva.

De baixo:
 como adjetivo é uma forma menos usual
 é usado sempre como complemento ou relação da palavra ‘cima’
Aquele rapaz estava a olhar-me de baixo a cima.
Para construir uma casa é preciso começar de baixo para cima.
Seu vocabulário é de baixo nível.

O Artigo Definido
Em português europeu, normalmente se usa o artigo definido com substantivos e nomes
familiares. Por exemplo: O Jacinto é o meu amigo.

Uso do artigo definido é obrigatório pelas horas: Vou à escola das 8h às 15h.

A maioria dos nomes de países exigem o artigo.

Masculinos: o Brasil, os Estados Unidos da América, o Egipto, o Peru, o Iraque, o Uruguai , o


México, etc.

Femininos: a Espanha, a França, a Roménia, a Venezuela, a Colômbia, a Alemanha, a Itália, a


China, a Pérsia, etc.

E há países que não são precedidos de artigo definido, inclusive as ex-colônias portugueses:
Portugal, Marrocos, Timor, Moçambique, Madagáscar, Cuba, Israel, Angola, Cabo Verde,
etc.

Os nomes da maioria das cidades são usados sem artigo:


São Paulo, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Paris, Roma, Lisboa...

São poucas as cidades que exigem artigo, e muitas vezes estas têm nomes que são também
substantivos:
O Rio de Janeiro, o Porto, o Cairo...

Quando o nome da cidade é caracterizado por qualquer expressão, o artigo se torna


obrigatório: a progressista Curitiba, a bela Porto Alegre, a antiga Roma, a Paris dos meus
sonhos.

Pronomes Objetos
Pronomes Sujeitos Pronomes Objeto Direto Pronomes Objeto Indireto
eu me me
tu te te
ele/ela/você o/a lhe
nós nos nos
eles/elas/vocês os/as lhes/vos

Observa que os pronomes me, te, nos e vos são usados tanto como objeto direto quanto
objeto indireto.

Hoje em dia o uso do pronome pessoal vós não é comum, mas o objeto indirecto vos é
usado para se referir à terceira pessoa do plural vocês.

Complemento (Objeto) Direto e Indireto


Uma frase nunca pode começar com um complimento.

Normalmente o complemento vai depois do verbo com um hífen:


Tenho-o aqui = I have it here. (complemento direto masculino)
Digo-lhe para vir comigo = I tell him/her/you to come with me. (complemento indireto)

O complemento indireto

O complimento indireto usa-se quando o pronome pessoal é precedido por uma preposição;
desse modo a ação age-se sobre o pronome objeto de modo indireto:

Dei um recado a eles  Dei-lhes um recado.


Canto uma canção a ti  Canto-te uma canção.

Omite-se a “s” final da primeira pessoa do plural antes do pronome reflexo/indireto “nos” e
antes do pronome de objeto indireto “vos”:
Levantamo-nos cedo = We get up early.
Dizemo-vos para virem connosco = We tell you (vocês) to come with us.

O complemento direto

Sempre que a forma verbal terminar em R, S ou Z e os pronomes forem um dos


complementos diretos O, A, OS, AS, caem R, S ou Z e adiciona-se L ao complemento direto:
Vou chamar o Pedro  Vou chamá-lo.*
Vemos a Maria  Vemo-la.
Ele diz isso  Ele di-lo.
Elas vão fazer as tarefas.  Eles vão fazê-las.*
Ela fez as tarefas  Ela fê-las.

* Se as letras antes do complemento direto forem A ou E:


aá
eê

Com formas verbais que terminam em “m”, “-ão” ou “-õe”, adiciona-se N ao complemento
direto:

Eles veem o Pedro Eles veem-no.


Elas dão as lições Elas dão-nas.
Ela põe o chapéu  Ela põe-no.
Vocês fizeram os exercícios  Vocês fizeram-nos.

Colocação Pronominal

Ênclise: pronome depois do verbo

Em português europeu o pronome normalmente vai depois do verbo com um hífen, p. ex.
hoje sinto-me triste.

Próclise: pronome antes do verbo

 Frases negativas, p.ex. com não/nunca/nenhum


 Palavras interrogativas: porque, por que, quem, onde, quando, como
 Preposições: antes/depois de, gostar de
 Conjunções: embora, ainda
 Advérbios: lentamente, somente, consequentemente
 Orações relativas/expressões que terminam em “que”: Peço-lhe que, acho que
 Expressões temporais: sempre, todos os dias, nunca

Mesóclise: pronome no meio do verbo

O mesóclise pode-se usar somente quando o verbo está no futuro imperfeito do presente
ou no futuro do pretérito (condicional). Alternativamente, pode-se usar tão-somente a
próclise:

Lerei o livro  Lê-lo-ei


(não se admite a próclise porque a frase não pode começar com um complemento)
Se pudesse, lhes explicaria a situação  Se pudesse, explicá-lha-ia OU Se pudesse, lha
explicaria/ a explicaria a eles.

A minha amiga me ajudará a preparar para o exame  A minha amiga ajudar-me-á a


preparar para o exame.

Contração Pronominal

A contração pronominal é possível quando se encontram pronomes pessoais com a função


de complemento indireto (me, te, lhe, nos, vos, lhes) com os pronomes pessoais o(s) e a(s),
que têm a função de complemento direto. Por exemplo:

«traz-mo» [me + o];

«faço-tas» [te + as];

«diz-lho» [lhe + o];

«traz-no-los» [nos + os];

«faço-vo-la» [vos + a];

«diz-lho» [lhes + o].

Este tipo de contração é muito comum em Portugal mas não é obrigatório. Por exemplo:

Traz a encomenda a eles  Traz-lha (a + lhes) OU Traz-lhes a encomenda/Trá-la a eles


Quero comprar os livros para mim  Quero comprar-mos (me + os) OU Quero comprar-me
os livros/Quero os comprar para mim.

Pronomes Interrogativos

Que ou quê?

Usos de “que “:

1. Como pronome adjetivo: poderá ser interrogativo, exclamativo ou indefinido.


Exemplos:
Que horas são? (interrogativo)
Que delícia de jantar! (exclamativo)
Não sei o que tem acontecido (indefinido)

2. Pronome relativo – sirve para se referir a termos (objetos ou pessoas) que estão
citados antes dele:
O livro que você me deu é muito bom!
Devolvi o livro que tinha tomado emprestado.
Vi o senhor que me ajudou na biblioteca.

3. Preposição

O “Que” é utilizado aqui para substituir o “de” após o verbo “ter”.


Exemplo: Teremos que sair mais cedo hoje.

4. Advérbio de modo

O “que” pode também substituir o “como”.


Que roupa mal costurada era aquela!
(Como aquela roupa era mal costurada!)

5. Advérbio de intensidade

Como a própria denominação diz, serve para intensificar o termo ao qual se refere.
Exemplo: Que enganados andam os homens!

6. Partícula expletiva

Neste caso não tem função na oração, serve apenas para realçar determinado termo.
Exemplo: Há muito tempo que não vou à minha cidade natal.

7. Partícula iterativa

É quando o “que” é repetido para dar ênfase ou realce à frase.


Exemplo: Oh! Que lindos que são esses cachorrinhos!

8. Conjunção coordenativa

a)    ADITIVA
Exemplo: Mexe que mexe e não encontra nada!
b)    ALTERNATIVA
Exemplo: Que aceitem ou que não aceitem, eu vou falar mesmo assim.
c)    ADVERSATIVA
Exemplo: Pode falar à vontade que não vai fazer efeito!
d)    EXPLICATIVA
Exemplo: Vocês precisam escutar, que é muito importante.

9. Conjunção subordinativa
a)    INTEGRANTE – aparece no início de uma oração subordinada substantiva e não tem
função sintática.
Exemplo: Falou que não iria, mas acabou indo.
b)    COMPARATIVA – aparece no início de uma oração subordinada adverbial comparativa.
Exemplo: Não há maior prova de amor que doar a vida pelo irmão.
c)    CAUSAL - aparece no início de uma oração subordinada adverbial causal.
Exemplo: Tenho que tomar cuidado, que esse chão é muito escorregadio.
d)    Concessiva – expressa uma concessão, uma exceção à regra.
Exemplo: Gosto de goiabas, verdes que estejam.

e)    Consecutiva – expressa uma conseqüência do que acabou de ser afirmado.


Exemplo: É tão pequeno que não alcança a geladeira.

Usamos a forma tónica “quê” nestes casos:

1. No fim de frases interrogativas parciais: «renunciamos a quê?»;


2. No fim de frases interrogativas, seguidas de oração intercalada introdutora da
interrogação: «renunciamos a quê, pergunto?»
3. No princípio ou fim de frases sem verbo ou cujo verbo é um infinitivo, desde que
“quê” não seja complemento verbal:
«Para quê tanta gritaria?»/«Tanta gritaria para quê?»; «Para quê chorar?»/«Chorar
para quê?» (mas só se aceita «pensar em quê» — nunca «em quê pensar» —,
porque «em quê» é o complemento oblíquo de pensar)
4. Como interjeição, constituendo uma frase solteira: Quê! Quem teria pensado que
fizesse isso!
5. Como substantivo; nestes casos admite o acompanhamento de um artigo indefinido
(um), e pede uma preposição (de): Este texto tem um quê de romance... nem parece
um texto modernista.

“Quem” é usado para pessoas (“whom” em inglês)


Com quem estás a falar? = Who are you talking to?

Qual (plural “quais)


Como
Quando

Porque ou porquê?

Porque:

1. Para dar a razão ou a causa por algo.


Exemplo: Eu cheguei tarde porque acordei tarde.
2. Para perguntar qual é a razão por algo, ao início da frase.
Exemplo: Porque é que chegaste tarde?
3. Nas perguntas indiretas.
Exemplo: Ela perguntou-lhe porque é que não lhe telefonou.

Porquê

1. Para perguntar qual é a razão por algo, ao fim da frase ou sozinho.


Exemplos: Chegaste tarde, porquê?
Diz-me porquê. Porquê!?
2. Como substantivo, com significado de “razão”.
Exemplo: Diz-me o porquê de reagires assim.

Sujeito Indeterminado

É o sujeito que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela
terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o
sujeito de uma oração.

Com verbo na 3a pessoa do plural:

O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo
identificado anteriormente (nem em outra oração):

Procuraram-te por todos os lugares.


Estão a pedir o seu documento na entrada da festa.

*Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos


explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado:

Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.


Nesse caso, o sujeito de “compraram” é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.

Com verbo ativo  na 3a  pessoa do singular, seguido do pronome se:

O verbo vem acompanhado do pronome “se”, que atua como índice de indeterminação do


sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto
(verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na
terceira pessoa do singular.

Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)

Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)

No casamento, sempre se fica nervosa. (Verbo de Ligação)

Com o verbo no infinitivo impessoal:


Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.

Pronomes relativos
“o qual” e “os/as quais” referem a elementos específicos dentro de um conjunto.

“quem” só se usa com pessoas, e o seu uso exige uma preposição antes, como o “whom”
em inglês: o senhor com quem falei é o meu colega.

“que” pode-se substituir com “qual/quais” que são mais formais.

“que”, “quando” e “onde” são pronomes relativos invariáveis

“cujo” é variável – deve concordar com o objeto, não o sujeito: A mãe cujo filho

Depois de “quem” o verbo tem de estar no singular, ainda se o sujeito é plural. Mas, se o
sujeito é plural e usas o “que”, o verbo também deve estar no plural. Por exemplo:

São os homens quem toma as deçisões.

São os homens que tomam as deçisões.

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