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PARÓQUIA SÃO JOSÉ

ITAÚNA- MG

CATEQUESE PERSEVERANÇA I

Apostila do Catequista
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
TEMAS PARA ENCONTROS DE CATEQUESE

Perseverança I

1. Acolhida 6
2. Quaresma 8
3. Campanha da Fraternidade 11
4. Semana Santa- Jesus morreu na cruz 13
5. Quem eu sou- quem somos nós 18
6. São José 22
7. Os sete sacramento 25
8. O valor da Santa Missa- mandamentos da Igreja 27
9. Oração- Conectando com Deus 31
10. Os dez mandamentos 34
11. Maria na Igreja- aparições de Nossa Senhor 37
12. Santíssima Trindade 41
13. Ascensão e Pentecostes 44
14. Corpus Christi- a vida que brota da Eucaristia 47
15. Sagrado Coração de Jesus- Apostolado 51
16. Conhecendo a Igreja 55
17. Como eu também posso servir 60
18. Eu e minha família 62
19. Jesus e a Lei do amor 64
20. Revisão 68
21. Mês vocacional- dia do Padre 71
22. Dia dos pais 76
23. Chamados a servir 78
24. Catequistas- mensageiros da palavra 81
25. Mês da bíblia 85
26. Exaltação da Santa Cruz 89
27. Viver praticando a caridade (São Vicente de Paulo) 93
28. O Senhor está sempre perto de nós 98
29. Nossa Senhora Aparecida 101
30. Educação- valorização do professor 104
31. Finados- somos chamados a ser santos 106
32. Cristo Rei 110
Bibliografia 114

Apostila do Catequista 1
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
CONTROLE DO CATEQUISTA – ENCONTROS

DATA(Dia/mês) TEMA DOS ENCONTROS – 2014

Apostila do Catequista 2
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
DATA(Dia/mês) TEMA DOS ENCONTROS – 2014

Apostila do Catequista 3
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
FICHA DE CONTROLE DO CATEQUISTA – DADOS DOS CATEQUIZANDOS

NOME PAI E MÃE ENDEREÇO TELEFONE

Apostila do Catequista 4
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
NOME PAI E MÃE ENDEREÇO TELEFONE

Apostila do Catequista 5
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
1. Acolhida

Objetivos
Promover no grupo, de forma harmoniosa, um momento de unidade e diálogo, acolhendo-os para o início.
das atividades catequéticas. Receber os catequizandos destacando a importância da caminhada de
aprofundamento na fé que estão iniciando.

Preparação para o encontro


Bíblias; Corda.
Mensagem de boas vindas.

Acolhida
Oração Inicial: Pai Nosso
Acolher os jovens com o amor que Jesus acolheu a todos.
Apresentação do catequista e dos jovens.
Preenchimento das fichas de inscrição.

Ver
Go 1, 35-51.
Dicas para uma boa compreensão do texto bíblico: Nesta passagem algumas pessoas querem conhecer
Jesus melhor. São seguidores de João Batista. João certamente já lhes falara sobre Jesus. Eles já conheciam
a fama de Cristo. Desejavam agora conhecê-lo melhor. Eles começaram a seguir Jesus. Jesus percebe e quer
saber o que desejam. Eles timidamente perguntam como quem não sabe por onde começar a conversa:
―Mestre, onde moras?‖ Jesus faz o convite: ―Vinde e vede‖! Eles não somente foram conhecer onde Jesus
morava, mas permaneceram com ele por todo aquele dia. O texto não entra em detalhes, mas devem ter
conversado muito, contado casos. Jesus dever ter falado coisas bonitas e comoventes, que tocaram o
coração deles.
O dinamismo desse encontro é muito interessante: ir até Jesus, conhecê-lo melhor e anunciá-lo aos outros.
Será que podemos fazer isso também?

Debate
Organizar um debate. Dividir os participantes em grupos (duplas, trios) e escolher algumas questões para
uma partilha. Sugestão de perguntas:
O que vocês esperam da Perseverança neste ano? Como está a sua vivência cristã após a 1ª Eucaristia?
Como você relata o seu tempo de catequese?
Comentar com os catequizandos: Você tem a sua vida pela frente. Uma vida de boas possibilidades depende
de você também. Há algo grandioso em você. Você é de origem divina. Pelo Batismo, você é membro de
uma grande família: a Igreja. Você é um ser único. Não existe outro como você. Você é livre. É especial!
Você tem liberdade para querer, escolher, amar. E tudo isso, com Jesus, vale a pena. Você tem consciência
desta grandeza?

Iluminar
Dinâmica
Teste da perseverança
Levar a turma para um lugar aberto, onde se possa pular corda, sem risco de acidente. Fazer uma fila. Duas
pessoas seguram uma corda, que deve ser pulada por todos os que conseguirem, passando de um lado para
outro. Pular a corda várias vezes, mas a cada vez a corda vai sendo levantada, para que fique mais difícil de
pulá-la.
Com a altura crescente da corda, alguns vão desistir de pular. Deixar que cada um desista, na hora em que
não tiver mais ânimo para pular a corda. No final, levantar a corda o máximo possível, de modo que não
seja mais possível pulá-la, não havendo vencedores. Ou, se quiser, pode-se ver quem conseguiu pular mais
alto, com o cuidado de não colocar ninguém em risco.
Concluir a atividade, conversando sobre a perseverança frente aos desafios: quanto mais a corda foi ficando
alta, mais esforço foi preciso para saltar sobre ela. A vida também é assim e nos apresenta obstáculos e
desafios cada vez maiores. Alguns desistem logo. Outros se esforçam mais. O segredo da perseverança é o

Apostila do Catequista 6
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1ª Perseverança
esforço. Certamente, nem todos os obstáculos podem ser vencidos facilmente. Há mesmo coisas
invencíveis, na vida. Mas, se quisermos perseverar precisaremos de esforço e ânimo, aliado à prudência e a
responsabilidade para não tentarmos dar um pulo maior que o possível e ―quebrarmos a cara‖.
Comentar os dois extremos: os que desanimam logo, deixando de se esforçar, e os que julgam poder saltar
qualquer obstáculo, sem pensar nos riscos. A sabedoria é esforçar-se, calculando os riscos. Não vale desistir
sem tentar. Nem vale ―quebrar a cara‖, tentando enfrentar um problema para o qual não estamos
preparados. Nesse caso, vale preparar-se mais.

Agir
Buscar ser perseverante para participar bem dos encontros este ano.

Celebrar
Organizar um momento de oração com o grupo. Sugerimos os salmos 01, 22, 26, 27, 111, 112. Salmos que
falam da alegria de viver unidos ao Senhor, num constante encontro com Deus.

Avisos

Apostila do Catequista 7
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1ª Perseverança
2. Quaresma

Objetivos
Refletir o que é quaresma e como o cristão vive este período.

Preparação para o encontro


Num material à tua escolha, recorta a forma de um fruto, sementes de girassol ou outra a escolha.
Bíblias.

Acolhida
Oração Inicial: Pai Nosso

A Quaresma é o tempo em que nos renovamos. O tempo em que olhamos para nós próprios, buscamos o
que há de pior em nós e tentamos melhorá-lo. É o tempo em que, privilegiadamente, tentamos aproximar-
nos mais da perfeição e do legado que Jesus nos deixou.
Este é o tempo em que cada um de nós faz uma caminhada: em direção a Cristo, em direção à Páscoa, em
direção à Salvação, em direção à Perfeição.

Ver
Explicação sobre a quaresma
O que quer dizer Quaresma?
A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que
antecede a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de
Páscoa. Esta prática data desde o século IV.
Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos
realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão e a conversão espiritual. O
cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa
melhor e proporcionar o bem para os demais.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração
e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. A
cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa
com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de
preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.

Iluminar
Leituras: Gen. 9, 8-15
1 Pd 3, 18-22
Mc 1, 12-15
Quando compramos as sementes de uma planta, fazemos de acordo com a planta, a flor, os frutos que
queremos ter. Por isso, antes de pensar na tua semente, pensa: que fruto quero dar? Lembra-te que dar fruto,
aqui, significa ser e dar aos outros o fruto que escolheres.
Pedir para que desenhem uma árvore com todas as partes: raiz, tronco galhos folhas...
Distribuir para cada um os desenhos de frutos e pedir para que escrevam nele os frutos que querem produzir
a partir desta quaresma.

REFLETIR:
―BANCA DE DEUS‖
Uma mulher entrou num mercado e viu, para surpresa sua, que Deus também tinha uma banca.
- Que vendes aqui? – perguntou.
- Tudo o que o coração quiser. – respondeu Deus.
Quase não acreditando no que estava a ouvir, a mulher foi pedindo:
- Desejo paz de espírito, amor, felicidade, sabedoria... não só para mim, mas para toda a gente.
Deus sorriu e disse:
- Penso que não me compreendeste bem: aqui não se vendem frutos, mas só sementes.

Apostila do Catequista 8
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1ª Perseverança

Depois de ter escolhido o fruto que quer ser, pensa na semente de que você precisa. Ou seja, pensa no que é
preciso ter (comportamento, característica) para poder dar o fruto que escolheste. Por exemplo, se o fruto
for a paciência, a semente poderá ser a escuta; ou se for a alegria, a semente poderá ser o sorriso.
Entregar uma semente para cada elemento do grupo, ou algo que simbolize uma semente. Deverá ser algo
pequeno, que caiba no porta-moedas, mas não tão pequeno que se perca com facilidade.
Esta semente deverá andar sempre contigo. Lembra-te que somos sempre na medida em que sabemos
desenvolver os talentos (ou sementes) que nos deram.

Depois de plantarmos uma semente em boa terra e de a regarmos, ela começa a desenvolver-se e nasce uma
raiz. A raiz é algo de importante numa árvore: é através da raiz que a árvore se alimenta e é também a raiz
que sustenta a árvore – uma raiz muito pequena, nunca poderá dar uma grande árvore!
Quais são as tuas raízes? Em quê ou quem é que te apoias quando as coisas se tornam difíceis? Do quê ou
de quem é que precisas para dar os teus frutos?
Em forma de raiz, escreve as tuas raízes em papel de cenário (ou no material em que decidires fazer a tua
árvore).

Depois de ganhar raízes, as árvores começam a crescer, e surge o tronco. O tronco diz-nos muito acerca da
―resistência‖ de uma árvore: um tronco largo aguenta melhor as tempestades, chuvas e qualquer agressão
externa que um tronco estreito.
E a ti, o que é que te dá força e segurança?
Escreve-os no tronco da tua árvore.

Os ramos de uma árvore são a sua possibilidade de chegar mais longe, mais alto, de tocar até o Céu, quem
sabe? São a sua extensão para poder chegar aos outros, tocar outras árvores.
E tu? Como podes chegar mais longe? Até Deus, até aos outros?
Até onde queres chegar?
Escreve isso nos teus ramos!

As folhas são algo de efêmero numa árvore. Quando chega o Outono, secam, mudam de cor e caem, para
que na Primavera seguinte outras possam nascer.
Quais são as folhas que em ti precisam cair e dar lugar a outras melhores?
Depois de cada um partilhar o que são as suas ―folhas‖, o animador dá uma folha de árvore a cada
elemento, e cada jovem solta a folha e deixa-a voar.

No fim da caminhada, não deixes o teu fruto perdido.


Coloca-o em lugar de destaque, de forma que te recordes sempre o que escolheste ser.
E não te esqueças de frutificar!

Nota: Qual o sentido da árvore? Quando está toda desenvolvida, a árvore dá fruto. O fruto simboliza o fim
do crescimento. E que sentido terá a Quaresma se não nos ajudar a preparar e a crescer para podermos
frutificar?

Agir
Buscar sempre uma vida frutuosa.

Celebrar
Oração: Ave Maria

Apostila do Catequista 9
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1ª Perseverança
Por que a Quaresma?

Desde os primórdios do Cristianismo a ―Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração,
penitência e jejum, a fim de obter a conversão. Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: ―Se não
fizerdes penitência, todos perecereis‖ (Lc 13,3).
Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se
prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano, a Páscoa, a grande celebração da
Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.
A celebração litúrgica não é mera lembrança do passado, algo que aconteceu com Jesus e passou, não. Jesus
está presente na Liturgia. O Catecismo diz que: ―Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote,
continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.‖ (§1069). Isto é, pela Liturgia da Igreja
Ele continua a nos salvar, especialmente pelos Sacramentos, e faz tornar presente a nossa redenção.
Mas, para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração precisa estar preparado, com a alma purificada
e o coração sedento de Deus. A Igreja recomenda, sobretudo, que vivamos aquilo que ela chama de
―remédios contra o pecado‖ (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6,
1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma.
A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o
pecado para o homem, a Igreja e o mundo.
Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objetivo de livrar-nos do pecado. O jejum
fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, especialmente aquelas que se referem ao
corpo (gula, luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta. A esmola socorre o pobre
necessitado e produz em nós o desapego e o despojamento dos bens terrenos; isto nos ajuda a vencer a
ganância e o apego ao dinheiro. A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus recomendou na
noite de sua agonia: ―Vigiai e orai, o espírito é forte, mas a carne é fraca‖.
A Palavra de Deus nos ensina: ―É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar
tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia
e a vida eterna‖ (Tb 12, 8-9).
―A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados‖(Eclo 3,33). ―Encerra a esmola no seio do
pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal‖ ( Eclo 29,15).
Jesus ensinou: ―É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo‖ (Lc 18,1b); ―Vigiai e orai para que
não entreis em tentação‖ (Mt 26,41a); ―Pedi a se vos dará‖ (Mt 7,7) . E São Paulo recomendou: ―Orai sem
cessar‖ (I Ts 5,17).
Quaresma é pois tempo de rompimento total com o pecado. Alguns pensam que não têm pecado, se julgam
irrepreensíveis, como aquele fariseu da parábola que desprezava o pobre publicano (Lc 18,10 ss); mas na
verdade, muitas vezes não percebem os próprios pecados por causa de uma consciência mal formada que
acaba encobrindo-os. Para não cairmos neste erro temos de comparar a nossa vida com aqueles que foram os
modelos de santidade: Cristo e os Santos.
Assim podemos nos preparar para o Banquete pascal glorioso do dia 23 de março próximo, encontrando-se
com o Senhor ressuscitado e glorioso com a alma renovada no seu amor.
No Brasil, a CNBB incorporou a Quaresma a Campanha da Fraternidade, para aproveitar esse tempo forte de
espiritualidade para o exercício da caridade e também da cidadania. Neste ano o tema é ―Escolhe pois a
vida‖; a luta contra todo desrespeito a vida humana, sobretudo o aborto, eutanásia, inseminação artificial,
manipulação de embriões, uso da ―camisinha‖, da pílula abortiva do dia seguinte, etc.
É uma grande oportunidade que Deus nos dá para lutarmos especialmente contra o aborto que ronda e
ameaça ser legalizado em toda a América Latina. Nenhum católico pode se calar neste momento. O silêncio
dos bons não pode permitir que a audácia dos maus sobressaia e implante o terrível crime em nosso país. O
chão sagrado desta Terra de Santa Cruz, não pode ser manchado com o sangue inocente de tanta criança
assassinada no ventre das mães. Nem as cobras fazem isso.
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

Apostila do Catequista 10
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1ª Perseverança
3. Campanha da Fraternidade

Objetivos
Levar os catequizandos a conhecerem e a participarem da temática da Campanha da Fraternidade.

Preparação para o encontro


Bíblias, um crucifixo; cinzas; fotos de diversas realidades humanas.
Folhetos da missa com oração e hino da CF.

Acolhida
Oração inicial: Oração da Campanha da Fraternidade.
Música da CF
Muitos adolescentes vivenciam a Campanha da Fraternidade como oportunidade de mudança, conversão e
ajuda pessoal, comunitária, familiar e social! Ela não resume toda a Quaresma, mas pode ajudar os cristãos
que se preparam para a Páscoa a, realmente, morrerem para o pecado e ressurgirem para uma vida nova.

Ver
Explorando os símbolos:
1. A cruz: contemplando o Crucificado, compreendamos o que significa nosso pecado e do impacto ele tem
sobre a realidade que nos rodeia. A cruz também nos recorda a centralidade de Cristo em nossa vida pessoa,
comunitária e social.
2. As cinzas recordam nossa pequenez. Neste tempo da Quaresma, somos chamados à conversão pessoal,
eclesial e social.
3. As fotos nos mostram as diversas realidades humanas das quais participamos e às quais somos chamados
a levar o Evangelho da vida. A conversão pessoal exige conversão dos ambientes dos quais participamos.
4. A Sagrada Escritura, ladeada pela vela, nos recorda nossos valores, que brotam da revelação a nós dada
por Deus e à qual somos chamados a responder, positivamente.

Iluminar
A Campanha da Fraternidade é um grande mutirão de evangelização e conscientização da Igreja Católica no
Brasil, com o apoio de várias Igrejas cristãs.
Foi criada em 1962, é organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e se
desenvolve durante o período da Quaresma.
Durante a Quaresma a Igreja nos sugere fazer uma campanha de fraternidade, que é um esforço de amor ao
próximo para alcançarmos um determinado objetivo.
Vivemos numa mudança de época, nos relacionamos muito mal com o mundo e com Deus. Ele está sendo
excluído da vida familiar, da vida da sociedade. A publicidade conduz ilusoriamente a mundos distantes,
fascinantes para que os desejos se tornem felicidade.
No caminho de aprendizagem com Jesus precisamos refletir a Palavra de Deus em nossas casas, para que lá
seja um espaço de paz. A Palavra de Deus é luz, ilumina a vida da família.
Tema
Lema

Para explicar sobre a fraternidade, a solidariedade, contar a história.


Fazer a dinâmica.

Agir
Procure saber as atividades que a paróquia está promovendo por ocasião da Campanha da Fraternidade.

Celebrar
Oração final: Creio

Apostila do Catequista 11
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1ª Perseverança
O que é a Campanha da Fraternidade?
O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha
da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.
A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de
boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico,
que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida
da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.
Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus,
comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a
partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de
todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela
injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar
a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do
início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla
participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e
comunidades.

Como começou a Campanha da Fraternidade?


Em 1961, três padres responsáveis pela Caritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos
para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A
atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em
Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano
seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de
um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e
na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Este projeto se tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do Concílio Vaticano II,
a maior e mais importante reunião da igreja católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de
1964. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados
na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo,
troca de experiências.
Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?


A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e
renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência
que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao
próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das
injustiças sociais.
Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em
preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e
principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à
Páscoa do Senhor.

Apostila do Catequista 12
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1ª Perseverança
4. Semana Santa

Objetivos
Favorecer ao catequizando a percepção de que o sofrimento de Jesus por amor a nós foi para nos levar vivo
com Ele a sua ressurreição.
Reconhecer a alegria da vida nova que Jesus veio nos propor e valorizar os símbolos dessa proposta.

Preparação para o encontro


Toalha, flores, bíblia, velas, cartaz dos dias as Semana Santa, uma cruz para ser usada na Via Sacra.

Acolhida
Oração inicial: Pai Nosso
A Semana Santa começa no de Domingo de Ramos, quando celebramos a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém.
Nesta semana devemos rezar bastante e procurar ficar parecido com Jesus.
Aproveitar este tempo para fazer algum sacrifício:
Perdoar uma pessoa com quem brigamos,
Visitar um doente,
Ajudar os pobres e necessitados,...

Ver
Palavra de Deus: (escolher algum das passagens para ler com a turma)
- Domingo de Ramos: Mt 21, 1-11; Mc 11, 1-10; Go 12, 12-16; Lc 19, 18-40.
- Ceia do Senhor: Go 13, 1-15.
- Paixão e Morte: Go 18, 1 a 19, 42.
- Ressurreição: Mt 28, 1-10; Mc 16, 1-18; Lc 24, 1-12.

O que acontece na Semana Santa?

Iluminar
SEMANA SANTA
No domingo antes da Páscoa, todos saúdam Jesus com ramos. A este domingo chamamos DOMINGO DE
RAMOS, lembrando Jesus ao entrar na cidade de Jerusalém, aclamado rei.
Na QUINTA-FEIRA SANTA a Última Ceia de Jesus. Ele janta com seus Apóstolos e se despede deles.
/sobre a mesa havia duas coisas muito importantes: pão e vinho.
Neste jantar Jesus, quis nos ensinar uma coisa nova: pediu uma bacia e lavou os pés dos Apóstolos, depois
disse que nos deixava um mandamento novo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Na SEXTA-FEIRA SANTA Jesus é julgado, condenado e crucificado. Jesus nos amou até o fim. Deu sua
vida por nós. Jesus aceitou morrer na cruz para que tenhamos Vida Eterna. É um dia de oração e silêncio.
No SÁBADO SANTO Jesus está morto. Seu corpo é retirado da cruz e colocado na sepultura, onde fica por
três dias. À noite, nossa Igreja celebra a VIGÍLIA PASCAL, onde se comemora a vitória da vida sobre a
morte! Jesus Ressuscitou! É a noite da libertação, da vida nova! Essa vigília se realiza em quatro partes:
Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística.
DOMINGO DE PÁSCOA: Páscoa é muito mais do que importante ovinhos de chocolate e coelhinhos.
Páscoa significa passagem; passagem da morte para a vida. Ele voltou a viver, Jesus ressuscitou. Todos nós
devemos realizar a nossa Páscoa, isto é, mudar sempre para melhor.
―No Domingo, de madrugada, as mulheres foram ao túmulo. Não encontraram o Corpo de Jesus e ficaram
assustadas. Um jovem, com roupas brilhantes disse: Porque vocês estão procurando entre os mortos aquele
que está vivo? Ele não está aqui: Ressuscitou!‖ (Mc 16, 5-6)
A Páscoa não é uma festa qualquer onde entregamos ovos de chocolate e comemos bastante. A Páscoa é a
maior festa que a nossa Igreja celebra.
Diante de Jesus Crucificado, a gente se pergunta: por que tanto sofrimento? Por que para nos salvar, Ele
teve de sofrer tanto e morrer numa cruz?
A resposta não é fácil. Estamos diante de um grande mistério. Só a fé pode nos iluminar. Jesus dando a sua
Vida por nós, para o perdão de nossos pecados, nos deu a ―maior prova de amor‖ – ―dar a vida por seus

Apostila do Catequista 13
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
amigos‖ (Go 15,13).
Jesus nos deu o exemplo: o sofrimento e a morte nos levam à Ressurreição. A cruz agora, é a cruz gloriosa
do Senhor Jesus. Na cruz de Jesus nosso sofrimento, a nossa dor, enfim tudo aquilo que nos faz sofrer e
morrer tem um sentido – a Ressurreição, a Vida Eterna. As celebrações da Semana Santa, devem nos levar
a contemplar com amor Jesus que se sacrifica, por amor a toda humanidade.
O cristão é convidado a fazer jejum neste dia (sexta-feira). O jejum pode ser a abstenção de uma refeição
completa ou de certos alimentos como doces, refrigerantes, carnes..., de certos afazeres como ver televisão,
jogos, ou outra coisa ou pequenos pecados que cometemos no dia a dia, como brigar, criticar os outros, etc.
O jejum nos leva a participar do sacrifício de Jesus e a participar do sofrimento de nossos irmãos pobres,
sem recursos e doentes, que passam fome, frio e vivem desabrigados os 365 dias do ano. O nosso jejum,
revertido em ajuda financeira, através da Campanha da Fraternidade, vai aliviar a dor e o sofrimento destes
irmãos.

Agir
Incentivar os catequizandos para que participem dos dias da Semana Santa da paróquia.

Celebrar
Fazer a Via Sacra (em anexo)

Apostila do Catequista 14
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1ª Perseverança
VIA SACRA
Comentarista: 1ª Estação: Jesus é condenado à morte.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Muito obrigado Senhor! Prometo que não vou mais me
incomodar quando alguém pense ou fale mal de mim. – Pai Nosso...
Comentarista: 2ª Estação: Jesus carrega a sua cruz.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Tua cruz era muito pesada, e Tu a levaste por mim. Eu
também buscarei fazer algo por Ti. – Pai Nosso...
Comentarista: 3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Obrigado, Senhor, por levantar-te! De agora em diante,
sempre confiarei em Ti. – Pai Nosso...
Comentarista: 4ª Estação: Jesus encontra a sua mãe!
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Maria, ensina-me a amar Jesus como tu o amaste, e a
nunca separar-me dele durante as dificuldades. – Pai Nosso...
Comentarista: 5ª Estação: O Cireneu ajuda a Jesus.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Eu também quero ajudar-te a levar a cruz. Buscarei
sempre ajudar os demais. – Pai Nosso
Comentarista: 6ª Estação: A Verônica enxuga o rosto de Jesus.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Obrigado, Senhor! Eu prometo ser corajoso e não ter
medo de dizer que sou teu amigo. – Pai Nosso...
Comentarista: 7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Obrigado, Senhor, por não se render. Eu também não me
renderei na hora de mostrar-te minha amizade. – Pai Nosso...
Comentarista: 8ª Estação: Jesus consola as santas mulheres.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Tu sempre pensas nos demais! Ajuda-me a esquecer de um
pouco de mim mesmo. – Pai Nosso...
Comentarista: 9ª Estação: Jesus cai pela terceira vez.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Obrigado, Senhor! Sei que nunca estarei sozinho quando
eu cair, porque Tu estás comigo. – Pai Nosso...
Comentarista: 10ª Estação: Jesus é despojado das suas vestiduras.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Deixastes tudo por amor a mim. Prometo ser-te fiel nos
meus compromissos. – Pai Nosso...
Comentarista: 11ª Estação: Jesus é crucificado.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Senhor, ensina-me a perdoar como Tu perdoaste. – Pai
Nosso...
Comentarista: 12ª Estação: Jesus morre na cruz.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Obrigado, Senhor, por dar tua vida por mim! Não terei
mais medo de ajudar ao próximo. – Pai Nosso...
Comentarista: 13ª Estação: Jesus é descido da cruz.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Ensina-me a sofrer e a amar para seguir tuas pegadas.
Não te deixarei sozinho. – Pai Nosso...
Comentarista: 14ª Estação: Jesus é sepultado.
Nós vos adoramos, oh Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo! Obrigado, Senhor! Não permitas que me solte de tua
mão para poder chegar um dia, contigo, ao céu. Tu não estás sozinho, Jesus. Nós estamos contigo! – Pai Nosso...

Apostila do Catequista 15
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Semana Santa
Examinando os dias da celebração da paixão, morte e ressurreição do Senhor, percebemos que são núcleos
das celebrações e constituem o que chamamos de Semana Santa. Podemos compreender que o sentido e a
teologia desta semana está no encontro com o Cristo-Ressuscitado: nas celebrações religiosas são a
recordação dos últimos acontecimentos da vida terrestre de Jesus de Nazaré. Cada dia da semana é um fato a
ser recordado e atualizado. A liturgia da Semana Santa não é um jogo de representação teatral, mas atualiza
sempre o único Mistério Pascal.

Domingo de Ramos
No Século IV, já encontramos em Jerusalém notícias sobre uma celebração que procurava recordar o mais
exatamente possível a entrada de Jesus de Nazaré em Jerusalém. Neste dia celebramos a entrada do Senhor
em Jerusalém, para realizar o seu mistério pascal. O povo o reconhece como Rei e Redentor, Servo do
Senhor para salvar a todos.

Quinta-feira Santa
Cada ano pela manhã, o bispo se reúne com todos os padres e com o povo para benzer os óleos usados nos
sacramentos:
óleo dos catecúmenos, usado antes do batismo;
óleo do crisma, usado depois do batismo, na crisma na ordenação de padres e na sagração dos bispos e
também na dedicação de igrejas e altares;
óleo dos enfermos, usado no sacramento da Unção dos Enfermos. O óleo é sinal da benção divina. Sinal do
Espírito de Deus.
À noite com a Missa de 5ª Feira Santa, iniciamos o Tríduo Pascal que termina com as vésperas no
Domingo de Páscoa. O ponto alto se encontra na Vigília Pascal, onde sacramentalmente celebramos a
ressurreição de Cristo. Ele se entrega por nós nos sinais simbólico-sacramentais da Oração Eucarística. A
grande ação de graças, é a comunhão no pão e no vinho.
Celebrar a Ceia do Senhor na noite da Quinta-feira Santa é proclamar o mistério da Cruz de Cristo
no qual reside a ―nossa glória‖. É participar da Páscoa da ceia. É sentar junto com Jesus para celebrar a
Páscoa do seu povo.

Sexta-feira Santa
Lembramos ―o dia em que o esposo foi tirado‖. É cantar a ação de graças pela doação da sua vida a nós. E
pela vitória da ressurreição que o Pai lhe deu. Celebrando esta Páscoa da cruz, recebemos força para sermos
fiéis a nossa missão, confiantes na vitória que o Pai nos dá.

Sábado Santo
É o dia do grande silêncio. Cristo desce à mansão dos mortos. É dia de recolhimento na paz e na espera.

Vigília Pascal
É celebrar ―a mãe de todas as vigílias‖, noite santa na qual renascemos. É celebrar, em plena escuridão, o
resplendor de uma luz que não se apaga. É beber com alegria da água da vida, renovando os nossos
compromissos batismais e batizando na vida nova de Cristo novos membros de nossas comunidades.

Domingo de Páscoa
―Este é o dia que o Senhor fez. Alegremo-nos e nele fiquemos felizes‖ (Sl 118). A ação libertadora do
Senhor acontece cada dia do ano e em toda a nossa vida, mas nós a celebramos com mais intensidade no
tempo pascal. Cinquenta dias celebrados como um grande Domingo.

Liturgia da Semana Santa


A liturgia do Sábado Santo e do Domingo de Páscoa está repleta de símbolos. Vejamos alguns deles:

O Fogo

No Sábado Santo a celebração é iniciada com a benção do fogo, chamado de ―fogo novo‖. Os agricultores
desprovidos de tecnologia e de conhecimento, utilizam o fogo, uma técnica milenar e primitiva, para limpar
o terreno que será destinado ao plantio. Nesse caso o fogo limpa aquele espaço do mato, das ervas daninhas e

Apostila do Catequista 16
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
de tudo aquilo que prejudica ou é obstáculo para o plantio. Em grandes incêndios florestais o fogo aparece
como uma força destruidora e ás vezes incontrolável e invencível, como aconteceu recentemente nos Estados
Unidos e Grécia.
Na liturgia Cristo é esse fogo que veio limpar o mundo do pecado, da desesperança, do ódio pregando e
instaurando o Reino de Deus (Mt 3,11; Mt 13,40; Lc 12,49; Hb 12,29). A sua ressurreição mostra que ele
destruiu até a morte , o grande medo humano. O pecado foi vencido pela graça de sermos filhos de Deus,
templos de Deus (Gl 4,7; Rm 8,14). O ser ―imagem e semelhança de Deus‖ descrito na criação, conforme o
livro do Gênesis (Gen. 1,26), foi restaurado por Ele. A esperança por um mundo novo, justo e solidário foi
reacendida.

O Círio Pascal
O que é o Círio Pascal? É aquela grande veia decorada sendo a cruz o desenho central. Aqui novamente o
fogo é o elemento principal. Além dos significados anteriormente relatados, acrescentamos mais um: o fogo
até hoje é usado para iluminar. Quando falta luz em nossa casa, a vela é o mais prático.
Cristo é a luz que ilumina a vida do cristão para que ele não caia nas trevas da desesperança, da vida sem
sentido, do egoísmo e da maldade (Go 8,12; Rm 2,19; Lc 8,16). O Círio, simbolizando Cristo ressuscitado,
nos apresenta como uma grande coluna de fogo para guiar e iluminar a humanidade (Ex 13,21). As letras
gravadas e marcadas pelos cravos na cruz do Círio, significam que pela morte e ressurreição de Cristo a
humanidade foi redimida para sempre por aquele que é eterno e pelo qual é a razão da existência do mundo
(Ef 2,6; Rm 8,11; Lc 1.68).

A água
Na celebração do sábado, véspera da Páscoa, acontece a benção da água que será utilizada nos batismos
durante o ano. Em nossa vida diária, utilizamos esse bem precioso para matar nossa sede, para limpar de
nosso corpo a sujeira e suor, para fazermos comida e usada para a limpeza doméstica. A água é também
alimento principal das plantas e meio de vida dos animais aquáticos. Ela também pode ser sinônimo de
destruição, como acontece nas grandes enchentes.
Para o cristianismo: Cristo é a verdadeira Água (Go 4,9-15); a Água da vida que livra para sempre o homem
do egoísmo e da maldade, desde que ele queira beber dessa Água; a Morte e Ressurreição de Jesus
destruíram para sempre a incerteza do futuro e própria morte trazendo à humanidade o verdadeiro sentido da
vida.
O batismo é a resposta do ser humano à proposta de Deus. Por isso após a benção da água se realiza a
renovação das promessas batismais (Rm 6,1-11). A aspersão do povo com água benta simboliza a nossa
disposição em nos limpar de tudo aquilo que fere e prejudica o outro.

Apostila do Catequista 17
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
5. Quem eu sou? Quem somos nós?

Objetivos
Possibilitar aos catequizandos fazerem um experiência de autoconhecimento, ajudando-os a se aceitarem e
a gostarem de si mesmos, bem como permitir ao catequista levantar um primeiro perfil do grupo.

Preparação para o encontro


Mesa com toalha, flores, Bíblia, figuras de Jesus com seus discípulos, com jovens. Fotos de jovens e
adolescentes participando de encontros, grupos, Missa (os que atendem ao seu chamado). Recortes de
papéis de várias cores para que cada um escreva o seu nome, qualidades e defeitos.

Acolhida
Oração inicial: Ave Maria

Relembrar o encontro passado.

Ver
Texto para reflexão em grupo: “A PARÁBOLA DO LEÃO” (ou outro à escolha do catequista)

O que o texto nos ensina?


Por que o leão se comportava como outra espécie de animal e não percebia a sua essência, o seu ―eu‖
verdadeiro, como Deus o criou?
O que você acha da ajuda que ele recebeu para se conhecer e se realizar verdadeiramente?

Leitura Bíblica
Palavra de Deus: Go 1, 45 – 51 (e ou ) Isaias 43, 1 – 5:
Em João 1, Jesus diz que ―antes que Natanael fosse chamado por Filipe, Ele já o conhecia...‖ Jesus conhece
a cada um de nós, como verdadeiramente somos no mais íntimo do nosso ser.
Em Isaias 43, 1-5, Deus nos diz que nos chama pelo nome, que nos acompanha e nos protege, que antes de
nascermos Ele já nos conhecia, desde o ventre materno, pois Ele mesmo nos formou.
Deixar que comentem os textos bíblicos e a ligação com a vida de cada um.

Iluminar
Debate:
Como você se vê? (qualidades e defeitos)
Você sente que Deus te criou por amor, que te conhece e te chama pelo seu nome para estar com Ele?
O que você pensa da moda e das propagandas de TV que induzem as pessoas a seguir o que dizem?
Como você responde às orientações de Deus no seu dia a dia?
Assim como na história do leão, Deus quer que você se realize sendo quem é e que seja feliz em sua vida.
Para isso você pode contar com a ajuda de Deus, que te conhece e quer o melhor pra você.

Dinâmica:
- Reunir os catequizandos e pedir para que façam um instante de silêncio. Uma música suave poderá
auxiliar (deixar a música tocando durante toda a dinâmica).
- Orientar os catequizandos para que procurem olhar para dentro de si mesmos e descobrir a riqueza que
trazem a partir da seguinte pergunta: ―quem sou eu?‖ (cerca de 3 min.)
- Em seguida pedir para que novamente se concentrem e reflitam sobre a seguinte questão: como os outros
pensam que eu sou? (cerca de 3 min.)
- Deixar mais alguns instantes em silêncio e pedir para que pensem nas qualidades e limitações que
possuem.
- Em seguida, pedir para que escrevam no papel: "Eu sou assim" e "Eu quero ser assim", de acordo com as
qualidades e limitações descobertas.
- Pode ser feita uma partilha sobre o que foi escrito. Porém, que essa partilha seja espontânea. É
fundamental que o catequizando não se sinta forçado a falar. O importante não é a partilha, mas o
autoconhecimento que surgirá a partir da dinâmica. Lembre-se de que aquilo que o catequizando escreveu é

Apostila do Catequista 18
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
pessoal e pode não agradá-lo revelar aos outros.
-Após a reflexão cada um diz seu nome e coloca o seu papel na mesa.

Eu tomo posse daquilo que sou

Quem não se ama não sabe amar ninguém


Ser pessoa é antes de tudo ter consciência: ―Eu sei quem sou eu. Tenho diante de mim minhas dificuldades,
mas eu me aceito!‖ Conversão é tomar posse daquilo que se é. Por isso, Deus não pode trabalhar com uma
pessoa mascarada, que não se aceita.
Não existe cristão se ele não se aceitar do jeito que é. Você é o que é, e a sua conversão passará por aquilo
que você é!
Jesus quando viu Maria Madalena fez com que ela voltasse a ver aquilo que ela era, não uma prostituta, mas
uma filha de Deus projetada por Ele; não aquilo que a sociedade criou.
Nós caímos muito nos artifícios que nos são apresentados. Nossa vida se ilumina por novidades e gostamos
muito do estético. E seguimos aquilo que é diferença, não somos fã da disciplina.
Corremos atrás de coisas e duas semanas depois vemos que realmente aquilo não era tão bom como parecia.
Por que os artistas não permanecem muito tempo casados? É por causa disso. Querem respostas rápidas,
românticas, buscam o brilho eterno e acabam desanimando. Então, o outro começa a decidir por nós e
ficamos perdidos. Muitas pessoas, ora dão um testemunho de que acreditam em Deus ora, passado um
tempo depois, já dizem acreditar em Buda, depois em Maomé, e mais tarde na energia [cósmica]... Não
ficam presas a nada.
Cuidado para não seguir somente as vaidades. Somos vaidosos, mas não podemos ser levados pela vaidade.
Não invente um personagem, seja aquilo que você é. Seja autêntico, assim você provoca autenticidade nas
pessoas a seu redor. Procure ser aquilo que Deus o fez. Se você está correndo atrás de porcaria cuidado para
não acabar deixando de ser aquilo que Deus fez de você.
Deus acontece plenamente no nosso coração quando nós nos permitimos ser aquilo que somos. A nossa
divindade só acontece na participação.
Não seja aquilo que dizem que você é. Parece estranho, mas não podemos dar aquilo que não temos. Se
você não descobrir que você é sagrado, você não vai perceber a sacralidade que o outro é!
Quem não se ama não sabe amar ninguém. É uma pessoa ausente de si mesma. Os amores estragados que
passaram minou aquilo que se era. Há pessoas que vemos que não têm amor-próprio; mas nós não temos o
direito de perder esse amor.
Tome posse do que você é para depois dar-se ao outro.

Padre Fábio de Melo.

Agir
Conversar em casa e com os amigos o que eles acham que precisa ser melhor em você.
Reflita sobre o que cada um disser, isso te ajudará a se conhecer melhor.

Celebrar
Momento de oração silenciosa, em sala ou na Capela do Santíssimo. Pedir, do fundo do coração, que Jesus
mostre a importância de cada um para Ele.

Apostila do Catequista 19
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
MAIS UM POUQUINHO

―Deus ama o ser que criou‖ – Bento XVI, Carta Encíclica ―Deus Caritas est‖, 2.17.18
Moral da ―história do leão que agia como ovelha‖: Devemos ter consciência que Deus no criou por amor e
que está sempre nos ajudando a alcançar a plenitude do nosso ser. Só buscando ser aquilo que Deus pensou
pra cada um de nós seremos realizados e felizes. Sugestão de leitura: ―Buscai as coisas do alto‖ – Pe. Leo –
Editora Canção Nova
Crescer em Comunhão – vol. IV – 18ª Edição – pg.9

Texto de apoio

A adolescência é um período de profundas mudanças, ocasionadas por inúmeras descobertas: o adolescente


aprofunda os conhecimentos sobre seu corpo, sua sexualidade, aprofunda suas convivências sociais, conhece
mais o contexto em que vive. Nesse período a pessoa descobre que o mundo é muito mais do que a sua
família. Seu amadurecimento físico e psicológico garante maior sensação de segurança para enfrentar de
frente a realidade que se lhe abre diante dos olhos (cf. GIL, 2001, p. 53).
Porém, a maior e mais fundamental descoberta que o adolescente faz é "da consciência do seu eu",
aprofundando, assim, sua interioridade.
É exatamente por isso que esse período do desenvolvimento humano é profundamente marcado pela crise.
Toda descoberta provoca mudança, desinstala e leva ao questionamento: "é assim que se deve ser ou será
possível a mudança?"
Nesse momento de incerteza, o adolescente tem a tendência a auto afirmar-se, desabrochando, assim, um
maior espírito de independência.
A descoberta do "eu" não se encerra com a adolescência, mas continua por toda a existência da pessoa.
Porém, o bom desenvolvimento do restante da vida depende profundamente das descobertas e opções feitas
nesse período.
A catequese para os adolescentes deve levar em consideração todas essas transformações e descobertas.
O catequista precisa estar preparado para auxiliar o bom desenvolvimento da personalidade de seus
catequizandos, garantindo-lhes a descoberta dos valores cristãos fundamentais para toda a sua vida.
O adolescente terá a tendência a pensar que sempre está com a razão, porém o catequista deverá apresentar
os valores e a doutrina cristã sem medo, com muita segurança, sabendo ser franco e direto. Nesse período da
vida, o catequizando precisará de referências seguras para poder descobrir-se como pessoa e projetar seu
futuro.
É preciso que o catequizando descubra que no seu mais profundo íntimo, Deus faz habitação. O coração
humano é o templo mais sublime do Senhor. É na consciência íntima de cada ser humano que Deus escreve
sua lei de amor.
Descobri-la é descobrir-se como pessoa. "A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem, onde
ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua voz" (GS 16). Voltar-se para dentro de si é voltar-se para Deus.
Santo Agostinho, bispo de Hipona, que viveu na segunda metade do século IV e primeiros anos do século V
de nossa era, nos diz o seguinte: "Para vós, Senhor, a cujos olhos está patente o abismo da consciência
humana, que haveria em mim de oculto, ainda que não vos quisesse confessá-lo? Vós poderíeis esconder-me
de mim mesmo, mas eu jamais poderia me esconder de vós." (AGOSTINHO, 1990, p. 240).
Deus, porém, não é o juiz severo, pronto a nos tolher, condenando tudo quanto possa haver de imperfeito em
nós, mas é o Pai que nos acolhe do jeito que somos, com nossos defeitos e qualidades, e nos ajuda a
descobrirmos quem de fato somos.
Diante de Deus podemos ser aquilo que somos, sem medo. Ele nos acolhe e nos ajuda em nosso
desenvolvimento pessoal. Diante do Senhor somos plenamente livres para nos descobrirmos e assumirmos
nosso eu.
A sociedade, por vezes, com suas pressões, pode diminuir nossa liberdade.
Não é raro perceber certos modismos tanto na mentalidade como nos comportamentos, que, por vezes,
impedem-nos de sermos verdadeiramente nós mesmos e nos escravizam. É preciso que nos descubramos
diante de Deus, que nos realiza como pessoas e nos faz sermos autênticos com o nosso mais profundo
íntimo.

Apostila do Catequista 20
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

“A PARÁBOLA DO LEÃO”

Certa vez, um filhote de leão, perdido e esfomeado, foi encontrado por algumas ovelhas que pastavam na pradaria.
Comovidas com a situação acolheram o leãozinho e passaram a alimentá-lo e a cuidar dele.
Com o tempo o filhote começou a se alimentar de grama e a se portar como ovelha até se tornar um jovem, grande
e forte animal.
Um dia, outro leão se acercou do pasto tentando caçar algumas ovelhas.
Alarmadas elas correram a se abrigar no alto da rocha, o mesmo fazendo o leão que estava com elas.
Sem acreditar no que via, o leão caçador se aproximou e disse: ―Porque você foge de mim e se abriga junto às
ovelhas, sendo um leão?‖
- ―Eu não sou leão, sou ovelha e, por favor, não nos faça mal‖, retrucou este.
- ―Como, você uma ovelha? Está enganado, você é um leão. Um caçador igual a mim‖.
- ―Não, sou uma ovelha. Sempre vivi assim‖.
-―Chega, não aguento mais‖, disse o outro. ―Você é um leão, o rei dos animais, portanto, porte-se como tal‖.
Em seguida levou-o a uma imensa poça d‘água, próximo de onde estavam. ―Olhe a sua imagem. Você é um leão
igual a mim‖.
Ainda trêmulo, o leão viu a semelhança entre ambos e isto o deixou confuso.
Não sabia quem era. E vendo as ovelhas pulou e foi juntar-se a elas novamente. Inconformado o leão caçador foi
embora, sem nem mesmo abater uma caça.
No dia seguinte voltou e vendo a situação se repetir, ele soltou um urro ensurdecedor em sinal de irritação.
Dessa vez cercou o leão amedrontado e disse: ―Solte um urro igual a mim. Esse é o sinal do teu poder‖.
―Eu só sei balir‖, respondeu o apavorado leão.
―Vamos, tente‖, disse o primeiro.
Assustado, o leão tomou um fôlego e saiu um berro um pouco mais forte do que o miado de um gato. ―Vamos,
tente novamente‖, repetiu o primeiro. A segunda vez não foi muito melhor.
Enquanto treinavam sem sucesso, uma matilha de lobos se aproximou das ovelhas encurralando-as junto às
rochas.
Desesperadas as ovelhas baliram sem cessar, até que seus gritos chegaram aos ouvidos do leão medroso.
Este ao ver à distância o perigo eminente de seus companheiros, enraivecido e desesperado soltou um rugido
apavorante que ecoou por toda a pradaria.
Assustados, sem saber do que se tratava, os lobos se puseram a correr atropeladamente em desabalada carreira.
O leão finalmente assumira a sua verdadeira identidade.
Havia vivido por algum tempo como ovelha, mas seu coração era de leão e isso fez ressurgir a sua verdadeira
natureza.
Também vocês, são leões por natureza, embora a maioria, amedrontada com a vida, se porte como ovelha.
Mas são leões, e leões sempre hão de ser, pois são vencedores. Portanto assumam a sua verdadeira natureza e com
confiança e coragem conquistem o lugar que é seu por direito divino.
A força interior é um legado de Deus a cada ser humano, capaz de superar qualquer obstáculo. Ninguém poderá
arrebatar-lhes isso, a não ser vocês mesmos, se insistirem em ser ovelhas.
(Versão livre da história contada pelo monge hinduísta Swami Vivekananda, em conferência pública por ele
realizada nos Estados Unidos em 1894).

O que o texto nos ensina?


Por que o leão se comportava como outra espécie de animal e não percebia a sua essência, o seu ―eu‖ verdadeiro,
como Deus o criou?
O que você acha da ajuda que ele recebeu para se conhecer e se realizar verdadeiramente?

Debate:
Como você se vê? (qualidades e defeitos)
Você sente que Deus te criou por amor, que te conhece e te chama pelo seu nome para estar com Ele?
O que você pensa da moda e das propagandas de TV que induzem as pessoas a seguir o que dizem?
Como você responde às orientações de Deus no seu dia a dia?

Assim como na história do leão, Deus quer que você se realize sendo quem é e que seja feliz em sua vida.
Para isso você pode contar com a ajuda de Deus, que te conhece e quer o melhor pra você.

Apostila do Catequista 21
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
6. São José

Objetivos
Permitir aos catequizandos conhecerem o Padroeiro da sua paróquia, São José, buscando assim imitarem
suas virtudes. Conscientizar os catequizandos sobre o chamado de Deus para uma vida santa.
Fazer com que conheçam a sua Paróquia.

Preparação para o encontro


Toalha, flores, bíblia, santinhos ou oração do Santo Padroeiro
Uma corrente.

Acolhida
Oração inicial: Creio
Perguntar se sabem o que é ser santo.

Explicar que a partir do nosso Batismo todos somos chamados ser santos.

Para sermos santos é preciso descobrir qual a vontade de Deus para nossa vida, e isso se descobre através da
oração e da leitura da Palavra de Deus.

O que podemos fazer para melhorar as nossas atitudes no dia a dia... (deixar que falem)

Perguntar se conhecem algum santo e sua história ou se têm algum santo de devoção (deixar que falem).

Ver
São José é venerado de modo especial no dia 19 de março. É um dos santos mais conhecidos no
cristianismo, tanto assim que inspirou o nome a dezenas de santos da Igreja e também a outros cristãos que
neste dia comemoram seu onomástico (festa pelo mesmo nome do santo do dia).

Ler Mt 1, 18-25
O nome José em hebraico significa: ―Deus cumula de bens‖, e sem dúvida, este conhecido carpinteiro de
Nazaré, foi acumulado de bens ao não recusar sua missão de esposo da Virgem Maria e pai adotivo de
Nosso Senhor Jesus Cristo:
―Ao despertar, José fez o que o Anjo do Senhor lhe prescrevera: acolheu em sua casa a sua esposa”. (Mt
1,24)
A grande devoção dos cristãos para com São José, está fundamentada nas Sagradas Escrituras e Sagrada
Tradição, portanto é com realismo que São José é reconhecido e invocado como modelo de pai, operário,
protetor da Sagrada Família e da grande Família de Deus que é a Igreja. Embora na Bíblia pouco se fale
sobre a figura de São José, o que nos é comunicado testemunha com clareza seu papel indispensável à
missão do Cristo.
Homem justo, trabalhador, silencioso e com fé, tornou suficientemente trabalhado pelas mãos do Oleiro
divino, a ponto de ser constituído elo entre o Antigo e o Novo Testamento e conferir a Jesus a linhagem de
Davi, a qual somente foi possível porque São José acima de tudo foi homem de fé e coragem, como atesta-
nos São Mateus: ―José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido
vem do Espírito Santo‖ e ―despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em
sua casa sua esposa‖ (Mt 1,20.24).

Iluminar
História: Aprendendo por exemplos
Um jovem monge foi até o mestre e perguntou-lhe:
Como chamamos uma pessoa que entende uma verdade, mas não pode explicá-la em palavras?
O mestre respondeu:
Uma pessoa muda saboreando um mel.
E como chamamos uma pessoa que não entende a verdade, mas fala muito sobre ela?
Tranquilamente ele disse:

Apostila do Catequista 22
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Um papagaio imitando as palavras de outra pessoa.
Mas você está preocupado somente em como falar a verdade, enquanto precisamos estar atentos para
vivenciar as nossas verdades e, por meio do exemplo, passar adiante as boas experiências, os bons
exemplos, procurando sempre buscar dentro de nós mesmos a nossa consciência e segui-la.
Nesta vida, temos muitos professores e poucos mestres; a diferença é que os professores ensinam por
palavras e os mestres ensinam por ações e exemplos. E dificilmente erramos quando aprendemos por meio
de exemplos.

Quem são nossos mestres hoje em dia?


São José pode ser considerado mestre ou professor? Por quê?
O que ele nos ensinou?

Nossa Paróquia
- Mostrar uma corrente e falar sobre a estrutura da Igreja. A Igreja é como uma enorme corrente, formada por
milhões de elos. Nesta corrente, cada um tem seu lugar. Todos caminham unidos para construir um mundo novo,
de acordo com o plano do Pai revelado por Jesus.
- Conversar sobre o que eles conhecem da Nossa Paróquia:
Qual é o nome de nossa comunidade?
A qual diocese pertencemos?
Qual é o nome de nossa paróquia?
Quem é o nosso pároco?
Você sabe quantas comunidades formam a nossa paróquia?

Agir
Imitar as virtudes do padroeiro da paróquia e divulgar a sua devoção.

Celebrar
ORAÇÂO:
Ó Glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis,
vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. (fazer o pedido)
Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança, que ninguém possa jamais dizer que vos
invocamos em vão.
Já que tudo podeis junto de Jesus e Maria mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais Santa Família que jamais houve, sede, nós vo-lo
pedimos, o Pai e protetor da nossa, e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e
Maria!
São José, rogai por nós!
ou
Querido Jesus Cristo, queremos agradecer-lhe por nos ter fundado a nossa Igreja. Por nos permitir conhecê-
la melhor e a forma como ela está organizada. Queremos que nosso grupo de catequese trabalhe unida a
toda Igreja em nossa comunidade. Ajude-nos a permanecermos sempre unidos como continuadores de sua
missão em nosso lugar. Amém.

Apostila do Catequista 23
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
São José (nosso Padroeiro)- Chefe da Sagrada Família

A Família
A Família é a base de toda ou qualquer pessoa. A Família é única.
Ela é formada pelo pai, pela mãe, por seus irmãos e Você.
Na família devemos ter:
Amor: É o primeiro fundamento. O amor não deve ser demonstrado apenas nas palavras, mas também nas ações.
Respeito: É o segundo fundamento. Os membros da família devem demonstrar respeito uns aos outros mesmo
que aja desacordo ou determinação.
Compromisso: É o terceiro fundamento. Não importa o que aconteça, o compromisso é necessário para a
sobrevivência da família.
Peça perdão aqueles quem você ofendeu e perdoe aqueles que lhe ofenderam.

A SAGRADA FAMÍLIA
Durante o primeiro século antes de Cristo, muitas famílias judias migraram da Judéia, no Sul, para a Galileia, no
Norte. Iam por dois motivos: para encontrar melhores condições de vida e para levar a fé verdadeira a uma região
que eles chamavam ―Galileia dos pagãos‖ (Mt 4,15). Muito provavelmente, a família de Jesus da parte de José,
seu pai, era migrante. Tinha saído de Belém na Judéia (Lc 2,4), para a Galileia, em busca de melhores condições
de vida. Por isso, na hora do recenseamento, José teve que voltar até Belém na Judéia, levando consigo Maria, sua
esposa, grávida de nove meses (Lc 2,5).
Assim, antes de nascer, Jesus já era vítima do sistema político e econômico da época. Augusto, o Imperador de
Roma, mandou fazer o recenseamento em vista da reorganização administrativa e da cobrança dos impostos (Lc
2,1-3). Por isso, Jesus nasce fora de casa, em Belém. Nasce leigo, pobre, sem a proteção de uma classe ou de uma
família poderosa. Logo depois de nascido, foi perseguido pela tirania de Herodes e seus pais tiveram que fugir
para o Egito (Mt 2,13), de onde voltaram para Galileia (Mt 2,22).
Assim, nascido em Belém da Judéia, no Sul (Mt 2,1), Jesus foi criado no interior, na roça, em Nazaré da Galileia,
no Norte (Lc 4,16). Ele não teve oportunidade de estudar como o apóstolo Paulo (At 22,3). Teve que trabalhar.
Como todo judeu do interior, trabalhava como agricultor. Além disso, aprendeu a profissão de seu pai (Mt 13,55)
e servia ao povo como carpinteiro (Mc 6,3). Era visto como judeu pela samaritana (Go 4,9), e como galileu pelos
judeus da Judéia. Tudo por causa do sotaque (Mt 26,73). Mais ou menos como o nordestino criado no Rio de
Janeiro. Os do Rio dizem que ele é nordestino, mas os do Nordeste dizem que é carioca.

Aprofundando a Palavra de Deus (Mt 1,18-25)

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE NOSSA DIOCESE E PARÓQUIA


1) OS ELOS DA CORRENTE:
 A Igreja é como uma enorme corrente, formada por milhões de elos. Nesta corrente, cada um tem seu
lugar. Todos caminham unidos para construir um mundo novo, de acordo com o plano do Pai revelado por Jesus.
2) A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA:
 A Igreja são todos os cristãos que procuram viver a proposta de Jesus. A igreja é o povo de Deus. Quem
mantém a unidade é o Papa.
 Nos diferentes países existem conferências de bispos que organizam a Igreja Nacional. No Brasil é a
CNBB – Conferência dos Bispos do Brasil.
 Cada grupo de municípios forma uma diocese, liderada por um bispo. Nossa diocese é a de Divinópolis e
abrange 25 municípios. Atualmente a Diocese conta com 53 paróquias, divididas em 6 foranias. A organização
pastoral da diocese está assim constituída no Conselho Diocesano de Pastoral: pastorais (Acolhida, Catequese,
Liturgia, Família, Juventude, Vocacional, Missionária, Carcerária, Menor, Criança) Cebs, Movimentos e Equipes
de Serviço (Cursilhos de Cristandade, Apostolado da Oração, Legião de Maria, Movimento Familiar Cristão,
Renovação Carismática Católica, Oficinas de Oração e Vida, Focolari, Sociedade São Vicente de Paulo, Equipes
de Nossa Senhora e Encontro de Casais com Cristo) e o Conselho Diocesano de Leigos. A Diocese de Divinópolis
conta também com o Tribunal Eclesiástico de 1ª instância.
 Em cada município existem paróquias. Nossa paróquia chama-se São José e é composta por 8
comunidades: São José; N. Sra. do P. Socorro; São Pedro e São Paulo; Santa Edwiges; Mãe Rainha; Santa
Terezinha; N. Sra. de Fátima; e São João Batista.
 Padre Carlos Antônio é o pároco responsável pela coordenação de nossa paróquia.
 As comunidades são a base da Igreja. Qual é o nome de nossa comunidade?

Apostila do Catequista 24
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
7. Os Sete Sacramentos

Objetivos
Mostrar os catequizandos que JESUS instituiu os sacramentos somente por amor, despertar neles o desejo
de participar diariamente dos sacramentos para entrar em comunhão com DEUS.

Preparação para o encontro


Bíblias. 1 flor, 1 Anel.

Acolhida
Oração ao Espírito Santo

Ver
Quando a gente e ama alguém cria vários meios para dizer a esta pessoa o quanto ela é importante para a
gente: Oferece flor sorri escreve carta lembra o aniversario, numa palavra cria vários sinais que dizem de
toda maneira: EU TE AMO. (Apresentar a flor, o Anel, como amostra de Amor)

Assim Deus nos manifesta seu amor através de sinais. Nós não chegamos a olhar a Deus, mas podemos ler
os sinais da presença amorosa d‘Ele na criação por exemplo: as flores os frutos o sol uma pessoa. Toda a
história do povo de Deus é uma longa experiência de Amor. Deus ama a todas as pessoas. Para manifestar
concretamente este amor, Jesus Cristo instituiu os Sacramentos. Os Sacramentos celebram os
acontecimentos fortes de nossa vida.

Iluminar
Dinâmica: MÍMICA
Determine quantos pontos esta tarefa irá valer. Divida a turma em duplas ou trios.
Cada grupo recebe o nome de um sacramento. O dramatizador através de mímicas e gestos (ou o grupo todo,
através de cenas mudas) apresenta o sacramento escolhido.
Ganha ponto o grupo que adivinhar primeiro o que o outro grupo apresentar.
Determine antes o tempo disponível para cada grupo se apresentar.

-Tempo para avaliação da dinâmica.

- Perguntas:
Quem instituiu os Sacramentos?
Quantos e quais são os Sacramentos?

- Explicação:
- Sacramentos são gestos que celebram a vida. Não são gestos vazios, abstratos ou simplesmente rituais.
- Sacramentos são encontros com Cristo;
- Recebo os sacramentos para me tornar um Sacramento, um sinal, testemunho de Cristo para o mundo; É
comunhão com DEUS e esta deve ser a única intenção. Só tem sentido receber um Sacramento na medida
em que Cristo tem sentido na minha vida;
- São verdadeiros alimento para nossa vida espiritual e para nossa santificação.
- Os sacramentos são canais do amor de DEUS. É graça de DEUS em nossa vida.
- Os sete sacramentos recobrem toda a vida terrestre de um ser humano:
♥ Para o nascimento, há um sacramento correspondente o BATISMO. Pelo Batismo nos tornamos Filhos
de Deus.
♥ Outro momento chave da vida é quando a pessoa cresce e começa a se decidir pela vida. O Sacramento
que celebra este momento é a CRISMA. Sacramento da maturidade Cristã.
♥ A família se sente quando todos estão reunidos em refeição. A EUCARISTIA manifesta esta comunhão
e participação na vida de Deus.
♥ Na vida há experiência de separação com Deus e os irmãos O sacramento da PENITENCIA realiza a
experiência do perdão e da união.
♥ Na vida também e necessário uma decisão na escolha de sua vocação para muitos o Sacramento que

Apostila do Catequista 25
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
celebra esta decisão e o MATRIMÔNIO.
♥ Outros na vida preferem uma vocação mais explícita a Deus o Sacramento que celebra isto e a ORDEM.
♥ A doença e a velhice ameaçam a vida humana. O Sacramento da UNÇÃO DOS ENFERMOS. Expressa
o poder salvífico de Deus.
Os sete Sacramentos mostram que toda a existência humana e espiritual é consagrada pela graça de Deus.

Sacramentos: Gestos de fé
Dissemos que os Sacramentos não falham. Sempre realizam a Salvação. É verdade.
Mas e preciso entender. Os Sacramentos não falham da parte de Deus, mas podem falhar da parte das
pessoas que os recebem. Isto acontece quando alguém recebe o Sacramento sem a devida preparação. Sem
Fé o sinal Sacramental se torna sem efeito. Não salva. E até um perigo para a salvação.
Por exemplo: O Batismo oferece as condições para se salvar, mas o Batismo não é um bilhete para se entrar
no Céu.

REVISANDO – SACRAMENTOS SÃO:


- Sinais sensíveis pelos quais Deus se comunica com você.
- Sinais, canais pelos quais Deus comunica a sua graça.
- Sinais que perpetuam a presença de Cristo na Terra.
- Meios de prestarmos culto a Deus.
RESUMINDO: SACRAMENTOS SÃO 7:
Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Matrimônio, Ordem, Unção dos Enfermos.
Três destes podem ser recebidos uma vez só: - Batismo, Crisma e Ordem. Porque imprimem uma marca
(caráter) que nunca se apaga.

Agir
- Quais os Sacramentos que você já recebeu?
- Os Sacramentos estão ligados a nossa vida? Qual é a relação entre sua vida e os sacramentos?

Celebrar
Ler a parábola do pai misericordioso Lucas 15,11-32.
Explicar o significado da parábola e a importância do arrependimento e do perdão.
O rompimento da relação de amor com o pai, levou o filho a uma vida desregrada, a uma vida dissoluta, no
fundo a uma vida de pecado.
Mas o filho reflete, faz um ―exame de consciência‖ e percebe que a vida que leva está errada, não tem
sentido, e que só a relação com o pai lhe dá paz, lhe dá mais vida.
Arrependido parte à procura do pai para lhe pedir perdão pelos seus atos.
Mas o pai não fica extático á espera do pedido de perdão do filho. O pai vai também ao encontro do seu
filho.
Podemos ver aqui, sem grande esforço a figura do sacerdote, que vai ao encontro daquele que se aproxima
do Sacramento da Penitência.
O filho arrependido, já nada exige, a não ser fazer a vontade de seu pai, o que constitui sem dúvida a
imagem do propósito de emenda.
Mas o perdão do pai é de tal modo, que lhe abre os braços e volta-o a tratar como o filho querido que
sempre foi.
E ao recebê-lo novamente como filho, a liberdade daquele filho é restabelecida, porque a relação de amor
verdadeiro é sempre assente na liberdade de cada um.
O perdão de Deus é tão infinito, que pelo Sacramento da Penitência, a reconciliação, a relação com Deus, é
de imediato restabelecida em toda a sua dimensão de eterno amor.
Era assim necessário que aquele filho procurasse o pai arrependido, mas era também necessário que o pai
viesse ao encontro do filho, para o perdoar e acolher.

Oração final:
Agradecer a Deus por ter nos deixado sinais do seu grande amor e por ser um Pai misericordioso que
sempre nos perdoa.

Apostila do Catequista 26
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
8. O valor da Santa Missa- mandamentos da Igreja

Objetivos
Compreender o sentido do domingo e o respeito como o dia especial dos cristãos.
Receber os catequizandos novos que chegaram, destacando a importância da caminhada de aprofundamento
na fé que estão iniciando.

Preparação para o encontro


Sugestão: montar um altar com a bíblia, vela, flores, imagens de comunidade reunida, quadro ou fotografia
da sua igreja, ou local onde se reúne a comunidade, fotografias de algum evento importante da sua
comunidade ou de alguma missa.
Gravetos ou palitos de churrasco.
Leitura de apoio
- Catecismo da Igreja Católica 1382 a 1401

Acolhida
Oração Inicial: Pai Nosso

O domingo é o dia de se aproximar da comunidade de fé, na qual Jesus Cristo está presente.

Ver
Debate
Fazer um debate, bem livre e espontâneo, dando aos adolescentes a oportunidade de expressar seus
pensamentos e ideias.
Iniciar perguntando:
O que vocês fazem normalmente aos domingos e feriados?
Por que esse dia é diferente dos outros, muda toda a programação das pessoas, a maior parte das atividades
profissionais param de trabalhar, os parques ficam lotados de pessoas?
Será que o domingo é só para isso?
Quem participa das missas aos domingos?

Falar sobre: Os mandamentos da Igreja

Iluminar
Dinâmica para ajudar o grupo a refletir sobre a temática do encontro:

Entregar um graveto fino e seco ou palito de churrasco para cada um e pedir que o quebrem. Perguntar se
foi fácil.
Entregar mais um graveto para cada um.
O catequista fica com um graveto mais longo e grosso.
Pedir para que observem os gravetos separados.
Reunir todos os gravetos em torno do graveto maior, formando um feixe.
Passar o feixe de mão em mão e pedir para que tentem quebrá-lo.
Perguntar: qual a diferença entre os gravetos separados e os unidos? Por que os primeiros quebraram e os
segundos não?
Explicar que os primeiros gravetos são como os católicos que não participam da sua comunidade: quebram-
se com facilidade, ou seja, qualquer problema mais sério tendem a abandonar a fé. Dizem que rezam em
casa e que isto lhes basta. Porém, o encontro com Jesus ressuscitado (graveto maior, que pode ser um
pedaço de um cabo de vassoura) se dá em comunidade. Quando participamos da comunidade somos fortes
porque estamos unidos entre nós e com Jesus (feixe).
O domingo é o dia da reunião da comunidade com Jesus, que se manifesta ressuscitado a cada ―oito dias‖,
através da celebração da Santa Missa.
Em casa não nos encontramos com Cristo como na comunidade, pois não podemos nos unir aos irmãos que
comungam da mesma fé que temos. Por isso, todos os cristãos católicos devem participar da missa
dominical, ou, onde não é possível, da Celebração da Palavra, em sua comunidade local.

Apostila do Catequista 27
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

Impressionante exemplo da justiça de Deus


Santa Isabel, rainha de Portugal, tinha um pajem muito virtuoso e prudente, digno de toda confiança, a
quem incumbia de conceder aos pobres grande parte de suas esmolas. Outro pajem, invejando-o, foi dizer
ao monarca que a confiança da rainha por aquele pajem era fruto de uma inclinação pecaminosa. O rei, que
naquele tempo estava entregue a uma vida irregular, acreditou na calúnia, e planejou matar secretamente o
referido pajem. Certo dia, passando pelo local onde havia uma usina de cal, chamou os operários e ordenou-
lhes que, quando alguém viesse, de sua parte, perguntar se eles haviam feito o que o rei ordenara, que o
pegassem e o lançassem ao grande forno para aí perecer.
No dia seguinte, D. Dinis mandou o pajem da rainha ir à usina perguntar se o que ele havia ordenado havia
sido feito. Entretanto, a Providência velava pelo virtuoso jovem. Passando no caminho por uma igreja, o
pajem entrou para rezar. E vendo que ia começar uma Missa, permaneceu algum tempo para assisti-la.
Terminada a primeira missa, começou uma segunda, depois uma terceira, e o piedoso pajem ficou também
na igreja para rezar no transcorrer delas.
Enquanto isso o rei, levado pela impaciência, chamou outro pajem —providencialmente, o mesmo
caluniador — e enviou-o à usina, a fim de se inteirar se sua ordem havia sido cumprida. Imediatamente os
operários apoderaram-se do infeliz e lançaram-no ao forno.
O primeiro pajem chegou depois àquele local e perguntou se o que o rei ordenara fora executado, recebendo
a resposta afirmativa. De volta ao palácio, foi dar conta de sua missão ao soberano, que ficou muito
surpreso de vê-lo vivo e quis saber o que acontecera. O pajem contou-lhe então que, quando ia a caminho
da usina, passou pela igreja para uma rápida oração. E que seu pai, ao morrer, havia lhe recomendado
assistir a todas as missas que visse em andamento. Por isso ele assistira a três missas sucessivas, e só depois
fora executar o que o rei ordenara.
O monarca reconheceu no fato um julgamento de Deus, testificando a inocência da rainha, a virtude de seu
pajem e a malícia do caluniador.
Fonte: http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=54A8796B-A4EA-3FB8-
E934E972FDE120BB&mes=Julho2005

Agir
Converse com os catequizandos sobre a importância de participar na comunidade nos domingos e festas
litúrgicas.
Proponha a eles a elaboração e formalização do compromisso de serem assíduos e fiéis participantes na
comunidade.

Celebrar
Pedir que leiam individualmente o Sl 117 (118) e escolham um versículo que mais lhes chamou a atenção
para rezar.

Oração final: Creio

Apostila do Catequista 28
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Saiba Mais
A santificação do Dia do Senhor é o Terceiro Mandamento. É o dia de descanso que os judeus observam em
memória ao dia de repouso de Deus no sétimo dia da criação. Também celebra a memória da libertação da
escravidão no Egito. Essa lei normalmente foi aplicada com muito rigor. Os seguidores mais exigentes das leis de
Moisés chegaram a estabelecer uma relação de atividades que se poderia realizar sem desrespeitar a lei.
Jesus inaugurou um novo tempo na história da humanidade. Ele, o ―Senhor do sábado‖ (Mc 2, 28), fez uma nova
interpretação da lei de Moisés e afirmou que no sétimo dia da semana não se podia deixar de amar, servir e fazer o
bem, pois ―o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado‖ (Mc 2, 27). Assim, Jesus ―... se
permite no dia de sábado fazer o bem de preferência ao mal, salvar uma vida de preferência a matar‖ (CIC 2173).
Isso não significa que Jesus tenha negado o valor do preceito em respeito ao Dia do Senhor. Mas acabou dando-
lhe uma nova interpretação e um novo sentido. Acrescentou-lhe algo novo, ligado ao seu novo modo de ser depois
da morte. Com sua ressurreição no primeiro dia da criação, o domingo, os cristãos passaram a cumprir como o Dia
do Senhor o primeiro dia da semana. ―Devido à tradição apostólica que tem sua origem do dia mesmo da
ressurreição de Cristo, a Igreja celebra a cada oitavo dia o Mistério Pascal‖ (SC 106) . Esse é um dia que os
cristãos guardam, desde as primeiras comunidades, para ouvir a Palavra de Deus e participar da Eucaristia,
lembrando a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Como primeiro dia da semana, lembra o primeiro dia da criação. Agora, em Cristo, a criação de uma nova
humanidade, uma nova forma de viver a plenitude da graça de Deus.
Domingo é o dia da Igreja. Tanto a Igreja doméstica, a família, como a Igreja que reúne toda a comunidade de fé.
Acima de tudo é um dia de alegria, de comemoração. É um dia para louvar, agradecer a Deus pelos dons da vida,
e também pedir a renovação das energias. Mas, acima de tudo, é o dia da ressurreição de Jesus Cristo, da qual
participamos na celebração eucarística. É por isso que o domingo sem Eucaristia não é um domingo completo.

MANDAMENTOS DA IGREJA

1º Mandamento: Participar da Santa Missa nos Domingos e Dias-Santos.


A participação na Santa Missa do "Dia do Senhor" ou dos dias-santos de Guarda é um dever obrigatório para todo
cristão batizado, porque Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, que é o Domingo.
"Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de
como Ele vos disse, quando ainda estava na Galileia" (Lucas 24, 5-6), Isto foi dito por dois Anjos às discípulas
que foram ver o Corpo de Jesus no sepulcro. A Santa Missa é o Santo Sacrifício de Cristo que foi consumado
no Calvário, sendo renovado e celebrado do nascer ao pôr-do-sol em todo o mundo pela salvação da
humanidade. Faltar à Missa aos Domingos e Dias-Santos sem nenhum motivo que impeça de assisti-la é
considerada falta grave pela Igreja, ficando a pessoa impedida de receber Comunhão.
Os Dias-Santos de Guarda são quatro:
-1º de Janeiro - Festa da Santa Mãe de Deus;
-Corpus Christi (a data varia, de acordo com o Calendário Litúrgico da Igreja);
-Festa da Imaculada Conceição de Maria (8 de Dezembro);
-Festa do Natal (25 de Dezembro) em que se celebra o Nascimento do Salvador do mundo.

2º Mandamento: Confessar-se ao menos uma vez cada ano.


O segundo mandamento prescreve que o cristão batizado deve confessar-se ao menos uma vez por ano, mas
como o gênero humano tem uma natureza, digamos, corrupta devido a herança do pecado original cometido pelos
primeiros pais (Adão e Eva) no início da Criação, o espírito necessita de uma "limpeza espiritual" constante para
não acumular muitas faltas ou pecados graves (mortais) que comprometem a salvação da alma.
É através do Sacramento da Reconciliação ou Confissão Sacramental que a Igreja de Cristo proporciona ao
homem a reconciliação com Deus e com os irmãos, libertando com o perdão dos pecados. "Se vossos pecados
forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos
como a lã!" (Isaías 1, 18).
Questionário:
1 – Qual a importância da missa em minha vida?
2 – Quando, na verdade, começa a missa (missão) aos domingos?
3 – Estou sendo um bom católico?
4 – As minhas confissões têm sido sinceras?
5 – Qual o exemplo que devo tirar da vida de Cristo?
6 – Qual a importância dos Mandamentos da Igreja?
7 – Vocês acham que os Mandamentos de Deus e os da Igreja têm ligações entre si?

Apostila do Catequista 29
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
3º Mandamento: Comungar ao menos pela Páscoa.
Comungar ao menos pela Páscoa ou "fazer a Páscoa" como prescreve a Igreja, é cumprir um dever muito antigo
que já fazia o Povo de Deus do Antigo Testamento.
“Celebrar a Páscoa recebendo a Comunhão ou Eucaristia significa o encontro e comunhão com Jesus
Cristo que liberta de todo o mal”.
Assim, fazer parte da celebração do mistério da Eucaristia é estar com Deus, em Cristo, de forma mais plena, mas
somente isso será possível se o Cristão Católico estiver cumprindo com todos os mandamentos, conforme
prescreve o Sacramento da Eucaristia.

4º Mandamento: Jejuar e não comer carne quando manda a Santa Igreja.


A Santa Igreja prescreve no quarto mandamento que a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira da Paixão são dias de
se fazer jejum do corpo ou de alimentos com abstinência de carnes nestes dias, em respeito à Morte de Jesus
Cristo na Cruz e como meios de penitenciar o corpo e o espírito, a fim de que os "canais da graça" sejam liberados
da mancha dos pecados do egoísmo e do orgulho.
―Fazer penitências, às vezes, nos parece ser algo impossível, chato e por muitas vezes arrumamos desculpas para
não fazermos. Mas, se pensarmos em tudo o que Cristo fez para nos salvar e olharmos o que nos é pedido hoje,
veremos que não será nem metade de tudo o que ele sofreu. Então, peço que tenhamos fé, paciência e respeito por
este mandamento e que saibamos usar o nosso jejum, em oração, da melhor forma que encontremos. Assim,
imagino que a melhor forma de Jejuarmos é termos um propósito. Escolha o teu!‖
Questionário:
1 – Tenho comungado ao menos na Páscoa?
2 – Tem sido uma Comunhão boa?
3 – Qual seria o propósito que eu escolheria para ―Jejuar‖?
4 – Como tem andado a minha vida cristã?

5º Mandamento: Pagar Dízimos, conforme o costume.


O quinto mandamento da Igreja informa que os fiéis cristãos batizados também são responsáveis pela construção
do Reino de Deus aqui na terra, ou seja, pela construção e manutenção da Igreja. Isto é feito através da coleta do
dízimo na missa ou até mesmo para aqueles que optam por pagar uma quantia não fixa mensal
Isto tudo auxilia os Seminários na formação dos Sacerdotes, que no futuro prestarão serviço a Deus e ao Seu
Povo, que somos nós. "A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que
envie operários para sua messe" (Mateus 9, 37-38).
Conforme o costume a Igreja, de certo modo, não estabelece uma quantia exata do que se deve pagar nas ofertas
dos dízimos, mas devemos lembrar que a Igreja tem compromissos mensais, tal como contas de luz, água e
telefone. Mas para cumprir este preceito, deve-se ter espontaneidade (você não deve ser obrigado por ninguém) e
ter discrição (―que não saiba a mão esquerda o que a mão direita fez‖).
DÍZIMO significa 10% do que ganhamos honestamente, produzimos, ou colhemos nas lavouras, nos rebanhos,
etc. O dízimo é uma oferta ou oferenda que reservamos para Deus, em sinal de gratidão e reconhecimento pelos
inúmeros benefícios que usufruímos da Natureza (a chuva, o sol, a terra, o ar, a água, as árvores, os animais, etc.);
porém seu dízimo também pode ser ofertar-se em trabalho junto à Igreja, auxiliando assim a pescar mais almas
para o caminho de Deus.
JESUS ratificou a necessidade das "ofertas" ou "oferendas" materiais à Sua Igreja, quando Ele observava como as
pessoas colocavam suas quantias em dinheiro no "Cofre do Templo" : os ricos destinavam grandes quantias
daquilo que lhes sobravam; uma pobre viúva destinou apenas duas pequenas moedas que eram do para seu
próprio sustento. E Jesus disse que aquela pobre viúva pôs mais do que os outros porque ela dividiu do pouco
que tinha para se manter, repartindo com Deus. Consequentemente, foi ela quem mais agradou a Deus. Disse
Jesus: "Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros. Pois todos aqueles lançaram nas
ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o
sustento" (Lucas 21, 3-4).
Questionário:
1 – O quanto de mim (do meu tempo) tenho doado à Igreja? Qual seria a importância da doação do tempo que
temos à Igreja?
2 – Qual a importância do dízimo para a Igreja?
3 – Como isto influencia na formação de novos padres e sacerdotes em geral?
4 – Fazer parte de algum grupo, comunidade católica também é servir a DEUS?
5 – Como seria se a Igreja não tivesse a ajuda de todos, tanto no dízimo em dinheiro, tanto na doação do tempo
que temos à disposição da Igreja?

Apostila do Catequista 30
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
9. Oração – conectados a Deus

Objetivos
Entender o verdadeiro sentido da oração: o encontro com o Deus que preenche nosso ser.
Despertar no catequizando o valor e a importância da oração na vida.
Compreender que a oração é um meio de cultivar a amizade com o Senhor.
Mostrar a importância da oração familiar, comunitária e pessoal.

Preparação para o encontro


Preparar o ambiente usando os seguintes símbolos: pão, frutas, Bíblia. Caixa para receber os pedidos de
oração.
O Catecismo da Igreja Católica tem uma vasta exposição sobre o tema: CIC 2558-2565; 2598-2616; 2697-
2758.

Acolhida
Oração inicial: Vinde Espírito Santo
Relembrar o encontro anterior.

Ver
Refletir- Nossa vida:
Em 1974, sofri paralisia facial do lado esquerdo. O resultado foi desfiguramento grosseiro de todo lado
esquerdo do meu rosto. Minha bochecha cedeu, minha pálpebra esquerda não piscava, meus lábios ficaram
tortos, metade de minha língua ficou insensível e minha testa não franzia no lado esquerdo. Foi terrível.
Instintivamente, minhas orações eram em favor de uma total recuperação miraculosa. Orei fervorosamente,
mas a cura não veio. Depois de 10 dias no hospital de minha cidade, fui transferido para o centro médico de
uma universidade.
Enquanto eu estava ali, um jovem capelão aproximou-se durante uma visita. Contei-lhe que havia orado
para que o meu rosto fosse curado, mas que não havia obtido nenhuma melhora.
O capelão abriu sua Bíblia e gastou tempo lendo para mim a história de como José havia se tornado o
segundo mais importante homem no Egito. Quando revelou sua identidade aos irmãos, eles estavam certos
que buscaria revanche. Em vez disso, ele os perdoou. Quando perguntaram como ele podia ser tão
magnânimo, José explicou que Deus havia usado aquele mal para operar o Seu bem.
―Agora você tem uma oportunidade semelhante‖, disse-me o capelão. ―A vida lhe deu um duro golpe. É sua
fé suficientemente forte para você parar de orar pelo que deseja e, em vez disso, descobrir que Deus pode
livrá-lo?‖
―Mas estou paralisado‖, murmurei através dos lábios tortos e insensíveis.
―Apenas um lado de seu rosto está paralisado‖, opôs-se o capelão. ―Suas pernas, pés, mãos, braços e costas
funcionam bem. O mesmo ocorre com sua audição, pensamentos, percepção e tato. Descubra o que Deus
tem reservado para você. Submeta-se a Ele.‖
Desde então, mudei minha oração. Continuei a pedir pela restauração de minha face, mas também orava
que, se aquilo não fazia parte da vontade de Deus para mim, então eu desejava pela graça aceitar minha
situação e servir onde Ele pudesse me usar.
Para minha surpresa, a paralisia passou a ser uma completa bênção de Deus. Por causa dela, precisei assistir
a uma classe de terapia da fala para aprender a falar claramente outra vez. Nela, foram dadas dicas sobre
projeção da voz, pronúncia, oratória e gesticulação. Logo, não apenas aprendi como falar novamente, mas
também desenvolvi a arte de falar em público.
Graças àquele treino, agora apresento mais de 80 palestras por ano em faculdades, universidades e
empresas. Também sou catequista em uma paróquia, e atendo a inúmeros convites para falar em rádio e
televisão. Não tivesse sido pela paralisia, essa fase em minha carreira nunca teria sido aberta para mim. 30
Venho recuperando a sensibilidade e a maioria do movimento motor da testa, nariz, lábios e língua. No
entanto, minhas pálpebras e bochecha do lado esquerdo ainda mostram evidências do problema que sofri.
Mas nunca penso nele como algo desconcertante.
Se alguém me pergunta a respeito dele, eu digo: ―É alguma coisa que parecia levar para o mal, mas através
do poder da oração passou a operar para o meu bem,‖
(“O ingrediente que falta na oração”, Decisão, 1991)

Apostila do Catequista 31
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

Pare e pense:
Que papel a oração desempenha em sua vida? Você teria algum exemplo pessoal de oração respondida para
partilhar?
Você abre espaço para Deus em sua vida? Você se sente confortável contando seus problemas para Deus?
Vocês costumam rezar?
O que rezam? Como rezam? Com quem rezam?
Vocês rezam todos os dias ou só quando deseja conseguir alguma coisa ou quando se vê em apuros? O que
fazer quando, aparentemente, Deus não ouve as nossas orações?
Na oração do Pai Nosso, qual o trecho que você acha mais difícil de viver?
Motivar os catequizandos nas respostas e no diálogo sobre oração. Estimule-os a partilharem suas
experiências na oração, completando sobre a importância da oração na nossa vida. Incentivá-los a rezar
todos os dias.
As respostas serão variadas, procurar direcionar a conversa na perseverança da oração com fé e estar aberto
às respostas de Deus.

Iluminar
Palavra de Deus: Mt 6, 5-15 – O Pai Nosso
Motivar o grupo a ler o texto e marcar as palavras mais representativas e significativas.
Com estas palavras, elaborar frases com o grupo e tirar mensagem para a vida.
Jesus nos ensina a rezar porque nos ama; quer que conversemos com ele e que sejamos irmãos.

Jesus tinha um jeito especial de rezar. Gostava de lugares isolados, rochosos, tranquilos... O que sustentou o
projeto de Jesus foi justamente o contato íntimo com o Pai. Certo dia, ao verem Jesus rezar tão bonito, seus
discípulos lhe pediram: ―Mestre, ensina-nos a rezar‖. Então, Jesus lhes ensinou o Pai Nosso. Jesus deixa
bem claro que não devemos ser egoístas, temos que saber pronunciar a palavra ―nosso‖, crendo no valor da
partilha, da vida. Partilhar o pão nosso de cada dia é o mesmo que contribuir para que o Reino de Deus
aconteça em toda parte. Saber perdoar para que a dignidade humana seja respeitada, só assim estaremos
fazendo a vontade do Pai que está no céu.

Agir
Incentivar a oração intercessora (uns pelos outros). Pode-se criar uma lista de nomes para interceder.
Planejar um momento de oração em grupo, ou uma corrente de oração, onde cada um interceda pelo outro.
Convidar sua família para rezarem juntos a oração do Pai Nosso.

Celebrar
Providenciar uma caixa bem bonita para receber os pedidos de oração. (cada um coloca seu pedido de
oração na caixa)
Vamos rezar uns pelos outros, pelos pobres, doentes, pela nossa família, comunidade e por todos os
necessitados
De mãos dadas em sinal de amizade, rezemos o Pai Nosso.

Apostila do Catequista 32
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Saiba mais

A oração nos une a Deus e nos ajuda a caminharmos adiante. É muito importante rezar sozinho, participar da
liturgia, de momentos de oração da comunidade para estar na presença de Deus e cultivar a presença dele na
vida. Para uma boa espiritualidade cristã e para garantir um seguimento radical a Jesus Cristo, as duas
modalidades da oração são necessárias. Uma não exclui a outra. Ambas se completam.
A oração é uma conversa com Deus. É uma resposta à necessidade que temos de Deus. É um modo de
verbalizar nossa sede de Deus e nossa vontade de estar com Ele. Sentimos dentro, bem lá no fundo de nosso
ser, um desejo profundo de buscar o Senhor. Porém, jamais poderíamos encontrar a Deus, se Ele mesmo não
se revelasse a nós. Não somos nós que vamos ao seu encontro, mas é Ele que vem até nós. A oração,
portanto, é o encontro de duas sedes: Deus tem sede de nós e nós temos sede dele.
O encontro com o Senhor é capaz de dar sentido à nossa vida, de preencher completamente nosso ser. A
oração é a oportunidade de encontrarmos o Senhor. A oração é uma graça, um presente da iniciativa amorosa
de Deus. Contudo, é necessária a nossa abertura de coração. A prática da oração depende também de nossa
disciplina. ―*...+ a oração diária é o sinal do primado da graça do caminho do discípulo missionário‖ (DA
255).
A oração está unida à vida e reproduz a vida, ou seja, a vida de oração autêntica nos leva a vivenciar o
Evangelho como discípulos missionários de Jesus Cristo. Quem reza bem, vive bem! Afinal de contas, é a
vida humana, mergulhada em Deus, que é rezada (veja o exemplo do livro dos Salmos). Jesus é o melhor
exemplo de vida de oração.
Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Editora Vozes, Vol. V, p. 36, 2008

Os adolescentes, de modo geral, gostam de entrar em seus quartos para viver a sua individualidade. Quando
entram no quarto estão em seu cantinho para cultivar os seus segredos. Cada um de nós também precisa de
momentos reservados para que cuidemos de nós mesmos e cultivemos o que faz parte da nossa
individualidade.
A intimidade é importante para a vida de oração. No Evangelho, Jesus ensina a rezar ao Pai, no silêncio, na
solidão. É fundamental criarmos o hábito da oração pessoal. Do mesmo modo que precisamos nos alimentar
diariamente, também necessitamos do alimento espiritual que é o cultivo da amizade com o Senhor.
Rezar é, portanto, entrar na intimidade de Deus-Pai, por meio de Jesus, no Espírito Santo. Ser íntimo de Deus
significa ser amigo fiel dele.
Para rezar bem e percebermos que nossa oração é frutuosa necessitamos de alguns elementos da ―arte de
rezar‖, como por exemplo: adotar um método de oração; um tempo adequado; um espaço privilegiado; um
roteiro mínimo, uma intenção. Há uma diversidade de formas de oração. Podemos rezar com fórmulas, com
palavras espontâneas, com a recitação do rosário ou pela leitura e meditação de um texto da Bíblia, pela
leitura orante da Bíblia. Tanto para uma forma como outra, necessitamos de silêncio interior e exterior. Sem
isso, é impossível entender o recado de Deus sobre nossa vida, pois silenciar é também um modo de orar,
sobretudo para escutar o que Deus nos diz.
Rezar é mais do que pedir coisas, pois devemos igualmente, agradecer, pedir perdão, louvar e bendizer ao
Senhor. Independente do modo que costumamos fazer a nossa oração, o mais importante é que a nossa
atitude seja uma abertura ao amor de Deus, o cultivo da sua presença constante em nossa vida. Aliás, a
oração é a fórmula mais própria para o cultivo contínuo da presença de Deus em nossa vida do dia a dia. A
oração é também entendida como uma ―luta espiritual‖. Isso porque nem sempre é fácil cultivar o hábito da
oração. Quando oramos nem sempre recebemos gratificações do Senhor ou conseguimos manter a nossa
atenção. Mesmo quando a oração não parece frutuosa, somos desafiados a perseverar na oração.
O esforço e a perseverança de quem ora são importantes, mas acima de tudo, a oração é um dom de Deus.
Deus vem até nós e nos dá a graça do encontro com Ele. Portanto, a oração não depende somente do ser
humano: não é uma multiplicação de palavras bonitas, como garantia de que Deus escute a nossa súplica.
Deus sempre escuta a nossa oração, sempre nos atende se pedirmos com fé, mas do modo dele, de acordo
com a sua vontade. Seria uma incoerência tentar controlar a Deus. A melhor oração é assumir a vontade de
Deus, mesmo que não entendemos como fez Jesus no Getsêmani.

Apostila do Catequista 33
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
10. Os dez mandamentos

Objetivos
Mostrar aos catequizandos que os Mandamentos são puro amor de Deus para conosco.

Preparação para o encontro


Bíblias;
Cópias das atividades.

Acolhida
Oração inicial: Pai Nosso
Relembrar o encontro passado.

Ver
Quando você chega ao Santuário de Nossa Senhora em Aparecida do Norte (quem já esteve lá?), logo que
atravessa os portões e entra para os grandes pátios, começa a ver as sinalizações necessárias para se
orientar; orientações de direção, de ambientes, de possibilidades de locomoção, de departamentos, de
assistência médica e policial, de locais de oração, de capelas, de salas de confissões, batizados,
conferências, promessas, e, de modo especial, do local onde se encontra a imagem de Nossa Senhora
Aparecida. Você vai encontrar também orientações para não se perder. Vai encontrar avisos de silêncio, de
não fumar, de não jogar papéis no chão etc. Isso tudo para você estar tranquilo e se sentir bem. Quem não
obedece às sinalizações, corre o risco de não encontrar o que procura, além de poluir o ambiente sonoro e
visual, e impedir a concentração dos romeiros, numa verdadeira falta de amor e caridade. Obedecer às
regras faz parte do amor para com o próximo.

Mas o que estes comentários têm a ver conosco?


Comentário: Assim como estas orientações são necessárias para o bom comportamento no ambiente do
Santuário de Aparecida, que no fundo são regras e normas de conduta; assim também são os mandamentos
de DEUS e da Igreja são regras ou leis para os cristãos. Pelo fato de ser lei o mandamento não perde as
características da liberdade e do amor. Ao contrário, são normas de conduta que visam facilitar a
convivência e o amor entre as pessoas, entre os irmãos. Essa é a razão da exigência de JESUS no
Evangelho. Algumas normas e avisos nem precisariam ser dados de tão óbvios que são; no entanto, devido
à falta de educação das pessoas, elas existem. É o caso do lixo. Um papelzinho jogado no chão, um
saquinho de plástico, um palito de sorvete, um toco de cigarro, jogado por um romeiro nos pátios da
Basílica representa pouca coisa; mas se for jogado por todos ou quase todos os romeiros, forma um lixo
muito desagradável. O que infelizmente ainda acontece!

O amor que JESUS pede é feito de pequenas coisas, é observado no cumprimento de algumas leis, de
alguns mandamentos apenas, que visam o amor para com o próximo. Quando JESUS associa o amor para
com ele ao cumprimento dos mandamentos, indiretamente está ligando o amor de você ao amor pelos seus
irmãos. É bom notar isso!

Iluminar
Leitura: Dt 5, 6-21.
Como DEUS amava aquele povo, não é mesmo? (pausa) Ele deu dez sinais ou MANDAMENTOS que
orientariam sua caminhada. Então, os DEZ MANDAMENTOS foram a ALIANÇA que DEUS fez com o
seu povo para caminhar com Ele. Aliança quer dizer promessa de verdade! ―Eis a Aliança: Eu serei o teu
DEUS e tu serás o meu povo‖ Ex 6, 7. Estes Mandamentos orientam o povo na caminhada para a
libertação, isto é, evitar o pecado, e viver a fidelidade a DEUS.

Para refletir e pensar:


1) Para que Deus nos deu os Dez Mandamentos?
2) Jesus fala sobre os Mandamentos? Ele nos revela algo mais sobre eles?
3) Quando pecamos contra Deus, independente do pecado, qual o mandamento que sempre ferimos?
4) Em que dois mandamentos, se resumem todos os outros? Justifique.

Apostila do Catequista 34
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
5) O que é idolatria? Quais os ídolos de nosso tempo, em sua opinião?
6) O aborto é lícito pela lei de Deus? Há alguma exceção?
7) E a eutanásia?
8) ―Honrarás pai e mãe‖. Este mandamento se refere só aos pais e as mães?
9) Explique o que vem a ser : ―Guardar os domingos e dias de festa‖.
10) Por que Jesus fala que não devemos jurar em hipótese alguma? Há ocasiões em que devemos jurar?

Interiorização: Abra seu coração e reflita um pouco como está a sua vida, de que precisa renunciar? O
jeito de você melhorar é assumir verdadeiramente DEUS em sua vida. O que será que você precisa
renunciar hoje? Algum objeto de estimação (livro, superstição, falsas religiões, etc.) O que vem na sua
memória agora para se renunciar? (perdão, calúnia, furtos, etc.)
As leis de DEUS são cumpridas hoje? Não? Por quê? (pausa) Cite um exemplo (o jornal, revistas, falta de
amor entre as pessoas, etc.).
Hoje tem alguém que é escravizado? (pausa) (pessoas sem direito a estudar, sem hospital, abandonados,
etc.)
Temos líderes, isto é, pessoas que estão à frente como Moisés? (pausa) Temos! (creches, associações,
igrejas, médicos, etc.). Cada um de nós é chamado a ser um líder.

Agir
Lembrete: Viver os dez mandamentos.
Este lembrete é para nos dizer que nada adianta saber, isto é, decorar se não vivemos. Tudo o que
aprendemos aqui na catequese temos que viver e espalhar para os outros. Por exemplo: Amar a DEUS sobre
todas as coisas. O que adianta decorar, se no domingo em vez de participar da Missa prefere ficar
dormindo?

Celebrar
Conhecemos os Mandamentos da Lei de DEUS. Para que você possa sair daqui com a certeza que poderá
ser fiel a eles, vamos gravar no coração com carinho:
Os Mandamentos da Lei de DEUS são como sinais que DEUS coloca em nosso caminho e nos ajudam a
viver como filhos de DEUS.
Os mandamentos da Lei de DEUS nos mostram a imagem que deve ser o homem segundo o coração de
DEUS.
Os mandamentos da Lei de DEUS são sabedoria e felicidade de DEUS prometida aos homens.

Encerrar o encontro com orações espontâneas.

Apostila do Catequista 35
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Mandamentos (amai-vos uns aos outros como eu vos ameis)

1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.


Amar a Deus no próximo, através do nosso irmão. Temos que nos assemelharmos a Ele, e para isso nos temos
que; Amar a todos A todos perdoar. A todos servir. E a ninguém excluir.
Quando fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não somos apenas amigos de
Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu projeto de salvação, de restauração.
Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, da igreja. Nós temos que a exemplo de Jesus Cristo
restaurar a vida da sociedade.
E eu restauro a sociedade quando eu ajo com a consciência moral cristã, testemunho Jesus Cristo onde quer que
eu esteja, quando luto contra os preconceitos raciais, de cor, nível social.
"Deus só pede o nosso amor"
2 - Não tomar seu santo nome em vão.
Proíbe todo uso impróprio do nome de Deus.
 Respeito – é consequência do amor
 Não jurar usando o nome de Deus
3 - Guardar domingos e festas de guarda.
Assistir e participar das missas - um único dia para adorar e louvar a Deus.
4 - Honrar Pai e Mãe
 Respeito aos pais
 Obediência
 Diálogo
Na primeira parte da vida nós nos perguntamos qual o sentido daquilo que a gente fez, o que a gente é. Na
segunda parte da vida nos temos a sabedoria. Na primeira parte nos devemos nos orientar pelos mais velhos
porque eles têm a sabedoria e a experiência.
5 - Não matar
Só Deus tem o direito de tirar a vida. Não praticar:
 Aborto
 Eutanásia
 Suicídio
 Homicídio
6 - Não pecar contra a castidade
 Integração correta da sexualidade na pessoa
 Namoro santo
 Se manter puro (corpo e alma)
 Relacionamento superficial dos jovens
Pensamento: Sempre que uma pessoa procura um prazer a curto prazo, vai ter um sofrimento a longo prazo.
7 - Não roubar
 Apropriar-se do que não é seu
 Roubar a paz
8 - Não levantar falso testemunho
 Matar com a língua.
 Desmoralizar
 Ter misericórdia com o próximo
Quando falar, falar com a pessoa certa, pedir a orientação do Espírito Santo.
Jesus disse: Não é o que entra pela boca que causa mal e sim o que sai da boca.
9 - Não desejar a mulher do próximo
 Respeito ao compromisso assumido pelos outros
 Matrimônio
 A importância da família
10 - Não cobiçar as coisas alheias
 Sermão da Montanha - Mt. 5, 1 – 12
"O SER tem que estar acima do TER"
Quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o sacrifício de Cristo se torna a
fonte de onde brotará o perdão dos pecados portanto, para todo pecado existe perdão, apenas um único é
imperdoável: é você morrer sem acreditar em Deus, é o pecado contra o Espírito Santo, é o pecado da pessoa
que não aceita o amor de Deus e o seu perdão.

Apostila do Catequista 36
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
11. Maria na Igreja- aparições de Nossa Senhora

Objetivos
Mostrar que através do ―sim‖ de Maria concretiza-se o plano da salvação na pessoa do seu Filho Jesus
Cristo.

Preparação para o encontro


Bíblias, toalha, flores, bíblia, imagem de Nossa Senhora, terço.

Acolhida
Oração inicial: Salve Rainha

Quem gostaria de falar o que sabe sobre Nossa Senhora? (direcionar o encontro a partir do que sabem e ir
completando)
- Maria era uma moça como as outras; pertencia a uma família simples da cidade de Nazaré, na Palestina.
Seus pais eram Joaquim e Ana.
- Maria era bondosa, humilde, trabalhadora e cheia de coragem. Sua preocupação era ajudar os outros, ser
amiga de todas as pessoas.
- Ela procurava viver a Aliança, por isso observava os 10 Mandamentos.
- Maria, foi totalmente aberta à Palavra de Deus. Disse ―sim‖. Por isso, Deus nasceu no seu coração, Deus
morou nela e a fez mãe de seu Filho único – Jesus.

Ver
Pedir para que os catequizandos enumerem e anotem tudo o que sabem sobre Maria, desde os fatos até as
qualidades e destacar uma que mais admiram.

Maria disse: ―Façam tudo o que ele lhes disser‖ – Você tem feito tudo o que Jesus ensinou?
No seu dia a dia você consegue perceber as necessidades dos outros? O que você faz?
Você é solidário com as pessoas mais carentes? Procura ajudar?

Terminar mostrando na Bíblia, que Maria é modelo de fé, de serviço, de solidariedade, de confiança e de
oração.

Palavra de Deus: Lc 1, 26-38 / Go 2, 1-12 / Jô 19, 25-27 / At 1, 14


O Evangelho fala pouco de Maria, mas nos mostra que:
- Maria é a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, mas não toma o seu lugar.
- Se a devoção a Maria não tiver Cristo, não é evangélica.
- Mostra como Maria viveu e agiu. Teve perfeita atitude de discípula de Cristo.

Maria é a mulher forte. Conheceu de perto a pobreza, o sofrimento, o exílio.


O Deus de Maria não é um deus pequeno, mas é o Deus dos pequenos. É o Deus que nela faz grandes
coisas.
Maria se doou a Deus e ao povo e teve fidelidade ao Plano de Deus. Esta e a primeira e fundamental
exigência da catequese.

Iluminar
Debate
- Reuni-los em grupos e pedir para que comparem as suas anotações e escolham a qualidade ou o fato que
mais foi destacado entre as anotações dos catequizandos.
- Pedir para que atualizem-no, ou seja, tentem descobrir como Maria agiria naquela determinada situação ou
como seria aquela sua qualidade se ela vivesse hoje.
- Explicar que toda a vida de Maria é exemplo para nós. Ela viveu plenamente em si a vida nova prometida
pelos profetas e anunciada por Jesus.

Em Atos dos Apóstolos 1,14, vemos Maria unida em oração com todos os outros discípulos de Jesus.

Apostila do Catequista 37
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Maria é modelo de solidariedade, de santidade e de oração, é uma verdadeira cristã.

AS MAIS BELAS LENDAS MARIANAS -Nossa Senhora cozinheira-

O Natal estava chegando!


O monge cozinheiro do mosteiro era um jovem, grande devoto de Nossa Senhora, simples e prestativo.
Recebera do abade ordem de preparar um almoço festivo para mais de cem monges que iriam comemorar
juntos o nascimento de Jesus.
Na despensa do mosteiro havia uma belíssima imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo.
Antes de iniciar o seu trabalho diário o monge ajoelhava-se diante da imagem e pedia benção e proteção
para seus afazeres.
No dia de Natal, por ser uma festa tão grade o monge cozinheiro quis prolongar um pouco a sua oração a
Nossa Senhora e pedir uma benção especial para sair-se bem no preparo do importante almoço. Pegou o
menino Jesus no colo de sua Mãe, beijou-o e cheio de alegria e gratidão pelo nascimento de Jesus Salvador
começou a entoar cânticos de Natal, dançando sem parar, beijando e falando com o Menino Jesus,
agradecendo-lhe por ter vindo morar entre nós, para nós e por causa de nós e de nossos pecados.
Ficou tão entusiasmado, totalmente absorvido pela alegria da festa, que nem percebeu que o tempo estava
passando. De repente ouviu o sino tocar para o ―Ângelus‖. Era meio-dia, os monges começaram a sair da
capela e ir para o refeitório.
Quase desmaiou de susto! Festa de Natal, hora do almoço festivo e ele nem tinha começado os preparativos.
O que fazer? O que pensariam os colegas e os convidados? Qual o castigo que receberia do abade? Que
vergonha! Ficou desesperado.
Quis devolver a Nossa Senhora o Menino Jesus que tinha nos braços, depositando-o no colo dela. Outro
susto! A Imagem de Nossa Senhora não estava mais na despensa. Tinha desaparecido. Colocou Jesus no
chão e correu para a cozinha.
Que maravilha! Que surpresa incrível! Viu Nossa Senhora diante do fogão já fritando, cozinhando, lidando
com as panelas: a comida estava pronta. Enquanto ele brincava com o Menino Jesus, ela o substituíra no
fogão.
O almoço festivo foi servido. Jamais houve naquele convento um almoço tão delicioso como naquele dia
de Natal. Imagine, Nossa Senhora, ela mesma, cozinhando na festa da comemoração do nascimento de seu
Filho Jesus.
Maria voltou para seu lugar na despensa e o monge, fora de si de tanta alegria, recolocou carinhosamente o
Menino Jesus nos seus braços.
―Não fiquem preocupados dizendo: ―O que vamos comer? O que vamos beber? Os pagãos é que ficam
procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso‖ ( Mt 6, 31-
32)

Para refletir e responder:


O que você achou mais interessante nesta lenda mariana?

-Existem várias Histórias sobre as interseções e aparições de Nossa Senhora.


-Contar a História de alguma das aparições de Maria Santíssima.

Agir
Rezar uma Ave Maria por dia durante a semana.

Celebrar
Rezar uma dezena do terço com o grupo.
Encerrar com um canto.

Aviso: Trazer no próximo encontro alguma história sobre Nossa Senhora para ser partilhada com o grupo.

Apostila do Catequista 38
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Do livro Maria apresentada aos jovens- Irmão Aleixo Maria Autran, marista (Editora FTD)

As aparições marianas (mariofanias), ao longo da História da Igreja, são fatos históricos, que a Autoridade
Eclesiástica, após lento e prolongado exame, reconheceu e aprovou oficialmente. Esses acontecimentos são
fatores de incremento do culto cristão à Mãe de Deus: festa litúrgica, santuário mariano, orações e invocações
especiais, etc.
Tais fenômenos são manifestações da perene ação salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo e de Sua Mãe
Santíssima. São fatos carismáticos como os demais que sempre existiram no cristianismo: profecia, milagres,
mártires, revelações privadas, etc. O Espírito Santo intervém como Lhe apraz e sempre. Graças a Ele, a Virgem
Maria irrompe visivelmente em nossa história, de maneira milagrosa e surpreendente, confirmando o fato de sua
presença entre nós e garantindo a mensagem de que se faz portadora.

Qual a atitude da Igreja em face das aparições de Nossa Senhora?


Extrema prudência e exame lento e minucioso antes de reconhecer oficialmente a veracidade dos fatos.
De acordo com os critérios sugeridos pelo Papa Bento XIV, a Igreja instaura um processo, a nível diocesano
primeiro, para examinar:
a) as pessoas videntes: suas qualidades naturais, virtudes, antecedentes religiosos, sua instrução, psicologia;
b) o fato das próprias aparições, começando por se estabelecer cientificamente esse fato na sua realidade histórica
para, depois, verificar sua natureza sobrenatural.
Geralmente, são acompanhadas por sinais extraordinários (fontes milagrosas, fenômeno solar em Fátima, etc.);
também esses sinais são submetidos a minucioso exame.
c) finalmente, a mensagem.

João Paulo II, em sua homilia em Fátima (13-5-1982), sintetizou assim esse ponto:
«A Igreja ensinou sempre, e continua a proclamar, que a revelação de Deus foi levada à consumação em Jesus
Cristo, que é a plenitude da mesma, e que ―não se há de esperar nenhuma outra revelação pública, antes da
gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo‖ (Dei Verbum, 4). A mesma Igreja aprecia e julga as
revelações privadas seguindo o critério de sua conformidade com aquela única Revelação pública.
Assim, se a Igreja aceitou a mensagem de Fátima, é sobretudo porque esta mensagem contém uma verdade e um
chamamento que, no seu conteúdo fundamental, são a verdade e o chamamento do Evangelho.»
Vale a pena estudar essa Homilia de João Paulo II, verdadeiro apanhado sobre a teologia das Aparições em geral e
autêntica interpretação da Mensagem de Fátima.
São muitas as “aparições” de Maria reconhecidas pela Igreja?
Bem poucas. Das 30 ―visões‖ de Nossa Senhora, de quem se falou desde 1930 até 1950, por exemplo, apenas as
de Banneux e Beauring foram reconhecidas pela Autoridade Eclesiástica. A aparição em Tre Fontane (Roma,
1947) foi também parcialmente reconhecida, 18 delas receberam o julgamento negativo. As demais estão ainda
sub judice‖.
Geralmente demora vários anos a sentença da Igreja. Nesse intervalo de tempo, não se autoriza o culto público no
local das aparições nem o cumprimento de certos detalhes da Mensagem Mariana, como foi o caso da
―consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria‖, pedida em Fátima (Só em 1942, Pio XII fez a
consagração do Gênero Humano ao Coração de Maria).

Que valor teológico e prático terão as mensagens de Maria, falando aos homens de hoje?
Damos a palavra ao teólogo Karl Rahner:
―Estas revelações particulares não se relacionam unicamente com a vida espiritual de um particular; por mais
privadas que sejam, dirigem-se, por meio do beneficiário direto, à Igreja ou a uma boa parte da Igreja; revelações
privadas que representam uma devoção nova, exortam à penitência e à conversão, comunicam determinadas
instruções, previnem contra alguma doutrina, recomendam tal ensinamento espiritual ou tipo de espiritualidade,
etc. No decurso da história da Igreja tem havido revelações assim, que certamente exercem influência
importante.‖
Basta considerarmos o extraordinário movimento de renovação espiritual que impõem Lourdes e Fátima para o
mundo todo.

As aparições de Nossa Senhora têm sido mais frequentes nesses dois últimos séculos?
Elas sempre aconteceram. Pensemos, por exemplo, nas Aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, em 1531, ao
índio mexicano, Juan Diego, ou nas numerosas ―aparições da Virgem‖, que deram início a santuários e
peregrinações já bem antigos, na Europa; como: Nossa Senhora das Três Espigas, que, em 1491, teria aparecido
a um ferreiro na Alsácia; ou Nossa Senhora de Puy que, de acordo com a tradição nos primeiros tempos do

Apostila do Catequista 39
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
cristianismo, apareceu, no Monte Anis (França), a uma mulher doente, curou-a e lhe disse que escolhera aquela
montanha para que nela se construísse uma Igreja… Na Espanha, a tradição pretende que o santuário de Nossa
Senhora do Pilar, em Saragoça, ―que, no momento da reconquista, é indicado por seu bispo, como muito
estimado pela sua antiga fama de santidade e dignidade‖ (João Paulo II), prende-se a uma visita de Maria, ainda
viva aqui na terra, ao Apóstolo São Tiago Maior. Na Itália, abundam esses antigos santuários ligados a aparições
marianas: Caravaggio, Genazzano (Nossa Senhora do Bom Conselho) etc.
Durante muito tempo, a Nossa Senhora do Carmo esteve associada à célebre aparição de Maria entregando o
Escapulário a São Simão Stock em Cambridge (Inglaterra) a 16 de julho de 1251.
Todavia, nos últimos tempos, chamados por Pio XII de ERA DE MARIA, Ela se tem manifestado mais vezes
como Mensageira de Deus.
São essas mariofanias “visões” ou “encontros”?
São sempre a presença real de Maria aos videntes, que a experimentam como uma existência real e objetiva (não
como fantasias). Entretanto é possível que a Virgem se sirva de representações na própria subjetividade do vidente
para se comunicar. O modo não é tão importante.

Quantas são as aparições marianas e quais são as principais entre as que são reconhecidas oficialmente pela
Igreja Católica?
Nos 20 séculos de história cristã, contam-se cerca de duas mil indicações relativas a aparições marianas que
tiveram certa relevância histórica. As que são reconhecidas pela Igreja nos últimos dois séculos são apenas
uma dezena. As mais importantes entre as reconhecidas são: Guadalupe, no México (1531); Rue du Bac, em Paris
(1830);La Salette, na França (1846); Lourdes, na França (1858); Fátima, em Portugal(1917); Banneux, na Bélgica
(1933); Amsterdã, na Holanda (1945); Akita, no Japão (1973); Kibeho, em Ruanda (1981).
Qual é a atitude da Igreja diante desses fenômenos?
Muito prudente, ou melhor, muito prudente mesmo. Antes de se pronunciar, a autoridade eclesiástica procede com
pés de chumbo. O bispo do lugar, se considera que há pressupostos, geralmente institui uma comissão teológica,
que interroga os videntes e avalia os testemunhos, avaliando também eventuais mensagens ligadas à aparição.
Quais são os critérios utilizados pela Igreja para apurar a autenticidade de uma aparição?
A credibilidade dos videntes: jamais devem se contradizer, seus relatos devem ser coerentes, devem ser
reconhecidos saudáveis do ponto de vista mental.
Em segundo lugar, a ortodoxia das eventuais mensagens, que devem estar de acordo com a mensagem evangélica
e também com o magistério da Igreja.
Finalmente, os frutos, ou seja, as conversões e as eventuais graças ligadas ao lugar da aparição.
Que julgamento o bispo pode dar no fim do processo?
Estão previstas três fórmulas para três diferentes tipos de julgamento. Se a autoridade eclesiástica chega a
verificar que se tratou de uma fraude ou até da fantasia de algum visionário, o julgamento é “constat de non
supernaturalitate”, isto é, consta a não sobrenaturalidade.
Se, ao contrário, o julgamento é interlocutório e não foi possível apurar a veracidade, mas nem desmenti-la, se
adota a fórmula “non constat de supernaturalitate”, isto é, não consta a sobrenaturalidade, mas isso não exclui
que possa ser verificada em um segundo momento. Esse último julgamento foi utilizado para Medjugorje.
Qual foi a aparição mariana que durou mais tempo?
A poucas dezenas de quilômetros da fronteira com o Piemonte, nos Alpes Marítimosde Dauphiné, em Laus, entre
1664 e 1718, Nossa Senhora apareceu por 54 anos a uma pobre pastora analfabeta, Benoite Rencurel. As
aparições de Laus foram reconhecidas oficialmente no dia 13 de junho de 2008 pelo bispo de Gap et
D‘Embrun, Dom Jean-Michel di Falco-Leandri.
Um fiel católico deve acreditar nas aparições marianas reconhecidas oficialmente pela Igreja?
Não, o fiel católico não é obrigado a acreditar nas aparições marianas, embora reconhecidas oficialmente. A Igreja
considera concluída a revelação pública com a morte dos apóstolos e, portanto, todas as aparições, todas as
mensagens posteriores, mesmo que tenham um valor universal, são consideradas revelações ―privadas‖, as quais o
fiel não é obrigado a acreditar, porque não acrescentam nada à mensagem evangélica e ao magistério da Igreja.
Por que, de acordo com os teólogos católicos, Nossa Senhora se revelaria em tantas aparições?
O significado é o da ajuda, do apoio, às vezes da advertência, sempre acompanhado pelo convite à oração e à
conversão: em Fátima, Nossa Senhora apareceu às vésperas da Revolução de Outubro e falou sobre a Rússia.
Em Kibeho, em Ruanda, com dez anos de antecedência, ela apresentou aos videntes a visão de lagos e rios de cor
vermelho como sangue, cenários que se verificariam por ocasião dos tremendos confrontos entre as etnias hutu e
tutsi.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/24921-quais-sao-as-aparicoes-marianas-reconhecidas-pela igreja-e-medjugorge

Apostila do Catequista 40
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
12. Santíssima Trindade

Objetivos
Mostrar que a Santíssima Trindade são três Pessoas distintas, porém, um só Deus.

Preparação para o encontro


Bíblias, lápis e papel.

Acolhida
Oração inicial: Invocação da Santíssima Trindade e Creio.

Ver
História
Conta-se que Santo Agostinho andava em uma praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade: um
Deus em três pessoas distintas...
Enquanto caminhava, observou um menino que portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar,
trazia a água e derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito.
Após ver repetidas vezes o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia.
O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade: -"estou querendo colocar a água do mar neste buraco".
Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe: -"mas você não percebe que é impossível?".
Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe: "ora, é mais fácil a água do mar
caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem!". E
continuou: "Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persistisse em fitá-lo, cegaria. Assim sucede com os mistérios
da religião: quem pretende compreendê-los deslumbra-se e quem se obstinasse em perscrutá-los perderia
totalmente a fé" (Sto. Agostinho).

Dinâmica: Artista
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 10 minutos.
Material: Lápis e papel.
Descrição: O dirigente pede para os participantes fecharem os olhos. Peça a cada participante que desenhe
com os olhos fechados uma:
- Casa
- Nessa casa coloque janelas e portas.
- Ao lado da casa desenhe uma arvore.
- Desenhe um jardim cercando a casa, sol, nuvens, aves voando.
- Uma pessoa com olhos, nariz e boca.
Peça para abrirem os olhos e fazer uma exposição dos desenhos passando de um por um.
- Por fim peça para escreverem a frase a baixo:
- SEM A LUZ DE DEUS PAI, DEUS FILHO, DEUS ESPÍRITO SANTO, TUDO FICA FORA DO
LUGAR.
Comentário:
A Santíssima Trindade é inseparável naquilo que são, e da mesma forma o são naquilo que fazem. Mas na
única operação divina cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões
divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.
Pela graça do Batismo ―em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo‖ (Mt 28,19) somos chamados a
compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, mesmo na obscuridade da fé, e para além da
morte, na luz eterna. Esta é a nossa magnífica vocação.

Iluminar
Santíssima Trindade
A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.
Filho que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem Maria para cumprir a
vontade de Deus de libertar os homens do pecado. Jesus é Deus e as principais provas são:
O próprio Jesus diz-se Deus (Go 10, 30 ; Go 14, 7 e Lc 22, 67-70).

Apostila do Catequista 41
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.
Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. Segundo o
CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi então
convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: "O
Espírito virá sobre Ti..." A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou
seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.
Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi a
descida do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem
anunciando o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no
sacramento da Crisma, e aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do
Cristianismo de cada um.

O Dogma da Santíssima Trindade.


A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três
Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina, As pessoas divinas são distintas entre si pela sua
relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-
se a criação ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.
Resumindo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus
pode nos dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.

Questionário:
1.Quem é Deus? -
R: Deus é um espírito( Go 4,24) perfeitíssimo e eterno, criador do céu e da Terra e nosso Pai.
2. Porque Deus é eterno?
R: Porque sempre existiu, não teve começo e nunca terá fim.
3. Quantas pessoas há em Deus?
R: Em Deus há três pessoas iguais e realmente distintas que são o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
4. Como se chama esse mistério de um Deus em três pessoas iguais que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo?
R: Chama-se o mistério da Santíssima Trindade.
5. Qual é a primeira pessoa da Santíssima Trindade?
R: A primeira pessoa é o Pai.
6. Qual é a segunda pessoa da Santíssima Trindade?
R: A segunda pessoa é o Filho (Jesus Cristo).
7. Qual é a terceira pessoa da Santíssima Trindade?
R: A terceira pessoa é o Espírito Santo.
8. Porque as três pessoas da Santíssima Trindade são um só Deus?
R: Porque têm a mesma natureza divina.

Agir
Considerar na oração, que a santíssima trindade está na alma em estado de graça, portanto, viver em estado
de graça (sem pecado mortal) é a única coisa verdadeiramente importante nesta vida.
Celebrar
Oração final: Preces espontâneas...
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo... Amém.

Apostila do Catequista 42
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
INTRODUÇÃO
O segredo divino mais importante da Fé que Jesus Cristo nos revelou é o MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA
TRINDADE. Jesus falou de seu Pai, que é Deus; do Espírito Santo, que também é Deus; e afirmou que ELE
E O PAI SÃO UMA MESMA COISA (João 10,30), porque é o Filho de Deus. O Pai, o Filho e o Espírito
Santo são um único Deus -não três deuses - porque tem a mesma natureza divina, ainda que sendo três
Pessoas realmente distintas. Que Deus é UM em essência e TRINO em pessoas é a revelação de sua vida
íntima, maior e mais profundo de todos os mistérios; além de ser o mistério fundamental de nossa fé e de
nossa vida cristã. Temos de procurar conhecê-Lo e vive-Lo! O Credo, ou Símbolo é a explicação do mistério
trinitário: o que Deus é e o que fez por suas criaturas ao criá-las, ao redimi-las e ao santificá-las.

DÉIAS PRINCIPAIS:
1. A Trindade, mistério de um só Deus e três Pessoas realmente distintas.
Nunca poderemos compreender os MISTÉRIOS, porque nós somos limitados e eles nos superam; sem
dúvida, temos de tentar conhecê-los cada vez melhor, para que nossa fé seja firme e operativa. O Mistério da
Santíssima Trindade consiste em que, em Deus há uma ÚNICA ESSÊNCIA e TRES PESSOAS
DISTINTAS: Pai, Filho e Espírito Santo, cada uma das quais é Deus, sem serem três deuses, mas um único e
só Deus. Podemos comparar este Mistério com o sol: o sol está no céu e produz luz e calor; a luz e o calor
não são distintos do sol. A Trindade é algo parecido: o Filho e o Espírito Santo são iguais em natureza ao
Pai, mas são um só Deus. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Três pessoas e um único
Deus.
2. A salvação, obra da Trindade.
Todas as coisas criadas foram feitas por Deus, Uno e Trino. Deus criou o mundo, ainda que a criação seja
atribuída ao Pai; Deus realizou a Redenção, ainda que só a segunda Pessoa - O Filho - se fez homem e
morreu na cruz; Deus nos santifica, ainda que a santificação seja atribuída ao Espírito Santo. Assim, pois,
quando agradecemos a Deus tudo o que fez por nós e em nós, temos de agradecer a Deus Pai, a Deus Filho e
a Deus Espírito Santo.
3. Habitação da Trindade na alma em estado de graça.
Ainda que não seja fácil de explicar, é esta uma verdade que nos enche de alegria o saber que o homem que
vive em estado de graça (sem pecado mortal) é TEMPLO VIVO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
BEATÍSSIMA (João 14,23). Desde o dia de nosso Batismo, se não recusamos a Deus através do pecado
mortal, vive em nossa alma Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Temos a Deus dentro de nós para
nos santificar, para nos ajudar, para estar conosco, porque nos ama. Podemos falar com a Trindade
Beatíssima, sabendo que nos escuta e atende nossas súplicas. Sabemos disto pela Fé e, ainda que não O
vejamos, nem O sintamos, é esta a verdade. Quando estamos na Graça de Deus, SOMOS TEMPLO DE
DEUS!
4. No céu, "veremos" a Santíssima Trindade.
Aqui na terra sabemos que Deus está em nossa alma em estado de graça e que a vida cristã é uma luta
constante para evitar o pecado. Se formos fiéis e nos esforçamos por amar a Deus cada vez mais, Ele nos
concederá a maior coisa que poderíamos desejar: vê-Lo face a face, tal como Ele é. O grande prêmio do céu
consiste em ver a Deus: contemplar, louvar, amar e gozar por toda a eternidade da Trindade Beatíssima.
Toda a grandeza, toda a beleza, toda a bondade de Deus se volta sobre estas pobres criaturas que somos cada
um de nós. No monte Sinai, Moisés pediu para ver o rosto de Deus, e o Senhor lhe respondeu que nenhum
homem pode vê-Lo sem morrer. Não obstante, no céu, a alma terá a possibilidade de VER o que Moisés quis
ver na terra: a majestade de Deus.
5. Temos de louvar a Santíssima Trindade.
Pela fé, damo-nos conta de que ser cristãos é algo maravilhoso. Deus nos ama de uma maneira incrível: nos
criou por amor, nos remiu de nossos pecados morrendo por nós, vive em nossa alma em estado de graça e
nos preparou - se somos fiéis - um céu eterno. Nos deixou a Igreja e os Sacramentos para que possamos
facilmente saber o que temos de fazer e viver sempre como bons cristãos, sendo cada vez mais santos.
Temos de corresponder a tanto amor, e a vida cristã precisa ser um constante louvor à Trindade Santa.
Professamos nossa fé na Santíssima Trindade quando fazemos o sinal da cruz ou quando nos persignamos
dizendo: "EM NOME DO PAI + E DO FILHO+ E DO ESPÍRITO + SANTO"; quando rezamos o GLÓRIA
ou o CREDO na Santa Missa, e ao final da Oração Eucarística. Temos de procurar rezar estas orações e
louvores à Trindade com fé viva e consciente, de modo que toda a nossa vida seja um constante louvor a
Deus Pai, Deus Filho e Deus espírito Santo.

Apostila do Catequista 43
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
13. Ascensão e Pentecostes

Objetivos
Que os catequizandos sintam a necessidade de estar entregues à ação do Espírito Santo e unidos aos seus
irmãos na Igreja, a fim de escolherem sempre o caminho do bem.

Preparação para o encontro


Bíblias, bexigas vermelhas – filetes de papel

Acolhida
Oração inicial: Creio

Ver
Ler At 1,3-11
Jesus, depois que ressuscitou, passou muitos dias aqui na Terra, junto com seus discípulos. Ele os orientou e
os enviou para continuar sua missão: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc
16,15).
Isso quer dizer que eles foram fazer de todos os povos discípulos do Senhor, através do batismo e da
observância dos mandamentos do Mestre, resumidos no mandamento do amor. Esta missão se transmitiu,
sem parar, ao longo dos séculos. E chegou até nossas comunidades... por isso, hoje, nós também somos
discípulos de Jesus!
Depois de orientá-los e enviá-los, Jesus subiu para o céu em corpo e alma (é o que chamamos de ―Ascensão
aos Céus‖).
Isso aconteceu na frente de seus discípulos que ficaram olhando para o alto em adoração. Foi preciso
aparecer alguém para chamá-los à realidade e dizer-lhes que não é mais hora de ficar olhando para o céu,
mas é hora de enfrentar o mundo e criar aí o Reino de Deus, do qual Jesus lhes falara.
Mas, a ascensão do Senhor não quer dizer que Ele abandonou seus discípulos. Jesus já havia dito a eles que
"Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos!" (Mt 28,20).
Ele nos promete o seu Espírito Santo - PARÁCLITO - nosso intercessor.

Leitura: At 2,1-12.
Se Pentecostes é o derramamento do amor em plenitudes, por que a alegria não é completa? Por que na
nossa vida de cristão não é suprimido o sofrimento e em certo sentindo até aumenta; isso acontece por que
para vivermos a vida cristã temos necessidade de purificar o nosso coração e o coração humano não se
purifica totalmente a não ser pelo sacrifício. Para viver a vida cristã é preciso, como Cristo nosso Senhor
nos ensinou, tomar a cruz e subir atrás dele até o Calvário. JESUS, nosso Mestre do Amor, não suprimiu a
dor mas nos envolveu na alegria derramando a consolação que é o Espírito Santo derramado nos nossos
corações.
Como é doce a consolação do Espírito de DEUS que envolve os sofrimentos da nossa vida em gozo
celestial, para que, cheios de fortaleza, carreguemos em nosso coração uma cópia do Sagrado Coração de
JESUS, para que se entrelacem em nossas almas o gozo e a dor, unidos pelo anel de ouro do Amor!

Iluminar
Dinâmica:
Material: bexigas vermelhas – filetes de papel
Nos filetes de papel escrever palavras como: Paz - amor- paciência – caridade – carinho – fraternidade –
fidelidade – felicidade – fortaleza – temor de Deus – bênçãos – alegria – consolação...
Colocar os papéis enroladinhos dentro das bexigas antes de distribuir.
Distribuir bexigas vermelhas para todos, significando o coração de cada um. Pedir para que façam um
momento de silêncio e reflexão e depois comecem a encher as bexigas pensando em coisas boas que
costumam fazer ou que gostariam de conseguir fazer. Tomar cuidado para não estourar as bexigas.
Quando terminarem de encher, jogar as bexigas uns para os outros; quando uma bexiga cair ou estourar, o
catequizando pega o papel e lê bem alto a palavra que estava dentro da bexiga e diz:
―Este é um presente do Espírito Santo para nós!‖.

Apostila do Catequista 44
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Agir
Escrever no caderno a oração ao Divino Espírito Santo.
Assumir o compromisso de rezar e invocar sempre o Espírito Santo para assim discernir o bem do mal.

Celebrar
Catequista: Vamos pedir ao Espírito Santo, prometido e enviado por Jesus, que venha iluminar o nosso
coração, a nossa vida e nos tornar pessoas melhores.
Com muita tranquilidade, rezemos:
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos
todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação.
Amém! (Rezar pausadamente a oração ao Divino Espírito Santo).

Apostila do Catequista 45
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Pentecostes: dia da efusão do Espírito Santo

História
Pentecostes era a festa celebrada 7 semanas ou 50 dias após a festa da Páscoa. Era a festa da ceifa.
"Celebrará a festa das semanas, no tempo das primícias da ceifa do trigo, e a festa da colheita, no fim do ano"
(Ex 34, 22) "Contarás sete semanas, a partir do momento em que meteres a foice em tua seara. Celebrarás
então a festa das Semanas em honra do Senhor, teu Deus, apresentando a oferta espontânea de tua mão, a
qual medirás segundo as bênçãos com que o Senhor, teu Deus, te cumulou. Alegrar-te-ás em presença do
Senhor, teu Deus, com teu filho, tua filha, teu servo e tua serva, o levita que vive em teus muros, assim como
o estrangeiro, o órfão e a viúva que vivem no meio de ti, no lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus, para aí
habitar o seu nome. Lembra-te de que foste escravo no Egito, e cuida de observar estas leis." (Dt 16 ,9-12)
Festa da ceifa comemorava a libertação do povo Hebreu da condição de escravos.
O que aconteceu após a ascensão de Jesus ?
―E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o
cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca; porque João batizou na água,
mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias. Assim reunidos, eles o interrogavam:
Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós
saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e
vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do
mundo.‖ (At 1, 4-8)
Qual a obra do Paráclito ?
―Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito (Espírito Santo)
não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado,
da justiça e do juízo. Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim. Ele o
convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis; ele o
convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado." (Go
16 ,7-11)
O que aconteceu no dia de Pentecostes ?
No dia de Pentecostes , a Páscoa de Cristo se realiza na Efusão do Espírito Santo , que é manifestado , dado ,
e comunicado como Pessoa Divina da sua plenitude , o Cristo Senhor , derrama em profusão o Espírito Santo
.
Neste dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade. A partir deste dia o Reino anunciado por Cristo está
aberto aos que nele crêem, na humildade da carne e na fé, eles participam já da Comunhão da Santíssima
Trindade.
O Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes para santificar a Igreja permanentemente. Foi então que a
Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do E evangelho com a pregação.
Para realizar a sua missão o Espírito Santo dota e dirige a Igreja mediante os diversos dons hierárquicos e
carismáticos.
O dom do Espírito Santo inaugura um tempo novo na dispensação do mistério: o tempo da Igreja , durante o
qual Cristo manifesta, torna presente e comunica a sua obra de salvação pela liturgia de sua Igreja.
"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído,
como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então
uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do
Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2
,1-4)

Apostila do Catequista 46
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
14. Corpus Christi- a vida que brota da Eucaristia

Objetivos
Levar os catequizandos a perceberem a importância da Eucaristia na vida de cada um. A necessidade da
participação na Santa Missa e a recepção do ―Corpo e Sangue de Cristo‖, o maior dos Sacramentos. É o
sacramento do amor, da fraternidade e da partilha.

Preparação para o encontro


Bíblias;
Cópias das atividades.

Acolhida
Oração inicial: Creio

Ver
Introdução
―A Eucaristia é o centro da nossa vida espiritual e eclesial, pois é na celebração da Ceia do Senhor que
Jesus, presente no pão e no vinho consagrados, nos alimenta, nos dá força e coragem para seguirmos
adiante e sermos Igreja viva. Sem este alimento nos tornamos fracos, sem vontade de viver fraternalmente e
lutar por mais justiça. A Eucaristia é o sacramento da caridade e da unidade. Quando recebemos em nossas
mãos a Eucaristia, recebemos o próprio Cristo em nossa vida.
Com a nossa fé, acreditamos que Jesus está presente na Hóstia Consagrada e sentimos sua presença. A
partir do momento que temos consciência da importância do Sacramento da Eucaristia em nossa vida, é
impossível não participarmos da Santa Missa. Pois, sendo a Eucaristia o sinal vivo de Cristo em nós e na
comunidade eclesial, todas as vezes que participamos da celebração da missa renovamos a aliança com
Cristo, nos comprometendo com Ele e buscando um modelo de vida igual ao que Ele viveu.
E, a partir desta vivência, vamos percebendo as maravilhas que Deus realiza no nosso dia a dia. Assim,
podemos dizer: Jesus nós o amamos muito!‖
(Crescer em Comunhão vol. IV –pg. 11)

Reflexão sobre o texto:


Vocês acham que foram bem preparados para receber a sua Primeira Comunhão?
Lembram-se desse maravilhoso momento: receber Jesus Eucarístico pela primeira vez?
Depois disso, vocês continuaram participando das Missas dominicais e recebendo Jesus?
Quem costuma faltar às Missas? Por quê?
Vocês têm verdadeira consciência que Jesus está presente em cada Eucaristia, ressuscitado, com seu corpo,
sangue, alma e divindade?
Que Ele está vivo e quer que todos participem de Sua vida?
Sabem que receber a Eucaristia é receber, desde já, a vida eterna, no Céu?

Iluminar
Palavra de Deus : Lc 22, 14-20 - Go 6, 35-51

No Evangelho de Lucas, Jesus reúne seus apóstolos e faz com eles a sua ―última ceia‖, onde institui o
Sacramento da Eucaristia. Toma o pão e diz ―Isto é o meu Corpo que é dado por vós‖, toma o cálice com
vinho e diz ―Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança que será derramado por vós‖.

No Evangelho de João, Jesus fala de modo especial sobre a Eucaristia, na qual dá o seu corpo, sangue,
alma e divindade como alimento e bebida para a comunicação da vida eterna para nós. Assim o cristão entra
em comunhão com Jesus Cristo toda vez que se aproxima do banquete eucarístico, comunhão que em dia
será eterna e definitiva.

Falar sobre a importância da festa de Corpus Christi e citar alguns milagres eucarísticos.

Apostila do Catequista 47
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Agir
Assumir o compromisso de viver o Sacramento da Eucaristia sempre. Se não estiver preparado, buscar o
Sacramento da Confissão.

Celebrar
Catequista: Peçamos perdão a Deus pelas vezes que não valorizamos a Eucaristia como centro de nossa
vida.
Todos: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Catequista: Ó Pai, ensinai-nos a amar, assim como seu Filho Jesus, que nos deu a sua própria vida por
amor. Que não sejamos apegados aos bens deste mundo, mas que saibamos partilhar nossa vida e nossos
bens ajudando pessoas necessitadas.
Todos: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Catequista: Ó Pai, ensinai-nos a respeitar nossos familiares, assim como seu Filho Jesus amou e respeitou
a sua família. Que nós não provoquemos divisões na nossa casa e na nossa comunidade, mas sejamos elo de
união de paz e fraternidade.
Todos: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Catequista: Ó Pai, a Eucaristia é o Sacramento do amor de Jesus levado até as últimas consequências. Que
nós não sejamos motivo de injustiça e de falta de amor, mas, testemunhas de pessoas comprometidas com a
verdade.
Todos: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Pai Nosso – Ave Maria – Glória

Apostila do Catequista 48
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Origem da Celebração
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria
tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal ―Trasnsiturus de hoc mundo‖, estendeu a festa para toda a
Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados
durante a celebração. Compôs o hino ―Lauda Sion Salvatorem‖ (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e
cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca,
contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
No Brasil
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão
saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de
enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. Durante a
Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa
hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
Texto: Canção Nova

Corpus Christi
A revista ―Jesus‖, das Edições Paulinas de Roma, publicou uma matéria do escritor Antônio Gentili, em abril de
1983, pp. 64-67, onde apresenta uma resenha de milagres eucarísticos. Há tempos, foi traçado um ―Mapa
Eucarístico‖, que registra o local e a data de mais de 130 milagres, metade dos quais ocorridos na Itália. São
muitíssimos os milagres eucarísticos no mundo todo. Por exemplo, Marthe Robin, uma francesa, milagre
eucarístico vivo, alimentou-se durante mais de quarenta anos só de Eucaristia. Teresa Newmann, na Alemanha,
durante mais de 36 anos alimentou-se só de Eucaristia.
1. Lanciano - Itália – no ano 700
Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano
e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue
depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, foi efetuado em
1970-71 e outra vez em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli, catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e
Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena.
Resultados:
1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio.
2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sanguíneo a que pertencem os vestígios
de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‗AB‘
(sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de
Turim, identificou no Santo Sudário.
3) Apesar da sua antiguidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de
alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a
conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos,
ambientais e biológicos.
2 - Orvieto - Bolsena - Itália – 1263
Início da Festa de Corpus Christi.
3 - Ferrara - 28/03/1171
Aconteceu este milagre na Basílica de Santa Maria in Vado, no século XII. Propagava-se com perigo a heresia de
Berengário de Tours (†1088), que negava a Presença real de Cristo na Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, o Pe.
Pedro de Verona, com três sacerdotes celebravam a Missa de Páscoa; no momento de partir o pão consagrado, a
Hóstia se transformou em carne, da qual saiu um fluxo de sangue que atingiu a parte superior do altar, cujas
marcas são visíveis ainda hoje. Há documentos que narram o fato: um ―Breve‘ do Cardeal Migliatori (1404). -
Bula de Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em Roma em 1975. Mas, a descoberta mais importante
deu-se em Londres, em 1981, foi encontrado um documento de 1197 narrando o fato.
4 - Offida - Itália – 1273
Ricciarella Stasio - devota imprudente, realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia; em uma dessas
profanações, a Hóstia se transformou em carne e sangue. Foram entregues ao pe. Giacomo Diattollevi, e são
conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre este fato.
5 - Sena – Cássia - Itália – 1330

Apostila do Catequista 49
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar o viático
a um enfermo e colocou indevidamente, de maneira apressada e irreverente, uma Hóstia dentro do seu Breviário
para levá-la ao doente grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase
reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro. Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a
Hóstia a um frade agostiniano de Sena, o qual levou para Perúgia a página manchada de sangue e para Cássia a
outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia chamada de ―Corpus
Domini‖ é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.
6 - Turim - Itália – 1453
Na Alta Itália ocorria uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os Piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem
a Igreja, forçaram o Tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o corpo de Cristo ocultando-
o dentro de uma carruagem juntamente com os outros objetos roubados, e dirigiram-se para Turim. Crônicas
antigas relatam que, na altura da Igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem – o que
ocasionou a queda, por terra, do ostensório – o ostensório se levantou nos ares ―com grande esplendor e com raios
que pareciam os do sol‖. Os espectadores chamaram o Bispo da cidade, Ludovico Romagnano, que foi
prontamente ao local do prodígio. Quando chegou, ―O ostensório caiu por terra, ficando o corpo de Cristo nos ares
a emitir raios refulgentes‖. O Bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro do cálice, desceu
a hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos
contemporâneos do acontecimento (Atti Capitolari de 1454 a 1456). A Igreja de ―Corpus Domini‖ (1609), que até
hoje atesta o prodígio.
7 - Sena - Itália – 1730
Na Basílica de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março
de 1730, foram jogadas no chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas
estavam. Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturadas com dinheiro. Elas foram
limpas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu visto que com
o passar do tempo as Hóstias não se estragaram, o que é um grande milagre. A partir de 1914 foram feitos exames
químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação.
8 - Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247)
Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, 65 km ao norte de Lisboa. O milagre se deu com uma
dona de casa, Elvira, casada com Pero Moniz, a qual sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar
uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta bruxa prometeu-lhe resolver o problema se como
pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada. Para obter a Hóstia, a mulher fingiu-se de doente e enganou o
padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia de semana. Assim que ela recebeu a
Hóstia, sem o padre notar, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato a Hóstia começou a sangrar. Assustada,
a mulher correu para casa na Rua das Esteiras, perto da Igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro
onde guardava os linhos lavados. À noite o casal foi acordado com uma visão espetacular de Anjos em adoração à
sagrada Hóstia sangrando. Várias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em
1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antônio Francisco Marques,
Bispo de Santarém, a Igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do
Santíssimo Sangue.
9 – Faverney, na França, em 1600
O Milagre Eucarístico que aconteceu em Faverney, na França consistiu numa notável demonstração sobrenatural
de superação da lei da gravidade. Faverney está localizado a 20 quilômetros de Vesoul, distante 68,7 quilômetros
de Besançon. Um dos noviços chamado Hudelot, notou que o Ostensório que se encontrava junto Santíssimo
Sacramento sobre o Altar, elevou-se e ficou suspenso no ar e que as chamas se inclinavam e não tocavam nele. Os
Frades Capuchinhos de Vesoul também apressaram-se para observar e testemunhar o fenômeno. Embora os
monges com a ajuda do povo, conseguiram apagar o incêndio que queria consumir toda a Igreja, o Milagre não
cessou, o Ostensório com JESUS Sacramentado continuou flutuando no espaço.
10 - Em Stich, Alemanha, 1970
Na região Bávara da Alemanha, junto à fronteira suíça, em 9 de junho de 1970, enquanto um padre visitante da
Suíça estava celebrando uma Missa numa capela, uma série incomum de eventos aconteceu. Depois da
Consagração, o celebrante notou que uma pequena mancha avermelhada começou a aparecer no corporal, no lugar
onde o cálice tinha estado descansando. Desejando saber se o cálice tinha começado a vazar, o padre correu a mão
dele debaixo do cálice, mas achou-o completamente seco. A esta altura, a mancha crescera, atingindo o tamanho
de uma moeda de dez centavos. Depois de completar a Missa, o padre inspecionou todo o altar, mas não
conseguiu encontrar qualquer coisa que pudesse ser remotamente a fonte da mancha avermelhada. Ele trancou o
corporal que apresentava a mancha num local seguro, até que pudesse discutir o assunto com o pároco.

Apostila do Catequista 50
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
15. Sagrado Coração de Jesus- Apostolado

Objetivos
Aprender a pedir a Jesus que faça com que nosso coração seja igual ao D‘Ele.

Preparação para o encontro


Imagem do Sagrado Coração de Jesus; papel contendo uma das promessas do Sagrado Coração de Jesus;
Bíblias.

Acolhida
Invocar a Santíssima Trindade
Oração inicial: Pai Nosso

Ver
A sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes a Igreja Católica celebra a solenidade do
Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por
objeto o Coração de Cristo. Não tem dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua
a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada
Escritura, a expressão ―Coração de Cristo‖ designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do seu ser, a
sua pessoa considerada no seu núcleo mais íntimo e essencial.
Como o têm lembrado frequentemente os Romanos Pontífices, a devoção ao Coração de Cristo tem um
sólido fundamento na Escritura. Jesus apresenta-se a si mesmo como mestre ―manso e humilde de Coração‖
(Mt. 11, 29). Pode dizer-se que a devoção ao Coração de Jesus é a tradução em termos cultuais do reparo
que, segundo as palavras proféticas e evangélicas, todas as gerações cristãs voltaram para aquele que foi
atravessado (cfr. Go. 19, 27; Zc. 12, 10), isto é, o costado de Cristo atravessado pela lança, do qual brotou
sangue e água, símbolo do ―sacramento admirável de toda a Igreja‖.
João, capítulo 20, 24-29 -
O texto de São João que narra Cristo aparecendo aos discípulos e o convite dirigido por Cristo a Tomé para
que estendesse a sua mão e a introduzisse no seu costado (Cfr. Go, 20 27), tiveram também um influxo
notável na origem e no desenvolvimento da piedade eclesiástica ao Sagrado Coração.
Santo Agostinho diz: ―A entrada é acessível: Cristo é a porta. Também se abriu para ti quando o seu costado
foi aberto pela lança. Lembra o que dali saiu; portanto olha por onde podes entrar. Do costado do Senhor
pendurado que morria na Cruz saiu sangue e água quando foi aberto pela lança. Na água está a tua
purificação, no sangue a tua redenção.‖

Iluminar
Santa Margarida Maria Alacoque foi uma das principais religiosas da Igreja a propagar a devoção ao
Sagrado Coração de Jesus. Ela nasceu na aldeia de Lautecour, na Borgonha, em 1647. Nessa época, apesar
de já existir, a veneração não era muita conhecida. A sua missão foi dar-lhe impulso e difusão universal,
adaptá-la às necessidades da Igreja Católica nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais
adequadas às novas circunstâncias.
O Senhor apareceu numerosas vezes a Santa Margarida, de 1673 até 1675, a fim de lhe falar sobre a
devoção ao Seu Sagrado Coração. A chamada "grande revelação" foi feita à santa francesa durante as
oitavas da festa do "Corpus Domini" de 1675. Mostrando o Seu Coração divino, Jesus confiou a ela: "Eis o
Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar
seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas
irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me
é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isso te peço que a primeira sexta-feira
após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para honrar Meu Coração,
comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre
os altares‖.
- Falar sobre 12 promessas de Jesus a quem guardar Seu Coração
Fazer a dinâmica
Cada catequizando receberá um papel contendo uma das promessas do Sagrado Coração de Jesus, deverá
encontrar na bíblia o versículo indicado e depois fazer um breve comentário sobre o mesmo.

Apostila do Catequista 51
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
1. Darei às almas dedicadas a meu coração todas as graças necessárias ao seu estado. Ler (Go 15,5).
2. Farei reinar a paz em suas famílias. Ler (Go 14, 27)
3. Eu os consolarei em suas penas. Ler (Mt 11,28).
4. Serei o seu refúgio seguro durante a vida e, sobretudo, na hora da morte. Ler (Go 14,3).
5. Derramarei copiosas bênçãos. Ler (Rm 4,21)
6. Os pecadores acharão em meu coração a fonte e o oceano infinito da misericórdia. Ler (Mt 9,13).
7. As almas tíbias se tornarão fervorosas. Ler (Go 10,10).
8. As almas fervorosas elevar-se-ão rapidamente a uma grande perfeição. Ler (Mt 5,48)
9. Abençoarei as casa em que se achar exposta e for venerada a imagem do meu coração. Ler (Lc
19,9).
10. Darei aos sacerdotes o Dom de tocar os corações mais endurecidos. Ler (Lc 7,47).
11. As pessoas que propagarem esta devoção terão seus nomes escritos indelevelmente o meu coração.
Ler (Ap 3,5).
12. O amor todo-poderoso do meu coração concederá a graça da perseverança final a todos os que
comungarem na 1ª Sexta-feira do mês, por nove meses seguidos. Ler (Go 5,51).

- As formas de devoção ao Coração do Salvador são muito numerosas; algumas têm sido explicitamente
aprovadas e recomendadas pela Santa Sé. Entre elas devem ser lembradas: a Consagração pessoal, que,
segundo Pio XI, ―entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal‖; a
Consagração da família; as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus; o Ato de Reparação; e a prática das
Nove Primeiras Sextas-feiras.
É preciso, porém, que se instrua de maneira conveniente os fiéis: sobre o fato de que não se deve pôr nesta
prática uma confiança que se converta em vã credulidade que, na ordem da salvação, anule as exigências
absolutamente necessárias de Fé operante e do propósito de levar uma vida conforme ao Evangelho; sobre o
valor absolutamente principal do domingo, a ―festa primordial‖, que deve caracterizar-se pela plena
participação dos fiéis na celebração eucarística.

Agir
Rezar sempre a Jesus pedindo para que nosso coração seja manso e humilde como o dele.

Celebrar
Celebrar o Sagrado Coração de Jesus é celebrar o amor ágape, amor incondicional, amor capaz da doação
plena. Jesus é a encarnação do amor do Pai. Deus amou tanto os seres humanos que enviou seu próprio
Filho para que, tornando-se humano, trouxesse a salvação para toda a humanidade. Foi pela encarnação do
Cristo que a vida humana foi redimida, por puro amor.
É esse amor misericordioso que sempre resplandeceu no coração de Jesus. Ele viveu para espalhar esse
amor no mundo, pois só o amor tem a capacidade de transformar este mundo no Reino de Deus.

Apostila do Catequista 52
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus é uma das três solenidades do Tempo Comum, dentro da Liturgia da Igreja
Católica, comemorada na segunda Sexta-feira, após a solenidade de Corpus Christi. Além disso,
essa devoção também é cultivada pela Igreja Católica ao longo de todas as primeiras Sextas-feiras de cada
mês. Consiste na veneração do Coração de Jesus, do mais íntimo de Seu Amor.

As origens da devoção
A origem desta devoção deve a Santa Margarida Maria de Alacoque, uma religiosa de uma Congregação
conhecida como Ordem da Visitação. A Santa Margarida Maria teve extraordinárias revelações por parte de
Jesus Cristo, que a incumbiu pessoalmente de divulgar e propagar no mundo esta piedosa devoção. Foram
três as aparições de Jesus: A primeira, deu-se a 27 de Dezembro de 1673, a segunda em 1674 e, a terceira,
em 1675.[1]Mais tarde, outra religiosa, a Beata Maria do Divino Coração, condessa de Droste zu Vischering,
a partir de Portugal estendeu a esta devoção a todo o Mundo por meio de um ato de consagração solene
pedido ao Papa Leão XIII.
Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, aproveitando-se da Sua Divina Misericórdia,
participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras. Disse Ele, numa dessas ocasiões
a Santa Margarida Maria: "Prometo-te, pela Minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do
meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos,
a graça da penitência final; não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e Meu
Divino Coração lhes será seguro refúgio nessa última hora".
Não se sabe quem compôs a lista com as 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus, tiradas das revelações
de Nosso Senhor a Santa Margarida Maria de Alacoque. Sabe-se só que são fidedignas – as promessas estão
de fato contidas nas revelações – e que o trabalho anônimo foi de grande mérito e utilidade.
M. Kemper, um modesto comerciante de Dayton, cidadezinha norte-americana, iniciou, em 1882, um
trabalho de ampla divulgação delas.
A partir desta primeiro impulso, tiveram propagação mundial. Normalmente são conhecidas como as 12
Promessas do Coração de Jesus, a mais importante das quais, é a 12ª, chamada a GRANDE PROMESSA. [2]

Os Papas que recomendaram esta devoção


Papa Pio XII – ―Todas as Bênçãos que, do Céu, a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus derrama sobre as
almas dos Fiéis, purificando-os, trazendo-lhes uma grata consolação celeste e exortando-os a alcançar todas
as virtudes, são verdadeiramente inumeráveis.‖
Papa Pio XII – ―A Igreja teve sempre em tal estima a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e de tal modo
continua a considerá-la, que se empenha totalmente no sentido de a manter florescente em todo o mundo, e
de a promover por todos os meios possíveis.‖
Papa Leão XIII disse que a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus era ―uma forma por excelência de
religiosidade (…) Esta devoção, que recomendamos a todos, será para todos proveitosa.‖ – ―No Sagrado
Coração está o símbolo e a imagem expressa do Amor Infinito de Jesus Cristo, que nos leva a retribuir-Lhe
esse Amor.‖
Papa Pio XII – ―O Seu Coração é o sinal natural e o símbolo do Seu Amor sem limites para com a
humanidade.‖
O Papa São Gregório Magno († 604 AD) disse: ―Aprendei do Coração de Deus e nas próprias palavras de
Deus, para poderdes aspirar ardentemente às coisas eternas.‖
O Papa São Pio X recomendou esta devoção tal como o Papa Pio XI e como, já antes, o fizera o Bem-
Aventurado Papa Pio IX.

Os Santos que recomendaram esta devoção


O exemplo dos Santos, ao mesmo tempo em que é um poderoso incentivo que nos incita à prática de uma
devoção que eles próprios praticaram, é também, para nós, um guia modelar que nos mostra como a devemos
praticar.
O espaço de que dispomos não nos permite anotar todos os Santos que promoveram a Devoção ao Sagrado
Coração de Jesus, que a viveram e que sentiram o sagrado impulso que dela provinha para amar Jesus mais
ardentemente. Recordemos aqui a doutrina e o exemplo dos Santos:
Santa Margarida Maria de Alacoque foi a primeira pessoa a quem Jesus revelou o Seu Sagrado Coração (por
meio de diversas aparições) e foi a primeira responsável pela divulgação do Seu culto e devoção ao Mundo.

Apostila do Catequista 53
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Santa Gertrudes, a Grande (1256-1302), compôs esta Oração expressando o seu Amor: "Eu Vos saúdo, ó
Sagrado Coração de Jesus, Fonte viva e vivificante de Vida Eterna, Tesouro infinito da Divindade, Fornalha
Ardente do Amor de Deus…".
Santa Catarina de Siena elevou até um grau extraordinário o Amor que dedicou a esta Devoção (ao Sagrado
Coração de Jesus): ofereceu o coração todo inteiro ao seu Divino Esposo, tendo obtido em troca o próprio
Coração de Jesus.
A Beata Maria do Divino Coração, condessa de Droste zu Vischering, foi uma religiosa da Congregação das
Irmãs do Bom Pastor que pediu, em nome do próprio Jesus Cristo, ao Papa Leão XIII que ele consagrasse
todo o Mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Tal facto veio a ocorrer a 11 de Junho de 1899, logo após a
publicação da Encíclica Annum Sacrum.
E todos os que leram a vida e a obra de Santos – como São Francisco de Assis, São Tomás de Aquino, Santa
Teresa de Ávila, São Boaventura, Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier, São Filipe de Néri, São
Francisco de Sales, São Luís de Gonzaga, Santa Faustina, entre outros – poderão ver a terna devoção, a
admiração e a adoração que estes Santos dedicavam ao Sagrado Coração de Jesus.

Divulgação
Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde
meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram
fundados para estender seu culto de mil formas.
O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta
devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo,
passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de
todo o mundo.
A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um
forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773).
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que
desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado
Coração provocou um grave mancha sobre a religião".
A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e
das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.
Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração
de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).
E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos
Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14
de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe:
"Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era
Espanha).

Apostila do Catequista 54
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
16. Conhecendo a Igreja

Objetivos
Apresentar a Igreja como Povo de Deus reunido por Cristo, um sinal sacramental de Deus ao mundo.

Preparação para o encontro


Bíblias; cópias das atividades.

Acolhida
Oração inicial: Creio

A missão da Igreja Católica Apostólica Romana no Mundo


A Igreja, comunidade santa convocada pela Palavra, tem como uma de suas principais tarefas a de pregar o
evangelho (cf. Lumen gentium, 25). Evangelizar é necessariamente anunciar com alegria o nome, a
doutrina, a vida, as promessas, o Reino e o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus (cf. Evangelii
nuntiandi, 22).
―Toda evangelização parte do mandato de Cristo a seus apóstolos e sucessores, desenvolve-se na
comunidade dos batizados, no seio de comunidades vivas que compartilham a sua fé e se orienta ao
fortalecimento da vida de adoção filial em Cristo, que se expressa principalmente no amor fraterno. Só uma
Igreja evangelizada é capaz de evangelizar‖. Fonte: "Santo Domingo" nº 23

Ver
INICIANDO A REFLEXÃO:
Brincadeira dos balões
 Providenciar alguns balões e em cada um deles, colocar uma das perguntas abaixo:
Quem fundou a Igreja Católica?
Quem é nosso Papa?
Qual é o nome de nossa comunidade?
A qual diocese pertencemos?
Qual é o nome de nossa paróquia?
Quem é o nosso pároco?
Você sabe quantas comunidades formam a nossa paróquia? O que é comunidade de base?
O que são as pastorais?
Qual é o nome do padroeiro de nossa paróquia?
 Passos:
1º. Favorecer um momento de descontração. Deixar as crianças brincarem livremente com os balões,
jogando-os para cima; para um companheiro.
2º. Em seguida, estabeleça alguns comandos tais: não permitir que os balões caiam. Todos devem se
envolver nesse objetivo.
3º. Vá retirando alguns participantes, sem que os outros percebam.
4º. Peça aos que saíram para observarem o comportamento dos demais.
5º. Encerre a brincadeira, pedindo para que tomem conta de seu balão.
REFLETIR: o que esta brincadeira tem a ver com a nossa vida em grupo, seja na família, na escola, com os
amigos, na igreja? Houve necessidade de algum tipo de organização para realizar a brincadeira? O quê?
6º. Agora, cada um que ficou com um balão na mão o estoura e tenta responder a pergunta que está dentro
do balão. Quem souber pode responder.

Essas Perguntas são muito fáceis, não são?


Agora vamos para as mais difíceis:
1- O que aconteceu em Pentecostes?
2- Por que a Igreja é UNA?
3- Por que a Igreja é SANTA?
4- Por que a Igreja é CATÓLICA?
5- Por que a Igreja é APOSTÓLICA?

Apostila do Catequista 55
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Iluminar
Catecismo da Igreja Católica: 1086. «Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou
os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para que, pregando o Evangelho a toda criatura, anunciassem
que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos libertara do poder de Satanás e da morte e nos
introduzira no Reino do Pai, mas também para que realizassem a obra da salvação que anunciavam,
mediante o Sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica»

Palavra de Deus: Mt 28, 19-20 e Ef 2, 19-22


Em Mateus 28, Jesus nos dá um mandato, uma missão: ―Ide, pois e ensinai a todas as nações; batizai-as
em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que
estou convosco todos os dias, até o fim do mundo‖.
Na carta aos Efésios, 2, 19-22, São Paulo nos exorta: Consequentemente, já não sois hóspedes nem
peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento
dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo edifício,
harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor.
É nele que também vós outros, entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a
habitação de Deus.
É necessário testemunhar que somos filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, que somos a sua Igreja.
Precisamos testemunhar com nossa vida, nossas ações.
Ler Atos 2, 1-6.

Reflexão sobre o texto:


Quem fundou a Igreja?
O que aconteceu no dia de Pentecostes?
Qual a Missão da Igreja, desde esse dia até os dias de hoje?
Você sabe que, desde o dia do nosso Batismo, Jesus nos deu o mesmo mandato que deu aos apóstolos: ―ide,
evangelizai a todos...‖?
Você sabe que todos os missionários são impulsionados pelo Espírito Santo, e precisam se alimentar da
Eucaristia e da oração, para que haja resultado verdadeiro na sua missão?
Vocês têm consciência que a Igreja é a família de Deus? Em Jesus Cristo todos somos irmãos e temos o
mesmo Pai? E a mesma mãe, Nossa Senhora? Fomos escolhidos por Deus para ser o seu povo, a sua Igreja.

Jesus chama a todos, mas não força ninguém! É necessário que cada um dê a sua resposta, por Amor.
Pense bem na importância que você tem na Igreja de Jesus.

Agir
Meditar esta frase de São Cipriano, tirando muitas consequências práticas para nossa vida: "Não pode ter a
Deus por Pai, quem não tem a Igreja por Mãe".

Celebrar
Vamos expressar nossos agradecimentos a Deus por pertencermos à Igreja, respondendo: Obrigado, Senhor.
1: Jesus, porque nos chamastes, desde o Batismo, a ser Igreja.
Todos: Obrigado, Senhor.
2: Jesus, porque nos ensinastes uma maneira comunitária e participativa de ser Igreja e uma nova forma de
viver em unidade.
Todos: Obrigado, Senhor.
3: Jesus, porque sempre estais em nosso meio quando nos reunimos em vosso nome.
Todos: Obrigado, Senhor.
4: Jesus, porque nos chamais a viver como irmãos, fazendo o bem a todos.
Todos: Obrigado, Senhor.
Pai Nosso – Ave Maria.

Apostila do Catequista 56
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
JESUS CRISTO FUNDOU A IGREJA

INTRODUÇÃO:
Ensina o Concílio Vaticano II que, "sendo Cristo a luz das gentes..., deseja ardentemente iluminar a todos os
homens (...) luz esta que resplandece sobre o rosto da Igreja, anunciando o Evangelho a todas as criaturas"
(Lumem Gentium, 1). Fica claro, pois, que a Igreja depende inteiramente de Cristo, como a luz da lua
depende do influxo do sol. Já dizia Santo Agostinho que a Igreja é Cristo entre nós: suas mãos continuam a
nos curar (os sacramentos da Igreja), sua boca continua a nos falar (a doutrina santa que a Igreja prega). A
Igreja continua a missão de Cristo, e foi para isso que Ele a fundou. Quando professamos a fé, no Símbolo,
dizemos: " Creio na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica". Ela é a Mãe que cuida de nós com os
sacramentos e com a doutrina de Jesus Cristo, conduzindo- nos para o céu.

IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Jesus Cristo fundou a Igreja para continuar sua obra na terra
Jesus Cristo veio à terra para nos remir e nos salvar, mas tinha que voltar ao Pai. Como a Redenção que Ele
tinha conseguido para nós tinha necessidade de chegar a toda a humanidade, Cristo funda a Igreja com a
missão de continuar na terra o plano divino da salvação, sua obra salvadora. A Igreja, portanto, não é
invenção humana, mas algo querido expressamente por Deus.
2. O que é a Igreja
A palavra igreja significa "convocação", termo muito próprio porque a Igreja é o novo povo de Deus
convocado pela Palavra e constituído pela graça que nos é dada pelos sacramentos, fundado por Jesus Cristo
e regido pelo Papa e pelos bispos, que conduzem os fiéis cristãos à salvação sob a ação do Espírito Santo. Na
Sagrada Escritura encontramos outras expressões que equivalem ao termo Igreja: Reino de Deus, Novo Povo
de Deus, Corpo de Cristo,... Começamos a fazer parte da Igreja no dia de nosso Batismo, que nos faz
discípulos de Cristo, como aqueles que seguiam ao Senhor.
3. A fundação da Igreja
O Evangelho narra os passos sucessivos com os que Cristo fundou "sua Igreja". Começou pregando o Reino
de Deus, escolheu logo os doze Apóstolos aos quais deu poderes especiais, e a um deles -Pedro- o designou
seu vigário na terra, entregando-lhe o poder supremo sobre toda a Igreja. Fez muitos milagres para
demonstrar que -com Ele- tinha chegado o Reino de Deus. Com sua morte na cruz conseguiu a salvação de
toda a humanidade, e a última pedra desta construção magnífica foi a vinda do Espírito Santo, que enviou
desde o céu, no dia de Pentecostes.
4. O mistério da Igreja
Podemos dizer que Cristo edificou sua Igreja dotando-a de características especiais, pelas quais é distinta das
demais sociedades que conhecemos. A Igreja é humana e divina ao mesmo tempo, visível e invisível.
Também é hierárquica e carismática, ainda que os carismas estejam subordinados à hierarquia, que governa
em nome de Cristo, sob a ação do Espírito Santo, doador dos carismas.
5. Cristo fundou uma única Igreja e a Igreja Católica é esta verdadeira Igreja
Cristo fundou uma única Igreja; Ele falou de um só rebanho e um só pastor. A verdadeira Igreja fundada por
Cristo é UNA, SANTA,. CATÓLICA e APOSTÓLICA, como dizemos no Credo.
 É UNA, porque tem um só pastor visível, o Papa, uma mesma fé e os mesmos sacramentos.
 É SANTA, porque Santíssimo é seu fundador, Jesus Cristo, santa a sua Doutrina e santos os Meios
para nos fazer santos (os sacramentos). Ainda mais, sempre existiram e sempre existirão santos na Igreja.
 É CATÓLICA, que significa universal, porque chama a todos a seu seio e está estendida por toda a
parte. Durará até o fim do mundo e em todos os lugares é a mesma: o mesmo Papa, o mesmo Credo, os
mesmos Sacramentos.
 É APOSTÓLICA, porque está fundamentada (alicerçada) sobre os Apóstolos e ensina a doutrina que
eles ensinaram. O Papa e os bispos são os legítimos sucessores de Pedro e dos demais Apóstolos. A Igreja de
Jesus Cristo é hoje a Igreja Católica, porque só nela cumprem-se estas quatro propriedades e é a única que
possui todos os meios de salvação que Cristo quis dar à sua Igreja.
6. Amar a Cristo é amar a sua Igreja
Diz São Cipriano que "não pode ter a Deus por Pai quem não tem a Igreja como Mãe". Depois de saber um
pouco mais o que é a Igreja, entendemos ser um grande erro aceitar a Cristo e recusar a Igreja, Seria uma
atitude contraditória, porque Jesus Cristo a instituiu para pregar sua doutrina e administrar a graça aos
homens, como instrumento de salvação.
7. Deveres que temos para com a Igreja

Apostila do Catequista 57
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Que presente maior poderia ter-nos dado o Senhor do que este: ser membros de sua Igreja? Por isto, com
agradecimento e amor, devemos dizer sempre: " Creio na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica". Os
deveres para com nossa Mãe, a Igreja são:
 Crer no que a Igreja nos ensina;
 Cumprir o que nos manda;
 Amá-la de verdade, sentindo-nos felizes e honrados de pertencermos a ela;
 Rezar por seus pastores: o Papa, os bispos, os sacerdotes e todos os irmãos
 Ajudá-la em suas necessidades, segundo nossas possibilidades.

Organização da Igreja

Para a melhor organização administrativa e pastoral a Igreja Católica Apostólica Romana possui uma estrutura
feita com subdivisões, onde cada uma delas possui determinadas funções confiadas a um presbítero (padre) que
exerce, em nome do Papa, a coordenação de todas as atividades. Resumidamente, percebemos as seguintes
províncias eclesiásticas (lembrar que para a área diocesana da Arquidiocese, o esquema é o mesmo, pois a diocese
está dentro da Arquidiocese – a diocese de Campinas faz parte da Arquidiocese de Campinas, isto é, está dentro
dela, não deixa de existir como diocese):

Como já foi dito, cada uma possui funções determinadas e um representante da Igreja exercendo o papel de
liderança, tanto para a ação pastoral quanto para eventuais dificuldades relacionadas à Doutrina e à
Administração. Em termos gerais podemos explicá-las da seguinte maneira:

ARQUIDIOCESE – É a província eclesiástica que abrange todas as dioceses de uma região. Quem a governa e a
preside é o bispo mais importante: o Metropolita, que, a partir do ano de 1301, passa a se
chamar Arcebispo (bispo que possui a missão de ser chefe espiritual e de jurisdição da Arquidiocese ou também
chamada Metrópole). Podemos dizer que a Arquidiocese é a Diocese do Arcebispo. Cada arquidiocese possui uma
―Catedral‖, local onde se encontra a ―cátedra‖ – cadeira – do Arcebispo. Na paramentação litúrgica, o arcebispo
metropolita distingue-se pelo uso do pálio (Tem a forma de uma faixa circular que carrega sobre os ombros e da
qual pendem ante o peito e nas costas duas atiras retangulares, tudo de lã branca, se destacando dela seis cruzes de
seda negra ou vermelha).

DIOCESE – É a circuncisão eclesiástica dirigida pelo bispo. Ela é também chamada de Bispado. O Código do
Direito Canônico, no nº 369, afirma que a diocese é a ―porção do povo de Deus confiada a um bispo‖. Lá existe a
Cúria Diocesana, ou seja, o conjunto de organismos com os quais o bispo governa pastoralmente.

Apostila do Catequista 58
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
VICARIATO – Dentro de cada diocese existem um ou mais Vicariatos. Os Vicariatos episcopais são um
instrumento evangelizador mais descentralizado. Colaboram para o atendimento às exigências da ação
evangelizadora em cada grande área geográfica ou ambiental, organizando melhor o trabalho e as relações
pastorais. Já os Vicariatos territoriais, por sua vez, são divididos em áreas pastorais menores, designadas pelo
Código de Direito Canônico como foranias, que agrupam algumas paróquias. O vigário episcopal (presbítero
colaborador do bispo), nomeado pelo Arcebispo, formará a Coordenação do Vicariato, com os representantes das
foranias. Cada Vicariato enviará representantes para comporem a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. Os
vigários episcopais cultivam uma estreita relação pastoral com o arcebispo, na medida em que colaboram com o
governo pastoral da Arquidiocese. Eles multiplicam e difundem o próprio ministério do arcebispo.

FORANIA – É um grupo determinado de paróquias dentro de um Vicariato. Cada forania é confiada a um vigário
forâneo (título dado pelo bispo a um grupo de padres dentro de um Vicariato). Essa união de diversas paróquias
mais próximas territorialmente favorece o trabalho pastoral mediante uma ação em comum. Os padres forâneos
são eleitos pelos representantes das paróquias (párocos e vigários) por 2 anos, que por sua vez, representam aquele
território, ou seja, a forania junto ao conselho presbiteral.

PARÓQUIA – É uma comunidade dentro da Diocese entregue aos cuidados pastorais e administrativos de um
presbítero que recebe o título de pároco. Antigamente eram chamadas de ―Freguesias‖. Ele deve trabalhar em
comunhão com a diocese, as lideranças pastorais e os demais fiéis batizados. Além do pároco, também vemos a
atuação do vigário paroquial (sacerdote que o bispo diocesano nomeia para coadjuvar um pároco no exercício do
seu ministério pastoral). Só os padres podem ser párocos, mas numa paróquia pode haver também um diácono que
trabalha com o pároco e o vigário. Além das pessoas, uma paróquia tem sempre um território e uma igreja
principal, chamada igreja paroquial. Pode ter outras igrejas menores, chamadas de ermidas ou capelas.

CAPELA – Antigamente chamadas de ―ermidas‖, é uma pequena comunidade numa região administrada por
uma Paróquia. Além do Culto a Deus, podem-se realizar casamentos e os demais sacramentos, além das
atividades sociais e pastorais.

HISTORINHA - Por que ir a igreja?


Um frequentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir à Igreja todos os
domingos.
Eu tenho ido à Igreja por 30 anos, ele escreveu, e durante este tempo eu ouvi uns três mil sermões. Mas por minha
vida, eu não consigo lembrar nenhum sequer deles.
Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os padres estão desperdiçando o tempo deles pregando
sermões!
Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor", para prazer do Editor Chefe do jornal.
Isto foi por semanas, recebendo e publicando cartas no assunto, até que alguém escreveu este argumento:
Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32 mil refeições. Mas,
por minha vida, eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma destas 32 mil refeições.
Mas de uma coisa eu sei.
Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho.
Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, eu estaria hoje fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu
não tivesse ido à Igreja para alimentar minha fome espiritual, eu estaria hoje morto espiritualmente.
Quando a gente está resumido a nada, Deus está acima de tudo! Ele sabe o que estamos passando, o que
precisamos e vem em nosso auxílio.
Fé vê o invisível, acredita no inacreditável, e recebe o impossível!
Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!

Diante da história – Por que ir à Igreja – qual compromisso você irá assumir para o que Jesus nos pede: ―ide,
evangelizai a todos...‖?

Igreja
O que é a Igreja? Somos nós comunidade de fé, oração, ajuda fraterna e de amor reunida em nome de Cristo.
Igreja Primitiva- Guiados pelo Espírito Santo os apóstolos começaram a organizar a Igreja de Cristo de acordo
com o mesmo Espírito.
Católica- Universal, se encontra por toda a face de terra.
Apostólica- Iniciada pelos apóstolos, escolhidos por Jesus Cristo.
Romana- Seu chefe visível, o Papa, mora em Roma.

Apostila do Catequista 59
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
17. Como eu também posso servir?

Objetivos
Que os catequizandos descubram a importância da participação ativa e constante na vida de sua
comunidade.

Preparação para o encontro


Bíblias; cópias das atividades.

Acolhida
Oração inicial: Vinde Espírito Santo

"Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo". Esta famosa frase escrita por John Donne, poeta
inglês do século XVI, em seu livro Meditações XVII, retrata bem a imagem do que é o ser humano.
Cada homem ou mulher está unido aos demais e não poderia viver sem os outros. Somos seres
profundamente comunitários.
A salvação que nos foi dada em Jesus Cristo traz em si mesma a marca da vida em comunidade.
Mas a verdadeira felicidade está na vida comum, no servir.
É por esse motivo que Jesus, já no início de seu ministério, escolhe doze homens para estar com Ele e com
ele crescer em comunhão (cf. Mc 3,14).
Ao redor da mesa, Jesus reunia as pessoas, convidando a todos para Nele viver a comunhão perfeita (cf. Mt
9,10; 15,27; 26,20; Mc 2,15; 16,14; Lc 7,36; 11,37; 22,14; 24,30; Go 13,l2).
É por esse motivo que Jesus fundou a sua Igreja no Espírito Santo!
A comunidade dos discípulos de Jesus deve ser sinal e início da comunhão perfeita entre os seres humanos.
Esta comunhão será plena quando Ele "enxugar toda lágrima de nossos olhos e já não houver morte, nem
luto, nem grito, nem dor, porque passou o que era velho" (Ap 21,4).

Ver
História:
O Espírito Santo pode transformar e transforma a criação de Deus. É o poder com o qual Deus age e está
presente na sua criação. É o poder que restabelece a natureza, as plantas, faz sonhar com um mundo melhor.
É a força que derruba barreiras entre as pessoas. É o poder que cria a Igreja e envia o povo de Deus para a
missão nesse mundo. O Espírito Santo prepara o povo de Deus para ser como chamas acesas que brilhem e
dêem vida em meio à criação de Deus que geme e sofre.
O Espírito Santo quer levar-nos também a agir. Existe uma pequena história que nos dá um exemplo sobre
isso. A história diz o seguinte:
Dois moços estavam sentados à beira de um córrego, nas calmas horas do anoitecer. Num certo momento,
viram uma mulher, com dois filhos, subindo o pedregoso barranco do córrego.
A mulher carregava uma trouxa de roupa num dos braços, o filho menor no outro braço e o filho maior
segurando-se em sua saia.
O primeiro dos dois moços emocionou-se. Começou a falar do quanto essa mãe lhe causava compaixão.
Falou que tinha enorme pena dela e que podia imaginar o quanto lhe era cansativo subir aquele barranco
pedregoso com aquela carga toda.
O outro moço não falou nada, mas levantou-se e, imediatamente, foi ao encontro da mulher cansada. Pôs
em seus próprios ombros a trouxa de roupa e tomou pela mão a criança que vinha segurando na roupa da
mulher...
O Espírito Santo é aquela força que nos impulsiona a superarmos dificuldades. É o Espírito Santo que nos
leva a ter compaixão de quem erra conosco. O Espírito Santo nos leva à prática do bem.
Esse Espírito de Deus está conosco e em nós, desde nosso Batismo. É pelo Batismo que recebemos de Deus
os dons e capacidades do Espírito Santo. É esse Espírito que nos leva a formar o Corpo de Cristo: a Igreja.

Iluminar
Dinâmica: a importância de estarmos sempre unidos, todos dependemos uns dos outros.
Coloque uma pedra ou outro objeto num canto da sala.
No outro canto peça para que todos formem um círculo, em pé.

Apostila do Catequista 60
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Com um barbante, amarre os pés de uns nos outros, de modo que todos fiquem unidos aos vizinhos, pelos
pés.
Sem se desamarrar eles deverão sair de onde estão e juntos, pegar o objeto e entregar ao catequista.
Reflita, em seguida, sobre a importância da colaboração de todos para que a dinâmica pudesse acontecer.
Assim com a nossa vida: todos nós estamos unidos a Cristo e aos irmãos; só seremos felizes à medida em
que nos ajudarmos uns aos outros, como Jesus nos pediu.

Nota:
Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão: eis o grande desafio que nos espera, no milênio que começa,
se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo.
Que significa isto em concreto? *...+ ―É preciso promover uma espiritualidade da comunhão, elevando-a ao
nível de princípio educativo em todos os lugares onde se forma o homem e o cristão, onde se educam os
ministros do altar, os consagrados, os agentes pastorais, onde se constroem as famílias e as comunidades‖
(Novo Millennio Ineunte, 43).
(Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, vol. V, p. 104, 2008)

O batizado é alguém que participa de sua Igreja! Não existe "cristão católico não praticante". O cristianismo
é uma religião da prática! Ou se vive o que ela ensina, ou não se é cristão de verdade. O Espírito de Jesus
nos impulsiona a viver o que Jesus viveu. Jesus sempre privilegiou a importância de se viver em comunhão,
de se formar comunidade. Ele sabia que o isolamento gera pecado e morte, mas a solidariedade e a vida
comunitária são capazes de nos libertar dos males. Ele ensinou que a vida de comunidade é uma das
maneiras privilegiadas de garantir a presença dele em meio a nós (cf. Mt 18,20).
Por isso ele fundou a Igreja, povo de Deus organizado em rede de comunidade e em ministérios
diversificados, que buscam um crescimento em comunhão, pelo poder do Espírito de Jesus que continua
agindo na história humana.
(Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. V, p. 107, 2008).

Agir
Descobrir com os catequizandos ações, atitudes que demonstram o ―ser‖ do cristão.
Descobrir também, através do Espírito Santo, atos concretos de uma melhor vivência na comunidade.

Celebrar
O catequista pode rezar pausadamente ou distribuir cópias para o grupo.
Espírito de Jesus, nossa força e Senhor que nos faz viver de verdade, vinde sobre nós! Ajudai-nos a sermos,
como Jesus, construtores da fraternidade e da comunhão. Queremos ser Igreja! Jamais deixeis que nos
afastemos de Jesus. Que possamos sempre perseverar na fé que recebemos, na fraternidade sonhada, na
presença e participação na Eucaristia e na vida de oração de nossa comunidade. Soprai sobre nós e fazei-nos
ousados e corajosos discípulos missionários do Evangelho que nos faz felizes!
Amém!
Pai Nosso – Ave Maria.

Apostila do Catequista 61
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

18. Eu e minha Família

Objetivos
Mostrar o valor de cada pessoa em seu lar, através da relação de dependência e compromisso em uma
família, que unida deve enfrentar os problemas do cotidiano.

Preparação para o encontro


Bíblias, fotos de vários tipos de famílias – imagem da Sagrada Família.
Bonequinhos recortados em cartolina de acordo com os integrantes da família de cada um, com os
respectivos nomes. Colocar em volta da Sagrada Família no momento da oração final.

Acolhida
Oração inicial: Ave Maria.

Ver
Para refletir
A família é a pequena comunidade em que vivo e convivo. Para uns, ela é constituída de pai, mãe filhos e filhas.
Para outros, por motivos diversos, pode ser constituída sem a presença do pai ou sem a presença da mãe, ou até
sem a presença de ambos.
Em outros casos ainda, a família é ampliada pela presença nela de outras pessoas, como parentes – tios, tias,
avós, primos e primas, sogro ou sogra.
O importante é que a família é família, independente de ser composta desta ou daquela forma.
A minha família é a minha primeira comunidade de vida. É a partir dela e por meio dela que sou apresentado á
sociedade. Ela é, para mim, não só o lugar onde sou gerado e educado, mas também onde sou encaminhado para
a vida.
Amar a família, como ela é, é um sinal de equilíbrio e maturidade.
Não existe família perfeita; todas as pessoas, por mais boa vontade que tenham, são limitadas e falhas.
Amar uma família quer dizer amar as pessoas da família como elas são, inclusive com aquelas manias e vícios
que não gosto nelas. Amar não quer dizer, necessariamente concordar ou aprovar. Mesmo não concordando com
o que alguém faz, ainda assim, sou chamado a amá-lo, gratuitamente.
E, ao amá-lo, estou demonstrando a ele que o quero bem, que estou disposto a ajudá-lo, a ter paciência com ele.
O amor exige a renúncia e o perdão.
Eu só vou amar minha família de fato, quando não impuser condições para amá-la.
Com isso não estou me omitindo de ajudá-la a se corrigir. Quando se ama, corrige-se não para humilhar a pessoa
que está no erro, mas para fazê-la crescer e ser feliz.
(Catequese de Perseverança – Pe. Cristovam Iubel - Edit.Pão e Vinho - pg.37)

Reflexão sobre o texto.


Para que existem as famílias?
Elas são importantes para nós?
Que ―tipos‖ de famílias existem hoje?
Crianças adotadas, filhos do coração, recebem o mesmo amor dos outros filhos?
O que acontece numa família onde há pessoas que não se amam?
Devemos amar a família apenas quando ela é perfeita, ou também quando ela não é?
Palavra de Deus: Eclo 3, 1-8 – Ef 5, 21-28 – Ef 6, 1-4

Em Efésios:
O apóstolo Paulo afirma que a família é o lugar da harmonia, onde pais e filhos, esposa e esposo, convivem
no respeito e no amor. Todos têm direitos e deveres, e é a partir do cumprimento deles que a família se
fortalece e permanece unida.
Quando, na família, todos têm consciência de sua pertença uns aos outros, a convivência é facilitada e todos
se superam, lutando e vencendo aquelas limitações que são próprias à nossa condição humana. 18
No CIC 2204-2205 temos: A família ―é uma comunidade de fé, de esperança e de caridade; é uma
comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo‖.
O Concílio Vaticano II chamou essa pequena comunidade de ―Igreja Doméstica‖.

Apostila do Catequista 62
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Iluminar
Nossa vida: Momento (papo cabeça) para que falem sobre suas famílias, suas alegrias e dificuldades, em
clima de partilha e não de julgamentos. O que eu mais gosto e amo na minha família?
O que eu devo fazer para melhorar o ambiente em minha casa?
O que não pode faltar, de modo nenhum, numa família para que ela seja feliz?
Como é a sua família?
Quantas pessoas compõem o seu lar?

Dinâmica:
Recortar bonequinhos em cartolina, de acordo com o número de pessoas de sua família e escrever o nome
de cada um. Colocar na mesa junto à Sagrada Família.

Fé e família- refletir:
Havia uma família de cristãos que vivia na Polônia e procurava educar seus dois filhos na fé. Numa
situação, a mãe morreu prematuramente e o pai ficou com a responsabilidade de criar e educar na fé os
filhos, sobretudo o mais novo, após a morte do filho mais velho.
O berço da educação religiosa para o filho foi decisivo, pois mais tarde este menino se
tornou papa da Igreja, João Paulo II. Graças às orientações que embalaram o berço da sua fé, ele pode mais
tarde embalar o mundo inteiro com palavras de paz. Na Albânia, dominada por um consumismo cruel, um
lar corajoso conservou a fé e embalou de modo cristão o berço da pequenina Agnes. Sua educação religiosa
foi tão bela, que esta menina, agora já adulta, foi para um grande país, a Índia e revelou pelo exemplo e
testemunho, a beleza da fé cristã e do seguimento de Jesus, como caminho verdade e vida.
Seu trabalho foi respeitado no mundo inteiro e o seu nome ficou gravado como o grande nome da
solidariedade cristã, Madre Tereza de Calcutá. Ela catequizou o mundo inteiro para a prática da caridade e
para a promoção da paz no mundo.
A FAMÍLIA: é o berço da fé, o qual deve favorecer o desabrochar das dimensões da vida cristã.
O que você imagina que significa “educar na fé”?
Como a sua família tem te ajudado a ser um bom cristão?

Agir
Combinar com o grupo qual compromisso poderá ser assumido com relação à família.

Celebrar
Num momento de oração, pedir que Jesus abençoe e proteja a família de cada um, do jeito que ela é. E que
Ele ajude a corrigir os erros que existem em nossas famílias.

Oração da família
Senhor, nós vos louvamos pela nossa família e agradecemos a vossa presença em nosso lar.
Iluminai-nos para que sejamos capazes de assumir nosso compromisso de fé na Igreja e de participar da
vida de nossa comunidade.
Ensinai-nos a viver a vossa palavra e o Vosso mandamento de Amor, a exemplo da FAMÍLIA DE
NAZARÉ.
Concedei-nos a capacidade de compreendermos nossas diferenças de idade, de sexo, de caráter, para nos
ajudarmos mutuamente, perdoarmos nossos erros e vivermos em harmonia.
Dai-nos, Senhor, saúde, trabalho e um lar onde possamos viver felizes.
Ensinai-nos a partilhar o que temos com os mais necessitados e empobrecidos, e dai-nos a graça de aceitar
com fé e serenidade a doença e a morte quando se aproximem de nossa família.
Ajudai-nos a respeitar e incentivar a vocação de nossos filhos quando quiserdes chamar a Vosso serviço.
Que em nossa família reine a confiança, a fidelidade, o respeito mútuo, para que o amor se fortifique e nos
una cada vez mais.
Permanecei em nossa família, Senhor, e abençoai nosso lar hoje e sempre. Amém!

Apostila do Catequista 63
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
19. Jesus e a lei do amor

Objetivos
Compreender que Jesus Cristo veio dar à Lei de Deus o pleno cumprimento ao nos revelar que o amor a
Deus e ao próximo é a fonte mais segura de felicidade.

Preparação para o encontro


Bíblias; cópias das atividades.

Acolhida
Oração inicial: Pai Nosso

Ver
- Você já fez algo contra a sua vontade, só porque estava sendo cobrado?
- Claro, às vezes não entendemos o sentido, mas somos pressionados.
As normas, leis ou mandamentos são uma forma de orientações que determinam ações que são exigidas,
sem levar em conta a opinião das pessoas a quem se destinam.
A desobediência às leis pode levar à punição. Por isso muitas ações são cumpridas somente por exigência e
não pela vontade de quem as pratica. Mas há ações que são praticadas com prazer. Há satisfação em fazer
várias coisas.
- Você já pensou por que isso acontece?
Anote no caderno, em duas colunas: na coluna da esquerda aquilo que você só faz porque é norma (só por
obrigação, medo) e na da direita aquilo que você adora realizar (por amor mesmo).

Antes de Jesus, o povo judeu era guiado por normas. Os mandamentos eram aplicados com muitas
exigências. Muitos achavam que bastava cumprir todas as normas que a entrada do reino de Deus estava
garantida.
Havia um grupo, chamado de fariseus que, além de serem extremamente rígidos com a prática da lei,
ficavam observando se todos seguiam as leis com todo rigor.
Mas Jesus sempre lhes dizia que é necessário mais do que simplesmente seguir leis. Mas que houvesse em
seu coração a vontade própria de cumprir os mandamentos de Deus. Esse motivo chama-se amor.

As Leis de Deus
1. Não terás outros deuses perante Mim.
2. Não invocarás em vão o Nome do Senhor teu Deus.
3. Recorda-te do dia do Sábado para o santificar.
4. Honra pai e mãe.
5. Não matarás.
6. Não cometerás adultério.
7. Não roubarás.
8. Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
9. Não desejarás a mulher do teu próximo
10. Não cobiçarás a casa, nem as coisas do teu próximo.
Estas foram as Dez Palavras de Amor, que Deus deixou a Moisés, como regra de vida, para poderem
avançar no caminho da Liberdade.

Estes mandamentos continuam a fazer sentido, mesmo para aquele que descobriu o amor e aprendeu a
amar!
Não são um pacote de proibições, de "nãos". Na realidade apresentam uma grande visão de vida.
Por isso, Jesus veio ao mundo e transformou todos estes «nãos», num verdadeiro «sim».
1. Sim ao Deus único e libertador
2. Sim ao Deus da Aliança e do Amor
3. Sim ao Dia do Senhor!
4. Sim à Família
5. Sim à Vida

Apostila do Catequista 64
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
6. Sim ao Amor fiel
7. Sim à Solidariedade
8. Sim à Verdade
9. Sim a um coração puro
10. Sim ao bem do próximo
Enfim, todas estas palavras são um «sim» ao amor! Por isso, se diz com razão: «quem ama, já cumpriu toda
a Lei» (Rom.13,10)!

Quem sente o amor e entende por que esta fazendo algo de bom , para seu bem próprio e para o bem dos
outros, não necessita de lei. Quem faz algo com amor verdadeiro não erra.
Deus é infinito, e quem reserva um espaço em seu coração para Deus e sente que é amado por Ele só pode
agir por amor.

Iluminar
Palavra de Deus
Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim vós deveis
amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Vamos ler os textos de Go 13,34-35 e 15,12-14 para compreender como podemos nos tornar discípulos de
Jesus.
Em grupos conversem para identificar:
a) Quais as atitudes e gestos que realizam porque é norma,
b) Quais as atitudes que realizam porque consideram importante,
c) Quais as atitudes que realizam por amor na convivência em grupo, familiar, escolar ...

Agir
Um gesto de amor brota do fundo do coração. Para isso é necessário preparar-se espiritualmente. A prática
do amor é uma ação da vontade, mas também de presença do Espírito Santo. Por isso, um gesto de amor
gratuito e generoso não é para mostrar para ninguém ou para ser elogiado, mas implica em assumir a viver o
amor ao próximo.
O que você pretende fazer concretamente para viver o amor ao próximo?
Descreva sua decisão.

Celebrar
Oração
Em silencio reze agradecendo a Jesus que nos inspira a viver no amor e nos fortalece em nossas fraquezas e
limitações humanas, nos incentiva a transformar uma pequena disposição de vontade em gestos importantes
de amor ao próximo.
Juntos rezemos em dois coros:
Lado 1: Obrigado, Deus Pai de amor infinito, por nos ter criado por amor e ter por nós um amor paciente,
sempre disposto a recomeçar tudo novamente com teu perdão generoso.
Todos: Senhor, queremos viver no seu amor!
Lado 2: Obrigado, Pai misericordioso, por teres enviado teu Filho que nos amor de tal forma que doou sua
vida na cruz.
Todos: Senhor, queremos viver no seu amor!
Lado 1:Obrigado, Jesus, que nos enviaste o Espírito Santo, que preenche nosso coração vazio de amor e
nos fortalece em nossas fraquezas e limitações humanas.
Todos: Senhor, queremos viver no seu amor!
Lado 2: Obrigado, Jesus, pelo Espírito Santo que nos ajuda a transformar uma pequena disposição de
vontade em gestos importantes de amor ao próximo.
Todos: Senhor, queremos viver no seu amor!
―Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros‖ (Go 13,35)

Apostila do Catequista 65
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
A única lei de Deus é o amor!

No princípio, Deus nos criou capazes de livremente escolher, por gratidão, amá-Lo e obedecer-Lhe. Ele
preferiu que a nossa obediência resultasse do amor e, por isso, havia pouquíssimas regras. Tudo deveria ser
feito voluntariamente, porque O amamos, O respeitamos e damos valor ao Seu amor e à maneira como cuida
de nós. Esse era o plano original de Deus.
Mas, como as pessoas ficaram mais desobedientes e más, Deus teve que lhes dar leis e regulamentos mais
rigorosos, que se encontram no Antigo Testamento, nos primeiros cinco livros de Moisés. Essas leis não
foram elaboradas para os justos, porque as pessoas verdadeiramente boas não prejudicam o seu próximo, já
que as suas ações são regidas por amor e consideração. As leis de Deus foram instituídas para os malfeitores.
Porque as pessoas não agiram motivadas pelo amor, Deus teve que impor a lei para os transgressores. Na
verdade, essas regras não puderam salvar ninguém, serviram apenas para mostrar onde estavam os seus
erros. "Por isso, nenhuma carne será justificada diante dEle pelas obras da lei, porque pela lei vem o
conhecimento do pecado. (Romanos 8:20) Quanto mais conhecemos as leis de Deus, mais claro se torna que
as estamos desobedecendo. Servem apenas para nos mostrar que somos pecadores. "Não há nenhum justo,
nem um sequer! Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". (Romanos 3:10, 23)
A Lei do Antigo Testamento era como um professor, um instrutor, ou um "aio", como a Bíblia diz. Foi criada
para nos mostrar que somos pecadores e nos fazer perceber que precisamos ir a Deus em busca de
misericórdia e perdão, para que possamos ser reconciliados e receber a Sua bondade por meio da fé (Cf.
Gálatas 3:24)
Como qualquer pai ou mãe faria, Deus prefere muito mais que Seus filhos O obedeçam por livre e
espontânea vontade, porque O amam, querem agradar-Lhe e fazer o que é certo. Se uma criança só obedece
porque é forçada ou por medo de ser castigada, não estará dando nenhuma prova de amor pelos seus pais.
Quando os líderes religiosos perguntaram a Jesus qual era o maior mandamento na Lei, Ele respondeu:
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu entendimento. Este é o
primeiro e grande mandamento. E o segundo é semelhante a este: amarás o teu próximo como a si mesmo".
(Mateus 22:37-39.)
E surpreendeu-os ao dizer: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas". (Mateus 22:40)
(O termo "lei" se refere aos cinco livros de Moisés, e "profetas" aos outros livros escritos pelos profetas do
Antigo Testamento.) Havia centenas de leis religiosas complicadas, ritualistas e restritivas, mas Jesus lhes
disse que a partir daquele momento só precisariam observar duas: Amar a Deus e amar os outros. Ponto
final! Esta era toda a lei eles precisavam: o amor!
E isso é igualmente válido nos dias de hoje. Se verdadeiramente amarmos Deus e os outros, não seremos
egoístas nem agiremos de forma irresponsável. Tampouco faremos coisa alguma que venha a ferir seja quem
for.
Assim sendo, a Lei do Amor de Jesus nos livra da antiga Lei Mosaica. A única Lei de Deus é o amor e, se
algo for feito em amor verdadeiro, desinteressado e abnegado, é lícito aos olhos de Deus. A Bíblia diz: "O
fruto do Espírito é amor. Contra tal não há lei". (Gálatas 5:22-23)
Não há nenhuma lei de Deus que se oponha ao amor puro e altruísta para com Deus e para com nosso
semelhante.
"Pois toda a Lei é cumprida em uma palavra, a saber: ‗Amarás o teu próximo como a ti mesmo‘". (Gálatas
5:14) Reflita nisso. O cumprimento de toda a Lei se resume em um único e glorioso mandamento: ame!
"Portanto, tudo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós também, porque esta é (resume) a Lei e os
Profetas". (Mateus 7:12).
Somos instruídos a não dever a ninguém coisa alguma, exceto o amor que devemos ter uns pelos outros.
"Porque quem ama aos outros, cumpriu a Lei". (Romanos 13:8) Se você agir segundo o amor, estará
observando todas as leis de Deus!
Em muitos aspectos, a Lei do Amor é mais abrangente do que as centenas de leis mosaicas encontradas no
Antigo Testamento e resumidas pelos Dez Mandamentos. Isso é porque a Lei do Amor não se limita a nos
proibir de fazer coisas ruins aos outros, mas também nos diz que temos que amar a todos. Segundo a Lei do
Amor de Jesus, devemos ir além da mera justiça e retidão. Temos que dar amor, demonstrar misericórdia e
conceder perdão.
O amor é maior que a retidão, e a misericórdia é superior à justiça. Devemos tratar os outros com amor,
compaixão e gentileza. A Lei Mosaica não previa o perdão. "Olho por olho, dente por dente". (Cf. Êxodo
21:24; Levítico 24:20). Moisés disse que se alguém arrancasse o nosso dente com um soco, poderíamos lhe
dar um soco e lhe arrancar um dente. Jesus, todavia, disse que deveríamos tratar esses que nos prejudicam da

Apostila do Catequista 66
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
mesma forma que gostaríamos que eles nos tratassem. Isso é o amor de Deus.
Sendo assim, a Lei do Amor é, na verdade, muito mais rígida e difícil de ser observada. O fato é que, sem
Jesus, trata-se de uma tarefa impossível! Se a antiga Lei já era considerada impossível de se observar, quanto
mais a Lei do Amor! É por isso que Ele diz: "Sem Mim, nada podeis fazer". (João 15:5)
Você não pode observar a Lei de Amor sem o poder de Deus. A menos que tenha Jesus no coração e o amor
de Deus em si, nunca poderá verdadeiramente amar os outros tanto quanto a si próprio. Entretanto, se tiver
recebido Jesus, o Seu Espírito em você pode ajudá-lo a fazer o que humanamente é impossível: amar Deus
de todo o coração e o seu próximo como a si mesmo.
Você já aceitou Jesus Cristo como Salvador? O Espírito do amor de Deus vive no seu coração? Você ama o
Senhor e os outros tanto quanto a si próprio? Faz aos outros o que gostaria que fizessem a você? Se assim
for, estará livre da antiga lei mosaica. Agora, tudo que tem que fazer é observar a Lei do Amor estabelecida
por Jesus.
Fonte: http://contato.org/article.php?id=204&product_id=583

APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA

Jesus nos diz de diversas formas que o amor a Deus coincide e identifica-se com o amor ao próximo de quem
devo aproximar-me porque necessita de mim. Neste sentido, pode-se identificar sua maneira de explicar o
amor
compreendendo que:
- O amor a Deus assemelha-se ao amor ao próximo: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda
a alma e de todo o entendimento. Esse é o grande e o primeiro mandamento. 0 segundo é semelhante a esse:
amaras o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22, 37-40).
- O amor de Deus e o amor ao próximo são inseparáveis: Para Jesus, o amor de Deus e o amor ao próximo
são inseparáveis, pois se constituem em um só mandamento, do qual dependem todos os outros: "Se alguém
disser: 'amo a Deus', mas odeia o seu irmão, é um mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, a quem vê,
como pode amar a Deus, que não vê? É este mandamento dele recebemos: Aquele que ama a Deus, ame
também seu irmão"
(1Jo 4,20-21).
- Existe uma espécie de igualdade entre o amor de Deus e o amor ao próximo: 0 que se faz ao próximo (em
especial ao mais humilde e necessitado) é como se o fizesse ao próprio Jesus: "Em verdade vos digo: cada
vez que fizeste a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40) .
- A norma do amor será a de amar como Jesus nos amou: O amor de Cristo foi até as últimas consequências:
"Nisto conhecemos o Amor: que ele deu a vida por nós. E nós também devemos dar as nossas vidas pelos
irmãos" (1Jo 3,16). Com isso queremos afirmar que:
- Jesus se dirige ao ser humano concreto – seja publicano, prostituta, pobre, oprimido, fariseu, rabino -, a
todos os seres humanos;
- Nós amamos a Deus e defendemos sua causa amando como Jesus amou em qualquer situação em que o ser
humano se encontre;
- Este amor deve ser humano, aqui neste mundo e agora, no tempo que estamos vivendo;
- Nada deve estar acima do amor aos irmãos ou contentar-se em cumprir a lei: "Com efeito, eu vos asseguro
que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus" (Mt
5,20).
Por ser o amor nosso mandamento, a única medida do amor é amar sem medida. Esta é a última vontade de
Jesus: "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também
uns aos outros. Nisso conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros" (Go
13,34-35).

Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. I, Ed. Vozes, 2008 – p. 67,72-73

Apostila do Catequista 67
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

20. Revisão/ Confraternização

Objetivos
Proporcionar um momento de descontração e aprendizado.

Preparação para o encontro


Bíblias; Materiais para as dinâmicas.

Acolhida
Oração inicial: Pai Nosso

Ver
Ler: Lc 24, 13-35
O evangelho mostra Cristo pondo-se a caminho, com dois de seus discípulos rumo a Emaús. Ele escuta,
dialoga, se faz peregrino com os peregrinos, sensibiliza-se com a tristeza de seus amigos. Assumindo a dor
de seus companheiros explica-lhes as Escrituras e faz memória da história de seus antepassados, tão
conhecida por eles. Mas, é na partilha do pão e da palavra que torna possível o abrir os olhos e o arder o
coração.

É preciso caminhar...
Um jovem todas as semanas vinha de bem longe escutar os ensinamentos de seu mestre. Depois de um ano
ele quis saber:
- Mestre, eu notei que durante este ano muitos alunos tiveram suas vidas completamente transformadas,
outros mudaram um pouco, mas existem aqueles que nada mudaram. Que explicação o senhor tem para
isso?
Serenamente o professor respondeu:
- Filho, você conhece bem o caminho de sua casa até aqui. Se alguém lhe perguntar. " Como fazer para
chegar até sua casa?". Pense bem. Se você explicasse direitinho, todos os que ouvissem as explicações
chegariam à sua casa ou só os que percorressem o caminho?
- É claro que só chegariam os que percorressem o caminho, respondeu o jovem. Então o mestre concluiu:
- O caminho é ensinado a todos, mas só chegam aqueles que fazem o percurso.

Jesus nos ensinou que o caminho do amor é o único capaz de nos levar em direção à verdadeira
felicidade , mas infelizmente muitos ainda não escolheram trilhá-lo.

E você, já se pôs a caminho?

Iluminar
Vocês já percorreram um bom caminho para chegar até aqui.
Vamos rever o que vocês aprenderam...

QUESTÕES / A CADA CINCO QUESTÕES UMA BRINCADEIRA (anexo)

Agir
Continuar fazendo as orações diárias e participando das missas. Lembre-se que as férias são uma
oportunidade a mais de nos aproximarmos de Deus.

Celebrar
Oração final
Obrigado, Senhor, pelos caminhos percorridos e por todas as pessoas que me ajudaram a construir a minha
história.
Obrigado pela oportunidade de ouvir Tua Palavra, aprender Contigo, partilhar o Teu amor e ter mais vida e
fé.

Apostila do Catequista 68
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
QUESTÕES / A CADA CINCO QUESTÕES UMA BRINCADEIRA

1. Como Deus nos chama?


RESP: Pelo nome, somos importantes para Ele.

2. Na Quaresma, tempo de conversão e penitência devemos:


RESP: Fazer jejum, penitência e oração.

3. Junto com a quarta feira de cinza inicia-se a Campanha da Fraternidade,


Qual foi o tema deste ano.
RESP: Fraternidade e Saúde pública.

4. O que comemoramos na Páscoa.


RESP: A ressurreição de Cristo.

5. Pentecostes, o que significa.


RESP: – A vinda do Espírito Santo, para completar a Páscoa.

6. Quais são os dons do Espírito Santo.


RESP: Sabedoria, Entendimento, Fortaleza, Ciência, Conselho, Piedade e Temor a Deus.

7. Quais são os Evangelhos da Bíblia.


RESP: Mateus, Marcos, Lucas e João

8. Qual é a segunda pessoa da Santíssima Trindade?


R: A segunda pessoa é o Filho (Jesus Cristo).

9. . Por que Deus enviou seu filho Jesus aqui na Terra?


R: Para nos salvar e nos dar a boa nova do Evangelho.

10. Onde nasceu Jesus Cristo?


R: Jesus nasceu em Belém.

11. Como foi que Jesus morreu?


R: Jesus morreu pregado numa cruz

12. Em que dia Jesus ressuscitou?


R: No domingo de páscoa.

13. Quais são as partes da missa?


RESP: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia da Eucaristia e Ritos Finais.

14. Qual o momento mais importante da missa?


RESP: A consagração, que é o momento que Jesus se faz presente.

15. . O que aconteceu 40 dias após sua ressurreição?


R: Aconteceu a ascensão, isto é Jesus subiu aos céus.

16. Quem fundou a Igreja?


R: Foi Jesus Cristo.

17. Como se apresentou o Espírito Santo no dia de Pentecostes?


R: Apresentou-se como línguas de fogo sobre os apóstolos e pessoas presentes.

18. Quais são os sete dons do Espírito Santo?


R: Os sete dons do Espírito Santo são: Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus.

19. Qual a oração que Jesus nos ensinou?


R: Foi o Pai Nosso.

20. O que quer dizer a palavra amém?


R: Quer dizer eu acredito, assim seja.

21. O que é rezar?


R: Rezar é conversar com Deus através da oração.

22. O que é oração?


R: É uma elevação da alma à Deus, para adorá-lo, agradecer e pedir-lhe as graças de que necessitamos.

Apostila do Catequista 69
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
23. O que é igreja?
R: Igreja (material) é a casa de Deus onde nos reunimos para rezar.
A Igreja (espiritual) é a grande comunidade dos filhos de Deus.

24. Porque devemos nos comportar com respeito dentro da Igreja?


R: Porque é uma casa de oração onde Deus está presente.

25. O que é ter fé?


R: Ter fé é acreditar em Deus e em tudo o que Ele revelou.

26. O que fazem as pessoas que acreditam em Deus?


R: Amam-no e obedecem aos seus mandamentos.

27. Quais são os sacramentos?


R: Batismo, Crisma, Confissão, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção do enfermos.

28. Qual o nome da mãe e do pai (adotivo) de Jesus?


R: O nome da mãe é Maria, e do pai é José

29. Por que veneramos Maria?


R: Porque foi a escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador do Mundo.

30. Quais são os nomes dos 12 apóstolos?


R: Mateus, André, Bartolomeu, Filipe, João, Tiago, Judas Iscariotes, Simão, Judas Tadeu, Tiago menor, Tomé e Pedro.

31. Como se divide a Bíblia?


R: A Bíblia divide-se em duas partes: Antigo Testamento (46 livros) e Novo Testamento 'depois do nascimento de Cristo' (27 livros)

32. Quais são os 10 Mandamentos?


R: 1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar o santo nome de Deus em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar Pai e Mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

33. Qual é o maior Mandamento que Jesus nos ensinou?


R: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a nós mesmos.

34. O que é pecado?


R: Pecado é uma desobediência à Lei de Deus Pai.

BRINCADEIRAS:
01-Bolinhas na colher, o grupo que terminar primeiro
02-Derrubar 10 copos com o ar da bexiga – 01 minuto
03-Rezar a oração ao Espírito Santo
04- Continuar a música:
05-Mímica com personagem, nome etc... da bíblia. 5 minutos
06-Colocar mais água na garrafa com uma esponja. 2 minutos
07-Marcar um gol em três tentativas (Bolinha de pebolim e gol de futebol de botão)
08-Montar um fila com dominós e derrubar todos 5 minutos

Apostila do Catequista 70
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
21. Mês vocacional- dia do Padre

Objetivos
Conscientizar os catequizandos a respeito da responsabilidade, de cada um, para com as vocações, bem
como da importância de descobrirmos e vivermos nossa vocação.

Preparação para o encontro


Bíblias; cópias das atividades.

Acolhida
Oração Inicial: Vinde Espírito Santo.

Escrever no quadro a frase:


“Vocação é o olhar de amor de Deus para uma pessoa!”. O Papa João Paulo II

Ver
Perguntar:
O que vocês entendem quando lêem esta frase?
O que é vocação?
Vocação é uma palavra que vem do latim "vocare" que significa "chamado".
Quando alguém nos chama nós devemos atender e dar uma resposta.
O que quer dizer “o olhar de Deus para uma pessoa”?

Você sabe qual é a nossa primeira vocação? É à vida.


Deus nos chamou pelo nome e nos conhece desde o ventre de nossa mãe. Todos nós somos chamados por
Deus a realizar algo em nossa vida.

Somos também chamados à santidade


Deus chama a cada um de nós a sermos santos, e isto não é impossível porque temos o exemplo de vários
santos de nossa Igreja e muitas deles eram crianças como você.
A vocação é o chamado que Deus faz para todas as pessoas, seja em particular ou em grupo, mas sempre
em favor da comunidade. A cada domingo deste mês vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma das
vocações. O chamado de Deus nos deixa a liberdade de escolha, de responder sim ou não ao caminho
indicado por Ele com total doação, disponibilidade e entrega. Como é bonito saber que Deus quer precisar
da gente para que seu Reino aconteça no mundo.

Iluminar
Vocação é um desafio de Amor!!

Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-
me!” Ele se levantou e seguiu-o. (cf. Mateus 9, 9).
Vocação é o ato de chamar, escolha, predestinação. Parte de alguém que chama e outro que ouve o
chamado, portanto, requer uma resposta, uma atitude como a de Mateus diante de Jesus.
Ler Mt 9,9-13.
Vamos refletir quem era Mateus, um cobrador de impostos, que prestava um serviço terceirizado para o
governo Romano, tinha uma vida toda baseada naquilo que fazia, tinha amizades, vida social e com certeza
muitos inimigos, pois além de cobrar imposto tirava aquilo que o povo não tinha. Jesus é a primeira pessoa
a não julgar Mateus pela aparência e por aquilo que ele fazia. Jesus lança um olhar de confiança, que vai
além, que enxerga Mateus por dentro, não exclui, chama, convoca para algo novo que nem ele pensava que
era capaz de dar. Quem chama confia, capacita, tem a coragem de ariscar, na certeza de que o outro é um
grande mistério a ser desvendado.
Bastou Jesus dar um voto de confiança para Mateus, acreditar nele, dizer que era possível ele
verdadeiramente ser diferente, ser feliz. Vocação é essa possibilidade de sair de si, de encontrar o
significado fora de si, numa oblação da vontade, uma entrega total, que com certeza, se é uma vocação
verdadeira, acaba sendo fonte de realização pessoal. Não é fuga, nem um plano puramente pessoal, vocação

Apostila do Catequista 71
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
é vontade de Deus, ela é uma aliança entre a vontade de Deus e daquele que é chamado.
Quando não se esta no lugar certo, a pessoa não é plenamente realizada em sua vocação. Vocação é a
realização da vontade de Deus, mas Ele não retira a nossa liberdade de escolha e opção por algo que pode
dar certo ou não, mas nem por isso, deve me privar de tentar, de buscar, de descobrir. Vocação é um passo
de coragem, de maturidade, de sair de si e colocar muitas pessoas dentro do seu plano de felicidade. É a
capacidade de fazer renuncias, de perder para ganhar depois, ―pois quem quiser salvar sua vida vai perdê-la,
mas quem perder sua vida por causa do evangelho vai salvá-la‖. È saber ouvir e responder no tempo certo,
pois vocação é missão, é vida e com a vida não se brinca.

1º Domingo de agosto– Vocação para o Ministério Ordenado – Dia do Padre


A vocação sacerdotal: são todos os bispos, padres e diáconos. São pessoas escolhidas do meio do povo,
para servir ao próprio povo. A vocação sacerdotal é um chamado ao pastoreio, para conhecer, guardar,
defender, orientar, santificar, ensinar, acolher e amar profundamente o seu rebanho.
Vamos aproveita e rezar juntos por todos os bispos, padres e diáconos, peça em especial pelo bispo de sua
diocese, os padres e diáconos de sua paróquia.

Agir
Rezar em casa, durante a semana a Oração pelas Vocações.

Celebrar
ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES E PELOS SACERDOTES

Divino Salvador, Jesus Cristo,/ concedei-nos sacerdotes santos,/ inflamados no fogo de vosso amor,/
totalmente doados à edificação da vossa Igreja./
E vós, ó Maria,/ Mãe dos sacerdotes,/ vós que sois a onipotência suplicante,/ socorrei-os a todos,/ nos
trabalhos e dificuldades que se encontrarem./
Virgem Mãe e Rainha dos Apóstolos de Jesus,/ aumentai nas famílias/ o respeito e o amor ao sacerdócio;
suscitai novas vocações sacerdotais e religiosas./ Guiai nossos seminaristas/ para que sejam mais tarde,/
dignos Ministros do Altar,/ santos e dedicados pastores do povo Cristão assim seja!

Apostila do Catequista 72
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
04 de Agosto
Vejamos quem é o Padre:
É alguém escolhido por Deus, dentro de uma comunidade, no seio de uma família, para ser o continuador da obra
salvadora de Jesus. Ele assume a missão de construir a comunidade.
Por graça e vocação, o padre age em nome de Jesus: ele perdoa os pecados, ele reconcilia seus irmãos com Deus e
entre si; ele trás a bênção de Deus para todos.
O padre é aquele que celebra a vida de Deus na vida da comunidade. Na Celebração Eucarística , ele trás Jesus
para as comunidades. A Eucaristia é a razão primeira do sacerdócio.
O padre alimenta seus fiéis por esse sacramento, pela sua pregação e pelo seu testemunho.
Padre é o modelo por excelência de Jesus Cristo, o bom Pastor. Por esse motivo ele deve ser como o Cristo Pastor.
O Padre deve ser o pastor atencioso de seu rebanho.
Deve guiar por bons caminhos, orientando nas dificuldades e prevenindo quando necessário. Deve defender seus
irmãos dos lobos modernos que devoram os menos esclarecidos e dos ladrões que atacam, que confundem e
dispersam o único rebanho do Senhor.
Padre é o homem de Deus que deve estar no meio do povo: nas Paróquias, nas Pastorais, nos Seminários, nos
Hospitais, nas Escolas e Faculdades, nos Meios de Comunicação Social, nas Comunidades Inseridas e entre os
mais pobres e marginalizados... É um sinal de que o Reino de Deus existe entre nós.
Onde nascem as vocações?
Na família que reza unida;
Nos grupos de catequese, de adolescentes, de coroinhas ou acólitos;
Nos grupos de jovens, grupos missionários, grupos de vivência da fé;
Nas paróquias e comunidades eclesiais, onde o Padre deve ser o maior incentivador das vocações...
Eis a nossa mensagem para que tenhamos mais padres:
Vamos rezar sempre pelas vocações;
Façamos de tudo para incentivar os jovens e adolescentes para que sigam essa vocação;
Vamos falar bem da vocação sacerdotal na família, na escola, na catequese, nos grupos de adolescentes, de
jovens...
Vamos implantar em nossa comunidade o trabalho vocacional, instituindo um casal ou uma equipe que se
interesse pelas vocações, que promova, incentive e oriente os adolescentes e jovens a participarem dos encontros
vocacionais;
Façamos de tudo para criar na comunidade um clima favorável ao o surgimento das vocações. Este é um trabalho
conjunto exercido pelo Pároco, pelos jovens, pelos catequistas, pelas famílias, pelo Movimento Serra e
demais movimentos, pelos que animam a liturgia e grupos de reflexão. Todos somos responsáveis para que
tenhamos mais sacerdotes. O Papa João Paulo II, nos ensina: ―Descei no meio dos jovens e chamai, não tenhais
medo de chamar‖. Devemos chamar sempre. Que tal fazermos algo concreto pelas vocações em nossa
comunidade? O que poderemos fazer?
Fonte: www.sav.org.br

São João Maria Vianney

João Maria Batista Vianney, era de origem pobre e humilde, foi o quarto filho de Mateus e Maria Vianney.
Nasceu pouco antes de irromper a Revolução Francesa em 08 de Maio de 1786 em uma pequena aldeia, Dardilly,
que fica perto de Limonest, a dez quilômetros ao norte de Lyon, na França. Foi batizado no mesmo dia em que
nasceu. No batismo recebeu o nome de João, ao qual acrescentou o de Maria por especial devoção à Maria
Santíssima.
Desde a infância, manifestava uma forte inclinação à oração e um grande amor ao recolhimento. Muitas vezes era
encontrado num canto da casa, jardim ou no estábulo, rezando, de joelhos, as orações que lhe tinham ensinado: o
Padre-Nosso, a Ave-Maria, etc. Os pais, principalmente a piedosa mãe, Maria, cultivavam no filho esse espírito de
religião e de piedade, que o levou a crescer na fé e ser devoto de Maria Santíssima.
Durante os anos da Revolução Francesa, quando a igreja da vila foi fechada pela perseguição religiosa, ele
continuava a rezar. Para fazer isso, ele aproveitava algum tempo de seu trabalho, de cuidar de animais junto com
seus irmãos, para rezar. Ele continuava a rezar, no final do dia, as orações habituais em casa com seus pais.
Ele gostava de ajudar os pais nas caridades que eles faziam, ajudando os necessitados. Quando jovem, caiu doente
e passou quatorze meses nos hospitais de Lyon e de Roanne e não pode entrar para o serviço militar durante o
império napoleônico, teve que viver escondido, exposto a graves perigos.
Desde pequeno queria ser padre a todo custo, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza e sobretudo a escassa
inteligência. Em 1813, com vinte anos, ele ingressou no seminário Santo Irineu, em Lyon. Todos os cursos que

Apostila do Catequista 73
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
devia fazer eram dados em latim. O problema surgiu de imediato; João Maria não entendia nada, e nas provas do
primeiro mês tirou notas baixas, que o desclassificaram, mas estas notas não eram definitivas.
Insiste em entrar na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mas não é admitido pelas mesmas razões. Por
causa disto, ele foi mandado de volta para Ecully, para estudar Teologia com seu amigo, padre Balley. O padre
nesse tempo o ensinou na língua Francesa, língua do Vianney, e no final do curso ele fez as provas em Francês, e
foi aprovado. Assim ele foi readmitido no Seminário.
No dia 02 de Julho de 1814 foi ordenado Subdiácono. João Maria continuou seus estudos na casa do amigo, padre
Balley. Depois da batalha de Waterloo, quando os austríacos invadiram a região, João Maria foi a pé por falta de
transporte, para Grenoble. Lá, no dia 13 de Agosto de 1815, ele foi ordenado padre, aos 29 anos de idade. No dia
seguinte celebrou sua primeira Missa!
Ao Padre Vianney ninguém lhe fazia prognósticos animadores. Faltavam-lhe os apregoados dotes da razão que
tanto faziam a grandeza dos séculos das luzes. Por essa razão, os padres estavam queixando-se ao bispo de Balley
e pela mesma razão o bispo lhes respondera: ―Não sei se ele é instruído; sei que é iluminado‖. Começou a sua vida
sacerdotal como ajudante do bispo Balley. O bispo Balley, continuou a dar ao padre Vianney os cursos de Moral e
Teologia, Em Dezembro de 1817, o estado de saúde do bispo Balley agravou e ele faleceu.
Em Janeiro de 1818 veio o novo pároco para Ecully, mas ele tinha uma vida totalmente diferente do padre
Vianney. Na verdade, o Padre Vianney era diferente. A par da simplicidade mais natural e de uma autêntica
humildade, irradiava dele algo superior à inteligência, uma forma mais elevada de ver as coisas, que se
manifestava nos conselhos que dava no jeito de conversar com as pessoas, de lhes ouvir os problemas e de lhes
sugerir soluções ou confortá-las.
O Arcebispo de Lyon, Arquidiocese sede da Diocese de Ecully, sabendo dessa diferença pediu ao Vigário Geral
Courbon, para informar ao padre Vianney, que ele seria transferido para a paróquia da Aldeia de Ars-em-Dombes.
De nada mais que 200 a 300 habitantes, no dia 9 de fevereiro de 1818, uma sexta-feira, João Maria Batista
Vianney chegou em Ars, para cuidar de uma capela semiabandonada. Veio em uma carruagem, guiada por um
paroquiano de Ecully, onde carregou seus pertences e uma biblioteca com trezentos volumes. Apesar de pequena
instrução, gostava de ler livros.
Ao chegar à cidadezinha ficou meio confuso, porque a neblina cobria as casas. O entendimento foi difícil pois o
menino, Antônio Givre, não sabia Francês e o dialeto de Ars era bem diferente de Ecully. Então perguntou ao
garoto: ―Menino, onde está Ars?‖ O menino apontou com o dedo dizendo-lhe: ―É ali mesmo‖. E João Maria
Vianney disse ao menino: ―Você me ensinou o caminho de Ars, e eu lhe ensinarei o caminho do céu‖.
Essa predição era enfática, mas situada no tom romântico da época. Predição, ou não, o certo é que o pequeno
pastor Antônio Givre morreu alguns dias depois dela. Um monumento de bronze, na entrada de Ars, lembra esse
primeiro encontro. O Padre entrou no povoado levando muitos sonhos e esperanças. João Maria Batista Vianney
era simples, por isso, quando chegou à paróquia de Ars, devolveu alguns móveis à proprietária, deixando somente
o necessário. A sua alimentação era muito simples, apenas algumas batatas cozidas. Nem imaginava quanto iria
sofrer ali dentro. Ars era pequena no tamanho, mas enorme quanto aos problemas: muitas casas de jogatina, de
prostituição, de vícios, cidade paganizada. A capela estava sempre vazia.
Em 1818, Ars-em-Dombes era uma caricatura cristã. A fé não era vista com seriedade. A capela estava sempre
deserta, o povo não frequentava os sacramentos e o domingo era marcado por festas profanas. Aí ele dobrou seu
tempo de oração. O Padre Vianney se pôs a rezar, fazer jejuns e penitência. Visitava as famílias e as convidava
para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. A capela se enchia. Então o
pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os
homens. Diante disso, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o
Padre Vianney. Este chegou a dizer, ―Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de
monges‖.
Ars Virou santuário com peregrinações. Pessoas cultas de outras cidade iam ouvir as homilias do Cura d‘Ars.
Quando algum padre lhe perguntava qual o segredo de tudo aquilo, o Padre Vianney lhe respondia: ―Você já
passou alguma noite em oração? Já fez algum dia de jejum?‖.
Ele viveu toda a sua vida dedicada a Deus. Ele repousava de 02 a 04 horas no máximo por noite. Quando
acordava ia a Igreja, rezava diante do Sacrário e depois ia confessar seus paroquianos. Eram inúmeras as pessoas
que vinham se confessar com ele. Ele passou a maior parte de sua vida no confessionário. Chegava a ficar 14
horas confessando os paroquianos. Como era grande o número de pessoas, ele dividiu em vários confessionários,
um para mulheres outro para homens, outro para doentes, etc. Ele marcava os horários para cada um.
O Cura d‘Ars acreditava no poder da oração e do jejum e na resposta do bom Deus. Ele tinha em sua mente a
exortação de São Paulo Apostolo: ―Orai sem cessar‖ (1 Ts 5, 17). Não era orador, não falava com eloquência, nas
homilias perdia o fio da meada, atrapalhava-se, outras vezes não sabia como acabá-las cortava a frase e descia do
púlpito acabrunhado. O mesmo acontecia na catequese. No confessionário, porém, estava sua maior atuação pelo
mistério da Providência Divina. No aconselhamento das pessoas falava do bom Deus de forma tão amorosa que

Apostila do Catequista 74
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
todos saiam reconfortados. Não sabia usar palavras bonitas, ideias geniais, buscava termos do quotidiano das
pessoas.
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão,
integralmente fiel à vocação. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars-em-
Dombes para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar.
Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia, mais de 80.000 por ano.

Corpo incorrupto de São João Maria Batista Vianney


João Maria gostava muito de São Francisco, por isso, ele estava inscrito na Ordem Terceira Franciscana. Ele
amava os pobres e ajudava sempre que tinha dinheiro e principalmente na parte espiritual. João Maria gostava
muito também de Santa Filomena, e muitos escritores vinham ouvi-lo falar dela, e escreviam vários livros. Um
deles é o ―Santa Filomena Virgem Mártir‖ segundo ―Santo Cura d‘Ars‖. Ele queria construir uma igreja para a
Santa Filomena, mas não conseguiu, e hoje atrás da sua igreja foi construída uma basílica em honra de Santa
Filomena, onde seu corpo incorrupto repousa num relicário.
O seu coração está conservado até hoje em uma capela dentro de um relicário. O padre Vianney transformou o
lugarejo de Ars em uma aldeia menos atéia, com mais amor a Deus do que aos prazeres terrenos. Toda vez, antes
de começar a Santa Missa, ele tocava o sino, na torre em que ele construiu, para avisar que era hora do cristão
rezar, lembrar de Deus. Ele próprio ensinava catecismo para as crianças. João Maria era de estatura pequena, mas
de constituição robusta. Sua vida de intenso trabalho, pouca alimentação, jejum e penitência, provocou um
enfraquecimento.
Aos 73 anos de idade, na terça-feira, 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebe a Unção dos
Enfermos. Na quarta-feira, 03 de Agosto, assina seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo
à Paróquia. Às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente. Nos dias 04 e 05, trezentos padres
mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando
chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões
de peregrinos o acompanharam à última morada.
A Igreja, que pela lógica humana receara fazê-lo sacerdote, curvou-se à sua santidade. João Maria Vianney foi
proclamado Venerável pelo papa Pio IX em 1872, beatificado pelo papa São Pio X em 1905, canonizado pelo
papa Pio XI em 1925 e pelo mesmo foi declarado padroeiro de todos os párocos do mundo, em 1929. Esse é o
Santo Cura d‘Ars, cuja memória, celebramos no dia 4 de agosto.
A vida do Santo Cura d‘Ars confirma o que São Paulo Apóstolo escreveu: ―Mas o que é loucura no mundo, Deus
o escolheu para confundir os sábios; e, o que é fraqueza no mundo, Deus o escolheu para confundir o que é forte;
e, o que no mundo é vil e desprezado, o que não é, Deus escolheu para reduzir a nada o que é, a fim de que
nenhuma criatura se possa vangloriar diante de Deus‖ (1 Cor 1, 27-29).
São dois grandes pensamentos conhecidos do povo católico no mundo inteiro do sábio Santo Cura d‘Ars. O
primeiro é: ―Deixai uma paróquia 20 anos sem Padre e lá os homens adorarão os animais‖. E o segundo: ―Quem
não tem tempo a perder para Deus, perde seu tempo‖. Louvado seja o bom Deus pelo Santo Cura d‘Ars.

Frases
 "Depois de Deus, o sacerdote é tudo".
 "Ninguém pode recordar um benefício recebido de Deus, sem encontrar, ao lado desta lembrança, a figura de
um padre".
 "O Sacerdócio é o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo".
 "Quando um cristão avista um padre deve pensar em Nosso Senhor Jesus Cristo".
 "Se a Igreja não tivesse o sacramento da ordem, não teríamos entre nós Jesus Cristo"
 "Quem coloca Jesus no Sacrário? O padre.
 Quem acolheu nossa alma na entrada da vida? O padre.
 Quem alimenta nossa vida na peregrinação terrestre? O padre.
 Quem prepara nossa alma para comparecer diante de Deus? O padre.
 É o padre quem dá continuidade a obra da redenção na terra".
 "O padre deve estar sempre pronto para responder às necessidades das almas".
 "No lugar onde não há mais o padre não há mais o sacrifício da missa".
 "Deixai uma paróquia sem padre por vinte anos, e ai se adorarão os animais".
 "Quando alguém quer destruir a religião, sempre se começa por atacar e destruir o padre".
 "Quanto é triste um padre que não tenha vida interior. Mas para tê-la, é preciso que haja tranquilidade, silêncio
e o retiro espiritual".
 "O que nos impede de sermos santos, a nós, os padres, é a falta de reflexão. Nós não encontramos em nós
mesmos, não sabemos o que estamos fazendo. O que nos falta é a reflexão, a oração e a união com Deus".

Apostila do Catequista 75
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

22. Dia dos pais

Objetivos
Despertar nos catequizando o respeito, o carinho e amor pelos pais.
Despertar nos catequizando a necessidade de seguir os bons exemplos dados pelos pais .

Preparação para o encontro


• ' Providenciar figuras de pais nas diversas situações da vida cotidiana (trabalhando, cuidando dos filhos,
ensinando a fazer alguma coisa, nos momentos de lazer, etc.), para o momento do VER; preparar o material
para o mural do Iluminar: gravuras e os coraçõezinhos.
• Recortar para cada um dos catequizando uma lembrancinha no formato de um TÊNIS.

Acolhida
1. Recepção dos catequizando
Aos cuidados do catequista.
2. Invocação à Santíssima Trindade
Rezada.
3. Oração Inicial
Pai Nosso.

Ver
A importância do Pai na vida da família
Utilizando as gravuras de pais e a figura da Sagrada família questionar os catequizando sobre a importância
do pai na família.

Iluminar
Leitura Bíblica: Eclesiástico 3,2-6

• Ler e comentar o texto.


• Observação: Há crianças que são órfãs de pai, há outras cujo pai formou nova família, assim como elas
mesmas podem estar vivendo com a presença de padrasto, são criadas somente pela mãe ou pelos avós.
Portanto, não se esqueça de fazê-las compreender a situação.

Mural: Pai modelo de vida

Confeccionar um mural no formato de um grande coração, com o tema acima, utilizando figuras e
recadinhos do coração de cada catequizando. (Coraçõezinhos em anexo.)
• Este mural deverá ser fixado em local visível da Igreja.
• Escrever na lembrancinha uma mensagem carinhosa para o pai - pode ser uma oração, um acróstico com a
palavra pai ou mesmo com o nome do pai ou da pessoa responsável por esta função.

Agir
• Entregar para o pai a lembrancinha. Dar um abraço bem apertado e dizer-lhe o quanto é importante.
• Fazer uma oração de agradecimento ou de intercessão pelo pai.
Convidá-lo para irem juntos à celebração do final de semana na comunidade.

Celebrar
a. Ler, Eclesiástico3,12.16
b. Em clima de oração fazer uma pequena reflexão do texto: Dia dos Pais.
c. Cantar o canto Deus é Pai.
d. Benção final aos cuidados do catequista.

Apostila do Catequista 76
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1ª Perseverança
A origem do Dia dos Pais

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a
ideia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles
que nos deram a vida.
Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do
veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a ideia de celebrar o
Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao
sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de
pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.
Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de
ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade
localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da
cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário
do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos
pais vivos e as brancas, aos falecidos.
A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim,
em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a ideia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o
presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho
como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).
No Brasil, a ideia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira
vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.
Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e
europeia.

Em outros países

Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.
Na Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de
março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.
Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita
festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem
os pais com cartões, e não com presentes.
Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e
presentes.
Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o
Dia dos Pais em 21 de junho.
Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é
comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.
Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares,
porque ainda é considerada uma data mais comercial.
Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia
da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta
e fazer piquenique.
Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões
em família e presentes.
Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para
eles.
Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.
África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.
Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de
fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).
Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um
simples "Obrigado Papai" !

Apostila do Catequista 77
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1ª Perseverança
23. Chamados a servir

Objetivos
Apresentar a vocação de São Paulo como exemplo de empenho a todos que são chamados a ser
evangelizadores.
Levar o catequizando a refletir a respeito do chamado que Deus faz a cada um (a) de diversas formas e
maneiras para um fim especifico.

Preparação para o encontro


Bíblias; folha impressa com as questões.

Acolhida
1 Recepção dos Catequizando:
• Acolhê-las com carinho; entregar para cada um uma pegada em branco e o cartãozinho de Acolhida.
2. Invocação à Santíssima Trindade, cantada ou rezada.
3. Canto: Me chamaste para caminhar na vida contigo...
4. Oração Inicial
Deus Pai do céu, nós te agradecemos por nos chamar a sermos vossos filhos em Cristo. Ajude-nos a
conhecer as necessidades de vossos filhos do mundo inteiro, especialmente as de nossa comunidade, que
ainda não te conhecem e não te amam.
Dê-nos forças para sermos bons mensageiros da Boa Nova do teu Filho Jesus. Amém.
• Ao final, todos se dão às mãos e rezam a oração do Pai nosso.

Ver
TESTE DOS TRÊS MINUTOS

• Dinâmica: Objetivo: Despertar a importância de estar atento para as belezas de Deus e o chamado Dele
em nossa vida.
Material: Uma folha impressa com as questões abaixo.
Descrição: Organizar a turma como para uma prova individual. Cada um recebe a folha e deve respondê-la
com atenção em apenas 3 minutos. O principal objetivo é observar como por causa do pouco tempo, muitos
deixarão de realizar a primeira questão... que, no caso é essencial. A grande maioria fará as outras
questões... no qual se torna até engraçado, porém é importante ressaltar a importância de ler e prestar
atenção no chamado de Deus... que muitas vezes damos pouca ou quase nenhuma importância.

Conclusão final: Explicação do catequista

Iluminar
• Refletir o texto bíblico que fala da vocação do apóstolo: At 9, 1-19
A vocação de Paulo. Em At 9,1-19 estão presentes os 4 elementos.
1. Aparição transcendente: ―Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo se viu
repentinamente cercado por uma luz que vinha do céu... e ouviu uma voz...‖ (vv.3.4a).
2. Reação de fraqueza: ―Caiu por terra... Quem és tu, Senhor?‖ (vv. 4a.5a).
3. Ordem de se levantar/encorajamento: ―Agora, levante-se, entre na cidade, e aí dirão o que você deve
fazer... Saulo se levantou do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então o pegaram pela mão
e o levaram para Damasco‖ (vv. 6.8).
4. Confirmação na missão: ―O Senhor disse a Ananias: ‗Vá, porque esse homem é um instrumento que eu
escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel‘‖ (v. 15).

Notemos o detalhe do último elemento: Saulo/Paulo é instrumento escolhido para levar o nome de Jesus a
todos: pagãos, reis e povo de Israel
Na carta aos Gálatas Paulo não deixa dúvidas. Como Jeremias, foi separado desde o seio materno (Jr 1,5) e
vocacionado não por méritos próprios, mas por pura graça de Deus. ―Apóstolo‖ significa ―aquele que é
enviado‖, e os destinatários do apostolado de Paulo são bem definidos: ―... ele resolveu revelar em mim o
seu Filho para que eu o anunciasse entre os pagãos...‖ (Gl 1,15b-16a).

Apostila do Catequista 78
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

SERVIÇO
É um privilégio poder servir a Deus! Ele quer ter um relacionamento íntimo conosco, mostrar seus planos e
projetos, e usar a nossa vida. Que privilégio!
Existem muitas pessoas que estão sentadas nos bancos das igrejas perguntando a si mesmas se foram
chamadas para servir ou não. TODOS nós devemos nos envolver neste serviço. TODOS nós fomos
chamados para servir!
Não merecemos ocupar este lugar, mas Deus está nos dando a oportunidade de servi-Lo (II Tm. 1: 9).
Portanto, não devemos desperdiçar, mas sim nos dedicarmos da melhor maneira possível dando o melhor de
nós.

SERVIR COM RESPONSABILIDADE


Em II Crônicas 29:11, diz que não devemos ser negligentes com as coisas que Deus tem deixado em nossa
responsabilidade.
Deus tem um projeto. Qual é este projeto? Salvar o mundo (Go 3:16).
Portanto, o nosso compromisso, e a nossa responsabilidade deve ser: alcançar aqueles que não conhecem a
Jesus.
Deus tem confiado a nós esta responsabilidade, então, devemos nos preparar para realizarmos com
excelência a obra de Deus.
É importante saber que os dons que recebemos não são para nós, mas sim para as pessoas (I Pe. 4:10), serve
para abençoarmos as pessoas.

Ler texto: A LIÇÃO DOS GANSOS

REFLEXÃO
1- Temos servido por amor?
2- Qual tem sido o nosso nível de entrega neste serviço?
3- Quando Deus derrama o seu amor sobre nós, naturalmente queremos retribuir da melhor forma possível.
Será que temos oferecido o melhor de nós? Nossa vida? Nosso tempo? Nosso serviço a Deus?
4- Temos valorizado os dons e talentos que Ele nos deu?
5- Será que temos consciência de que somos muito privilegiados em servir ao Senhor?
6- O que tem sido prioridade para nós nestes dias: as nossas atividades, ou o nosso serviço a Deus?
7- Temos renunciado coisas da nossa vida para servir a Deus?
8- Temos tido o sentimento de compaixão em relação aqueles que não conhecem Jesus?

Agir
• Procurar fazer algo de significativo para ajudar alguém a conhecer Jesus.
• Continuar sendo assíduo e participativo na catequese.
• Não deixar de participar das missas e celebrações comunitárias

Celebrar
Convidar as crianças para ficarem de pé, de mãos dadas e rezar O Pai nosso

Bênção final: aos cuidados do catequista.

Apostila do Catequista 79
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Paulo: sua vida.
A sua genealogia (tribo de Benjamim) e sua rápida agregação à lei (circuncidado ao oitavo dia) aparecem em Fl
3,5. Se acrescentarmos a isso que esse fato ocorreu em Tarso da Cilicia, conforme nos diz At 9,11-30; 11,25;
21,39; 22, três, os dados implicam uma forte adesão à lei por parte dos pais de Paulo: pois na Diáspora, muitos
judeus, por considerações sociais, retardavam a circuncisão de seus filhos, ou renunciavam-na; por outra parte,
poucos eram, inclusive na Palestina, os que podiam apresentar uma genealogia que os inserisse em uma das doze
tribos de Israel.
O nome de Saul, transformado em ―Saulo‖ (Paulo), aparece somente em Atos (Saul em 9,4-17; 22, 7-13; 26,14;
Saulo em 7,58; 8,1-3; 9,1-8.11.22.24; 11,25-30; 12,25; 13,1.2.7.9). Ajusta-se perfeitamente a um judeu da tribo de
Benjamim (à qual pertencera o rei Saul), nascido numa família observante. A existência do outro nome também
costuma ser reconhecida pelos autores. Os Atos são suficientes (ver cap. 11-13) para deduzir que o apóstolo não
perdeu este nome no momento da conversão, mas deixou-o reservado para as suas relações com os judeus (isto
ocorre nas cartas). O nome de Paulo é o único que as cartas nos transmitem. É um nome latino que nos orienta par
uma possível cidadania romana.
Paulo mostra um profundo conhecimento da língua e dos costumes gregos, inclusive uma certa familiaridade com
as convenções teóricas. A sua Bíblia é, evidentemente, a tradução grega dos Setenta.
Uma longa permanência em Jerusalém, realizando estudos primários e superiores (de rabinismo), teria implicado
conhecer Cristo durante o seu ministério ou receber algum impacto direto de sua paixão.
A carta aos Gálatas nos apresenta a juventude de Paulo como um verdadeiro judeu da Diáspora.
A conversão de Saulo para Paulo é um grande fenômeno que acontece em sua vida. Ele se transformou num
grande evangelizador e missionário. Faz varias viagens para proclamar as maravilhas de Deus que se manifestou
em Jesus Cristo.
O apóstolo morre em Roma na época de Nero, o problema é saber se foi ali julgado e condenado à morte, ou
então, depois de 2 anos de prisão domiciliar (At 28,30s), foi libertado e teve a oportunidade de cumprir o seu
plano de evangelização na península Hispânica (Rm 15,24.28).
Sem sombra de dúvidas Paulo foi aquele que se empenhou dando tudo de si mesmo para proclamar a Boa Nova.
Não é sem razão que a Igreja o coloca como uma das grandes pilastras do cristianismo (catolicismo).
Serviço por amor
Quando sentimos o amor de Deus em relação a nós, a nossa resposta natural é: "Senhor, te servirei". Está resposta
acontece quando uma pessoa recebe amor incondicional, e seu desejo é retribuir à quem lhe mostrou este amor.
Existe uma frase que expressa esta atitude da seguinte maneira: "É possível dar sem amar, mas é impossível amar
sem dar".
A principal razão pela qual desejamos servir ao Senhor se resume nesta frase: "Queremos servi-Lo porque o
amamos". Em II Coríntios 5:14, Paulo diz: "O amor de Cristo nos constrange". Paulo disse que se sentia obrigado,
forçado, a contar as boas novas de Jesus por causa do amor que ele tinha recebido do Senhor. Em Romanos 1:14,
Paulo diz: "Sou devedor". Ele se via como um devedor de amor. Ele reconhecia que tudo que Deus havia feito por
nós através de Jesus era por amor (João 3:16).
Quando sentimos o amor de Deus sendo derramado na nossa vida, o nosso desejo natural é dar a ele alguma coisa
em troca. Porém, reconhecemos que tudo o que podemos dar é pouco em relação ao que ele nos deu, entretanto
devemos oferecer o melhor de nós. O que de melhor poderíamos oferecer à Deus?
Nossa vida, nossos talentos, nosso tempo, nossas energias e capacidades. "Senhor, em que posso te servir?". Esse
deve ser o clamor do nosso coração.
As pessoas que nunca fizeram esta pergunta, obviamente precisam ter uma experiência mais profunda com Deus,
ou então quem sabe, esteja faltando o "fogo do amor" em seu coração. Toda pessoa quando está apaixonada se
preocupa em saber qual é a melhor maneira se servir o seu amado, assim deve ser a nossa atitude para com Deus.
No livro de Êxodo 21, fala sobre as leis em relação aos servos. Nos versículos 5 e 6, falam do servo que depois de
servir o seu senhor por seis anos e no sétimo obter a liberdade, decide ficar definitivamente com o seu senhor
porque o amava, não por compromisso, nem por melhor pagamento, mas sim por amor ao seu senhor.
Ele não queria viver em outra casa, e nem servir a outro senhor. A partir de então, era feito uma marca em sua
orelha (do servo) que o identificava como um escravo por amor perante todos. Com certeza, este escravo era grato
com o tratamento que recebia do seu senhor. No sentido mais literal, ele daria a própria vida pelo seu senhor. Era
um escravo por amor.
Esta deveria ser a nossa resposta em relação ao nosso Senhor amoroso, bondoso e misericordioso! Ele entregou
seu filho para morrer por nós, derramando seu sangue, perdoando nossos pecados, dando-nos salvação eterna e
vida abundante. Também nos trouxe cura e libertação dando-nos forças renovadas para seguirmos adiante. A
pergunta que deveríamos fazer é esta: "Como não servir a Deus?. É impossível! Tenho que servi-Lo! Seu amor me
constrange, me força a servi-Lo, e faço por amor".

Apostila do Catequista 80
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
24. Catequistas - mensageiros da palavra

Objetivos
Mostrar que o catequista exerce um serviço importante, que é levar a palavra de Deus a todos.

Preparação para o encontro


Bíblias;

Acolhida
Primeiramente colocar no quadro vários pontos de interrogações e em cada ponto as iniciais de cada
catequizando.

Ver
O que é um mensageiro?
Mensageiro não é apenas quem leva uma boa mensagem .
João Batista foi o precursor de Jesus, isto é, aquele que veio preparar o povo para receber o Salvador.
“E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás à frente do Senhor para preparar Seus
caminhos, para dar ciência da salvação a seu povo, pela remissão de seus pecados”. Lucas 1.76-77
Poucos, naquela época, entenderam a mensagem que ele trazia.

Quantos não estão hoje em casa e são surpreendidos por notificações, avisos, cartas, cobranças através de
simples mensageiros? Percebe a importância deles? Pessoas simples com preciosas informações nas mãos.
Assim como foi com João Batista, muitos nem mesmo gostam de receber as mensagens que recebem, mas
isso não tira o valor da informação. Desde o princípio já havia alegria na missão João Batista.

Pedir para os catequizandos citarem outros mensageiros de Deus narrados na bíblia. Ex: Moisés, os profetas
(Elias, Elizeu...), o Arcanjo Gabriel, os apóstolos...

Iluminar
Leitura bíblica: Go 20, 19-23.

Dia do Catequista
A Igreja Católica celebra no último domingo de agosto o dia nacional do catequista. Na ação pastoral da
vida eclesial é tão importante a missão do catequista, verdadeiros evangelizadores, que Jesus, antes de
começar sua pregação, escolheu seus doze discípulos, que deveriam se espalhar pelo mundo inteiro,
anunciando a boa nova, isto é, evangelizando as pessoas.
O número 12, na Sagrada Escritura, tem um sentido de totalidade, plenitude e, realmente, esses doze
discípulos se multiplicaram em progressão geométrica e, entre eles, nós temos os catequistas, homens e
mulheres dispostos a levar às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos a mensagem de Cristo,
promovendo a catequese renovada, à luz do Concílio Vaticano II.
Os catequistas e as catequistas lembram o próprio Senhor Jesus, pois, além de apresentarem o projeto do
Pai a outras pessoas, pretendem formar novos discípulos missionários.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos ajuda em seus métodos de evangelização, catequese e apostolado: Ele
começa pela vida, em seus aspectos comuns, de forma a levar o povo à revelação do seu Evangelho.
Quando Ele disse a seus discípulos: ―Ide e pregai o Evangelho a toda criatura‖, estava iniciando com eles
um trabalho de catequese, que foi multiplicado até os dias de hoje.
O mundo está tão conturbado com guerras, violência, ganância, egoísmo que pouca gente quer escutar a
Palavra de Deus. É por isto que é muito louvável o trabalho do catequista nos nossos dias porque ele precisa
abrir os olhos e os ouvidos das pessoas para a realidade sempre atual, em todos os tempos, da Palavra de
Deus.
Que Deus, com largueza e profusão, abençoe nossos catequistas, homens e mulheres que, espontaneamente,
se dedicam a transmitir ensinamentos cristãos. Que eles continuem no seu propósito de evangelizar e que
consigam formar novos operários para a messe do Senhor, na escola da nova evangelização de discípulos-
missionários.
Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

Apostila do Catequista 81
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

Ninguém nasce catequista.


Aqueles que são chamados a esse serviço tornam-se bons catequistas através da prática, da reflexão, da
formação adequada, da conscientização de sua importância como educadores da fé.
O catequista exerce um verdadeiro ministério, isto é, um serviço.
Segundo o documento Catechesi Tradendae (A Catequese Hoje) a "atividade catequética é uma tarefa
verdadeiramente primordial na missão da Igreja".
O catequista não age sozinho, mas em comunhão com a Igreja, com o grupo de catequistas.
O grupo de catequistas expressa o caráter comunitário da tarefa catequética.
E com o grupo que ele revê suas ações, planeja, aprofunda os conteúdos, reza e reflete.
O catequista necessita das seguintes qualidades:
Ser uma pessoa com equilíbrio psicológico
Ter capacidade de diálogo, criatividade e iniciativa, saber trabalhar em equipe
Ser perseverante, pontual e responsável
Ser participativo, engajado nas atividades da paróquia, da comunidade e ter espírito de serviço
Ter vida de oração, leitura e meditação diária da Palavra de Deus
Ter espírito crítico e discernimento diante da realidade
Ser capaz de respeitar a individualidade de cada pessoa.
Isso não significa que exista uma pessoa que tenha todas essas qualidades, mas que devemos procurar
desenvolvê-las no nosso dia-a-dia
Fonte: Catequese; Soleis

Agir
Qual o sentimento que devemos ter quando vamos passar uma mensagem de Deus para uma pessoa
desconhecida? Um sentimento de alegria, emoção, amor e varias outras coisas é isso que um mensageiro
faz. Devemos ser mensageiro da palavra de Deus, não apenas dentro da família e com as pessoas
conhecidas, pois os mensageiros não estão somente aqui e sim em todos os lugares, cada pessoa é um
mensageiro seja ele de mensagens boas ou ruins.
Todos nós somos chamados a evangelizar, a catequizar o mundo inteiro.

Celebrar
Oração final: Ave Maria

Apostila do Catequista 82
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Dia dos catequistas e dos ministérios leigos

O ministério da catequese deriva do compromisso cristão assumido no batismo e na crisma. Pessoas de


nossas comunidades se sentem chamadas por Deus para partilhar sua fé e sua experiência com Jesus Cristo.
No Brasil temos mais de 800 mil catequistas espalhados por quase 110 mil comunidades. É um verdadeiro
exército de evangelizadores que tem como missão anunciar Jesus Cristo e as verdades da fé àqueles que
estão iniciando sua caminhada de Igreja: nossas crianças, adolescentes, jovens e àqueles que não tiveram a
oportunidade de crescer na fé. É uma missão fantástica: abrir o coração de nossos iniciantes às maravilhas de
Jesus Cristo, proporcionando um encontro pessoal com o Senhor e o compromisso decorrente de sua fé.
Ser catequista é ser semeador de novas vocações. O catequista é chamado a comunicar a pessoa de Jesus, a
fazer o Evangelho chegar ao coração e à vida das crianças, adolescentes, jovens e adultos. O Evangelho deve
chegar a todos de maneira que possa converter o coração de cada um. Deve despertar para o seguimento de
Jesus Cristo e para o compromisso na Igreja e na comunidade. Todos os batizados são evangelizadores. São
chamados por Deus para testemunhar sua fé no seu ambiente específico: na família, gerando, educando na fé
seus filhos, construindo a igreja doméstica; na comunidade, assumindo um ministério específico – animador,
catequista, ministro da comunhão, acólito ou coroinha, mensageiro de Maria, animador litúrgico, dirigente de
grupo de jovens, de reflexão, de vivência…; na sociedade, assumindo uma profissão e vivendo como cristão
na escola, na empresa, no comércio, na economia, no mundo da política, e nas organizações sociais como
associações, sindicatos, agremiações, grupos de voluntários, conselhos e outros. São muitas as maneiras de
testemunhar a sua fé nas estruturas da sociedade. É preciso que os leigos reflitam sobre sua identidade e sua
missão na Igreja. ―Leigo‖ é toda pessoa que pertence ao povo cristão, mas não à hierarquia eclesiástica.
O leigo participa verdadeiramente do sacerdócio comum de todos os fiéis e, por isso, tanto o homem como a
mulher, são apóstolos, missionários, protagonistas. Pelo Batismo e pela Crisma, os leigos são consagrados
para a Missão de construir o Reino: eles têm vez e voz na Igreja, são corresponsáveis na evangelização do
mundo de hoje, devem atuar na política, nos meios de comunicação, no campo da educação, da cultura, do
trabalho como protagonistas do Reino. Exercendo um ministério na comunidade ou na sociedade, os leigos
estão inseridos no meio do mundo como fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os difíceis
caminhos. Com sua disponibilidade para doar-se, os leigos descobrem e valorizam os sinais do Reino de
Deus presentes no meio da sociedade e combatem as tantas forças do anti-reino, ou seja, forças que
promovem a injustiça e a morte. Antes de exercer um ministério, o leigo deve ter uma vivência de fé e um
encontro pessoal com o Senhor.
Sua missão é ser sinal visível de Jesus Cristo na família, no trabalho, na política, na economia, na escola, nos
Meios de Comunicação Social, nos órgãos públicos, nos sindicatos e associações e em outros espaços da
sociedade.
Os cristãos leigos vivem o seguimento de Jesus Cristo no seu dia a dia, estão no meio da humanidade,
solidários com ela. Vivem a mensagem do evangelho em todos os momentos e todos os lugares. Parabéns a
todos aqueles que exercem um serviço na comunidade! Rezemos sempre pelas vocações.

Apostila do Catequista 83
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Portador de Deus

Você já passou pela experiência de ser ‗portador‘? Quando era pequeno, minha mãe me mandava buscar
alguma coisa, e junto, levava um bilhetinho. Na verdade, era para me dar autoridade.
O que acho interessante é que ser portador de Deus tem a ver com a observação que Jesus faz sobre a
hipocrisia. No ser portador não importa quem porta, mas o que se porta. Não importa quem leva, mas
o que se leva.
Aqui a gente entende um detalhe da teologia sacramental muito bonito. Você pode já ter pensado que a
Missa que um padre celebrou não tinha valor, pela vida que ele levava. Não importa o portador, e sim o
conteúdo que ele anuncia.
Tenho que confiar que ele cumprirá o ofício de trazer o que foi pedido a ele. O que Deus realiza na minha
vida de sacerdote, o que eu posso realizar a partir dos sacramentos, não está na minha dignidade, mas no
ministério recebido.
Em mim o mistério de Deus sobrevive, mesmo que eu não faça como deveria ser feito, mesmo pecador. Aí a
gente entende a autoridade do padre, onde mesmo não tendo uma vida santa, Jesus continua atuando nele,
continua tendo poder de perdoar pecados, de ministrar os sacramentos. Nos paramentos que visto há uma
identidade cravada.
Inácio de Antioquia dizia: “Neste mundo eu quero ser portador de Deus, desta verdade absoluta”. E sabe
onde ele foi parar? No meio dos leões.
Com portador eu não posso extraviar esse conteúdo. Tenho que me comprometer com ele. Sou portador de
um recado e eu não tenho direito de negligenciar isso...e Jesus diz para termos cuidado com aqueles que
podem nos mandar para o inferno.
Você é portador de Deus.
Não há cristianismo na moleza. O portador „porta a dor‟. Não significa você buscar sofrimento, mas
abrir o coração para viver o sacrifício de cada hora.
O martírio virá. Não há como segurar esse bilhete de qualquer jeito, o mundo quer retirá-lo de nós.
Na carta que você carrega, a família tem valor, os cativos serão libertos, não há espaço para mentira, para as
drogas, para os vícios. A carta que levamos leva boas noticias.
As ameaças que sofremos são outras, os inimigos são outros. Hoje você está sendo assassinado na alma.
Estamos diante do desafio de dar conta da vida todos os dias. Esse é o martírio de hoje, em tempos que não
são favoráveis aos cristãos. Você está disposto a viver esse martírio?
Chega de hipocrisia. Precisamos assumir o cristianismo com todas as consequências.
Preciso ser cristão em tudo o que sou e realizo. Sou portador de uma noticia!
Seja portador de Deus vivendo o seu papel. O cristianismo nos envolve por inteiro. E a espada que está
diante de nos hoje é essa que quer nos mandar para o inferno, que cria o inferno dentro de nossa casa.
Os saqueadores estão loucos pelos seus filhos. A cena do martírio é a mesma.
O mundo nos ameaça o tempo todo e só vai sobreviver aquele que estiver consciente do conteúdo da
carta que porta, da identidade que tem. Deus conta com você.
As feras estão soltas. O mundo de hoje é covarde. Descubra o perigo mais próximo de você e aja! Peça a
sabedoria que o Espírito Santo nos concede e aja. Não negligencie de levar até o fim essa carta que Deus lhe
confia.
Quando as pessoas olharem pra nós terão que ver o cristo refletido. Ver que você administra seu lar
diferente. Que você não é mãe de qualquer jeito.
Tu és uma carta de Cristo! Anunciamos o Evangelho mesmo calados!
Faça transparecer a identidade que está em você. Filho do céu. Portador de Deus.
Há muita gente desistindo, mas eu não desisto, não quero desistir.
Um filho do céu não pode desistir. Não desista!

Trecho da Palestra do Padre Fábio de Melo- Transcrição e adaptação: Nara Bessa

Apostila do Catequista 84
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
25. Mês da bíblia

Objetivos
Levar o catequizando a:
- reconhecer a importância da Bíblia.
- aprender a procurar textos na Bíblia.
- incentivar leituras bíblicas na família.

Preparação para o encontro


Bíblias;
Cópias das atividades.

Acolhida
Oração inicial: Pai Nosso

Ver
Um determinado povo, cerca de três mil e quinhentos anos atrás, começou a perceber o Deus da Vida em
seu meio. Escreveu 73 livros, que chamamos de Bíblia. Eles são uma fotografia da tentativa desse povo em
ser fiel à Aliança com Deus.

TEMA DA ALIANÇA NA BÍBLIA


Observando os 73 livros da Bíblia, vemos que são marcados pela diversidade de autores, épocas, línguas,
lugares e situações históricas, como uma grande "colcha de retalhos". Diante disso, muitas vezes surge a
pergunta: é possível compreender sua mensagem hoje?
A primeira coisa a fazer para responder a essa dúvida é mudar a direção dos nossos olhos: ao invés de dar
atenção às diferenças entre os pedacinhos de pano da colcha, vamos destacar a linha que os costurou.
Esse fio que dá consistência e sentido aos livros da Bíblia é o tema da Aliança. Ele está presente do Gênesis
ao Apocalipse. Na Aliança, Deus promete estar sempre junto de seu povo. Este, por sua vez, terá que se
organizar de forma justa e fraterna como expressão de fidelidade.
O episódio do Êxodo e a experiência do deserto vão marcar esse pacto. Deles nasce a Lei, onde os libertos
da opressão do Egito tentam viver o Projeto de Deus através de uma sociedade mais igualitária.
No Decálogo (= Dez Mandamentos: Êxodo 20,1-17), encontramos a proposta de Deus para a sociedade:
O centro é a vida (não matar). Essa vida se expressa de várias formas, começando pela realidade da família.
Depois, temos o mundo do trabalho. Em seguida, as bases de uma sociedade igualitária: a necessidade de
justiça e partilha (não ter outros deuses, ídolos que levam ao acúmulo de dinheiro, poder...).
Quem trilha esse caminho de vida faz uma experiência de Páscoa (= passagem da morte para a vida). Vive a
Aliança e descobre quem é Deus.
O Decálogo não deve ser visto como um conjunto de leis proibitivas. Ao contrário, é a constituição de todo
povo que quer ter direito à vida e à liberdade.

Mas essa Aliança é quebrada em muitos momentos.


Os profetas tentam restabelecê-la. Denunciam a exploração dos pobres e relembram ao povo que ser fiel à
Aliança é construir uma realidade em que todos tenham acesso aos bens geradores de vida. Só assim a
nação poderá ter paz e prosperidade.
Jesus Cristo vem realizar e levar à plenitude essa Lei e o trabalho dos profetas. O próprio Deus nos ensina,
por meio de Jesus, como ser fiéis ao seu Projeto. Em Jesus se instaura uma nova e eterna Aliança. Nela,
todas as leis são resumidas em duas: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos"
(ler Marcos 12,28-34).
Os primeiros cristãos tentam viver essa "Lei do Amor". Colocam em comum a fé, a oração, os bens, o
sofrimento, a esperança, apesar das limitações e perseguições. Nós, hoje, somos chamados a continuar
buscando a realização desse Projeto.

Bíblia e vida
Primeiro veio a vida. Depois se falou sobre ela, se refletiu e se descobriu a mão de Deus nos
acontecimentos. O povo de Israel foi vivendo, sofrendo, lutando, rezando e os escritos foram surgindo.

Apostila do Catequista 85
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Podemos esquematizar isso da seguinte forma:
• o fato, o acontecimento, a vida;
• medita-se sobre esse fato e se percebe a revelação de Deus e a sua mensagem. É o processo de
interpretação (ler os sinais dos tempos);
• transmite-se essa reflexão como catequese, de boca em boca, como tradição oral: nas orações, conversas
na família, nas celebrações;
• escreve-se para não se perder. Às vezes se escreve logo depois do fato. Outras vezes espera-se bastante
tempo. Algumas vezes algo muito importante é falado de formas diferentes ou é refletido e escrito de novo
bem depois. Aqui temos as muitas releituras ocorridas diante de fatos fortes para a vida do povo
(principalmente o episódio do Exílio e a presença de Jesus);
• mais tarde esses escritos são organizados por assunto (como num livro de receitas ou numa estante de
livros);
• copia-se..., por isso temos um exemplar em nossas mãos hoje.

Bíblia: inspiração divina e esforço humano


A Bíblia é fruto da inspiração divina e do esforço humano. Nela temos os altos e baixos da história de um
povo que tentou viver a Aliança com seu Deus. É escrita pelo povo, sob a ação do Espírito. E mesmo que
muitos não tenham escrito com a própria mão, escreveram coma vida, com suas reflexões, sabedoria, dentro
de casa, no trabalho, nas orações. E esse processo continua hoje... Somos também Povo de Deus, chamados
a viver numa sociedade alicerçada na paz e na justiça, geradora de vida plena para todos.

Iluminar
Dinâmica
Objetivo
Conhecer melhor os livros da Bíblia e o fio condutor que os une: o tema da Aliança.
Material necessário
Bíblia, 73 tiras de papel com os nomes dos livros da Bíblia, fita adesiva ou cola e cartaz em formato de
estante.
Descrição da dinâmica
1º passo - No centro do grupo, espalhar os 73 pedaços de papel com os nomes dos livros da Bíblia.
2° passo - Dividir a turma em sete grupos:
Grupo 1 - procurar os 5 livros do Pentateuco;
Grupo 2 - procurar os 1 6 livros Históricos;
Grupo 3 - procurar os 7 livros Sapienciais (ou da Sabedoria);
Grupo 4 - procurar os 18 livros Proféticos;
Grupo 5 - procurar os 4 Evangelhos + livro de Atos dos Apóstolos;
Grupo 6 - procurar as 14 cartas atribuídas a Paulo;
Grupo 7 - procurar as 7 cartas Pastorais + livro do Apocalipse.
3° passo - Fixar os papéis num cartaz em formato de estante, colando-os na ordem em que estão na Bíblia:
4°passo - Apresentar um breve comentário sobre cada prateleira da estante, que pode ser feito a partir das
introduções de diversas traduções bíblicas. O fio condutor deve ser o tema da Aliança.

Agir
Ler a bíblia durante a semana.

Celebrar
Celebração
A Bíblia passa de mão em mão, enquanto o grupo canta. Em quem parar, fazer a leitura de Isaías 55,10-11.
A Palavra de Deus é eficiente. Sua sabedoria é fonte de vida para aqueles que se abrem e se deixam
conduzir por ela, como a terra que se deixa penetrar pela água para fazer brotar a semente.

Apostila do Catequista 86
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Bíblia

A Bíblia existe para que possamos compreender, temer, respeitar e amar a Deus sobre todas as coisas, assim
ela se denomina a si mesma como a Sagrada Escritura: "E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e
sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra" (cf. II Tm 3,15-17).

A revelação principal da Bíblia é a vida; o diabo veio para matar, roubar e destruir, mas Jesus Cristo veio
para que aqueles que n'Ele cressem, e por Ele vivessem, tenham vida e vida em abundância. "O ladrão vem
somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10,10).
Por isso, quando lemos a Bíblia, devemos entrar em contato com o Senhor Jesus, orando para que Ele nos dê
revelação da palavra lida.

Como ela é dividida.


Os 73 livros que se encontram na Bíblia cristã dividem-se em 2 grandes partes: Antigo e Novo Testamento.
A palavra ―testamento‖ vem da tradução grega para a palavra hebraica berit, que significa ―aliança‖, ―pacto‖.
Na tradução grega de berit, de fato, encontramos a palavra diatheke, que significa ―testamento‖, ―contrato‖,
―aliança‖. As duas grandes partes se referem a Antiga e Nova Aliança entre Deus e seu povo. Para nós,
cristãos, Jesus é o ponto de chegada do Antigo Testamento e o ponto de partida do Novo Testamento.
Existe uma diferença entre a Bíblia católica e protestante. As protestantes não trazem os livros: Judite,
Tobias, 1º e 2º Macabeus, Baruc, Eclesiástico e Sabedoria, Éster 10, 4-16, 24 e Daniel 13-14. Porque os
protestantes só aceitam a Bíblia hebraica, e estes outros livros foram considerados inspirados num segundo
momento, quando a Bíblia hebraica já estava bem formada.
Os livros estão assim divididos:
Antigo Testamento:
*Pentateuco: Gen., Ex, Lv, Nm, Dt.
*Livros Históricos: Js, Jz, Rt, 1 e 2 Sm, 1 e 2 Rs, 1 e 2 Cr, Esd, Ne, Tb, Jt, Est, 1 e 2Mc.
*Livros Sapienciais: Jó, Sl, Pr, Ecl, Ct, Sb, Eclo.
*Livros Proféticos: Is, Jr, Lm, Br, Ez, Dn, Os, Jl, Am, Ab, Jn, Mq, Na, Hab, Sf, Ag, Zc, Ml.

Novo Testamento:
*Os Evangelhos: Mt, Mc, Lc e Go.
*Atos dos Apóstolos.
*As Cartas: Rm, 1 e 2 Cor, Gl, Ef, Fl, Cl, 1 e 2 Ts, 1 e 2 tm, Tt, Fm, Hb, Tg, 1 e 2 Pd, 1, 2 e 3 Go, Jd.
*Apocalipse.

Visão geral do Antigo Testamento.


O AT é um livro que se formou num período de tempo de mais de 1000 anos. Era a Bíblia de Jesus e seus
Apóstolos. Mas no tempo de Jesus o AT ainda não tinha sido fixado na sua extensão definitiva. Só no Sínodo
judaico da Jâmmia ( cerca do ano 90 d.C ) chegou-se a formação do cânon veterotestamentário.
O AT além de ser a parte mais importante da literatura hebraica, pertence aos documentos mais veneráveis
da humanidade. Não pode ser compreendido se se prescinde da história do povo de Israel, da legislação que
regulava sua vida e das suas formas de expressão. Nele está uma variedade de literaturas.
Contém 46 livros e está assim dividido:
# Gênesis: traz reflexões sobre as origens do mundo, do homem, do pecado e do povo de Deus.
# Êxodo: reflete sobre a saída do povo hebreu do Egito sob a liderança de Moisés.
# Levítico: chama-se assim porque traz as leis do culto e as obrigações dos sacerdotes e levitas.
# Números: começa com a contagem do povo de Israel, faz um recenseamento.
# Deuteronômio: traz as reflexões sobre a releitura da Lei e sua nova proclamação. Convida a uma vida de
conversão, penitencia e fidelidade.
Estes 5 primeiros livros são chamados de ―Penta -Teuco‖, palavra grega que significa cinco livros. São
chamados também de Torá (Lei) porque contém a Lei da Antiga Aliança.
# Livros Históricos: são 16 livros que narram histórias do Povo e seus líderes, como por exemplo, Josué,
Juízes, Samuel e os Reis.

Apostila do Catequista 87
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
# Livros Sapienciais ou de Sabedoria: são 7 livros onde encontramos a expressão da sabedoria e dos
sentimentos do Povo: ditados, poesias, cantos, orações, hinos, provérbios, nos quais o povo registra seus
sentimentos e expressa sua sabedoria tirada da experiência da vida.
# Livros Proféticos: são 18 livros que trazem a vida e a mensagem dos profetas, narram a formação do Povo
da Bíblia com a vida, nome, lutas e a fé de seus heróis e do próprio povo.
O AT era o livro lido nas primeiras comunidades.

O Novo Testamento.
1) Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.
São os quatro livros que vêm logo no começo do nosso NT. A palavra Evangelho quer dizer: Boa Nova, Boa
Notícia.
Os Evangelhos proclamam como Boa Nova que Jesus é o Cristo, Salvador. Narram as ações e palavras de
Jesus, mas do jeito como as diversas comunidades cristãs as refletiam. Assim temos, nos 4 Evangelhos,
pontos de vista diferentes sobre a vida e a mensagem de Jesus.
Eles foram escritos bem depois das cartas de São Paulo, portanto o ambiente no qual eles surgiram
constituem a Palestina, na Ásia Menor, na Grécia ou na Itália.

2) História dos Apóstolos: Atos dos Apóstolos.


É um livro escrito por Lucas, o autor do 3º Evangelho. Ele narra a vida dos apóstolos, especialmente de
Pedro e Paulo, suas atividades e pregações, desde a ressurreição de Jesus até a chegada do Evangelho à
capital do Império – Roma.
Descreve também um pouco da vida das primeiras comunidades cristãs, para apresentá-las como modelo a
ser seguido também pelos cristãos de outras épocas.

3) Leitura epistolar: são as cartas e epístolas endereçadas às comunidades.


São atribuídas a Paulo 14 cartas, entretanto ele escreveu 7: 1º e 2º Rm, 1º e 2º Cor, Gl, Fl, 1º Ts; as outras
podem ter sido escritas por seus discípulos.
Das 14 cartas, 9 são atribuídas às comunidades cristãs: Rm, 1º e 2º Cor, Gl, Ef, Fl, Cl, 1º e 2º Ts.
Três são dirigidas aos líderes ou pastores das comunidades, por isso são chamadas cartas Pastorais: 1º e 2º
Tm e Tt.
Há ainda uma carta dirigida à um cristão chamado Filêmon.
A última carta é dirigida em geral aos hebreus.
Ainda há 7 cartas católicas, que são destinadas a todas igrejas cristãs: Tg, 1 e 2 Pd, 1,2 e 3 Go, Jd.
As cartas são mais antigas que os Evangelhos, a mais antiga e o mais antigo livro do NT é a carta aos
Tessalonicenses.

4) Apocalipse: este livro é atribuído a João. O autor desse livro deseja sustentar a fé dos primeiros cristãos e
encorajá-los a suportar com firmeza as primeiras perseguições, principalmente as de Nero e Domiciano.
O autor usa linguagem simbólica, mas que é entendida pelos cristãos, não anuncia desgraça e não é um livro
de mistérios, pelo contrário, é um livro que conforta e dá coragem. É o último livro da Bíblia.

Apostila do Catequista 88
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
26. Exaltação da Santa Cruz

Objetivos
Falar da Festa da Exaltação da Santa Cruz.
Explicar porque, para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé.

Preparação para o encontro


Bíblias; Folhas de papel sulfite.

Acolhida
Oração inicial: Pelo sinal da santa cruz; livrai-nos Deus Nosso Senhor; dos nossos inimigos.

Senhor Jesus por Tuas chagas fomos curados!


Por Tua cruz fomos libertados!
Jesus que em seu próprio corpo levou nossos pecados ao madeiro a fim de que morrêssemos para os
pecados e vivêssemos para a justiça; por Tuas chagas fomos curados. (1Pe 2,24)
Ó Jesus, em cujos ombros foram abertas feridas por causa do peso da cruz, feridas causadas pelo madeiro e
pelos nossos pecados,
Se a cruz pesar seja nosso Cireneu,
Se a cruz pesar e eu cair, ajuda-me a levantar,
Que a Tua cruz seja a minha salvação.

Ver
A Cruz
Certa vez, um homem cheio de fé cristã fez um pedido e prometeu que carregaria uma cruz sobre os
ombros, até a cidade mais próxima, para que o pedido fosse atendido.
Pois bem, nosso personagem fez sua cruz e iniciou sua jornada.
Aproximadamente na metade de seu trajeto, em um pequeno vilarejo, ele já sem forças e com os ombros
quase sangrando, avistou uma pequena fábrica de cruzes e perguntou ao proprietário:
- "O senhor trabalha com troca? "
O fabricante sem pensar:
- "Sim, trabalho."
O cristão:
- "Então vou 'experimentar' algumas pois já não estou aguentando o peso da minha..."
Passado um bom tempo "experimentando" cruzes e mais cruzes ( pois uma era muito grande, outra muito
pesada, outra muito pequena... ), o cristão grita:
- "Achei ! Finalmente encontrei uma cruz na medida certa !!! Quanto lhe devo meu nobre amigo ???
O fabricante com um pequeno sorriso, suavemente responde:
- "Você não me deve nada meu amigo...", já sendo interrompido pelo cristão, ainda eufórico:
- "Como não devo, o senhor teve trabalho e tenho que remunerá-lo por isso !!!"
O fabricante ainda com o sorriso em seu rosto:
- "Amigo, cada um tem a sua cruz a ser carregada e Deus sabe bem o peso que cada uma deve ter."
O cristão:
- "Não estou lhe entendendo..."
O fabricante:
- "É simples: quando você começou a experimentar as cruzes, você deixou de lado a sua e no meio a
bagunça feita em meu estabelecimento, você optou por esta cruz que é simplesmente a mesma que entrou
apoiada em seus ombros..."

Iluminar
Ler João 3, 13-17
A cruz não é a exaltação do sofrimento, da fraqueza. É a exaltação do que pode converter o sofrimento e a
fraqueza em capacidade de amar. É o amor que vive até a morte.
Nós, homens, temos uma visão distorcida da redenção que gera muitas dificuldades para a nossa fé.
Imaginamos uma espécie de ajuste: Jesus mediador entre Deus e o homem, paga ao Pai o preço dos nossos

Apostila do Catequista 89
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
pecados, que é o seu sangue, e o Pai, ―satisfeito‖, perdoa aos homens as suas culpas. Mas esta visão é
demasiado humana, inexata, ou pelo menos parcial. Para nós, mesmo humanamente falando, é intolerável:
um pai que precisa do sangue do filho para ser aplacado (acalmado, abrandado). Bem outra é a verdade: o
sofrimento do Filho tem a antecedência (é espontâneo e livre) e é algo tão precioso aos olhos do Pai que
este lhe responde, da sua parte, outorgando ao Filho o maior dom que podia: doa-lhe uma multidão de
irmãos, constitui-os ―primogênito entre muitos irmãos‖ (Rm 8,29). ―Pede-me – diz-lhe – e eu te darei por
herança os povos e por domínio os confins da terra‖ (Sl 2,8). Desta forma, não é tanto o Filho que paga uma
dívida ao Pai, quanto o Pai que salda uma dívida com o Filho, por lhe ter restituído ―todos os filhos que
estavam dispersos‖ (Go 11,52). E paga-o divinamente, em grau infinito, pois ninguém de nós pode, sequer
de longe, imaginar a glória e alegria que o Pai concedeu ao Cristo ressuscitado.
―E Jesus, dando um grande grito, expirou‖. O grito de Jesus na Cruz é um grito de parto. Naquele momento
nascia um mundo novo. Era destruído o grande ―diafragma‖ (―que separa; que divide‖) do pecado e a
reconciliação se operava. Foi portanto, um grito de sofrimento e simultaneamente de amor. Nascemos
naquele grito. O grito de Jesus na Cruz é o grito de alguém que morre dando à luz uma vida.

Fazer a Dinâmica celebrativa - A cruz de Cristo.

Perceba que a CRUZ tem duas dimensões: uma vertical e outra horizontal. A dimensão vertical nos leva a
olhar para o alto, para Deus e a colocá-lo em PRIMEIRO LUGAR em nossa vida. A dimensão horizontal
nos faz olhar para os lados, para os irmãos, para o próximo. Esses olhares para o alto e para os lados, para
Deus e para os irmãos completa a nossa vivência cristã inspirados e iluminados pela Cruz de Jesus, numa
atitude de ouvir a Deus e perceber o clamor e as necessidades dos irmãos. É a vitória do amor, a vitória
de Jesus, o Cristo, de Jesus, nosso Salvador!

Agir
O Beato Papa João Paulo II confiou aos jovens a Cruz de Cristo e disse: ― Carreguem-na pelo mundo como
um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição
de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção‖.
A cruz para muitos é sinal de loucura, para nós é sinal de salvação, é sinal do esplendor, da vida e da vitória
de Cristo sobre a morte e o pecado.
Que possamos dar uma resposta generosa ao chamado de Deus em nossa vida e testemunhar o Evangelho
de Jesus Cristo.

Celebrar
Ó Santa Cruz bendita onde a humanidade foi redimida e o Filho do homem teve suas mãos transpassadas e
o seu peito aberto de onde jorrou água e sangue.
Ó Santa Cruz, instrumento de morte e de castigo, mas que pelo Sangue Redentor tornou-se sinal de nossa
salvação.
Jesus na Tua cruz eu coloco a minha cruz.
(Coloque sua intenção)
Salve, ó cruz, doce esperança, concede aos réus remissão;
dá-nos o fruto da graça, que floresceu na Paixão.
Louvor a vós, ó Trindade, fonte de todo perdão
aos que na Cruz foram salvos, dai a celeste mansão.

Jesus dai-nos a graça de viver os frutos da Tua redenção. (3x)


Amém.

Apostila do Catequista 90
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Exaltação da Santa Cruz
Por: Pe. Candido Ap. Mariano- Pároco da Paróquia Santa Cruz e São Dimas - Piracicaba Sp

A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos hoje, 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo
vencedor. Para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o
início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à
comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa
fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.
A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo,
a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da
vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a
infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gen. 3,17-19)
No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra
Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao
Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que
erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto,
dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)
Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na
Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira,
encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste
mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do
Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja
canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos,
te cantamos louvor!”
A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde
pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e
bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que,
pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.

Nenhum exemplo de virtude deixa de estar presente na cruz

A Paixão de Cristo foi útil porque ela nos serviu de exemplo. Como disse S.Agostinho: ―A Paixão de Cristo
é suficiente para ser o modelo de toda a nossa vida.‖ Quem quer que queira ser perfeito na vida, nada mais é
necessário fazer senão desprezar o que Cristo desprezou na cruz, e desejar o que nela Ela desejou.
Se nela buscas um exemplo de caridade, - ―ninguém tem maior caridade do que aquele que dá sua vida pelos
amigos‖. (Go 15,13). Ora, foi o que Cristo fez na cruz. Por isso, já que Cristo entregou a sua vida por nós, não
nos deve ser pesado suportar toda espécie de males por amor a Ele.
―O que retribuirei ao Senhor, por todas as coisas que ele me deu?‖ (Sl 116 (114-115),12).
Se procurar na cruz um exemplo de paciência, nela encontrarás uma imensa paciência. A paciência
manifesta-se extraordinária de dois modos: ou quando alguém suporta grandes males pacientemente, ou
quando suporta aquilo que poderia ser evitado e não quis evitar. Cristo na cruz suportou grandes sofrimentos.
Ver 1 Pd 2,23. Cristo na Cruz suportou também os males que poderia ter evitado, mas não os evitou (Mt
26,53). Realmente, a paciência de Cristo na cruz foi imensa.
Se desejares ver na cruz um exemplo de humildade, basta-te olhar para o crucifico. Deus quis ser julgado sob
Pôncio Pilatos e morrer. ―Humilhou-se e foi obediente até à morte‖. (Fl 2,8).
Se queres na cruz um exemplo de obediência, seque Aquele que se fez obediente ao Pai, até à morte: Rm
5,19.
Se na cruz estás procurando um exemplo de desprezo das coisas terrenas, seque Aquele que é o Rei e o
Senhor dos Senhores, no qual estão os tesouros da sabedoria, mas que na cruz aparece nu, ridicularizado,
escarrado, flagelado, coroado de espinhos, na sede saciado com fel e vinagre, e morto. Não de deves apegar
às vestes e às riquezas, ―porque dividiram entre si as minhas vestes‖ (Sl 22(21),19). Comentando Hb 12,2,
S.Agostinho nos diz: ―O homem Cristo Jesus, desprezou todos os bens terrenos, para mostrar que devem ser
desprezados‖.

Apostila do Catequista 91
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Dinâmica celebrativa - A cruz de Cristo.

1. Una a ponta superior 2. Agora, una a


esquerda da folha de ponta direita da
sulfite com a lateral folha de sulfite com
direita, de maneira que o lado esquerdo,
a dobradura lembre um formando uma espé-
triângulo, com sobra cie de casinha.
de papel embaixo.

3. Deixe a casinha na 4. Segure a dobradura de


posição vertical e faça uma forma que a ponta fique para
dobra ao meio, de maneira cima, Faça duas dobras bem
que as dobras do telhado frisadas, dividindo a folha em
fiquem para dentro, três partes.
formando um avião.

5. Agora, corte o papel 6. O papel


usando os frisos dessas maior que
duas últimas dobras. sobrar, abra-o
cuidadosame
nte. Desdobre
com cuidado
a parte maior.
Resultado:
Eis a cruz de
Cristo!

7. Agora desdobre o resto e tente formar uma palavra


relacionada com o encontro de hoje. O que fazemos com o
lixo?

Apostila do Catequista 92
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

27. Viver praticando a caridade (São Vicente de Paulo)

Objetivos
Mostrar que a pessoa de Jesus se sensibiliza pela dor do próximo, sendo sinal do amor e atenção de Deus
para com seu povo. A exemplo de Jesus, cada cristão deve cuidar do bem estar de seus semelhantes.

Preparação para o encontro


Bíblias;
Se achar oportuno levar um bolo ou rosca para ser partilhado ao final do encontro.

Acolhida
Oração inicial: Pai nosso

Ver
Quais são as pessoas que mais sofrem em nossos dias? Comente.
Vocês sabem que milhões de pessoas passam fome, vivem numa absoluta miséria?
Como as pessoas mais carentes tratam dos seus problemas de saúde?
Vocês têm consciência que com a falta de moradia, de alimentação, os mais pobres ficam cada vez mais
doentes? Que os mais pobres não têm acesso a uma boa educação, que possibilite um bom trabalho?
Com que tipo de pessoas Jesus se identificou?
E hoje o que Ele pede a nós, sua Igreja?

Falar de Jesus, seu modo de agir com relação às pessoas mais necessitadas.
O que você sente quando fica sabendo que alguém está passando fome ou por algum sofrimento?
Você se sente solidário com essa pessoa, procura ajudar, ou nem se incomoda?
Vocês sabem que mesmo quando as pessoas estão sofrendo longe de nós, como nos casos de terremotos,
enchentes, tragédias, se não pudermos ajudar materialmente, podemos rezar por elas?
Você e sua família costumam ajudar pessoas carentes. Ou doentes?
Você conhece pessoas que gastam o seu tempo para ajudar os pobres necessitados?

Contar a História de São Vicente de Paulo.

Iluminar
No mundo de hoje, vocês acham que as pessoas estão mais solidárias ou mais egoístas? Comente.

Quero ser mais solidário


Vamos ver o que Jesus nos ensinou na Parábola do Bom samaritano: Lc 10, 25-37 (o bom samaritano).
No Evangelho, Jesus fala de amor ao próximo. Quem é meu próximo?
A parábola de hoje contada por Jesus fala do bom samaritano.
Na história do bom samaritano, as pessoas não são identificadas pelos nomes, mas apresentadas por aquilo que
representavam para os judeus.
O homem que caiu nas mãos de assaltantes é um anônimo: talvez um homem sem destino, um andarilho, um
viajante, ou até mesmo um desempregado em busca de trabalho...
Era com certeza alguém carente, desprotegido, jogado à beira do caminho, caído e ferido.
Aparecem, então, pessoas que poderiam ajudar o pobre homem caído na estrada.
Eles traziam nas mãos a solução do problema, ser solidário com um irmão.
Mas o que fizeram? Nada!
Primeiro foi um sacerdote: "Por acaso um sacerdote estava descendo por aquele caminho; quando viu o
homem, passou mais adiante, pelo outro lado" (v.31).
Por que será que o sacerdote não parou para ajudá-lo?
O Evangelho nos fala que o sacerdote passou para o outro lado, "mudou de calçada", tentando ignorar aquela
situação.
Ele não quis se envolver nem se incomodar, ou seja, se comprometer com o pobre homem miserável. Ele não
soube amar!
A gente pode até pensar: Quem sabe ele estava cansado de tanto trabalhar, estava atrasado para outro

Apostila do Catequista 93
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
compromisso, queria voltar logo para casa e descansar. Na verdade ele não quis saber o que estava acontecendo.
Em seguida, veio um levita: "Chegou ao lugar, viu, e passou adiante, pelo outro lado" (v. 32). Tanto o sacerdote
como o levita viram o homem caído e observaram de longe, ninguém se preocupou.
Até poderia ser um parente ou um amigo. Não, isso não! Logo eles correriam se fosse para atender um conhecido.
O homem caído era um estranho que não merecia atenção no pensamento deles.
Mas a história continua e um samaritano, um estranho, um estrangeiro viu o homem caído e se aproximou
dele para ajudá-lo. Os samaritanos, para os judeus, eram inimigos. O povo judeu considerava os samaritanos
desprezíveis e o ódio era recíproco.
Mas o impossível acontece! Jesus apresenta a solução do problema com a atitude de um samaritano!
O samaritano teve compaixão do pobre homem: "Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho
nas feridas" (v.34). O samaritano toca no homem quase morto e trata suas feridas. Gesto solidário, acolhedor,
misericordioso. "Depois colocou o homem em seu próprio animal, e o levou a uma pensão, onde cuidou dele"
(v.34). Ele não só cuida das feridas, mas carrega o homem em seu próprio animal; oferece lugar para um judeu
que sofre ao seu lado.
O Evangelho nos fala de solidariedade como prova concreta de caridade (amor) para com as pessoas que
encontramos em nosso caminho.

Vamos falar um pouquinho da nossa tentação de "mudar de calçada" como fizeram as pessoas da parábola.
Mudar de calçada é: Fechar os olhos para o sofrimento do outro;
Desviar o olhar quando alguém fala de seus problemas;
Fechar os ouvidos para a súplica, os pedidos de tantos irmãos e irmãs que passam fome;
Tornar-se insensível à injustiça, a guerra, a miséria ...
O que mais podemos acrescentar a esta lista?
Jesus nos ensina a viver uma vida mais fraterna. A união das pessoas para o bem pode transformar o
mundo. Com a parábola do Bom Samaritano, Jesus traz uma resposta às nossas dúvidas e uma proposta de
ação para a vida.
O Samaritano não questionou o homem ferido, não investigou sua vida, não suspeitou, apenas se colocou a
serviço através da ajuda.
Ele soube amar! Ele foi misericordioso; não julgou nem procurou interesses pessoais. Foi paciente e
companheiro. Ele se esqueceu das diferenças entre judeus e samaritanos. Não se sentiu superior ao ajudar.
Simplesmente nos deu uma lição: ―O amor é dom de Deus‖!
(Conte comigo para ver Jesus – livro do catequista – etapa 2 –Pe. Paulo Gil –Maria Cecília-Maria Aparecida
– Edições Loyola)

Agir
Não importa quem seja, devemos ajudar todos os necessitados.

Celebrar
Oração final: Pai Nosso

Apostila do Catequista 94
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
APROFUNDAMENTO

A Igreja não está alheia aos problemas e situações da sociedade em que vive, muito pelo contrário! Ela existe
como semente, início e sinal do Reino de Deus e, por isso mesmo, os cristãos não podem se eximir de
participar na transformação do mundo.
"As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos
aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de
Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração" (GS 1).
Assim como Jesus não se conformava com as situações de injustiça que feriam a vida em seu tempo (cf. Mt
21,12; Me 11,15; Go 2,14-15), também o cristão não pode se conformar.
Olhando mais de perto nossa realidade, constatamos inúmeras situações de injustiça, de exclusão e de
miséria - situações estas que atentam violentamente contra a vida dos seres humanos.
Diante destas situações de morte, o Senhor continua a nos dizer: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham
em abundância" (Go 10,10).
Em Aparecida, nossos pastores constatam que "milhões de pessoas e famílias vivem na miséria e inclusive
passam fome...‖
Os excluídos não são somente "explorados", mas "supérfluos" e "descartáveis" (DA 65).
Num país onde a maioria esmagadora da população se declara cristã, estas situações não poderiam existir;
ou, no mínimo, não deveríamos nos conformar a elas.
Esta inconformidade não pode ser expressa apenas teórica ou emotivamente.
Os verdadeiros membros da Igreja devem ter "olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos seus
irmãos e irmãs; palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos" (cf, Oração Eucarística VI D).
―À luz da fé, percebemos que as condições de vida de milhões de abandonados, excluídos e ignorados em
sua miséria e dor, contradizem o projeto de Deus e desafiam os cristãos a um compromisso ainda mais
efetivo em prol da vida. Nos pobres e excluídos, a dignidade humana está profanada‖. (DGAE 2008-2010 n.
176)
"O compromisso social tem sua raiz na própria fé. O interesse autêntico e sincero pelos problemas da
sociedade nasce da solidariedade para com as pessoas e do encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo.
É sinal privilegiado do seguimento daquele que veio para servir e não para ser servido, devendo ser
manifestado por toda a comunidade cristã e não apenas por algum grupo ou alguma pastoral social. Uma
comunidade insensível às necessidades dos irmãos e à luta para vencer a injustiça é um contra testemunho e
celebra indignamente a própria liturgia" (cf. DGAE 2008-2010,n.178).
(Crescer em Comunhão Vol. V- Livro do Catequista, pg.110 – 25ª Edição atualizada).

São Vicente de Paulo

São Vicente de Paulo nasceu no dia 24 de abril de 1581; foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Era o
terceiro filho do casal João de Paulo e Bertranda de Morais. Seus pais eram agricultores e muito religiosos.
Todos os seis filhos receberam o ensino religioso de sua mãe.
Vicente nasceu na aldeia de Pooy, perto da cidade de Dax, sul da França. Seus dois irmãos mais velhos
ajudavam os pais na lavoura e Vicente era pastor de ovelhas e de porcos. Desde pequeno, demonstrava muita
inteligência e grande religiosidade. Em frente à sua casa, em um pé de carvalho, tinha um buraco; ele
colocou aí uma pequena imagem da Santíssima Virgem, onde diariamente ajoelhava e fazia uma oração.
Diariamente conduzia os animais para melhores pastagens, onde ficava a vigia-los. Aos domingos ia à aldeia,
com seus pais, para assistir a missa e frequentar o catecismo.
O Sr. Vigário aconselhou a seu pai para colocar o garoto Vicente em uma escola; via nele um grande futuro,
devido sua inteligência. O pai, que era bem ambicioso, colocou-o em um colégio religioso, desejando que ele
fosse padre e ser o arrimo da família. Foi matriculado em um colégio de padres Franciscanos, na cidade Dax,
onde ele fez os estudos básicos.
Para seguir a carreira sacerdotal fez os estudos teológicos na Universidade de Tolusa. Foi ordenado sacerdote
em 23 de setembro de 1600. Continuou os estudos por mais 4 anos, recebendo o título de Doutor em
Teologia.
Uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança,
pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.

Apostila do Catequista 95
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Ele foi atrás do devedor, encontrando-o recebeu grande parte do dinheiro; ia regressar de navio, por ser mais
rápido e mais barato. Na viagem o barco foi aprisionado por barcos de piratas turcos, e levados para
a Turquia. Em Tunis foram vendidos como escravos.
Vicente foi vendido para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, ele passou pra um seu
sobrinho, que vendeu-o para um fazendeiro (um renegado) que antes era católico, e com medo da escravidão,
adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas; uma era turca, que ouvindo os cânticos do escravo,
sensibilizou e quis saber o significado do que ele cantava. Ela, ciente da história, censurou o marido por ter
abandonado uma religião tão bonita. O patrão de Vicente, arrependido, propôs ao escravo a fugirem para a
França. Esta fuga só foi realizada 10 meses depois.
Em um pequeno barco, atravessaram o Mar Mediterrâneo e foram dar na costa francesa, em Aignes Nortes e
de lá foram para Avinhão. Nesta cidade encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de
padre e o renegado abjurou publicamente e voltou para a Igreja Católica.
Padre Vicente e o renegado, ficaram residindo em casa do Vice-Legado. Tendo este de viajar a Roma, levou
os dois em sua companhia. Padre Vicente aproveitou a estadia nesta cidade e freqüentou a Universidade,
formando em Direito Canônico. O renegado pediu para ser admitido em um Mosteiro e tornou-se monge.
Tendo o Papa de mandar um documento sigiloso para o Rei da França, padre Vicente foi o escolhido. Pelos
serviços prestados o Rei indicou-o como Capelão da Rainha. Seu serviço era distribuir esmolas para os
pobres que rodeavam o Palácio, e visitar os doentes do Hospital da Caridade, em nome da Rainha.
Padre Vicente não gostava do ambiente do Palácio e passou a morar em uma pensão, no mesmo quarto com
um juiz. Certo dia amanhecera doente; o empregado da farmácia que vai atendê-lo, precisando de um copo,
vai apanhar em um armário, e viu alí um dinheiro, que era do juiz, e ficou com ele. Na volta do juiz, não
encontrando seu dinheiro, quis que padre Vicente desse conta dele; como ele não sabia do acontecido, o juiz
colocou-o para fora do quarto e chamou-o de ladrão.
Padre Vicente fica conhecendo o padre Berulle, que mais tarde foi nomeado Bispo de Paris, e indicou-o para
vigário de Clichy, subúrbio de Paris.
Paróquia pobre, a maioria de seus habitantes eram horticultores. Padre Vicente se deu bem com eles; as
missas eram bem participadas e instituiu a comunhão geral nos primeiros domingos o mês. Criou a Confraria
do Rosário, para todos os dias visitar os doentes. Padre Vicente atendendo ao padre Berulle, deixa a paróquia
e vai ser o preceptor dos filhos do general das Galeras.
Foi residir no Palácio dos Gondi, família rica e da alta nobreza. Eles tinham grandes propriedades e padre
Vicente, em companhia da senhora De Gondi, visita uma destas propriedades; é chamado para atender um
agonizante e assiste sua confissão. Este disse para a senhora De Gondi, que se não fosse a presença do
sacerdote, ele iria morrer em grandes faltas e ia permanecer no fogo eterno.
Padre Vicente percebeu que o povo do campo estava abandonado e na missa dominical concitou o povo a
fazer a confissão geral. Teve que arranjar outros padres para ajudá-lo nas confissões, tantos eram os que
queriam confessar. Padre Vicente esteve morando com a família Gondi 5 anos. Simulou a necessidade de ir a
Paris e Atendendo o chamado do padre Berulle, padre Vicente volta para morar em casa dos Gondi, onde
fica mais 8 anos.
Com o auxílio da senhora De Gondi, funda a Congregação das Missões e a Confraria da Caridade; a primeira
cuida da evangelização dos camponeses e a segunda daria assistência espiritual e corporal aos pobres, isto
em 1618. Em Folevile funda uma Confraria de Caridade para homens, em 23/10/1620.
A Congregação das Missões surgiu espontaneamente. Padre Vicente conseguiu alguns colegas para
pregações aos camponeses; exigia deles a simplicidade nas pregações, para o povo entender e rapidamente
ela foi aumentando. No princípio alugaram uma casa para sua moradia. Com o aumento mudaram para um
velho Colégio.
O número aumentava. Um cônego que dirigia um leprosário sem doentes ofereceu em doação os prédios do
leprosário para residência dos padres.
A instituição demorou de 1625 até 12 de janeiro de 1633, quando recebeu a Bula do Papa Urbano VIII,
reconhecendo a Instituição.
Padre Vicente sempre preocupou com as crianças enjeitadas e abandonadas, com os velhos e com os pobres
e doentes. Durante sua vida criou grandes obras, que até hoje estão prestando serviços à humanidade.
A primeira irmã de caridade foi uma camponesa de nome Margarida Nassau, que, com a orientação de
Luiza de Marilac, ele estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade. Elas eram 4 camponesas, hoje são
centenas. Isto se deu em 29 de novembro de 1633.

Apostila do Catequista 96
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Padre Vicente criou tantas obras, que em pouco tempo não é possível enumerá-las; a história de sua vida é
uma beleza. A seu respeito existe biografias, que poderão serem estudadas por vocês. Padre Vicente tinha
quase 80 anos quando faleceu, dia 27 de setembro de 1660.
Em 16 de junho de 1737 foi canonizado pelo papa Clemente XII, e em 12 de maio de 1885 é declarado
patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.
Seu corpo repousa na Capela da casa-mãe – São Lázaro, em Paris.

Sociedade São Vicente de Paulo


A Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), foi fundada em 23 de Abril de 1833, por um grupo de sete
jovens universitários liderados por Antônio Frederico Ozanam, estudante de Direito na Universidade de
Sorbonne, em Paris, aos 20 anos de idade.
A SSVP surgiu para dar resposta às críticas que os estudantes ateus faziam aos estudantes católicos daquele
tempo, dizendo: "Os cristãos não praticam o que pregam; onde estão as suas obras de caridade?"
A SSVP é uma organização católica de leigos que voluntariamente se empenham no apoio a indivíduos,
famílias e grupos sociais marginalizados, através de ações variadas onde se privilegia o contato pessoal e
direto e a visita domiciliar, não só com intuito de aliviar a miséria material e moral, mas também a descobrir
e solucionar as suas causas.
Antônio Frederico Ozanam e os amigos começaram a procurar os pobres, para os visitar em suas casas,
levando-lhes alimentos, roupas, a amizade e a dedicação.
Este pequeno grupo formado por Ozanam e os amigos, tomaram como Patrono o pai da caridade, São
Vicente de Paulo que, no seu tempo, se dedicou inteiramente ao serviço dos pobres, dos infelizes e dos que
não tinham fé (1581-1660).
Grupos similares começaram a surgir em Paris, depois em toda a França, expandindo-se, a seguir, pelo
mundo Cristão, com o objetivo de servir os mais necessitados, aliviando as suas misérias espirituais e
corporais, por amor a Deus.
No Brasil, a Sociedade de São Vicente de Paulo é conhecida pelas iniciais SSVP, e está colocada sob a
proteção da Bem-aventurada Virgem Maria, tal como foi proposto pelo próprio fundador, Ozanam. A
Conferência São José foi a primeira unidade vicentina fundada em território brasileiro, no Rio de Janeiro, em
4 de agosto de 1872.
Os fundadores da Conferência São José foram os confrades Pedro Fortes Marcondes Jobim (médico),
Antônio Secioso Moreira de Sá (advogado) e Francisco Lemos Farias Coutinho (o Conde de Aljezur), este
último fundador da SSVP em Portugal que estava no Brasil a serviço da imperatriz, Dona Leopoldina. O
Confrade Francisco tornou-se o primeiro presidente da Conferência São José, agregada ao Conselho Geral
em 16 de novembro de 1872.
O Brasil possui hoje 300 mil vicentinos, 30 conselhos metropolitanos, 250 conselhos centrais, 2 mil
conselhos particulares, 20 mil conferências, 3 mil obras unidas (hospitais, lar de idosos, creches,
educandários, dispensários, vilas, centros comunitários) e 200 mil famílias assistidas. O Conselho Nacional
do Brasil da SSVP está sediado no Rio de Janeiro.

Apostila do Catequista 97
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
28. O Senhor está sempre perto de nós

Objetivos
Mostrar o zelo de Deus por suas obras, por seus filhos e filhas e a reciprocidade destes em confiar N‘Ele,
igualmente, assumindo o papel de colaboradores na providencia divina..

Preparação para o encontro


Bíblias;

Acolhida
Oração Inicial: Oração de Proteção

Meu Senhor Jesus Cristo, força divina do amor e da paz, peço a vossa proteção e a vossa benção para que
eu possa sentir, cada vez mais em meu coração, a força libertadora de vosso amor.
Peço a vossa proteção e de seus Anjos sobre a minha pessoa e sobre todos aqueles que me são queridos.
Que vossa proteção e vossas bênçãos sejam minha defesa, o meu impulso para que eu obtenha a sustentação
, a alegria, a liberdade, a esperança, a fé e a felicidade.
Amém..

Ver
Neste encontro deve-se apresentar a atenção que o Pai Celeste confere a seus filhos e filhas e a toda obra da
criação, que Ele não está ausente, sinal disto é que esta obra criadora continua, que nasce a cada dia,
portanto, que está sobre os cuidados do Deus Criador e, nesta presença de Deus, estabelece-se uma relação
de confiança, dos filhos com Pai, principalmente, através da oração, e de Deus para com seus filhos
confiando-lhes a responsabilidade de serem colaboradores e sinal de sua providência na terra.

Parábola dos peixes:


Os peixes de certo rio conversavam e disseram um ao outro:
- Dizem que nossa vida vem da água mas nunca vimos a água. Não sabemos o que é a água. Alguns entre
eles, considerados mais sábios, disseram: Ouvimos dizer que no mar mora um peixe muito sábio, que
conhece todas as coisas. Vamos até ele e lhe pediremos que nos mostre a água. Assim alguns peixes se
prepararam para procurar o peixe sábio, e, quando, por fim, chegaram ao mar, onde vivia o peixe, lhe
fizeram a sua pergunta. Tendo escutado, o peixe sábio tomou a palavra e disse:
- Oh, peixes burros! Vocês que procuram, têm ainda razão, embora sendo poucos. Na água, vocês vivem e
se movem e têm a vida. Da água vieram e para a água vocês voltarão. Vocês vivem na água, mas não
sabem!
Assim vós também viveis em Deus, e mesmo assim perguntais: Mostra-nos Deus! Deus está em todas as
coisas e todas as coisas estão em Deus!
Saibamos descobrir a presença de Deus em tudo e em todos. Deus não se explica, mas se ama. Amando a
Deus, saberei entendê-lo. A procura de Deus está em nós e não fora de nós. Tenhamos um coração aberto e
uma inteligência grande, para percebemos a Presença de Deus em tudo. Olhar e falar com Deus. Fazer tudo
para Deus. Seja envolvido em Deus.

Ler Filipenses,4, 4-5

Quem procura Deus encontra sempre a alegria, mas quem procura a alegria não sempre encontra Deus.
Quem procura a felicidade antes que a Deus e fora de Deus, não encontrará senão um simulacro, ―uma
cisterna vazia de água‖ no dizer do profeta Jeremias 2,13. O homem se resume em procurar a felicidade
pela via da quantidade: procurando prazeres e emoções sempre mais intensos, ou acrescentando prazer ao
prazer. Assemelha-se ao drogado que tem necessidade de doses sempre maiores, para obter o mesmo grau
de prazer. Somente Deus é feliz e nos pode fazer felizes. Por isso o Salmo 37, 4, nos exorta: ―Procura a
alegria no Senhor, ele ouvirá os desejos do teu coração‖. Deus é a verdade, e a verdade vos libertará, de
toda a angústia e aflição.

- Deus está SEMPRE presente (Sl. 46:1; Atos 17:26-27).

Apostila do Catequista 98
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
-Ele está perto o suficiente para nos ver: ―Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os
maus e os bons‖ (Pv. 15:3).
―E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas
e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas‖ (Hb. 4:13).
-Ele está perto o suficiente para nos ouvir: ―Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus
ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males‖ (1Pe.
3:12).
―Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto eu viver‖(Sl. 116:2).
-Ele está perto o suficiente para simpatizar com todas as nossas necessidades: ―Porque não temos sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à
nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a
fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna‖ (Hb. 4:15-16).
-Ele está perto o suficiente para andar conosco ―pelo vale da sombra da morte‖.
Quando Estevão foi morto, o Senhor estava perto o suficiente para Estevão vê-lo, falar com ele e dizer:
―Senhor Jesus, recebe o meu espírito!‖ (Atos 7:56-60).
-O Senhor está mais perto de nós do que qualquer pessoa na terra. Se pertencemos a ele, eis o que
prometeu: ―De maneira alguma te deixarei, nunca, jamais te abandonarei‖ (Hb. 13:5).
―O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos; ele expulsou o inimigo de
diante de ti e disse: Destrói-o‖ (Dt. 33:27).

Iluminar
• LEITURA: Mt 6, 25-34

ACRÓSTICO: Cada catequizando irá escrever o seu nome em pé numa folha e para cada letra do nome irá
escrever algo de que precisa de Deus. Ao fundo terá uma música como fonte incentivadora para a atividade.

Escrever um texto enfatizando em quais momentos de sua vida você percebe a presença de Deus: Pai, Filho
e Espírito Santo.

Agir
Ser grato a Deus por ser um Pai tão zeloso e estar sempre perto de nós.
Quem reconhece Jesus como seu fundamento sempre terá amor, luz e consolação em todos os momentos da
vida. O verdadeiro cristão confia que o Senhor conduz a sua vida e que Ele nunca o abandona. Ele é Deus e
tem o poder de converter nosso coração, basta nos entregarmos a Ele.

Celebrar
“Deus provê. Deus Proverá. Sua misericórdia não faltará…”
Deus sabe o que necessitamos e provê, exatamente,
aquilo que precisamos para o dia de hoje.
Precisamos confiar Nele e acreditar que, em tudo, Deus tem o seu tempo…
―Vivermos da providência é a mais emocionante aventura de viver, nos dias de hoje, da total dependência
de Deus. Depender de Deus é duro, mas o que Ele quer nós temos‖.
Muitos não têm coragem de viver dessa maneira.
Por isso, e somente por isso, não experimentam a ação
da providência em suas vidas. Louvado seja Deus. Hoje e sempre…

Apostila do Catequista 99
Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Alegrai-vos no Senhor!
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.

Quanto mais Deus se nos revela, quanto mais O conhecemos e O amamos, podemos dizer que tanto mais O
buscamos através da fé, sobretudo quando nossas experiências, nossas vivências não conseguem nos
transmitir clareza e segurança. Mas quando, às vezes, conseguimos escutar o clamor profundo de nossa
existência, então temos certeza: Deus aí está.
O Terceiro Domingo do Advento nos ensina ainda mais. Desde que Cristo veio ao mundo, convivemos
melhor com esta ―certeza‖, ou seja, a de que Deus está aqui, Ele está no meio de nós. Ele veio, vem e virá.
Virá sobretudo naquele dia, no dia do Cristo que será um e único para cada um de nós e para todos.
É a esperança deste Dia que nos move, que nos faz viver este Tempo Litúrgico de expectativa por
excelência, sinal para que possamos viver, muito conscientes, o nosso Advento de cada dia. Cada dia de
nossa vida é um Advento pelo dia do Cristo que virá.
O Profeta Sofonias (Cf. Sf. 3,14-18) nos diz que JAVÉ, o Rei de Israel, se encontra muito perto de nós, que
Ele guia o seu Povo e o ama com amor genuíno, único. Com este amor Ele conduz o rebanho, amor de
pastor, amor de mãe, que gera, que nutre, que cuida. Pois o Israel do Profeta Sofonias somos todos nós, nós
que vimos e veremos a salvação de Deus.
Como nos disse o Santo Padre Bento XVI, em Colônia, durante a última Jornada Mundial para a
Juventude,“wer glaubt, ist nicht allein”, quem crê não está só, ou seja, numa tradução interpretativa, quem
tem a certeza da proximidade de Deus, nada teme. Poderá então, de fato, dizer não só com palavras, mas com
a vida: “O Senhor é o meu Pastor”.(Cf. Sl. 22).
Esta proximidade de Deus, pela fé, que afasta todo o temor, nos é também atestada por Paulo na Segunda
Leitura(Cf. FL 4,4-7). Sabemos que o Apóstolo se encontrava num Presídio quando escrevia aos cristãos de
Philipos e, aos do mundo inteiro e, sobretudo a nós, que o escutamos hoje: “O Senhor está perto. Alegrai-
vos, alegrai-vos sempre no Senhor”.
Paulo, aqui, fisicamente acorrentado, preso, sentia-se espiritual e moralmente absolutamente livre,
plenamente, porque o Cristo se encontrava dentro dele. Esta é a plenitude invisível, a fecundidade oculta que
os olhos não conseguem ver, nem os ouvidos ouvir, nem a inteligência imaginar. Por isto mesmo podemos
ter a certeza do Santo Padre Bento XVI: “Quem crê, não está só” e só pode se alegrar.
João, o Precursor, sinaliza ainda hoje, no Evangelho de Lucas(Cf. Lc 3,10-18), com toda a humildade, para a
vinda do Senhor que traz a alegria e o bem, a tranquilidade e a paz. Como João o faz, também nós, na mesma
fé, devemos testemunhar esta alegria objetiva, escatológica, da ―Vinda do Senhor‖.
Existe esta possibilidade de fato? Uma alegria que permanece, quando tudo falha, não é uma farsa? Paulo,
quando escreve aos Filipenses, nos mostra que esta alegria é, de fato, plausível. É a alegria que brota da
esperança e do amor incondicionais, como resposta aquele Amor Infinito e Misericordioso que nos foi
consignado de presente no Primeiro Natal.

Sim, a Alegria do Senhor é a Nossa Força, é a Nossa Vida!

Apostila do Catequista 100


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

29. Nossa Senhora Aparecida

Objetivos
Levar o catequizando a:
• Conhecer um pouco da história de Nossa Senhora e o porquê dos títulos que recebe;
• Entender a importância de pedir a Nossa Senhora em nossas orações que rogue por nós junto ao seu
Divino filho Jesus.

Preparação para o encontro


Organizar para o dia do encontro:
• Fazer um cartãozinho de Acolhida.
• Fazer um cartaz com o tema do encontro;
• Providenciar o material a ser usado no Iluminar.
• Ornamentar o ambiente com flores, uma imagem de Nossa Senhora, a Bíblia, o cartaz e outros símbolos
que considerar adequado ao tema.

Acolhida
Recepção dos catequizandos:
• Acolhê-los com carinho, entregando para cada um, um cartãozinho;

Canto: A escolha. Adequado ao tema.

Invocação a Santíssima Trindade:


• Rezada
Oração inicial: Ave Maria

Ver
Brincadeira da Batata Quente:
Utilizar no lugar da batata quente uma flor. O catequista colocará uma música para tocar. Quando o
catequista parar a música quem estiver com a flor na mão, responderá uma das perguntas abaixo. Depois de
responder às perguntas, a flor deverá ser colocada no vaso juntamente com as outras.
• Qual é a oração a Nossa Senhora que você mais gosta de rezar?
• Você acha importante rezar pedindo a Nossa Senhora que rogue por nós junto a Jesus? Por quê?
• Quem é Nossa Senhora?
• Quem é a santa, Padroeira do Brasil? .
• Que dia e mês comemoramos, o Dia da Padroeira do Brasil?
• Nossa Senhora Aparecida, é a mesma Nossa Senhora, mãe de Jesus e nossa?

Iluminar
Trabalho em Grupos:
• Dividir as crianças em grupos.
• Cada grupo escreve numa folha o seguinte trecho da oração: Nossa Senhora, rogai...
• Os grupos deverão completar a oração iniciada.

Plenária.
• Apresentação dos grupos.
• Conclusão aos cuidados do catequista.

Fazer a atividade da apostila.

Agir
Compromisso para a semana:
• Escolher um dia da semana e rezar o Terço com a família ou na comunidade.

Apostila do Catequista 101


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Celebrar

• Canto final. A Padroeira (Joanna)


Oh, virgem santa
Rogai por nós, pecadores
Junto a Deus Pai
E livrai-nos do mal e das dores
Que todo homem caminhe
Tocado pela fé
Crendo na graça divina
Esteja como estiver
Abençoai nossas casas
As águas, as matas e o pão nosso
A luz de toda manhã
O amor sobre o ódio
Iluminai a cabeça dos homens
Te pedimos agora
E que o bem aconteça
Nossa Senhora

• Formar um círculo, se possível de mãos dadas;


• Fazer a oração em anexo.

Benção final
Por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil desça sobre nós, a bênção de Deus nosso
Pai em nome do Pai, Filho e do Espírito Santo. Amém.

Apostila do Catequista 102


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
12 de outubro

Em 1928, o Papa Pio XI batizou Nossa Senhora Conceição de Aparecida como rainha e padroeira do Brasil.
Mas somente em 1954 que a santa passou a ser homenageada, especificamente no dia 12 de outubro,
dedicado a ela.

COMO TUDO COMEÇOU?

A devoção à santa vem de longa data. Mais precisamente em 12 de outubro de 1717, quando três pescadores,
Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, após jogarem suas redes no rio Paraíba, pescaram a imagem
da santa. Um sinal para a farta pescaria que viria a seguir.
A imagem em madeira media 40 cm de comprimento. Felipe guardou a imagem em sua casa, onde recebeu
várias pessoas que queriam ver Nossa Senhora e fazer orações e novenas. Cinco anos depois, ao se mudar
para outro bairro, ele deu a imagem a seu filho Athanásio, e pediu que a guardasse.
Na casa de Athanásio, foi construído um altar de madeira onde todos os sábados ele e os vizinhos rezavam
um terço em sua devoção. Neste altar, os fiéis acreditam que Nossa Senhora fez seu primeiro milagre,
apagando duas velas no momento da reza. Os presentes ainda tentaram reacendê-las mas não conseguiram.

O SANTUÁRIO

Em 1735, o vigário da cidade de Guaratinguetá construiu uma capela no Morro dos Coqueiros aberta à
visitação pública. Mas o número de fiéis aumentava ano após ano, o que exigiu a construção de um basílica,
batizada de Basílica Velha, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo.
A necessidade de uma basílica maior fez com que fosse construído o Santuário Nacional de Nossa Senhora
de Aparecida, na mesma cidade, em 1955. Em tamanho, só perde para a de São Pedro, no Vaticano.
Abrigando a imagem encontrada no rio Paraíba, a basílica nova recebe romeiros o ano todo, aumentando
quando se aproxima 12 de outubro e tem capacidade para receber 45 mil pessoas.
Em 1717 foi encontrada por pescadores, no rio Paraíba, uma imagem da Senhora da Conceição. Primeiro
encontraram o corpo sem cabeça e logo após, a cabeça. O pescador Filipe Pedroso guardou a imagem em sua
casa, onde passou a ser venerada pela família e por demais pessoas. Com o tempo, foram sendo atribuídos à
imagem, diversos milagres.
A devoção foi crescendo e com o passar do tempo a imagem foi sendo chamada pelo povo de Senhora da
Conceição Aparecida. Seu escultor foi, com grande probabilidade, Frei Agostinho de Jesus OSB por volta de
1650, em Sant‘Ana do Parnaíba. Supõe-se que alguém, por estar a imagem quebrada, lançou-a às águas do
rio.
Em 1741 iniciou-se a construção de uma igreja nova para veneração e culto à imagem. Em 1888 foi
terminada pelo Frei Monte Carmelo OSB a chamada Basílica Velha e inaugurada solenemente pelo então
bispo de São Paulo, D. Lino Deodato.
A importância da figura de Maria na Igreja, prende-se à importância do papel que ela teve na história da
salvação, particularmente importante no mistério da encarnação junto ao Messias: mãe. Discreta durante o
nascimento do Redentor, foi também uma presença discretíssima durante a vida pública de Jesus. Quantos
fatos ela apenas ―guardava em seu coração‖!
E finalmente nos é dada como mãe, pelas palavras do próprio Salvador. Maria, repleta dos dons do Espírito
Santo, mãe da Igreja, prolonga sua preciosa presença até o fim dos tempos, derramando sobre os membros de
Cristo as graças que possui em plenitude.
A presença de Maria é um fio de ouro encontrado no tecido da história da salvação. Daí os cristãos, desde o
início da Igreja reconhecerem a grandiosidade desta figura e prestarem culto a Deus através dos mais
importantes momentos da vida de Maria e suplicarem sem cessar sua intercessão.

Apostila do Catequista 103


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
30. Educação- valorização do professor

Objetivos
Possibilitar aos catequizandos a reflexão sobre a sua vida escolar e a necessidade de se valorizar o
professor.

Preparação para o encontro


Bíblias; Material para confeccionar os cartazes.

Acolhida
Oração: Vinde Espírito Santo.
Leitura: Eclesiástico 51, 23 – 30.

Ver
É na escola que iniciamos uma bonita viagem ao longo de nossa vida: a descoberta do mundo, das pessoas
e de si mesmo. A educação é um processo de troca e à medida que este processo vai sendo concretizado,
cada um, educadores e educandos vão realizando uma das atividades humanas mais interessantes: o
aprendizado.
São muitos os problemas que envolvem nosso sistema educacional, mas não podemos deixar de parabenizar
os educadores pela garra e amor no cumprimento de sua vocação.
Entre outras coisas que aprendemos ao longo da permanência na escola, a cidadania é algo de grande valor,
principalmente nos tempos atuais em que predomina certo individualismo. Nossos pequenos catequizandos
são bombardeados constantemente com esses contra valores e isso interfere muito no aprendizado daquilo
que é valor para sua vida e para a sociedade.
Se quisermos ter uma sociedade melhor, temos que lutar para que a educação no Brasil seja sempre
prioridade entre todos os projetos políticos e governamentais.

Dinâmica:
Material: Cartolina, gravuras, cola, para confeccionar alguns cartazes.

Atividade:
1. Dividir as crianças e adolescentes em grupos menores. Pedir que eles conversem sobre a sua escola.
Quais os problemas e como fazer para resolvê-los;
2. Cada grupo deverá fazer um cartaz (ou redação) sobre o problema que acha maior lá na escola;
3. Determinar um tempo para a realização da atividade e em seguida cada grupo apresenta seu cartaz e
comenta com os demais colegas.

Diálogo:
Depois que cada grupo apresentar seu cartaz, o catequista comenta os trabalhos e os problemas levantados.
É muito importante que os catequizandos participem ativamente nesse diálogo:
• Quem deveria resolver esses problemas?
• Será que as crianças da escola não podem fazer alguma coisa para melhorar a escola? São elas que sujam
e tornam o ambiente desagradável.
• O que os alunos fazem para conservar limpos o banheiro, o pátio, a sala de aula?
• O que podemos fazer? (Campanha de limpeza nas salas, não jogar papel no chão; levar esses cartazes que
fizemos e afixá-los no mural ou nas salas de aula, plantar árvores, criar hortas etc.).
• Como os professores são tratados na escola?
• O que podemos fazer para valorizar mais nossos professores?

Iluminar
Reflexão: A ESCOLA (PAULO FREIRE)

―Escola é...
O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.

Apostila do Catequista 104


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como
tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só educar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente
de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Mesma escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz‖.

Agir
Buscar um relacionamento mais fraterno com os colegas e professores

Celebrar
Momentos de silêncio
Unidos podemos conseguir aquilo que, por justiça, já deveríamos ter. Temos direito de ter escolas boas. Se
não temos, podemos exigir. Podemos, principalmente, colaborar para melhorar as condições da Escola.
Agradecer a Jesus pela nossa escola, pelos professores e funcionários.

Avisos: Cada catequizando deve trazer a história de um santo diferente, pode ser um santo que a família
venere. Pedir aos catequizandos para conversarem com os pais para saber o nome dos santos que a família
venera.

Apostila do Catequista 105


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

31. Finados- somos chamados a ser santos

Objetivos
Partilhar a historia do santo que a família faz a veneração.

Preparação para o encontro


1.Bíblias;
2.Levar sementinhas de girassol, um galho seco e ramos com folhas verdes ( um ramo para cada criança;
3. Levar um vaso com terra.
4. Fazer um mural com o título: SEREI UMA FLOR NO JARDIM DE DEUS SE ...
.Este mural deverá ir apenas com a grama e os talos das flores.
.Fazer para cada catequizando uma florzinha de papel (pode ser forminha para docinho de festa). Será usada
na dinâmica do Iluminar

Acolhida
Acolher os catequizandos com uma sementinha de girassol.
Invocação da Santíssima Trindade
Rezada.
Oração Inicial
.Criar um clima de oração.
. Pedir aos catequizandos para lembrar das pessoas que ele gostava e que já faleceram.
.Colocar a semente no vaso de terra.
. Fazer em silêncio uma oração a Deus por estas pessoas.
.Alguém pode fazer uma oração espontânea.

Ver
Tempestade de Ideias:
.Você sabe o que é morte?
• Você sabe para onde vamos quando morremos?
. O que deverá acontecer com as sementes para que elas possam nascer e florir?

Iluminar
Dinâmica Morte: Nascimento para a vida eterna
1 ° passo. Contar a História da Semente.
A Semente adormeceu/ Lá no meio do jardim,/ Passou-se o tempo/ E quietinha ela ficou./O jardineiro com
carinho/ A terra ele regou,/Passou noite, passou dia,/E o milagre aconteceu./ A Semente começou a
acordar,/ Nasceu raiz, cresceu,/ Virou pé de flor/ E tão bonita ela ficou./Esta é a lição/ Que hoje devemos
aprender/ Como a semente ninguém morre/ Só renasce no jardim de Deus./ Você acredita nisso?
2° passo. No final da história plantar um galho no meio do vaso.
3° passo. Dar para cada catequizando um ramo com folhas verdes.
4° passo. Pedir para falarem o nome de pessoas que eles gostavam e que já faleceram e amarrar o ramo no
galho. (Usar no momento da Oração final).
5° passo. Ler o Texto Bíblico João 11, 25-26 e explicar o texto para os catequizandos. Lembrar que nós
somos como a semente, a nossa vida terrena é apenas um momento de preparação e passagem para uma
vida muito melhor e mais bonita, desde que a nossa vida atual seja bem vivida.
6° passo. CONSTRUINDO O MURAL - SEREI UMA FLOR NO JARDIM DE DEUS SE.
Dar para cada um uma florzinha. Pedir que escrevam em cada uma das pétalas, uma atitude positiva que
realizamos em vida, que nos prepararam para fazer parte deste jardim.

Leitura Bíblica: João12, 24-25

Celebrar a vida eterna


No mês de novembro comemoramos dois aspectos muito importantes de nossa vida. No dia 1, a festa de
todos os santos e, no dia 2, finados, a memória dos falecidos.

Apostila do Catequista 106


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
A memória dos nossos entes queridos já falecidos apresenta uma dimensão espiritual muito importante, que
convém vivenciar cuidadosamente.
Na liturgia celebramos a vida plena e eterna a que todos nós somos chamados. É também uma oportunidade
para uma profunda reflexão sobre a realidade da morte como passagem desta para a vida definitiva em
Deus. É neste sentido que celebramos a memória de nossos parentes e amigos, que já partiram para a casa
do Pai.
Em finados celebramos, portanto, a vida eterna dos entes queridos que já faleceram. É o dia em que
lembramos o amor que nos liga aos falecidos, na certeza de que o amor a Deus e ao próximo não morre, e a
vida continua além da morte.
Daí a importância de viver nossa vocação à santidade. Somos chamados a ser santos: ‗Sede santos, por que
eu sou santo‘ (1Pd 1,16).
Ser santo é opção de vida, exigida de todos nós. Isto implica em atitudes de bondade, perdão, amor...
Jesus respondeu positiva e corretamente, perfeita e fielmente ao projeto do Pai. Isto lhe dá autoridade para
se sentar no alto da montanha e apresentar seu programa de vida, que é também o projeto do Pai e deve ser
também o nosso. Assumir isto significa ter um coração de pobre: ―Bem-aventurados os que têm um coração
de pobre, porque deles é o Reino dos Céus‖(Mt 5,3).
Para muitos, os santos são aqueles cujas imagens se encontram nos altares das igrejas, de mãos postas
erguidas para o céu. Na verdade, os santos são pessoas que viveram uma profunda intimidade com Deus,
arregaçando as mangas, doando a vida em favor dos mais pobres, marginalizados e excluídos da sociedade.
Além disso, existem também santos que ainda vivem entre nós. São pessoas que vivem testemunhando sua
fé, doando a vida em favor dos pobres, doentes e excluídos da sociedade. É a proposta da sociedade que
Deus faz também para todos nós, o projeto de vida plena e feliz para todos.
Diác. Luiz Demasi

1 Cor 15, 16-19

Sugestão: 1- Cada catequizando deve trazer a história de um santo diferente, pode ser um santo que a
família venere.
2- Dividir os catequizandos em grupos e cada grupo deve escrever todos os nomes de santos
que eles conhecem.

Agir
De nada adianta visitar os cemitérios, levar flores, acender velas nos túmulos dos mortos, se nosso sentido,
nosso coração não estiver voltado para a esperança na ressurreição. Pois do contrário, ato de homenagear os
mortos, não passa de um acontecimento social. Para nós cristãos católicos, a vida não deve parar no túmulo,
como Jesus também não ficou no túmulo, mas ressuscitou, nós também não ficaremos, mas ressuscitaremos
com Ele. Lembremos da palavra dos anjos no dia da ressurreição do Senhor Jesus, quando as mulheres
chegaram logo cedo no túmulo: "Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está
aqui ressuscitou..." Lc 24, 5-6

Celebrar
Final: Oração espontânea.

Apostila do Catequista 107


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
"A INTENÇÃO CATEQUÉTICA DESTA CELEBRAÇÃO É PARA SEGUIRMOS JESUS E NOS
TORNARMOS SANTOS"
Texto de: Cássio Abreu

O dia de todos os santos é uma festa em honra dos santos conhecidos ou não, canonizados ou não pela Igreja.
No fim do século II, os cristãos começaram a honrar os que morriam martirizados por causa da fé em Jesus Cristo.
Acreditando que eles já estavam com Cristo, no céu, oravam a eles para que intercedessem em seu favor.
A celebração de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao frequente martírio de grupos cristãos e
também ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/paróquias por onde tinham passado e se
tornado conhecidos.
A partir da perseguição do Imperador Diocleciano (284-306), o número de mártires era tão grande que era
impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registro de um dia comum para todos eles
aconteceu em Antioquia, no séc. IV, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém até hoje nas
igrejas orientais.
Depois, em 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV, dedicou o Panteão, (templo romano que era dedicado a vários
deuses) a Maria e a todos os mártires.
A data foi mudada quando o Papa Gregório III (731-741), dedicou uma capela, em Roma, e ordenou que eles
fossem homenageados no dia primeiro de novembro.
Inicialmente, essa festa era celebrada no aniversário da morte dos cristãos martirizados, realizando-se orações e
vigílias no mesmo local em que eles foram mortos, como ao redor do Coliseu romano. Depois a Igreja passou a
construir igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
A Igreja ensina que a intenção catequética desta celebração, ressalta o chamado de Cristo a cada um de nós, para
segui-Lo e sermos santos, à imagem de Deus, com qual fomos criados originalmente, e com a qual devemos
continuar nossa caminhada.
Deus quer nos santificar, mas precisa de nossa ajuda. Por isso, podemos afirmar que existem santos vivos, pois é
possível nos santificarmos, com a graça de Deus e com nossa perseverança, ainda nesta vida. Tornando-nos santos
aqui na terra de acordo com a vida em que levamos. Depois da morte não podemos mudar mais nada.
Outra verdade é que muitas pessoas que não foram beatificadas ou canonizadas pela Igreja também se encontram
na presença de Deus Pai, sendo por isso, santas e perfeitas, podendo interceder por nós, no que a Igreja chama de
Comunhão dos Santos.
Rezemos então por todos santos e santas de Deus.
Fonte: Revista Brasil Cristão (ASJ) no. 184 - Nov/212

A comunhão com os Santos


―Veneramos a memória dos habitantes do céu não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais para
corroborar a união de toda a Igreja no Espírito, pelo exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão
entre os cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma o consórcio com os santos nos une a Cristo, do
qual, como de sua fonte e cabeça, proclama toda a graça e a vida do próprio povo de Deus‖.
Nós adoramos Cristo o qual é Filho de Deus. Quanto aos mártires, os amamos quais discípulos e
imitadores do Senhor e, o que é justo, por causa de sua incomparável devoção por seu Rei e Mestre. Possamos
também nós sermos companheiros e condiscípulos seus.
A intercessão dos Santos.
―Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na
santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na
terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles,
nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio‖.
Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte a ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a
minha vida.
Veneração dos Santos.
Os patriarcas e os profetas, bem como outras personalidades do Antigo Testamento, foram e serão sempre
venerados como santos em todas as tradições litúrgicas da Igreja.
Santos modelos de santidade.
É em Igreja, em comunhão com todos os batizados, que o cristão realiza sua vocação. Da Igreja recebe a palavra
de Deus, que contém os ensinamentos da ―lei de Cristo‖. Da Igreja recebe a graça dos sacramentos, que o sustenta
―no caminho‖. Da Igreja aprende o exemplo da santidade; reconhece a figura e a fonte (da Igreja) em Maria, a
Virgem Santíssima; discerne-a no testemunho autêntico daqueles que a vivem, descobre-a na tradição espiritual e
na longa história dos santos que o procederam e que a Liturgia celebra no ritmo do Santoral.

Nome dos Santos/ Nome do Batismo

Apostila do Catequista 108


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
O sacramento do Batismo é conferido ―em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo‖ (MT 28,19). No Batismo, o
nome do Senhor santifica o homem, e o cristão recebe seu próprio nome na Igreja. Este pode ser o de um santo,
isto é, de um discípulo que viveu uma vida de fidelidade exemplar a seu Senhor. O ―nome de Batismo‖ pode
também exprimir um mistério cristão ou uma virtude cristã. ―Cuidem os pais, os padrinhos e o pároco para que
não se imponham nomes alheios ao senso cristão.‖
Memória dos Santos.
Quando, no ciclo anual, a Igreja faz memória dos mártires e dos outros santos, ―proclama o mistério pascal‖
naqueles e naquelas ― que sofreram com Cristo e estão glorificados com ele,
e propõe seu exemplo aos fiéis para que atraia todos ao Pai por Cristo e, por seus méritos, impetra os benefícios de
Deus‖.
Significação da canonização dos Santos.
Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e
viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e
sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores. ―Os santos e as santas sempre foram
fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja.‖ Com efeito, ―a santidade é a
fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã missionário‖.
A comunhão com os falecidos.
―Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os
tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (...) e, ‗já que é um
pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados‘ (2Mc 12,46), também
ofereceu sufrágios em favor deles.‖ Nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz
sua intercessão por nós.
Morrer com o sinal da fé.
O ―selo do Senhor‖, é o selo com o qual o Espírito Santo nos marcou ―para o dia da redenção‖ (Ef 4,30). ―O
Batismo, com efeito, é o selo da vida eterna.‖ O fiel que tiver ―guardado o selo‖ até o fim, isto é, que tiver
permanecido fiel às exigências de seu Batismo, poderá caminhar ―marcado pelo sinal da fé‖, com a fé de seu
Batismo, à espera da visão feliz de Deus – consumação da fé – e na esperança da ressurreição.
Morrer em Cristo Jesus.
Para ressuscitar com Cristo é preciso morrer com Cristo, é preciso ―deixar a mansão deste corpo para ir morar
junto do Senhor‖ (2Cor 5,8). Nesta ―partida‖ que é a morte, a alma é separada do corpo. Ela será reunida ao seu
corpo no dia da ressurreição dos mortos.
O sentido da morte Cristã.
Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. ―para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro‖ (Fl 1,21).
―Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos‖ (2Tm 2,11). A novidade essencial da morte cristã
está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente ―morto com Cristo‖, para viver de uma vida nova; e,
se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este ―morrer com Cristo‖ e completa, assim, nossa
incorporação a ele em seu ato redentor:
É bom para mim morrer em Cristo Jesus, melhor do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele que
procuro, Ele que morreu por nós: é Ele que quero, Ele que ressuscitou por nós. Meu nascimento aproxima-se.
(...) Deixai-me receber a pura luz; quando tiver chegado lá, serei homem.
Morte e Ressurreição.
A ressurreição dos mortos foi revelada progressivamente por Deus a seu povo. A esperança na ressurreição
corporal dos mortos foi-se impondo como uma consequência intrínseca da fé em um Deus criador do homem
inteiro, alma e corpo. O criador do céu e da terra é também aquele que mantêm fielmente sua aliança com Abraão
e sua descendência. É nesta dupla perspectiva que começará a exprimir-se a fé na ressurreição. Nas provações, os
mártires Macabeus confessam:
O Rei do mundo nos fará ressurgir para uma vida eterna, anos que morremos por suas leis (2Mc 7,9). É
desejável passar para a outra vida pelas mãos dos homens, tendo da parte de Deus as esperanças de ser um dia
ressuscitado por Ele (2Mc 7,14).
Respeito aos corpos dos defuntos.
Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e na esperança da ressurreição. O
enterro dos mortos é uma obra de misericórdia corporal que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo.

Apostila do Catequista 109


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

32. Cristo Rei

Objetivos
- Apresentar Jesus como Rei do Universo e dos nossos corações;
- Ressaltar a importância de perseverar no serviço a Deus e ao próximo, como condição de reinarmos com
Cristo;
- Despertar, no catequizando, as condições para que Jesus seja realmente o Rei e centro dos corações.

Preparação para o encontro


Bíblias;

Acolhida
"No entardecer da vida, seremos julgados no Amor", afirmava S. João da Cruz!
Jesus nos reúne hoje novamente, nos convida a escutá-lo, a compartilhar a nossa vida e descobrir novos
caminhos para que o mundo seja melhor.

Oração inicial: Pai Nosso.

Introdução ao tema
Quem é que a nossa sociedade considera uma ―pessoa de sucesso‖? Qual o perfil do homem ―importante‖?
Quais são os padrões usados pela nossa cultura para aferir a realização ou a não realização de alguém? No
geral, o ―homem de sucesso‖, que todos reconhecem como importante e realizado, é aquele que tem
dinheiro suficiente para concretizar todos os sonhos e fantasias, que tem poder suficiente para ser temido,
que tem êxito suficiente para juntar à sua volta multidões de aduladores, que tem fama suficiente para ser
invejado, que tem talento suficiente para ser admirado, que tem a pouca vergonha suficiente para dizer ou
fazer o que lhe apetece, que tem a vaidade suficiente para se apresentar aos outros como modelo de vida…

Ver
Evangelho: Mt 25, 31-46
De acordo com a parábola que o Evangelho propõe, o critério fundamental usado por Jesus para definir
quem é uma ―pessoa de sucesso‖ é a capacidade de amar o irmão, sobretudo o mais pobre e desprotegido.
Para mim, o que é que faz mais sentido: o critério do mundo ou o critério de Deus? Na minha perspectiva,
qual é mais útil e necessário: o ―homem de sucesso‖ do mundo ou o ―homem de sucesso‖ de Deus?

Reflexão
- O que dirá Jesus, quando Ele voltar nos fins dos tempos?
- Quem são os cabritos e as ovelhas?
- Com quem Jesus se identifica para decidir se o temos servido?
- Quem se lembra quais são os Mandamentos de Jesus?

Texto: UM REI DIFERENTE

O texto de Mateus hoje proclamado quer acabar com as especulações sobre como será o julgamento final, o
acerto de contas que cada um de nós terá de fazer com Deus. Na simbologia da parábola contada por Jesus
encontramos o que será decisivo: o bem que cada um tiver feito pelos mais necessitados.
Todos os nossos propósitos e todas as nossas ações nada são, afinal, sem a prática do amor concreto àqueles
que nosso Senhor nos mostrou como seus preferidos.
E então a liturgia nos reorienta, para não cedermos à tentação de celebrar um rei como os monarcas deste
mundo: alguém sentado num trono de poder dando ordens aos súditos. Pois o Rei e Senhor que celebramos,
vindo ao mundo, não se sentou em trono, não vestiu roupa luxuosa e não tratou ninguém como súdito.
Caminhou pelas aldeias pobres da Galileia e reuniu um grupo de seguidores, com os quais partilhou a vida e
aos quais confiou sua mesma missão. Aproximou-se dos doentes e dos que a sociedade excluía como
pecadores, demonstrando por eles a misericórdia que tirava da maldição e o amor que restituía a dignidade
perdida.

Apostila do Catequista 110


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
A missão de Jesus nada tinha que ver com a implantação de um reino qualquer. Não era combater o império
romano para reconquistar o reino de Israel. Jesus veio inaugurar o reinado do próprio Deus, o reino de seu
Pai: o Deus que é bom para com todos e deseja sua justiça implantada neste mundo por meio da prática
concreta do amor pelos mais necessitados, os ―menores dos irmãos‖ de Jesus. É por esta missão que o Rei
entregou sua vida, e é esta missão que ele nos deixou. Da prática de um amor que serve e se doa aos
necessitados é que, de fato, prestaremos contas ao Senhor do universo.
O que hoje espera de nós este Rei sem igual, que não está na riqueza dos palácios, mas se identifica com os
menores da sociedade? (Pe. Paulo Bazaglia, ssp)

Iluminar
REFLEXÕES PARA O GRUPO
1) Jesus tem reinado em nossa vida pessoal e comunitária?
2) Em nossa comunidade, a Catequese inculturada tem se manifestado através das quatro exigências da
evangelização: serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão?

Dividir a turma em grupos. Preparar tiras de papel escritas com as seguintes palavras:
- Cristo, Rei dos nossos corações;
- Cristo, Rei dos pobres e pequeninos;
- Cristo, Rei da paz;
- Cristo, Rei do universo.
Cada grupo conversa sobre o seu tema e depois partilha suas conclusões com os demais.

Agir
Quem tem ouvidos ouça. Quem tem inteligência, compreenda. E quem não quer ser contado entre os
cabritos no julgamento final, busque o Cristo não tanto nas práticas piedosas e devocionais. Antes, Ele será
encontrado na prática da caridade. É preciso compreender que servir a Deus é servir com amor ao próximo,
porque o Reino de Deus é o reinado da justiça, da solidariedade e da caridade.

Celebrar
Ó Cristo Jesus, eu Vos reconheço como Rei do Universo, sois o autor de toda a criação; exercei sobre mim
todos os vossos direitos. Renovo as minhas promessas do batismo, renunciando a Satanás, suas pompas e
suas obras; e de modo especial comprometo-me a lançar mão de todos os meios ao meu alcance para fazer
triunfar os direitos de Deus e de vossa Igreja.
Ó Sagrado Coração de Jesus, eu Vos ofereço minhas pobres ações para que os homens reconheçam a vossa
Realeza Sagrada e o Reino de vossa paz se estabeleça por todo o universo. Amém.

Apostila do Catequista 111


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança
Cristo, rei do universo

A Igreja encerra o Ano Litúrgico da Igreja com a festa de Cristo Rei, coroando toda essa jornada.
Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava
pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na
Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa,
pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da
religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial.
O Papa Pio XI instituiu essa festa para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor,
simbolizado no que diz o Apocalipse: ‖Eu sou o Alfa e o Ômega, Principio e Fim de todas as coisas.‖ (Ap1,
8) Ressalta a restauração e a reparação universal realizada em Cristo Jesus, Senhor da vida e da história.
Nessa festa, celebra-se também nossa participação no Reino de Deus, sob a condição de aderirmos à verdade
trazida por Jesus, pela qual somos caminheiros que se dirigem à Casa do Pai, para participarmos da mesa do
Reino e de assumirmos o compromisso do Evangelho.
A celebração, fechando o Ano Litúrgico, traz para nós cristãos a reflexão em torno da vida de Jesus que
significa para nós a salvação, onde impera no mundo o pecado.
Pilatos pergunta a Jesus se ele é rei, e Ele responde que seu reino não é deste mundo de injustiça, ódio, morte
e dor. Ele é rei do reino de seu Pai que, como pastor, guia a sua Igreja neste mundo para o reino celeste. Por
isso, fazer parte desse Reino é fazer comunhão com Ele, transformar o mundo em que vivemos.
Jesus Cristo é rei e pastor que nos leva ao Reino de Deus, que nos tira das trevas do erro e do pecado, que
nos guia para a plena comunhão com o Pai pelo amor. Jesus nos aponta como ―Caminho, Verdade e Vida‖
(Go 14, 6) para que possamos imitá-lo mesmo diante de nossas fraquezas e medos, morrer com Ele para
participarmos de sua vitória.
Olhando o nosso mundo, vemos o sofrimento de tantos irmãos que trazem consigo a cruz de Cristo, como
sinal de vitória e de redenção do mundo. Mesmo diante das nossas aflições, dores, angustias e injustiças, não
podemos ser derrotados, mesmo quando estivermos sozinhos, quando nos sentimos abandonados como os
discípulos abandonaram Jesus. Portanto a amargura não poderá tomar conta de nosso coração. Não podemos
querer entender a Deus em seu mistério, nem duvidar de seu amor para com todos, mas acolher tudo por
amor a Deus, como festa de um grande banquete do qual um dia participaremos na eternidade.
Bem-aventurados aqueles que sofrem, são perseguidos e padecem todo tipo de injustiças, pois como servo
bom e fiel, um dia acolhido por Jesus na mesa do Reino, será bendito. E Ele passando servirá aqueles que
souberam viver a justiça, a caridade e fazer o bem na vida dos irmãos.
É a grande promessa de Jesus para nós, filhos benditos do Pai: sua realeza não é deste mundo, por isso
devemos anunciar a verdade libertando os homens do pecado, dando-lhes uma verdadeira conversão do
coração.
Jesus é a testemunha fiel da verdade, isto é , seu desígnio de salvação do mundo. Veio revelar com a própria
vida o grande sacrifício da cruz, da sua paixão e morte por amor, nessa mesma cruz pela qual Ele atrairá
todos ao seu coração. Tudo por amor, fonte primeira de união com Deus, Ele desfaz as injustiças em
liberdade, tornando grande sacerdócio do povo santo de Deus em que cada um se santifica no mundo.
Ser cristão é construir o Reino de Cristo no mundo através do serviço gratuito e fraterno, humilde, deixando-
se fazer a vontade do Pai. Você está disposto a fazer acontecer o Reino? De que maneira?
Junto com a solenidade de Cristo Rei, celebra-se o Dia do Leigo e da Leiga, que possuem uma vocação
especial, muitas vezes esquecida. Ser leigo e leiga no mundo de hoje é um desafio. Os cristãos leigos ocupam
diversos serviços na vida da Igreja e assumem uma vocação particular de constituir família e ser testemunho
no meio dos outros, como pedras vivas da Igreja, trabalhadores do Reino Cristo-Rei.

Padre José Cipriano Ramos Filho é pároco da Paróquia São José, em Santa Bárbara D‘Oeste

Apostila do Catequista 112


Paróquia São José- Itaúna MG
1ª Perseverança

Bibliografia

Projeto Alicerce Catequista – Apostila 2012 Etapa 2 Modulo- I

Projeto Alicerce – Apostila Catequizando 2011 Etapa 2 Modulo-I

Pastoral Bíblico - Catequética Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Arquidiocese de Pouso Alegre

Apostila do Catequista 113

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