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DANIELLA MELLO
ASFALTO BORRACHA
POSSÍVEL?
JOINVILLE – SC
2006
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DANIELLA MELLO
ASFALTO BORRACHA
POSSÍVEL?
JOINVILLE – SC
2006
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DANIELLA MELLO
ASFALTO BORRACHA
POSSÍVEL?
Trabalho de graduação aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel
em Engenharia Civil pelo Centro de Ciências Tecnológicas – CCT da Universidade do Estado
de Santa Catarina – UDESC.
Banca Examinadora:
Orientador: _________________________________________
Banca: __________________________________________
Banca: __________________________________________
AGRADECIMENTOS
Este trabalho é dedicado em primeiro lugar a Deus, que foi e sempre continuará sendo
Aos meus pais, Luiz João Mello (in memorian) e Olinda Mello, pelo amor, pela
confiança que depositaram em mim, me acompanhando nos momentos mais difíceis, sendo o
Ao meu orientador e acima de tudo amigo Miguel Ângelo da Silva Mello, por sua
profissional. Ao Engº Sérgio Marcon, que não mediu esforços em me auxiliar, conferindo
idéias relevantes à pesquisa. Certamente, além de grandes profissionais, são grandes amigos.
A todos os meus amigos, todo o meu carinho, em especial aos que sempre serão
eternos para mim (Fundação IPPUJ, Professora Sandra Kruger e Professora Noemi Paviani), e
a todos os outros amigos, não vou fazer injustiça citando nomes, pois posso esquecer de
algum, tenho certeza de que sabem quem são. E aqueles que por algum instante fizeram-me
W. R. Whitney
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RESUMO
Este trabalho tem como principal objetivo apresentar a influência da adição da borracha como
modificador do ligante asfáltico utilizado em obras de pavimentação. Inicialmente, tem-se uma
introdução a respeito das camadas do pavimento, caracterizando-as individualmente. Seqüencialmente,
é realizada uma explanação a respeito do revestimento, buscando com isso, apresentar de forma
resumida os principais materiais asfálticos que são utilizados diariamente.
O asfalto ecológico, nada mais é do que uma alternativa para solucionar um grave problema
ambiental, pois no Brasil, são descartados anualmente cerca de 30 milhões de pneus, dos quais, a maior
parcela é descartada de forma inadequada, gerando com isso um super passivo ambiental. Busca-se
conscientizar todos de que, existe a necessidade de se criar fontes alternativas de despejo de pneus
descartados, que além de ser um benefício ecológico, é uma fonte de renda, pois acaba abrindo um
novo nicho empregatício. Os ligantes asfálticos modificados apresentam melhor resistência ao
envelhecimento do que os ligantes tradicionais. Em termos de comportamento mecânico, apresentam
melhor suscetibilidade térmica, melhor aderência pneu/pavimento provocando com isso, menores
riscos de acoplanagem, entre outras vantagens.
Sabendo-se que já existe aplicação do asfalto borracha em diversas regiões do Brasil, foi
apresentada de forma sucinta alguns exemplos de sua aplicação em pistas experimentais. Finalizando-
se o trabalho, realizou-se em laboratório, dois traços de mistura: uma com ligante modificado por
borracha e outro com ligante tradicional, à fim de comparar as propriedades mecânicas das misturas
asfálticas.
RESUMEN
Este trabajo tiene como principal objetivo presentar la influencia de la agregación del caucho
como modificador del ligante alfastico utilizado en obras de pavimentanción. Inicialmente, hay una
introducción respecto a las camadas de pavimiento, las caracterizando individualmente. Enseguida, es
realizada una demostración con respecto al revestimiento, procurando a través de esto presentar de
forma resumida los principales materiales los cuales son utilizados diariamente.
El asfalto ecologico es una alternativa para solucionar un grave problema ambiental, pues en
el país son deshechados un promedio de 45 millones de neumáticos anualmente, de los cuales la
parcela más grande es deshechada de forma inadecuada, generando un súper pasivo ambiental. Se
busca concientizar todos de que existe la necesidad de crear fuentes alternativos para que los
neumáticos desechables sean tirados correctamente. Además de ser un beneficio ecologico, es un
fuente de rinde, pues crea oportunidades de empleo.
El alfalto modificado presenta mejor resistencia al envejecimiento que los asfaltos
tradicionales. En términos de comportamiento mecánico, presentan mejor susceptibilidade térmica y
mejor adherencia neumático/pavimiento provocando menores riegos de derrapamiento, entre otras
ventajas.
Ya es conocida la aplicación del alfalto caucho en diversas regiones del país, entonces fueron
organizados de forma resumida algunos ejemplos de su aplicación en pistas experimentales.
Finalizándose esta investigación, fue realizado en laboratorio, dos mezclas: una con asfalto modificado
con caucho y otra con asfalto tradicional, con el objetivo de hacer una comparación entre las
propiedades mecánicas de las mezclas asfalticas.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
SUMÁRIO................................................................................................................................ 11
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 14
1 CONCEITOS INICIAIS........................................................................................................ 16
1.1 O PAVIMENTO............................................................................................................. 17
1.1.1 Subleito.................................................................................................................... 17
1.1.2 Regularização .......................................................................................................... 17
1.1.3 Reforço do Subleito ................................................................................................. 18
1.1.4 Sub-Base.................................................................................................................. 18
1.1.5 Base ......................................................................................................................... 19
1.1.6 Revestimento ........................................................................................................... 19
1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS ..................................................................... 20
1.2.1 Pavimentos Rígidos ..................................................................................................... 20
1.2.2 Pavimentos flexíveis................................................................................................ 21
1.3 O REVESTIMENTO...................................................................................................... 22
1.3.1 Revestimento Rígido ............................................................................................... 23
1.3.2 Revestimento Flexível ............................................................................................. 23
1.3.3 Tratamentos Superficiais ......................................................................................... 24
1.3.4Microrrevestimento Asfáltico a Frio ........................................................................ 25
1.3.5 Reciclagem de Revestimentos Asfálticos................................................................ 25
1.3.6 Pré Misturado a Frio ................................................................................................ 26
1.3.7 Pré Misturado a Quente ........................................................................................... 27
1.3.8 Concreto Betuminoso ou Concreto Betuminoso Usinado a Quente........................ 27
1.4 CALÇAMENTOS .......................................................................................................... 28
1.4.1 Paralelepípedos............................................................................................................ 28
1.4.2 Blocos de Concreto pré-moldados e articulados ......................................................... 29
1.5 TÉCNICAS UTILIZADAS EM TRATAMENTOS SUPERFICIAIS........................... 29
2 UTILIZAÇÃO DO ASFALTO BORRACHA ...................................................................... 31
2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS........................................................................................ 31
2.1.1 O descarte dos pneus inservíveis ............................................................................. 31
2.1.2 A incorporação da borracha em obras de pavimentação ......................................... 34
2.2 PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DA BORRACHA MOÍDA AO ASFALTO A
SECO .................................................................................................................................... 35
2.3 PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DA BORRACHA MOÍDA AO ASFALTO A ÚMIDO.............. 36
2.4 HISTÓRICO DO ASFALTO BORRACHA.................................................................. 37
2.5 VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO ASFALTO BORRACHA............................... 39
2.5.1 Vantagens técnicas: ................................................................................................. 40
2.5.2 Vantagens Ecológicas.............................................................................................. 40
2.6 CAMPOS DE APLICAÇÃO ......................................................................................... 41
3 PRODUÇÃO DO ASFALTO BORRACHA ........................................................................ 45
3.1 ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS UTILIZADOS.................................................. 45
3.1.1 Ligante Asfáltico. .................................................................................................... 46
3.1.2 Borracha .................................................................................................................. 46
3.1.3 Diluente ................................................................................................................... 48
3.2 PRODUÇÃO DO LIGANTE ASFALTO-BORRACHA .............................................. 48
12
INTRODUÇÃO
encontra-se em péssimo estado de conservação, não sendo possível trafegar com segurança.
O presente trabalho busca apresentar uma solução que, já vem sendo estudada desde a
apresenta inúmeras vantagens técnicas, tais como, proporcionar um melhor atrito entre o pneu
e o pavimento, aumentar a vida útil do pavimento em até três vezes e apresentar uma melhor
trabalhabilidade com relação aos efeitos da temperatura, com isso, apresentando uma menor
tendência ao surgimento de trincas, entre outras vantagens apresentadas mais adiante. Existem
normas que foram estabelecidas especialmente para o asfalto-borracha, sendo que as mesmas
borracha, a fim de se conseguir um acompanhamento da sua vida útil à longo prazo. Algumas
15
dessas vias estão citadas no trabalho, a fim de que se possa observar, que o estudo dessa nova
propriedades do asfalto tradicional, com o asfalto modificado por adição de borracha, foram
tentando mostrar com isso, que muito mais do que apenas uma alternativa ecologicamente
correta, o asfalto borracha possui propriedades que proporcionam muito mais conforto e
1 CONCEITOS INICIAIS
A pavimentação de uma via ou rua é sem dúvida uma das mais importantes ações do
Poder Público voltado ao saneamento básico, com isso, proporcionando à melhoria do nível
novos benefícios diretos e indiretos. Segundo (GOMEZ,2005), a pavimentação das vias, que
se traduz por uma modificação da cobertura do solo, se justifica na medida que melhora a
- reduzir o consumo de água potável, usado para aplacar a poeira e nas lavagens de pisos,
- valorização imobiliária;
1.1 O PAVIMENTO
- resistir aos esforços horizontais (desgaste), tornando mais durável a superfície de rolamento.
1.1.1 Subleito
aproximadamente.
1.1.2 Regularização
apenas corrige falhas da superfície terraplenada, tendo em vista que, já foram tomados todos
permitindo com isso, a absorção e distribuição das cargas que se transmitem através das
1.1.4 Sub-Base
É a camada complementar à base, com as mesmas funções desta, executada quando, por
razões de ordem econômica, for conveniente reduzir a espessura da base (GOMEZ, 2005). A
sub-base deve ter estabilidade e capacidade de suporte, ótima capacidade para drenar água
material de sub-base, brita graduada tratada com cimento (BGTC), com características de
1.1.5 Base
composto de base e revestimento, sendo que a base poderá ou não ser complementada pela
1.1.6 Revestimento
Revestimento será estudado com mais detalhes no item 1.2. As ilustrações seguintes
O pavimento é uma estrutura formada por diversas camadas, sendo, portanto, difícil de
defini-lo. Porém, de uma maneira geral, os pavimentos são classificados em: Pavimentos
mesmo tempo papel de base e de revestimento) e de Sub-base (essa camada é utilizada com o
21
alterações de preços dos derivados de petróleo, passam a ser, exemplo dos blocos de concreto
compressão e a flexão na tração, provocada pelo aparecimento das bacias de deformação sob
as rodas dos veículos, que levam a estrutura a deformações permanentes, e ao rompimento por
1.3 O REVESTIMENTO
destinado a melhorar a superfície de rolamento quanto ao conforto e segurança dos que por alí
flexíveis.
23
(figura 1.5).
Tem sido altamente utilizado pelos projetistas, mesmo sendo considerada como boa
utiliza-se como aglutinante o betume, seja o asfalto ou o alcatrão. Estão abaixo descritos, os
um melhor acabamento superficial, poderá ser executada uma capa selante, após a
envelhecidos. Logo abaixo, é ilustrada uma pista executada com tratamento superficial duplo
(figura 1.6).
Figura 1.6 - Tratamento Superficial Duplo com emulsão asfáltica com polímero (Manual ABEDA)
25
É uma mistura a frio, de emulsão modificada por polímeros com agregados minerais,
Figura 1.7 - Pavto asfáltico a ser restaurado previamente à aplicação do microrrevestimento (Manual ABEDA)
Constituído por uma mistura de agregados minerais com emulsão asfáltica de ruptura
média ou lenta. É utilizado por várias prefeituras nos serviços de conservação e tapa-buracos e
por não precisar de aquecimento. Logo abaixo apresenta-se ilustrada a execução de PMF com
Figura 1.9 - Aplicação de PMF denso com vibro acabadora ( Manual ABEDA)
27
agregado é aquecido até uma temperatura próxima à do betume, justificando com isso o seu
nome.
É o mais nobre dos revestimentos flexíveis. Sua mistura é realizada em usina, com um
compressão. Seu principal campo de aplicação é para o revestimento das auto-estradas e vias
1.4 CALÇAMENTOS
lentidão na execução, trepidação e sonoridade, além de não permitir alta velocidade onde são
executados. Porém, apresentam como vantagem, a sua fácil remoção, caso haja necessidade
1.4.1 Paralelepípedos
faces ao rolamento (alternância de face exposta com a face enterrada na areia). Normalmente
são assentados sobre areia, e rejuntados com material betuminoso. A figura 1.11 seguinte
próprias.
Suas formas mais comuns são blocos sextavados, quadrados e retangulares. É muito
comercialmente de Ecoflex, especialmente fabricado pela Greca Asfaltos para consumir pneus
modificação dos asfaltos convencionais por aditivos especiais vem sendo realizada na Europa
e Estados Unidos há algum tempo. No Brasil, tal técnica veio sendo empregada à partir de
mais, inerte, colocado apenas para rechear, na realidade a borracha é um grande melhorador
uma destinação adequada aos pneus inservíveis é uma realidade econômica, pois a reciclagem
do pneu cria um nicho comercial responsável pela geração de emprego e renda para a
sociedade e para o Estado. O asfalto ecológico é uma atividade comercial que amplia o
horizonte da vida útil das ruas, pois aumenta a durabilidade do asfalto.Segundo dados da
ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o Brasil produz por ano cerca de
45 milhões (dados do ano de 2003) de pneus inservíveis, ou seja, são pneumáticos que não
exercem mais nenhuma função útil, seja como recauchutagem, recapagem ou remoldagem, o
Verificando-se o destino final dos pneus inservíveis, observou-se que não há uma
coleta programada, e que os mesmos acabam tendo seus destinos finais lançados a céu aberto,
em terrenos baldios, aterros sanitários, beiras de estradas, córregos e até mesmo, queimados,
gerando com isso, uma fumaça tóxica, que além de poluir o ambiente ao seu redor, trás
de mosquitos e outros vetores de doenças, pelo acúmulo das águas de chuva em seu interior,
sendo um exemplo disso, os 765 mil casos de dengue registrados no país no ano de 2002
útil dos aterros (ODA, 2002). Porém, quando reciclados, todos os inconvenientes acima
citados são extintos, além do que, a borracha diluída no asfalto, causa à redução da demanda
de petróleo, por dois motivos: pela substituição de parte do asfalto por borracha moída de
pneus e também pela maior durabilidade que será alcançada na vida útil das estradas. Não
energia.
constituem um passivo ambiental, que resultam em um sério risco à saúde pública. Para tentar
amenizar isso, a resolução citada prevê uma reciclagem gradual de pneus inservíveis pelos
pneus que acompanham os carros importados. Segundo tal resolução citada, seria obedecida a
seguinte ordem: Em 2002, 2003 e 2004, para cada pneu novo produzido, deve-se reciclar
proporção de reciclagem seria então de 120%, ou seja, para cada 4 pneus produzidos ou
importados, 5 teriam que ser reciclados, com isso, diminuindo o passivo ambiental já citado
33
anteriormente. Para que se tenha uma idéia melhor dessa resolução, da totalidade de pneus
80% coletados pelos sucateiros, 13% voltam a pontos de revenda, 22% são reformados e 65%
É possível de se observar isso, por exemplo, quando se vai a uma loja comprar pneus,
algum vendedor já lhe pediu seu pneu antigo de volta? É realmente um fato complicado, pois
estamos diante de um problema que temos a solução, porém não a aplicamos por falta de
planejamento.
O Brasil tem procurado fazer sua parte, pois está em segundo lugar, no ranking
mundial de recauchutagem, atividade que prorroga a vida útil do pneu só então seguido para
reciclagem, porém ainda há um longo caminho de pesquisas para aplicação dos pneus
inservíveis para trilharmos, o que vem sendo realizado principalmente nas Universidades
Públicas da região Nordeste. A seguir é ilustrado o descarte anual de pneus nos EUA (figura
2.1).
Estima-se que 40% dos gastos públicos com rodovias sejam empregados em
pavimentação, com adição de borracha de pneus, é considerada uma alternativa atraente para
convencionais.A borracha de pneus é uma borracha vulcanizada que serve como modificador
possua uma relação asfaltenos/aromáticos dentro de uma determinada faixa. Se ele não
possuir esta estabilidade, deverá ser preparado com adição de insumos especiais, para
somente então receber a base moída de pneus (ODA, 2002). Não se pode somente basear-se
por pesquisas e aplicações realizadas por outros países, pois, cada qual tem suas
usinas, armazenagem dos ligantes, cronogramas de execução das obras, entre outras
características.
insumo (Morilha,2004), porém, o Grupo Greca Asfaltos, vem desenvolvendo pesquisas para
que haja uma maior estabilidade, dotando o ligante sem separação de fases.Existem dois
ligante asfáltico No processo seco, os grânulos da borracha são empregados como agregado.
borracha granulada em relação ao peso total da mistura asfáltica, com os grânulos de borracha
variando entre 2,0 e 6,3 mm. As partículas de borracha são adicionadas ao agregado antes da
Seu desenvolvimento deu-se nos anos 60, na Suécia, com o objetivo de controlar os
diretamente no misturador da usina de asfalto. Neste caso, a borracha entra como agregado na
seria na via úmida, no entanto existem algumas obras com sucesso nos EUA. Em termos
gerais, o desempenho de misturas asfálticas que empregam borracha pelo processo seco é
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químicas que reduzem o peso molecular da borracha, quebrando suas ligações químicas. A
literatura não distingue bem os dois processos, especialmente a temperaturas abaixo de 240ºC,
formadas pelo processo de vulcanização durante a produção dos pneus. Estes dois processos
mediante a absorção dos óleos aromáticos do CAP à cadeia de polímeros da borracha natural
utilizados se situam entre 12 e 25% de borracha granulada em relação ao peso total do ligante
asfáltico. A mistura entre a borracha e o ligante original é processada por meio de agitação
mecânica com controle térmico adequado. Caso a temperatura seja muito elevada ou o tempo
37
de reação muito longo, a absorção irá continuar até que a borracha esteja dispersa totalmente
Unidos. No ano de 1963, ele desenvolveu um material altamente elástico para ser utilizado na
borracha moída de pneu (0,6 a 0,12mm), misturados a 190ºC durante vinte minutos, para ser
cidade de Phoenix, onde foi verificado que, mesmo após seis anos, o pavimento continuou
encontrada na utilização desse ligante referia-se a sua aplicação, pois mesmo aquecido o
composto ficava muito viscoso para se aplicado com o distribuidor de asfalto convencional,
ligante em trechos grandes. No período de 1968 a 1971, o estudo foi direcionado para o
asfalto-borracha para haver uma melhor facilidade na sua aplicação. Na França, o uso do
asfalto-borracha teve início em 1981, através da Beugnet Company, que misturou cerca de 10
a 30% de borracha com ligante asfáltico, à 200ºC. Esse material teve seu nome registrado
como Flexochape. Até o início da década de 90, cerca de 16000 quilômetros de rodovias já
descartados moída; em 1995, 10%; em 1996, 15% e a partir de 1997, 20% (EPPS, 1994,
pelo CENPES (Centro de Pesquisas da Petrobrás), que tinha como seu principal objetivo, o
Federal de Santa Catarina também iniciou pesquisas nessa área, tentando comparar tipos de
produtiva de asfalto na região Norte e Nordeste do País. Apesar das inúmeras vantagens que o
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asfalto-borracha oferece, não existe interesse público em utilizar essa tecnologia em nível
de pavimentos.
Apesar dos inúmeros trabalhos realizados nas décadas de 70,80 e 90 em todo o mundo
ainda não existem resultados conclusivos sobre o desempenho destes pavimentos a longo
prazo. A seguir é ilustrada uma pista construída com asfalto borracha (figura 2.2).
pneus, a mistura asfáltica com o ligante asfalto-borracha torna-se mais flexível que as
baixas quanto a altas temperaturas são melhores quando comparados com pavimentos
construídos com ligante asfáltico convencional (HEIZTMAN citado por PINHEIRO, 2004).
Os diversos benefícios ao meio ambiente que o uso dos pneus inservíveis incorporados
no asfalto já foram citados anteriormente, no item 2.1. Contudo, convém sempre reforçar que,
um forte nicho comercial, o que acaba gerando uma nova fonte de empregos diretos nas
41
prejudiciais à saúde, redução da poluição visual causada pelo descarte de pneus em locais
A utilização do asfalto borracha tem sido bem ampla. Suas aplicações em serviço de
pavimentação variam de selagem de trincas até concreto asfáltico usinado a quente. Apesar da
sido positivos. Os principais defeitos relatados são a exsudação e as trincas por contração de
ligante necessária para uma determinada mistura é maior, o que justifica o problema de
exsudação, mas ao mesmo tempo proporciona uma maior durabilidade à mistura asfáltica.
Quando foi iniciada a sua utilização, o ligante asfalto-borracha foi desenvolvido com o intuito
et al. (1992), o ligante asfalto-borracha é um dos melhores selantes de tincas existentes, tanto
de pavimentos asfálticos como selagem com auxílio de um aplicador manual (ODA, 2002).
Através de pesquisas realizadas, observou-se que, a vida útil dos selantes com asfalto-
42
borracha é cerca de três vezes maior, se comparado com o selante aplicado sem o asfalto
aproximadamente 50% maior que os serviços executados com ligantes sem borracha. Se for
analisada a relação custo/vida útil da utilização do ligante asfalto borracha, observa-se que ela
ainda é vantajosa, pois se o custo é o dobro, temos que a vida útil do selante é três vezes
maior. Nos Estados Unidos, 80% dos estados, em todas as regiões, utilizam esse tipo de
Figura 2.3 - Aplicação de selante de trincas no Estado do Arizona (Fonte: CRAFCO, citado por ODA, 2002)
asfalto borracha, geralmente usado para prevenir e/ou retardar a formação de trincas por
aplicação de uma camada de ligante asfalto-borracha com cerca de 20% de borracha, sobre a
Figura 2.4 - Execução de um SAM (Fonte: ALL STATES ASPHALT, citado por ODA, 2002)
através da sua aplicação, é esperado que se retarde o desenvolvimento de trincas por deflexão,
e se reduz à penetração de água nas camadas que estão mais abaixo.O Sami de duas camadas
primeiramente uma camada de nivelamento de CAUQ, seguida pelo Sami, e sobre o mesmo é
colocada uma camada de reforço de CAUQ com Aproximadamente 25 a 75mm. A figura 2.5
Figura 2.5 - Execução de um SAMI (Fonte: ALL STATES ASPHALT Inc., 1999, citado por ODA,2002)
44
25%, e a sua principal vantagem em relação a mistura asfáltica convencional é a redução das
deformações permanentes nas trilhas de rodas, trincas e fadiga. A principal diferença entre a
produção de uma mistura asfáltica com asfalto-borracha e uma mistura asfáltica convencional,
com ligante asfalto-borracha é bem parecida com a construção de pavimentos com mistura
rapidamente.
45
vários fatores, entre eles pode-se citar a granulometria, a textura da borracha, a proporção de
borracha, a energia mecânica durante a mistura e o uso de aditivos, sempre lembrando que,
descartada moídas, e cimento asfáltico de petróleo (CAP), os quais estão mais especificados
logo abaixo.
46
constituinte predominante é o betume. Pode ocorrer em jazidas ou ser obtido pelo refinamento
do petróleo;
bissulfeto de carbono (CS2). O ligante asfáltico deve ser especificado dependendo do tipo de
região que se quer aplicar, pois existem muitas variações em função do clima e do tráfego que
irá suportar.
3.1.2 Borracha
possuem uma quantidade maior de borracha natural, que por sua vez fornece as propriedades
elásticas. No Brasil ainda não há indícios de empresas que comercializem a borracha de pneu
moída em escala comercial para este fim. Com relação ao tamanho das partículas da
os métodos que utilizam o processo mecânico está no tamanho das partículas: crackermill
produz partículas que variam de 4,8 até 0,42 mm (formado por partículas irregulares com
maior área superficial); granulator produz partículas que variam de 2,0 até 9,5 mm
denominado de borracha granulada); micro-mill produz partículas finas que variam de 0,42 a
0,075 mm (ODA,2002).
90oC a -200oC), pois abaixo de -60oC a borracha é muito frágil e pode ser facilmente
triturada em um moinho de impacto (“moinho de martelo”) (RUTH et al., 1997, citado por
ODA, 2002).
que passam na peneira # 25 e ficam retidas na peneira # 40, quando misturadas ao ligante-
partículas aumentam em aproximadamente duas vezes o seu volume inicial, nessa mistura,
tais partículas tornam-se mais macias e elásticas, devido às reações físicas e químicas entre o
mistura, com isso obtendo-se melhores resultados nos ensaios de viscosidade e controles de
finalidade para a qual o ligante será utilizado. Por exemplo, para camadas densas de CAUQ, é
cerca de 5 % de borracha passada na peneira #50, já para aplicações de SAMI, pode-se adotar
3.1.3 Diluente
aplicação, porém, com o seu uso, o asfalto-borracha torna-se menos susceptível à temperatura
do que o ligante normal. Porém, quando utilizado, o diluente pode vir a reduzir o ponto de
ligante tradicional, é sem dúvidas, como já foi citado anteriormente, a reação da pré mistura
quando a mistura é realizada, a temperatura do ligante deve estar entre 175ºC a 200ºC. Ambos
são colocados e misturados em um misturador, e logo após, são bombeados para o tanque de
armazenamento da reação. A temperatura nesse tanque deve ser mantida entre 160ºC e 190ºC
borracha, enquanto que, a figura 3.3 apresenta o esquema de produção do asfalto borracha.
49
Figura 3.2 - Usina gravimétrica utilizada na produção da mistura SMA – Usina Lustoza (SALVADOR, 2004)
50
praticamente constante, porém, durante a sua descarga, ocorre uma perda de caloria, portanto,
óleo térmico.
51
O tanque e a linha de alimentação onde será descarregado o asfalto borracha deverá estar
limpo, sem contaminação com outros produtos asfálticos. Sendo que, a viscosidade dos
ligantes modificados por borracha de pneus é bem maior que a viscosidade dos ligantes
atentar para evitar o trincamento da massa, quando muito quente, e a formação de “ondas” à
frente do rolo.
espessura de massa solta deve se situar em torno de 30% superior a da espessura da massa
compactada.
O processo de rolagem é similar ao de outras massas usinadas a quente, a não ser pelo
fato de que a temperatura de rolagem ser mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar e
de uma consistente pintura de ligação, de preferência com emulsão modificada por polímero.
Deverão ser utilizados somente rolos metálicos, tendo-se em vista que, os rolos
preceitua boa técnica. A figura 3.4 apresenta o carregamento e cobrimento do caminhão que
ferramentas utilizadas, temperatura ideal para sair da usina e aplicação na pista de rolamento,
etc.
DER/PR, devido ao fato que, a grande distribuidora de asfalto modificado por borracha, que
Catarina, e também se analisou, as especificações que a GRECA Asfaltos criou para o ligante
ECOFLEX, ligante asfáltico modificado pela adição de borracha, e produzido pela GRECA.
54
Neste sub-capítulo, será feita uma comparação entre a DER/PR ES-P 21/05, que
aplicado na superfície deverá estar situada entre 165ºC e 180ºC, já para o cimento
- a temperatura de aquecimento dos agregados nos silos quentes, deverá ser de até
convencional, a temperatura dos agregados nos silos quentes deverá ser de 10 a 15ºC superior
caso do asfalto convencional, é estabelecido que está não deverá ser inferior a 120ºC,
enquanto que, para o asfalto modificado por borracha não deverá ser inferior a 150ºC;
degradação produzida por umidade, para o cimento asfáltico convencional, tais ensaios são
55
exigidos somente no início da obra e sempre que houver alteração mineralógica na bancada da
pedreira, enquanto que, para o cimento asfáltico modificado por borracha, tais ensaios são
produzida, enquanto que, para o cimento asfáltico modificado por borracha, o mesmo
estabelecidas para o asfalto tradicional e o asfalto modificado por borracha, as quais estão
- Com relação aos ensaios exigidos para o material asfáltico modificado por adição de
borracha, tem-se: DNER-ME 006/94 para penetração, DNER-ME 148/94 para ponto de
fulgor, DNER-ME 193/96 para densidade relativa, ABNT-NBR 6560/00 para ponto de
amolecimento, NLT 329/91 para recuperação elástica por torção, ABNT-NBR 14736/01 para
56
Brookfied; Já para o asfalto convencional, são exigidos tais ensaios: NBR 6576 para
penetração, DNER-ME 148/94 para ponto de fulgor, DNER-ME 193/96 para densidade
variação de massa, percentagem de penetração original, NBR 14950 para viscosidade Saybolt
Furol, ASTM 2196/99 para viscosidade Brookfied, NBR 14855 para determinação da
pelo asfalto tradicional, além de caminhões para transporte do ligante que possuam
período de operação.
ligante modificado por borracha, exige-se que, a mesma deve-se encontrar entre 165ºC a
entre 110º e 167ºC, e a temperatura dos agregados deverá encontrar-se 10ºC acima da
superior a 157ºC;
57
serviço na pista, exige-se que, o material esteja com uma temperatura mínima de 150ºC, já
para o cimento asfáltico convencional, a norma não especifica nada neste item;
CAP (é especificado o método DNER-ME 83/94), o teor de ligante obtido após a extração da
amostra ensaiada deve ser multiplicado por um fator de correção que leva em conta a
percentagem de borracha moída não solúvel pelo solvente. Esse fator de correção deve ser
4.3.1 Materiais
(DNER-ME 35/98), o DER/PR estabelece que a porcentagem de desgaste não deve ser
superior a 45%, enquanto que o DEINFRA-SC estabelece um valor máximo de 50%. Com
DEINFRA-SC.
areia empregada;
58
própria obra, sem os devidos acompanhamentos necessários. Tanto para o tempo máximo de
(garantia), deverão ser fornecidos pelo fabricante, segundo as duas normas. Já com relação às
mesmos valores;
“Dope”, desde que seja incorporado ao CAP no canteiro de serviço, ou seja, jamais se adquirir
melhorador de adesividade, porém, não faz nenhuma restrição quanto ao a forma de adicioná-
lo.
fluência e vazios da mistura asfáltica. Com relação ao ensaio de resistência à tração por
- DER/PR: obedece a DNER-ME 138/94, que exige uma estabilidade mínima de 850
kgf para a camada de rolamento, e uma resistência à tração por compressão diametral estática
59
mínima de 0,65 Mpa para a camada de rolamento e camada de ligação. Para o CAUQ em
800 kgf para a camada de rolamento e uma resistência à tração por compressão diametral
estática mínima de 0,60 Mpa e máxima de 1,10 Mpa (Segundo o Engenheiro responsável
pelas especificações, estes valores estão sendo alterados, e passará a existir somente o valor
mínimo de 0,60 Mpa). Para a fase de dosagem, a condição de vazios deve ser verificada a
partir da determinação da densidade máxima teórica pelo método de Rice (AASHTO T209-
99).
As duas normas adotam o mesmo critério para o traço da mistura utilizada em função
4.3.3 Equipamentos
As duas normas exigem caminhões para transporte do ligante que possuam bomba de
que os mesmos devem ser obrigatoriamente cobertos. Já o DER/PR, exige que, os silos devam
finos. Sua capacidade de armazenamento deve ser no mínimo de três vezes a capacidade do
misturador. O filler deve ser armazenado em silo apropriado com dispositivo que permita sua
dosagem.
- Usinas para misturas asfáltica: para as duas normas, tem-se como preferência o uso
de usinas gravimétricas.
secador, o qual distribui o material para os silos quentes. São exigidas também balanças
Termômetro de mercúrio colocado na descarga do secador em cada silo quente para registrar
descarga no misturador.
Esta norma ainda faz referências à segurança dos operadores da usina, particularmente
à eficácia dos corrimões das plataformas e escadas, proteção de peças móveis (equipamento
Pode-se até utilizar usinas volumétricas, porém, a secagem do agregado deverá ser realizada
no sistema de contra-fluxo.
Cada silo da usina deverá possuir balança para dosagem individual dos agregados, de
variação de qualquer deles, inclusive o asfalto. A recuperação de finos deverá ser por via seca,
através de filtro de manga. A usina não poderá ter capacidade inferior à estipulada no caso de
4.3.4 Ferramentas
DEINFRA/SC: Não faz especificações, apenas cita que deverão ser utilizados
4.3.5 Execução
asfáltico, que deverá se situar salvo sob orientação do fabricante, entre 165ºC e 180ºC. O
tempo de misturação deverá ser capaz de proporcionar uma mistura homogênea, com
b) Para a limpeza das caçambas dos caminhões que transportarão a mistura, deverá ser
utilizada água ensaboada, solução de cal e óleo solúvel, jamais será permitida a limpeza com
impermeável e com isolamento térmico de modo a reduzir a perda de calor, evitar a formação
d) A superfície que receberá a camada de mistura asfáltica deverá estar limpa, seca e
superfície imprimada, ou então, a superfície esteja recoberta com areia, ou o ligante perdeu
temperatura ambiente estiver abaixo de 15ºC. Para a norma estabelecida pelo DNIT, essa
do equipamento de compactação.
ambientais de serviço.
acabamento.
ponto mais baixo da seção transversal e deverá progredir no sentido do ponto mais alto,
devendo em cada passada ser recoberta a metade da largura compactada na passada anterior,
l) Uma camada de mistura asfáltica usinada a quente somente será liberada ao tráfego
operação necessárias para a instalação da pedreira, da usina e areal; As mesmas não deverão
retenção do pó de pedra, produzidos por excesso ou por lavagem da brita, evitando seu
carregamento para cursos d’água; Os depósitos de ligantes betuminosos deverão ser instalados
em locais afastados de cursos d’água; A usina de asfalto quente deverá ser instalada a uma
clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques
instalados sistemas de controle de poluição de ar, constituídos por ciclones e filtro de mangas
Sendo ela a fabricante do asfalto ecológico conhecido como ECOFLEX, criou algumas
exemplo em dados de como os pneus que já não tem mais utilidade causam um enorme
passivo ambiental. Em seqüência, tem-se uma explicação geral a respeito de como funcionam
os processos de fabricação do ligante, tanto por via seca como por via úmida. É detalhado
todo o histórico do asfalto borracha, seu surgimento e suas primeiras aplicações. Ainda como
uma introdução ao asfalto ecológico, têm-se as vantagens tanto técnicas como ecológicas da
sua aplicação.
especificações técnicas, que se baseiam na norma americana ASTM 6114-97, quando faz
função do tipo de aplicação, dois tipos de asfalto borracha, o A com 20% de borracha e o B
Ecoflex B 54ºC, enquanto que as outras duas normas estabelecem para o ligante asfalto
Ecoflex B 45, enquanto que as outras duas normas estabelecem para o ligante asfalto borracha
o valor de 50;
entre 1500 a 4000 e para o Ecoflex B um valor entre 1000 a 2000, enquanto que as outras
duas normas estabelecem para o ligante asfalto borracha um valor entre 800 a 2500;
aplicação do ligante em uma via na região Sudeste, onde é feita a análise do concreto
Com relação às temperaturas estabelecidas tanto para o ligante, como para os materiais
estabelecidas pelo DEINFRA/SC e DER/PR, é com relação à temperatura máxima, tanto para
o ligante como para os materiais pétreos, pois a GRECA estabelece um valor máximo de
177ºC, enquanto que as duas outras estabelecem como valor máximo 180ºC. Já com relação à
já distribuída pode ser realizada a temperatura inferior a 155° C (no caso do Ecoflex B), neste
principal diferença entre a mistura asfáltica tradicional e a mistura asfáltica modificada pela
usinagem. A tabela 4.1 apresenta de forma resumida as temperaturas exigidas por cada
especificação.
analisadas.
altas, necessárias para se obter uma viscosidade adequada do ligante asfáltico na mistura, a
pelos seguintes integrantes: Engº Ayres Correia de Souza filho, o estudante de engenharia
Lucas E. M. Silveira, o Dr Hosiberto B. Sant’Ana e Dr Jorge B. Soares, que tem como tema a
adição de zeólitas. Este trabalho foi apresentado no 18º encontro de asfalto, no Rio de Janeiro.
temperaturas até 20ºC mais baixas, através da inserção de zeólitas, que são alumino-silicatos
que ocorrem naturalmente ou podem ser sintetizados, porém, elas estão presentes na natureza
em quantidade suficiente para serem consideradas como um recurso mineral viável (DAL
pesquisas com a adição de zeólitas nas misturas asfálticas modificadas pela adição de
borracha, tanto por parte da UFSC – Universidade federal de Santa Catarina quanto da
5 APLICAÇÕES DO ASFALTO-BORRACHA
prazo dos pavimentos, e analisar a real viabilidade da utilização destes novos materiais, é a
relação ao tráfego, clima e demais fatores que interferem na vida útil do pavimento. Logo
abaixo, estão citados alguns trechos que foram executados com asfalto-borracha.
um trecho da Rodovia concedida ao Consórcio Univiais no Rio Grande do Sul. O trecho Sul
da BR/116 foi implantado pelo DAER à partir de 1954 e foi pavimentada entre 1958 e 1961,
trilhas de roda. O trecho experimental recebeu uma nova camada de revestimento com
espessura média de 3,2 cm em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), com adição de
um reator próprio para este fim, obtendo-se com isso, uma mistura estável de asfalto-
do ligante original (CAP 20), obedecendo os pré requisitos exigidos pelo DNER 396/99,sendo
o novo ligante comercializado com o nome de ECOFLEX. O agregado mineral utilizado, foi o
especificada pelo DAER-ES-P 16/91, faixa A, com agregados passantes na peneira 3/8”. Os
dados de projeto da mistura foram obtidos pelo método Marshall, sendo também realizados
diametral. Por causa de tais ensaios realizados, optou-se por executar a camada de somente
3,2 cm, pois sendo uma espessura delgada, ela permite um processo de degradação mais
acelerado.
encontra-se ilustradas abaixo na figura 5.1 e a nova configuração do pavimento na figura 5.2. .
70
Figura 5.2 – Nova configuração da estrutura após fresagem e aplicação da nova camada (SEVERO,2003).
71
entre o asfalto convencional e o asfalto modificado. A única diferença que é notável, de modo
geral, é que a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar,
e deve-se iniciar a compactação com baixa pressão dos rolos pneumáticos, porém, o processo
de rolagem é similar ao de outras massas usinadas a quente e densas. A execução das juntas
longitudinais é normal, utilizando-se rastelos comuns nos acertos manuais necessários. Para
este caso em especial, deve-se somente ter o cuidado que, por sua reduzida espessura, e pelas
condições climáticas locais, a massa esfria muito rapidamente, portanto, ao saírem da usina,
os caminhões devem estar cobertos com lonas, e na pista, deve-se dispor de, pelo menos dois
rolos compactadores pneumáticos e dois rolos metálicos lisos, à fim de que o serviço seja
executado o mais rápido possível, evitando-se com isso, o esfriamento da massa na pista.
Quanto ao serviço da vibro acabadora, deve-se tomar cuidado com a segregação de massa por
monte de massa que pode esfriar rapidamente, causando com isso, dificuldades na
compactação e uma camada mal compactada, gerando uma segregação que será visualmente
notável. Após o resfriamento da camada, a pista está liberada ao trânsito. A figura 5.3 ilustra a
fissurada/trincada.
Para obter-se uma análise mais precisa, foi-se estimado através do método Pavesys 8,
conclusão que, o asfalto-borracha apresenta uma economia de 20,2% para uma análise de 3,4
Barra’s e Lustroza. O asfalto foi fornecido pela BR Distribuidora, que foi a pioneira na
aplicação do produto em pistas experimentais nas regiões Sul e Sudeste. O principal motivo
que levou o município de Salvador a se interessar por pesquisas nessa área, é devido ao fato
convencional, reduz o nível de ruído causado pelo fluxo de veículos e auxilia na drenagem em
dias de chuva, ou seja, funciona como anti-spray. A figura 5.5 apresenta a comparação entre a
pista executada com asfalto tradicional e a pista executada com asfalto borracha, em dias de
chuva.
Figura 5.5 – Asfalto-borracha funciona como anti-spray em dias de chuva (CARLSON, 2003 citado por
SALVADOR)
74
Graça Lessa. O local constitui-se de duas pistas, sendo a primeira com 320m (2 faixas com
mais uma faixa adicional de 50m de comprimento e 1,70 m de largura), esta pista está
que a faixa da direita – 150m – é usada como acesso para entrada e saída de veículos, sendo
por isso considerada como uma zona de carregamento excessivo a baixa velocidade, além de
fim do trecho. A segunda pista possui 65m e está localizada no fim de uma curva, também
encontrando-se trechos com remendos, trincas por fadiga, trincas longitudinais, trincas por
Figura 5.8 – Escorregamento de massa asfáltica para a lateral e deformações acentuadas (SALVADOR, 2004).
5.2.2 Materiais
do Vale do Paraíba, localizada em são José dos Campos / SP. O ligante asfalto-borracha,
CAPFLEX B, foi enviado de São José dos Campos à Salvador, tendo uma defasagem de 6
dias entre a mistura com a borracha e a execução dos trechos. Para o transporte foi utilizado
um caminhão especial com capacidade de 24 toneladas, com um sistema composto por pás,
temperatura do produto.
Os agregados foram obtidos da pedreira Valéria, o pó de pedra foi obtido pela pedreira
fibras, apresenta granulometria descontínua, composta por uma maior fração de agregados
graúdos britados, uma massa de ligante/filler, chamada de mastique, tendo cerca de 10%
SMA deve ser feita empregando-se uma fibra. Para o projeto em questão, foi utilizada uma
foram moldadas 2 placas, após a seleção da mistura SMA. O ensaio foi realizado
da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Os resultados obtidos após 30 000 ciclos
mostraram que, deformação permanente ficou abaixo do limite estabelecido pela norma
A mistura de SMA foi realizada em uma usina gravimétrica, sendo que esta usina está
trechos experimentais foi realizado um controle de todo material produzido pela usina, onde
acima de 170ºC, enquanto as temperaturas das massas, ao chegarem no trecho, ficaram entre
160ºC e 180ºC.
77
O transporte da mistura foi realizado por caminhões basculantes recobertos por lona.
5.2.3 Execução
aplicado 5 cm de material solto. Porém, em algumas partes do primeiro trecho foi aplicada
existentes, este fato ocorreu porque não foi realizada a fresagem (retirada) do pavimento
antigo.
Inicialmente foi realizada a aplicação da pintura de ligação com emulsão asfáltica RR-
1C. O espalhamento da massa asfáltica na pista foi realizado com o auxílio de uma vibro-
acabadora.
78
A compactação foi feita com um rolo de chapa vibratório e um rolo de pneus, sendo
ambos borrifados com óleo vegetal, evitando com isso que ocorresse aderência da massa aos
pneus. Por ser a primeira vez que a empresa estava trabalhando com uma mistura asfáltica
5.2.4 Resultados
As figuras 5.10, 5.11, 5.12 e 5.13 apresentam os resultados obtidos nos dois trechos
escolhidos.
Araras / SP, entre os Km 170,6 e 171,8 na pista sul. O reforço executado nas faixas de tráfego,
tanto pesado quanto leve, sobre o pavimento existente foi de 4 cm de mistura com borracha.
convencional.
Portanto, após a selagem prévia das trincas mais severas e do tratamento localizado
asfalto ECOFLEX-A fornecido pela Greca Asfaltos, contendo 20% de borracha reciclada de
pneus. Utilizou-se agregados oriundos da Pedreira Stavias e da Pedreira Basalto. Foi realizada
citado por CORDEIRO et al., 2006, o teor ótimo de misturas asfálticas com borracha costuma
compactação, quando se compara o asfalto tradicional com o asfalto modificado por borracha,
Para a execução do trecho experimental, foram empregados dois rolos lisos vibratórios
pesados e uma acabadora de esteira provida de treliça. A rolagem foi iniciada com o rolo liso
Para que se mantenha a temperatura da massa dentro do padrão exigido por norma,
deve-se limitar o avanço da vibro acabadora para que a frente de rolagem esteja sempre
próxima dela. Deve-se ainda tomar cuidado com relação a segregação da massa, provocada
pelas laterais da caçamba do basculantes e o cone de massa que pode esfriar rapidamente.
Após sete dias foram coletadas amostras indeformadas na pista com sonda rotativa para
na extração dos corpos de prova imposta pela ação da borracha na mistura que literalmente
revelou uma mistura um pouco mais porosa que o previsto, uma vez que o índice de vazios
médio na pista foi superior a 8%. Com relação a estabilidade Marshall, o valor encontrado foi
trecho experimental.
5.3.3 Implementações
- Para que o índice de vazios fique inferior a 5%, há a necessidade que o teor de
vantagens tanto do aspecto ecológico quanto às melhorias que pode causar ao pavimento,
estabelecido para o período de 2003 a 2007. A figura 5.14 apresenta a via BR 386 após a
serve como alternativa as BRs 101 e 280, que está trazendo novo impulso ao turismo Rural da
Região. O prazo de contrato estabelecido para a conclusão da obra é de 780 dias (ainda está
Conhecida popularmente como Rodovia do Arroz, este trecho da SC 413, está sendo
executado com o asfalto ecológico, como uma forma de experimentar a sua utilização,
remoção de solo em alguns locais, devido ao fato que, o material que havia no local não
possuía capacidade de suporte suficiente para atender a demanda local. A figura 5.15 ilustra
experimentais que a GRECA Asfaltos vem realizando por todo o país. As obras ainda estão
em fase de conclusão.
laboratório, cujos materiais (pedras, areia, CAP), foram os mesmos utilizados na execução da
Rodovia SC 413, sendo os resultados encontrados, bem semelhantes aos executados na via.
TRADICIONAL.
moldados corpos de prova pelo processo Marshall, para uma granulometria estabelecida, a
fim de que os traços das misturas estivessem dentro da faixa C estabelecida pelo DEINFRA /
SC.
que é a norma estadual que faz as especificações gerais para as camadas de misturas asfálticas
usinadas a quente com asfalto borracha, e o traço da mistura asfalto tradicional obedeceu à
enquadradas dentro da faixa C da norma estabelecida pelo DEINFRA. Para que isso
utilizada foi areia fina, obtida do Comércio e Mineração Veiga, e o fíller utilizado foi o CH-1,
dentro da faixa estabelecida pelo DEINFRA, optou-se por utilizar na composição da mistura:
87
Brita 2: 10%
Brita 0: 28%
Pó de Brita: 54%
Areia: 7%
Cal: 1%
Optou-se pela adição de areia aos traços para suprir a necessidade de material das
peneiras 80 e 40, e Filler para suprir a necessidade de material da peneira 200 e também como
anteriormente:
O ligante asfáltico utilizado para o ensaio foi o ECOFLEX B, produzido pela GRECA
apropriado, por via úmida. Para o ligante utilizado, a porcentagem de borracha adicionada
B Ligante
Ensaios Unidade Norma Requisito DEINFRA
GRECA Analisado
Viscosidade Mínimo 1000 800
cP ASTM D 2196 1523
Brookfield, 175° C Máximo 2000 2500
ASTM D5 (GRECA)
Penetração (100 g, Mínimo 25 25
1/10 mm DNER-ME 006/94 51,20
5 s, 25º C) Máximo 75 75
(DEINFRA)
ASTM D36(GRECA)
Ponto de
ºC Mínimo 54 55 55,60
amolecimento ABNT-NBR 6560/00
(DEINFRA)
ASTM D93 (GRECA)
Ponto de fulgor ºC Mínimo 235 235 241,4
DNER-ME 148/94
(DEINFRA)
DNER – ME
382/99(GRECA)
Recuperação
Mínimo 45 50 66,67
Elástica por torção
NLT 329/91
(DEINFRA)
Obs: O ligante utilizado obedece às especificações da GRECA asfaltos. As
em vista que, o ligante está sendo utilizado no estado de Santa Catarina, e é o DEINFRA o
O ligante asfáltico utilizado foi o Cimento Asfáltico 50/70, produzido pela Petrobrás Petróleo
Ligante
Ensaios Unidade Norma Requisito DEINFRA ASTM
Analisado
Viscosidade
Mínimo
Brookfield, 135ºC cP D 4402 (ASTM ) 274 274 329
20RPM
Viscosidade Mínimo
cP D 4402 (ASTM) 112 112 181
Brookfield, 150ºC
Viscosidade
Mínimo 57 57
Brookfield, 177ºC D 4402 (ASTM) 70
285 285
20RPM
DNER-ME
006/94
Penetração (100 g, (DEINFRA) Mínimo 25 50
1/10 mm 53
5 s, 25º C) Máximo 75 70
D 5 (ASTM E
DEINFRA)
ABNT-NBR
6560/00
Ponto de (DEINFRA)
ºC Mínimo 55 ou 46 46 48,8
amolecimento
D6 (ASTM E
DEINFRA)
NBR 11341
(DEINFRA)
Ponto de fulgor ºC Mínimo 235 235 270
D92 (ASTM E
DEINFRA)
90
Viscosidade
D 2196 ( ASTM E
Saybolt Furol a cP Mínimo 141 141 169
DEINFRA)
135° C
Viscosidade
E 102 (ASTM E Mínimo 30 30
Saybolt Furol, cP 37,7
DEINFRA) Máximo 150 150
150ºC
DEINFRA constam apenas para comparação de resultados obtidos, tendo-se em vista que, o
ligante está sendo utilizado no estado de Santa Catarina, e é o DEINFRA o órgão estadual
Biocombustíveis (ANP).
como todas as demais comparações que serão realizadas entre as misturas asfálticas, as
norma do DEINFRA já citada anteriormente. A mistura para confecção dos corpos de prova
aquecidos a uma temperatura média de 175ºC, e o ligante a uma temperatura média de 170ºC.
91
o ligante. Supondo-se que, a mistura estudada seria integrante de uma camada de rolamento,
sujeita a um tráfego pesado, a moldagem dos corpos de prova foi realizada mediante a
5,0%, 5,5%, 6,0% e 6,5%. Todos os corpos de prova possuem o peso final de 1200g. Os
agregados foram aquecidos a uma temperatura média de 145ºC, e o ligante a uma temperatura
média de 155ºC.
o ligante. A mesma hipótese que se fez anteriormente para a mistura asfáltica modificada por
borracha, se considerou para a mistura asfáltica tradicional, ou seja, que esta seria integrante
de uma camada de rolamento, sujeita a um tráfego pesado, para isso a moldagem dos corpos
de prova foram realizados mediante a aplicação de 75 golpes por face com soquete Marshall
(DEINFRA-SC-SP 05/92). Foram moldados quinze corpos de prova, para os mesmos cinco
possuem o peso final de 1200g. Os dados mais detalhados podem ser extraídos da tabela em
anexo. A montagem dos corpos de prova é ilustrada a seguir nas figuras 6.3, 6.4 e 6.5.
92
Figura 6.5 - Mistura sendo posta no cilindro e aplicação dos 75 golpes em cada face do cp
93
equivale a 63,4%, que é a média do resultado dos três ensaios. A análise granulométrica foi
A mistura de agregados, areia e filler foram separados para efeito da determinação das
A partir desses dados, podem-se encontrar as densidades (real, média e aparente) dos
agregados. A média aritmética das três densidades foi tomada para efeito do cálculo da
Vv = ((D-d) / D) x 100
Vv = Volume de vazios, em %;
ensaio DNER-ME 117-94. Os resultados obtidos para a densidade aparente foram extraídos
da seguinte fórmula:
d = (ma) / V
método de ensaio.
mistura densa convencional, acaba tornando-se difícil avaliar a fluência da mistura por meio
do ensaio Marshall.
O ensaio foi realizado obedecendo-se à norma DNER-ME 43/95. Para a obtenção dos
minutos de imersão a 60ºC. Para cada mistura (teor de ligante), foi rompido um corpo de
prova. Tais valores, bem como a composição de cada mistura encontram-se resumidos em
quadros anexos. A partir dos resultados médios de estabilidade e fluência, foram calculados os
95
Figura 6.6 – Imersão dos corpos de prova a 60ºC e realização do ensaio de estabilidade e Fluência Marshall
Este ensaio foi realizado, com o corpo de prova é mantido a 25ºC (temperatura
ambiente). Para cada mistura (teor de ligante), foram rompidos dois corpos de prova.
Os valores médios em questão (média dos dois corpos de prova), bem como a
Figura6.7 – Corpos de prova a temperatura ambiente 25º e rompimento por compressão diametral
Para a obtenção do teor ótimo das misturas, foi adotado o método estabelecido pelo
DEINFRA.
aparente. Após obtidos tais valores, é realizada a média dos mesmos, e o valor encontrado
- Para a relação betume/vazios de 76% (média dos dois extremos estabelecidos por
5,58%;
O teor ótimo do ligante nada mais é do que: 5,64 + 5,45 + 5,36 + 5,58 +5,0
5
desse valor encontrado, nos mesmos gráficos, encontram-se os valores necessários à análise
1432 kgf, que está dentro dos parâmetros estabelecidos por norma (Estabilidade mínima de
800kgf);
- Fluência: Para o teor de ligante ótimo encontrado, tem-se uma fluência de 13,23
polegadas, a especificação do DEINFRA estabelece que este valor deverá estar entre 8 a 16
(0,01”), portanto o valor encontrado está dentro dos parâmetros estabelecidos pela norma.
porcentagem de vazios de 4,1%, estando dentro dos parâmetros estabelecidos por norma
(Entre 3% a 5%);
- Relação betume / vazios: Para o teor ótimo de ligante encontrado, tem-se uma
relação de betume/vazios igual a 78,32%, estando dentro dos parâmetros estabelecidos por
R= (2F)/(100.π.D.H)
F= Carga de Ruptura, em N;
Para o valor do teor de ligante asfáltico encontrado, tem-se uma estabilidade de 1432
kgf ou 14033,6 N, o diâmetro do corpo de prova é de 10,10 cm e sua altura igual a 6,35 cm.
valores aceitáveis estão entre 0,60 Mpa a 1,10 Mpa. Porém, o Engenheiro responsável pelas
especificações do DEINFRA, informou que a norma está sendo adaptada, e passará a ter
apenas o valor mínimo exigido (0,60 Mpa) assim como o DER/PR. De acordo com a
- Para a relação betume/vazios de 76% (média dos dois extremos estabelecidos por
5,45%;
O teor ótimo do ligante nada mais é do que: 5,47 + 5,45 + 5,40 + 5,45 + 5,0
5
desse valor encontrado, nos mesmos gráficos, encontram-se os valores necessários à análise
1215 kgf, que está dentro dos parâmetros estabelecidos por norma (Estabilidade mínima de
800kgf);
- Fluência: Para o teor de ligante ótimo encontrado, tem-se uma fluência de 13,46
polegadas, a especificação do DEINFRA estabelece que este valor deverá estar entre 8 a 16
(0,01”), portanto o valor encontrado está dentro dos parâmetros estabelecidos pela norma.
Porcentagem de vazios: Para o teor ótimo de ligante encontrado, tem-se uma porcentagem de
vazios de 3,93%, estando dentro dos parâmetros estabelecidos por norma (Entre 3% a 5%);
- Relação betume / vazios: Para o teor ótimo de ligante encontrado, tem-se uma
relação de betume/vazios igual a 77,77%, estando dentro dos parâmetros estabelecidos por
R= (2F)/(100.π.D.H)
F= Carga de Ruptura, em N;
Para o valor do teor de ligante asfáltico encontrado, tem-se uma estabilidade de 1220
kgf ou 11956 N, o diâmetro do corpo de prova é de 10,10 cm e sua altura igual a 6,35 cm.
valores aceitáveis estão entre 0,60 Mpa a 1,10 Mpa. Porém, o Engenheiro responsável pelas
especificações do DEINFRA, informou que a norma está sendo adaptada, e passará a ter
apenas o valor mínimo exigido (0,60 Mpa) assim como o DER/PR. De acordo com a
realizadas algumas análises, para que se possa provar a viabilidade da mistura asfáltica
Van Doormaal, que segundo as especificações brasileiras pode variar de -1,5 a +1,0,
indicando a seguinte tendência: valores maiores que +1,0 indicam asfaltos pouco sensíveis a
menores que -1,0, indicam asfaltos muito sensíveis a elevadas temperaturas, ou seja,
Onde:
1,36;
de 0,17.
baixas quanto a altas temperaturas são melhores quando comparados com pavimentos
(SALTER e MAT, citado por ODA, 2002), o que significa um aumento da resistência ao
acúmulo de deformação permanente nas trilhas de roda. Para o caso em análise, temos um
ponto de amolecimento de 6,8ºC maior para o ligante modificado por borracha em relação ao
ligante 50/70, ou seja, o ligante modificado oferece maior resistência a deformações que o
houve uma diferença de 1,8 (0,1mm), ou seja, o ligante 50/70 é menos consistente que o
ligante ECFLEX B.
Brookfield mede a viscosidade dos cimentos asfálticos a altas temperaturas, sendo importante
Fluência: É a deformação sob uma carga constante (tráfego de veículos), que revela a
Para as misturas asfálticas analisadas, com relação nos dados obtidos em laboratório,
encontramos que, o asfalto tradicional apresenta com relação ao asfalto modificado 0,1mm a
103
mais de deformação quando submetidos à carga máxima que cada mistura resiste. Porém,
quando se analisa a carga máxima que cada mistura asfáltica suporta, obtem-se que, a mistura
asfáltica modificada pela adição de borracha rompe a 212 kgf a mais que a mistura asfáltica
tradicional, ou seja, o asfalto borracha suporta mais carga e sofre menor deformação.
absorção do ruído. A mistura asfáltica com borracha estudada apresenta 0,17% a mais de
resistência à tração realizada através da compressão diametral do corpo de prova. Através dos
resultados obtidos, constatou-se que, a mistura asfáltica modificada por borracha, mesmo
submetida a uma carga de ruptura maior que a mistura asfáltica tradicional suporta, ainda
apresenta uma resistência à tração por compressão diametral 0,2 Mpa superior a apresentada
GRECA ASFALTOS),
Foi realizado um estudo de caso que foi fornecido ao Órgão Estadual responsável pela
obra da Rodovia SC 413 trecho Vila-Nova / Guaramirim, realizado pela GRECA Asfaltos, à
O cálculo da quantidade de mistura asfálitca para cada uma das misturas asfálticas
modificada pela adição de borracha, e suponde-se uma condição ideal, de uma usina que
produza 8000 ton/mês, tem-se que, a mistura asfáltica modificada por borracha será aplicada
em quatro meses, enquanto que, a mistura tradicional será aplicada em apenas três meses, ou
seja, isso representa uma redução de custo de um mês para a mistura asfáltica modificada por
Realizando-se uma análise de custos, sem considerar o fator tempo, tem-se que,ao
aplicar em uma extensão de 30 Km, com uma faixa de 7m, e as espessuras estabelecidas
de R$ 541.925,00. Isto significa uma economia igual a 13,2% do valor gasto para a mistura
asfáltica tradicional.
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CONCLUSÃO
ambiente;
estudos mais apurados para avaliar o seu comportamento ao longo do tempo, determinando a
tanto por parte das iniciativas públicas quanto privadas, que estão habituadas na utilização do
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REZENDE, Dener Marcelo Linhares, etc al. Avaliação do asfalto borracha através de
ensaios de caracterização de materiais asfálticos para pavimentação. Maringá, PR.
SENÇO, Wlastermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação. 1ª ed. São Paulo: PINI,
1997.
SEVERO, Luis Eduardo Paiva, etc al. Trecho experimental de asfalto borracha na rodovia
BR/116: Monitoramento e análise do desempenho. Campinas,SP, 2003.
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