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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus Ponta Grossa

Disciplina: Análise e Simulação de Processos

Nome: José Salvador Napoli RA: 1923552


Nome: Stephany Brandino RA: 1925059

TAREFA 4 - EVAPORADOR

Projete um sistema de evaporação, no estado estacionário, conforme o


modelo acima. Lembre-se que no estado estacionário as derivadas no tempo
são zero.
Simule o comportamento dinâmico dos sistemas, para variações nas
condições de alimentação.

Histórico do evaporador

A evaporação é uma operação unitária que consiste na concentração de


uma solução por meio da evaporação de um solvente. É considerada uma das
operações unitárias mais antigas e possui uma vasta aplicação em processos
industriais.
Os evaporadores podem ser separados de acordo com a quantidade de
corpos onde ocorre a ebulição a uma mesma temperatura, podendo ser de
simples efeito ou múltiplos efeitos. No evaporador de simples efeito o vapor
gerado no processo de evaporação é descartado ou utilizado em outros
processos que não sejam a evaporação, enquanto nos de múltiplo efeito, o
vapor gerado em um estágio é utilizado para o aquecimento do próximo estágio
com ebulição a uma pressão mais baixa.
A figura 1 representa esquematicamente um evaporador de simples
efeito constituído por um tanque onde há a entrada do líquido e ocorre o
aquecimento por meio da alimentação de vapor na serpentina. O vapor de
solvente sai no topo do evaporador enquanto que o líquido concentrado é
recolhido na base.

Figura 1 – Esquema de um evaporador simples

Fonte: Descrição de evaporador

A figura 2 representa o sistema adotado para a simulação.

Figura 2 – Esquematização do sistema de evaporação para a simulação

Fonte: Autoria própria.


Supondo que se deseja concentrar uma solução de hidróxido de sódio
(NaOH) utilizando o evaporador ilustrado acima, vamos simular o
comportamento deste sistema para as variáveis vazão de alimentação,
temperatura, volume e vazão de vapor. Os dados utilizados para esta
simulação, no estado estacionário, encontram-se na tabela abaixo.

Quadro 1 – Valores utilizados na simulação

Volume do evaporador 20 m3
Vazão do fluído na alimentação 0,5 m3/h
Temperatura do fluído na entrada 253 K
Densidade do fluído a ser evaporado 780 Kg/m3
Calor específico do fluído 2,48 KJ/Kg.K
Densidade do líquido 780 Kg/m3
Calor específico do líquido 2,94 KJ/Kg.K
Temperatura de saída do evaporado 472,995 K
Entalpia de vapor do fluído 850 KJ/Kg
Entalpia do líquido saturado 109 KJ/Kg
Densidade do evaporado 770 Kg/m3
Calor específico do evaporado 1,98 KJ/Kg.K
Vazão mássica de vapor 177,9 Kg/h
Entalpia de líquido saturado do vapor 419,17 KJ/Kg
Entalpia de vapor saturado 2675,57 KJ/Kg
Fonte: Autoria própria (2022)

Com os dados da tabela acima, o programa nos fornece os dados


contidos nos gráficos abaixo para as condições de simulação no estado
estacionário.
Figura 3 – Simulação Evaporador no estado estacionário

Fonte: Autoria própria (2022)

Como podemos observar pelos gráficos, a vazão de alimentação e o


volume se mantêm constante ao longo do tempo de simulação. A temperatura
tem um leve aumento sendo estabilizada em 473 K assim como a vazão de
vapor na serpentina tem uma leve queda para manter os valores de
temperatura estabelecidos no setpoint.

Agora faremos uma simulação para um distúrbio na vazão de entrada do


fluido, onde ao invés de entrar 0,5 m3 /h estará entrando 0,8 m3 /h.
Figura 4 – Simulação evaporador com distúrbio

Fonte: Autoria Própria

Podemos observar que no início, há um pequeno aumento no volume do


sistema que rapidamente é estabilizada. Ao aumentar a temperatura podemos
observar um aumento na vazão de vapor na serpentina, que em pouco tempo
estabiliza, comprovando a eficácia dos controladores implementados.

PROGRAMA UTILIZADO

%Análise e Simulação de Processos

# José Salvador Napoli

# Stephany Brandino

% Evaporador

clear all

% DIMENSÕES DO EVAPORADOR

V = 20; # m3 (volume do evaporador)

%.CONDIÇÕES INICIAIS
F0 = 0.5; # m3/h (vazão do fluido na alimentação)

T0 = 253; # K (Temperatura do fluido na entrada)

ro = 780; # kg/m3 (densidade do fluido a ser evaporado)

cp = 2.48; # kJ/kg K (calor específico do fluido)

roL = 780; # kg/m3 (densidade do líquido)

cpL = 2.94; # kJ/kg K (calor específico do fluido)

%CONDIÇÕES DE SAÍDA

Fevap=0.5;

Tevap = 472.995; # K (temperatura de saída do evaporado)

hv = 850; # kJ/ kg (entalpia de vapor)

hl = 109; # kJ/kg (entalpia de líquido saturado)

rov = 770; # kg/m3 (densidade do evaporado)

cpv = 1.98; # kJ/ kg K (calor específico do evaporado)

%SERPENTINA

mvap = 177.9; # kg/h (vazão mássica de vapor - entrada do evaporador)

hlvap = 419.17; # kJ/kg (entalpia de líquido saturado do vapor)

hvvap = 2675.57; # kJ/kg (entalpia de vapor saturado)

%CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

Tset = 472.995; # K (temperatura set point)

Vset = 20; # m3 (volume set point)

mvaperrozero = mvap; # vazão mássica de vapor quando o erro é zero

Ferrozero = F0; # vazão volumétrica quando o erro é zero


%CONSTANTES DO CONTROLADOR DA VAZÃO DE SAÍDA

Kf = 100;

Tau_df = 0.001;

Tau_if = 0.005;

%VALORES INICIAIS DOS CONTROLADORES

intPIDf = 0;

erro1Vf = 0;

erro2Vf = erro1Vf;

% CONSTANTES DO CONTROLADOR DA SERPENTINA

Ks = 85;

%Tau_ds = 0;

%Tau_is = 0.5;

% VALORES INICIAIS DOS CONTROLADORES

intPIDs = 0;

erro1T = 0;

erro2T = erro1T;

VT=V*Tevap;

%SIMULAÇÃO

tempo_simulacao = 1; #h (tempo de simulação)

dt = 0.001; #h (passo de tempo para a simulação)

erro1=1e-1;

tempo = 0;

i=1;
VT=V*Tevap;

%alfa=(Q -(F0*ro*(Tset - T0))/Q);

%Fevap = (alfa*Q)/(rov*cpL);

% INÍCIO DO LOOP

while (tempo <= tempo_simulacao)

% CONTROLADOR PID NO VOLUME

% A INTEGRAL DO PID

intPIDf = intPIDf + (Vset-V)*dt;

% A DERIVADA DO PID

derPIDf = (erro2Vf-erro1Vf)/dt;

erro1Vf = erro2Vf;

% A PARTE PROPORCIONAL DO PID

proPIDf = (Vset-V);

% A EQUAÇÃO DO PID

F0 = Ferrozero + Kf*proPIDf + Kf*Tau_df*derPIDf + (Kf/Tau_if)*intPIDf;

% CONTROLADOR PID TEMPERATURA

% A INTEGRAL DO PID

intPIDs = intPIDs + (Tset-Tevap)*dt;

% A DERIVADA DO PID

derPIDs = (erro2T-erro1T)/dt;
erro1T = erro2T;

% A PARTE PROPORCIONAL DO PID

proPIDs = (Tset-Tevap);

% A EQUAÇÃO DO PID

mvap = mvaperrozero + Ks*proPIDs; %+ Ks*Tau_ds*derPIDs +


(Ks/Tau_is)*intPIDs;

% CALCULANDO AS DERIVADAS

dVdt = F0 - Fevap;

dVTdt = ((F0*ro*cp*T0) + mvap*(hvvap-hlvap) - (Fevap*rov*cpv*Tevap) -


(Fevap*rov*(hv-hl)))/(roL*cpL);

% CALCULANDO AS VARIÁVEIS

V = V+dVdt*dt;

VT = VT+dVTdt*dt;

if abs(dVTdt)>= erro1

Tevap=VT/V;

else

Tevap=Tevap;

endif

erro2Vf = Vset - V;

erro2T = Tset-Tevap;

% PLOTANDO OS GRÁFICOS

tempoV(i) = tempo;

TevapV(i) = Tevap;
VV(i) = V;

F0V(i) = F0;

mvapV(i) = mvap;

i=i+1;

tempo = tempo + dt;

endwhile

% PLOTANDO OS GRÁFICOS

subplot(2,2,1); plot(tempoV,TevapV,'.');xlabel('tempo');ylabel('Temperatura');
hold on;

subplot(2,2,2); plot(tempoV,VV,'.'); xlabel('tempo');ylabel('Volume');

hold on;

subplot(2,2,3); plot(tempoV,F0V,'.'); xlabel('tempo');ylabel('vazão de


alimentação');

hold on;

subplot(2,2,4); plot(tempoV,mvapV,'.'); xlabel('tempo');ylabel('vazão de vapor');

hold on;

REFERÊNCIAS
SILVA, A. C. Operações Unitárias: Cálculo de Evaporador Simples Efeito.
Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5437370/mod_resource/content/2/
Exerc%C3%ADci os%20Evapora%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em 03 de
Junho de 2022.

SANTOS, A. V. L dos. PROJETO E OTIMIZAÇÃO DE UM EVAPORADOR,


2015. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Engenharia
Química) – Universidade Federal de Alfenas, Poços de Caldas, 2015.

MATOS, Everton M. Apostila: Análise e Simulação de Processos, 2022.

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