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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Câmpus: Ponta Grossa

Disciplina: Análise e Simulação de Processos

Nome: José Salvador Napoli RA:

Nome: Stephany Brandino RA: 1925059

TAREFA 2: REATOR TUBULAR ESTACIONÁRIO

Aplicar o programa de simulação de Reator tubular encamisado às suas próprias


condições de operação e dimensionamento, fazendo um estudo da influência do
dimensionamento e das condições de operação no comportamento térmico e cinético
do sistema encamisado. Justifique detalhadamente a resposta do sistema para cada
condição simulada. Fazer simulações, abrangendo mudanças na vazão de entrada (no
reator e na camisa), temperatura de entrada (no reator e na camisa), comprimento,
raio do reator e da camisa e tipo de reação.

Contextualização – Reator tubular estacionário.

Reatores tubulares são amplamente utilizados dentro de indústrias. São


reatores onde os reagentes são bombeados através de uma tubulação e a reação
química ocorre à medida que os reagentes percorrem o comprimento do reator. São
comumente utilizados para promover reações em fase gasosa e geralmente são
operados em regime estacionário.

Quando fazemos a modelagem de um reator tipo PFR assumimos que a


concentração varia continuamente na direção axial do reator, consequentemente a
velocidade de reação também varia axialmente (exceto para reações de ordem zero).
À medida que os reagentes percorrem o reator suas concentrações decrescem
enquanto a concentração dos produtos aumenta.

Por meio de simulações computacionais, é possível fazer a análise do


comportamento do sistema composto por um reator tubular estacionário quando se
alteram variáveis como vazão, temperatura inicial e dimensões deste reator. Mesmo
que as modelagens sejam realizadas no estado estacionário, utiliza-se equações
diferenciais porque as variáveis deste sistema (vazão, temperatura, conversões) variam
com o volume do reator.
Desejamos realizar uma reação de decomposição térmica em duas etapas, em
um reator tubular estacionário. Para este tipo de reação, um dos exemplos mais
comuns é a formação da cal-hidratada (hidróxido de cálcio).

A primeira das duas reações ocorre em altas temperaturas, porém, para


analisarmos esta reação iremos utilizar temperaturas mais baixas. Na tabela abaixo
estará os dados referentes a dimensão do reator e dos reagentes para a primeira
simulação.

Tabela 1 – Dados do reator e da reação

Temperatura na entrada 573,15 ºR


Vazão de entrada 1,5 ft3/h
Calor específico fluido reativo 0,27 BTU /(lbºR)
Densidade do fluído 168,55 lb/ft3
Δh1 76449,00 BTU/lbmol
Δh2 27384,63 BTU/lbmol
Temperatura ambiente 536 ºR
Ca 0,45 lb mol/ft3
Comprimento do tubo 265 ft
Área 0,125 ft2
Raio 0,2 ft
Fonte: Autoria própria

Para os valores fornecidos na tabela acima, chegamos ao resultado do valor abaixo:


Gráfico 1 – Reator tubular utilizando os dados fornecidos na tabela 1.

Fonte: Autoria própria (2022)

Estes foram os resultados obtidos no início do programa, agora iremos simular de


acordo com a variação das vazões. Os valores de vazão serão os seguintes: 0,5 ft3/h,
1,5 e 2,5, os valores encontrados estarão representados pelas curvas amarela, azul e
laranja, respectivamente.

Gráfico 2 – Simulação para diferentes vazões.

Fonte: Autoria própria (2022)


Agora, será simulado o programa alterando os valores de temperatura do sistema, mas
a vazão que no gráfico anterior estava alterando, agora será fixada em 0,5 ft3/h e os
valores de temperatura serão: 543,15 ºR, 573,15 ºR e 673,15 ºR, sendo definidos pelas
cores laranja, azul e amarelo.

Gráfico 3 – Simulação para diferentes temperaturas

Fonte: Autoria própria (2022)

O próximo passo será analisar a influência da variação de comprimento no sistema. E o


gráfico será plotado utilizando as seguintes informações: 0,5 ft3/h (vazão), 100 ft
(comprimento) e 573,15 ºR (temperatura).
Grafico 4 – Simulação para 100 ft de comprimento.

Fonte: Autoria própria (2022)

No próximo gráfico, o valor será alterado para 265 ft.

Gráfico 5 – Simulação para 265 ft de comprimento.

Fonte: Autoria própria (2022)


Para este próximo gráfico, iremos ajustar o valor de comprimento para 500 ft. Sendo
assim, obtemos os seguintes resultados:

Gráfico 6 – Simulação para 500 ft de comprimento.

Fonte: Autoria própria (2022)

ANALISE DOS RESULTADOS

Gráficos obtidos com diferentes vazões:

Para esta simulação, foram utilizados 3 vazões diferentes, 0,5 ft3/h (linha amarela), 1,5
ft3/h (linha azul) e 2,5 ft3/h (linha laranja). Desta forma, podemos observar a
influência que a vazão tem sobre a concentração, pois ao aumentarmos a vazão de
entrada, como é o caso da curva laranja, as concentrações de “b” e “c” diminuem
consideravelmente em relação ao valor inicial.

O contrário é observável quando diminuímos a vazão de entrada, representado pela


curva amarela, onde a concentração de “a” diminui conforme o reagente percorre o
comprimento do reator. Observa-se também que a concentração de “b” aumenta nos
100 primeiros pés do reator e depois começa a diminuir devido ao consumo para a
formação de “c”.
Gráficos obtidos com diferentes temperaturas:

Analisando os resultados obtidos da simulação, podemos observar quando diminuímos


o valor da temperatura (curva laranja), existe uma variação pequena em relação a
temperatura inicial, sendo o valor muito abaixo quando comparado os valores obtidos
quando se aumentou a temperatura inicial. Ao aumentar a temperatura, pode-se
perceber também uma leve redução do reagente “a”, a concentração do reagente “b”
da segunda reação também começa a diminuir a partir do valor de 70 pés, ao passo
que o produto “c” tem uma formação mais rápida.

Em todos os gráficos de temperatura pode-se perceber que mesmo que se aumente a


temperatura, é atingido o valor de equilíbrio aproximadamente no valor da
temperatura ambiente, pois o reator não possui uma camisa de aquecimento ou de
resfriamento, tendendo a se igualar a temperatura do exterior.

Gráficos obtidos com diferentes dimensões dos reatores:

Inicialmente, o comprimento é de 265 ft de comprimento, depois será alterado para


100 ft e 500 ft. Ao aumentarmos o comprimento do reator, pode-se perceber que a
concentração do reagente “a” diminui consideravelmente, ao passo que a
concentração de “b” cresce até o comprimento de 150 pés, ao atingir este ponto,
começa a diminuir a medida que o reagente “a” é consumido.

No produto “c” percebe-se o crescimento até os 400 pés e depois é observável sua
estabilização. Sendo assim, quanto maior o comprimento do reator tubular, maior é o
tempo de residência e sua conversão. De forma análoga, reatores menores, tendem a
entregar menores conversões, sendo necessário mais reagente para obter ao fim a
quantidade de produto desejada.

PROGRAMA UTILIZADO PARA AS SIMULAÇÕES

%ANALISE E SIMULAÇÃO DE PROCESSOS

#José Salvador Napoli

# Stephany Brandino

#Reação de formação do hidróxido de cálcio

%CONDIÇÕES INICIAIS DE OPERAÇÃO


clear xV;

clear CaV;

clear CbV;

clear CcV;

clear TV;

% VAZAO ENTRADA

F= 0.5; #ft3/h

% ALIMENTACAO NA ENTRADA

T=573.15;

Ca=0.45; % lb mol/ft3

Cb=0.0; % lb mol/ft3

Cc=0.0; % lb mol/ft3

% SECCAO RETA

A=0.125; % ft2

Rt=0.2; % Raio do tubo ft

U=10; % BTU/(h ft2 ?R)

Tamb=536; % Temperatura ambiente (°R)

% PROPRIEDADES DO FLUIDO REATIVO

cp=0.27; % BTU/(lb °R)

ro=168.55; % lb/ft3

% Calor de reacao

deltaH1=76449; # %BTU/lb mol de A

deltaH2=27384.63 ; %BTU/lb mol de A

% CONSTANTE DE ARRENIUS
Aa=7.08e10; % fator pre-exponencial 1/h

Ea=30000; % energia de ativação BTU/lb mol

Ra=1.99; % constante dos gases BTU/(lb mol ?R)

% PASSO DE COMPRIMENTO DAS EQUACOES DIFERENCIAIS

dx=0.05; % h

% COMPRIMENTO

L=500; % ft

% INICIO DO LOOP

i=1;

x=0;

while (x<=L)

% K DA REACAO

k1=(Aa)*exp(-Ea/(Ra*T));

k2=0.85*k1;

% CALCULANDO AS DERIVADAS

dCadx=-(A/F)*(k1*Ca);

dCbdx=(A/F)*(k1*Ca-k2*Cb);

dCcdx=(A/F)*k2*Cb;

dTdx=-deltaH1*A*k1*Ca/(F*ro*cp)-deltaH2*A*k2*Cb/(F*ro*cp)- (
(2*3.1416*U*Rt)/(F*ro*cp) ) * (T-Tamb);

% CALCULANDO AS VARIAVEIS

Ca=Ca+dCadx*dx;

Cb=Cb+dCbdx*dx;

Cc=Cc+dCcdx*dx;
T=T+dTdx*dx;

xV(i)=x;

CaV(i)=Ca;

CbV(i)=Cb;

CcV(i)=Cc;

TV(i)=T;

i=i+1;

x = x + dx;

end

% PLOTANDO OS GRAFICOS

subplot(2,2,1); plot(xV,CaV,'.');xlabel('x');ylabel('Ca'); hold on;

subplot(2,2,2); plot(xV,CbV,'.');xlabel('x');ylabel('Cb'); hold on;

subplot(2,2,3); plot(xV,CcV,'.');xlabel('x');ylabel('Cc'); hold on;

subplot(2,2,4); plot(xV,TV,'.');xlabel('x');ylabel('T'); hold on;


REFERÊNCIA

PIRES, João F. de M. MARTINS, Daiane. COELHO, Filipe A. Construção de reatores contínuos:


tanque agitado e reator tubular para avaliação de desempenho na reação de saponificação do
acetato de etila. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, Ed. 10, Vol. 02,
p. 176-200, out. 2019. ISSN: 2448-0959.

Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-


de-reatores. Acesso em: 10 de Junho de 2022

SCHULTZ, Guilhermina. et al. Modelagem e simulação dos reatores químicos BR e PFR no


EMSO e GNU Octave. ENCICLOPÉDIA BIOESFERA, Goiânia, v. 10, n. 18, p. 3736, 2014.
Disponível em:
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2014a/ENGENHARIAS/MODELAGEM.pdf

Acesso em: 20 out. 2021.

MATOS, Everton M. Apostila: Análise e Simulação de Processos, 2021

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