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PROJETO DE INSTALAÇÕES

HIDROSSANITÁRIAS
Técnico Integrado em Edificações
3º ANO

MÁQUINAS HIDRÁULICAS (PARTE 3)

PROF. PEDRO LAUAR


pedro.lauar@ifmg.edu.br
5.6. POTÊNCIA NECESSÁRIA AO
SEU FUNCIONAMENTO DA
BOMBA
5.6.6. Potência necessária ao funcionamento da bomba (Pot)

QH m
Pot  (cv)
75

0,735QH m
Pot  (Kw)
75
Q em m3/s
em kgf/m3
Hm em m
ŋ é o rendimento do
conjunto motobomba 2
5.6. POTÊNCIA NECESSÁRIA AO
SEU FUNCIONAMENTO DA
BOMBA
5.6.6. Potência necessária ao funcionamento da bomba (Pot)

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5.6. POTÊNCIA NECESSÁRIA AO
SEU FUNCIONAMENTO DA
BOMBA
5.6.6. Potência necessária ao funcionamento da bomba (Pot)

Os motores elétricos comerciais existentes têm as potências (cv) a


seguir. Adota-se o imediatamente acima ao calculado.

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5.7. VERIFICAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO
• Cavitação: formação de cavidades no rotor da bomba, devido ao
abaixamento da pressão até a pressão de vapor do líquido (em uma
dada temperatura)

• Se pabs ≤ pvapor: parte do líquido se vaporiza

• Esta situação é indesejável no sistema.

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5.7. VERIFICAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO
Calcula-se Net Positive Suction Head disponível (NPSHd), em m.

Sendo:

pressão atmosférica absoluta atuante (m)

: pressão de vapor da água a certa temperatura (m)

: altura de sucção (m). Se bomba não afogada, Hs é positivo; se afogada, Hs


é negativo.

: perda de carga total na sucção (m)


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5.7. VERIFICAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO
A carga de pressão atmosférica depende da altitude do local e pode
ser calculada pela fórmula a seguir ou obtida pela tabela:

Sendo:

: altitute (m)

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5.7. VERIFICAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO
A carga de pressão de vapor depende da temperatura média local e
pode ser obtida pela tabela a seguir. Obs: caso a temperatura não
esteja na tabela, é necessário interpolar.

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5.7. VERIFICAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO
Em seguida, obtém-se o Net Positive Suction Head requerido
(NPSHr) pelo manual do fabricante.

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5.7. VERIFICAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO

• Deve haver uma folga de 0,5 mca ou 20% entre o NPSHd e o NPSHr

• Alguns conservadores adotam folga de 1,5 mca ou 35% entre eles.

• Desta forma:

• Ou, na forma mais conservadora:

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5.7. VERIFICAÇÃO QUANTO À
OCORRÊNCIA DE CAVITAÇÃO
Ex: calcular NPSHd para uma instalação de recalque com uma bomba de
sucção positiva, com desnível de 2 m no trecho de sucção e ht,s = 5 m,
em uma cidade a 300 m de altitude, temperatura média de 15º C.
Verifique se ocorrerá cavitação, para NPSHr = 2,5 m.

1,2*NPSHr = 1,2*2,5 = 3 m
NPSHr + 0,5 = 3 m
Como ocorrerá cavitação. Pode-se aumentar o diâmetro na sucção ou
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diminuir a altura de sucção.


5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
A curva do sistema (das tubulações) é dada por:

Hm = Hg + k.Qn

Sendo:

n: expoente ao qual a vazão está elevado, de acordo com a fórmula


utilizada (se fórmula de Hazen-Willians, n = 1,852; se fórmula de Fair-
Whipple-Hsiao, para tubulações de PVC, conduzindo água fria, n = 1,75;
se fórmula universal, n = 2, etc)

Hm, Hg e Q, definidos no projeto, encontra-se o valor de k acima.

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
5.6.7. Seleção da bomba a partir do manual do fabricante

• Cruzar o par (Q;Hm) calculados no projeto ou no exercício e verificar


quais bombas atenderiam a esta solicitação;

• Ir às curvas da bombas escolhidas, marcar o par (Q;Hm) para


determinar o diâmetro do rotor e escolher qual delas possui o maior
rendimento;

• Na maioria das vezes, o par não coincidirá com as curvas existentes


no gráfico do fabricante;

• Para isso, traçar a equação do sistema, dada por Hm = Hg + k.Qn ou


por outras similares, a depender da equação de perda de carga
utilizada.
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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
5.6.7. Seleção da bomba a partir do manual do fabricante

• Plotar a curva do sistema junto ao gráfico do fabricante e pegar outro


ponto (Q;Hm) que intercepta a curva da bomba com diâmetro de
rotor imediatamente acima ao ponto (Q;Hm) calculado no projeto;

• A equação da bomba é quadrática, da forma:

Hm = A.Q2 + B.Q + C

• A partir deste ponto, verificar qual o diâmetro de rotor necessário,


NPSHr e potência, dados nos gráficos do fabricante, com os novos
valores de Q e Hm.

• Verificar novamente velocidade no recalque e na sucção para o


novo valor de Q encontrado. 14
5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
Exemplo de curvas de bombas:

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
Ex: calcule a equação do sistema para H = 50,0 m, H = 46,3 m e
m g
Q = 100 m³/h, considerando Equação Universal (n = 2). Em seguida,
encontre as bombas disponíveis no manual.

Hm = Hg + k.Q²

50 = 46,3 + k.100²

k = 0,00037

Logo:

Hm = Hg + k.Q²

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H = 46,3 + 0,00037.Q²
5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
• Para bomba de 3.500 rpm (rendimento cerca de
80,4%)

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
• Para bomba de 1.750 rpm (rendimento cerca de
71,0%)

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
• Bomba escolhida: 3.500 rpm (pelo critério do maior rendimento – 80,4%)

• Pontos aproximados obtidos no gráfico do fabricante:

Curva da bomba
Q (m³/h) Hm (m)
0 63
85 55
105 50

• Equação da bomba obtida no Excel:

Hm = - 0,0015.Q²+ 0,0321.Q + 63
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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
Ponto de interseção entre as duas curvas (Geogebra):

Q = 103,47 m³/s e Hm = 50,26 m

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA
• Marcar este ponto nas curvas do fabricante e obter NPSHr e Potência
e diâmetro do rotor. Para o exemplo:

NPSHr = 5 m

Pot = 23,5 hp

Pot = 23,5*(1/0,986) = 23,83 cv

Drotor = 174 mm

• Considerando uma folga de 10% para potências maiores que 20 cv,


tem-se: 1,1*23,83 = 26,21 cv → Adota-se comercial de 30 cv
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(imediatamente acima).
5.8. DETERMINAÇÃO DA
CURVA DO SISTEMA

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5.8. DETERMINAÇÃO DA CURVA DO
SISTEMA

Sugestão de vídeo-aula:

https://www.youtube.com/watch?v=7ZMV-aOeeW4&ab_channel=Trecos
deEngenharia

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