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Livro: Automação Hidráulica: Projetos, Dimensionamento e Análise de Circuitos

Autor: Eng. Arivelto Bustamante Fialho

Resumo dos dimensionamentos de sistemas hidráulicos

Capítulo 2 – Dimensionamento de Atuadores Hidráulicos Comerciais (págs. 44 à 59)

Basicamente, num primeiro momento devemos estimar a Pressão Nominal do


sistema e, a partir dela, calcular a Pressão de Trabalho utilizando uma Perda de Carga
estimada. Devemos, num momento seguinte, estimar a Força de Avanço do cilindro para
com ela calcularmos o Diâmetro Comercial Necessário do Pistão. Deve-se, então,
escolher (tabela do fabricante) um diâmetro comercial maior ou igual ao diâmetro
calculado. A partir desse diâmetro comercial de pistão escolhido, calculamos a Pressão
de Trabalho efetiva.
Após esses dados básicos levantados, ainda seguem-se os cálculos de:
• Dimensionamento da Haste pelo Critério de "Euler" para Deformação por
Flambagem;
• Área da Coroa;
• Tubo de Parada (Distanciador);
• Amortecedores de Fim de Curso;
• Velocidade dos Atuadores;
• Vazão dos Atuadores;
• Pressão Induzida.

Capítulo 3 – Dimensionamento de Bomba e de Motor Hidráulico (págs. 60 à 81)

Para dimensionar a bomba de um sistema hidráulico, basta que determinemos os


limites máximo e mínimo de vazão e buscar no catálogo do fornecedor a bomba que
satisfaça as necessidades, tendo uma vazão que seja no máximo igual ou menor que a
maior vazão calculada.
Qir ≥Q B >Qia

sendo que Qia =v a∗Ac e Qir =v r∗A p


onde:
v a é a velocidade de avanço do atuador;
A c é a área da coroa do cilindro hidráulico;
v r é a velocidade de retorno do atuador;
A p é a área do pistão comercial adotado.

Contudo, outro conjunto de dados ainda pode ajudar na escolha da bomba nos
catálogos dos fabricantes, e esses dados são obtidos pelo cálculo do tamanho nominal.

Cálculo do Tamanho Nominal


• Deslocamento (cilindrada):
1000∗Q B
V g=
n∗ηv
• Momento de torção absorvido:
Q B∗Δ P 9549∗N
M t= ou M t=
100∗ηmh n
• Potência absorvida:
Q B∗Δ P M ∗n
N= ou N= t
600∗ηt 9549

onde:
V g é o Volume de absorção [cm³/rotação]
M t é o Torque absorvido [N.m]
n é a Rotação [900 a 1800 RPM]
ηv é o Rendimento volumétrico [0,91 - 0,93]
ηmh é o Rendimento mecânico - hidráulico [0,82 - 0,97]
ηt é o Rendimento total [0,75 - 0,90] = ( ηmh∗ηv )
QB é a Vazão da Bomba [LPM]
N é a Potência absorvida [kW]

Exercício Exemplo:
Tabela 3.1 – Exemplo de tabela para seleção de bomba hidráulica (REXROTH).

Na sequência, o livro trás explicações acerca dos Tipos de Bombas (item 3.1.2),
Cuidados na Instalação de Bombas (item 3.1.3) e Sentido de Rotação (item 3.1.4).
O capítulo se encerra com a metodologia de dimensionamento de Motores
Hidráulicos (item 3.2).

Capítulo 4 – Dimensionamento das Tubulações e das Perdas de Carga (págs. 82 à


103)

Número de Reynolds
Osborne Reynolds, em 1883, demonstrou uma relação para condutos de seções
circulares, dada por:
v∗di
Re = ν
onde:
Re é o Número de Reynolds (adimensional);
v é a velocidade do fluido para a tubulação em questão;
di é o diâmetro interno da tubulação (em cm);
ν é a viscosidade do fluido em Stokes (St).

Limites de Escoamento
Em sistemas hidráulicos é extremamente importante que o fluido, quando em
movimento, desenvolva sempre um comportamento laminar, pois um comportamento
turbulento representa maior perda de carga no sistema, gerando assim maior
aquecimento nas tubulações devido aos elevados atritos internos.
Dimensionamento das Tubulações

Velocidades Recomendadas
A fim de obter a menor perda de carga possível e garantir um regime laminar no
escoamento do fluido, são aplicados alguns critérios empíricos amplamente indicados.
Um desses critérios é o da velocidade que supõe as seguintes condições:
• Comprimento da tubulação não superior a uma dezena de metros;
• Vazões compreendidas nos limites de 20 a 200 l/min;
• Variações moderadas de temperatura.

Cumpridas essas condições, podem ser utilizadas no projeto e dimensionamento


das tubulações as velocidades recomendadas na tabela seguinte.

Por interpolação é possível obter as velocidades para tubulação de pressão, para


pressões intermediárias no intervalo [20 - 200 bar], que não constem na tabela, ou utilizar
ainda a seguinte expressão:
1
( )
3,3
v =121,65· P
onde:
v é a velocidade (em cm/s);
P é a pressão (em bar).

Existem três tipos de linhas (tubulações) em um sistema hidráulico, são elas:


• Linha de Sucção → Tubulação pela qual o fluido é succionado do tanque.
Compreende o comprimento de tubulação que vai do filtro de sucção que fica
submerso no tanque até a entrada da bomba hidráulica;
• Linha de Pressão → Tubulação que se inicia logo após a saída da bomba,
alimentando o sistema com as pressões necessárias ao funcionamento de seus
diversos componentes, válvulas de controle direcional, atuadores lineares e
rotativos, pressostatos, manômetros e etc.;
• Linha de Retorno → Tubulação pela qual o fluido é redirecionado ao tanque com a
finalidade de ter sua temperatura retornada ao normal a partir da circulação entre
as chicanas (aletas) existentes no interior do tanque (reservatório).

Para estabelecer os diâmetros mínimos necessários às tubulações, utiliza-se a


seguinte expressão:
di=
√Q
0,015∗π∗v
onde:
Q é a vazão máxima do sistema [l/min];
v é a velocidade recomendada para a tubulação [cm/s];
di é o diâmetro interno do tubo [cm].

O diâmetro comercial a ser utilizado (Tabela 4.3) deve ser no mínimo igual ou
ligeiramente superior ao valor calculado. Assim:
di comercial ≥di calculado

Selecionado o diâmetro comercial mais adequado, deve-se averiguar se o


escoamento por esse tubo será laminar ou não. Para isso será aplicada a equação do
Número de Reynolds.
Supondo que na averiguação fique constatado um regime não laminar, deve-se
então ajustar o diâmetro comercial para o valor imediatamente menor, e que satisfaça a
condição de regime laminar.

Exercício Exemplo:
Na sequência o capítulo trás o dimensionamento da Perda de Carga na Linha de
Pressão de um Circuito Hidráulico (item 4.3).
Tabela 4.3 – Diâmetros de tubos comerciais (ERMETO).
Capítulo 5 – Dimensionamento de Reservatórios (págs. 104 à 137)

As funções do reservatório são basicamente as do armazenamento do fluido e seu


resfriamento por condução e convecção.

Regra Prática
O volume mínimo do reservatório, em litros ou galões, deve ser no mínimo igual a
três vezes a vazão da bomba em l/min ou gpm.
Vol Reservatório ≥3∗Q B

O dimensionamento mínimo do tanque deve ser feito pelo uso dessa regra,
conectando a ele um trocador de calor, que pode ser do tipo óleo–ar ou óleo–água. Há
casos ainda, como em regiões frias, que devido ao baixo índice de viscosidade do fluido
utilizado, este não venha a fluir muito facilmente, sendo necessário aquecê-lo, o que é
possível fazendo recircular água quente no trocador de calor do tipo óleo–água.

Após essa regra prática de dimensionamento o capítulo apresenta descrições


sobre Chicana (item 5.1.3), seguindo para os tópicos de Trocadores de Calor (item 5.2),
Utilização de Filtros (item 5.3), Acessórios (item 5.4), Válvulas Controladoras de
Pressão (item 5.5), Válvulas Controladoras de Vazão (item 5.6), Métodos de Controlar
o Fluxo (item 5.7), Válvulas de Bloqueio (item 5.8) e se encerra com Válvulas
Direcionais (item 5.9).

Capítulo 6 – Dimensionamento de Acumuladores Hidráulicos e Intensificadores de


Pressão (págs. 138 à 173)

O capítulo trata acerca dos dimensionamentos dos dois equipamentos citados.

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