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As considerações feitas nos exemplos 4-2, 4-3, 4-4 e 4-6 do livro do Fogler possuem o
intuito de facilitar os cálculos, contudo, algumas considerações podem ter impacto
significativo no resultado final dos cálculos do projeto. Tendo isso em vista, foram feitas
algumas sugestões com o objetivo de amenizar a diferença entre os resultados teóricos e
os práticos.
•Nos exemplos abordados, para os reatores PFR E PBR assume-se que não há dispersão e
que não existem gradientes radiais de temperatura, velocidade ou concentração,
possibilitando modelar o escoamento no reator como escoamento uniforme. Contudo, em
reações em reatores tubulares o escoamento é geralmente turbulento.
•No reator CSTR foi considerado uma mistura perfeita, no entanto, em um processo real
pode haver pontos mortos onde a reação não ocorre de maneira efetiva.
•Outra consideração feita é a de que o Etano na entrada do PFR é puro (yo=1) no entanto,
para que isso seja verdade é necessário que seja utilizado o reagente com 100% de pureza,
isso nem sempre é viável ou vantajoso financeiramente. A informação sobre a pureza do
reagente pode ser obtida com o fabricante.
•Outra consideração tomada é a de que o processo é isotérmico, porém num processo real
é inevitável que haja troca de calor do reator com sua vizinhança. Para evitar que essa
mudança de temperatura seja negligenciada, sugere-se que seja feita a medição da
temperatura de entrada e saída de cada um dos reatores. Assim, pode-se substituir os
valores medidos na equação abaixo, tornando os valores mais próximos da realidade.
Equação 1
•Outra consideração feita é a da idealidade dos gases, ignorando a influência das forças
intermoleculares nos cálculos realizados.
Para minimizar a diferença entre os valores teóricos e os práticos, pode-se utilizar equações
de gases que levam em conta a fuga da idealidade, que considera um fator de
compressibilidade Z ou utilizar a equação de Van der Waals, que considera forças
intermoleculares, a forma e volume das moléculas, por meio dos parâmetros a e b.
Equações 2 e 3 respectivamente:
Equação 2
Equação 3
•Outra consideração feita é de que os tubos utilizados são novos e lisos, com rugosidade
relativa igual a zero (e/D=0).
Como ocorrem reações químicas dentro dos reatores podendo causar alterações como
corrosão por exemplo, esse valor pode variar. Com isso, é importante se atentar ao valor
real da rugosidade relativa para calcular o coeficiente de atrito f corretamente e estimar com
precisão a perda de carga.
ii) Avaliação dos efeitos das variáveis operacionais (temperatura, vazão volumétrica,
pressão, composição de alimentação e parâmetros de recheio do catalisador) na produção
final de etilenoglicol (vazão molar de saída e conversão). Obs.: Neste caso, é necessário
apresentar a comparação numérica entre os valores contidos nos exemplos do Fogler e
outro nível operacional selecionado pelo grupo. Por exemplo, para avaliar o aumento da
temperatura de uma determinada corrente, insere-se um novo valor de temperatura na
simulação e comparam-se os novos resultados calculados pela simulação com os
apresentados nos exemplos do Fogler.
Equação 4
A partir da análise dessa equação, nota-se que um aumento da temperatura gera
aumento na velocidade da reação e, consequentemente, da conversão. Entretanto, essa
influência direta é difícil de ser calculada, devido a necessidade de se ter dados sobre
energia de ativação e fatores pré exponenciais nas reações de desidrogenação do etano e
hidratação do óxido de etileno. Devido ao erro no cálculo da conversão pelo método Runge-
Kutta, esse aumento da conversão que deveria acontecer não está visível no programa
computacional. No reator PFR, como não´há catalisador, a reação é especialmente sensível
a variação da temperatura. Já o aumento da pressão no PFR, acarreta maior geração de
produto, que, por sua vez, irá para o CSTR, resultando em maior conversão.
O aumento da porosidade do catalisador gera queda da conversão, pois como a
densidade é constante, maior porosidade leva a uma menor massa de catalisador. Por fim,
ao se aumentar a massa de catalisador, aumenta-se a formação de óxido de etileno, logo,
mais produtos serão conduzidos ao CSTR e, consequentemente, haverá maior formação do
etilenoglicol.
No reator CSTR, para uma vazão molar de 0,425 lbmol/s, a conversão obtida foi
54,31% e a vazão molar de etilenoglicol de 0,233 lbmol/s. Ao aumentarmos a vazão
volumétrica, deve haver diminuição da conversão, pois os reagentes terão menor tempo
para reagir (diminuição do tempo espacial). Ao mesmo tempo, haverá maior quantidade de
produto formado, ou seja, uma vazão molar de etilenoglicol maior (o que também foi afetado
pelos erros no programa).
iii) Avaliação da possibilidade de dispor cada um dos reatores da planta nas configurações
em série e em paralelo, indicando os prós e contras.
CSTR
Reatores CSTR em paralelo têm como vantagem não haver necessidade se parar a
produção para fazer manutenções e reparações. Além disso, há um menor gasto energético
devido a diminuição do tamanho dos agitadores e um melhor ajuste da produção conforme
a demanda (pode-se, por exemplo, desligar alguns reatores em épocas de menor
demanda). Como desvantagem, pode-se destacar que para se obter a conversão desejada
todos os reatores devem ter as mesmas vazões e volumes totais. Já para os reatores em
série, tem-se como vantagem uma melhor homogeneização dos reagentes/produtos e
menor gasto energético devido ao menos tamanho dos agitadores, além de maior
conversão, sendo sua principal desvantagem a necessidade de interrupção do processo em
caso de manutenção/reparação.
A primeira reação ocorre na fase gasosa, logo os reatores indicados são o PFR e o PBR.
No caso da utilização de um PBR a conversão é maior quando comparado com um PFR,
contudo é importante considerar o custo do catalisador e a maior perda de carga devido a
maior tensão de cisalhamento. O que torna, nesse caso, o PFR mais vantajoso.
A segunda reação também ocorre na fase gasosa, logo os reatores PFR e PBR são os mais
adequados. A vantagem da utilização de um PBR é acelerar a reação caso a energia de
ativação seja muito elevada, além de diminuir reações paralelas indesejadas. No caso da
substituição por um PFR a reação seria bem mais lenta necessitando do aumento da
temperatura e de um reator mais longo para aumentar o tempo de permanência do reagente
no reator. Nesse caso é necessário uma avaliação dos custos para decidir qual mais
vantajoso.
A terceira reação ocorre na fase líquida, logo o CSTR é o reator mais indicado. Além disso,
como essa consiste na última etapa da produção é importante que o produto final saia
perfeitamente misturado, para fins de controle de qualidade.