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FLORIANÓPOLIS
JUL/16
Trabalho solicitado pelo Prof.
Nestor Roqueiro, como avaliação
na disciplina Modelagem de
Sistemas Dinâmicos.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................................................... 4
3. ABORDAGEM DO PROBLEMA ........................................................................................................ 4
3.1. VARIÁVEIS DE INTERESSE COMO SAÍDAS DO MODELO ............................................................................... 4
3.2. GRANDEZAS IMPORTANTES PARA DESCREVER O PROCESSO ....................................................................... 5
3.3. PRINCIPAIS HIPÓTESES CONSIDERADAS.................................................................................................. 5
4. MODELAGEM FENOMENOLÓGICA ................................................................................................. 7
4.1. BALANÇO DE MASSA GLOBAL NO REATOR .............................................................................................. 7
4.2. BALANÇO DE MASSA DO COMPONENTE A.............................................................................................. 8
4.3. BALANÇO DE ENERGIA NO REATOR ..................................................................................................... 10
4.4. BALANÇO DE MASSA NA CAMISA ....................................................................................................... 14
4.5. BALANÇO DE ENERGIA NA CAMISA ..................................................................................................... 14
5. SIMULAÇÃO NUMÉRICA .............................................................................................................. 15
5.1. PARÂMETROS DO MODELO .............................................................................................................. 16
5.2. CENÁRIOS CONSIDERADOS PARA SIMULAÇÃO ....................................................................................... 17
6. RESULTADOS E CONCLUSÕES ........................................................................................................ 18
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 21
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1. INTRODUÇÃO
2. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
3. ABORDAGEM DO PROBLEMA
4
reação simples A→B, somente é relevante conhecer a concentração do reagente
limitante (neste caso, a concentração de A). Por se tratar de uma reação exotérmica, as
temperaturas do sistema serão alteradas, sendo interessante ter como saída do sistema
a temperatura no reator.
Observando o reator da perspectiva de um tanque, com vazões de carga e descarga, é
interessante ter como saída do modelo a altura da coluna de líquido dentro do reator,
enquanto que quando se consideram as trocas térmicas com a camisa, é interessante
ter como saída do sistema a temperatura do fluido de resfriamento na descarga da
camisa.
O modelo será proposto para um sistema onde todos os componentes estão na fase
líquida, portando têm-se as hipóteses:
H1 - Todas as correntes (entrada e saída) no reator estão em fase líquida;
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a expansão volumétrica destas espécies em função da temperatura é
considerada desprezível para faixas de temperatura pequenas.
H5 – A densidade média da mistura no reator é constante e igual a ρ;
Esta hipótese é estabelecida por conveniência, de forma a simplificar o
cálculo da massa em cada corrente do reator, sendo válida quando os
elementos da mistura possuem massas específicas parecidas.
H6 – Os calores específicos a pressão constante (Cp) e a volume constante (Cv)
são iguais;
Esta hipótese é válida para fluidos incompressíveis.
H7 – Os calores específicos a pressão constante (Cp) e a volume constante (Cv)
são constantes;
O cálculo de Cp e Cv em função da temperatura pode ser obtido através
de polinômios, que a depender da faixa de temperatura considerada para
cada substância, pode ser considerado constante.
Por simplicidade, também será considerada a hipótese:
H8 – Perdas caloríficas para a vizinhança são desprezíveis;
A validade desta hipótese pode estar associada ao isolamento térmico do
sistema, tornando muito pequenas as perdas térmicas para o ambiente,
quando comparadas com as temperaturas do sistema.
Sobre a reação, são feitas as seguintes hipóteses:
H9 – A reação é irreversível;
H10 – A reação é de primeira ordem;
A ordem da reação é determinada experimentalmente, e está relacionada
a estequiometria da reação. Ela influencia diretamente a velocidade da
reação.
H11 – Não ocorrem outras reações em paralelo;
Hipótese que simplifica a modelagem da cinética das reações envolvidas.
É uma hipótese razoável quando se considera que a corrente de carga do
reator possui apenas o componente A.
Por se tratar de um CSTR, as seguintes hipóteses são consideradas:
H12 – A mistura no reator e perfeita, ou seja:
Não existem gradientes de densidade no reator;
Não existem gradientes de temperatura no reator.
As hipóteses levantadas, especialmente as que dizem respeito a parâmetros
termodinâmicos do sistema, permitem concluir que o modelo a ser obtido será válido
6
apenas para pequenas faixas de temperatura, ou para substâncias que possuam
parâmetros termodinâmicos pouco variantes com a temperatura.
4. MODELAGEM FENOMENOLÓGICA
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Similarmente, analisando a parcela da massa que sai do reator, temos:
𝑚𝑜𝑢𝑡 (𝑡) = ρ. F𝑜𝑢𝑡 (𝑡)
Sendo:
𝑚𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Massa que sai do reator
ρ Densidade do fluido que sai do reator
𝐹𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Vazão volumétrica na descarga do reator
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𝑉(𝑡) = Aa . ℎ(𝑡)
Sendo:
𝑚𝐴,𝑖𝑛 (𝑡) Massa do componente A que entra no reator
𝐶𝐴,𝑖𝑛 (𝑡) Concentração do componente A na corrente de carga do reator
𝐹𝑖𝑛 (𝑡) Vazão volumétrica na carga do reator
Similarmente, analisando a parcela da massa de A que sai do reator, temos:
𝑚𝐴,𝑜𝑢𝑡 (𝑡) = CA,out (𝑡). Fout (𝑡)
Sendo:
𝑚𝐴,𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Massa do componente A que sai do reator
𝐶𝐴,𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Concentração do componente A na corrente de descarga do reator
𝐹𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Vazão volumétrica na descarga do reator
Sendo:
𝑚𝐴,𝑔𝑒𝑛 (𝑡) Massa do componente A gerada na reação
Sendo:
𝑚𝐴,𝑐𝑜𝑛 (𝑡) Massa do componente A consumida pela reação
𝑉(𝑡) Volume ocupado pelo fluido no reator
Γ(𝑡) Velocidade da reação
𝐾 Constante de velocidade da reação química
𝐶𝐴 (𝑡) Concentração do componente A no reator
𝑘0 Fator pré-exponencial da equação de Arrhenius
𝐸 Energia de ativação da reação
𝑅 Constante dos gases ideais
𝑇(𝑡) Temperatura no reator
Pois considerando H10 e sendo a constante de velocidade da reação dada pela equação
de Arrhenius, temos:
Γ(𝑡) = 𝐾. 𝐶𝐴 (𝑡)1
𝐸
−
𝐾 = 𝑘0 . 𝑒 𝑅.𝑇(𝑡)
9
𝑉(𝑡) = 𝐴𝑎 . ℎ(𝑡)
𝑑(𝐶𝐴 (𝑡)) CA,in (𝑡). Fin (𝑡) CA (𝑡). Fout (𝑡) 𝐸 𝐶𝐴 (𝑡) 𝑑(ℎ(𝑡))
−
= − − 𝐶𝐴 (𝑡). 𝑘0 . 𝑒 𝑅.𝑇(𝑡) − .
𝑑𝑡 Aa . ℎ(𝑡) Aa . ℎ(𝑡) ℎ(𝑡) 𝑑𝑡
𝑑(ℎ(𝑡))
Note que pode ser obtido da expressão do balanço de massa.
𝑑𝑡
10
𝑑(𝐸(𝑡)) 𝑑(𝑈(𝑡) + 𝐾(𝑡) + 𝑃(𝑡))
=
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Sendo:
𝐸(𝑡) Energia do sistema
𝑚(𝑡) Massa do sistema
𝑈(𝑡) Energia interna do sistema
𝐾(𝑡) Energia cinética do sistema
𝑃(𝑡) Energia potencial do sistema
Considerando a hipótese H3, é possível afirmar que o produto 𝑃𝑟 (𝑡). 𝑉(𝑡) é desprezível quando
comparado com a entalpia, logo:
𝑈(𝑡) = 𝐻(𝑡)
Ou seja:
𝑑(𝐸(𝑡)) 𝑑(𝐻(𝑡))
=
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Considerando H6 e H7, a variação da entalpia dada por:
𝑑(𝐻(𝑡)) 𝑑(𝑇(𝑡)) 𝑑(𝑇(𝑡)) 𝑑(𝑇(𝑡))
= 𝑚(𝑡). 𝐶𝑝 . = C𝑝 . ρ. V(t). = C𝑝 . ρ. Aa . ℎ(𝑡).
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Sendo:
𝑚(𝑡) Massa do sistema
𝐶𝑝 Capacidade calorífica a pressão constante do fluido no reator
𝑇(𝑡) Temperatura do sistema
𝑉(𝑡) Volume do sistema
ℎ(𝑡) Altura ocupada pelo conteúdo do reator
ρ Densidade do sistema
Aa Área da secção transversal do reator
Portanto, temos:
11
𝑑(𝐸(𝑡)) 𝑑(𝑇(𝑡))
= 𝐶𝑝 . ρ. Aa . ℎ(𝑡).
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Sendo:
𝐸𝑖𝑛(𝑡) Energia que entra pela carga do reator
𝑚𝑖𝑛 (𝑡) Massa que entra no sistema
𝐶𝑝 Capacidade calorífica a pressão constante do fluido no reator
𝑇𝑖𝑛 (𝑡) Temperatura na carga do sistema
Ρ Densidade do sistema
𝐹𝑖𝑛 Vazão na carga do reator
Sendo:
𝐸𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Energia que sai pela descarga do reator
𝑚𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Massa que sai do reator
𝐶𝑝 Capacidade calorífica a pressão constante do fluido no reator
𝑇𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Temperatura na descarga do sistema
ρ Densidade do sistema
𝐹𝑜𝑢𝑡 Vazão na descarga do reator
Sendo:
𝐸𝑡𝑡 (𝑡) Energia das trocas térmicas
𝐸𝑐𝑎𝑚 (𝑡) Energia da troca térmica com a camisa do reator
𝐸𝑟𝑒𝑎𝑐 (𝑡) Energia da reação química
Sendo:
U Coeficiente global de troca térmica
𝐴 Área de troca térmica
𝑇(𝑡) Temperatura no reator
𝑇𝑗 (𝑡) Temperatura na camisa
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𝐸
−
𝐸𝑟𝑒𝑎𝑐 (𝑡) = 𝑉(𝑡). Δ𝐻. Γ(𝑡) = Aa . ℎ(𝑡). Δ𝐻. Γ(𝑡) = Aa . ℎ(𝑡). Δ𝐻. 𝑘0 . 𝑒 𝑅.𝑇(𝑡) . 𝐶 (𝑡)
𝐴
Sendo:
𝑉(𝑡) Volume ocupado pelo fluido no reator
Δ𝐻 Calor de reação
Γ(𝑡) Velocidade da reação
𝐶𝐴 (𝑡) Concentração do componente A no reator
𝑘0 Fator pré-exponencial da equação de Arrhenius
𝐸 Energia de ativação da reação
𝑅 Constante dos gases ideais
𝑇(𝑡) Temperatura no reator
𝐶𝐴 (𝑡) Concentração do componente A no reator
ℎ(𝑡) Altura ocupada pelo conteúdo do reator
𝑑(𝑇(𝑡)) ρ. Fin (t). Cp . Tin (t) ρ. F𝑜𝑢𝑡 (t). Cp . T𝑜𝑢𝑡 (t) 𝑈. 𝐴. (𝑇(𝑡) − 𝑇𝑗 (𝑡))
= − −
𝑑𝑡 𝐶𝑝 . ρ. Aa . ℎ(𝑡) 𝐶𝑝 . ρ. Aa . ℎ(𝑡) 𝐶𝑝 . ρ. Aa . ℎ(𝑡)
𝐸
−
Aa . 𝐶𝐴 (𝑡). ℎ(𝑡). Δ𝐻. 𝑘0 . 𝑒 𝑅.𝑇(𝑡)
−
𝐶𝑝 . ρ. Aa . ℎ(𝑡)
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𝐸
−
𝑑(𝑇(𝑡)) Fin (t). Tin (t) F𝑜𝑢𝑡 (t). T(t) 𝑈. 𝐴. (𝑇(𝑡) − 𝑇𝑗 (𝑡)) 𝐶𝐴 (𝑡). Δ𝐻. 𝑘0 . 𝑒 𝑅.𝑇(𝑡)
= − − −
𝑑𝑡 Aa . ℎ(𝑡) Aa . ℎ(𝑡) 𝐶𝑝 . ρ. Aa . ℎ(𝑡) ρ. 𝐶𝑝
Considerando que a camisa está sempre cheia do fluido térmico e considerando que o
fluido térmico é incompressível e com densidade constante, é possível afirmar que não
existe acúmulo de massa na camisa. Logo, o balanço de massa é trivial e pode ser escrito
como:
𝑚𝑗,𝑖𝑛 (𝑡) = 𝑚𝑗,𝑜𝑢𝑡 (𝑡)
Sendo:
𝑚𝑗,𝑖𝑛 (𝑡) Massa de fluido térmico que entra na camisa
𝑚𝑗,𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Massa de fluido térmico que sai da camisa
ρ𝑗 Densidade do fluido térmico da camisa
𝐹𝑗,𝑖𝑛 (𝑡) Vazão volumétrica na carga da camisa
𝐹𝑗,𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Vazão volumétrica na descarga da camisa
O balanço de energia para a camisa térmica pode ser genericamente expresso por:
De forma similar ao balanço de energia para o reator, mas considerando que não existe
reação na camisa, temos a expressão:
𝑑 (𝑇𝑗 (𝑡)) Fj,in (t). Tj,in (t) . F𝑗,𝑜𝑢𝑡 (t). T𝑗 (t) 𝑈. 𝐴. (𝑇(𝑡) − 𝑇𝑗 (𝑡))
= − +
𝑑𝑡 Vj Vj 𝐶𝑝,𝑗 . ρj . Vj
Sendo:
𝑇𝑗 (𝑡) Temperatura do fluido térmico na camisa
𝑇𝑗,𝑖𝑛 (𝑡) Temperatura do fluido térmico que entra na camisa
ρ𝑗 Densidade do fluido térmico da camisa
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𝐹𝑗,𝑖𝑛 (𝑡) Vazão volumétrica na carga da camisa
𝐹𝑗,𝑜𝑢𝑡 (𝑡) Vazão volumétrica na descarga da camisa
𝐶𝑝,𝑗 Capacidade calorífica a pressão constante do fluido térmico na camisa
Do balanço de massa da camisa, temos que 𝐹𝑗,𝑖𝑛 (𝑡) = 𝐹𝑗,𝑜𝑢𝑡 (𝑡), portanto:
𝑑 (𝑇𝑗 (𝑡)) Fj,in (t). Tj,in (t) . F𝑗,𝑖𝑛 (t). T𝑗 (t) 𝑈. 𝐴. (𝑇(𝑡) − 𝑇𝑗 (𝑡))
= − +
𝑑𝑡 Vj Vj 𝐶𝑝,𝑗 . ρj . Vj
5. SIMULAÇÃO NUMÉRICA
Uma função que representa o SEDO, de forma a permitir a utilização dos solvers
de EDO’s do Matlab por linha de código. Esta implementação permite rapidez de
cálculo, mas torna mais difícil modificar as entradas do sistema.
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Uma s-function e um diagrama Simulink®. Este tipo de implementação é
interessante pois permite facilidade na manipulação das entradas, visualização
fácil dos resultados e modularização, apesar de ser computacionalmente mais
exigente que a solução em linha de código.
O Quadro 1 apresenta a relação dos nomes dos arquivos gerados e suas funções.
Quadro 1. Relação dos arquivos gerados
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5.2. Cenários considerados para simulação
Com base nestes valores, são propostos quatro cenários para simulação:
5.2.1. Cenário 1: Entradas fixas
Neste cenário, são consideradas constantes todas as entradas. O sistema
é simulado por um tempo suficiente para que os estados se estabilizem.
Esta simulação se encontra no arquivo simCSTR_cenario1.slx.
5.2.2. Cenário 2: Vazões turbulentas nas cargas
Neste cenário, as vazões de carga do reator e de carga da camisa são
representadas por um sinal aleatório de média igual ao respectivo valor
na Tabela 3, e variâncias iguais a 6x10-6 e 10x10-4 respectivamente. O
objetivo desta simulação é avaliar o comportamento do sistema ao
comportamento turbulento típico das vazões em processos industriais.
Esta simulação se encontra no arquivo simCSTR_cenario2.slx.
5.2.3. Cenário 3: Variações nas temperaturas das cargas
Neste cenário, é aplicado um aumento de +10% na temperatura da carga
do reator e de -10% na temperatura da carga da camisa em instantes
diferentes. O objetivo desta simulação é verificar a influência das
temperaturas da carga na concentração de A e nas temperaturas na
descarga. Esta simulação se encontra no arquivo simCSTR_cenario3.slx.
5.2.4. Cenário 4: Variação na concentração de A na carga
Neste cenário, a concentração de A na carga do reator é aumentada em
10% e são observadas as influências nas temperaturas nas descargas e na
concentração de A na descarga do reator. Esta simulação se encontra no
arquivo simCSTR_cenario4.slx.
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6. RESULTADOS E CONCLUSÕES
Os gráficos das saídas resultantes de cada um dos cenários são apresentados nas figuras
2, 3, 4 e 5.
Analisando a resposta do Cenário 1, percebe-se que, apesar da concentração de A na
descarga variar consideravelmente (aproximadamente 1000 mol.m-3). As temperaturas
da camisa e do reator não variam muito (menos de um grau em ambas). Também se
percebe que a dinâmica da concentração de A e das temperaturas é lenta, tomando
várias horas para estabilizar. O nível se mantém constante pois as vazões de carga e
descarga do reator são mantidas constantes e iguais.
No Cenário 2, observa-se que a turbulência imposta ao sistema afeta todas as saídas,
mas nem todas de forma significativa. Enquanto a temperatura na descarga do reator
chega a variar com amplitude máxima de aproximadamente 20 K, a concentração de A
na descarga tem comportamento muito parecido com o apresentado no Cenário 1. A
temperatura da descarga da camisa também varia consideravelmente na presença da
turbulência. A variação acentuada das temperaturas do sistema pode representar um
problema para a validade do modelo, pois as propriedades termodinâmicas assumidas
constantes podem ter mudanças representativas caso o reator trabalhe em uma faixa
de temperaturas muito ampla. É importante notar que as turbulências aplicadas às
vazões foram grandes, o que pode justificar as grandes variações nas temperaturas.
Considerando que não foi aplicado um sistema de controle no nível, este variou pouco
(amplitude máxima de aproximadamente 0,3m).
Analisando a concentração de A no Cenário 3, é possível perceber que a variação da
temperatura da carga do reator tem efeito muito pequeno quando comparado com o
efeito da variação da temperatura da carga da camisa. Um comportamento similar a
este é observado nas temperaturas de descarga do reator e da camisa. As variações nas
temperaturas foram acentuadas quando se aplicou a variação na temperatura na carga
da camisa, o que levanta considerações similares as realizadas no Cenário 2 sobre a
representatividade do modelo. Apesar disto, em processos reais a temperatura na carga
da camisa não costuma ter grandes variações, portanto o modelo ainda pode ser
considerado representativo
Por fim, analisando o Cenário 4, observa-se que a variação da concentração de A na
carga do reator não interfere muito nas temperaturas do sistema, mas apresenta
impacto representativo na concentração de A na descarga do reator.
O resultado das simulações permite concluir que o modelo apresenta comportamentos
esperados para as variáveis de saída, mas também sinaliza que para vazões de carga
muito turbulentas, a representatividade do modelo pode ser pequena devido às grandes
variações de temperatura que podem ser atingidas.
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Figura 2. Cenário 1
Figura 3. Cenário 2
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Figura 4. Cenário 3
Figura 5. Cenário 4
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7. REFERÊNCIAS
[1] CORRIOU, JEAN-PIERRE. Process Control: Theory and Applications. London: Springer-
Verlag,2004. p 684.
[2] PANNOCCHIA, GABRIELE; RAWLINGS, JAMES B. Disturbance Models for Offset-Free
Model-Predictive Control. AIChE Journal, Vol. 49, No. 2, 2003.
[3] FERNANDES, FABIANO A. N.; PIOZZO, SANDRO M.; MORAES JR, DEVALDO.
Termodinâmica Química, Disponível em:< http://www.eq.ufc.br/MD_Termodinamica.pdf>.
Data de acesso 06/07/2016.
[4] MAZZUCCO, MARCOS MARCELINO. INTRODUÇÃO AOS BALANÇOS DE MASSA E ENERGIA
Disponível em:<http://www.eqm.unisul.br/prof/marcos/cursos/bme/
Introducao_Balancos_Massa_e_energia.pdf>. Data de acesso 06/07/2016.
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