Você está na página 1de 3

O FILME 2001, Uma ODISSÉIA NO ESPAÇO: segunda parte do

filme a aurora do homem


Emerson Freire dos Santos

RESUMO

O presente ensaio sobre o filme 2001, Uma odisséia no espaço, a partir da primeira
parte desta cinematografia, a aurora do homem, analisa e aborda a capacidade humana
do seu estágio evolutivo quanto espécie na tonicidade do que a obra do cineasta norte
americano, Stanley Kubrick, traz como exposição em um contexto sobre o enredo da
problematização do homem pré-histórico numa narrativa do passado, tendo como o foco
principal, a humanidade e o seu estágio de evolução em interação com a construção do
mundo e o seu desenvolvimento sensorial em consonância com o próprio ambiente em
suas relações de conhecimento como um todo, haja visto na interação com os seus atos
na forma de raciocinar, elaborar, e criar.

Palavras chave: pré-histórico, evolução, humanidade,

INTRODUÇÃO

“2001 Uma odisséia no espaço” é um filme que faz jus à máxima de que os clássicos
não envelhecem. O passar dos quarenta anos, completos em 2008 desde seu lançamento,
o engrandeceu ainda mais.

A primeira parte do filme começa com um letreiro onde lemos "A aurora do Homem",
seguido de paisagens da natureza. Vemos um grupo de macacos, convivendo em
harmonia com outras espécies, na Terra, e afugentando um grupo de rivais.

Durante a noite, alguma coisa parece cair no solo e as criaturas se escondem em


cavernas, com comportamentos bastante semelhantes aos humanos. Pela manhã, os
antecessores da espécie humana rodeiam o estranho objeto, um retângulo negro (o
monólito).

Depois de observar o monólito, um deles toca no objeto e o seu comportamento se


altera. Logo, aprende a usar um osso como arma e começa a matar animais com
violência. É desse jeito que todos começam a consumir carne.

Se seu objetivo fosse apenas mostrar máquinas engenhosas e uma previsão do futuro,
qual seria o significado de abordar a pré-história do homem, quando nossos ancestrais
começaram a manusear objetos e usá-los para suas necessidades diárias? E ainda, se a
intenção fosse somente expor os avanços tecnológicos, por que a história enveredaria
por uma tensão entre o computador e o homem, quando o super computador “HAL
9000″ decide se vingar da tripulação ao notar que seria desligado?
Já se vão oito anos do ano de 2001. Muito do que está no filme se verificou na prática.
A tecnologia foi ainda muito mais longe do que imaginou o cineasta Kubrick. O
homem, entretanto, continua a ficar perplexo ante ao desconhecido. O futuro não
significou um completo conhecimento da realidade e domínio da natureza. Ao contrário,
muitas outras questões surgiram e a natureza cobra pela ganância humana. “2001 Uma
odisséia no espaço” é um filme que faz jus à máxima de que os clássicos não
envelhecem. O passar dos quarenta anos, completos em 2008 desde seu lançamento, o
engrandeceu ainda mais.
O filme é uma reflexão sobre o homem, sobre sua relação com a natureza e sobre o
conceito essencial do trabalho.
Se seu objetivo fosse apenas mostrar máquinas engenhosas e uma previsão do futuro,
qual seria o significado de abordar a pré-história do homem, quando nossos ancestrais
começaram a manusear objetos e usá-los para suas necessidades diárias? E ainda, se a
intenção fosse somente expor os avanços tecnológicos, por que a história enveredaria
por uma tensão entre o computador e o homem, quando o super computador “HAL
9000” decide se vingar da tripulação ao notar que seria desligado?
Esta capacidade de elaborar que o homem, como mostra o filme, desenvolveu, está na
base do conceito do trabalho. Isso pode parecer estranho, pois a idéia de trabalho hoje
em dia remonta a um sistema consolidado, que muitas vezes distancia o trabalhador do
que se pode chamar de elaboração e processo criativo. O trabalho, dentro do vigente
modo de produção, evoluiu para uma forma alienante, em que o trabalhador é colocado
como uma peça em um processo que ele não domina. Mas a idéia de trabalho sempre
está ligada ao esforço humano de inventar e produzir. Mesmo neste trabalho alienante,
por mais injusto que ele seja, há um processo produtivo em curso. O trabalho, desta
forma, não é apenas o esforço repetitivo e cansativo de uma linha de produção. Em suas
múltiplas facetas ele pode ser um ato criativo e de emancipação humana. 2001, Uma
odisséia no espaço coloca no centro de sua argumentação o conceito mais elementar de
trabalho e o quociente da responsabilidade do homem pela sua própria evolução.

DESENVOLVIMENTO
Uma tribo de hominídeos está procurando por comida no deserto africano.
Um leopardo mata um dos membros, e uma outra tribo de homens-macacos os afugenta
de um poço de água. Derrotados, eles dormem em uma pequena cratera de pedra
exposta, acordando para encontrar um monólito preto que apareceu na frente deles. Eles
se aproximam grunhindo e pulando, eventualmente o tocando com cuidado. Pouco
tempo depois, um dos macacos percebe que ele pode usar um osso tanto como uma
ferramenta quanto como uma arma, que o macaco usa para matar uma presa para comê-
la. Mais tarde eles conseguem o controle do poço de água ao matarem o líder da outra
tribo utilizando-se para tal feito do osso-arma.
Esse encontro é essencial para chegar ao estágio em que a humanidade possa
desenvolver ferramentas que levariam ao desenvolvimento de civilização, aprimorando
tais ferramentas, tais utensílios, desde o momento em que aquele hominídeo primitivo
usar de um osso como arma. A partir daí a humanidade alcança o espaço e o coloniza.
A seca já durava dez milhões de anos, e o reinado dos terríveis lagartos há muito havia
terminado. Ali no Equador, no continente que um dia seria conhecido como África, a
luta pela existência chegara a um novo clímax de ferocidade, e ainda não se sabia quem
seria o vencedor. Naquela terra deserta e árida apenas os pequenos, os velozes e os
ferozes conseguiram prosperar, ou sequer esperar sobreviver.
Os homens macacos da estepe não eram nenhuma dessas coisas e não estavam
prosperando, na verdade, já estavam bem adiantados no caminho para a extinção racial.
Cerca de cinqüenta deles ocupavam um grupo de cavernas que dava para um pequeno
vale ressecado, dividido por um riacho vagaroso, alimentado pelas neves das montanhas
mais de trezentos quilômetros ao norte. Nos tempos difíceis esse riacho sumia por
completo, e a tribo vivia com o fantasma da sede.
Baseado em outros de seus próprios contos, como “A Sentinela” e “Encontro no
Alvorecer”, Clarke escreveu o romance dividindo-o em partes. Na primeira parte, temos
o encontro dos homens-macacos, primatas ainda sem qualquer centelha clara de
raciocínio, com um monólito completamente opaco, preto e angular. Essa figura
misteriosa tem um efeito quase hipnótico em suas mentes, testando os indivíduos
potencialmente inteligentes e influenciando-os à descobertas que mudarão para sempre
os rumos daquela população.
Ao representar o momento em que os primatas passam a usar pedaços de madeira e de
ossos como ferramentas, revelando as primeiras demonstrações concretas de
consciência e de planejamento, e, ao saltar destes primeiros passos evolutivos para uma
avançada sofisticação tecnológica, que permite ao ser humano explorar além dos limites
de seu próprio planeta, o filme trata, fundamentalmente, da capacidade humana de
raciocinar, elaborar e criar.
Ao descobrir a possibilidade de usar objetos rudimentares como ferramentas o homem
deu um passo no sentido de desenvolver habilidades físicas e cognitivas e equipamentos
mais complexos. A criação da roda, por exemplo, possibilitou muito mais tarde a
criação do automóvel, que se sofisticou em inúmeras outras criações que podemos ver
hoje.
Esta capacidade de elaborar que o homem, como mostra o filme, desenvolveu, está na
base do conceito do trabalho. Isso pode parecer estranho pois a idéia de trabalho hoje
em dia remonta a um sistema consolidado, que muitas vezes distancia o trabalhador do
que se pode chamar de elaboração e processo criativo. O trabalho, dentro do vigente
modo de produção, evoluiu para uma forma alienante, em que o trabalhador é colocado
como uma peça em um processo que ele não domina. Mas a idéia de trabalho sempre
está ligada ao esforço humano de inventar e produzir. Mesmo neste trabalho alienante,
por mais injusto que ele seja, há um processo produtivo em curso. O trabalho, desta
forma, não é apenas o esforço repetitivo e cansativo de uma linha de produção. Em suas
múltiplas facetas ele pode ser um ato criativo e de emancipação humana. 2001, Uma
odisséia no espaço coloca no centro de sua argumentação o conceito mais elementar de
trabalho e o quociente da responsabilidade do homem pela sua própria evolução.
CONCLUSÃO
Já se vão oito anos do ano de 2001. Muito do que está no filme se verificou na prática.
A tecnologia foi ainda muito mais longe do que imaginou o cineasta Kubrick. O
homem, entretanto, continua a ficar perplexo ante ao desconhecido. O futuro não
significou um completo conhecimento da realidade e domínio da natureza. Ao contrário,
muitas outras questões surgiram e a natureza cobra pela ganância humana.

Você também pode gostar