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Letras em dia, Português, 11.

° ano
Guia do Professor
Página 12

Letras prévias
1.1. A ação do filme desenvolve-se a partir da descoberta de que um cometa atingirá a Terra, com consequências desastrosas, e das subsequentes reações de indiferença à notícia.
Esta ação permite a abordagem satírica do alheamento da sociedade contemporânea face à realidade e da sua frivolidade e aparente falta de discernimento.

Página 13

Leitura • Gramática
1. (B)
2. (B)
3. O tempo recriado em Não Olhem para Cima é marcado pela «superficialidade» (l. 7) promovida pelas redes sociais, cujo «ruído interminável» (l. 7) conduz à propagação «da
estupidez e do infantilismo» (l. 14) e à indiferença face a assuntos e situações verdadeiramente relevantes (ll. 8-11).
4. A ambiguidade decorre de, considerando a ação do filme, os espectadores desejarem que o cometa não atinja a Terra, mas, atendendo ao desenvolvimento do enredo
e ao cansaço que provoca, serem levados a desejar que o asteroide alcance o nosso planeta, para que o filme termine.
5. Segundo o autor, Não Olhem para Cima merece ser elogiado por ser um filme «zangado», ou seja, que se insurge contra a passividade da sociedade atual. Contudo, não o faz
de modo totalmente relevante, pelo que, como sintetiza o título do artigo, perante o «fim do mundo» recriado no filme, quem assiste sente-se «assim-assim», apenas parcial-
mente agradado.
6. a. Complemento do nome.
b. Complemento direto.
c. Predicativo do sujeito.
d. Complemento oblíquo.
7. a. Oração subordinada substantiva relativa.
b. Oração subordinada adverbial final.
8. Pronome relativo.
9. Ato de fala expressivo.

Página 14

Oralidade
1. (C)
2. (C)
3. (B)

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição dos registos áudio e vídeo

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica (vídeo da ONU)

Página 15
Dossiê do Professor
6. Projeto(s) de Leitura
Sugestões de leitura
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Apresentação do Projeto de Leitura

Manual Digital

Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Apresentação do Projeto de Leitura
Página 20
Na lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais indicam, para a abordagem do Sermão de Santo António, a leitura integral dos capítulos I e V e a
leitura de excertos dos restantes capítulos.

Contextualizar
Texto A
Nota: Durante a visualização do Texto A, deve chamar-se a atenção para a pronúncia incorreta da palavra «pregadores» pelo locutor, ou, em alternativa, solicitar-se aos alunos
que identifiquem a incorreção.
1. A estratégia visa destacar o facto de os sermões serem «o centro mediático do seu tempo». A figura do pregador reunia todas as atenções e movia multidões, à semelhança do
que acontece atualmente com figuras mediáticas de diferentes áreas.
2. «Vida aventurosa» de Vieira, marcada pelas passagens por diversos continentes e países e múltiplas funções. «A experiência de cenários extremos»: a atividade no Brasil, em
contacto com as populações indígenas. O contacto com «o luxo das grandes cortes e dos palácios europeus», em Portugal e na Itália.
2.1. A escrita de Vieira, associada ao seu papel de orador, possuía uma intenção persuasiva, procurando sensibilizar para questões sociais e morais e influenciar compor-
tamentos.

Página 21
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do excerto do documentário

Sugestão de trabalho:
O programa Portugueses com História (RDP Internacional) dedicou uma das emissões ao Padre António Vieira, focando a vida e a obra do orador. É possível aceder à rubrica
radiofónica através do link: https://www.rtp.pt/play/p4408/e331917/portugueses-com-historia

Texto B
3. (A) Falsa. «sermões vieirianos cujas teses abandonam o teor teológico para abraçarem o moral e o político.» (ll. 8-9). (B) Verdadeira. Primeiro parágrafo. (C) Verdadeira. Linhas
14-17 e último parágrafo.

Página 22
Texto C
4. (a) Contexto internacional: Reforma; domínio dos Habsburgos; Contrarreforma; Concílio de Trento; Inquisição; guerras religiosas. (b) Contexto português: desaparecimento de D.
Sebastião em Alcácer Quibir; perda da independência e união ibérica.

Página 23
Texto D
5. As facetas do Barroco, procurando a ostentação e o exagero nas diversas manifestações artísticas, contribuíam para encantar e seduzir e, desse modo, persuadir os
destinatários.

Página 24
Textos E, F, G
6. Docere: exemplos, citações de textos sagrados e de obras clássicas.
Delectare: discurso figurativo (alegoria, metáfora, comparação); outros recursos expressivos (trocadilho, enumeração, antítese).
Movere: elementos não verbais (voz, gestos), apóstrofe, interrogação retórica, frases exclamativas e imperativas, argumentos de autoridade.

Sugestão:
A importância da eloquência enquanto arte de bem falar em público pode ser explorada a partir do trailer do filme O Discurso do Rei, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=uoxzoDCelpQ
Página 25

Manual Digital

PowerPoint®
Sermão de Santo António

Página 26

Letras prévias
1.1. A expressão significa «falar para quem não quer ouvir» e teve origem na lenda de Santo António, que, não sendo escutado pelos homens, resolveu dirigir as suas palavras
aos peixes.
1.2. Sentindo-se em situação semelhante à de Santo António, sendo ignorado pelos homens num tempo de «corrupção», Vieira resolve, como ele, mudar o seu auditório
e dirigir a sua pregação aos peixes.
Nota: A transcrição dos excertos do «Sermão de Santo António» segue a edição da Obra Completa do Padre António Vieira do Círculo de Leitores, dirigida por José Eduardo
Franco e Pedro Calafate. A pontuação foi atualizada nos casos em que o original não corresponde às normas sintáticas atuais.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 28

Educação Literária
1.1. (a) ouvintes; (b) «impedir a corrupção» (l. 3); (c) «a terra se vê tão corrupta como está a nossa» (l. 3); (d) «o sal não salga» (l. 5); (e) «a terra se não deixa salgar» (l. 5); (f) os
Pregadores não cumprem a sua função e não transmitem «a verdadeira doutrina» (l. 6), «dizem uma coisa e fazem outra» (ll. 8-9) e «se pregam a si, e não a Cristo»
(ll. 10-11); (g) os ouvintes não querem receber a doutrina (ll. 7-8), preferem imitar o que fazem os pregadores do que «fazer o que dizem» (l. 10) e, «em vez de servir a Cristo,
servem a seus apetites» (ll. 11-12); (h) «lançá-lo fora como inútil, para que seja pisado de todos» (ll. 17-18); (i) Cristo; (j) Mudar de auditório; (k) Santo António.
1.2. No primeiro parágrafo, recorre-se ao paralelismo para apresentar as diferentes hipóteses, introduzidas pela conjunção coordenativa disjuntiva, que respondem à questão co-
locada anteriormente. As interrogações concretizam hipóteses para as quais o orador vai apresentando possíveis respostas.
2. O conceito predicável, associando metaforicamente os pregadores ao sal que age sobre a terra, evitando a sua corrupção, não é, segundo Vieira, suficiente para dar conta
da amplitude da atuação de Santo António, pois este, tendo pregado aos homens e aos peixes, «foi sal da terra, e foi sal do mar» (ll. 42-43).
3. a. Os determinantes demonstrativos destacam a proximidade dos espaços em que o orador tem sentido a indiferença face à sua doutrina.
b. A enumeração salienta a forma continuada e repetida dos sermões, que, ainda assim, são ignorados.
c. A adjetivação evidencia as virtudes da doutrina que a tornam necessária.

Página 29

Gramática
1.
1. (D); 2. (A); 3. (B); 4. (E); 5. (C).
2. (D). 3. (B). 4. (B)

À letra
A rubrica «À letra» visa promover a reflexão sobre a presença, na língua portuguesa, de palavras ou expressões que, devendo usar-se em situações comunicativas distintas, se
confundem frequentemente e originam erros e incongruências. Nos vídeos interativos, explica-se o sentido de cada uma das palavras, expressões ou formas verbais e explici-
tam-se os contextos de utilização apropriados. Deste modo, existindo uma forma correta para a opção apresentada na atividade do manual, realça-se que também a alternativa, inade-
quada nesse contexto, é válida e correta noutros (igualmente exemplificados no vídeo).

Página 31

Educação Literária
1. O pregador considera os peixes o «pior auditório», mas destaca a sua capacidade de ouvir. Antecipando o facto de não se poderem converter, associa-os aos ouvintes
que ignoram a sua palavra e que está acostumado a conhecer, desse modo dirigindo uma crítica ao auditório humano marcado pela insensibilidade e pelo desinteresse
face à palavra de Deus.
2. Vieira retoma o conceito predicável no momento em que concretiza a exposição do seu sermão. Tal como o sal apresenta «duas propriedades» (l. 8), «conservar o são, e
preservá-lo» (ll. 8-9), assim também o seu discurso se organizará em dois momentos: «louvar o bem» (l. 11) e elogiar as virtudes dos peixes e «repreender o mal» (ll. 11-12) e
criticar os seus «vícios» (l. 14).
Página 32
3. (a) 5.; (b) 7.; (c) 2.; (d) 1.
4. A história de «António» (o santo ou, em circunstâncias semelhantes, o pregador) realça a natureza distinta dos homens e dos peixes. Aqueles, sendo racionais, não
mostraram uso adequado da «razão», agindo como se fossem «feras» (l. 39) irracionais, e ignorando a palavra de Deus; estes, mesmo sem faculdades que os dotassem
para tal, acudiram à sua voz e ouviram-no com atenção.
5.1. Os peixes são elogiados por, ao contrário do que acontece com os outros animais que, vivendo junto do homem, se deixam domesticar (e sofrem devido a essa subju-
gação), se manterem afastados do homem, revelando, por essa razão, grande prudência.
5.2. O paralelismo salienta a ideia de que os animais referidos, embora aparentem ter uma vida feliz com os homens, estão, na realidade, privados da sua liberdade e sob
o seu domínio.

Oralidade
1.1. A vandalização da estátua de Padre António Vieira, com tinta vermelha e a inscrição «descoloniza».
1.2. (B)
1.3. (C)

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 33

Em destaque
1. a. «os comportamentos errados dos homens» (ll. 7-8); «sociedade portuguesa colonial no Brasil do século XVII e dos homens em geral» (ll. 21-22).
b. Linhas 3-6 e 22-25.

Página 36

Educação Literária
1. Depois de apresentar cada um dos peixes, Vieira descreve as suas virtudes (o poder curativo e purificador do peixe de Tobias, a força da rémora e a descarga elétrica do
torpedo) e os efeitos que as mesmas produzem: o peixe de Tobias cura a cegueira e expulsa os demónios; a rémora prende o leme dos barcos; o torpedo faz tremer os pesca-
dores. Em seguida, exemplifica essas mesmas virtudes na figura de Santo António.
2. Tal como o peixe de Tobias, Santo António possuía a capacidade de curar a «cegueira» dos homens, se estes não se assustassem com as suas palavras e seguissem os
seus ensinamentos.

Página 37
3. A rémora, representando a força e a capacidade de discernimento, permite a crítica aos homens que carecem dessas qualidades e que «embarcam» na «Nau Soberba»,
entregando-se inconsequentemente à ganância até à perdição, ou à «Nau Cobiça», cedendo à ambição desmedida.
4. O pregador manifesta inveja pela descarga elétrica produzida pelo torpedo, já que desejaria que os que «pescam» alegoricamente na terra sofressem esse efeito tre-
mente e tomassem consciência dos seus erros.
5. Através da interrogação retórica, Vieira expressa a sua incredulidade perante o comportamento dos homens. De facto, ao comparar a pesca no mar e na terra, esta última em
sentido metafórico, conclui que são bastantes mais os instrumentos utilizados pelos homens, que se aproveitam dos seus semelhantes, muitas vezes beneficiando de posições
de poder, para as quais remetem os objetos mencionados. Contudo, e apesar dadiversidade dos «pescadores», eles não se arrependem, o que motiva a admiração do pregador.

Oralidade
1.1. Tal como no sermão, o peixe é apresentado a partir da descrição das suas qualidades, seguindo-se a explicitação dos seus benefícios para os homens (neste caso, de forma
concreta e não alegórica).
1.2. Resposta pessoal.
Sugestão: o peixe-zebra consegue regenerar a sua medula espinhal; muitos homens, tendo quebrado a sua coluna vertebral (em sentido alegórico, cedendo a pressões ou à neces-
sidade e entregando a sua vida ou o seu amor-próprio a outra pessoa, a quem se dedicam), seguindo o seu exemplo, poderão recuperá-la (restaurando a sua dignidade).

Em relação
1. Tanto o sermão como as cantigas exploram a crítica social a partir da referência ou alusão a aspetos do quotidiano merecedores de censura (como a decadência da nobreza e o
culto das aparências, na poesia trovadoresca, ou os vícios dos homens no período de colonização do Brasil, no sermão). A crítica é, contudo, construída de modos diferentes: o
sermão privilegia a alegoria e o discurso figurativo; as cantigas valorizavam a sátira e a ironia.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema
Página 40

Letras prévias
1.1. As relações humanas assentam na exploração de «presas» por «predadores».
1.2. Tal como o capítulo IV do Sermão de Santo António, o filme desenvolve a ideia de que os seres humanos se aproveitam uns dos outros (se «comem» uns aos outros).

Página 43

Educação Literária
1. A frase estabelece a ligação entre os dois grandes momentos do sermão: findos os louvores aos peixes, é tempo, por oposição (como sugere o conector «porém»), de apresentar as
repreensões aos peixes.
2. (a) 1 a 76; (b) Comem-se uns aos outros; (c) «Os homens com suas más, e perversas cobiças vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros» (ll. 9-10); (d) Santo
Agostinho (l. 8); (e) Os grandes comem os pequenos (ll. 5 e 44-45); (f) Comem-se vivos (ll. 31-32); (g) Comem-se como pão, sempre e com tudo (ll. 46-49); (h) Um homem
que morreu (ll. 23-29); (i) Um homem acusado de um crime (ll. 34-40); (j) 77 a 95; (k) Ignorância e cegueira (l. 78); (l) «Cá se deixam pescar os homens pelo mesmo en-
gano, menos honrada, e mais ignorantemente.» (ll. 85-86); (m) O homem do mar que seduz com tecidos (ll. 86-92).
3. (a) 2.; (b) 3.; (c) 2.; (d) 1.
4. a. A metáfora joga com o duplo sentido da palavra «terra»: na primeira ocorrência, refere-se a sepultura, mas, na segunda, a palavra remete para a sociedade, insinuando a
rapidez e a intensidade com que explora o ser humano. b. A metáfora associa ao pão os «pequenos», ou seja, os que, na sociedade, são mais vulneráveis. Da mesma forma como
o pão é acompanhamento regular de outros alimentos, também os mais frágeis são constantemente explorados pelos poderosos. Assim, o orador intensifica a ganância ávida
dos poderosos e a fraqueza dos pequenos, continuamente expostos ao «apetite» daqueles.
5. O exemplo justifica o conselho do pregador aos peixes para que se protejam pois, tal como o xaréu, podem facilmente passar de predadores a presas de outros peixes
maiores e enfatiza a ideia de que os grandes/maiores comem os mais pequenos, sendo que a sua superioridade é relativa e condicional.
6. A evocação da lenda de Santo António serve ao orador para reforçar o seu apelo aos peixes. Se lhes foi possível, de acordo com a lenda, ouvir o santo com devoção, «muito
quietos, muito pacíficos e muito amigos todos» (ll. 69-70), eles serão capazes do mesmo comportamento pacífico e fraterno, que limitará o seu «apetite particular» (l. 67) e os im-
pedirá de se comerem uns aos outros.

Página 44

Gramática
1. Panificação, panífero, panificar, panificador.
2. a. Apócope e sonorização. b. Apócope e vocalização.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.
Sugestão de trabalho:
Em articulação com o assunto do capítulo IV do Sermão de Santo António, pode configurar uma outra atividade de escrita a elaboração de uma apreciação crítica da curta-
-metragem de animação «O emprego», de Santiago Bou Grasso, que serve de base a uma proposta de trabalho na página 72 do manual, na secção «Letras em dia».

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica (Cartoon de Vasco Gargalo)
Avaliação
Fichas de Escrita
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 45

Em destaque
1. Discurso engenhoso, com recurso a repetições, simetrias, oposições. Exemplos. Alegoria e metáfora. Tom familiar (com os peixes). Repetições, aliterações. Exploração do
campo lexical de «visão». Formas verbais no imperativo. Exclamações, paradoxos, antíteses.
Página 47

Praticar
1. «Nós» e «vemos» – o orador e os habitantes do Maranhão. «aqui»: o Maranhão.
1.1. Exemplo: em contexto escolar, um aluno pode usar a frase para salientar o empenho dos funcionários. «Nós» e «vemos» terão como referentes os alunos, grupo em que se in-
tegra o falante; «aqui» remeterá para a escola.
2. a. «Olhai» – Dêixis temporal e pessoal; «lá» – Dêixis espacial.
b. «virais» e «haveis de olhar» – Dêixis temporal e pessoal; «cá» – Dêixis espacial.
c. «vejais» – Dêixis temporal e pessoal; «estes» – Dêixis espacial.
3. «me», «vós» – Deíticos pessoais.
«aquela», «estas» – Deíticos espaciais.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questão de aula
Dêixis
3. Fichas de Gramática
Dêixis

Manual Digital

PowerPoint®
Dêixis
QuizEV
Dêixis
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Dêixis

Página 48

Oralidade
1. Resposta pessoal, focando a exploração do homem pelo homem associada ao racismo, à xenofobia e ao discurso de ódio.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste de Oralidade 1
3. Fichas Oralidade
Exposição sobre um tema

Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Manual Digital

Avaliação
Teste de Oralidade 1
Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelhas de avaliação

Página 49

Letras prévias
1.1. O sujeito poético aconselha o interlocutor a mudar o seu comportamento e a agir sem se disfarçar e sem criar uma «fachada» (aparência, aspeto) descomprometida e
alheada da realidade.
1.2. A pessoa que o sujeito poético interpela no tema musical partilha com os seres humanos alegoricamente representados pelos peixes no capítulo V do sermão alguns traços
de carácter: a ambição (voadores), o oportunismo (pegadores) e a hipocrisia/dissimulação (polvo).

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Manual Digital

Áudio
Tema musical Fachada
Página 54

Educação Literária
1. Sugestão de resolução no Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Sugestão de resolução de atividades

2. Vieira alerta os peixes para que evitem explorar as riquezas que podem ser encontradas nos destroços de uma embarcação naufragada. Através da alegoria, critica os
homens por se apropriarem do que não lhes pertence.

Página 55

Em relação
1.1. O poeta recusa cantar os ambiciosos que colocam os interesses pessoais acima do bem comum, desrespeitando a lei de Deus e a lei dos homens (est. 84, vv. 2-4), e que
ascendem ao poder para satisfazerem os seus vícios (est. 84, vv. 5-8); os falsos ou dissimulados que abusam do poder para servirem os seus desejos (est. 85, vv. 1-4); os que
oprimem e exploram o povo, roubando os mais pobres (est. 85, vv. 6-8), pagando salários injustos (est. 86, vv. 1-4) e aplicando impostos excessivos (est. 86, vv. 5-8).
Sugestão de resposta adaptada dos Critérios de Classificação da Prova Escrita de Português, 12.º ano de escolaridade, 2013, 2.ª fase, GAVE.
2. Tal como Camões, Vieira denuncia os ambiciosos, através dos peixes voadores, os oportunistas, através dos pegadores, e os dissimulados, através do polvo. O pregador
salienta a exploração do homem pelo homem, que Camões exemplifica nas estâncias transcritas, também no Capítulo IV, em que, em termos gerais, critica a antropofagia e
censura os que se servem da sua posição de superioridade ou de poder para se aproveitarem dos mais fracos.

Página 57

Leitura • Gramática
1. (B)
2. (C)
3. (C)
4. (A)
5. (D)
6. a. Sujeito. b. Complemento do nome.
7. a. Dêixis pessoal e temporal. b. Dêixis pessoal.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula Leitura e Gramática
3. Fichas de Leitura
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Questões de aula e fichas de Leitura
Apreciação crítica

Página 58

Educação Literária
1.1. Através da comparação com os peixes, em que estes saem encarecidos, e da interpelação aos peixes, Vieira recapitula os principais argumentos usados para valorizar o
auditório escolhido, em alternativa aos homens. Assim, estes são criticados e os seus defeitos enumerados de forma sintética e expressiva, no final do sermão, destinado a
comover e influenciar.

Página 59

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 60
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

Página 61

Leitura • Oralidade
1.1. Os deíticos presentes no primeiro parágrafo identificam o enunciador («Eu», «vivi», «cresci», «minha»...) e situam-no espacial e temporalmente («vivi», «ali», «nessa»,
«aqui», «voltei», «aquela», «esta») em relação às vivências pessoais que começa por descrever no seu discurso, para introduzir o tópico da democracia e da motivação dos
cidadãos.
1.2. A partir da linha 16, João Miguel Tavares passa a utilizar a primeira pessoa do plural, assumindo-se como parte de uma coletividade a que dá voz no seu discurso.
1.3. A enumeração gradativa («cada família, cada pai, cada adolescente») sugere que a desilusão é sentida no núcleo familiar pelos adultos, mas igualmente pelos jovens, que
sentirão os efeitos do desencanto. A estrutura anafórica elenca os motivos da frustração, face à desvalorização do mérito e à deturpação do funcionamento do mercado
laboral, metaforicamente referido como «jogo [...] viciado».
1.4. (C); 1.5. (C).

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência

Página 62
2.1. As alusões a Os Lusíadas e à lírica de Camões introduzem a reflexão sobre a necessidade de substituir a «exaltação patriótica» e a valorização do coletivo pela «pai-
xão por cada ser humano» e atenção ao próximo.
2.2. João Miguel Tavares pede aos cidadãos que contribuam para «um bem maior» e para um «Portugal melhor e mais justo». Apela aos políticos para que «ofereçam um
objetivo claro» e um rumo mobilizador aos cidadãos e que lhes deem «alguma coisa em que acreditar» e que evidencie o «sentimento comum de pertença».
2.3. A estrutura paralelística «É preciso dizer... – tu contas» e o recurso a orações condicionais («E se...»).
2.4. Os recursos não verbais, em particular as pausas/os silêncios, o tom de voz ou as expressões do orador, contribuem para conferir expressividade ao discurso, real-
çando palavras, frases ou ideias e propiciando oscilações de ritmo que contribuem para a consecução dos objetivos da eloquência, nomeadamente o «delectare» e o
«movere».

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do vídeo

Manual Digital

PowerPoint®
Discurso político
Página 64
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Página 65

Teste rápido de revisão


1. (C)
2. (C)
3. (B)
4. (A)
5. (D)
6. (D)
7. (B)

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Sermão de Santo António

Página 66

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. O excerto corresponde à confirmação do Sermão de Santo António, mais concretamente ao início do capítulo IV, no qual, depois de concluídos os louvores (em geral e
em particular) aos peixes, o pregador inicia o momento dedicado às repreensões. Estas serão, neste capítulo, apresentadas na generalidade.
2. Vieira manifesta a sua indignação pelo facto de os peixes se comerem uns aos outros, condenação agravada pela «circunstância» de serem os grandes a comerem os
pequenos.

Página 67
3. (C)
4. Para levar os ouvintes a «ver» o comportamento que repreende nos peixes e que exemplifica através dos homens, Vieira recorre à utilização de palavras e expressões associadas
à visão («vejais», l. 16, «Olhai», l. 16, «olhos», l. 17, «olhar», l. 18), à repetição de formas verbais do verbo «ver» («Vede(s)», ll. 20, 21 e 22, e «vejais», ll. 16) e à estrutura paralelística
nas linhas 20 a 23.
5. Com o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de consciência de que os «grandes» se alimentam dos «pequenos» também, e sobretudo,
na cidade, o espaço das pessoas civilizadas. Ao contrário do que poderia ser expectável, é entre «os brancos» que o «açougue» (l. 19) assume proporções mais condenáveis,
uma vez que os homens da cidade desenvolveram uma maior diversidade de estratégias para se «comerem» (ll. 20-24).
Parte B
6. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição

Página 68
Grupo II
1. (C)
2. (B)
3. (A)

Página 69
4. (B)
5. (D)
6. «em que escrevi o livro»
7. Dêixis temporal e dêixis pessoal.
Grupo III
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 1, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Padre António Vieira, Sermão de Santo António

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Teste 1, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Questões de aula
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 1

Página 70

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promoto-
ras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
G Bem-estar, saúde e ambiente
H Sensibilidade estética e artística
I Saber científico, técnico e tecnológico

Página 71
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 74
As Aprendizagens Essenciais, na lista de obras e textos para a Educação Literária, indicam a leitura integral de Frei Luís de Sousa.
Contextualizar
Texto A
1.1. (B), (C), (E), (F).
1.2. Resposta pessoal. Exemplos de argumentos: a ação de Garrett na reestruturação do teatro português foi valiosa e decisiva para a arte dramática nacional; a atuação
política de Garrett configurou um exemplo significativo do papel determinante dos intelectuais na sociedade.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Oralidade

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste de Oralidade 2
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Argumentação em situação de debate e de confronto de perspetivas

Manual Digital

Avaliação
Teste de Oralidade 2
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Argumentação em situação de debate e de confronto de perspetivas

Página 75

Texto B
2. (A).
3. A atualidade da peça decorre dos temas universais que explora, como o equilíbrio entre os sentimentos individuais e as convenções sociais.

Página 76
Texto C
4. Confessionalismo e egotismo (ll. 7-10); domínio dos sentimentos e da imaginação (ll. 9-10 e 25-27); nacionalismo (l. 11); interesse pelo tradicional e pelo popular (ll. 12-
15); apreço pela Idade Média (evasão no tempo) (ll. 18-19); culto do diferente e do exótico (evasão no espaço) (ll. 19-20); individualismo (ll. 20-21); espiritualismo e fatalismo (ll.
22-24); temáticas amorosas (ll. 15-26); estilo arrebatado, «exclamativo, “frenético”» (ll. 26-27) (adequado à expressão exaltada de sentimentos); conceção didática da litera-
tura: (ll. 31-32).

Página 77

Texto D e E
5. real; as categorias dramáticas.

Página 79

Texto F
6. (G), (E), (F), (C), (B), (A), (D)
7. (a) Simplicidade da ação (ll. 5; 36-39); desenlace trágico (catástrofe) (ll. 6-10); reduzido número de personagens, de elevado estatuto social (ll. 37-39); escasso
recurso a expedientes melodramáticos (ll. 39-41). (b) Assunto e figuras nacionais (ll. 2-4, 12-13; recurso à prosa (ll. 23-27).

Manual Digital

PowerPoint®
Frei Luís de Sousa

Página 80
Texto G
8. Intenção pedagógica (instruir o povo); união temática entre o passado e o presente; nacionalismo/patriotismo, personificado em Manuel e presente nas crenças sebastia-
nistas de Maria e Telmo; sentimentalismo exacerbado de Madalena.

Manual Digital

PowerPoint®
Frei Luís de Sousa
Página 81
9. As mudanças de ato coincidem com a alteração do espaço (privado) onde decorre a ação.
10. As cenas iniciais de cada ato, constituindo uma breve exposição no interior de cada um deles, são destinadas à apresentação dos antecedentes da ação. Desvendam
os acontecimentos ocorridos antes do início da ação, no caso do primeiro ato, e entre a última cena do ato anterior e o presente da ação, no segundo e no terceiro atos.

Dossiê do Professor
6. Projeto(s) de leitura
Ficha de verificação de leitura de Frei Luís de Sousa

Manual Digital

Avaliação
Ficha de verificação de leitura de Frei Luís de Sousa

Página 82

Letras prévias
1. O cartoon representa um coração dividido, em que cada uma das suas duas partes remete para uma dimensão distinta da existência. O lado esquerdo, pintado de vermelho,
lembra a paixão e a força dos sentimentos; o lado direito, preenchido com os sulcos do cérebro, alude à razão.
1.1. No início da ação, Madalena apresenta-se como uma mulher dividida entre os sentimentos e a razão: o «amor» pelo marido (que devia trazer-lhe «felicidade»), os pensa-
mentos que lhe trazem «medo» e os «terrores» relacionados com o seu passado.
Nota: A edição de Frei Luís de Sousa utilizada é a referenciada no final dos excertos. Atualizou-se, porém, a grafia de alguns vocábulos que poderiam dar a impressão de
incorreção ortográfica, mantendo-se a de outros que podem ainda ser utilizados enquanto arcaísmos ou registos populares. Acrescentaram-se notas vocabulares e mantiveram-
-se algumas notas de Almeida Garrett (da primeira edição).

Página 83

Educação Literária
1. A ação decorre numa sala luxuosa e elegante (l. 1), ornada com grande riqueza. Trata-se de um espaço com muita luz, com grandes janelas com vistas para o rio Tejo e para
Lisboa, e duas portas de comunicação, elementos arquitetónicos que permitem a relação com o exterior. A descrição remete para um espaço social ligado à nobreza.
2. Madalena compara-se com Inês de Castro por partilhar com ela a experiência de um grande amor. Considera, contudo, que, apesar do desfecho fatal, a breve ilusão de
felicidade de Inês de Castro seria motivo de alegria, ao contrário dos seus permanentes receios, que não a deixam gozar a alegria da sua afeição por Manuel. Assim, a úl-
tima frase que profere destaca, através da antítese, o conflito em que vive, desejosa de desfrutar da «felicidade» pelo «amor», mas consciente de que esse mesmo senti-
mento e as circunstâncias em que o vive constituem a sua «desgraça».
3. (a) 1.; (b) 2.; (c) 2.

Página 89

Educação Literária
1. (a) Batalha de Alcácer Quibir e desaparecimento de D. João de Portugal.
(b) 1585.
(c) Nascimento de Maria.
(d) 1599.
2. Telmo assume que, inicialmente, e como consequência do seu desagrado face ao casamento de Madalena com Manuel de Sousa Coutinho, não «podia ver» (l. 55) Maria. Esta
foi, com o tempo e como resultado do seu carácter afável, ganhando a sua afeição (ll. 56-59), tornando-o um modelo (ll. 41-42) e levando-o mesmo a sugerir que o seu
amor pela jovem seria superior ao do próprio pai. Telmo antecipa ainda um futuro revelador da verdadeira dimensão da sua afeição por Maria (ll. 63-65).
3. A didascália da linha 97 anuncia a mudança na atitude de Madalena, depois de ter reagido de forma emotiva ao comentário de Telmo sobre as circunstâncias do nasci-
mento de Maria e o seu «estado». Adota, agora, uma «atitude grave e firme» e um tom impositivo para se dirigir ao escudeiro e pedir-lhe, lembrando a natureza e a longevidade
da sua relação, que não estimule a crença sebastianista em Maria.

Página 90
4. Telmo reformula a frase para deixar claro que se refere a Manuel de Sousa Coutinho, a quem, conforme explicita na fala das linhas 154 a 159, por «ciúmes», e apesar de
possuir nobres qualidades, não reconhece o valor do seu «amo», D. João de Portugal.
5. Madalena lembra que a «dúvida» sobre a morte de D. Sebastião, possibilitando igual dúvida sobre a morte de D. João de Portugal, poderia «condenar a eterna desonra
a mãe e a filha», tornando-se «fatal» para a família. Reconhecendo-se como responsável por tal hipótese, Telmo manifesta a sua «agitação» e mostra-se «aterrado».
6. Os apartes (ll. 35 e 186) reiteram a fé de Telmo no regresso de D. João de Portugal, sugerindo, no primeiro caso, a dúvida relativamente à sua morte e, no segundo,
a incapacidade de não desejar o seu retorno.
7. Madalena está preocupada com a demora do marido. As razões dessa preocupação são a peste, ainda existente em Lisboa, e o ambiente social e político de agitação face
à ocupação espanhola, em particular considerando o «carácter inflexível» de Manuel de Sousa Coutinho.
Gramática
1.1. Deíticos pessoais: «me», «Conheço», «desarrazoais», «vossas», «façais». Deíticos temporais: «valha», «Conheço», «desarrazoais», «metem», «façais».
1.2. Conjunção subordinativa completiva.
1.3. Complemento indireto nas duas primeiras ocorrências e complemento direto na última.

Página 91

Letras prévias
1.1. O tema musical remete para o universo de uma geração que, descrente do futuro e desiludida com o presente, se apega às memórias do passado. Contudo, o refrão, através
da rejeição de uma solução providencial, metaforicamente associada à figura de D. Sebastião, rejeita a resignação e o comodismo e exalta a renovação cíclica, simbolizada no
Fizz limão, sugestivo dos regressos oportunos.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Manual Digital

Áudio
Tema musical Fizz limão

Página 93

Educação Literária
1. Maria percebe que apenas Telmo acredita na possibilidade de retorno de D. Sebastião (mantendo também viva a esperança de regresso de seu amo). Perante esta hipótese, o
seu pai «muda de semblante, fica pensativo e carrancudo» (ll. 21-22) e Madalena inquieta-se e «chora» (l. 28). Estas reações dos pais, motivadas por circunstâncias que a
jovem desconhece, causam-lhe profunda estranheza.
2. A tristeza de Maria advém de perceber a constante preocupação que provoca aos pais, sentindo que eles lhe escondem algo. Por isso, passa «noites inteiras em claro a
lidar nisto» (l. 44) e a tentar descobrir o motivo da inquietação.
3. As palavras de Maria levam a mãe a um extremo de sofrimento, pois parecem questionar o seu valor para a família e inclusivamente a sua própria existência.
4. (D)

Página 94

Oralidade
1. Sílvia Alberto introduz o tema em debate (mortes célebres), apresenta os participantes (nome e profissão), gere as intervenções e a articulação com os elementos multimédia,
coloca as questões que fazem progredir a discussão, contribui com informação pertinente sobre o tema e encerra o debate.
2. (B). 3. (C). 4. (A). 5. (D). 6. (B).
7. Luís de Almeida Martins valoriza o Sebastianismo por considerá-lo um acontecimento político de relevo para a história portuguesa e para a identidade nacional. Des-
taca, assim, de forma clara e sucinta, razões pertinentes para suportar a sua perspetiva, que reforça através da comparação do Sebastianismo com a oposição a Castela:
ambos são fatores decisivos para a afirmação da consciência coletiva dos portugueses.
8. No decorrer do debate, os intervenientes servem-se de recursos não verbais para acompanhar de forma expressiva as suas reflexões. Recorrem a gestos com as mãos (Miguel
Pinheiro) e à entoação para reforçar algumas ideias; manifestam o seu apreço pelos tópicos da discussão através de expressões faciais, do riso e de mudanças posturais.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Manual Digital

PowerPoint®
Debate

Página 95

Escrita
1.1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Debate
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita
Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Oralidade
Debate
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 96

Em destaque
1.
a. Falsa. O Sebastianismo está desde a sua génese associado a um retorno.
b. Verdadeira.
c. Falsa. Em Frei Luís de Sousa, a crença Sebastianista é vivida por Maria e Telmo.
d. Verdadeira.

Página 102

Educação Literária
1. (a) Os governadores desejam instalar-se em casa de Manuel de Sousa Coutinho. (b) Revolta e irreverência (ll. 40-42). (c) Indignação (ll. 36 e 44-46). (d) Mudar a família
para o palácio de D. João. (e) Terror (l. 100), angústia, ansiedade e receio (ll. 125-126).
2. Maria revela-se justa e solidária, defendendo os direitos do povo (ll. 14-17), e evidencia a sua faceta patriótica ao empolgar-se com a possibilidade de fazer frente aos gover-
nadores espanhóis (ll. 40-42). A sua maturidade e inteligência, assim como a sensibilidade apurada pela doença, são salientadas por Frei Jorge e Madalena (ll. 21-23), que a veem
como uma jovem «extraordinária» (l. 55).
3. Ao longo do diálogo, Madalena mostra-se sentimental, deixando-se dominar pela insegurança e pelos receios motivados pelo seu passado e também pela crença em agouros,
que o marido refere como «caprichos». Manuel, em contraste com a esposa, fala e age de forma decidida, analisando objetiva e racionalmente a situação e não se deixando
perturbar pelas recordações do passado no momento de defender os seus valores e de enfrentar os seus inimigos.
4. Manuel repete a intenção de agir de forma exemplar, explorando a polissemia do verbo «alumiar». Se com a sua ação pretende ‘iluminar o espírito, esclarecer, conduzir’, dar
uma lição aos tiranos e ao povo, a forma verbal antecipa, também, o incêndio que está prestes a atear.
5. Frei Jorge é portador da notícia que condicionará o decurso dos acontecimentos. Acalma Madalena, quando esta se agita com a decisão do marido, e funciona como intermediário
harmonizador das diferentes perspetivas de Manuel e Madalena. É também confidente de Maria.

Gramática
1. (A), (B), (D).
2. 1. (B); 2. (C); 3. (D); 4. (A).
3. O deítico refere-se ao palácio de D. João de Portugal, espaço conotado com o passado e que Madalena associa à desgraça. A repetição sugere e intensifica a angústia
provocada pelo local.

Página 105

Educação Literária
1. O ritmo rápido das cenas decorre da sucessão brusca de acontecimentos provocados pela chegada iminente dos governadores.
2. (a) 3.; (b) 2.; (c) 1.; (d) 2.
3. Através da ironia, Manuel expressa o seu sentido patriótico, ao menosprezar os «poderosos e excelentes» governadores, que recusa alojar no seu palácio.
4. No final do primeiro ato, a movimentação das personagens em cena (ll. 6, 7, 21-24) e os sons que a acompanham («alarido», l. 24, «gritos» e «rebate de sinos», l. 37), recriam
a agitação e o pânico provocados pelo incêndio. O ambiente associado ao «fogo» (l. 30) adensa-se ainda mais com a destruição premonitória do retrato de Manuel.
Sugestão: pode constituir uma tarefa interessante para a abordagem deste conjunto de cenas a apreciação crítica do modo como elas são recriadas nas duas adaptações cine-
matográficas da obra de Garrett: Frei Luís de Sousa, de António Lopes Ribeiro (1950) e Quem és tu?, de João Botelho (2001).

Página 106

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Descrição das cenas: o momento em que Manuel, sozinho em cena, ateia o incêndio, sugerido pela iluminação vermelha.
Comentário crítico: destaque conferido ao monólogo de Manuel, salientando a sua ação patriótica e a sua decisão que irá desencadear a destruição da família, e à fala de Mada-
lena em que expressa o seu terror face à destruição do retrato de Manuel.
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da Oralidade – Apreciação crítica

Em relação
1. Em Frei Luís de Sousa, Manuel personifica a defesa dos valores nacionais, opondo-se aos governadores castelhanos e assumindo o seu patriotismo na decisão de in-
cendiar o seu palácio. Também a dimensão sebastianista da obra e as alusões a Camões contribuem, de forma simbólica, para afirmar a independência e a grandeza da
nação. Na Crónica de D. João I, o patriotismo incipiente manifesta-se na descrição dos momentos em que começa a afirmar-se a consciência coletiva e a definir-se a identi-
dade nacional face a Castela e aos castelhanos.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de avaliação da Oralidade – Apreciação crítica

Página 108

Leitura
1. (B)
2. (C)
3. (D)
4. O título antecipa o assunto do texto, destacando a perspetiva do autor (distinta da de muitos portugueses) e dos estrangeiros, face a Portugal.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura
Artigo de opinião
3. Fichas de Gramática por sequência

Manual Digital

PowerPoint®
Artigo/Texto de opinião
Avaliação
Fichas de Leitura
Artigo de opinião
Fichas de Gramática por sequência

Página 115

Educação Literária
1. O espaço descrito, «antigo» e «pesado», contrasta com o «luxo», a «elegância» e a modernidade «dos princípios do século desassete» do palácio de Manuel de Sousa Cou-
tinho. Além disso, é um espaço menos luminoso, em que não se referem janelas, e mais fechado ao exterior, com as portas «cobertas de reposteiros».
2. Depois do incêndio no palácio de Manuel, a família instalou-se no de D. João de Portugal, onde, há uma semana, Madalena tem estado em recolhimento, após a crise ner-
vosa provocada pela visão da destruição do retrato do marido. Durante esse tempo, Manuel esteve recolhido numa quinta.
3.1. Para Maria, as duas figuras simbolizam a grandeza de Portugal e, por conseguinte, a recusa de um presentede submissão. D. Sebastião simboliza a esperança, pois é o rei,
querido e admirado, cujo regresso haveria de conduzir Portugal à grandeza perdida, e Camões simboliza o herói aventureiro, representante do ideal de poeta e guerreiro.
Questão 3.1. e sugestão de resposta adaptadas de Prova Escrita de Português, 2015, 2.ª fase, IAVE, e respetivos Critérios de Classificação.
3.2. A curiosidade de Maria decorre da reação de Madalena («perdida de susto» (l. 87, e aterrorizada), na noite do incêndio, ao entrar no palácio de D. João de Portugal e ver o retrato do
primeiro marido.
4. Maria lamenta o desaparecimento de D. João na batalha de Alcácer Quibir, mas, quando Manuel de Sousa lhe lembra que, «se ele vivesse», ela não existiria, parece tomar
consciência da sua situação e reage de forma emotiva e sugestiva da sua vulnerabilidade, recolhendo-se no colo do pai.
5. Citação de Menina e Moça (l. 17); agouros e terror de Madalena depois da perda do retrato de Manuel (ll. 32-36) e da visão do retrato de D. João (ll. 86-90); presságios de
Maria (ll. 37-39); estado febril de Maria (ll. 164-165); designação de «feiticeira» (l. 178) atribuída por Manuel à filha; comparação do palácio de D. João com um convento
(ll. 185-186).

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Texto de opinião

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Texto de opinião
Página 116

Letras prévias
1.1. O número sete está relacionado com o sobrenatural, associando-se quer à sorte e ao sucesso quer ao azar.
1.2. De acordo com as informações apresentadas por Telmo e Madalena, no dia em que decorre a ação («hoje») passam precisamente vinte e um anos do desaparecimento de
D. João de Portugal. Tratando-se de um múltiplo de sete, associa-se à simbologia deste número (assim como os sete anos de buscas) e à ideia de conclusão de um ciclo, de que
decorre, no caso, azar e infelicidade.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 121

Educação Literária
1. Madalena começa por afirmar que está bem (l. 31), mas logo parece regressar à profunda tristeza em que vive (ll. 32-33), procurando, após as palavras de Frei Jorge,
mostrar-se alegre (l. 37). Porém, a revelação do dia em que se encontram, sexta-feira, dia a que atribui grande conotação negativa, fá-la recair no seu abatimento e temor
(l. 47), evoluindo depois, após as palavras de Manuel de Sousa, para um estado de aparente resignação (ll. 52 e 72).
2. Madalena não quer ficar sozinha com Telmo, temendo uma repetição da conversa da cena II do Ato I e ver-se confrontada novamente com os fantasmas que a atormentam.
Justifica-se a Manuel dizendo que Telmo e Maria necessitam um do outro e que ele, estando velho, a põe a cismar (l. 111). O receio da presença de Telmo é evidente no ritmo
hesitante da justificação (traduzido, na escrita, por reticências).
3. a. As referências à história de Joana de Castro parecem antecipar a separação de Madalena e Manuel.
b. A preocupação de Madalena face às condições atmosféricas e sua imprevisibilidade sugere, simbolicamente, a possibilidade também de mudanças inesperadas na sua
vida.
4. No seu monólogo, Frei Jorge, como o coro da tragédia clássica, comenta a situação vivida na família e interpreta os sinais, assumindo que ele mesmo já se sente domi-
nado pelo pressentimento de desgraça. Deste modo, as suas palavras funcionam como mais um indício trágico.
5. Madalena sente culpa por se ter apaixonado por Manuel assim que o viu, ainda o primeiro marido estava vivo (tendo, por isso, pecado em pensamento), bem como an-
siedade perante a dúvida que a atormenta desde o início da peça, ou seja, que D. João esteja vivo (e que Deus a castigue pelo seu «pecado»). A repetição da palavra «hoje»
reforça o terror obsessivo de Madalena, que atribui um carácter fatídico àquele dia e reforça o pressentimento de uma desgraça iminente (por ação do destino).
Questão 5. e sugestão de resposta adaptadas de Exame Final Nacional de Português, 2018, 1.ª fase, IAVE, e respetivos Critérios de Classificação.

Página 124

Letras prévias
1. Resposta pessoal. O título remete para o desejo de despertar de um sonho e poder concretizá-lo.
1.1. Tal como na canção o sujeito enunciador se sonha «dono de um castelo» em que seria feliz com o ser amado, lutando contra «fadas», «dragões» e «demónios», também D.
João/o Romeiro foi metaforicamente o dono do seu «castelo», o palácio em que viveu com a esposa, onde protegia Madalena e a que agora, quase «por magia», regressa.
No seu caso, contudo, a vontade de «acordar» pode associar-se ao desfazer da ilusão de reencontrar a sua vida e o seu casamento conforme os idealizou, uma vez que,
como destaca o refrão do tema musical, viu «os dias a mudar» e o tempo alterou irreversivelmente a família que tivera no passado.
Sugestão de trabalho: o excerto final do segundo ato pode também ser relacionado com o tema musical «Já estou de regresso, amor», de Os Quatro e Meia, sob a pers-
petiva do regresso e a partir de uma abordagem comparativa dos sentimentos do sujeito poético e do Romeiro.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Manual Digital

Áudio
Tema musical Acordar

Página 128

Educação Literária
1. (B) Ao longo do diálogo da cena XIV, as réplicas do Romeiro vão revelando informações biográficas que Madalena e Jorge comentam, sem as associarem a D. João de
Portugal.
(C) Ao referir-se a parentes e amigos, o Romeiro salienta a confiança em Telmo e irrita-se com a referência a Manuel de Sousa Coutinho (l. 67).
(E) No final do segundo ato, Frei Jorge sabe que o Romeiro é D. João de Portugal.
2. O Romeiro repete o advérbio «hoje», sugerindo a importância daquele dia, que coincide, de acordo com as informações anteriormente apresentadas por Madalena, com o
aniversário do seu casamento e com a data da batalha de Alcácer Quibir. Para conseguir regressar nesse dia, fez um esforço extremo durante «três dias», em alusão simbólica à
perfeição associada a esse número.
3. As didascálias são esclarecedoras da evolução psicológica de Madalena, que fica «aterrada» (l. 89) com uma primeira referência do Romeiro ao mandante do recado
que lhe traz e cuja «ansiedade» (l. 103) segue em crescendo («espavorida», l. 110) até ao pânico final, marcado pelos gritos, quando confirma que o primeiro marido está vivo.
4. Depois de constatar que a família não o reconhece e que fez «a sua felicidade» (l. 58) assumindo a sua morte, o Romeiro sente que deixou de ter existência. Por essa razão,
quando é levado a identificar-se, opta verbalmente por assumir a sua anulação presente através do pronome indefinido «ninguém». Contudo, adiciona uma identificação
não verbal, através do gesto de apontar para o seu retrato e de, desse modo, se associar ao seu «eu» do passado.

Gramática
1. (a) Modificador apositivo do nome. (b) Complemento do nome. (c) Predicativo do sujeito. (d) Sujeito. (e) Complemento oblíquo. (f) Complemento indireto. (g) Com-
plemento agente da passiva. (h) Modificador restritivo do nome.
2. a. Oração subordinada substantiva relativa.
b. Oração subordinada adverbial temporal.
3. «O retrato de D. João de Portugal»

Página 129

Escrita
1. Resposta pessoal, focando elementos cénicos como os quatro retratos, a edição de Os Lusíadas, as flores de Maria ou as tochas com que Manuel de Sousa incendeia o
seu palácio.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema

Página 130

Em relação
1. As relações familiares são exploradas em ambas as obras, sob a perspetiva da união familiar em Frei Luís de Sousa e com destaque para o conflito de gerações (Inês e a
mãe) na Farsa de Inês Pereira. Os desafios do casamento são, na peça de Gil Vicente, associados a questões sociais e entrevistos de forma satírica; na peça de Garrett,
suscitam a reflexão sobre questões morais e sobre as convenções sociais.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Página 131

Letras prévias
1.1. (B)
1.2. (A)
2. Maria é o núcleo congregador das preocupações das restantes personagens, enquanto vítima inocente dos seus atos e das suas decisões. Por isso, pode suscitar uma
abordagem da peça sob o seu ponto de vista.
Nota: é possível aceder à representação integral do espetáculo Maria pelo Ensemble Sociedade de Atores a partir do link
https://www.youtube.com/watch?v=vz9Xpt9dGA0

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 136

Educação Literária
1. A ação decorre na parte baixa do palácio, «casarão vasto sem ornato algum», que, sem iluminação natural e ocupado por elementos cénicos de cariz religioso, transmite sensa-
ções de clausura/aprisionamento, desconforto e frieza e desperta sentimentos de tristeza e angústia.
2. Madalena termina o segundo ato lamentando-se pela filha, tal como Manuel, no início do terceiro ato. O drama psicológico do casal prende-se com a situação de
Maria, cuja legitimidade será posta em causa com o regresso de D. João de Portugal.
3.1. Manuel entende ser mais infeliz do que D. João por ser obrigado a separar-se da esposa, mas também por ter sido o causador da desgraça do próprio D. João e envolver
na sua tragédia a filha, a quem a «injustiça do mundo» provoca a «desonra», a «ignomínia» e o «opróbrio» (l. 44) enquanto «castigo terrível» pelo seu «erro» (l. 20). Sente-se,
pois, responsável pela infelicidade de todos.
3.2. Manuel recorre a hipérboles (ll. 30-31, 74), a apóstrofes (ll. 80, 88-89) e a metáforas (ll. 34-35, 49, 87, 105-107) que reenviam o seu discurso para o universo religioso, para a
dor e para a morte e salientam, de forma intensa e emotiva, o sofrimento.
4. Depois de decidir «morrer» para o mundo e professar, Manuel não consegue referir-se novamente, de forma natural, a Madalena como esposa.
5. A cena I do terceiro ato cumpre também um propósito informativo e retrospetivo: através do diálogo entre Jorge e Manuel, são fornecidas informações acerca dos aconte-
cimentos ocorridos desde o final do ato anterior, revelando-se a decisão de os esposos professarem e indiciando-se a morte de Maria.

Página 140

Educação Literária
1. Telmo, que sempre desejara o que acabou por acontecer, vê-se agora «mais confuso que ninguém» (ll. 29-30). Não se sente já o mesmo homem, porque já não tem a certeza
de desejar o regresso do seu antigo senhor. O seu conflito assenta na impossibilidade de amar de igual modo D. João e Maria, mas acaba por reconhecer que o amor à jovem
«venceu... apagou o outro...» (l. 34).
2. (C)
3. Ao responder a Telmo, que lhe faz a mesma pergunta que Frei Jorge lhe colocara no final do segundo ato, o Romeiro responde de forma mais emotiva. A repetição do pronome
e a razão que apresenta para a sua utilização («ninguém, se nem já tu me conheces!», ll. 49-50) evidenciam os seus sentimentos e a sua sensação de anulação, motivada pelo
esquecimento a que foi votado inclusivamente por aquele que lhe era mais querido.
4. O Romeiro mostra-se crédulo, na cena V, acreditando no carinho de Telmo, mas, logo depois, triste e dececionado por não ser reconhecido pelo escudeiro. Revela-se
sensível quando toma uma «última resolução» (ll. 72-73) e tenta reverter os efeitos do seu regresso e salvar o casamento de Madalena e Manuel e a honra de Maria, numa
atitude em que Telmo reconhece a sua nobreza e hombridade.
5. Os apartes denunciam o dilema que o tortura. Perante o seu primeiro amo, a quem fora sempre fiel, reconhece a supremacia do amor por Maria. Não o conseguindo assu-
mir explicitamente no diálogo com o Romeiro, manifesta os seus sentimentos através dos apartes.

Página 141

Gramática
1. a. Modalidade deôntica com valor de obrigação.
b. Modalidade deôntica com valor de permissão.
c. Modalidade epistémica com valor de certeza.
d. Modalidade deôntica com valor de obrigação.

Página 143

Praticar
1. (A) 1; (B) 5; (C) 4; (D) 2; (E) 2; (F) 1; (G) 1; (H) 3.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questão de aula
Coesão textual
3. Fichas de Gramática
Coesão textual
Manual Digital

PowerPoint®
Coesão textual
QuizEV
Coesão textual
Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática
Coesão textual

Página 146

Educação Literária
1. O Romeiro escuta Madalena e, assumindo que o que diz lhe é dirigido, fica esperançoso. Mas quando ela identifica o destinatário das suas palavras – «meu Manuel» (l. 9) – desilude-se
e revolta-se, mostrando intenções de a confrontar. Contudo, desiste dessa ideia e mantém a sua decisão – «Não: o que é dito, é dito.» (ll. 11).
2. Madalena hesita ao falar de Manuel: dado o recente reconhecimento de que o primeiro esposo está vivo e para evitar ambiguidades, acaba por se lhe referir, dirigindo-
-se a Frei Jorge, como «vosso irmão» e esclarecendo que procura «Manuel de Sousa».
3. Madalena, desorientada e revelando a sua agitação em cena (ll. 20-21), procura Manuel de Sousa, tentando conversar com ele para o demover da separação. O marido adota
uma postura grave e fala de forma firme e decidida (ll. 38-39), mantendo e defendendo como única decisão possível «a sepultura dum claustro» (l. 55). Apesar da racionalidade que
aparenta, Manuel manifesta, contudo, em breves momentos, a cedência ao sentimento, quando se enternece (l. 31) e se aproxima de Madalena para a abraçar (ll. 58-59), mas
acaba por fugir «precipitadamente» (l. 59).

Gramática
1. (B). 2. Coesão lexical por reiteração.

Escrita
1. Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica
Áudio
Tema musical Amar pelos dois

Página 147

Letras prévias
1.1. No momento da morte, no filme, Maria não refere como causa da mesma a «vergonha» que é destacada na peça de Garrett. Tal pode dever-se ao facto de a adaptação
fílmica ter procurado uma atualização da obra, eliminando as críticas sociais já anacrónicas.

Página 149

Educação Literária
1. O espaço em que decorre o desenlace da peça corresponde à igreja de S. Paulo. Está, pois, marcado pela ambiência religiosa que antecede a desagregação da família e o
final funesto. Confirma a progressiva concentração do espaço, que se torna, ao longo da obra, mais fechado, mais escuro, mais isolado do mundo, simbolicamente represen-
tando o percurso da família e a morte dos seus membros.
2.1. Maria surge em cena bastante exaltada e fisicamente perturbada, «em estado de completa alienação» (l. 15). Mostra-se carinhosa com os pais (ll. 19-20), mas indignada
com a resolução tomada (ll. 24-27). No seu discurso, marcado por uma linguagem emotiva, assume-se violentamente crítica das normas sociais (ll. 27-32), a que, contudo, os
pais cedem, levando à sua desilusão e profunda tristeza (ll. 40-43 e 45 -46).
2.2. Maria critica e revolta-se contra as convenções religiosas e sociais que levavam a que, em circunstâncias como as da sua família, ela se tornasse filha ilegítima e os pais ti-
vessem de se separar para evitar a desonra.
3. Quando, do fundo, o Romeiro incita Telmo a salvar a situação, Maria ouve-o e, reconhecendo a sua voz, sucumbe, morrendo tragicamente «de vergonha».
4. Resposta pessoal. Tópicos de resposta: a destruição da família ocorreu por iniciativa do casal, que «morreu» para o mundo dos homens; além do «duplo» suicídio, pode
considerar-se que a catástrofe se estende aos restantes membros da família: Maria morre fisicamente; Telmo fica psicologicamente destruído.

Gramática
1. (A); 2. (B); 3. (B); 4. (C).
Página 150

Oralidade
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com tópicos de resposta.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Texto de opinião
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Manual Digital

PowerPoint®
Tópicos para o texto de opinião
Avaliação
Fichas de Oralidade
Texto de opinião
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Página 151

Em destaque
1. Presença e força do Destino (Fatum); hybris (desafio); pathos (sofrimento); clímax; anagnórise (reconhecimento); catástrofe (desenlace fatal).
2. A piedade é suscitada pelos acontecimentos vividos pelas personagens, associando-se ao terror face à imprevisibilidade e inexorabilidade do destino, que se pode abater sobre
qualquer um.

Manual Digital

PowerPoint®
Frei Luís de Sousa

Página 152

Em destaque
1. O espaço progressivamente mais fechado, escuro e subterrâneo contribui para sugerir a gradual anulação da família e a sua morte. As referências temporais cada vez mais
específicas, até culminarem no dia temido por Madalena, concorrem também para a criação de uma atmosfera opressiva e sugestiva da desgraça iminente.

Página 156

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Página 157

Teste rápido de revisão


1. (D)
2. (C)
3. (B)
4. (A)
5. (C)
6. (C)
7. (B)

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Frei Luís de Sousa
Página 158

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. O excerto pertence ao final do segundo ato e corresponde ao momento em que Frei Jorge e Madalena, sozinhos no palácio de D. João de Portugal, após a saída de Manuel,
Maria e Telmo para Lisboa, acolhem um peregrino que anuncia trazer um recado para Madalena. Com o evoluir do diálogo entre os três, o Romeiro acaba por revelar que D. João
de Portugal está vivo, após vinte anos de cativeiro, e desvenda a sua identidade a Frei Jorge. O excerto antecipa, pois, o reconhecimento de D. João, que conduzirá, no terceiro
ato, à catástrofe final.
2. A fala de Madalena, em que condena parentes que renunciam à própria família, assume-se como uma passagem de ironia trágica. De facto, sem o saber, ela comenta a si-
tuação em que se vê envolvida, após o regresso de D. João, sob o disfarce de um romeiro. É ela que, sem o saber, age como a «gente» «vil» que critica, subjugada, como co-
menta o Romeiro, pela «necessidade» (l. 10). É ela também que, com a família, sofrerá as consequências trágicas desse comportamento.

Página 159
3. (C)
4. Frei Jorge intervém, «cortando a conversação», e, sob o pretexto de providenciar o descanso do Romeiro, interrompe o diálogo sobre as pretensas ofensas da cunhada
a Deus. Com essa atitude, denuncia a sua preocupação com o rumo do diálogo, suspeitando, eventualmente, do conhecimento do peregrino sobre a situação da família ou
tentando evitar o agravamento das preocupações de Madalena.
5. Na afirmação final, o Romeiro conclui o que, ao longo do diálogo com Madalena e Frei Jorge, percebeu: os anos passados em cativeiro levaram à sua mudança, tendo-se tornado
irreconhecível inclusivamente à sua família. O facto de estar «velho e mudado» condiciona o momento do seu regresso a casa e determina a constatação entristecida e amargurada
de que «os mais chegados» contaram com a sua morte e construíram «a sua felicidade com ela» (ll. 7-8).
Parte B
6. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição

Página 160
Grupo II
1. (B)

Página 161
2. (A)
3. (D)
4. (C)
5. (C)
6. «D. João» (l. 19)
7. Modificador apositivo do nome.
Grupo III
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 2, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Teste 2, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
Questões de aula
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 2

Página 162

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promoto-
ras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
G Bem-estar, saúde e ambiente

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste de Oralidade 3
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 163

Manual Digital

Avaliação
Teste de Oralidade 3
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 166
De acordo com a lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais preconizam, para a abordagem de Amor de Perdição, a leitura e exploração
de cinco de entre as secções seguintes: introdução, capítulos I, IV, X e XIX, conclusão.
Apresentam-se integralmente, nesta sequência:
• Introdução [p. 170];
• Capítulo I [pp. 172-176];
• Capítulo IV [pp. 180-183];
• Capítulo X [pp. 186-194];
• Conclusão [pp. 202-206].
Do capítulo XIX são transcritos excertos [pp. 200 e 212] e são igualmente apresentadas passagens dos capítulos II e III da obra [pp. 178-179], que, não constando da lista das AE,
contextualizam os acontecimentos posteriores da obra e contribuem para a compreensão da sua estrutura e da relação entre as personagens.
Como opção à leitura dos excertos acima referidos de Amor de Perdição, as Aprendizagens Essenciais sugerem a exploração de excertos de Viagens na Minha Terra ou a leitura
integral de A Abóbada. Para permitir a exploração deste conto de Alexandre Herculano, disponibiliza-se o caderno Outras letras – A Abóbada, que integra o texto completo da obra
e propostas de exploração didática da mesma, de acordo com a estrutura e a organização das sequências do manual.

Contextualizar (pp. 166-167)


Texto A
1. (C). 2. (B). 3. (D). 4. (B).

Sugestão de trabalho:
Audição do programa radiofónico Vamos todos morrer (Antena 3), de Hugo van der Ding, dedicada a Camilo Castelo Branco:
https://www.rtp.pt/play/p5661/e511131/vamos-todos-morrer
Página 167

Texto B
5. a. Durante o tempo em que esteve preso, Camilo «escreveu sem parar», como se fosse uma «questão de vida ou morte».
b. O êxito de Amor de Perdição deveu-se à identificação dos leitores com o tema do «amor puro que se confronta com a tragédia» e com os sentimentos das personagens.
c. Simão, Teresa e Mariana.
d. «Memórias duma família». O subtítulo remete para a «coincidência» de situações (prisão por motivos amorosos) entre o autor/narrador e Simão Botelho, seu antepas-
sado.
e. Com o relato da história de Simão, o autor/narrador procura «defender-se a si próprio», por se encontrar numa situação semelhante.
f. Ao escrever a obra, Camilo poderá ter tentado «convencer os doze jurados» do seu julgamento, através das suas esposas (leitoras da sua novela passional) de que, tal como
Simão, também ele «se perdera por amor».
6. Os nomes «amor» e «perdição» remetem para a causa e a consequência da relação de Simão e Teresa. O sentimento amoroso desencadeia a união dos jovens e a oposição
das respetivas famílias e da sociedade e vai conduzi-los à desgraça.

Página 168
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição dos registos áudio e vídeo (pp. 166-167)

Texto D
7. a. Verdadeira – Primeiro parágrafo. b. Falsa. Linhas 7-8 e 11-13. c. Verdadeira. Penúltimo parágrafo

Manual Digital

PowerPoint®
Amor de Perdição

Página 171

Educação Literária
1.1. A transcrição apresenta os factos motivadores da narrativa e confere-lhe um carácter de verosimilhança, obtido por meio da referência ao documento.
1.2. «aquelas linhas, de propósito procuradas» (ll. 30-31).
2. «Amou, perdeu-se, e morreu amando.» (l. 24) A síntese coloca em destaque a força dos sentimentos de Simão, vítima do amor, como se demonstra no parágrafo das linhas
15 a 21.
3. O narrador expressa a «amargura» (l. 31), o «respeito» (l. 31) e o «ódio» (l. 31) suscitados pela história de Simão através de uma linguagem emotiva, marcada pelas hesita-
ções (ll. 19, 21 e 32), pelas exclamações (ll. 15-21 e 30) e pelo recurso à interrogação retórica (ll. 25-29).
4. As referências à «leitora» identificam o público-alvo da obra, cujo enredo sentimental correspondia ao gosto romântico do público feminino, e procuram, desde logo, sensi-
bilizar esse narratário para a situação que vai ser relatada.
5. O narrador interessa-se pela história de Simão por ser, como refere no último parágrafo da obra, seu tio paterno. O relato das vivências desse parente permite-lhe, por outro
lado, explorar a sua própria situação e procurar a empatia dos leitores, dada a similitude das suas aventuras amorosas, que culminaram no encarceramento de ambos na
mesma prisão.

Página 176

Educação Literária (p. 177)


1. Domingos Botelho e Rita Preciosa contrastam em termos físicos e psicológicos. O primeiro carece de «dotes físicos» (l. 8), reconhecendo-se «feio» (l. 111), por oposição à es-
posa, «formosa» (l. 8) e destacada pela sua beleza (l. 40). O narrador sintetiza a diferença física entre os membros do casal ao referir-se-lhes como «o esposo deforme e a esposa
linda» (l. 113). Também no que concerne aos traços de carácter, os pais de Simão manifestam diferenças. Em Domingos é salientada a «rudeza» (l. 15), mencionando o narrador
que os «dotes de espírito não o recomendavam» (ll. 11-12). Revela-se ciumento (ll. 104-105) e a sua personalidade é motivo de «anedotas» (l. 125) em Vila Real. No final do capí-
tulo, é referido como «brutal e estúpido» (l. 184). Rita Preciosa, por seu turno, destaca-se pelo seu «modo altivo» (l. 74) e pela «zombaria» (l. 101) face à nobreza de Vila Real, a que
se sente superior, mas na qual as suas «soberba, formosura e graças de espírito» (l. 124) deixam memória.
2. As falas de D. Rita, na chegada a Vila Real, expressam a sua estranheza no momento da receção preparada pela«nobreza da vila» ao «conterrâneo» Domingos Botelho (ll.
54-55). Através da ironia, a dama insinua o anacronismo da iniciativa e da «comitiva» (l. 57), reforçando-o com a associação ao «século doze».

Página 177

3. Simão é inteligente (ll. 157-158), mas, segundo o narrador, «avesso em génio» (l. 162). Tal «extravagância» (l. 158) e «bravura» (l. 150) merece a admiração do pai. Contudo, o
irmão Manuel e as irmãs mais velhas temem seu «génio sanguinário» (l. 147), que se revela no convívio com desordeiros e no episódio do chafariz. Este episódio ilustra o comporta-
mento impulsivo e agressivo de Simão (que virá a evidenciar-se noutros momentos da ação).
4. O Capítulo I permite o conhecimento do tempo histórico em que decorre a ação, fornecendo informações sobre o modo de vida e os costumes da época, na corte (ll. 29-
‑44) e na província (ll. 54-102), a situação da nobreza no início do século XIX (ll. 10, 29-34, 41-44, 54-73 e 87-91) e as relações sociais e familiares (ll. 54-57, 97-100 e
146-165).
5. Através das suas intervenções, o narrador assume-se com entidade externa aos acontecimentos (não participante) e conhecedor dos factos através do relato de testemu-
nhos (l. 76). Essa circunstância e a assunção da sua ignorância relativamente a outras situações (ll. 30 e 135-137) conferem verosimilhança à narração.
6. (A).

Página 178

Letras prévias
1. O «mergulho» no olho da rapariga representa metaforicamente o processo de enamoramento, com o encanto amoroso a projetar-se numa vivência conjunta no futuro.
1.1. Tal como a banda desenhada, o excerto descreve o desenvolvimento de uma relação amorosa (de Simão e Teresa), com a antecipação do futuro comum dos apaixo-
nados.

Página 179

Educação Literária
1. De acordo com o narrador, o amor de Teresa é marcado pela «seriedade» (l. 8) e pela força, uma vez que Teresa não cede ao ódio familiar pelos parentes de Simão (ll. 13-17)
e os dois apaixonados planeiam cuidadosamente e de forma discreta o seu futuro (ll. 18-24).
2. Para evitar ver manchada a sua honra com a ligação de Teresa ao filho «do seu maior inimigo» (l. 36), Tadeu de Albuquerque prepara o casamento da filha com o sobrinho
Baltasar Coutinho. Antecipando, contudo, a recusa de Teresa, intimida-a com a hipótese de a fazer ingressar num convento.

Gramática
1. Coesão referencial (anáfora).
2. Coesão interfrásica. Exemplo: recurso às conjunções «que» (l. 40), «se» (l. 40) e «ou» (l. 42) e ao advérbio conetivo «porém» (l. 41).
Coesão frásica. Exemplos: presença de complementos exigidos por verbos (complemento oblíquo «num convento» (l. 40), «dos seus afetos», l. 42) e por nomes (complemento
do nome «de que sua filha praticasse alguma ação indigna [...]», l. 42).
Coesão referencial. Exemplos: anáfora – cadeias anafóricas de «Teresa» («seu», l. 41; «a», l. 41; «ela», l. 41; «se», l. 43; «seu», l. 44; «a», l. 45; «lhe», l. 45) e «pai» («se», l. 41;
«ele», l. 41; «sua», l. 41; «seus», l. 42; «sua», l. 42; «lhe», l. 43); uso anafórico do pronome demonstrativo «essa» (l. 40).

Página 180

Letras prévias
1.1. Através da sátira, o filme critica, de forma humorística, a discriminação em função da origem, da religião e da cor da pele, explorando também, comicamente, os va-
lores familiares que são «desafiados» com as escolhas amorosas de cada uma das filhas.
1.2. Resposta pessoal. Tópicos de resposta: as relações «eu»/sociedade condicionadas pelo tempo histórico e respetivos valores; o século XIX e o Romantismo como
época de afirmação da liberdade individual; o conflito entre os sentimentos pessoais, únicos e incondicionais, e os padrões social e/ou familiarmente estabelecidos.
2. Em Amor de Perdição, Camilo questiona a ordem social e moral, através do desafio lançado por Teresa e Simão aos seus pais e da força do seu amor, que questiona
valores e comportamentos estabelecidos (como o condicionamento dos sentimentos e do casamento).

Página 184

Educação Literária
1. A situação de Teresa, que se servira da sua «perspicácia» (l. 7) para apaziguar o pai, mantendo o contacto (por carta) com Simão, parecia tranquila, pois Tadeu não insistira
na ideia do convento nem na do casamento com Baltasar, que regressara a casa.
2.1. Inicialmente, Tadeu lembra à filha as suas «condescendência e brandura» (ll. 32-33) e procura convencê-la de forma carinhosa («cariciosamente», ll. 42-43) a aceitar a
sua decisão. Depois de Teresa se recusar a casar com Baltasar (ll. 56-57), e face à desonra que a união da filha com o «infame» (l. 60) e «miserável» (ll. 62-63) Simão represen-
taria, «Tadeu mudou de aspeto» e, «irado» (l. 58), procura exercer de forma agressiva a sua autoridade sobre a filha (ll. 59-64).
2.2. Ao longo do diálogo, Teresa confirma a sua «força de carácter» (l. 3) e o seu «orgulho fortalecido pelo amor» (l. 3), pois resiste à «violência» (l. 57) do pai, afronta a sua autori-
dade e não cede à imposição do casamento com Baltasar. A firmeza com que enfrenta Tadeu, «sem lágrimas» e «serenamente» (l. 65), e a intensidade dos seus sentimentos, por
que luta, conferem-lhe a dimensão de heroína romântica.
2.3. O diálogo de Teresa com o pai contribui para reforçar a caracterização das personagens, já esboçada anteriormente, realçando a prepotência de Tadeu e a firmeza de
Teresa. Além disso, a conversa determina o evoluir dos acontecimentos, com a recusa da jovem em acatar a vontade do pai e sujeitar-se aos costumes da época, o que
desencadeará o afastamento (definitivo) dos amantes e a sua «perdição».
3. A falta de princípios de Baltasar e a sua «absoluta carência de brios» (l. 70) coincidem com a forma como aceita e persiste na ideia de um casamento preparado sem o conhe-
cimento de Teresa, a quem acredita poder vir a seduzir, e como aconselha o tio a servir-se da filha para tentar atrair Simão a Viseu para o surpreender.
4. Simão mostra-se progressivamente mais transtornado, durante a leitura da carta, inclusivamente em termos físicos (l. 80). A «índole arrogante» (l. 81) e a «fúria do ódio» (l.
83) sobrepõem-se ao amor e conduzem-no à decisão de «ir dali a Castro Daire e apunhalar o primo de Teresa» (l. 82). Depois da leitura, e enquanto espera por transporte, as
lembranças da amada e da felicidade amorosa levam-no a tomar consciência das consequências do ato de vingança que se preparava para cometer. Face à hipótese de perder
Teresa e sentindo ainda a sua afeição, acalma-se.
5. São oponentes Tadeu de Albuquerque e Baltasar Coutinho, que procuram afastar Teresa e Simão. A sua relação conta, contudo, com adjuvantes, que permitem a proximidade
e a comunicação entre ambos: o arrieiro, o ferrador (João da Cruz) e a mendiga.

Escrita
1.1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Manual Digital

Áudio
Tema musical Antes de ela dizer que sim
PowerPoint®
Amor de Perdição
Proposta de exposição

Página 185

Em relação
1. Em Amor de Perdição, é a oposição entre os valores burgueses de Tadeu e os valores individuais de Teresa, ligados ao amor e à liberdade, que determina a evolução dos
acontecimentos, com a recusa da jovem em acatar a vontade do pai e manter a ordem moral instituída através do casamento com Baltasar. Na Farsa de Inês Pereira, o conflito
inicial entre Inês, idealista e desejosa de emancipação, e a Mãe, conservadora, define os diferentes objetivos das duas mulheres na procura de um marido para Inês, cuja
evolução no decorrer da peça a aproxima, contudo, dos valores defendidos pela progenitora (segurança económica e social).

Em destaque
1. Amor de Perdição apresenta Teresa e Simão como protagonistas da mudança social assente na supremacia do «eu» face ao grupo social. A sua luta em defesa do seu
amor corresponde também à luta contra o «tecido social» que condicionava determinantemente a liberdade individual com as leis dos homens, as quais se opunham às
«leis do coração» e não assumiam o direito à diferença.

Página 195

Educação Literária
1. Os diálogos confirmam a obra como crónica social, denunciando os interesses mundanos dos membros do clero.
2. Mariana revela-se discreta e resoluta, resistindo ao interesse do padre capelão, a quem responde com a firmeza, a segurança e a indiferença que o levam a comentar o
seu «mau génio» (ll. 14-21). Apesar da curiosidade de Joaquina, mantém-se leal a Simão, não desvendando o assunto que motiva a sua visita. Perante Teresa, mostra-se
dedicada e orgulhosa (ll. 92-98).
3. Teresa recomenda a Simão «que se não aflija» (l. 82) e que não a procure, pois, conhecendo a sua impulsividade, receia que se exponha ao perigo e antecipa que possa
cometer «uma loucura com resultados funestos» (l. 88), como vem a ocorrer.
4. Simão associa o primo de Teresa às perturbações na concretização do seu amor e liga-o ao seu destino, antecipando o final trágico da relação conflituosa.
5. João da Cruz assume-se como «um rústico» (l. 136), com uma visão conservadora dos papéis sociais do homem e da mulher (ll. 138-143). Contudo, ainda que considere que o
amor por uma mulher não justifica os riscos que Simão deseja correr, mostra-se solidário e bondoso e coloca a sua valentia e a sua coragem ao dispor do jovem (ll. 145-147). A
maneira de ser de João da Cruz é confirmada pela sua linguagem simples e popular, que faz uso da sabedoria tradicional para fundamentar as suas opiniões (ll. 134-137; 139-
-140; 142-143.
6. A carta permite conhecer o estado emocional de Simão, antes de sair para Viseu, e antecipa o destino fatal da relação, insistindo na ideia (e campo lexical) de «morte».
7. Simão vive o amor como herói romântico, exacerbando os seus sentimentos. Vê cada uma das mulheres como um anjo, dada a influência que lhes reconhece na sua
maneira de ser e de viver. Idealiza Teresa por ser capaz de o levar a mudar a sua maneira de agir e a controlar a sua impulsividade e Mariana por zelar incondicionalmente pelo
seu bem-estar.
8. Através da concentração temporal conseguida por meio da crescente pormenorização das referências temporais – «uma hora» (l. 219), «quatro horas» (l. 222), «quatro horas e
um quarto» (l. 229), «quatro horas e meia» (l. 237), «momentos depois» (l. 243) – sugere-se o progressivo aumento da angústia e da ansiedade de Simão e o aumento da tensão, até ao
confronto com Baltasar.
9. A resposta de Simão sugere que o motivo da sua perdição não corresponde ao homicídio de Baltasar, mas, como se anunciara na Introdução, ao amor contrariado pelas
famílias e que determinou a sua desgraça.

Página 196
10. (a) 1.; (b) 2.; (c) 3.; (d) 2.; (e) 1.

Em destaque
1. Os oponentes de Simão e Teresa – as suas famílias, em particular Tadeu de Albuquerque e Baltasar Coutinho – assim como os adjuvantes – João da Cruz e outros de menor relevo –
contribuem para a sua tomada de decisões, como afrontar a vontade paterna ou ingressar num convento, e para a definição e defesa da sua vontade. Por exemplo, o conflito com o
pai possibilita a afirmação da firmeza e da coragem de Teresa; o apoio de João da Cruz permite a Simão a ousadia de procurar Teresa, mesmo correndo riscos.
Página 197

Em destaque
1. O herói romântico é vítima do destino e age motivado pela/por uma paixão (sentimento intenso). É individualista e mostra-se indiferente ao que ultrapassa o seu mundo
interior. Apresenta-se como um ser excecional, «fora do comum».
2. O amor-paixão é a causa da heroicidade de Simão, Teresa e Mariana. Cada um deles vive e manifesta o amor de modos diferentes, mas é a força desse sentimento que
condiciona os seus atos e promove a sua ascensão ao estatuto de herói, na defesa da sua individualidade e em conflito com a sociedade e a moral vigentes.

Página 199

Leitura • Gramática
1. (B). 2. (C). 3. (A). 4. (C). 5. (D). 6. (B)
7. a. Complemento oblíquo.
b. Complemento direto.
c. Complemento do nome.
d. Complemento do adjetivo.
e. Predicativo do sujeito.
8. Modalidade deôntica com valor de obrigação e modalidade epistémica com valor de probabilidade.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula Leitura e Gramática
3. Fichas de Leitura
Apreciação crítica

Manual Digital

Avaliação
Questões de aula Leitura e Gramática
Fichas de Leitura Apreciação crítica

Página 201

Nota: Incidem também sobre excertos do capítulo XIX de Amor de Perdição:


– o Grupo I da Ficha Formativa sobre a obra (pp. 212-213);
– a Questão de aula sobre a novela de Camilo, presente na Parte 2 do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

Manual Digital

Avaliação
Questões de aula de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

Página 202

Letras prévias
1.1. Ricardo Araújo Pereira defende que devem evitar-se relações amorosas porque «o amor faz muito mal à saúde», comprovando a sua perspetiva com os exemplos dos
casais Romeu e Julieta, Marco António e Cleópatra e Simão e Teresa (referindo também Mariana).
Sugestão de trabalho: o tema musical Afinal anjos não voam, de Diogo Piçarra e Carolina Deslandes, que associa metaforicamente a relação amorosa a uma concretiza-
ção celeste, permite a reflexão sobre a dimensão espiritual do amor de Teresa e Simão, tal como é abordada na Conclusão da obra.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico
Página 207

Educação Literária
1. Constatada a impossibilidade de concretizar fisicamente o amor por Simão, Teresa remete para o «Céu» e para uma existência supraterrena o seu reencontro com o
amado e a união espiritual dos dois (ll. 19-20).
2. A decisão de Mariana confirma o seu carácter e a força do seu amor, que se assume como amor-paixão, marcado pela intensidade dos sentimentos e pela ânsia de pleni-
tude, inclusivamente na dimensão espiritual. Por isso, abdica da própria vida, manifestando de forma inequívoca e irreversível a sua abnegação e o seu afeto.
3. No final da obra, e depois de se terem relatado seis anos nos capítulos I a XX, a Conclusão apresenta os acontecimentos de poucos dias, aqueles em que Simão agoni-
zou, e, em pormenor, o da sua morte. Tal deve-se à tentativa de minuciar e tornar mais intenso o drama das personagens envolvidas no triângulo amoroso.
4. O parágrafo explicita as relações entre as personagens da obra e a família do autor/narrador e reforça a sugestão biográfica da novela, instaurada na introdução.

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Tópicos de resposta: o símbolo feminino representado no interior do masculino, com tamanho inferior e limitado nos seus movimentos; a sugestão da supremacia masculina e
da sua ascendência sobre as mulheres, de que é exemplo Teresa, em Amor de Perdição, condicionada pela vontade do pai.

Em relação
1. Tópicos de resposta:
– o idealismo juvenil de Maria e o de Teresa e Simão; ainda que associado a sentimentos distintos, evidencia-se no modo como expressam e defendem as suas convicções (a
crença sebastianista e o patriotismo, no caso de Maria, e o amor, no caso de Teresa e Simão);
– o individualismo em confronto com as convenções sociais, na luta (final) de Maria contra a sociedade que determina a sua ilegitimidade (e a sua morte) e na de Teresa e Simão contra
o autoritarismo familiar e os valores morais adversos à concretização do seu amor genuíno.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula de Leitura e Gramática
3. Fichas de Oralidade
Apreciação crítica
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da Oralidade – Apreciação crítica

Manual Digital

Avaliação
Questões de aula de Leitura e Gramática
Fichas de Oralidade
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Apreciação crítica

Página 208

Leitura • Escrita
1. O título remete para a «era» digital, em que ganham relevo as «influencers», os comportamentos e a linguagem associados às redes sociais. Esse universo é explorado a partir da
análise de Mariana à luz das atitudes contemporâneas e com recurso a vocabulário do campo lexical da informática, com predomínio (irónico) dos empréstimos recorrentes nas redes
sociais.
2. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura e de Escrita
Texto de opinião
3. Fichas de Gramática por sequência

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Fichas de Leitura e de Escrita
Texto de opinião
Fichas de Gramática por sequência

Página 210
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência
Página 211

Teste rápido de revisão


1. (D)
2. (C)
3. (B)
4. (C)
5. (B)
6. (D)
7. (A)

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Amor de Perdição

Página 213

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. Teresa reage com esperança, desejando que Simão aceite a pena de cadeia, por vislumbrar nessa opção a hipótese de «redenção» (l. 4) e de concretização do seu amor. A
jovem, que teme perder Simão para sempre com a sua partida para o degredo, entende que, findo o prazo de dez anos, seu pai já não será um impedimento à sua união, por já
ter morrido, e que uma possível intervenção junto do rei permitirá mitigar a pena de Simão (ll. 5-8). Este, contudo, recusa viver enclausurado, na «tortura» da «liberdade cativa»
(l. 25) numa pátria que abomina e numa sociedade contra a qual continua a querer afirmar a sua individualidade (ll. 19-22, 24 e 25-26).
2. Os dez anos de cadeia propostos a Simão são referidos através do número de dias em que será trancado na cela, se aceitar a comutação da pena. A perífrase contribui
para intensificar a sensação de opressão, a falta de liberdade de Simão e a repressão social de que se sente vítima por não abdicar do seu amor.
3. (A)
4. A apóstrofe de Simão salienta o carácter sacrificial do amor de Teresa, que sofre e morre vítima dos constrangimentos familiares e das normas sociais, que impediram a re-
lação afetiva entre os dois jovens.
5. Simão afirma-se como herói romântico, dada a sua firmeza de carácter, evidente na determinação com que resiste à «menorização» da sua pena e na forma como per-
siste na defesa da sua (possível) liberdade. Anseia até ao final pela sua felicidade, mesmo que ela venha a concretizar-se já num plano espiritual, através da morte (que
surge, à maneira romântica, como libertadora do tempo e das constrições), e mantém-se intransigente na luta pela sua honra e contra as «injúrias» (l. 30).
Parte B
6. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição

Página 214
Grupo II
1. (B)
2. (C)

Página 215
3. (B)
4. (A)
5. (D)
6. Coesão lexical por reiteração e coesão gramatical interfrásica.
7. «que seria ainda fiel a Camilo» – Oração subordinada substantiva completiva.
«que nunca foi homem de desertos nem acatamentos» – Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
Grupo III
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 3, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Teste 3, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
Questões de aula
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 3

Página 216

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promoto-
ras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
G Bem-estar, saúde e ambiente
H Sensibilidade estética e artística
I Saber científico, técnico e tecnológico

Página 217
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 220
Na lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais preconizam a leitura integral de Os Maias ou de A Ilustre Casa de Ramires.
Aborda-se, nesta sequência, Os Maias, a partir de excertos selecionados do romance e que permitem a articulação dos tópicos a considerar no estudo da obra. Na secção
«Entre textos», propõem-se atividades que possibilitam a exploração das linhas temáticas de todos os capítulos e que contextualizam os excertos transcritos. A verificação da
leitura da obra pode desenvolver-se a partir dos QuizEV dedicados ao romance e que incidem sobre todos os capítulos ou através da Ficha de verificação de leitura (global) dis-
ponibilizada na parte 6 do Dossiê do Professor – Projeto(s) de leitura.

Contextualizar
Texto A
1. (C).
Página 221

Textos B e C
2. a. A obra é considerada um «monumento literário», pois testemunha a realidade portuguesa de oitocentos, simboliza a superação de Os Maias relativamente à produção
anterior de Eça e evidencia a sua qualidade enquanto «património nacional».
b. A aproximação destaca a vertente elogiosa da epopeia de Camões relativamente à matéria épica, confrontando-a com a perspetiva crítica de Eça. Essa aproximação
visa realçar o estatuto singular de Os Maias no panorama literário português, tal como acontece com Os Lusíadas, num outro género.

Página 223

Textos D e E
3. (a) Defender a inovação e a ligação entre a literatura e o real e apoiar «uma maior abertura à evolução científica e literária europeias» (texto D, l. 18).
(b) «Modernizar Portugal» (texto D, l. 29).
(c) Apreço pela verdade; representação do real, na sua totalidade e diversidade; recusa da inverosimilhança e do fantástico e ilusório; defesa do método analítico na repre-
sentação da realidade; preocupação com problemas sociais; recusa da «evasão no tempo ou no espaço» (texto E, ll. 11-12).
(d) Pendor científico; entendimento do ser humano à luz da raça, do meio e do momento histórico.

Página 224
Textos F e G
4. (a) a história de uma família, ao longo de várias gerações. (b) Episódios da vida romântica. (c) a descrição da sociedade e do estilo de vida do último quartel do século XIX.
5. O plural remete, no título, para a relevância dos vários membros da família Maia e sua ligação com a intriga principal; no subtítulo, anuncia a diversidade de momentos – epi-
sódios – dedicados à representação da sociedade oitocentista romântica.

Manual Digital

PowerPoint®
Os Maias
Avaliação
Ficha de verificação de leitura de Os Maias

Página 225

Textos H e I
6. O cartoon explora de forma humorística o desfasamento entre a extensão de Os Maias e a dos textos das redes sociais. Salienta, assim, o facto de ser uma narrativa
longa, um romance, marcado pela pluralidade de ações, pela diversidade de personagens e pela complexidade do tempo e do espaço.
7. A narração da ação não se processa, em Os Maias, de forma meramente cronológica, uma vez que os primeiros quatro capítulos são dedicados a uma longa analepse, que
contextualiza a chegada dos protagonistas – Carlos e Afonso – ao Ramalhete, em 1875. No decurso da obra, o tempo da história e o tempo do discurso nem sempre coincidem,
verificando-se a existência de analepses e elipses.
Sugestão: Para uma aproximação inicial a Os Maias ou como recursos para a diversificação de estratégias de abordagem do romance, podem explorar-se duas App dedi-
cadas à obra:
App (Google Play)
Os Maias Handbook

App Os Maias. Becoming an expert!


Página 229

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos I, II e III

Página 231

Educação Literária
1. Através da metáfora, Vilaça salienta o desafogo financeiro dos Maias.
2. Afonso regressa a Lisboa para não «viver muito separado do neto» (l. 48), que, face às «ideias sérias de carreira ativa» (ll. 48-49), devia instalar-se na capital.
3. A hipérbole destaca a longevidade da personagem, sugerindo a sua experiência de vida. A comparação antecipa a grandeza moral de Afonso, associando-o aos heróis de
outras eras.
4. Carlos revela-se um «rapaz de gosto e de luxo» (ll. 34-35), apreciador da ciência (l. 29) e da cidade (ll. 35-36).
5. A frase destina-se a introduzir a longa analepse que irá relatar os acontecimentos anteriores ao presente da ação.
6. Vilaça refere os «desgostos domésticos» (l. 32) vividos na casa de Benfica e que, na sua opinião, por ocorrerem em todos os lares, não justificariam a venda do imóvel. Tais
desgostos, contudo, pela sua dimensão trágica associada sobretudo à morte de Pedro, determinaram a mudança de Afonso para Santa Olávia, onde criou o neto.
7. A casa de Benfica, espaço familiar de Afonso, Maria Eduarda Runa e Pedro, liga-se, em particular, ao suicídio deste, sendo lugar de tristeza e morte. A quinta de Santa Olávia
corresponde ao espaço de regeneração, para onde Afonso e Carlos se recolhem. O Ramalhete coincide com a reintegração da família Maia na capital.
8. O jardim do Ramalhete, como a casa, associa-se simbolicamente ao percurso de vida de Carlos e Afonso. Depois de recuperado, e apesar de alguns elementos que remetem para
a morte («o cipreste e o cedro», ll. 54-55) e para a sua causa, o amor (a estátua de Vénus), sugere a renovação e a vitalidade, do espaço e da família.

Entre textos
1. (B) «...por decisão da mãe...». (F) «...por discordar de negócios precedentes do pai da jovem.»

Página 232

Letras prévias
1.1. O amor de Pedro é intenso e absorvente, dominador e trágico.
1.2. A referência a «Romeu», a caracterização do primeiro olhar de Pedro e Maria Monforte como «fatal» e a antecipação dos efeitos do amor como uma descida «aos abismos»
sugerem a dimensão trágica que vem a concretizar-se com a fuga de Maria e o suicídio de Pedro.

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos I, II e III

Página 234

Educação Literária
1. Linhas 1-19: confronto entre Pedro e Afonso, por causa de Maria Monforte. Linhas 20-38: afastamento entre pai e filho, durante o casamento de Pedro. Linhas 39-84: rea-
proximação, com o regresso de Pedro, após a fuga de Maria.
2. A comparação destaca, em relação a Afonso, o seu carácter firme e intransigente na defesa da honra e, relativamente a Pedro, a sua fragilidade.
3. Para aparentar ser forte, Pedro tem de se «esforçar» por ultrapassar a sua debilidade sentimental. Essa debilidade fica evidente no momento em que regressa à casa de
Benfica e procura o conforto do pai, entregando-se à tristeza e ao desespero, que levam Afonso a estimular nele uma reação mais firme (l. 50).
4. O parágrafo remete para a vida social de Pedro e Maria Monforte na casa de Arroios e denuncia a hipocrisia dos que, tendo criticado a «negreira», agora se deixavam seduzir
pelo seu estatuto.
5. Os advérbios sugerem o estado emocional de Pedro, entregue ao sofrimento e sem uma reação firme, apenas reagindo de forma quase automática às indicações do pai.
6.1. A descrição dos filhos, focando-se nos mesmos elementos físicos e recorrendo aos mesmo adjetivos (ll. 22-23 e 66-67), salienta as semelhanças existentes entre eles,
em particular os olhos. Além disso, Carlos e Maria Eduarda partilham o segundo nome. O nome de Carlos sugere a sua associação às «aventuras e desgraças» (ll. 36-37)
amorosas do herói do romance (emprestado por Alencar) que inspirou sua mãe. A escolha do seu nome destaca outro pormenor: Pedro desejava dar ao filho o nome de seu pai,
Afonso, o que leva a pensar que, existindo uma filha sua, ela poderia ter o nome de sua mãe, como efetivamente acontece: Maria Eduarda.
6.2. As condições atmosféricas da «sombria tarde de dezembro, de grande chuva» (l. 39), e a comparação usada para salientar o desalento de Pedro (l. 45).
Página 235

Em destaque
1. (a) educação; (b) temperamento; (c) instabilidade; (d) excessos; (e) desequilíbrios; (f) rutura; (g) noitadas; (h) ciúme; (i) mulher; (j) paixão; (k) fim; (l) natureza.
2. A diversificação da intriga amorosa corresponde aos diferentes modos de experienciar e viver o amor em Os Maias.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Educação Literária
Eça de Queirós, Os Maias

Sugestão: Sobre as personagens em Os Maias e respetiva caracterização, pode consultar-se o site Dicionário de Personagens da Ficção Portuguesa, acessível através do link:
http://dp.uc.pt/

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Educação Literária
Eça de Queirós, Os Maias

Página 236

Letras prévias
1.1. a. O sujeito enunciador do tema musical aproxima-se de Pedro da Maia, assumindo a sua falta de autonomia e a dependência da mãe (vivendo, como assume metaforica-
mente, «ao colo da mamã»).
b. Carlos contrasta com o «eu» da canção e com Pedro da Maia, pois foi privado de uma figura materna durante a infância e a sua educação visou conferir-lhe segurança,
independência e força (física e psicológica).

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Manual Digital

Áudio
Tema musical Bom rapaz
QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos I, II e III

Página 238

Educação Literária
1. Carlos revela-se «curioso» (l. 4), divertido (ll. 9-10), ágil (ll. 10-11 e 56-57) e «forte e airoso» (l. 11). Vilaça caracteriza-o como «uma linda criança» (l. 13), com os «olhos dos
Maias, o cabelo encaracolado» (ll. 13-14) e Afonso destaca o facto de ser «são» e «rijo» (l. 15).
2. Depois de salientar as semelhanças de Carlos com o pai, Vilaça parece refletir sobre essas parecenças (na pausa que as reticências assinalam) e sentir necessidade de, através
da adversativa, antecipar um temperamento diferente para o menino.
3. O verbo marca a diferença entre as ideias preconcebidas (as ilusões) de Vilaça sobre a educação de Carlos e a realidade, que, na perspetiva de Teixeira, correspondia a um
conjunto de «barbaridades» (l. 41) preconizadas pelo «sistema inglês» (l. 44).
4. Durante o diálogo, ao almoço, são confrontadas as perspetivas de Afonso e de Brown, defensores do sistema inglês, assente no desenvolvimento da força física, e a perspetiva de
Vilaça e do abade, defensores de uma educação tradicional portuguesa, desenvolvida a partir do estudo dos clássicos.
5. No capítulo III, o ritmo narrativo abranda e dá-se a conhecer ao pormenor a educação de Carlos (em contraponto também com a de Eusébio). Confere-se, pois, relevân-
cia ao momento de preparação do que a personagem virá a ser na idade adulta.

Gramática
1. (A)
2. (B)
3. a. Complemento do adjetivo. b. Complemento direto. c. Complemento oblíquo. d. Complemento do nome.
Página 239

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Oralidade
1.1. a. Shakira refere a sua condição de artista para salientar que ela tem sido o meio para atingir o seu objetivo de trabalhar para erradicar a pobreza, através da educação. b. As
vivências de infância despertaram a cantora para as desigualdades que se propõe combater.
1.2. Segundo Shakira, a educação garante a todas as crianças os meios para que possam lutar por melhores condições de vida e impede que se distingam apenas devido
ao acaso de terem nascido em determinada família ou em determinado meio. Garantir o acesso à educação através de uma rede de escolas garante igualmente o acesso
a condições de existência dignas, já que a construção daquelas promove o desenvolvimento de infraestruturas decisivas (água, luz...).
1.3. O discurso de Shakira adquire uma dimensão política e ética, dado o seu foco na defesa do bem comum, em particular na promoção do bem-estar das crianças, através do
envolvimento da sociedade (civil e política).

Entre textos
1. Afonso recebe de Vilaça notícias de Maria Monforte, que soubera através de Alencar. Ainda com dúvidas sobre a situação da neta, escreve a um primo, em Paris. Através das in-
formações de Alencar e do primo, conclui que a irmã de Carlos está morta.
2. Carlos e Ega chegam a Lisboa com planos de trabalho. Carlos instala um consultório e um laboratório, Ega delineia a redação da sua «epopeia em prosa» (p. 117) Memórias
de um Átomo.
3. Cf. quadro da p. 255.

Página 240
Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
3. Fichas de Oralidade
Discurso político
5. Materiais de apoio ao manual
Transcrição do registo vídeo

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita Exposição sobre um tema
Fichas de Oralidade Discurso político

Página 241

Praticar
1. a. Discurso indireto livre. b. Discurso indireto livre (ll. 3-6) e discurso direto (ll. 7-8).

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Modalidades de reprodução do discurso
3. Fichas de Gramática
Modalidades de reprodução do discurso

Manual Digital

PowerPoint® e QuizEV
Modalidades de reprodução do discurso
Avaliação
Questões de aula e ficha de Gramática
Modalidades de reprodução do discurso

Página 243

Educação Literária
1. O modo como as personagens são descritas evidencia uma perceção subjetiva, coincidente com o ponto de vista de Carlos. Assim, ele vê Maria Eduarda passar «com um
passo soberano de deusa» (ll. 8-9), registando as impressões visuais e olfativas que ela lhe provoca; avalia Dâmaso como «um rapaz baixote, gordo» (l. 17) e sintetiza a
impressão pouco simpática que lhe provoca através da comparação «frisado como um noivo de província» (ll. 17-18); sintetiza a apreciação de Alencar, nas linhas 38-42,
através de adjetivos e advérbios que realçam a sua faceta artística, mas também anacrónica.
2. (C)
3. Carlos apenas «reparou mais» em Dâmaso, «interessando-se» (l. 25) por ele, no momento em que percebeu que ele conhecia Maria Eduarda.
4. Alencar encontra pela primeira vez Carlos, depois de o ter conhecido em criança. Ele e Pedro foram companheiros de geração e amigos íntimos, tendo sido inclusiva-
mente o poeta o primeiro a falar-lhe de Maria Monforte. A sua presença neste momento da ação sugere a sua aproximação de Carlos e assinala simbolicamente a perma-
nência do passado.

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos IV, V e VI

Página 245

Educação Literária
1. A comparação (ll. 10-11) e a metáfora (ll. 10 e 13-14).
2. Aliados de Alencar e opositores ao Naturalismo: Craft, defendendo que a arte, sendo uma «idealização» (l. 18), não deveria mostrar «a realidade feia das coisas e da sociedade»
(l. 17), e Carlos, a quem desagradavam os «ares científicos» (l. 21) da estética realista. Oponente de Alencar e defensor do Naturalismo: Ega, defendendo o realismo como
«estudo seco» (l. 26) e objetivo de elementos da sociedade.
3. O episódio relata a situação em que Carlos vê pela primeira vez Maria Eduarda. Esse encontro condicionará a sua movimentação subsequente na capital e acabará por ser
decisivo para o futuro da família Maia. Além de ser relevante para a intriga principal (título), ilustra a crónica de costumes sugerida pelo subtítulo da obra, apresentando um
dos momentos em que se descreve, de forma crítica, a sociedade lisboeta e o país, os seus hábitos e as ideias dominantes.

Gramática
1. Discurso direto: «– E a obra de arte – acrescentou Craft – vive apenas pela forma…» (l. 30). Discurso indireto: «o Alencar imediatamente, limpando os bigodes dos pingos de
sopa, suplicou que se não discutisse, à hora asseada do jantar, essa literatura latrinária.» (ll. 4-6). Discurso indireto livre: «Ali todos eram homens de asseio, de sala, hem?
Então, que se não mencionasse o excremento!» (ll. 6-7)

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com tópicos de resposta.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica

Manual Digital

Áudio
Tema musical Quem és tu, miúda?
PowerPoint®
Tópicos para a exposição
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Oralidade Exposição sobre um tema
Fichas de Escrita Apreciação crítica
Rubricas e grelhas de avaliação

Página 246

Entre textos
1. (B), (D), (G), (A), (E), (C), (H), (F)
2. (a) ocultado; (b) Maria Eduarda; (c) Hotel Nunes; (d) Lawrence’s Hotel; (e) casualidade; (f) Eusébio; (g) Palma; (h) Alencar; (i) desapontado; (j) impaciente; (k) conhecedor;
(l) queijadas.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questão de aula
Eça de Queirós, Os Maias
3. Fichas de Educação Literária
Eça de Queirós, Os Maias

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos VII, VIII e IX
Avaliação
Questão de aula e ficha de Educação Literária
Eça de Queirós, Os Maias

Página 247

Em destaque
1. a. Pedro e Carlos veem a mulher por quem se apaixonam, ficam encantados e envolvem-se posteriormente com ela. Pedro casa com Maria Monforte, Carlos desenvolve uma
relação com Maria Eduarda assente no pressuposto de adultério. Também adúltera é a relação de Ega com Raquel Cohen.
b. Pedro da Maia: oposição da família. Carlos da Maia e Ega: envolvimento ocultado, devido à natureza adúltera das relações.
c. Pedro da Maia: a fuga de Maria Monforte. Carlos da Maia: a descoberta do incesto. Ega: a descoberta do adultério pelo marido de Raquel.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência

Página 250

Letras prévias
1.1. Longa e cuidadosa preparação (12 meses); qualidade dos colaboradores, dos cavalos e dos participantes; divulgação internacional; moda inspiradora.
1.2. Ambiente luxuoso, marcado pela ostentação e pela riqueza, pela qualidade e pela sobriedade, que contrasta com a desorganização, a improvisação e a falta de entu-
siasmo das corridas em Belém.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos X, XI e XII

Página 252

Educação Literária
1. O comentário de Craft destaca ironicamente a inadequação e o desleixo do espaço descrito anteriormente, assim como a grosseria das situações entrevistas, no contexto de
um divertimento tido como dos mais civilizados, à época.
2.1. (B) (ll. 14 e 26-29)
2.2. (C) (ll. 39-40, 42-44, 51-53 e 55-56)
3. A descrição privilegia sensações visuais (ll. 5-8, 23, 25, 32...), táteis («poeirada baça do ar», l. 6; «a poeira sufocava», l. 12; «a brisa lenta», l. 33; «o peso do sol de
junho», l. 53) e auditivas (ll. 17 e 34).
4. A sinestesia, fundindo sensações visuais e auditivas, reforça o contraste entre a luminosidade do dia, propícia a um espetáculo animado, e o «silêncio» que caracterizava o
espaço físico e humano. Contribui, pois, para salientar a dificuldade de adaptação do evento ao ambiente nacional.
5. (a) 2.; (b) 1.; (c) 3.
6. A «desordem» e a confusão geradas pela reclamação de um dos jóqueis confirmam o carácter provinciano e pouco sério das corridas, num episódio em que Eça critica «um diverti-
mento que não estava nos hábitos do país» (p. 334 da obra) e a que a sociedade portuguesa reage com «pasmaceira» (p. 333 da obra).

Gramática
1. «passou» (l. 9), «depois» (l. 10); «quase foi esbarrar» (l. 11).
2. De «Queria que se fosse chamar o Sr. Savedra» (ll. 17-18) até ao final do parágrafo. A passagem permite introduzir de forma expressiva as reclamações de um dos «sujeitos de
flor ao peito», que constituem uma das manifestações da desorganização do evento e da sua desadequação à moral nacional («entrar sem pagar», ll. 18-19).
3. a. Verbo auxiliar modal.
b. Verbo copulativo.
c. Verbo principal intransitivo.

Em relação
1. Em Os Maias, Eça de Queirós desenvolve, através dos «episódios da vida romântica», uma crónica de costumes da sociedade da segunda metade do século XIX, que é perspe-
tivada de forma crítica, em particular pela sua falta de autenticidade e excesso de sentimentalismo. Camões explorou, na obra lírica, o desconcerto do mundo, realçando a
aparente falta de lógica nas relações humanas, e, na obra épica, de forma mais direcionada, os defeitos dos portugueses. Assim, partilha com Eça a observação crítica dos seus
conterrâneos.

Página 254

Entre textos
1. Carlos recebe um bilhete de Maria Eduarda, solicitando-lhe que vá a sua casa consultar um familiar doente. É a partir dessa visita de cariz profissional que a relação entre
os dois evolui até ao envolvimento amoroso.
2. Carlos sente que a semelhança podia indiciar «a concordância dos seus destinos» (p. 358 da obra).
3. A relação de Carlos e Dâmaso torna-se gradualmente mais fria e distante, à medida que o primeiro se aproxima de Maria Eduarda e o segundo se deixa dominar pelos
ciúmes.
4. Maria Eduarda expressa, por duas vezes, a sua vontade de contar algo a Carlos, mas este, dominado pela paixão, antecipa-se e considera que a amada quer manifestar a
sua vontade de fugir, para ultrapassar aquela que ele considera ser a condição do seu amor adúltero. Mais tarde, compreende-se que Maria Eduarda queria revelar a sua verda-
deira ligação a Castro Gomes.

Oralidade • Educação Literária


1. Sugestões de resolução no Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Sugestões de resolução de atividades

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos X, XI e XII
PowerPoint®
Os Maias

Página 255
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste de Oralidade 4

Manual Digital

Avaliação
Teste de Oralidade 4

Página 257

Educação Literária
1. Ega admira Carlos por reconhecer o carácter insólito e surpreendente do seu amor, diferente de qualquer «romancezinho» (ll. 10-11), intenso e marcado por um «irre-
parável destino» (l. 13).
2. Toca remete para um espaço isolado e fechado, ou seja, com as características que Carlos e Maria Eduarda desejam para, à semelhança dos animais, aí se refugiarem,
sentirem segurança e aconchego.
3. Carlos sente o seu amor como uma «fé» (l. 4) e associa a sua vivência à de «coisas divinas» (l. 6), com uma dimensão sobrenatural. Contudo, o quarto, na Toca, ainda que descrito
com vocabulário associado ao campo religioso («arco de capela», l. 35, «tabernáculo», l. 37), contrasta com esse carácter espiritual e remete para a concretização «sensual»
(l. 33) do amor (ll. 38 e 40).
4. O predomínio do amarelo, simbolicamente associado à luxúria, à sensualidade e à morte. As figuras de Vénus e Marte na tapeçaria, aludindo à ligação amor-guerra (oposições,
dificuldades). A figura degolada no «painel antigo» (l. 45), S. João Baptista, anunciando a tragédia (morte de Afonso). A coruja, simbolicamente associada à noite e, por extensão, à
morte.
Sugestão: para a abordagem da Toca como espaço do amor de Carlos e Maria Eduarda, pode ouvir-se o tema musical Nem Desgosto do Amor, de Nuno Lanhoso.

Entre textos
1. É a preocupação com Afonso e com mais um desgosto que sofreria este homem «austero e puro» (p. 465 da obra) e a antecipação da desilusão que o seu comportamento
traria ao avô que impedem Carlos de fugir com Maria Eduarda.
2. Carlos é procurado por Castro Gomes, que, a pretexto de uma carta anónima (na verdade enviada por Dâmaso), ficara a saber da relação do médico com Maria Eduarda.
Nesse momento, revela-lhe que não é casado com a mãe de Rosa e que esta não é sua filha. Anuncia ainda que sairá de Portugal. Carlos confronta Maria com as revela-
ções, que a levam a relembrar, em analepse, a sua vida.
3. No jornal A Corneta do Diabo, Carlos e Maria Eduarda são difamados, num artigo que vêm a descobrir ter sido solicitado por Dâmaso. Este é obrigado por Ega a redigir uma
carta, que é posteriormente publicada no jornal A Tarde, assumindo-se bêbado, o que o leva a partir para Itália.

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos XIII, XIV e XV

Página 258

Em destaque
1. Os quatro grandes locais estão associados à representação do espaço social e à crítica à vida romântica.
2. (a) Afonso e Carlos – tranquilidade e regeneração. (b) Carlos – vida académica e boémia. (c) Carlos e Cruges – romantismo. (d) Afonso e Pedro – tragédia. (e) Pedro e Maria
Monforte – vida familiar e social. (f) Carlos e Afonso – vida familiar e social; tragédia. (g) Carlos – diletantismo. (h) Ega e Raquel – sensualidade e luxúria. (i) Carlos, Alencar,
Cohen... – crítica social. (j) Maria Eduarda – vida familiar, amor. (k) Carlos e Maria Eduarda – amor, refúgio.

Página 259

Manual Digital

QuizEV
Verificação de leitura – Os Maias: capítulos XVI, XVII e XVIII

Página 260

Educação Literária
1. Ega hesita sobre o que fazer com as revelações de Guimarães, que o informara do parentesco entre Carlos e Maria Eduarda, pois nenhuma das decisões que possa tomar
sobre o que fazer com o «segredo terrível» (l. 2) lhe trará paz e a sua revelação a Carlos determinará a desgraça do amigo.
2. Carlos começa por manifestar a sua revolta através da incredulidade, negando, através de um discurso emotivo (marcado por interrogações, exclamações, reticências),
a veracidade dos factos expostos por Ega (ll. 16-19). Pressiona Ega a partilhar a sua recusa (ll. 21-22) e confronta o avô com as revelações, numa fala hesitante e revela-
dora da sua perturbação psicológica (ll. 34-39).
3. No último parágrafo, através das metáforas «todo dobrado sobre a bengala» e «esmagava», destaca-se o desalento de Afonso e a sua subjugação à força do «implacável
destino» (ll. 46-47). Sugere-se a sua anulação depois de mais uma desgraça familiar e a sua posição de vítima destruída pela irresponsabilidade do filho e do neto.

Gramática
1. – Não sei nada. O que a Monforte aqui assegura, eu não o posso destruir... Essa senhora da Rua de S. Francisco é talvez, na verdade, minha neta... Não sei mais...
2. Nas linhas 1-2, as aspas assinalam o discurso direto, em monólogo interior, de Ega. Nas linhas 11-12, marcam a citação das palavras do Guimarães.
3. A modalidade epistémica com valor de probabilidade associa-se ao desejo de Carlos de ver esclarecida a situação.

Entre textos
1. ... e Carlos pratica o incesto conscientemente.
... o que leva Carlos e Ega a aconselharem Maria Eduarda a mudar-se para Paris.

Página 261

Em destaque
1. Carlos e Maria Eduarda são descritos como dotados de características físicas e morais de excelência, que os distinguem das restantes figuras da sociedade lisboeta.
Carlos era «um formoso e magnífico moço, alto, bem-feito» (p. 102 da obra), destacando-se na sua apresentação os olhos negros, que são também salientados em relação
a Maria Eduarda (p. 211 da obra). Esta é apresentada como uma «deusa» (pp. 164 e 211). São ambos psicologicamente dotados de traços de carácter que os distinguem, sa-
lientando-se o «plano grandioso» (p. 103 da obra) de Carlos ao instalar-se em Lisboa (que não chega a concretizar).

Em relação
1. Tal como em Frei Luís de Sousa, em Os Maias os protagonistas são marcados pela nobreza de carácter, que lhes confere uma dimensão de excelência. Contudo, as suas ações
são condicionadas pela força do destino, associado a uma ausência que se fará presente e os conduzirá à tragédia (D. João de Portugal e Maria Eduarda).
Dossiê do Professor
3. Fichas de Educação Literária
Relação de conteúdos

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Educação Literária
Relação de conteúdos

Página 262

Educação Literária
1. No último capítulo, conhece-se o percurso das personagens da intriga principal nos dez anos subsequentes ao incesto. Há ainda momentos de crítica social, com o reencontro
de Carlos e Ega e o seu passeio pela baixa de Lisboa a permitir a confirmação do atraso e da estagnação do país, a partir da observação da cidade e do conhecimento das histó-
rias de vida de várias das personagens da crónica de costumes, e a constatação de que os dois amigos foram, também eles, «românticos».
2. A presença de Alencar ao longo da obra destaca-o como testemunha privilegiada da história dos Maias e assinala simbolicamente a vigência do Romantismo na socie-
dade portuguesa do século XIX.

Oralidade
1.1. O fracasso de Carlos deve-se a circunstâncias que superaram a sua educação: o temperamento português, caracterizado pela indolência e pelo sentimentalismo, e o meio em
que a personagem se integrou e que o influenciou na sua ociosidade.
1.2. O título deixa em aberto a possibilidade de Os Maias transmitirem um ensinamento, que o autor considera, de facto, existir: a obra promove a reflexão sobre a força e a prepon-
derância dos sentimentos e também sobre o carácter português (entendendo que é Portugal «a personagem oculta» do romance).

Página 266
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Página 267

Teste rápido de revisão


1. (D)
2. (B)
3. (C)
4. (A)
5. (B)
6. (C)
7. (C)

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Os Maias

Página 269

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. A exclamação de Ega sintetiza a sua perspetiva relativamente aos anos precedentes, durante os quais, com Carlos, assumira uma perspetiva crítica do país, da capital e da ma-
neira de ser dos seus habitantes e procurara afirmar a sua diferença. A realidade, contudo, após os dois anos em Lisboa, e à distância de uma década, leva-o a constatar que o seu
percurso não correspondeu ao que haviam idealizado e, por isso, assume o falhanço.
2. A descrição do Ramalhete, dez anos depois da tragédia que envolveu os Maias (morte de Afonso, separação e afastamentos dos amantes/irmãos), sugere as conse-
quências do incesto e a destruição da família, extensível à residência que a abrigou durante os anos da estadia em Lisboa. É agora um espaço sem vida («mudo» e «desa-
bitado»), conotado com a morte e a degradação («um ar baço de ferrugem», «grades [...] cheias de treva»). Os «tons de ruína» da casa são, simbolicamente, o reflexo da
ruína da família e da sua destruição.
3. Ao regressar à casa onde apenas viveu dois anos, Carlos, marcado pela forte «comoção» (l. 14), sente que nela passou a «vida inteira» (ll. 15-16), pois o Ramalhete foi o
cenário de acontecimentos de intenso valor sentimental.
4. A interrogação de Ega suscita a reflexão dos amigos sobre o seu percurso. Ainda que determinados, aquando da sua instalação em Lisboa, em 1875, a demarcarem-se
da sociedade romântica da capital, o decurso da sua vida e as experiências amorosas em que se envolveram levam-nos à constatação de que foram, também, «indivíduos
inferiores» determinados «pelo sentimento, e não pela razão» (ll. 21-22).
5. A «teoria da vida» sintetizada por Carlos remete para a existência e atuação de um «fatalismo muçulmano» (l. 31) que conduz os destinos dos seres humanos. Desse
modo, reconhecendo a interferência de uma força superior, aos homens nada mais resta do que «Tudo aceitar» (l. 32) passivamente. Com a aceitação desta teoria, Carlos
afasta-se da conceção naturalista que presidira à sua caracterização e contraria os princípios deterministas do Naturalismo.
Parte B
6. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição

Página 270
Grupo II
1. (C)

Página 271
2. (D)
3. (A)
4. (C)
5. (B)
6. a. Complemento do nome.
b. Complemento do adjetivo.
7. Coesão referencial – correferência não anafórica.
Grupo III
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 4, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula
Eça de Queirós, Os Maias
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Eça de Queirós, Os Maias

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Teste 4, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária
Eça de Queirós, Os Maias
Questões de aula
Eça de Queirós, Os Maias
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 4

Página 272

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promoto-
ras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.
Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
I Saber científico, técnico e tecnológico

Página 273
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 276
Na lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais indicam, para a abordagem dos Sonetos Completos de Antero de Quental, a exploração de dois
poemas.
Apresentam-se nesta sequência sonetos em número superior ao indicado, integrados nas diferentes rubricas de interpretação e de apoio ao trabalho autónomo dos alunos, possi-
bilitando-se percursos diferenciados e escolhas adequadas às características das turmas e/ou a atividades de natureza interdisciplinar.

Contextualizar
1.1. As cenas recriam acontecimentos relacionados com a proibição das Conferências do Casino, em 1871, em que quatro dos promotores do evento dialogam sobre o cancelamento
da iniciativa, destinada a refletir sobre o atraso do país e a contribuir para o desenvolvimento de «uma sociedade mais justa».
1.2. Antero de Quental é respeitado e mesmo venerado pelos seus companheiros, sobre os quais possui forte ascendente. Eça de Queirós destaca o seu temperamento «impul-
sivo e radical» e manifesta profunda admiração pela «força das suas palavras», desde o tempo de estudantes em Coimbra (e da Questão Coimbrã).
2.1. Antero ganhou relevância durante os anos em que cursou Direito e em que se assumiu como «porta-voz dos estudantes nas diversas manifestações académicas». O seu papel
foi também decisivo na Questão Coimbrã e na Geração de 70.

Página 277
3. Esquema com as duas «faces» da poesia dos Sonetos Completos:
– a vertente associada ao otimismo ou tendência «apolínea» ou «luminosa»: «sonetos otimistas»; valorização da «Razão»; crença na «luta por uma sociedade melhor»; «racionali-
dade otimista»; «cosmovisão eufórica».
– a vertente associada ao pessimismo ou tendência «dionisíaca» ou «noturna»: «pessimismo»; «desencanto»; «angústia», «dor»; «morbidez»; «frustração»; «cansaço»; des-
crença «da luta» e entrega à «desistência», ao «sono», ao «sonho» e à «transcendência religiosa»; «interiorização reflexiva», «depressão e inquietação filosófica e desassossego»;
«cosmovisão atormentada».

Manual Digital

PowerPoint®
Sonetos Completos

Página 278

Letras prévias
1.1. A palavra «arena» evoluiu a partir do étimo ARENA, que deu origem também a «areia», em português. Passou a designar campos de areia destinados a espetáculos ou provas
desportivas e, em sentido figurado, campos de discussão.
1.2. A expressão recupera o sentido figurado de «arena», remetendo para o mundo enquanto lugar de combate de ideias.

Educação Literária
1. O sujeito poético apresenta-se de forma aparentemente paradoxal, assumindo-se uma «alma livre», mas «submissa» à «Razão» e aos valores que lhe associa (o «Amor» e a
«Justiça»). Dessa forma, realça a sua única dependência ao espírito racional.
2. A Razão é descrita como o valor essencial e congregador do universo (vv. 5-6), que motiva toda a atuação humana em busca de um mundo justo. A anáfora «Por ti» reforça
a sua importância, destacando as ações que promove (vv. 9-14) e as qualidades que dela decorrem, como a «virtude», o «heroísmo», a «liberdade» e a coragem.
3. À Razão são atribuídos traços específicos dos seres humanos (v. 2), o que contribui para a aproximar do sujeito poético, que faz dela sua interlocutora, num tom de
cumplicidade.
4. O título anuncia um canto elogioso, que se confirma com a apologia da Razão desenvolvida a partir da segunda quadra.
Página 280

Letras prévias
1. A expressão associa-se a «alguém que luta por ideais inatingíveis, inalcançáveis, miríficos, que defende o que todos sabem ser uma utopia», a um «adepto de causas
perdidas». É este o caso do sujeito poético do soneto, uma vez que empreende, em sonhos, a busca pelo «palácio encantado da Ventura», num percurso que vem a revelar-
-se marcado pelo insucesso.

Educação Literária
1. No primeiro momento, correspondente à primeira quadra, o «eu» apresenta o seu sonho, mostrando-se determinado. Os versos 5-6, coincidindo com um segundo momento,
revelam o cansaço e o desalento do sujeito poético («exausto e vacilante»), decorrentes da busca exigente. A terceira parte do poema é introduzida pela expressão «E eis que» (v. 7)
e prolonga-se até ao verso 12. Nesse momento, o «eu» lírico revela perseverança, recuperando energia e mostrando novo vigor aquando da aproximação ao palácio. Os dois últi-
mos versos do soneto configuram o momento final, em que a frustração e o desânimo do sujeito lírico se evidenciam, ao conhecer o interior do palácio.
2. A missão que o sujeito poético se propõe cumprir, no seu universo onírico, enquanto «cavaleiro andante», é árdua e exigente, conforme se depreende das exigências que implica
(percorrer locais inóspitos, ao longo de vários dias, v. 2) e dos efeitos físicos e anímicos que provoca no «eu» (vv. 5-6).
3. (a) 1.; (b) 3.; (c) 2.

Página 281

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.
Nota: Sobre a curta-metragem pode ler-se a informação constante do site da Ciclope filmes, através do link http://www.ciclopefilmes.com/filmes/historia-tragica-com-
-final-feliz

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo áudio [Letras prévias, p. 280]
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Escrita
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 282

Leitura • Gramática
(pp. 282-283)
1. (C). 2. (B). 3. (D). 4. (B). 5. (A). 6. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Leitura e Gramática
3. Fichas de Leitura
Artigo de opinião
3. Fichas de Gramática por sequência

Manual Digital

Avaliação
Questões de aula
Leitura e gramática
Fichas de Leitura
Artigo de opinião
Fichas de Gramática por sequência
Página 283

Em destaque
1. a. F. «incessante inquietação espiritual»; «infinita procura» (l. 2).
b. V. «a infinita procura de qualquer coisa capaz de conceder um sentido ou uma finalidade à existência humana» (ll. 2-3).
c. F. «Tal entidade aparece quase sempre sob contornos vagos ou indefinidos» (ll. 3-4).
d. V. Linhas 8-10 e 13-14.

Página 284

Letras prévias
1.1. A canção reflete sobre a «viagem» que é metaforicamente a vida ou as diversas viagens/os diversos percursos (pessoais, familiares, profissionais...) que todos fazemos enquanto
seres humanos.
1.2. A música e o soneto de Antero coincidem na exploração da metáfora da vida enquanto «viagem» marcada pelo momento final da morte, assumida como «alívio» e
libertação das «dores», dos «desenganos e pesares».

Educação Literária
1. O facto de o sujeito poético enfrentar, «sem susto», o caminho caracterizado de forma disfórica («estreito», v. 1, quase estéril, vv. 1-5, árido, v. 3, quente e sufocante, v.
4) realça a sua capacidade de resistência e a sua coragem («coração robusto», v. 8) ou indiferença face à realidade ameaçadora envolvente.
2. (C)
3. As interpelações dirigidas aos «peregrinos singulares» (v. 9) com que o «eu» se confronta, posteriormente identificados como «silenciosos companheiros» (v. 13), sugerem,
personificando-os, os sentimentos motivadores da tristeza do sujeito poético, com os quais está habituado a viver. Se, no primeiro terceto, a apóstrofe, associada à interroga-
ção, confere à reflexão um tom angustiante, com a alusão à presença da morte, a invocação direta a esta entidade (v. 14) e o acolhimento favorável por parte do «eu» confir-
mam a sua perceção de que apenas o fim da existência pode libertá-lo da angústia.

Manual Digital

Áudio
Tema musical Viagem

Página 285

Oralidade
1.1. Tópicos para discussão:
– Objetivo da campanha: sensibilizar para a saúde mental dos portugueses, em particular dos jovens.
– Recursos utilizados:
• momento informativo inicial, com a apresentação de dados estatísticos sobre a saúde mental dos portugueses, seguido de excertos de noticiários televisivos que ilus-
tram os factos;
• participação de artistas conhecidos do público juvenil para divulgação dos temas visados e das estratégias de superação dos problemas;
• apelo à intervenção dos jovens, através de um tom persuasivo (2.ª pessoa gramatical, formas verbais no imperativo, frases imperativas, recursos expressivos, como a inter-
rogação retórica, a antítese e a utilização de estruturas paralelísticas);
• acompanhamento musical, com letra alusiva à temática da saúde mental.
1.2. Resposta pessoal.
Sugestão: a propósito da saúde mental dos jovens, pode também constituir uma atividade interessante, de complemento à análise da campanha da YMCA Setúbal ou de apoio à elabo-
ração do texto de opinião, o vídeo «Os Jovens e a Saúde Mental», da responsabilidade do Instituto Português do Desporto e da Juventude, da Direção-Geral da Saúde e do Conselho
Nacional da Juventude e com ilustrações de Sara-a-dias. Encontra-se disponível através do link https://www.youtube.com/watch?v=2R9JZy-w-44

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Texto de opinião
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Página 286

Em relação
1.1. Na primeira quadra, estabelece-se um contraste entre a realidade, marcada pelo mal, e a «fantasia», único local onde são possíveis os «Prazeres». A enumeração do verso
4 intensifica a força e o alcance do mal, que existe contínua e ininterruptamente.
1.2. Os versos 11 e 13 iniciam-se com a conjunção coordenativa de valor adversativo, introduzindo uma perspetiva oposta à reflexão imediatamente anterior. Assim, à hipó-
tese de levar a vida «em sonhos só», o sujeito poético contrapõe a inutilidade da vida sem existência concreta e, perante a hipótese de esquecer tudo o que se vivera, obsta
com a impossibilidade de daí advir felicidade, uma vez que o simples nascimento corresponde, no seu entendimento, ao «mal maior».
2. Tal como no soneto de Antero de Quental, nas composições camonianas estão presentes a reflexão sobre a vida pessoal e a angústia existencial, associando-se o des-
concerto individual (evidente em referências comuns, como a perspetiva negativa sobre o dia do nascimento) ao desconcerto do mundo, em que o mal se sobrepõe ao
bem e os valores morais se apresentam corrompidos.

Página 287
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste de Oralidade 5

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Oralidade
Texto de opinião
Teste de Oralidade 5
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Página 288
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Página 289

Teste rápido de revisão


1. (C)
2. (C)
3. (D)
4. (A)
5. (C)
6. (B)
7. (A)

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Sonetos Completos

Página 290

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. A apóstrofe utilizada na primeira quadra é dirigida ao «Coração indomado» (v. 2), lembrando-lhe que a busca pelo ideal que o domina (e, por extensão, ao sujeito poé-
tico) não deve decorrer no mundo real, a «imensa esfera» (v. 4). Dessa forma, contribui, desde logo, para realçar a ânsia do «eu» e conferir à «Ideia» (v. 3) um carácter trans-
cendente.
2. A enumeração gradativa que constitui o verso 10 sintetiza a singularidade do espaço a que pertence o Ideal («A rosa ideal da eterna primavera!», v. 8) e que o sujeito poético
tenta identificar a partir do primeiro verso. Não coincide com «mundos», como a «imensa esfera» (v. 4) que é a Terra, não existe em «astros» ou «sóis» (vv. 10 e 7) nem se descobre
em quaisquer «constelações» (v. 10). Dirigindo-se diretamente aos corpos celestes para os rejeitar enquanto pontos de existência da «Ideia», o sujeito poético sugere, por exclu-
são de elementos reais, que ela integra uma dimensão sobrenatural.
3. De acordo com o soneto, a «Ideia» possui uma natureza irreal, não se concretizando fisicamente no mundo terreno. Correspondendo aos valores da «Verdade» (v. 9), do «Bem»
(v. 12) e ao dom da palavra («o Verbo», v. 12), equivale, em suma, à «Essência» (v. 12), que se encontra apenas na «Consciência» (v. 14) individual.
4. Apenas no último terceto o sujeito poético abandona a caracterização da «Ideia» pela negativa (enumerando os locais onde não se encontra) e desvenda o seu verda-
deiro sentido, associando-a à individualidade e à razão humanas. Deste modo, encerra o poema com a revelação de que, mais do que uma entidade alheia ao ser humano,
o ideal corresponde aos seus princípios mais puros.
5. (a) 2.; (b) 2.; (c) 3.
Página 291
Parte B
6. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição

Página 292
Grupo II
1. (C)
2. (A)
3. (D)
4. (B)
5. (D)

Página 293
6. a. Modificador (do grupo verbal).
b. Predicativo do complemento direto.
7. a. Modalidade deôntica com valor de obrigação.
b. Modalidade epistémica com valor de probabilidade.
Grupo III
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 5, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula
Antero de Quental, Sonetos Completos
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Antero de Quental, Sonetos Completos

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Teste 5, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária
Antero de Quental, Sonetos Completos
Questões de aula
Antero de Quental, Sonetos Completos
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 5

Página 294

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promoto-
ras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
G Bem-estar, saúde e ambiente
I Saber científico, técnico e tecnológico
J Consciência e domínio do corpo

Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 298
Na lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais indicam, relativamente a Cesário Verde, a leitura integral de «O sentimento dum ocidental».

Contextualizar
1. a. Nascimento em 1855. Morte em 1886. b. Família de ascendência genovesa, dedicada ao comércio (de fruta), burguesa, culta, abastada, com residência em Lisboa e uma
quinta em Linda-a-Pastora. c. Frequentou o Curso Superior de Letras, sem o ter terminado. d. Comerciante, agricultor, poeta. e. Poesia sem sentimentalismo, do concreto e do real,
descritiva (protorrealismo); fascínio pelas figuras humanas (as mulheres, os trabalhadores, os pobres...); observação e recriação do real de forma objetiva.
2. (a) afastada; (b) escassa; (c) indiferença.
Sugestão:
Para a recolha de informações mais detalhadas sobre a biografia de Cesário Verde, sugere-se a audição do podcast «O Essencial sobre Cesário Verde» (2 de março de 2020),
da Imprensa Nacional, disponível através do link https://imprensanacional.pt/podcasts/#

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do programa Literatura Aqui (RTP)

Página 299
3. (D)

Página 300
4. Industrialização das cidades, aumento da população nos centros urbanos, em particular de grupos de trabalhadores, desenvolvimento da rede viária, pavimentação de ruas,
alargamento das ofertas de habitação, criação de novos bairros, melhorias no sistema de iluminação (a gás), incremento e diversificação dos espaços comerciais e de diverti-
mento, presença de grupos de marginalizados.

Página 301
5. / 6. (a) Nova galeria de personagens: calceteiros, varinas, engomadeiras, operários (classes trabalhadoras). Os espaços da cidade (as ruas, as lojas), em particular os de
convívio: botequins, tertúlias, teatros. A cidade como «personagem» central dos poemas. A realidade quotidiana.
(b) A poesia como roteiro. A imaginação transfiguradora. A representação da realidade objetiva, concreta («palpável») e quotidiana. O predomínio dos sentidos, sobretudo a visão. A
representação de quadros-vivos da cidade.
(c) Linguagem sem retórica e sem o predomínio da subjetividade, corrente e comum. Expressão direta, ajustada ao novo conteúdo.
7. A poesia de Cesário Verde foi revolucionária no seu tempo, segundo Maria Filomena Mónica, uma vez que representou um corte com os textos sentimentais dos român-
ticos e privilegiou o espaço exterior.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do documentário

Manual Digital

PowerPoint®
Cânticos do Realismo

Página 302

Letras prévias
1. O poema foi redigido no âmbito das comemorações do tricentenário da morte de Camões e Cesário procurou evocar o poeta épico através da expressão das mudanças
operadas na cidade de Lisboa, desde que Camões cantara o seu «glorioso passado».
2.1. (a) Final da tarde, anoitecer. (b) «ao anoitecer» (v. 1). (c) Início da noite. (d) «ao acender das luzes» (v. 6). (e) Noite. (f) «A noite pesa, esmaga.» (v. 1). (g) Madrugada. (h) «lá-
grimas de luz dos astros» (v. 3) e «às escuras» (v. 6).
2.2. Os subtítulos evidenciam uma progressão temporal da experiência de deambulação pela cidade de Lisboa, que se inicia ao final do dia, no momento da oração ves-
pertina, e se prolonga, já «noite fechada», quando escurece e é necessário recorrer à iluminação artificial («Ao gás»), até à madrugada das «horas mortas», sem agitação.

Página 303
Notas:
• A versão de «O sentimento dum ocidental» apresentada segue a edição da Porto Editora identificada na referência bibliográfica. Relativamente aos subtítulos das quatro
secções do poema, os mesmos foram integrados por Silva Pinto em O Livro de Cesário Verde, não constando da versão do poema publicada originalmente no Jornal de Via-
gens (a cuja cópia digital é possível aceder-se a partir da biblioteca digital da Biblioteca Nacional, através do link http://purl.pt/16331/1/index.html#/1/html).
• Considerando a estrutura particular do poema, que, desde a origem, se organiza em quatro momentos distintos, propõe-se um trabalho de análise que parte da leitura e
interpretação de cada uma das suas partes para culminar em atividades de abordagem global da obra, sobretudo focando a presença e subversão do imaginário épico (p.
320).

Manual Digital

PowerPoint®
«O Sentimento dum Ocidental»

Página 304

Educação Literária
1. a. O título remete para o sujeito poético, um «ocidental» que, em Portugal, relata a sua deambulação pelas «ruas» de Lisboa, «ao anoitecer». b. O sujeito poético sente-se
enjoado e perturbado (vv. 6, 25), comprazendo-se no seu próprio desconforto por estar na cidade (v. 4). Esta é a causa do seu mal-estar, com a sua «soturnidade» e a sua
«melancolia» (v. 2), com a «cor monótona e londrina» (v. 8) dos seus edifícios. Paradoxalmente, a mesma cidade que «incomoda» (v. 25) o «eu» inspira-o a denunciar as suas
condições, conforme assume no verso 25.
2. Ao utilizar o plural, o sujeito poético remete para um grupo do qual faz parte. Assume-se como um de entre os muitos ocidentais que vivem em contextos semelhantes e
que, por isso, conhecem a cidade descrita e partilham os sentimentos e as perceções do «eu».
3. As comparações dos edifícios com «gaiolas» e dos «carpinteiros» com «morcegos» destacam a dimensão aprisionante e sombria da cidade.
4. As formas verbais «Ocorrem-me» e «evoco» introduzem breves momentos em que o sujeito poético se evade da realidade. No primeiro caso, motivado pela visão dos passagei-
ros que, na estação de comboios, partem em viagem e cuja felicidade admira, o «eu» «viaja» no espaço até cidades conotadas com o progresso artístico e deseja (conforme a
enumeração gradativa sugere) inclusivamente «o mundo». No verso 21, a evasão do sujeito poético ocorre numa dimensão temporal, pois, face à constatação de que, no «cais»,
só existem «botes» (v. 20), recorda-se, por antítese, do tempo grandioso dos «heróis» (v. 22), de «Camões» (v. 23) e das «soberbas naus» (v. 24). Estas fugas imaginativas permitem ao
sujeito poético escapar, por instantes, do presente e, através da fantasia, aceder a outros tempos e espaços conotados com a felicidade e com a grandeza.
5. (B)

Página 305
6. Na descrição das «varinas», o sujeito poético destaca a sua robustez (vv. 37-38), insinuando a sua necessidade de resistência física, face à exigência do seu trabalho. Destaca
ainda as difíceis condições em que vivem, integrando muitas vezes famílias dedicadas à pesca, marcadas pelos naufrágios e perda de entes queridos (vv. 39-40) e residindo em
bairros insalubres (vv. 43-44).
7. O poema apresenta uma estrutura narrativa: centra-se na deambulação do «eu» (ação), que relata o seu passeio no espaço citadino, ao entardecer (narrador, espaço e tempo).
A subjetividade implicada nesse relato remete, contudo, para a dimensão lírica do texto, uma vez que a realidade é descrita a partir da ótica do sujeito poético (marcada pelo re-
curso à 1.ª pessoa), que expressa não apenas o que lhe é externo, mas também as suas impressões, os seus sentimentos e as suas reações ao meio envolvente (vv. 4, 6, 10, 25,
41...).
8. O verso 13 é decassilábico e os versos 24 e 42 são alexandrinos (doze sílabas métricas).

Gramática
1. (A) 4 (ou 1, 6); (B) 1; (C) 6; (D) 3; (E) 5.
2. a. Complemento do nome. b. Predicativo do sujeito. c. Sujeito. d. Complemento direto. e. Complemento direto.
3. (A)
4. a. Ato expressivo. b. Ato assertivo.

Página 306

Escrita
1. Sugestão de tópicos a integrar no texto:
– a perceção sensorial da realidade;
– a representação das impressões e sensações;
– o predomínio das sensações visuais e auditivas no poema de Cesário;
– as impressões visuais, táteis e olfativas na pintura de Monet.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 307

Em destaque
1. (C)
2. (B)

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste de Oralidade 6

Manual Digital

Avaliação
Teste de Oralidade 6

Página 308

Em destaque
1. Conforme o prefixo «trans-» sugere, a palavra derivada «transfiguração» implica a ideia de representar o que está para além da realidade. Cesário opera, através da
poesia, uma recriação do real que parte dele, mas não exclui, antes integra, a dimensão subjetiva do poeta. Assim, embora o ambiente envolvente seja o grande catalisa-
dor da poesia, esta torna-o presente a partir das impressões que provoca no «eu» e, por vezes, dos espaços e tempos que ele imagina como alternativa ao momento pre-
sente.

Página 309

Letras prévias
1. A cidade de Lisboa é representada através da personificação, que a torna «menina e moça», permitindo alusões à capital através de referências antropomórficas (cotovelo, ca-
beça, seios...) e criando um clima de cumplicidade entre o enunciador e o espaço por que revela profunda admiração.
1.1. Sensações visuais e auditivas. Sentimentos de amor e admiração na canção; morbidez e tristeza, no poema de Cesário.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Página 310

Educação Literária
1. A perturbação manifestada pelo sujeito poético no início do poema e da sua deambulação agrava-se e leva-o a sentir-se mortificado (v. 2), dominado por «umas loucuras man-
sas» (v. 2) e desconfiado inclusivamente de um problema físico (v. 5). O «eu» assume-se «mórbido» (v. 6) e em sofrimento, como o verso 8 sintetiza.
2. Sensações visuais: «À vista das prisões, da velha Sé, das cruzes» (v. 7), vv. 11-12, vv. 13-14, vv. 18-19.
Sensações auditivas: «Som / Que mortifica e deixa umas loucuras mansas!» (vv. 1-2); «os sinos dum tanger monástico e devoto» (v. 20).
3. A estátua de Camões, o «épico de outrora» (v. 24), embora colocada «num recinto público e vulgar» (v. 21), sem lugar de destaque e acompanhado por «exíguas pimenteiras»
(v. 22), contrasta com os «corpos enfezados» (v. 26) e com «os soldados» (v. 27) referidos na estrofe seguinte. Símbolo da força e da glória nacionais, sugeridas pela resistência
(«Brônzeo», v. 23) e pelo tamanho («monumental, de proporções guerreiras», v. 23), a estátua evoca o cantor da grandeza do passado, que se opõe a um presente em que apenas
circulam por Lisboa seres humanos atrofiados, sombras e reflexos dos heróis antigos («Sombrios e espetrais», v. 27).
4. (a) 3.; (b) 3.; (c) 1.; (d) 3.
Página 311
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência
3. Fichas de Leitura
Artigo de opinião

Leitura
1.1. Ponto de vista: as difíceis condições de arrendamento de casa em Lisboa constituem boas oportunidades para os portugueses.
Contra-argumento (antecipado pelos adeptos do «derrotismo nacional»): «a taxa de esforço para pagar o arrendamento de uma casa em Lisboa é superior à de outras ci-
dades europeias» (ll. 3-4).
Argumentos: o valor elevado das rendas em Lisboa permite concluir que «somos mais ricos do que pensávamos» (ll. 6-7) e possuímos casas mais valiosas do que outros europeus;
encontrar rendas mais acessíveis em Barcelona favorece os lisboetas, que evitam o trânsito matinal, passam a ser detentores de uma casa no estrangeiro e podem fazer compras
num mercado com uma taxa de IVA inferior à nacional.
1.2. Através da ironia, o autor aborda o problema das rendas elevadas em Lisboa e outros que lhe associa (trânsito na capital, custo de vida em Portugal, elevado número
de turistas em Lisboa).

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
Fichas de Leitura
Artigo de opinião

Página 313

Educação Literária
1. Na segunda quadra, perante as ruas de lojas iluminadas, contrastando com a escuridão da noite, o sujeito poético imagina «filas de capelas», com velas e outros ador-
nos associados aos rituais religiosos. Tal fuga imaginativa permite-lhe a crítica implícita à «catedral» de consumo em que se transforma a cidade ao cair da noite e na qual
as mulheres das classes abastadas veneram o luxo.
2. A quarta estrofe transmite, ao contrário das restantes, uma imagem de saúde e de força associada aos espaços da cutelaria e da «padaria». No primeiro destes locais, o «forja-
dor» trabalha «rubramente» e, através do advérbio, é colocada em destaque a sua robustez física e sugerido o rubor das suas faces, resultado do esforço e sinal de energia.
Na apresentação da padaria, a sinestesia «exala-se, inda quente, / Um cheiro [...] a pão no forno» contribui para destacar a singular perceção positiva da realidade, em contraste
com o frio da noite (vv. 4 e 5) e os cheiros desagradáveis da cidade (I, v. 6). Através da adjetivação, as características do pão são, por extensão, atribuídas aos padeiros, sugerindo-
-se a vitalidade e a honestidade das classes trabalhadoras.
3. O sujeito poético expressa o seu desejo em termos artísticos: a redação de um livro capaz de incomodar. O desassossego ansiado diz respeito à capacidade de, perante a
«análise» do «real», suscitar a reflexão sobre a cidade contemporânea e os seus contrastes para promover a mudança.
4. A figura humana descrita na última quadra começa por ser apresentada pela súplica que expressa nas ruas. É, em seguida, referida através de uma característica física
(«calvo») e das expressões «eterno» e «sem repouso», que sugerem o longo período já vivido a pedir «esmola». Deste modo, só depois de destacar as condições de existência
do «homenzinho idoso», o sujeito poético revela a sua antiga ocupação de «professor nas aulas de latim», expressando, através da sua solidariedade, uma crítica à sociedade
que lança na marginalidade até pessoas cultas e merecedoras de reconhecimento.

Gramática
1.1. a. Ter-me-á pedido sempre esmola um homenzinho idoso […]. b. Nunca/Jamais me pede esmola um homenzinho idoso […]. c. Alguém me pede sempre esmola. d. Pede-lhes
sempre esmola um homenzinho idoso […].

Página 314

Em relação
1. As quadras focam o espaço natural, com referência às forças da Natureza que mantêm o seu equilíbrio. Nos tercetos, são descritas as «negras cidades» (v. 9), espaços
onde é possível a «revolta» (v. 10) e em que, segundo o sujeito poético, se justificam e impõem os «combates eternos da Justiça» (v. 14).
2. Tanto no soneto de Antero como no poema de Cesário, a cidade, espaço de escuridão e de iniquidades, é vista como palco dos combates pela justiça. Ainda que de formas
distintas, em que se destaca o estilo interventivo de Antero e uma expressão mais pessoal de Cesário, ambos ambicionam um ideal social marcado pela diluição de contrastes
e pela equidade.

Página 315

Em destaque
1. Apenas através da representação dos diversos e distintos elementos que compõem o espaço urbano é possível realçar as suas diferenças e pôr em evidência os contras-
tes. Por exemplo, é o confronto com as «burguezinhas do Catolicismo» (III, v. 9) e com «a lúbrica pessoa» (III, v. 25) que realça a dureza da vida das «varinas» (I, v. 36) e das
«costureiras» e «floristas» (II, v. 37).
Página 318

Letras prévias
1. As pinturas transmitem a ideia de enclausuramento nos edifícios e, por extensão, na cidade. No mural de Os Gémeos, há também a alusão à liberdade, com a represen-
tação da figura humana menor colocada numa fisga, dominada pela figura maior, ou mesmo a sugestão de vingança face às classes mais abastadas, considerando a indu-
mentária e ausência de cor do homem segurado.

Página 319

Educação Literária
1. O sujeito poético assume o desejo de se evadir e de atingir um espaço (real ou imaginário) diferente por se sentir envolvido na escuridão do «teto fundo» (v. 1) da noite, no qual o
surpreendem as «lágrimas de luz dos astros», «os olhos dum caleche [...] sangrentos» (v. 8) e os sons ouvidos no silêncio (vv. 6-7), nomeadamente «um parafuso» que «cai nas lajes» (v.
6), o ranger das «fechaduras» (v. 7) e «as notas pastoris de uma longínqua flauta» (v. 12).
2. O som da flauta pastoril escutado ao longe introduz na descrição do espaço urbano a referência ao ambiente campestre que se lhe opõe, sugerindo a distância «longín-
qua» que o separa da cidade (em termos físicos, mas, sobretudo, sociais e humanos) e as vidas «infaustas» de quem apenas pode captar essa alternativa positiva à distân-
cia.
3. O presente é o tempo da escuridão (vv. 26, 27, 29) e da opressão, dos «emparedados» (v. 25) que vivem «no vale escuro das muralhas» (v. 26) e na «massa irregular / De prédios
sepulcrais, com dimensões de montes» (vv. 41-42). É marcado ainda pela decadência moral e social, exemplificada pelos «tristes bebedores» (v. 32) e pelas «imorais» (v. 39)
e pelas referências à falta de segurança (vv. 27-28, 33 e 37). O futuro é sonhado como um tempo de glória, de harmonia social e de pureza, em que os descendentes da
geração atual (v. 21) reconquistam o espírito épico dos antepassados, exploram «todos os continentes» (v. 23) e as «vastidões aquáticas» (v. 24) e privilegiam, no espaço
comum, as «mansões de vidro transparente» (v. 16) e «habitações translúcidas e frágeis» (v. 20).
4. Com o uso dos adjetivos («sujos», «ósseos, febris, errantes»), as características dos cães são referidas antes da sua identificação. O advérbio «amareladamente» sugere
o efeito produzido pela visão dos cães. Ambos os recursos contribuem para destacar a impressão causada no sujeito poético pelo encontro com os animais, mais do que
descrevê-los de forma objetiva.
5. O poema termina com um reforço da imagem negativa da cidade que se construíra no decorrer das suas quatro partes. Com recurso à metáfora («os emparedados» que
vivem no «vale escuro das muralhas», vv. 25-26, e em «prédios sepulcrais», v. 42), à hipérbole (v. 42), à personificação (v. 43) e à comparação («A Dor humana [...] tem
marés, de fel, como um sinistro mar!», vv. 43-44), as últimas referências a Lisboa remetem para o seu ambiente escuro, sujo, imoral, violento e degradante. Assim, a cidade é
descrita como espaço de dor e sofrimento, antecâmara da morte.

Página 320

Em relação
1. O imaginário épico está presente no poema de Cesário Verde, atendendo, desde logo, à estruturação narrativa do texto, que acompanha o «ocidental» referido no título na
sua deambulação, num período que se estende do anoitecer até à madrugada. A progressão temporal é acentuada pela organização do poema em quatro partes, quatro
«cantos» dedicados à exaltação da cidade de Lisboa em quatro momentos distintos da sua existência quotidiana. Os aspetos mais significativos da capital, na perspetiva do
sujeito poético, são destacados através de um discurso quase prosaico (para que contribui a utilização do verso longo, decassílabo ou alexandrino) e de uma linguagem
marcada pelo sensorialismo e pelo uso expressivo dos adjetivos e dos advérbios. De forma mais evidente, «O Sentimento dum Ocidental» faz alusão a Camões, a Os Lusíadas
e ao respetivo universo épico em três das quatro partes do poema (I, vv. 23-24; II, vv. 21-24; IV, vv. 22-24), como contraponto para as figuras e o ambiente representados no poema
de Cesário.
2.1. (a) Exaltar (est. 2, v. 7) todos aqueles que, em virtude de grandes obras, atingiram a imortalidade, em particular os heróis que navegaram além do mar conhecido, enfrentaram
«perigos e guerras» e dilataram a fé e o império. (b) A viagem marítima «por mares nunca dantes navegados» (est. 1, v. 3). (c) «As armas e os barões assinalados» (est. 1, v. 1), os «Reis»
que promoveram a expansão (est. 2, vv. 1-4) e todos «aqueles que por obras valerosas / Se vão da lei da Morte libertando» (est. 2, vv. 5-6). (d) Apresentar o estado decadente da cidade
de Lisboa, em contraste com o período áureo da época de Camões. (e) A deambulação do sujeito poético pelas ruas de Lisboa, numa viagem no espaço, no tempo (do fim da
tarde à madrugada) e interior (pelos seus sentimentos face à realidade envolvente). (f) Todas as figuras que povoam o universo da cidade e com que o «eu» se cruza no seu
percurso.
3. Além dos aspetos considerados nas respostas às questões anteriores, os alunos podem também associar a subversão do imaginário épico no poema de Cesário ao tom antié-
pico de Os Lusíadas, lembrando as reflexões do poeta estudadas no 10.º ano e as críticas aí tecidas por Camões à sociedade da sua época.

Página 322

Oralidade
1.1. Tópico de resposta: trata-se de um argumento adequado e bem fundamentado, uma vez que suporta a apreciação negativa da forma como as cidades se estão a alastrar,
em critérios de impacte ambiental.
1.2. A afirmação não é correta, uma vez que Álvaro Domingues, desvaloriza as questões ambientais no panorama futuro de adequação das cidades.

Escrita
1.1. Cidades amigas das pessoas e do ambiente, através de: subscrições de transportes; automóveis elétricos; tecnologia ao serviço dos cidadãos; contentores do lixo inteligentes;
desenvolvimento da consciência ambiental; generalização de painéis solares; reutilização das águas pluviais; acessibilidade da habitação; aproveitamento do território, com cidades
mais densas (áreas mais concentradas e construção em altura em locais adequados) e mais sustentáveis; desenvolvimento de edifícios inteligentes; incremento de espaços de
trabalho comunitários; flexibilização dos horários de trabalho.
1.2. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do excerto do debate e do programa radiofónico

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de texto
de opinião

Página 324
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Página 325

Teste rápido de revisão


1. (B)
2. (C)
3. (A)
4. (C)
5. (B)
6. (C)
7. (D)

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Cânticos do Realismo
«O Sentimento dum Ocidental»

Página 326

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. O ambiente da cidade, ao anoitecer, contribui, em simultâneo, para o interesse («inspira-me», v. 9) e para o desconforto («incomoda», v. 9) do sujeito poético, provo-
cando nele o desejo de evasão, refugiando-se, por via da imaginação, no tempo glorioso de «Camões» (v. 7) e das «soberbas naus» (v. 8). As ruas de Lisboa incitam-no, também, à
deambulação (vv. 3-4), durante a qual observa e percorre o espaço «a cismar» (v. 3), refletindo sobre a realidade envolvente.
2. (B)
3. Deambulando pela cidade, o sujeito poético observa os «botes» atracados nos «cais». Tal visão suscita-lhe a evocação de outros momentos, no mesmo espaço: os registados nas
«crónicas navais» (v. 5), associados à época grandiosa dos Descobrimentos, cantados por Camões em Os Lusíadas (v. 7) e cumpridos com recurso a «soberbas naus» (v. 8). As referên-
cias ao poeta épico e às embarcações instauram o contraste entre o período de glória nacional que simbolizam e a decadência do presente, reforçada pela ideia de que a recuperação
da magnificência do país é irrecuperável («eu não verei jamais», v. 8).
4. A forma verbal «Flamejam» sugere, por um lado, o brilho dos espaços interiores luxuosos, como os «hotéis da moda», por contraponto com a escuridão e a melancolia da ci-
dade ao final do dia. Atendendo à etimologia do verbo, sugere, igualmente, a força das classes endinheiradas, «consumindo» recursos e explorando os menos abastados.
5. A viagem do poeta, já não marítima, como a do plano narrativo central de Os Lusíadas, decorre «por boqueirões, por becos» (v. 3), num percurso que «inspira» mas que
também «incomoda» (v. 9), pois aos espaços e às personagens que assumem agora o papel de heróis contemporâneos faltam os traços de grandeza épica: os «calafates»
(v. 1) são «enfarruscados, secos» (v. 2), os «dois dentistas» discutem (v. 13), o «arlequim» é «trôpego» (v. 14), os «lojistas» aborrecem-se à porta dos seus estabelecimentos.
Nos «cais» de Lisboa, estão agora atracados «botes» (v. 4), ao invés das «soberbas naus» (v. 8) do século XVI, e «um couraçado inglês» (v. 10), que recorda a ascendência
britânica. O tempo de Camões é apenas «ressuscitado» (v. 6) na imaginação, que permite a fuga a um presente que subverteu a memória épica duma cidade e de um país
agora decadentes.

Página 327
Parte B
6. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição
Página 328
Grupo II
1. (B)
2. (A)
3. (B)

Página 329
4. (C)
5. (D)
6. «Convido»: dêixis pessoal e temporal; «vos»: dêixis pessoal; «aí»: dêixis espacial.
7. (a) 3.; (b) 2.; (c) 1.; (d) 2.
Grupo III
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 6, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula: Cesário Verde, Cânticos do Realismo
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Cesário Verde, Cânticos do Realismo

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Teste 6, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária
Cesário Verde, Cânticos do Realismo
Questões de aula
Cesário Verde, Cânticos do Realismo
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 6

Página 330

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promoto-
ras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Competências-chave do PASEO promovidas:


A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
G Bem-estar, saúde e ambiente
H Sensibilidade estética e artística
I Saber científico, técnico e tecnológico
Manual Digital

Áudio
Na minha rua, Anaquim

Página 331
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 334
Principais referências
bibliográficas consultadas:
• AMORIM, Clara, e SOUSA, Catarina, 2016. Gramática do Português – Ensino Secundário. Porto: Areal
• CARDEIRA, Esperança, 2006. O essencial sobre a História do Português. Lisboa: Caminho
• COSTA, João, e SILVA, Vítor Aguiar (Orgs.), 2011. Dicionário Terminológico. http://dt.dge. mec.pt/ (último acesso em 2021-08-12)
• CUNHA, Celso, e CINTRA, Lindley, 2010. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 19.ª ed. Lisboa: Sá da Costa
• JORGE, Noémia, 2014. Gramática – Português – 3.º Ciclo. Porto: Porto Editora
• MATEUS, Maria Helena Mira et al., 2003. Gramática da Língua Portuguesa. 6.ª ed. Lisboa: Caminho
• RAPOSO, Eduardo Buzaglo Paiva et al. (Orgs.), 2013. Gramática do Português. Volumes I, II e III. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
• ROCHA, Maria Regina, 2016. Gramática – Português – Ensino Secundário. Porto: Porto Editora

Manual Digital

PowerPoint®
Formação e evolução do português
QuizEV
Origem, evolução e distribuição geográfica do Português no mundo

Página 335

Manual Digital

PowerPoint®
Geografia do português no mundo
Étimos e valores semânticos
QuizEV
Origem, evolução e distribuição geográfica do Português no mundo
Étimos e valores semânticos

Página 336
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Processos fonológicos

Manual Digital

PowerPoint®
Processos fonológicos
QuizEV
Processos fonológicos
Avaliação
Questão de aula Processos fonológicos

Página 337

Praticar
1.1. «sulfúrico» significa «relativo ao enxofre».
1.2. a. Palatalização e apócope.
b. Dissimilação, sonorização e apócope.
c. Prótese, palatalização e apócope.
1.3. Áureo, auricolor, aurífero, aurificar.
1.4. A palavra «prata» tinha, no latim vulgar, a forma argentum, daí Ag.
2. Ambas as palavras partilham o sentido de «dedo». Em «dígito» permanece a sugestão de contar cada um dos dígitos (números de um a nove) com recurso aos dedos das mãos.
Outras palavras em que surge o étimo: digital, digitação, digitiforme.
3.1. (1) d. (2) a., d. (3) a. (4) c., e. (5) b. (6) f. (7) d.
3.2. a. personalização; b. total; c. absentismo; d. colorido; e. octógono; f. foliforme.
(cf. étimos da questão 3. para explicação do sentido.)

Página 338
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Classes de palavras
3. Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais
Distinguir funções sintáticas dos pronomes relativos

Manual Digital

Avaliação
Questão de aula
Classes de palavras
Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais
Distinguir funções sintáticas dos pronomes relativos

Página 342
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir classes de «que»

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir classes de «que»

Página 343
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir subclasses do verbo

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir subclasses do verbo

Página 345

Praticar
1. (A) 4; (B) 2; (C) 5; (D) 6; (E) 1.
2. (A).
3.1. (B).
3.2. Só te enviarei pelo correio os documentos em falta.
4. (a) 3. (b) 2. (c) 3.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Classes de palavras
3. Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais
Distinguir funções sintáticas dos pronomes relativos

Manual Digital

Avaliação
Questão de aula
Classes de palavras
Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais
Distinguir funções sintáticas dos pronomes relativos

Página 346
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Valor modal
3. Fichas de Gramática
Valor modal

Manual Digital

PowerPoint®
Valor modal
QuizEV
Valor modal
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Valor modal

Página 347

Praticar
1. (B).
2. (C).
3. (A) 2.; (B) 3.; (C) 1.; (D) 4.; (E) 5.

Página 348
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Constituintes da frase

Manual Digital

PowerPoint®
Constituintes da frase
Avaliação
Fichas de Gramática Constituintes da frase

Página 349
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula Funções sintáticas
3. Fichas de Gramática
Funções sintáticas
Manual Digital

PowerPoint®
Funções sintáticas
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Funções sintáticas

Página 351

Manual Digital

PowerPoint®
Complemento do nome
QuizEV
Complemento do nome

Página 352
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir modificadores do nome
Distinguir complemento do nome e modificador do nome

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir modificadores do nome
Distinguir complemento do nome e modificador do nome

Página 353
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir complemento do nome, complemento do adjetivo e complemento oblíquo
Distinguir funções sintáticas introduzidas por preposição

Manual Digital

PowerPoint®
Complemento do adjetivo
QuizEV
Complemento do nome e do adjetivo
Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir complemento do nome, complemento do adjetivo e complemento oblíquo
Distinguir funções sintáticas introduzidas por preposição

Página 354

Praticar (pp. 353-354)


1. (B).
2. (A).
3.1. (a) 1.; (b) 3.
3.2. (c) 2.; (d) 1.; (e) 2.
3.3. (f) 2.; (g) 2.; (h) 1.
3.4. (i) 3.; (j) 3.; (k) 1.
4. (A) 1.; (B) 2.; (C) 1.; (D) 3.; (E) 2.; (F) 1.; (G) 2.; (H) 3.; (I) 2.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Funções sintáticas
3. Fichas de Gramática
Funções sintáticas
Manual Digital

PowerPoint®
Funções sintáticas
QuizEV
Funções sintáticas
Avaliação
Questões de aula e fichas de Gramática
Funções sintáticas

Página 355

Manual Digital

PowerPoint®
Frase complexa

Página 357
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Frase complexa
3. Fichas de Gramática
Frase complexa
Distinguir orações subordinadas
Distinguir orações subordinadas substantivas (completivas e relativas)

Manual Digital

PowerPoint®
Orações subordinadas substantivas relativas
QuizEV
Frase complexa
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Frase complexa
Fichas de Gramática
Distinguir orações subordinadas
Distinguir orações subordinadas substantivas (completivas e relativas)

Página 358
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir orações subordinadas relativas (substantivas e adjetivas)
Distinguir orações introduzidas por «que»
Distinguir funções sintáticas das orações subordinadas

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir orações subordinadas relativas (substantivas e adjetivas)
Distinguir orações introduzidas por «que»
Distinguir funções sintáticas das orações subordinadas

Página 359

Praticar
1. (C).
2. (D).
3. (A), (C), (D).
4. (B).
5. (D).
6. a. «do que a caminhada do mês passado» – Oração subordinada adverbial comparativa.
b. «em que ficámos» – Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
c. «que apenas os jovens são responsáveis pela conservação do ambiente» – Oração subordinada substantiva completiva.
d. «Caso encontres uns chinelos amarelos» – Oração subordinada adverbial condicional.
e. «quem tem muito talento» – Oração subordinada substantiva relativa.
f. «Ainda que oiça música nas plataformas digitais» – Oração subordinada adverbial concessiva.
g. «Mal foram divulgados os resultados finais» – Oração subordinada adverbial temporal.
h. «que incentivem a fixação de população no interior do país» – Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
i. «de quem se falou na reportagem» – Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Frase complexa
3. Fichas de Gramática
Frase complexa

Manual Digital

PowerPoint®
Frase complexa
QuizEV
Frase complexa
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Frase complexa

Página 360

Manual Digital

QuizEV
Processos de formação

Página 361

Praticar
1.1. A informação é estruturada a partir de relações de hiperonímia-hiponímia.
1.2. Banana, maçã, ameixa, melão...
1.3. alface, árvore, flor, livro, caderno...
2. (A), (E), (G), (H).
3. (A) 7.; (B) 5.; (C) 4.; (D) 6.; (E) 1.; (F) 8.; (G) 2.; (H) 3.
4. a. Substância que provoca poucas (hipo-) reações alérgicas.
b. Aquilo que se dissolve nas gorduras (lipo-).
c. Diminuição da densidade (e consequente criação de porosidade) dos ossos (osteo).
d. Substância que evita ou retarda (anti-) a oxidação ou protege contra (anti-) os radicais livres.
e. Inflamação (-ite) da pele (derma-).
f. Aquilo que gera (géneo) calor (termo-).

Página 362
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Atos de fala
3. Fichas de Gramática
Atos de fala

Manual Digital

PowerPoint®
Atos de fala
QuizEV
Atos de fala
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Atos de fala
Página 363

Praticar
1. (A) 4.; (B) 1., 2.; (C) 3.; (D) 2.; (E) 5.; (F) 1., 2.
1.1. O enunciado da alínea (F) pode ser produzido num contexto em que alguém, ao fazer o comentário, pretende levar o interlocutor a procurar a origem do mau cheiro
ou a abrir a janela.
2. 1.ª vinheta: ato de fala assertivo. 2.ª vinheta: ato de fala expressivo. 3.ª vinheta: ato de fala diretivo (e ato de fala indireto).

Página 364
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Dêixis
3. Fichas de Gramática
Dêixis

Manual Digital

PowerPoint®
Dêixis
QuizEV
Dêixis
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Dêixis

Página 365

Praticar
1.1. a. «meu», «me», «Eu», «meus», «fui», «conseguimos».
b. «tu», «consegues», «ligue».
c. «comecei a sentir(-me)», «senti(-me)», «Tinha», «conseguia», «tive de voltar», «ganhei», «conseguimos», «hoje».
2. Deíticos espaciais: aqui, neste espaço...
Deíticos temporais: agora, neste momento...
3. Estás no quarto? Traz-me os chinelos que lá estão. (Deítico espacial)
Recordo, por vezes, o tempo da infância como se lá estivesse novamente. (Deítico temporal)

Página 366
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Modalidades de reprodução do discurso
3. Fichas de Gramática
Modalidades de reprodução do discurso

Manual Digital

PowerPoint®
Modalidades de reprodução do discurso
QuizEV
Modalidades de reprodução do discurso
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática Modalidades de reprodução do discurso

Página 369

Manual Digital

PowerPoint®
Coesão textual
Anáfora
Página 371

Praticar
1. Coesão temporal.
2. «um exoplaneta»; «água líquida».
3. (C).
4. (D).
5. (A).
6. (a) 2.; (b) 3.; (c) 1.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Coesão textual
3. Fichas de Gramática
Coesão textual

Manual Digital

PowerPoint®
Anáfora
QuizEV
Coesão textual
Anáfora como mecanismo de coesão e progressão do texto
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Coesão textual

Página 373

Praticar
1.1. a. O moderador do debate é o professor e tem como função identificar o tema do debate, apresentar os intervenientes, lembrar as normas de participação, gerir as
intervenções, colocar questões que permitem a progressão da discussão e a apresentação de diferentes perspetivas e argumentos, regular a ordem e o tempo de partici-
pação dos intervenientes, garantir o respeito pelo princípio de cortesia e encerrar o debate, com uma síntese das ideias gerais.
b. Beatriz – posição: preferência pelo estilo de vida da cidade; argumentos: [Na cidade] Mais espaços comerciais. Maior oferta de espaços de diversão. Maior oferta cultural.
Maior densidade populacional, que estimula a comunicação. Redes de transportes mais completas. [No campo] Maior isolamento geográfico das populações, com conse-
quentes entraves comunicacionais e dificuldades de acesso a serviços essenciais. Menor facilidade de deslocação.
Gonçalo – posição: preferência pela vida no campo; argumentos: [No campo] Contacto com a natureza. Benefícios para a saúde e para a alimentação. Momentos culturais or-
ganizados por associações locais. Possibilidade de deslocação à cidade. Clima de maior partilha e comunhão. [Na cidade] A solidão urbana. Pessoas menos solidárias.
Ana – posição: preferência pela cidade; argumento: [Na cidade] Mais oportunidades de emprego. Mais ofertas em termos de instituições de ensino. Acesso privilegiado ao
mundo tecnológico. Infraestruturas mais desenvolvidas. Espaços verdes, ainda que no meio urbano. [No campo] Maior proximidade que pode levar à devassa da vida privada.
Carla – posição: rejeição da vida na cidade (preferência pelo campo); argumento: [Na cidade] Exposição à poluição e a estímulos sensoriais constantes. Sensação de pri-
são e de claustrofobia. Acesso facilitado a alimentação pouco saudável (fast food). [No campo] Presença de horizontes longínquos e de paisagens belíssimas.
1.2. Resposta pessoal.
Sugere-se que, após o primeiro visionamento e a resolução da atividade, a correção seja feita a partir do vídeo do debate comentado pelo professor.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Debate

Manual Digital

PowerPoint®
Debate
Vídeo
Debate
Avaliação
Ficha de Oralidade
Debate

Página 374
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Quadro-síntese – Etapas de produção escrita de apreciação crítica
Quadro-síntese – Etapas de produção oral de apreciação crítica
Página 375

Praticar
1. A antítese do título coloca em confronto as ideias de «paraíso» e «pesadelo», remetendo a primeira para o ambiente em que decorre a ação do filme que é objeto da
apreciação e a segunda para a avaliação (subjetiva e negativa) que o crítico faz de Presos no Tempo.
2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Apreciação crítica

Página 376
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula de Leitura e Gramática
3. Fichas de Escrita e Oralidade
Exposição sobre um tema
5. Materiais de apoio
Quadro-síntese – Etapas de produção escrita de exposição sobre um tema
Quadro-síntese – Etapas de produção oral de exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Questões de aula de Leitura e Gramática
Fichas de Escrita e Oralidade
Exposição sobre um tema

Página 377

Praticar
1. O texto constitui uma exposição, uma vez que apresenta uma dimensão informativa, explicando o funcionamento do QR Code e fundamentando a sua relevância no
contexto da pandemia de Covid-19.
2. As plataformas Zoom e Teams são mencionadas como «estrelas do confinamento» e os QR Codes referidos como «heróis do desconfinamento» para sugerir a sua extraordi-
nária importância e a admiração que estes recursos merecem por facilitarem a interação humana em diferentes momentos da pandemia de Covid-19.
3. Resposta pessoal.

Página 378
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

Manual Digital

PowerPoint®
Discurso político
Avaliação
Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

Página 379

Praticar
1. O discurso promove a reflexão sobre um problema de cariz social.
2.1. Através da referência, o orador introduz a discrepância entre a riqueza natural do país e a pobreza material e moral do seu povo.
2.2. • Referência a factos e circunstâncias reais, destinada a promover a reflexão e a ação dos ouvintes;
• Recurso à modalidade dêontica, em passagens que sugerem atitudes e comportamentos a adotar;
• Repetição expressiva do adjetivo «saqueado»;
• Apelos à audiência.

Página 380
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Artigo/Texto de opinião
5. Materiais de apoio
Quadro-síntese – Etapas de produção escrita de texto de opinião
Quadro-síntese – Etapas de produção oral de texto de opinião

Manual Digital

PowerPoint®
Texto de opinião
Avaliação
Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Artigo/Texto de opinião

Página 381

Praticar
1. O texto apresenta uma estrutura argumentativa, uma vez que visa defender/comprovar a tese inicial (a existência de condições adequadas em Portugal para se configurar como um
destino de mergulho privilegiado e «mais interessante do que os destinos de mergulho tradicionais», l. 20), com recurso a quatro argumentos distintos e diversos exemplos.
2. Exemplos de contra-argumentos:
– A maior parte dos turistas que visitam Portugal não tem interesse ou experiência em mergulho.
– Existem muito poucas empresas especializadas, que garantam boas e seguras experiências de mergulho.
– As atividades de mergulho são dispendiosas.
3. Resposta pessoal.

Página 382

Praticar
1.1. O cartoon procura efetuar, num registo humorístico, uma retrospetiva do ano de 2020, a partir da alusão a diversos acontecimentos marcantes cuja relevância foi, contudo,
ofuscada pela pandemia de Covid-19.
1.2. A sucessão das imagens dos eventos «perturbados», na sua importância, pela intromissão (das notícias) do coronavírus, a expressão do jornalista, que fica gradualmente
mais carregada perante as interrupções, e, finalmente, a frase que sintetiza a abordagem noticiosa durante o período da pandemia, durante o qual a «atualidade» (ou seja,
todos os eventos além dos associados à Covid-19) parece ter ficado suspensa e terem sido pouco divulgados, na comunicação, outros acontecimentos dignos de registo, em
diversas áreas da sociedade.

Manual Digital

PowerPoint®
Cartoon

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