Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SH AR ES
BLOG
04/MAR
O empoderamento feminino na escola, por exemplo, é uma das medidas capazes de contribuir
para o desenvolvimento de mulheres mais preparadas e con"antes, aptas a colaborar com a socie-
dade para o seu progresso. Nesse sentido, cabe ao professor — diante das circunstâncias — incen-
tivar as re!exões sobre os gêneros, promover a equidade, estimular a empatia e fortalecer o em-
poderamento feminino na escola, evitando que meninas se sintam menosprezadas frente a situa-
ções machistas.
Para implementar essa mudança de forma efetiva, continue lendo nossa publicação para entender
a importância dessa abordagem e conferir algumas atividades que podem ser inseridas em seu
plano de aulas. Vamos lá!
Segundo pesquisa de opinião pública encomendada pela instituição Católicas pelo Direito de Deci-
dir ao IBOPE, realizada em 2017, 84% da população brasileira é favorável a discussões com alunos
sobre igualdade de gênero. O dado recente demonstra que as pessoas têm valorizado mais o
tema, mostrando-se dispostas a lidar com ele.
Para mulheres jovens, a cultura machista afeta de forma direta não somente sua educação, como
também sua inserção no mercado de trabalho. Os dados são da pesquisa “#meninapodetudo“, da
Seja durante o Ensino Fundamental, seja ao longo do Ensino Médio, as aulas de História, ou aque-
las em que há alguma contextualização histórica, versam sobre temas importantes de uma pers-
pectiva masculina, em que a maior parte das "guras emblemáticas é homem.
Embora também se trate de uma discrepância da própria trajetória da sociedade, que limitou, du-
rante séculos, o protagonismo das mulheres em âmbitos religiosos, políticos e cientí"cos, existem
"guras femininas relevantes que podem ser lembradas.
Na Antiguidade, por exemplo, além de falar sobre Platão e Aristóteles, é possível citar Hipácia, "ló-
sofa e matemática que se destacou em Alexandria, com notável contribuição para o universo helê-
nico. Mais adiante, ao tratar sobre a Guerra dos Cem Anos, vale a menção à "gura de Joana d’Arc,
na França. Na ciência, vale também lembrar a teoria da radioatividade, contribuição de Marie Cu-
rie, a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física, e a primeira mulher a ser admitida no
quadro de professores da Sorbonne, a Universidade de Paris.
Um professor atento e consciente saberá encontrar outros exemplos. Na História Brasileira, o pro-
fessor pode relatar a trajetória da Princesa Isabel e destacar mais personalidades como Maria Qui-
téria, durante a Guerra da Independência, Anita Garibaldi, Tarsila do Amaral, Patrícia Galvão e, con-
temporaneamente, Maria da Penha, cuja abordagem, em debate, pode envolver a lei homônima e
seus princípios.
Mesmo que a escrita tenha sido, de fato, um privilégio dos homens — já que as mulheres ainda
não eram alfabetizadas —, a partir do século 19, em se tratando de literatura mundial, surgiram
mais autoras que requerem menções. Na Inglaterra, por exemplo, Jane Austen, as irmãs Brontë e,
No Brasil, durante a transição para o século 20, é possível citar "guras como Albertina Bertha, Júlia
Lopes de Almeida e Narcisa Amália. Dentre modernistas e autoras contemporâneas, vale destacar
a obra de algumas autoras, o professor pode levar para discussão os textos de Carolina de Jesus,
Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Cora Coralina, Lygia Fagundes Telles, Marina Colasanti e Ra-
chel de Queiroz.
De acordo com a seção “Prática de Esportes e Atividade Física“, da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios, de 2015, mais de 66% das mulheres são sedentárias. Entre homens, o percentual se
aproxima de 57%.
Essa diferença se justi"ca, para elas, pela falta de tempo. No caso de mulheres adultas, a justi"cati-
va encontra argumentos nas atividades que elas acumulam em casa além do trabalho e, também,
no baixo incentivo que começa na infância e se perpetua durante a adolescência.
Como se o esporte fosse uma atividade essencialmente masculina, as meninas se acostumam a se-
rem deixadas de lado em times e aos estigmas de que não possuem força, velocidade, resistência
ou quaisquer outros atributos su"cientes para praticarem uma atividade física regularmente. As
próprias aulas de educação física, com isso, passam a ser negligenciadas por muitas delas.
Desse modo, é interessante que o professor forme equipes mistas, promova a equidade e eviden-
cie a importância da educação física e da prática de esportes na vida de qualquer pessoa, não so-
mente do ponto de vista dos benefícios físicos, mas também como elemento de lazer e de autoes-
tima para cada indivíduo.
Nesse contexto, uma boa alternativa é aproveitar o contexto vivido e as situações do cotidiano. Em
competições esportivas renomadas, por exemplo, vale questionar a turma sobre a participação
dos times femininos e sobre a cobertura midiática dada a eles.
Derrubar estereótipos atribuídos historicamente a gêneros e mostrar que a educação necessita ser
igualitária são algumas das funções mais importantes do professor, em qualquer disciplina que
lecione.
Para isso, ele pode contribuir ao reforçar o discurso de que ciências exatas não são somente para
meninos, tampouco de que as mulheres só podem ser bem-sucedidas em humanidades. Matemá-
tica, Português, Biologia, Química e Artes, entre outras áreas do saber, podem ter alunos e alunas
igualmente talentosos.
Em Matemática, especi"camente, todo incentivo dado às meninas é fundamental para que possam
aumentar sua participação no mercado de tecnologia e no segmento de programação, uma das
áreas mais promissoras do mercado atualmente.
De todo modo, como formadora da sociedade e um dos pilares do desenvolvimento de cada cida-
dão, a educação representa a base em que devem ser construídos valores e propostas re!exões
para que se ampliem o respeito e a empatia de todos.
Como você pôde ver, o empoderamento feminino na escola promove a consciência e a equidade
entre alunos e alunas, sendo fundamental a sua inserção desde o início da trajetória de aprendiza-
do, a "m de que se construa um mundo mais justo.
Gostou do post? Quer saber como a Escola da Inteligência pode contribuir com a questão a partir
da educação socioemocional? Então, entre em contato conosco!