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Quando o cinzel feriu o bloco de mármore em desatino

O mesmo em desespero clamou contra o próprio destino

Mais ao se ver transformado na mais bela escultura louvou ao cinzel que o dilacelara em tão
brava loucura

A lagarta que se arrastava ao ver as flores tocadas de beleza e perfume

Revoltava se contra o corpo disforme trazendo dentro de si o mais profundo ardume

Ao se ver transformada na borboleta mais bela

Enalteceu o feio corpo que a ela ajudara a transpor

O ferro tendo sofrido na bigorna espantou se inconformado

Mais ao se ver nas máquinas do progresso ficou todo iluminado

Sorriu para o fogo que o purificou deixando o mais purificado

A semente lançada na cova escura chorou atormentada

Mais ao se ver árvore bela pelo solo transformada

Agradecendo a nobre terra agora era toda respeitada

Não te canses de fazer o bem por onde caminhá

Pois quem hoje não te compreende amanhã te louvará

Jamais te desespere e siga sempre auxiliando

Pois a perseverança é a marca da vitória por onde estiver pisando

Não olvides que ceifarás mais tarde na lavoura de amor

Pois só alcançará a divina colheita quem seguir caminhando com trabalho e suor

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