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MAESTRIA DA

O MUNDO DO REALISMO

DANICK BUMBA
Minha visão pessoal.
Eu não sou melhor do que você, eu apenas entendi algumas coisas que você ainda não entendeu e
isso não me dá o direito de ter uma postura de superioridade. Ninguém nasce com o pincel na mão,
se eu pude aprender você também pode. Na vida você terá a ilusão de que existem pessoas acima
de você, outras a baixo de você e algumas ao seu nível, mas tudo isso ainda continuará sendo uma
ilusão.
Cuidado com os louros e glorias eles vêm acompanhados de muita responsabilidade.
A arte deu vida a minha existência. Bem vindo ao curso de Pintura realista.

Meta.
Este curso de pintura realista foi construído com o objectivo de trazer resultados
significativos para os seus trabalhos, Optimizando o seu tempo de aprendizagem.
Este curso é para você que não tem muitos materiais de desenho e nem dos
melhores, mas que busca melhoria nos seus trabalhos.
Óbvio que o melhor material faz toda a diferença mas, note que não são os materiais que
fazem a arte acontecer, mas sim você!
Este curso é para você que já tem uma prévia noção do que é o desenho ou pintura
realista mas que ainda assim, sente-se inconformado com o nível de resultados que
obtém e busca por perfeição.

A ARTE É NOSSA LÍNGUA E O MUNDO É NOSSA FAMÍLIA!


OS MEUS AGRADECIMENTOS VÃO PARA

ZIDANE FRANCISCO
GABRIEL FRANCIEL
GODLIEVE TRIEST
WEZA DIAS
ANA IZABEL
DJAMILA BOANA
NELSON LEMOS
LÚCIO FERREIRA
DOMINGOS
NIQUESSE BELA S. BUMBA
ARMANDO BARROS MARQUES
CLÁUDIO DA ROCHA
EIZER SAVIOR LEMOS
LINCON NORMAN
SHILOMUKOVIC
DÁRIO SUPRANO
SIMÃO SEBASTIÃO
ANTÓNIO CORDEIRO
EVANDER POST WENKEL
CARLOS CAMBUTA
FLOR NICE BAMOQUINA
ÁLVARO YECA
YASIEL PALOMINO
CARLOS BORSA

MUITO OBRIGADO POR TEREM AJUDADO DIRETA OU


INDIRETAMENTE NA PRODUÇÃO DESTE MANUAL.
índice

- INTRODUÇÃO A PINTURA .
- APRESENTAÇÃO DO ATELIÊ BELNIQUE.
- CONHECIMENTO DOS MATERIAIS.
- AONDE COMPRAR OS SEUS MATERIAIS (ANGOLA).
- CORES.
- TÉCNICAS PARA PINTURA À ÓLEO.
- PINTURA REALISTA.
INTRODUÇÃO
A PINTURA

A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento


em forma pastosa, líquida ou em pó a uma superfície, a fim de
colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.
Em um sentido mais específico, é a arte de pintar uma superfície,
tais como papel, tela, ou uma parede (pintura mural ou afrescos).
Devido ao fato de grandes obras de arte, tais como a Mona Lisa e
A Última Ceia, do renascentista Leonardo Da Vinci, serem
pinturas a óleo, a técnica é historicamente considerada uma das
mais tradicionais das artes plásticas. Com o desenvolvimento
tecnológico dos materiais, outras técnicas tornaram-se
igualmente importantes como, por exemplo, a tinta acrílica.

O suporte para pinturas inclui superfícies como paredes, papel,


tela, madeira, vidro, laca, argila, folha, cobre e concreto, e a
pintura pode incorporar vários outros materiais, incluindo areia,
argila, papel, gesso, folha de ouro, bem como objetos. O termo
pintura também é usado fora da arte como um comércio comum
entre artesãos e construtores.

A história da pintura é o termo para designar todo o conjunto de


manifestações artísticas dentro da pintura. Assim como a história
da arte, ela é dividida em períodos e fases, de modo a facilitar o
estudo e a comparação entre os diferentes movimentos artísticos.
A história da pintura começa nos tempos pré-históricos e
perpassa todas as culturas.
Periodização

-Pintura da Pré-História
Arte da pré-história
Arte rupestre (pinturas nas cavernas e rochas)
Arte parietal

-Pintura da Antiguidade Ocidental e Oriental


-Pintura da Idade Média
-Pintura do Renascimento e Barroco
-Pintura Moderna (Século XVIII e Século XIX)
-Pintura Contemporânea.

A arte sendo ela uma forma de expressão, é interessante que se saiba expressar. O artista Danick
Bumba considera a técnica tão importante quanto o conceito da obra , a chave mestra para a
expressão artística. Tal como em qualquer língua falada, quanto maior for o vocabulário melhor é a
nossa expressão. Quanto maior for o nosso leque de conhecimento sobre determinado assunto,
maior é a nossa capacidade de exteriorizar.
alguns

MATERIAIS
DE PINTURA
Listamos um pequenos número de mariais de pintura .
- Tela
- Pincel
- Espátula
- Tinta
- Paleta
- Solventes
- Lencinho
- Avental
- Cavalete

TELA
Uma tela é uma superfície esticada, feita com tecido, utilizada para cobrir um vão ou projetar
uma imagem sem impedir a passagem de luz. O termo "tela", mesmo no sentido de "suporte de
uma imagem", pode se referir a diferentes objetos.
Artistas geralmente usam pedaços pequenos (ou por vezes bem grandes) de lona como base
para seus trabalhos de arte. Essa tela é esticada numa armação de madeira denominada "tensor"
ou "aro".
PINCEL
Pincel refere-se a vários instrumentos manuais de diversos tamanhos dotados de filamentos
rígidos fixados na extremidade de um cabo próprio, como pelos, cerdas ou fios,
comumente usado para limpeza, pintura, maquilhagem e polimento.
Pinturas rupestres encontradas na Caverna de Altamira na Espanha e em Périgord na
França indicam o uso de pincéis na aplicação de pigmentos desde o período paleolítico.

Os pincéis de pintura são usados para a aplicação de tinta ou pintura. São produzidos
usualmente pela fixação dos pêlos ao cabo por uma cinta metálica, a virola.

Pincéis de pintura devem ser limpos imediatamente após seu uso. Isto aplica-se
principalmente no caso de tinta a óleo e tinta acrílica, porque a remoção dos resíduos
de tinta seca pode danificar os pincéis.
Nunca se deve deixar pincéis com as cerdas mergulhadas para baixo em recipientes
com água, terebintina, ou qualquer outro solvente. Caso seja necessário limpá-los,
faça-o utilizando-se da mão ou de um pano humedecido no solvente adequado, caso
contrário, os pelos poderão deformar-se. Deve-se guardá-los separados, na vertical,
com as cerdas para cima.
Pincéis artísticos, em geral, têm tamanhos especificados por números, embora não haja
padrão exato para suas dimensões físicas.
Do menor para o maior, estes tamanhos são:
7/0 (também especificado 0000000), 6/0, 5/0, 4/0, 000, 00, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
10, 11, 12, 13, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 25, 26, 28, 30.
Os tamanhos 000 a 20 são os mais comuns.
ESPÁTULA
Uma espátula é um utensílio de extremidade larga e plana que é utilizado para mexer e
misturar substâncias pastosas. Em laboratório, é usada para transferir substâncias sólidas,
especialmente em pesagens. Pode ser fabricada em aço inoxidável, madeira, porcelana e
plástico de diversos tamanhos e formas.
Amplamente usado em Pintura a óleo, para um acabamento mais perfeito das obras, seja
sobre tela, madeira, afrescos ou outras superfícies.
Como exemplo de trabalho com espátula na pintura a óleo, observemos os trabalhos de
Vincent van Gogh, que usou dessa técnica de pintura a óleo.

TINTA
Tinta refere-se a vários produtos (líquidos, viscosos ou sólidos em pó)
quando aplicados a um substrato como uma fina camada, se converte num
filme sólido opaco, usadas para proteger e dar cor a objetos ou superfícies.

Se você ama desenhar, com certeza já deve ter se perguntado sobre quais
tintas artísticas usar para fazer o seu desenho. No mercado são muitas
opções com as mais variadas tonalidades, feitas para uso em diversos tipos
de superfícies e solúveis (ou não) a água. Cada uma dessas características
influenciam no resultado da sua arte.
Por isso, separamos aqui alguns tipos de tintas para explicar como
funcionam e sua usabilidade no mundo da pintura. Confira!
AQUARELA
Comprada em pastilhas ou tubos, a aquarela é usada em papéis de cores claras,
com gramatura alta. Para ativá-la basta misturá-la em água para proporcionar a
textura certa para a sua pintura. O seu principal charme é o efeito de
transparência, que é adquirido com a sua diluição: quanto mais “aguada” a
tinta, mais clara e transparente a cor se torna. Esse efeito faz com que seja
possível o desenho somente em superfícies claras e que a pintura seja da ordem
das camadas mais claras às mais escuras.

A técnica da aquarela tem uma pitada de imprevisibilidade, já que, a cor só


será 100% garantida após a secagem, que pode variar de minutos até horas,
dependendo da quantidade de água. Por isso é importante ter paciência e fazer
uma pintura em diferentes camadas.

GUACHE
Os guaches são tintas mais opacas e controláveis que as aquarelas. Por isso, é
possível pintar com guache superfícies mais coloridas e escuras. Vendidos em
vidros ou tubos, são altamente difundidas nas escolas infantis, em sua versão
mais diluída, mas em uso profissional, são encontradas em uma versão mais
consistente, assim, dependendo do uso é necessário a diluição em água, que
traz um efeito parecido com a aquarela. Possui um tempo rápido de secagem.
NANQUIM

O nanquim é altamente difundido por facilitar a elaboração de linhas no
desenho. O nanquim preto é o mais popular, mas a tinta pode ser encontrada
em outras cores e possui versões também a prova d’água. Existem canetas de
nanquim, sendo estas o modelo mais indicado em contornos, enquanto a
pintura com o pincel ajuda muito a colorir espaços em preto e fazer desenhos
em tons de cinza.

TINTA ACRÍLICA

Sua coloração opaca se dá bem em superfícies escuras e pode ter inúmeros


usos, inclusive em madeira, sendo então, a queridinha do DIY por seu enorme
custo benefício para a customização de inúmeros objetos do dia-a-dia. Ela se
torna à prova d’água após a secagem, que inclusive é muito rápida, portanto é
ideal para desenhos em várias camadas.
TINTA DE TECIDO

É bem semelhante a tinta acrílica, com a diferença de haver alterações que


possibilitam ser mais apropriadas ao tecido. Ela não necessita ser diluída em
água para a pintura. Contudo, antes da primeira lavagem após a sua aplicação,
é necessário esperar, no mínimo 72 horas, para garantir que o desenho não irá
sofrer danos.

TINTA À ÓLEO

A textura das tintas artísticas à óleo possui um grande diferencial no resultado


final da obra.
É uma tinta muito tradicional na pintura em tela e difundida por seu resultado
de cores vivas e com texturas incríveis. Contudo, é preciso técnica, já que sua
composição química produz um cheiro forte, é preciso usar solventes para
removê-la das mãos (por isso recomenda-se luva) e é muito fácil de sujar
superfícies de forma permanente. É uma pigmentação que pode demorar dias e
até semanas para secar.
PALETA OU PALHETA

1-Placa fina em que o pintor dispõe e combina as tintas, geralmente com um


orifício para o polegar.
2- Conjunto de cores usado por um pintor.

SOLVENTES
Solventes são substâncias capazes de dissolver coisas. Todos os solventes para
tintas são substâncias inflamáveis e voláteis, que evaporam facilmente. A
maioria dos solventes não devem ser inalados, pois podem provocar efeitos
psíquicos, alucinações entre outros problemas graves à saúde.
Em nosso segmento, os solventes para tintas são adicionados à tinta para
deixá-la mais fluída, atingindo a viscosidade ideal para aplicação de cada tinta,
deixando-a pronta para a aplicação conforme sua destinação.

Na ausência dos convencionais, angolano que somos podemos usar no lugar o


petróleo, diluente e até mesmo gasolina (trabalhar em ambiente bem arejado).
LENCINHO
O lencinho serve para ir limpando o pincel assim que necessário ajudando
assim na necessidade de mudar de uma tinta para a outra.
Na ausência do lencinho pode-se usar o guardanapo para o efeito.

AVENTAL
Um avental é uma peça de vestuário usada como proteção para a roupa.
CAVALETE

é um suporte em tripé, feito de madeira ou metal para


trabalhos artísticos, sendo usado na colocação de tela ou
placa para pintura e desenho.

@ATELIÊ BELNIQUE
PINTURA
COMPRE AQUI!
À ÓLEO O primeiro lugar onde você pode
encontrar material de desenho e
O nosso curso consiste na pintura a pintura é no ATELIÊ BELNIQUE.
Pode entrar em contacto através de
tinta à óleo, uma técnica tradicional
suas páginas Facebook e Instagram
de pintura. "ateliê belnique" ou simplesmente
entrar em contacto com o professor do

SIM, OS MATERIAIS SÃO CAROS. seu curso.

O nosso belo país Angola não sendo produtor


Segundo, pode encontrar em lojas
dos mesmo produtos, nós temos de importar e
isso resulta em um custo maior na aquisição como Yomkol, Plano B, Kero,
dos materiais que por sua vez já são raros Candando, Jumbo, Sistec...
nacionalmente.

E sem esquecer dos nossos mercados


Mas, nós artistas damos sempre um jeito.
informais como a praça do são paulo,
Kikolo, papelarias comuns e etc

Artistas angolanos são resilientes!


CORES

O que são as Cores Teoria das Cores


Cores são percepções visuais através das O que é a Teoria das Cores? Teoria das Cores
células cones dos olhos, que transmitem ao são os estudos e experimentos relacionados
nervo óptico as impressões que vão direto com a associação entre a luz e a natureza
ao sistema nervoso. das cores. Leonardo Da Vinci, Isaac Newton,
Goethe e outros estudiosos inicialmente
A cor tem a ver com os olhos, com a retina e buscavam saber como acontecia o processo
com a informação presente no cérebro. É a de formação das cores. Com o passar do
impressão produzida na retina do olho pela tempo a Teoria se tornou mais extensa e
luz depois desta ser emitida, difundida ou hoje compreende vários campos de
refletida pelos objetos. Por isso, dizemos observação a respeito das cores.
que os objetos não têm cor, pois a cor
corresponde a uma sensação interna que é Os estudos incluem desde a compreensão
provocada por estímulos físicos da natureza. sobre o que são as cores, como elas se
formam, como acontece a interpretação da
Uma cor não pode ser definida como uma visão e do cérebro até os usos na prática e
entidade isolada, porque a percepção que as melhores formas de aplicação.
temos de uma determinada cor pode
alterar quando ela se encontra perto de
outra cor que é sua complementar. Por
exemplo: o mesmo tom de vermelho parece
mais intenso quando está em contraste
com o verde (sua cor complementar), do
que quando está junto ao cor de laranja.
O ESTUDO
DAS CORES.
O pintor e cientista italiano Leonardo Da
Vinci (1452-1519), em suas pesquisas e
formulações retratadas no livro Tratado da
Pintura e da Paisagem – Sombra e Luz, já
afirmava que a cor era uma propriedade da
luz e não dos objetos.

Mais tarde, o físico inglês Isaac Newton


(1643-1727), nos seus experimentos
aprofundou os estudou sobre a influência da
luz do sol na formação das cores.
O experimento de Newton Newton estudou o
fenómeno da difração, que consistia na
decomposição da luz solar em várias cores
quando atravessava um prisma. Para fazer o
experimento, ele utilizou um prisma de vidro.
Ao observar a passagem da luz do sol pelo
objeto, Newton percebeu que a luz se
decompunha em diversas cores, que
variavam do tom violeta ao vermelho. Ele
deu ao feixe de luz o nome de espectro.

O espectro visualizado por Newton é


formado pela união das cores vermelho,
laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Estas são as sete cores que formam a luz do
sol e o arco-íris.

CÍRCULO
CROMÁTICO
A partir dessa observação surge o círculo
cromático. Ele contém doze diferentes cores,
que ajudam a visualizar quais são as cores
primárias, as secundárias e as terciárias que
formam o espectro visível.

@ATELIÊ BELNIQUE
Círculo cromático: cores primárias (vermelho,
amarelo e azul), cores secundárias (laranja,
verde e roxo) e cores terciárias (vermelho-
arroxeado, vermelho-alaranjado, amarelo-
alaranjado, amarelo-esverdeado, azul-
arroxeado e azul-esverdeado).

BRANCO E O PRETO: PRESENÇA E


AUSÊNCIA DE LUZ
O branco e o preto (convencionalmente
designados por cores) são apenas resultado da
presença ou da ausência de luz.

A cor branca é a luz pura, quando há uma


reflexão total das sete cores. Já a cor preta nada
mais é do que a ausência total de luz, porque
nesse caso as cores não se refletem, elas são
absorvidas. Quando a luz do sol incide em um
objeto branco, este reflete os raios solares
enquanto um objeto preto absorve todos os
raios solares.

HARMONIA
DAS CORES
A harmonia das cores estuda tipos de
composições entre cores para compreender
quais as combinações podem ser mais
adequadas e atrativas para um determinado uso.
A harmonia analisa a aplicação das cores
considerando diferentes tons, intensidades e
matizes.

As combinações podem ser feitas entre cores


primárias, secundárias e terciárias, sendo
importante considerar também se as cores são
quentes ou frias. O estudo da harmonia das
cores é feito a partir da análise de uma roda das
cores.

@DANICK BUMBA
HARMONIA ANÁLOGA
HARMONIA
MONOCROMÁTICA
A harmonia análoga é trabalhada a partir da
escolha de uma cor primária (vermelho, azul
Na harmonia monocromática é escolhida e amarelo) que é utilizada em conjunto com
uma cor inicial, que deverá ser trabalhada cores próximas da roda das cores. A cor
juntamente com suas variações de primária escolhida é a cor principal,
tonalidade, que resultam de diferenças entre enquanto as cores seguintes têm a função de
saturação e quantidade de luz e sombra, por garantir mais harmonia ao conjunto de cores,
exemplo. É a harmonia mais simples e podendo ser utilizadas em detalhes ou
convém ser escolhida quando o contraste complementos. A harmonia análoga confere
entre as cores não é um ponto fundamental um pouco mais de contraste entre as cores,
para o trabalho, já que as combinações permitindo mais diversidade de
obtidas são caracterizadas pela simplicidade combinações, em comparação à harmonia
e pelo equilíbrio entre as tonalidades monocromática.

HARMONIA HARMONIA TRIÁDICA


COMPLEMENTAR
Na harmonia triádica são utilizadas três cores
diferentes, escolhidas de forma equidistante na
Nesse tipo de harmonia são usadas duas cores
roda das cores. Esse tipo de harmonia é indicado
complementares (combinação de cores com
quando o contraste entre as cores é um ponto
mais contraste), localizadas em pontos opostos
importante para o trabalho, já que os resultados
na roda. Assim como acontece nos outros tipos
possuem equilíbrio entre o contraste das cores e
de harmonia, é preciso definir inicialmente uma
a harmonia do conjunto.Assim como acontece
cor predominante, que será usada juntamente
nas demais harmonias, é interessante que uma
com a cor complementar. O uso desse tipo de
das cores seja escolhida como principal,
harmonia é indicado quando o objetivo é
devendo-se utilizar as outras duas para efeitos
ressaltar um contraste de cores de maneira mais
secundários.
evidente.

@ATELIÊ BELNIQUE
CORES
PRIMÁRIAS

Existem apenas três cores verdadeiras:


vermelho (magenta), amarelo e azul
(ciano). Elas são chamadas de
primárias, porque nada pode ser
misturado para produzi-los: eles
devem ser feitos ou comprados. Com
eles podemos fazer qualquer outra
cor, exceto branco, que não é uma cor
real. Dependendo das três primárias
que você escolher a partir da grande
gama de vermelhos, azuis e amarelos
você vai ter diferentes cores
secundárias e terciárias. Os três
primárias que os artistas mais usam
são: cádmio vermelho, azul
ultramarino e amarelo limão.

Cores secundárias

Misturando pares de cores


primárias chegaremos aos
laranjas, verdes e violetas, que
são chamados de cores
secundárias.
Cores terciárias

São as misturas obtidas de uma


cor primaria mais uma cor
secundaria.

Para entendermos o que é cor, é necessário que conheçamos o


fenómeno da luz, que é o maior responsável pelas nossas
sensações cromáticas. A luz é uma onda eletromagnética e, assim
sendo, possui frequências e comprimentos variados. Inicialmente
acreditava-se que nossa visão se dava pela incidência da luz sobre
nossos olhos, permitindo a visualização de superfícies, quando na
verdade hoje sabe-se que a luz incide sobre uma superfície e esta
a reflete nos olhos do observador.
ENTENDA QUE:
A luz branca, como a do sol, é a totalidade dessas ondas
visíveis e todas as cores que conhecemos estão contidas
nela. Cada comprimento de onda da luz branca na faixa de
400 até 700 manómetros é responsável por uma cor
distinta, apresentando as seguintes variações: vermelho,
laranja, amarelo, verde, ciano, azul e violeta. A esse
conjunto de sete cores visíveis conseguidas pela
decomposição da luz branca damos o nome de espectro de
luz visível.

PORTANTO...
Toda superfície tem a propriedade de
absorver e refletir determinados
comprimentos de onda conforme sua
estrutura físico-química. As ondas que não
são filtradas chegam a nossos olhos criando
a sensação de cor, significando, portanto,
que as superfícies não possuem qualquer
tipo de cor própria. Uma superfície só terá a
cor verde se ela absorver todas as outras
frequências de cores e refletir apenas as
ondas correspondentes ao verde.
O QUE QUASE NÍNGUÉM SABE SOBRE AS CORES:
Tendemos a pressupor que os objetos possuem uma cor natural, própria e imutável, mas isso não é
verdade. Dependendo do tipo de luz que incide em um objeto, este pode assumir as mais variadas
tonalidades. Se iluminarmos uma folha de papel branco com uma lâmpada amarela, os dois terão a
mesma cor, porém nossa percepção tende a ignorar este fato e continua a entendê-la como branca.

PROPRIEDADES DAS CORES


Toda cor possui três características principais responsáveis por medi-las e identificá-
las:
Matiz — É a própria cor em sua máxima intensidade. Vermelho, verde ou azul, por
exemplo, são matizes. As mudanças nos matizes são obtidas pelo acréscimo de
outros matizes.
Saturação — Grau de pureza de um matiz, ou seja, a capacidade de preservação de
sua intensidade máxima. Uma cor tem a máxima saturação quando corresponde a
seu próprio comprimento de onda no espectro. A dessaturação de uma cor pode se
dar pela proporção de um matiz em relação ao preto, branco, cinza ou à sua cor
complementar.
Luminosidade — Trata-se da capacidade da cor de refletir a luz branca, tornando o
matiz mais claro ou mais escuro, independente de sua saturação.

@ATELIÊ BELNIQUE
Sínteses cromáticas
Chamamos de sínteses cromáticas os tipos de sistemas
com os quais conseguimos gerar o espectro de cores, a fim
de possibilitar reproduzi-las.

Síntese aditiva
É formada pelas cores obtidas através de feixes luminosos,
chamadas cores-luz. Essas cores não possuem corpo
material, existindo apenas quando as projetamos sobre
uma superfície com o auxílio de alguma fonte luminosa,
como um refletor.
Nesta síntese partimos da ausência total de luz,
caracterizada pelo preto, e vamos adicionando
luminosidade até obtermos ponto máximo, ou seja, a luz
branca.
A síntese aditiva é aplicada em televisão, cinema,
iluminação cênica e, claro, na fotografia.
Síntese subtrativa
Aqui as cores são obtidas por corantes que tem maior ou
menor capacidade de absorver luminosidade, obtendo as
cores-pigmento.
Quando temos uma superfície branca significa que ela é
capaz de refletir 100% dos raios luminosos. Ao aplicar um
pigmento sobre esta superfície, ele subtrai luminosidade
até conseguir um índice máximo de absorção,
caracterizado, teoricamente, pelo preto. Na prática, a
impureza dos pigmentos faz com que cheguemos até um
cinza neutro, sendo necessário o reforço do preto nos
processos gráficos.
A síntese subtrativa é largamente usada na indústria
gráfica, indústria química, indústria têxtil, nas artes
plásticas, dentre outros.

@ATELIÊ BELNIQUE
Síntese partitiva
É a soma fisiológica das sínteses aditivas e subtrativas, resultando na cor-óptica.
Neste caso, as cores não são misturadas materialmente, mas através da impressão
que causam ao se agruparem numa maior ou menor proporção sobre uma superfície.
Um bom exemplo desta síntese são os trabalhos dos pintores impressionistas. A
ilusão de uma vasta combinação de cores se dá não pela mistura das tintas, mas pela
sensação que a justaposição de cores puras causa.
Classificação das cores
As cores são divididas conforme os efeitos que causam à
percepção:

CORES PRIMÁRIAS.
São cores que não podem ser decompostas e que através delas são criadas todas as
outras cores.
Cores-luz primárias: vermelho, verde e azul.
Cores-pigmento primárias: ciano, magenta e amarelo.
Obs1: Durante muito tempo usou-se como cores-pigmento primárias o azul e o vermelho,
em vez de ciano e magenta. Isso se deu pela semelhança entre eles e pela dificuldade de
se achar esses pigmentos na natureza.
Obs2: O magenta, ao contrário das outras cores, não se encontra no espectro de luz Isso
porque é criado pela sobreposição dos dois extremos do espectro, ou seja, violeta e
vermelho.
CORES-LUZ SECUNDÁRIAS.
Ciano (verde+azul), magenta (vermelho + azul), amarelo (vermelho + verde).

CORES-PIGMENTOSECUNDÁRIAS.
verde (ciano + amarelo), vermelho (magenta + amarelo), azul (magenta + ciano).

Obs1: As cores secundárias de um sistema resultam nas primárias de outro.


Obs2: Aqui vemos que na cor-pigmento o vermelho e o azul vêm do ciano e do magenta,
logo, são cores secundárias e não primárias.
Cores terciárias
São cores obtidas pela mistura de uma primária e uma secundária. São ao todo seis,
independentes da síntese: laranja, oliva, turquesa, celeste, violeta e rosa
Cores complementares
São as cores opostas que, se misturadas, resultam no ponto final de cada síntese. Ou seja,
branco na aditiva e preta na subtrativa.
Cores quentes e frias
O psicólogo alemão Wilhelm Wundt percebeu que as cores podem provocar diversas
sensações térmicas, estabelecendo a divisão delas em dois grupos:
Cores quentes — São o magenta, amarelo e todas em que essas predominem. Sugerem luz,
calor, fogo, proporcionando uma sensação de atividade e dinamismo.

Cores frias:
São o ciano, verde e todas as demais relacionadas. Transmitem sensação de conforto e
tranquilidade, associando ao frio e a água.

Obs.: Embora as cores possam sugerir uma determinada sensação térmica, essa em nada
tem a ver com a real temperatura da cor, sendo apenas um efeito psicológico. Na verdade
cores de temperatura elevada tendem ao azul e as mais amenas ao vermelho.

Cores neutras
São cores que não são influenciadas nem influenciam nenhuma outra devido a pouca
energia que possuem, como o preto, o branco e todas as cores que, por dessaturação,
tendem a essas duas.

Cores análogas
São as cores que têm uma cor base em comum, estando lado a lado no espectro de luz,
possuindo, assim, pouquíssimo contraste entre elas.

Monocromia
Refere-se a graduação em termos de saturação e luminosidade de um único matiz
Círculo Cromático
Trata-se de uma representação das cores do espectro visível, mostrando suas formações
através das primárias e as relações entre si.

Legenda:
1–12: Matizes
3, 7, 11: Cores-luz primárias / Cores-pigmento secundárias
1, 5, 9: Cores-pigmento primárias / Cores-luz primárias
2, 4, 6, 8, 10, 12: Cores terciárias
A: Cores Complementares
B: Cores quentes
C: Cores frias
D: Cores análogas
E: Escala de neutralização
TÉCNICAS PARA
PINTURA À ÓLEO
Quando o assunto é pintura, a tinta a óleo é considerada uma das opções preferidas de muitos
artistas, pois permite um tempo maior de execução da obra e facilita um trabalho mais cuidadoso de
retoques e correções.
Por ser um material bastante versátil, a tinta a óleo pode ser utilizada em diferentes técnicas de
pintura para criar os mais diversos trabalhos artísticos.

A pintura a óleo é uma técnica artística que


Nesses casos, o processo pode levar de algumas
utiliza uma mistura de pigmentos e óleo de
semanas até anos!
secagem, como o óleo de linhaça, para formar
A tinta a óleo ainda apresenta um brilho natural
uma tinta brilhante e de secagem lenta.
que pode variar conforme a quantidade de óleo
usada na mistura com o pigmento.
O maior tempo de secagem característico da
tinta a óleo permite que o artista trabalhe na
A pintura com este tipo de tinta é bastante
mesma obra por vários dias, ajustando detalhes,
utilizada para representar paisagens, natureza-
recriando cores e desenvolvendo novas formas.
morta e retratos, em composições mais
Portanto, a pintura a óleo é ideal para pessoas
trabalhadas e demoradas.
detalhistas e que gostam de retocar a obra mais
de uma vez.

Mas vale ressaltar que “secagem” não é o termo


mais adequado, já que a tinta a óleo não seca,
mas endurece. E quanto mais grossa for a
camada de tinta, mais tempo ela irá demorar
para endurecer.
WWW.SITEMARAVILHA.PT
Técnicas de pintura a óleo

Os trabalhos de pintura a óleo podem ser desenvolvidos a partir de diversas técnicas que envolvem
desde a aplicação de tinta em camadas até a criação de texturas na tela. Dessa forma, é possível
criar obras com diferentes efeitos e composições.
Conheça a seguir as principais técnicas de pintura a óleo:

1 – Pintura por camadas


Nesta técnica, o artista
aplica diversas sobreposições de tinta ao longo de várias
sessões de pintura
No início, as camadas aplicadas na tela são mais finas e diluídas, e progressivamente
o artista vai pintando camadas mais grossas, aplicando a regra “espesso sobre
diluído”.
A pintura por camadas é uma técnica que demanda paciência e um certo
planejamento, já que é preciso esperar que as primeiras camadas sequem para
continuar as seguintes.
Devido ao maior tempo de espera que esta técnica exige, é possível se dedicar a
vários trabalhos ao mesmo tempo.

A pambala-Danick Bumba-2021

@ATELIÊ BELNIQUE
2 – Alla prima

Alla prima — expressão italiana para “de primeira” — é o nome dado à técnica de
pintura a óleo na qual o quadro é feito em uma sessão contínua, sem esperar a
secagem da camada anterior entre uma aplicação e outra, e sem a possibilidade de
retoques e correções.
Após as camadas de base, o artista já pinta as camadas seguintes enquanto as
primeiras ainda estão úmidas.
A alla prima é uma técnica complexa e que exige uma certa habilidade de pintor. Por
isso, ela é mais utilizada por artistas experientes para compor obras menores.
Grandes nomes como Van Gogh e Monet popularizaram a alla prima entre os artistas.

YASIEL PALOMINO
3- Velatura

A técnica de velatura — ou veladura — consiste na aplicação de uma fina camada de


cor transparente sobre outra camada geralmente opaca para se obter as cores
desejadas.
Nesta técnica, a sobreposição acontece somente com as camadas completamente
secas. Por isso, a velatura é mais indicada para pintores pacientes e mais experientes.
Para conquistar os resultados desejados com esta técnica, é necessário conhecer as
propriedades de opacidade e transparência dos pigmentos.
Muitos artistas fizeram uso da velatura para criar tons de pele, tecidos e demais
superfícies com um realismo incrível.

Ser luz não é sobre brilhar mas sim sobre iluminar. 2021

DANICK BUMBA
4 – Pincel seco

Nesta técnica, o artista aplica uma camada de óleo sobre outra de tinta seca,
utilizando um pincel seco e com pouca quantidade de pigmento.
Para obter o efeito desejado, o pincel é passado sobre um papel ou pano para
eliminar o excesso de pigmento. Em seguida, a tinta é aplicada no local desejado de
forma suave e leve para pintar apenas as partes sobressalentes da superfície.
A técnica do pincel seco é utilizada para criar efeitos de neblina, folhas de árvores,
raios de sol, chuva, entre outros.

Back in your arms again – Jeff Rowland


5 – Impasto

O impasto é uma técnica que proporciona maior riqueza ao trabalho, criando texturas
e relevos e facilitando a identificação das cores por parte do observador.
Nesta técnica, o artista aplica grandes quantidades de tinta espessa na superfície,
utilizando uma espátula ou pincel para “moldar” as camadas, como se a pintura fosse
uma escultura.

Girassóis 3. 2021
Álvaro Yéca
6 – Frottage

O frottage é uma técnica que consiste na utilização de um papel não-absorvente ou


pano macio para a criação de texturas.
Durante o processo, uma grossa camada de tinta é aplicada na superfície e esfregada
com o papel ou pano. Em seguida, o excesso de tinta é removido, deixando efeitos
diferentes na tela.
A técnica frottage é muito utilizada em pinturas modernas e abstratas.

Arte com a técnica frottage


PINTURA
A VISÃO PARA A
REALISTA.

A Arte, quando possui um elevado nível de


qualidade, traz dentro de si uma auto-afirmação.
Esta afirmação vai além de um determinado estilo
de arte, aqui a afirmação é plural e dialoga com
um significado interior humano, onde a arte refina
e educa não só o indivíduo, mas também a
sociedade.

Para a Pintura Realista se auto-afirmar há a


necessidade do artista desenvolver um elevado
nível de excelência técnica e conceitual.
Neste tipo de pintura é necessário desenvolver um
senso de ordem e propriedade onde o conceito se
estrutura através de uma técnica coerente.

DANICK BUMBA
Pintar é oferecer ao mundo um trecho do que se passa na sua mente. É
permitir ao apreciador fazer um turismo na sua mente, conduzido pela
criatividade esbanjada em sua obra.
É arrebatar o apreciador para uma dimensão em que ele se encontre
com ele mesmo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WIKIPÉDIA
GRAFFITIARTES
ARTEREF
A MESTRIA DO DESENHO REALISTA VOLUME 1

A ARTE É NOSSA LÍNGUA E O MUNDO É NOSSA FAMÍLIA.

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