telemóvel; e olhos que tropeçam em nuvens, em bolas, em pessoas, em Esvaziado, patas de aranha, eu sei lá em quê. Às encheu-se de murmúrios vezes, esses olhos tropeçantes o velho búzio. (Alexandre) querem que as mãos escrevam textos à maneira de haicais… Primeiro sonho do ano - No início, o poema em japonês Sem contar a ninguém possuía quase sempre dezassete sons Sorrio em silêncio (Lara Souza) elementares contáveis (em português, mais ou menos cinco sílabas métricas Por vezes as nuvens no primeiro verso, sete no segundo e dão um pouco de repouso cinco no terceiro). (…) Hoje em dia, tais a quem olha a lua (Luís) regras são muitas vezes deixadas de lado. Mas há uma que se mantém: o O silêncio vive numa casa poeta estar atento às pequenas coisas Onde a música da natureza e não só. E, em Entra quase sem pedir licença pouquíssimas palavras, fixar no haicai (Hugo) um momento especial da vida, que pode ser alegre, cómico até, ou triste, A brisa suave um momento cheio de beleza ou Silenciosa passeia mesmo feio. Captar esse instante Na água do lago (Ana) como numa fotografia (de que os japoneses tanto gostam) é uma das finalidades do haicai.” Textos retirados das obras Tempo de haikus, de J. N. Santaeulàlia e Olhos tropeçando em nuvens e outras coisas e À noite as estrelas descem do céu, de João João Pedro Mésseder, Olhos Pedro Mésseder tropeçando em nuvens e outras coisas