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Diga Não ao Ato médico

O ato médico é composto de conceitos equivocados e pontos de vistas alienados que


estereotipa os profissionais da saúde como sujeitos despreparados que submetem seus
pacientes há riscos. Porém há uma clara e obvia contradição nesse argumento que se mostra
na verdade um constructo sofista, tendo em vista que segundo o Jornal da Associação Médica
o índice de denuncias a justiça contra médicos acusados por erros cresceu demasiadamente
Fonte: (http://www.ammg.org.br/jornal/edicao_114/page06.pdf)

Obviamente há tentativa do C.R.M-SP por meio do estudo denominado “ O médico e a justiça”


a qual tenta evidentemente manipular as concepções publicas acerca das decisões dos
magistrados alegando que não houve erro médico, mas sim erro dos hospitais. É um tanto
curioso que não haja estudo em sentido contrario, mas de qualquer modo não explanarei a
respeitado por se tratar de mera especulação.
Fonte:(http://www.cremesp.org.br/library/modulos/centro_de_dados/arquivos/
denuncias_cremesp.pdf e
http://www.cremesp.org.br/library/modulos/publicacoes/pdf/medico_justica.pdf

É notória a definição de saúde que se encontra nos preâmbulos Constituição da Organização


Mundial da Saúde que a conceitua como “um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não apenas a ausência de doenças” essa definição combate clara e rigorosamente as
reivindicações propostas na lei do Ato Médico que visa à dominação do aparato denominado
saúde. Nesse contexto há uma contradição entre o incentivo a saúde promovido pela O.M.C e
o modelo de vida que a legislação está tornando possível, uma vez que o controle da saúde
está nas mãos de pessoas que se auto percebem como donos e um conhecimentos
extraordinário e total em torno da ciência universal da cura.

A promoção da saúde e bem estar aparentemente não está ligada apenas a aspectos
biológicos, mas também a esses. Há antagonistas sociais que clamam por mudanças, pois
minam a promoção da saúde e dentro desse contexto está a lei do Ato Médico que
abruptamente se justifica como superior e objetiva remontando assim o principio básico da
dominação. Mas de fato o conhecimento está mais longe cada vez mais da arrogância
acadêmica que o reconhece como privativo de uma classe especifica.

O relatório Lalonde mostra que há algumas diretrizes para nortear a saúde onde está incluindo
biologia humana, ambiente, estilo de vida e assistência médica. Portanto, a saúde é mantida e
melhorada, não só através da promoção e aplicação da ciência da saúde, mas também através
dos esforços e opções de vida inteligentes do indivíduo e da sociedade. Fonte: (http://www.hc-
sc.gc.ca/hcs-sss/alt_formats/hpb-dgps/pdf/pubs/1974-lalonde/lalonde-eng.pdf)

Esse relatório mostra claramente que a saúde não é oriunda da medicina, mas justamente o
contrario que a medicina é oriunda da saúde e de seus planos de promoção, além de enfatizar
que o modelo médico é equivocado e que certamente é necessário olhar além do sistema
tradicional de saúde.

A única maneira de combatermos o mal sorrateiro “Ato Médico” que se instala diante da
saúde publica brasileira é utilizarmos de três premissas básicas que são as palavras, os
pensamentos e as manifestações.
Dizem que o silencio é de ouro, mas na verdade a palavra que é, porque uma vez dita é forjada
e dourada, queima e destrói como também cura as corrupções da matéria. O provérbio que diz
que o silêncio é ouro deve ter sido criado pelos governos despóticos, pois isso parece com
truculência dos tiranos que sem silêncio não impõem escravidão. ( Fedon e a Palavra)
Os tiranos não gostam que as pessoas pensem, fazem esforço pra deformar o pensamento,
estabelecem fabricas de pensamentos e é exatamente isso que o “Ato Médico” faz, porém
todas as vezes que o povo se dispôs a exercer com todo vigor o seu direito e o seu
atributo de pensar, os tiranos foram derrotados, levados ao ostracismo e os
despotismos derrubados. (Teocrito e o pensamento)

A manifestação é a ação onde se concentra o pensamento e a palavra, é infelizmente a


força motriz da mudança, mas não apenas a manifestação, mas a reivindicação
intelectualizada com propriedade, pois contra essa não há quem resista.

Diga não ao “Ato Médico”

Harley Pacheco – Estudante - 5 ano de Psicologia

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