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Anomia social: Anacronismo das normas sociais, à medida em que a sociedade francesa,
mesmo transformada, continua, ainda, fazendo normas com fundamento religioso.
Afirma-se que a sociedade burguesa tende a afastar as normas religiosas e reduz às
decisões dos indivíduos (utilitarismo - fazer o que for mais útil). Entretanto, o utilitarismo foi
objeto de crítica para Durkheim, mas defende, no entanto, o afastamento da religião do
mundo social, afirmando que a religião não pode ser vista como meio para pautar a vida
social, isto é, a religião não pode ser entendida como fundamento do mundo social.
(Desencontro entre a sociedade que avançou e as normas que permaneceram em um
mesmo lugar)
Educação moral: Relacionada com o ato de educar as normas sociais para as crianças,
sendo a família e principalmente a escola os responsáveis por ensinar as normas às
crianças. Ademais, entende-se que existe uma relação assimétrica entre a geração adulta
(possuem as normas internalizadas e ensinam às crianças) e a geração jovem (analogia de
uma tábula rasa).
Elementos da moralidade:
A liberdade pode ser vista como a condição decorrente da compreensão racional das
normas sociais, ou seja, o que faz com que mantenha a liberdade é o cumprimento das
normas. Indivíduo livre: Aquele que é perfeitamente socializado e que entende e segue as
normas, estando livre de punição.
Adulto normal: “Produzido” conforme as normas, decorrente da educação moral.
Coesão Social: A coesão social pode ser entendida como a integração da sociedade, ou
seja, o fato da Sociedade estar junta. Entende-se que quanto mais individualizados os
indivíduos, se tornam cada vez mais dependentes um ao outro. Afirma-se, portanto, que
mesmo especializados e individualizados, eles estão interligados (mesmo falando de
indivíduos, fala-se de sociedade).
Consciência individual: Indivíduo tem consciência que é indivíduo, ou seja, ele entende que
é indivíduo. Substrato: O indivíduo. (Suporte)
Solidariedade orgânica: Coesão social promovida pela divisão social, ou seja, a ideia de que
os indivíduos constituem o corpo social, sendo ele coeso. Entende-se que quanto mais
diversificada, mais interdependente a sociedade será.
Pena: Consiste em uma reação passional, de intensidade gradual, que a sociedade exerce
por intermédio de um corpo constituído contra aqueles de seus membros que violaram
certas regras de conduta. Existem dois tipos de pena, a pena passional e a de defesa. A
primeira está relacionada com o desejo de vingança contra aquele que rompeu com a
norma. O segundo, por sua vez, está relacionado com a defesa da norma, ou seja, evitar
que a norma seja rompida.
O crime tem a função de revelar a existência da sociedade e das normas: Crime → Punição
→ Norma → Consciência coletiva → Sociedade.
Função do Estado: Sua primeira e principal função é fazer respeitar as crenças, as
tradições, as práticas coletivas, isto é, defender a consciência coletiva de todos os inimigos
de dentro e de fora. Tal autoridade se torna um fator autônomo da vida social por conta da
supremacia que conquistou e pode, portanto, reagir e taxar como crime mesmo aquilo que
não aparece explicitamente nos sentimentos coletivos. (Só ele, de maneira autônoma, deve
inovar as normas sociais. Além disso, entende-se que a justiça deve ser feita em função da
racionalidade).
Objetivos de Durkheim:
- Crime como evidência da norma;
- Repressão ao crime;
- Repressão como evidência da norma;
- Defesa da repressão organizada para evitar a repressão difusa da sociedade,
defendendo o Estado de Direito.
A questão de Howard Becker: Para além de interrogar qual crime, que comete e porque,
compreender porque determinados comportamentos são considerados desviantes. Em
outros termos, entender como que a sociedade produz o Outsider.
Outsider: Aquele que se desvia das regras do grupo. Ressalta-se que o ato de desviar
constitui atitudes consideradas fora do padrão, mas que não são necessariamente crimes.
Entende-se que o desvio é criado pelos grupos sociais ao fazerem regras cuja infração é o
desvio e, ao aplicar tais regras, pessoas particulares rotulam os desviantes como outsider.
Ademais, entende-se que o desvio é consequência das reações de terceiros ao ato de uma
pessoa (desvio como a falha em obedecer às regras sociais). “Se um ato é ou não
desviante, depende de como outras pessoas reagem a ele”.
Importante: Tanto no caso do Durkheim (crime), como no caso do Becker (desvio), trata-se
de revelar que são os negativos a definir a norma que os produzem.
Desvio é um termo mais adequado quando falamos de situações normativas que não são
necessariamente organizadas racionalmente, legalmente instituídas.
Ordem interacional: Há uma ordem moral por meio da qual as interações de processam.
Portanto, não estamos falando meramente de ações subjetivas, mas ações sociais, que
possuem caráter social.
São, portanto, todos esses elementos que o autor considera quando interpreta uma
situação social e por meio da qual define a melhor maneira de se apresentar na ordem
interacional. Para Goffman, não se pode pensar em interação exclusivamente como
decorrente da subjetividade, entendida como um atributo exclusivo do indivíduo, embora
seja o indivíduo a mobilizar todos os elementos necessários para a interação face-a-face.
Entende-se, portanto, que as interações, além de possuir certo grau de subjetividade, são
compostas por códigos e regras.
Self: Entende-se que o que está em jogo nas interações sociais não é a totalidade dos
indivíduos, mas a construção do self demandada pela situação social em questão. O self,
então, pode ser entendido como a maneira que cada pessoa se porta em diferentes
situações sociais, ou seja, não é possível com que uma pessoa tenha totalidade em todas
as situações. Muda-se a situação social, muda-se a “fachada”, determinando o tipo de
comportamento que será tomado. Ex: Em uma festa ou no trabalho, o indivíduo muda seus
comportamentos para se encaixar em tal ocasião.
Controle social: Relacionado com a ideia de portar-se de uma maneira e tomar cuidado para
que não seja “descoberta” as outras faces do indivíduo.
Mesmo os linchamentos serem diferentes durante o tempo, entende-se que existe uma
constante entre eles, sendo ela a motivação conservadora, ou seja, a tentativa de impor
castigo exemplar e radical a quem tenha, intencionalmente ou não, agido contra valores e
normas que sustentam o modo como as relações sociais estão estabelecidos e
reconhecidas ou os que tenham posto em risco.