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PALLOTTI

COLÉGIO ANTÔNIO ALVES


RAMOS
COLÉGIO ANTÔNIO ALVES RAMOS
Ensino Fundamental: Anos Finais

COMPONENTE CURRICULAR: Geografia


TURMAS: 71, 72, 73.
CONTEÚDO: Módulo 22– Complexos regionais brasileiros: Nordeste
(p.195 – 207).

PROFESSORA: Janete Webler Cancelier


Página 196 PARA COMEÇAR

 O complexo regional do
Nordeste é a segunda região
geoeconômica mais populosa do
país.
 Possui grande variedade
climatobotânica e indicadores
socioeconômicos contrastantes.
 Até o século XVIII, foi o centro
econômico, populacional e
político da colônia, abrigando a
capital, Salvador. Primeira região a
ser ocupada pelos portugueses,
Cangaço: fenômeno ocorrido no Nordeste, tem um importante patrimônio
no qual grupos buscavam justiça e vingança, histórico e arquitetônico; seu
pela falta de emprego, alimento e outras estudo é fundamental para
situações de desigualdade. Extinto na compreender o passado e o
década de 1930, ainda hoje está presente na presente do Brasil.
cultura popular.
A literatura de Cordel símbolo da cultura
nordestina.
Página 197 Para relembrar

 Neste módulo utilizaremos a


regionalização geoeconômica
para conhecer melhor as
características demográficas,
socioeconômicas e culturais do
Brasil.

 Critérios para a delimitação


das regiões estão relacionados
a fatores históricos e
socioeconômicos.

 Não segue estritamente os


limites estaduais, ao contrário
da regionalização proposta pelo
Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), como você
pode observar nos mapas a
esquerda.
Página197 Características regionais do espaço nordestino

 O complexo nordestino é marcado por contrastes socioeconômicos.

De um lado, agricultura com modernas técnicas de irrigação, do outro, áreas


não irrigadas abrigam espaços em que predominam fome e pobreza extremas.

 As indústrias estão concentradas em algumas porções.

 Problemas relacionados à fome, à pobreza, à mortalidade infantil e à


desigualdade social.

 A região ficou conhecida como uma área de perdas econômicas,


políticas e populacionais. (Perdas econômicas: concorrência
holandesa na produção de açúcar, após serem expulsos da colônia, em
1654, os holandeses começaram a produzir açúcar no Caribe; isso fez
com que os engenhos nordestinos perdessem espaço no mercado
mundial. Perdas políticas: transferida da capital para o Rio de Janeiro.
Perdas populacionais: migrações internas = apesar de algumas
melhorias, problemas ambientais, econômicos e sociais enfrentados por
grande parte da população permanecem e ajudam a explicar o processo
de repulsão populacional.
PARA COPIAR NO CADERNO

COMPLEXO NORDESTINO

➜ Região de ocupação inicial do território brasileiro e historicamente


importante.

➜ Variedade climatobotânica.

➜ Indicadores socioeconômicos contrastantes.


Página 198
Sub-regionalização nordestina

O Nordeste apresenta
significativas diferenças
naturais ao longo de sua
extensão longitudinal, do litoral
para o interior. Essas
diferenças, porém, não se
limitam aos aspectos naturais,
estendendo-se a
características sociais e
econômicas. Por essas
particularidades, a região
costuma ser dividida em
quatro sub-regiões:
-Zona da Mata,
- Agreste,
- Sertão
- Meio-Norte
Pág. 198-199 Zona da Mata

Essa sub-região foi uma das primeiras áreas de ocupação efetiva do território.
Atualmente, apresenta dinamismo econômico, tem diversas cidades com forte
setor terciário - turismo (natural, patrimônio histórico e arquitetônico), principal
atividade econômica, gera muitos empregos.

Impactos negativos: a segregação socioespacial (valorização das áreas


turísticas e degradação de ambientes naturais).

Zona da Mata Açucareira: onde tradicionalmente se desenvolve a produção da


cana-de-açúcar. A produção de sal também é destaque (Rio Grande do Norte).
Apresenta setores industrial, comercial e serviços diversificados = capitais.
 Zona da Mata Cacaueira: área localizada no sul da Bahia. Atualmente a
produção divide espaço com outras atividades agropecuárias. O crescimento
urbano das cidades costeiras do sul da Bahia tem forte relação com a expansão
turística, com a implantação de universidades e serviços públicos, com a
diversificação do setor terciário e com a expansão industrial.
Recôncavo Baiano: destacam as atividades industriais e o refino de petróleo.
A diversidade de atividades do setor terciário (comércio, serviços e finanças) e
do setor secundário (indústria, construção civil, mineração e extração de petróleo)
nos vários municípios próximos à cidade de Salvador faz da região metropolitana
dessa capital nordestina uma das mais dinâmicas do país.
Página 200 Agreste
A sub-região é uma faixa de transição
entre a Zona da Mata e o Sertão
nordestino (apresenta características de
clima e vegetação dessas sub-regiões).
Em algumas áreas, prevalecem
características do clima tropical, com a
presença de remanescentes da Mata
Atlântica e de brejos; em outras,
predominam características do clima
semiárido, em que ocorre a Caatinga. O
Agreste é marcado pela presença de
pequenas e médias propriedades
familiares policultoras. Outra
característica cultural e econômica
importante do Agreste são as festas
A implantação de infraestruturas,
juninas, pois atraem muitos turistas para
de serviços públicos e de
as cidades da região. No Agreste, é
atividades urbanas tem,
comum a migração sazonal, em que os
provocado a permanência das
trabalhadores deixam suas lavouras para
pessoas nas cidades de porte
trabalhar na colheita da cana-de-açúcar
médio do Agreste nordestino.
na Zona da Mata, retornando no fim da
safra.
Página 201 Sertão

 Sertão é a maior sub-região do


Nordeste. Predominam o clima tropical
semiárido e a vegetação de Caatinga.
 As características naturais dessa sub-
região, associadas à falta de
comprometimento dos governos federal e
estaduais, fazem com que ela seja umas
das mais afetadas do país quanto a
aspectos como fome e pobreza.
O Sertão apresenta contrastes
importantes. De um lado, abriga áreas de
produção agrícola de subsistência, com
baixo ou nenhum uso de tecnologia. De
outro, existem áreas modernas
(irrigação), com elevada produtividade
agrícola e voltadas para o mercado
internacional.
 A irrigação é essencial.
Pág. 202-203
O polígono das secas e a indústria da seca

Área delimitada pelo governo federal


em 1936 para que políticas e ações
diferenciadas fossem realizadas visando
amenizar os problemas sociais e
econômicos gerados pela seca.
A construção de açudes e a
disponibilização de verbas especiais para
os municípios estão entre as principais
medidas propostas para a região.
Ao lado das políticas e investimentos
públicos, existem algumas elites locais que
empregam o discurso de combate à seca
fazendo promessas para angariar votos.
Indústria da seca: consiste no uso do
discurso do combate à seca para
beneficiar uma pequena parte da
população mais privilegiada e dos
governantes.
Página 203

Vamos realizar a leitura do texto “A transposição do rio São


Francisco”, na página 203, boxe AMPLIANDO
HORIZONTES.
Página 204 Meio-Norte

O Meio-Norte, é uma faixa de


transição do clima semiárido do
Sertão para o clima equatorial da
região amazônica. Apresenta formação
. vegetal diversificada, com áreas de
Cerrado, Caatinga e Floresta Equatorial.
Formação mais marcante: Mata dos
Cocais (caracteriza-se pela presença
de espécies como o buriti, o babaçu, a
carnaúba e a oiticica), essas espécies
são o meio de sobrevivência de
diversas comunidades tradicionais
que realizam o extrativismo vegetal,
atividade com grande importância nessa
sub-região. Contudo, o avanço da
agricultura monocultora, com a
produção de soja, arroz, milho, algodão
e o desenvolvimento industrial vem
gerando desmatamento e mudando o
perfil produtivo e paisagístico dessa
região.
PARA COPIAR NO CADERNO

SUB-REGIÕES
ZONA DA MATA
➜ Clima tropical úmido
➜ Vegetação de Mata Atlântica
➜ Intensamente devastada
➜ Atividade turística bastante desenvolvida
➜ Presença do litoral e de um clima favorável ao turismo
➜ Patrimônio histórico e arquitetônico
➜ Festas típicas tradicionais
➜ Dividida em três áreas distintas:

Zona da Mata Açucareira: cultivo tradicional de cana-de-açúcar e de outros


produtos agrícolas; destaque na produção de sal; setores industrial, comercial e de
serviços desenvolvidos principalmente nas capitais.

Zona da Mata Cacaueira: cultivo tradicional de cacau e de outros produtos da


agropecuária.

Recôncavo Baiano: destaque para o setor industrial, especialmente o


automobilístico, e para o setor petroquímico.
PARA COPIAR NO CADERNO

AGRESTE
➜ Faixa de transição
➜ Interação entre o clima tropical úmido e o tropical semiárido
➜ Abastece a Zona da Mata
➜ Mão de obra pela migração sazonal
➜ Alimentos
➜ Policultura = pequenas e médias propriedades, mão de obra familiar.

SERTÃO
➜ Clima tropical semiárido
➜ Vegetação de Caatinga
➜ Enfrenta problemas como: seca, concentração de terras, miséria
➜ Polígono das Secas: abrange os municípios que mais sofrem com a
seca.
➜ Indústria da seca: elites locais e políticos se beneficiam do combate à
seca; permanência dos problemas gerados pela seca; população sem a
assistência .necessária; transposição do rio São Francisco.
PARA COPIAR NO CADERNO

MEIO-NORTE
➜ Faixa de transição
➜ Interação entre o clima tropical semiárido e o equatorial
➜ Vegetação predominante é a Mata dos Cocais
➜ Destaque para o extrativismo vegetal: babaçu, carnaúba, buriti, oiticica
➜ Expansão da sojicultura.

TRADIÇÃO E MODERNIDADE NO NORDESTE


➜ Aumento do dinamismo econômico na região: desconcentração
espacial da indústria; avanço da agricultura moderna; melhora da
infraestrutura.

➜ Criação de empreendimentos industriais e logísticos: complexo


Industrial Portuário de Suape; polo Industrial de Camaçari; refinaria Abreu
e Lima (Rnest); porto digital.

➜ Modernização agrícola: desenvolvimento da fruticultura irrigada;


produção de soja; Matopiba.
Pág. 204-205 Tradição e modernidade: o novo Nordeste

 Desde o fim do século XX, a região vem passando por transformações


significativas nos aspectos econômico, social e produtivo.

 O processo de desconcentração espacial da indústria, o avanço da


agricultura moderna e a melhoria da infraestrutura têm levado ao aumento
do dinamismo econômico na região, estimulando também a migração de retorno.

 O crescimento industrial: por todo o Nordeste têm surgido polos industriais


(Complexo Industrial Portuário de Suape, Refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco, e o Polo Industrial de Camaçari, na Bahia, são alguns
empreendimentos que têm ajudado a atrair indústrias de diferentes setores,
principalmente automobilísticas, têxteis e de calçados)

 Os estados nordestinos oferecem isenções fiscais e mão de obra barata,


além de sua posição geográfica favorecer a redução dos custos das
exportações para os mercados europeu e estadunidense.
Pág. 204-205

Além dos setores tradicionais, outros


ramos relacionados à tecnologia vêm se
desenvolvendo na região. Localizado no
Recife, o Porto Digital, por exemplo, é um
polo tecnológico que vem permitindo a
criação de indústrias ligadas à tecnologia
da informação, à economia criativa e
telecomunicações.

Outra localidade que vem ganhando


importância com a agricultura moderna é a
região chamada Matopiba (formada por
partes do Maranhão, do Tocantins, do Piauí
e da Bahia), que tem se destacado
principalmente na produção de soja.
Apesar dos ganhos econômicos, o avanço
da monocultura é considerado
problemático do ponto de vista
ambiental, porque está relacionado à
degradação dos biomas dessa região.
EXERCÍCIOS

P. 206 (Praticando o aprendizado), questões 1, 2, 3 e 4.

P. 206-207 (Aplicando o conhecimento), questões 1, 2 e 3.

P. 207 (Desenvolvendo habilidades), questões1 e 2.

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