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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema: Filogenia Vegetal no Domínio Eucariótico

Nome: Arnalda Touolo


Código do Estudante: 708216861

Curso: Licenciatura no Ensino de Biologia


Disciplina: Botânica Sistemática
Ano de Formação: 2022

Maputo, Novembro de 2022

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Índice
0.Introdução.............................................................................................................................................3
1.Filogenia Vegetal no Domínio Eucariótico...........................................................................................4
1.1.Características gerais das plantas.......................................................................................................5
1.1.1.Classificação das plantas................................................................................................................5
1.2.Os grupos da filogenia vegetal...........................................................................................................6
1.3.Evolutivos dos grupos na filogenia....................................................................................................6
1.4.Cladograma dos grupos vegetais.......................................................................................................8
2.Metodologia..........................................................................................................................................9
3.Conclusão...........................................................................................................................................10
4.Referências Bibliográficas..................................................................................................................11

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0.Introdução
O presente trabalho tem como proposito analise da filogenia vegetal no domínio eucariótico,
sedo que a filogenia trata-se da história evolutiva de uma espécie ou de um grupo de espécies.
Estudar a filogenia é como estudar uma árvore genealógica. As plantas são os organismos
constituintes do Reino Plantae, também chamado de Metaphyta. São eucariontes e, na maioria
das vezes, pluricelulares, com células revestidas de parede celular a base de celulose, nenhuma
ou pouca motilidade, e que possuem organelas especializadas na conversão de energia luminosa
em energia bioquímica (cloroplastos) para formação de moléculas orgânicas complexas, através
do processo de fotossíntese.

Estima-se que as plantas foram os primeiros habitantes pluricelulares a colonizar o ambiente


terrestre e que, evolutivamente, todos os organismos do Reino Plantae descendem de um único
ancestral comum, fazendo do reino vegetal um reino monofilético.

As plantas estão presentes em praticamente todos os biomas terrestres e exercem importante


papel ecológico devido à fotossíntese, sendo chamadas de "produtores" e consideradas a base da
cadeia alimentar de qualquer ecossistema.

Além disso, através da fotossíntese, os vegetais absorvem o gás carbônico ambiental que é
metabolizado e para a produção de matéria orgânica, gerando subprodutos como o oxigênio, que,
em um primeiro momento, não é utilizado pelo vegetal e pode ser liberado para o meio externo,
contribuindo para a manutenção da atmosfera terrestre e permitindo a sobrevivência dos.

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1.Filogenia Vegetal no Domínio Eucariótico
Filogenia vegetal pode ser definida, de maneira simplificada, como a história evolutiva de uma
espécie ou de um conjunto de espécies distintas. Podemos comparar o estudo da filogenia com o
estudo de uma árvore genealógica. Estudando a filogenia, podemos conhecer os ancestrais de
uma espécie e compreender como determinadas características surgiram naqueles organismos. 

A palavra planta é geralmente usada para designar qualquer organismo eucarionte e autótrofo
capaz de converter energia luminosa em energia química mediante o processo da fotossíntese.
Mais especificamente, plantas produzem carboidratos a partir de dióxido de carbono (CO,) e da
água na presença de clorofila, no interior de organelas chamadas cloropiastos. As vezes, o termo
planta é ampliado para acomodar as formas autótrofa: procariontes, especialmente a linhagem de
bactérias conhecida como cianobactérias (OU algas azul-verdes). Muitos textos clássicos de
botânica incluem em plantas até mesmo os fungos, os quais diferem enormemente das plantas
verdes por serem organismos eucariontes heterótrofos que quebram matéria orgânica viva ou
morta pela ação de enzimas e, então, absorvem os produtos dessa digestão. Os fungos parecem
ser, na verdade, mais relacionados com os animais, outra linhagem de organismos heterótrofos
caracterizada pela capacidade de movimentação e por ingerir outros organismos, digerindo-os
internamente

No domínio Eukarya, estão presentes todos os organismos eucariontes, isto é, aqueles que
possuem material genético delimitado por uma membrana chamada de envoltório nuclear ou
carioteca. Assim sendo, nesse grupo, existem protozoários, algas, fungos, plantas e animais,
portanto, são organismos unicelulares ou pluricelulares e com nutrição autotrófica ou
heterotrófica.

O Reino Plantae ou Reino Vegetal é o grupo em que estão todas as plantas. Plantas são
organismos eucariontes e multicelulares e, geralmente, fotossintetizantes. Apesar de muitas
pessoas acreditarem que todas as plantas possuem a capacidade de realizar fotossíntese, isso não
é verdade, uma vez que podemos encontrar plantas parasitas. 

Na maioria das plantas, observamos a presença de três órgãos vegetais básicos: raiz, caule e
folha.  As plantas podem ser classificadas em quatro grupos: briófitas, pteridófitas,

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gimnospermas e angiospermas. As flores e frutos são exclusividade das plantas conhecidas como
angiospermas.

1.1.Características gerais das plantas


As plantas são organismos multicelulares e eucariontes. Suas células diferem-se da célula animal
por apresentar organelas denominadas plastídios e vacúolos (também chamados de vacúolo de
suco celular ou vacúolo central). Além disso, apresentam parede celular, sendo a celulose o
principal componente dessa estrutura.

As plantas são classificadas como organismos autotróficos, uma vez que a grande maioria é
capaz de realizar fotossíntese. A exceção são as plantas parasitas, sendo observadas algumas
espécies aclorofiladas, portanto, não fotossintetizantes, e que retiram os carboidratos dos quais
necessitam de plantas hospedeiras.

De maneira geral, as plantas apresentam três órgãos vegetais básicos: raiz, caule e folha. A raiz,
na maioria das planta, é subterrânea e apresenta como funções principais a fixação da planta ao
substrato e a absorção de água e sais minerais.

O caule, por sua vez, atua ligando as raízes às folhas, promovendo a sustentação do vegetal e
permitindo que as folhas estejam dispostas de forma a conseguirem maior contato com a luz
solar. Vale destacar, no entanto, que tanto as raízes quanto os caules podem assumir outras
funções, a depender da planta estudada.

No que diz respeito às folhas, elas apresentam como função principal a realização de
fotossíntese, sendo elas os órgãos em que está concentrada a maior quantidade de clorofila.

1.1.1.Classificação das plantas


As plantas podem ser classificadas em quatro grupos básicos: briófitas, pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas. Esses grupos podem ser divididos ainda em plantas vasculares e
plantas avasculares. Plantas avasculares são aquelas que não possuem vasos condutores de seiva
(xilema e floema), sendo esse o caso das briófitas. As chamadas plantas vasculares, por sua vez,
possuem vasos condutores e apresentam como representantes as pteridófitas, gimnospermas e
angiospermas.

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As pteridófitas são também chamadas de plantas vasculares sem sementes, uma vez que possuem
vasos condutores e são incapazes de produzir sementes. Gimnospermas e angiospermas, por sua
vez, são plantas vasculares com sementes. A diferença entre esses dois últimos grupos está no
fato de que as gimnospermas apresentam sementes nuas, que não estão envolvidas por frutos,
enquanto, nas angiospermas, observamos a presença de flores e frutos.

1.2.Os grupos da filogenia vegetal


Briófitas: são plantas avasculares e que não possuem caule, folhas ou raízes verdadeiras. A
presença de flores, sementes e frutos também não é observada. Dependem da água para a
reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o gametófito. São exemplos de briófitas:
musgos, antóceros e hepáticas.

Pteridófitas (plantas vasculares sem sementes): são plantas vasculares que não produzem flores,
sementes ou frutos. Possuem raízes, caule e folhas verdadeiras. Dependem da água para a
reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o esporófito. Como exemplo, temos as
samambaias e avencas.

Gimnospermas: são plantas vasculares que apresentam raízes, caule, folhas e sementes. As
sementes são nuas, pois não possuem frutos envolvendo-as. Nessas plantas também não são
encontradas flores, sendo a estrutura reprodutiva desse grupo chamada de estróbilo. Devido ao
surgimento do tubo polínico, não necessitam de água para a reprodução. A fase dominante do
seu ciclo de vida é o esporófito. Como representantes, podemos citar os pinheiros e as araucárias.

Angiospermas: são plantas vasculares que possuem raízes, caule, folhas, sementes, flores e
frutos. Não necessitam de água para a reprodução, e a fase dominante do seu ciclo de vida é o
esporófito. Nesse grupo temos cerca de 90% de todas as espécies de plantas do planeta. Como
representantes, podemos citar as orquídeas, a mangueira, o abacateiro e o ipê.

1.3.Evolutivos dos grupos na filogenia


Sistemática vegetal é a área da botânica que estuda a diversidade das plantas e as suas relações
evolutivas.

As atividades de um sistemata envolvem a descoberta, descrição e a interpretação da diversidade


biológica. Os sistematas reconstroem a filogenia através de um enfoque filogenético que é

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expressado na forma de um cladograma. O cladograma é uma representação diagramática de
uma hipótese sobre relações evolutivas.

O método filogenético mais amplamente utilizado hoje para classificação de organismos é a


cladística. Os sistemas de classificação são preditivos e apresentam a síntese das informações
que foram reconstruídas pela filogenia. É possível contar a “história” evolutiva do grupo a partir
de qualquer ponto selecionado da árvore. A forma, ou a topologia, é determinada pelas conexões
entre os ramos da árvore evolutiva.

As plantas são organismos eucariontes e autotróficos capazes de converter energia solar em


energia química pelo processo da fotossíntese. Os vegetais são apontados como um ramo da
árvore evolutiva da vida que abriga o clado das plantas verdes ou viridófitas composto pelas
algas verdes e as plantas terrestres. O grupo mais próximo das plantas terrestres ou embriófitas
são as “carófitas”, um grupo de algas verdes.

O clado plantas verdes tem as seguintes sinapomorfias: presença de clorofila a e b contidas nos
cloroplastos; reserva de carboidratos em forma de amido e a presença de dois flagelos anteriores
em forma de chicote em algum momento no ciclo de vida, que podem ser modificados ou às
vezes perdidos. Estes caracteres são indicados no ramo onde se acredita ter ocorrido evolução.

A evolução das plantas se deu, principalmente, após as alterações atmosféricas em decorrência


da liberação de oxigênio pelos organismos autotróficos. Dessa forma, as primeiras espécies a
colonizar o ambiente terrestre foram as briófitas e os musgos, e a principal característica que
facilitou a colonização após a formação de organismos pluricelulares foi a formação de tecido
epidérmico e de estruturas que garantiram proteção contra a perda de água e condições
atmosféricas adversas.

O objetivo fundamental da sistemática é descobrir todos os ramos que formam a árvore evolutiva
da vida, documentar as modificações que ocorrem durante o processo histórico e evolutivo
desses ramos, descrever e nomear todas as espécies possíveis encontradas na natureza. Por isto a
sistemática vegetal está diretamente relacionada ao estudo da biologia evolutiva.

A sistemática vegetal foi baseada desde o seu fundamento em morfologia e anatomia


comparadas. Com o advento da sistemática molecular, a sistemática vegetal está sendo
transformada pela utilização de técnicas moleculares, onde o gene é utilizado para comparar

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organismos em seu nível mais básico. Essas técnicas são determinadas por sequenciamento
genético.

A sistemática vegetal se mostra uma área do conhecimento importante, pois é através dela que
podemos conhecer melhor a biota existente, prever modos de utilização e conservação do
potencial florístico, auxiliar na busca por plantas de interesse econômico além de relacionar
outras áreas das ciências biológicas como a biologia da conservação, biodiversidade,
etnobotânica, ecologia e evolução.

1.4.Cladograma dos grupos vegetais


Os cladogramas são construídos a partir de três elementos básicos: os organismos de interesse
(ou clados), isto é, aqueles sobre os quais deseja-se compreender a história e relações evolutivas;
linhas, que representam o tempo evolutivo; e nódulos, que correspondem ao ponto de encontro
entre duas linhas, revelando o ancestral comum entre dois grupos de organismos. Em alguns
cladogramas, as linhas também são utilizadas como escala de tempo evolutivo, isto é, seu
tamanho representa o maior (linhas maiores) ou menor (linhas menores) tempo entre o
surgimento dos diferentes grupos.

A análise dos cladogramas permite reconhecer características exclusivas e compartilhadas entre


os diferentes clados, bem como saber se estas são primitivas ou recentes. Os clados
representados em um diagrama, por exemplo, são estabelecidos com base em características
sinapomórficas, ou seja, características únicas e partilhadas pelos organismos que compõem o
grupo, e que são derivadas de seu ancestral comum mais recente.

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2.Metodologia
Partindo do pressuposto de que a filogenia vegetal no domínio eucariótica, denomina ao analisa
das plantas e da sua evolutiva, a abordagem qualitativa é mais adequada para a explicação dos
grupos da filogenia, da evolutiva dos grupos na filogenia e da cladogramas dos grupos vegetais.
Segundo Ludke (1986), a abordagem qualitativa se caracteriza por ter como foco principal o
significado que as pessoas dão às coisas. Tal metodologia, aplicou-se ainda a pesquisa
bibliográfica. A pesquisa bibliográfica consiste em fazer leituras em livros, manuais com
objectivo de buscar informações para a compreensão do assunto estudado (Lakatos& Marconi,
2012).

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3.Conclusão
Referente ao tempo, pode se concluir que o estudo filogenético assume que após duas linhagens
divergirem elas nunca mais trocarão informação genética. Este pressuposto pode, no entanto ser
frequentemente transgredido. Se a hibridização é comum, uma planta pode compartilhar
caracteres derivados de duas plantas parentais não relacionadas.

A filogenias podem ser usadas para descrever o processo evolutivo e para desenvolver hipóteses
a respeito de adaptação, modificações morfológicas e fisiológicas ou sobre aspectos
biogeográficas, entre diversos outros usos. Se uma filogenia ser utilizada com o objectivo de
descrever história evolutiva, no entanto, atenção especial deverá ser dada a caracteres e estados
de caracteres usados para esta descrição.

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4.Referências Bibliográficas
Judd, W.S.; Campbell, C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, P.F.; Donoghue, M.J. Sistemática vegetal:
um enfoque filogenético. 3ª ed. Artmed, Porto Alegre. 612p. 2009.
Raven, P. H.; Eichhorn, S. E.; Evert, R. F. Biologia Vegetal. 8ª ed. Guanabara Koogan. Rio de
Janeiro. 2014
https://abirdingnaturalist.wordpress.com/tag/symplesiomorphy/.
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tres-dominios.htm.
https://www.infoescola.com/biologia/sistematica-vegetal/.

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