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O filme “Cyber Bullying” conta a história da adolescente Taylor que se torna vítima de

“cyberbullying” após receber um notebook de presente. Fora da ficção, de fato, a realidade


apresentada na obra pode ser relacionada à do século 21, pois torna-se incrivelmente fácil
encontrar comentários depreciativos na internet. Embora existam leis que exijam tal ação, a
disseminação não intencional desses comentários e o abuso da liberdade de expressão ainda
precisam ser resolvidos.

Em primeira análise, é importante ressaltar que a liberdade de expressão no ambiente digital


deixa de ser considerada um direito igualitário quando os usuários violam os direitos humanos.
Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, vivemos atualmente em uma sociedade fluida – uma
sociedade em que o individualismo é privilegiado sobre as tão defendidas relações sociais –
porque a Internet não apenas permite a exploração em massa de recursos, mas também abre
as portas para a influência extremista, vista no filme "Cyberbullying". Assim, os usuários são
explorados inconscientemente por vírus tecnológicos que os levam a valorizar seu conforto.

Assim, observa-se nas manifestações cibernéticas uma poderosa força deturpadora do


chamado “direito à expressão”: ao se depararem com opiniões opostas nas redes sociais, os
usuários não se importam em insultar o outro, pois a seus olhos ele é apenas um membro da
Constituição Federal de 1988. O artigo 19 estabelece que a "opinião" é um direito garantido
por lei. Porém, algumas restrições devem ser observadas, pois a própria lei também exige o
respeito a todos os demais cidadãos. Por exemplo, quando um usuário é ofendido
gratuitamente na Internet, o usuário pode acabar retaliando com discurso de ódio, fazendo
com que o problema persista ou, em casos mais graves, evolua para um transtorno
socioemocional.

Portanto, é necessário que o governo federal tome medidas para amenizar a situação atual.
Para conscientizar os brasileiros sobre o tema, é necessário que o Ministério da Saúde e
Cultura (MEC) subsidie campanhas e palestras nas escolas detalhando as consequências do
discurso de ódio para as vítimas, induzindo os alunos a diferenciar opiniões e insultos verbais e,
finalmente, levá-los a respeitar os outros em primeiro lugar. Só assim será possível combater
estas apatias sociais e, ainda por cima, será possível confrontar esta visão de uma sociedade
móvel, onde ainda prevalecem problemas como o “cyberbullying”.

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