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O filme “ferrugem” narra a história de Tati, uma adolescente de apenas 16 anos,

que após perder seu celular tem sua intimidade exposta através de um vídeo íntimo com
seu ex-namorado. Fora da ficção, atualmente há desafios na construção do modo de
viver em uma sociedade mediada pela tecnologia. Estre as complicações está o fato de o
sistema penal brasileiro não ter conseguido acompanha a evolução da internet. Mas
também, é importante ressaltar que os valores morais da sociedade estão divididos.
O sistema legal não está atualizado o suficiente para condenar aqueles que
cometem alguns crimes cibernéticos relacionados a relações virtuais. Segundo o filosofo
Rafael Capurro, devido ao novo modo de viver possibilitado pela rede digital global e
interativa, as novas regras casualmente entram em conflito com o sistema legal e moral
antes da tecnologia. Exemplificando, as relações virtuais frequentemente acabam
atingindo um alto nível de intimidade concretizados por fotos, vídeos e áudios íntimos,
que às vezes são expostos sem consentimento. O expositor pode levar um a cinco anos
de cadeia, de acordo com um artigo da lei 13.718/18. Entretanto essa pena não condiz
com crime, pois ter a vida exposta dificulta a vida em sociedade.
Diante disso, é importante ressaltar que os valores morais atuais possuem dois
polos opostos. Hoje, existem ONGs (As Organizações Não Governamentais) que
oferecem apoio psicológico e jurídico para as vitimas de disseminação ilegal de material
íntimo, por exemplo, a SAFERNET, que promove vários programas de ajuda e
conscientização. A relevância dessa ONGs é inquestionável. Muito entendem a situação
e empatizam com a vítima, entretanto, existem aqueles que jugam ela e não que a expos,
argumentando que isso poderia ser evitado se caso a pessoa não tivesse enviado uma
multimidia íntima a seu parceiro ou parceira. Sendo assim, as relações sociais dela são
afetadas em vários âmbitos, ficando assim prejudicado de várias maneiras.
Portanto, fica evidente que para a construção de uma sociedade mediada pela
tecnologia na contemporaneidade funcionar. Cabe ao Legislativo junto à União,
elaborar novas leis e reformular o atual código penal, a fim de os crimes cibernéticos
serem devidamente julgado, oferecendo justiça a vítima. Como também compete a
Mídia divulgar propagandas contra o tabu que os indivíduos tem de responsabilizar a
vítima, com objetivo de atualizar os valores da sociedade, que ainda estão na era pré-
digital.

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