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A Bela e a Fera
Narrador: Olá, crianças! Que bom receber vocês no castelo! Eu não aguentava mais essa
solidão, sem ninguém para aquecer ou iluminar…
Esse lugar é muito triste sem visitantes. Mas já que vocês vieram até aqui, deixe-me contar
uma história…
Era uma vez, num reino muito distante, um príncipe muito bonito que morava em um castelo
reluzente! Aliás, reluzente graças a mim, modéstia à parte.
Tudo aqui era muito animado, com várias festas, banquetes, bebidas à vontade! Mas o
príncipe não conseguia compartilhar a felicidade que acontecia ao seu redor. Ele era
egoísta, mimado e grosseiro. Era muito metido!
Narrador: Cruzes! Vocês não acharam ele metido? Sacre bleu! Bem, continuando o que eu
estava dizendo…
Em uma noite muito fria de inverno, enquanto todos aqui no castelo dançavam, bebiam e se
divertiam aquecidos, uma senhora muito pobre apareceu aqui, pedindo por abrigo. Tudo o
que ela tinha para oferecer em troca da hospedagem era uma rosa.
O príncipe, no auge de seu egoísmo, riu dela. Por causa de sua feiúra, ele zombou dela e a
mandou embora. Mas, quando tentou a expulsar, essa senhora se transformou em uma
grande e bela feiticeira!
E para ensinar ao príncipe que as aparências enganam, ela o transformou em uma fera
horrorosa!
Narrador: Por último, a feiticeira disse que se a Fera conseguisse conquistar o amor
verdadeiro em alguém, o feitiço se quebraria. Mas apenas se ele conseguisse isso antes
que a última pétala da flor caísse. Mas o amor sqó pode ser verdadeiro onde não existe
ego, e dentro daquele príncipe não existia amor. Por isso, os anos foram se passando e a
Fera foi se entregando ao desespero, perdendo a esperança.
Afinal de contas, quem poderia amar um monstro?
Gaston: É ela! Ela é a mulher mais linda de todo o mundo! Isso a torna a melhor! E eu não
mereço a melhor?
Continuação da música
Música - Bela reprise
Colocar o trecho da música.
Gaston: Na verdade, amigo, estive pensando sobre a Bela. Eu sei que ela não me merece,
mas devo insistir! Não por ela em particular, mas é que os nossos filhos serão belíssimos.
Afinal de contas, eu sou a coisa mais gloriosa que já existiu!
Narrador: Bem, vocês ouviram que o pai da Bela estava viajando, não é mesmo? Quando
ele estava retornando para casa, ele passou por um magnífico castelo, onde avistou um
belo jardim. Ele bateu palmas, tentou chamar alguém, mas não obteve resposta. Como o
castelo parecia estar vazio, ele resolveu arrancar uma rosa do jardim e levar para a sua
filha, Bela, que amava rosas! Quando ele estava pronto para deixar o castelo, uma
monstruosa fera apareceu em seu caminho, gritando “Ladrão! Você está roubando a minha
propriedade! Vou te trancar no meu calabouço!”, e o prendeu!
Quando Bela soube do ocorrido, ela foi imediatamente até o castelo e se ofereceu para ficar
presa no lugar de seu pai. Quem aqui ficaria presa no lugar do papai?
A Bela então começou a viver no castelo, o que acabou deixando todos muito contentes!
Era a chance de quebrar o feitiço, afinal de contas o coração da Bela era tão puro…
Ela pode conseguir ensinar a Fera sobre o que é o amor, vocês não acham?
Bela lê um trecho.
Bela: "O amor é capaz de transpor forma e dignidade. O amor não vê com os olhos, mas
com a mente e por isso, o cupido ao lado é pintado cego."
Narrador: Conhece Shakespeare?
Bela: Sim! E Romeu e Julieta é a minha peça favorita.
Fera resmunga.
Narrador: Senhor, por que não apresenta a Bela sua biblioteca no meu lugar?
Narrador pega uma rosa e entrega pra Fera para ele dar para Bela.
Bela: O que foi que eu disse? Você não precisa me tratar assim.
Narrador: Mas, o que é isso, Fera? Você não pode ser tão agressivo! Assim vai assustar a
Bela de vez. Você quer ser uma fera pra sempre? Não, não fique triste. Não perca as
esperanças.
Narrador sai.
Narrador – Calma, Fera! Vai dar tudo certo, não fica nessa deprê. A Bela gosta de você!
Fala pra ele não ficar triste, gente. Sabe de uma coisa, eu acho que isso é fome. Minha vó
já dizia que cara feia é fome. E olha, tive uma ideia! Vai lá, peludão, se arruma, coloca uma
roupa bem bonita, joga uma água no corpo que tá precisando, tá fediiido! Eu vou preparar
uma surpresinha!
Gente, eu pensei da gente preparar um jantar! A gente chama a Bela, deixa ela bem bonita.
Coloca música e faz um baile. Ai, eu acho que assim os dois vão finalmente amar um ao
outro e tudo vai finalmente dar certo.
(gesto de cumprimento para a coxia)
Entra Bela.
Narrador: Ai, Bela! Você está linda, mon chérrie! Eu acho que esse jantar está magnifique.
Ah, lá vem o amo! Espero que gostem no jantar. Bon apetite!
Narrador sai.
Bela: Nossa, nem lembrava mais como era a sensação de dançar. Meu pai que me ensinou.
Eu sempre pisava no pé dele. Sinto falta dele. Eu gostaria tanto de vê-lo de novo.
Narrador: Fera, fera! Por que você não mostra pra Bela o espelho mágico? (Para a plateia)
A feiticeira deixou no castelo um objeto além da rosa. Um espelho mágico, que mostra tudo
que você pede pra ver.
Fera deixa Bela ir, que vai embora correndo, com o espelho nas mãos. Fera sai.
Narrador: Bela foi correndo encontrar o seu pai. Enquanto isso, nós aqui no castelo estamos
ficando cada vez menos sem tempo. Acho que a Fera nunca mais vai voltar a ser humano
de novo.
Gaston - Bela! Que bom que te encontrei. O seu pai… ele teve de ser internado. Ficou
louco! Você não vai acreditar, ficava falando de novo e de novo em uma fera monstruosa…
Gaston empurra Bela e vai atrás da Fera. Bela vai atrás logo depois.
Fera entra de um lado. Gaston entra por onde saiu e golpeia a Fera com uma espada.
Fera cai. Bela entra.
Bela: Gaston, o que você fez? Eu falei que ele não era mau. Você não entende! Vai embora
daqui!
Gaston sai.
Bela: Fera… foi tarde demais. Se eu chegasse aqui mais cedo. Não, eu nunca te
abandonaria. Fera… não. Não me deixe. Eu te amo.
Fera morre. Bela vai para outro lado do palco. Fera sai e príncipe está no seu lugar.
Final feliz.