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Cuphead: Porcela, o fantasma solitário

Escrito por João Guilherme

Sinopse: Xicrinho e Caneco saem para brincar na floresta e dessa vez como todas as
outras sempre ocorre algo para os dois irmãos, em um mausoléu encontram um
fantasma chamado Porcela que parece muito sozinho e tímido.
O dia amanhecendo junto com Xicrinho e Caneco acordando e indo tomar um belo
café da manhã, e como todo dia, foram fazer os afazeres que seu avô pede. Após muitos
afazeres e muito tempo Xicrinho e Caneco estavam pintando a cerca, só que, como sempre
Xicrinho desobedece às ordens de seu avô e vai atrás de alguma aventura ou diversão por aí e
sempre deixando o trabalho para depois.

— Pintar a cerca, ordenhar a cabra, remendar o telhado! É todo dia a mesma coisa. Caneco
isso aqui tá muito chato! Vamos atrás de algo mais interessante, depois terminamos de pintar
a cerca, que tal irmos brincar na floresta dessa vez?

— Xicrinho você sabe que o Vovô Chaleira não deixa a gente brincar na floresta é perigoso e
ainda mais agora que está escurecendo.

— A deixa de ser medroso, vamos lá vem comigo.- Fala ele pegando na mão de Caneco e o
levando.

Caneco parecia assustado, e ele tem conhecimento sobre os fantasmas que existem
por aí tanto os bonzinhos quanto os maléficos (Afinal eles têm a amiga Cálice que é uma
fantasma), o medo de encontrar um e o medo do desconhecido o assolavam com aquela
floresta escurecendo cada vez mais. Enquanto isso Xicrinho parecia animado correndo pela
floresta com Caneco, aproveitando que seu avô deve está dormindo e não acorda por nada
saem por aí brincando, Xicrinho apesar de aparentar ser mais corajoso que Caneco (Algo que
ele realmente é) também sabe dos perigos que têm por aí e já se assustou muitas vezes, mas
isso nunca o impediu de fazer trapalhadas.
Com o tempo Caneco foi ficando mais calmo percebendo que não havia tanto perigo
na floresta e assim ele e Xicrinho foram brincando do que pudessem por ali, se distanciando
cada vez mais longe de casa e com o tempo cada vez mais escuro e com a visão cada vez mais
limitada, só que em um certo momento percebera algo...

— Xicrinho... onde estamos? XICRINHO.- Caneco fala isso desesperado e tremendo.

— Ah! Caneco calma eu sei muito bem onde estamos, é só virar aqui a esquerda, seguimos
reto, daí viramos aqui a direita e... onde estamos?- Xicrinho fala isso saindo para qualquer
direção não aceitando que está perdido.

— Eu falei, eu falei para não virmos e agora estamos aqui perdidos na floresta e no ainda
escuro.

— Calma-lá vamos andar mais um pouco e ver se achamos alguém ou pelo menos algum lugar
para tentar passar a noite. — Xicrinho fala isso com um certo receio e medo do que pode
acontecer. — O que de mais pode ter numa floresta dessas? Tão tranquila e silenciosa... Isto é
um mausoléu?- Após uma “caminhada” eles acabam encontrando mais um mausoléu, um local
que já visitaram antes várias vezes, que foi onde encontraram e salvaram pela primeira vez a
Cálice sua amiga fantasma.

— Bom, vamos ent- NÃO. — Interrompe Caneco. — Não entro aí de jeito nenhum, você sabe
muito bem que dá última vez tivemos que entrar numa briga contra os fantasmas para salvar a
Cálice e isso mais de uma vez, não aguento mais esses fantasmas e nós sempre arranjamos
problemas com eles.

(A ÚLTIMA LEMBRANÇA COM FANTASMAS)

— Então você prefere ficar aqui nesse frio e no escuro? Vamos entrar, nada garante que
vamos encontrar algum fantasma e também quem não garante que ele é bom igual a Cálice.
— Xicrinho começa a ir em direção ao mausoléu um pouco nervoso

— Xicrinho se entrarmos em mais uma enrascada por sua culpa não espere a minha ajuda para
pintar a cerca. — Fala isto indo ao mausoléu logo atrás do Xicrinho.

Xicrinho e Caneco ao entrarem no mausoléu se surpreendem pelo fato de não


encontrarem nenhum fantasma e nem se quer algum barulho suspeito, porém algo não saí
deles, o sentimento de estarem sendo observados o tempo todo. Apesar de o medo de
estarem sendo observados, talvez esse seja o melhor local para se passar pelo menos essa
noite. Assim eles vão pelo mausoléu procurando algumas coisas que pudessem ajudar a
iluminar o local ou para se aconchegar.

— Ora Xicrinho não encontro nada que pode nós ajudarmos.

— Ah! Caneco relaxa basta procurar direito, eu encontrei uma vela aqui, se conseguirmos
fazer fogo já melhora nossa situação.

—Não estou com um bom pressentimento sobre esse lugar e, aliás, você está ouvindo esse
barulho?
— Hm para falar a verdade estou sim, e parece que está vindo dali. — Xicrinho aponta para
sua esquerda e vai em direção ao som.

Chegando mais perto eles veem um baú, que aparenta ser um baú comum, porém às
vezes parece se tremer um pouco e sons estranhos saem de lá como se alguém estivesse
sussurrando. Os dois irmãos foram se aproximando do baú com medo e Caneco tomou a
iniciativa de abrir o baú que parecia tremer cada vez mais, até que antes de conseguir abrir,
algo saí do baú de repente e acaba assustando os irmãos.
Ao olharem bem percebem que é uma caneca de porcelana de aparência masculina,
tem sua alça quebrada, e certas partes do seu corpo despedaçadas, não tem pernas, em vez
disso tem um corpo fantasma. Os irmãos e o fantasma se encaram por um tempo até que o
fantasma e os irmãos gritam juntos enquanto o fantasma foge de medo.

— VOCÊ VIU XICRINHO?! U-UM FANTASMA.

— PELAS BARBAS DO CHIFRE DE HIDROMEL! ELE TEM A ALÇA QUEBRADA.

— Xicrinho estou com medo, mas você não achou que aquele fantasma parecia está mais
assustado que a gente?

— Agora que você falou percebi que também parece que ele é o único fantasma por aqui. Será
que os fantasmas estão tentando brincar conosco ou pode ser um fantasma “amigo”?

— Nós podemos tentar falar com ele... Eu acho. — Caneco fala com um pouco de relutância,
ter visto a alça quebrada do fantasma fez os irmãos terem um “medo a mais”. — Ei, você está
aí? Nós só queremos conversar, estamos tão assustados quanto você... espero eu que sim pelo
menos.

— V-vocês têm medo de mim... igual a todos os outros que fugiram por causa da minha alça
quebrada. S-s-saiam daqui, se não eu vou tirar vocês a força. — O fantasma mostra-se um
pouco, atrás de um pilar que estava se escondendo.

— Admito que de início estava com medo, mas sinceramente você não parece que quer nós
fazer mal e se quisesse já teria feito né? Você não dá medo, além da sua alça quebrada é claro,
isso aí é horrível.

Não é a primeira vez que os irmãos veem alguém com alça quebrada, afinal, o próprio
Caneco já teve sua alça quebrada e foi uma aventura até consertarem, mas no final das contas
ocorreu tudo bem. Mas pros irmãos imaginar que até pros fantasmas isso também seria um
problema e até forma de julgamento foi surpreendente de certo modo.

— XICRINHO! Desculpe o meu irmão, ele não quis falar assim, e só que você deve saber que
ter a alça quebrada é algo bem estranho para todos nós. Mas nós não queremos te julgar nem
nada, que tal, nós conhecermos melhor?

— Nós conhecermos melhor...? Ahn, eu nunca conversei muito com os outros e nem se quer
lembro como era minha vida antes de eu morrer, mas vocês são os primeiros a quererem
conversar comigo sem fugir. En-então, o que vieram fazer aqui nesse mausoléu? Está a noite e
ainda mais na floresta, nunca ninguém vem nesse mausoléu, nem mesmo os... fantasmas. —
Ao falar isso o fantasma aparenta ficar um pouco mais triste.

— Estávamos brincando na floresta, mas acabamos perdendo a noção do tempo e de onde


estávamos então precisávamos de um local para ficar por essa noite e bom acabamos parando
aqui e decidimos ficar. — Caneco enquanto fala olha para Xicrinho de um jeito como se
estivesse botando toda a culpa nele.

— E imaginar que a alça seria um problema até para um fantasma, e afinal, qual o seu nome
mesmo? Você já deve ter percebido, mas eu sou o Xicrinho e esse aqui é meu irmão mais novo
Caneco.

— A-ah! eu me chamo Porcela, prazer... É, bom, eu não me lembro muito da minha vida só sei
que quando virei fantasma já estava desse jeito e desde então não tive muito contato nem
com vivos e nem com os fantasmas, vocês são os primeiros a conversarem comigo sem fugir
de imediato.

— A nós já vimos coisas piores que isso, mas de todo modo é sempre assustador ver um
fantasma, mas é diferente já que você não quer assustar a gente então fica tudo mais fácil
para todos.

— Você parece solitário aqui... Hm... Ei Caneco, que tal fazermos companhia a ele até quando
der certo sairmos daqui, não temos muito para onde ir mesmo.

— No entanto, que voltemos para casa está tudo bem por mim.

— S-sério? Ah eu posso ajudar vocês a irem para casa se quiserem, mas enquanto isso eu
gostaria muito da companhia de vocês. Ah já sei, esperem um instante vou pegar algo. —
Enquanto fala Porcela vai em direção ao baú.

Ao chegar lá, o baú aparenta estar vazio, porém ele retira um anel de lá, um anel com
aparência prateada e nele tem o símbolo das claves de sol, fá, dó e neutra. O anel do som, que
possui várias utilidades em relação ao seu nome, mas é mais conhecido pelas suas capacidades
musicais que dá ao usuário. Mas Porcela não tinha pego esse anel para fazer os irmãos
cantarem, o anel também serve para se comunicar com a pessoa que quiser não importando a
distância basta apenas estar com ele.
Porcela pela primeira vez em muito tempo estava animado e até mesmo feliz, um
sentimento que ele não tinha há muito tempo. Porcela agora com a companhia dos irmãos
entra em ânimo, ele deseja saber como foram as aventuras deles até agora, o que eles fazem,
como são as pessoas que eles conheceram e quem são elas, um garoto tão tímido, mas com
tantas perguntas. Porcela já sonhou em ter aventuras, mas com o tempo seus desejos foram
sumindo, até mesmo os fantasmas assim como os vivos tem como maior inimigo a solidão só
que agora com os irmãos em sua companhia Porcela adoraria ouvir as histórias de outros
pessoas e conhecer outras pessoas e aqui está sua chance.

— T-tomem este anel, ele vai servir para eu guiar vocês quando amanhecer já que não poderei
sair daqui quando o sol raiar. Com este anel conseguirei falar com vocês a qualquer distância,
bastam vocês pensarem em falar comigo, tome o anel Xicrinho.

— Deixar um anel que faz a gente se comunicar com qualquer pessoa a qualquer distância
com nós, hum!, sinto que isso depois vai trazer algum problema para a gente.

Caneco apesar de falar isso parece ansioso com a ideia de usar esse anel, deixaria as
coisas mais práticas para eles, talvez será isso que trará para eles um grande problema em
uma próxima aventura, mas não nessa.

— Ah! Sai dessa Caneco, apenas superstição sua. Mas obrigado Porcela, ainda temos muito
tempo aqui, o que gostaria de fazer?
— Eu a-adoraria ouvir alguma aventura de vocês, eu acho um bom jeito de passar a noite.

— Uma aventura nossa é... Ei Caneco que tal contarmos juntos?

— É ótimo, então comece você Xicrinho.

— Já sei qual contar. Ei Caneco, se lembra do dia em que estávamos brigando por causa do
sorvete?

— Como não lembrar daquele dia, vovô Chaleira tinha ficado irritado por estarmos brigando aí
ele deu 5 prata para mim e pelo do bolso para você.

— É... não precisava lembrar dessa parte.

— Vovô Chaleira? Quem é esse?

— Ah! Porcela, ele é nosso vô, ele cuida da gente desde que nós lembramos. Ele odeia quando
eu e Caneco brigamos, ele na maioria das vezes é gentil mas também consegue ser perigoso
afinal ele é um veterano de guerra aposentado.

— U-um veterano de guerra? Que legal, então ele é um herói de guerra.


— É acho que pode se dizer que sim, mas continuando da parte do Caneco, vovô Chaleira
tinha ficado chateado e então nós sairmos de casa e fomos atrás de sorvete e ficamos
discutindo sobre o que fazer com o dinheiro. Caneco, por favor.

— E foi aí que vimos dois irmãos, Ribby e Croaks, eles tinham um clube em um iate, nós não
ligamos muito só queríamos o ponto principal do clube, sorvete de graça, nem tão de graça
assim já que tínhamos que pagar 20 prata para entrar no clube.

— Ribby e Croaks, esse nome é familiar para mim... Acho que eles eram dois boxeadores ou
algo assim.

(IRMÃOS RIBBY E CROAKS)

— Ah! Verdade Xicrinho eles tinham falado serem boxeadores por isso usavam aquelas luvas
enormes nas mãos, bem lembrado Porcela.

— O-obrigado. — Porcela agradece com uma grande timidez ao elogio de Caneco.

— Eu continuo Caneco. Já que não tínhamos dinheiro eles colocaram a gente para fora só que
nós usamos nossas habilidades incríveis para entrar no iate. — Foi pura sorte. — Interrompe
Caneco. — Não estraga a história Caneco, enfim, foi aí que... Infelizmente... perdemos nosso
pelinho de bolso para o mar! Porém, avistamos sorvetes de longe no meio do salão de festa,
então fomos discretamente pelos dutos até os sorvetes. Caneco.

— É nem tão discretamente assim já que fomos “descobertos”, conseguimos fugir, mas
acabamos virando carne pro açougueiro, hum falando assim parece até estranho isso do nada,
mas fazer o que né, mas deu tudo certo e conseguimos fugir de novo e foi aí que encontramos
o sorvete, porém os irmãos sapos viram a gente e começaram correr atrás da gente.
— Hahaha eles quebraram o salão todinho correndo atrás da gente. O salão estava todo
destruído e em chamas, e foi aí que o Caneco disse que tomou o meu sorvete e eu tomei o
dele, no final o iate foi afundando, mas pelo lado bom conseguimos o sorvete.

— Uau, que aventura mais louca, tudo isso aconteceu por um sorvete. Bom ainda temos muito
tempo, que tal conversamos mais?

— Por mim tudo bem! — Os dois irmãos respondem juntos.

O tempo passou, Xicrinho e Caneco foram contando suas histórias e Porcela foi
contando sobre o seu tempo como fantasma. Com o sol perto de raiar os irmãos foram se
preparando para ir embora do Mausoléu.

— Acho que chegou a hora de irmos para casa, foi bom te conhecer Porcela.

— Um dia Xicrinho e eu vamos te apresentar a nossa amiga Cálice.

— Obrigado Xicrinho e Caneco, foi bom ter a companhia de vocês e espero que possamos nós
ver de novo depois. E não se esqueçam do anel.

— Tchau! Porcela — Os dois irmãos falam ao mesmo tempo, e acenam para o Porcela.
Assim os irmãos com a ajuda de Porcela chegam em casa e notam que, na verdade mal
tinham entrado na floresta direito, chegaram a pouco tempo em casa e assim que chegam vão
sem fazer nenhum barulho até seus quartos.

— Sabe Xicrinho hoje foi muito legal, mas agora só quero dormir ‘to morrendo de sono. Ficar
acordado o dia todo me cansou demais

— É eu também Caneco, só quero descansar. Então, boa noite Caneco.

— Boa noite Xicrinho.

...

...

...

— BOM DIA MENINOS! Acordem, temos muito trabalho para hoje e, aliás pelo visto vocês não
pintaram a cerca ontem então iram pintar hoje, irei fazer o café da manhã.

— Caneco...

— Noite é?

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