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Apocalipse Cap.

3
A mensagem à Igreja de Sardes – 3.1-6

1 – E ao anjo da igreja de Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os
sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome
de que vives, e estás morto.

“Ao anjo da igreja em Sardes escreve...” Essa quinta carta entre as sete foi escrita a
uma igreja morta, numa cidade morrendo: Sardes. Na antiguidade remota, essa cidade já
era um das poucas granes cidades na terra. Os gregos a consideravam como a maior cidade
conhecida. Suas moedas, as mais antigas até hoje conhecidas, tiveram como inscrição:
“Sardes, a primeira metrópole da Ásia, da Lídia e dos helenos”.
Quando o grane reino da Lídia foi criado, em 1200 antes de Cristo, a cidade já existia.
Nada existe sobre sua fundação. Estava situada a pouco mais de 100 quilômetros ao leste de
Esmirna e aproximadamente a 50 quilômetros a sudeste de Tiatira. Construída
originalmente num pequeno planalto de 350 a 500 metros, era de difícil acesso de quase
todos os lados. Havia só uma estrada tortuosa que ligava a cidade ao resto da Lídia e, por
isso, era considerada muito segura. Essa segurança fez de Sardes uma sede desejável dos
reis da Lídia, que a selecionaram para sua capital. No decurso do tempo, no entanto,
tornou-se pequena demais, e foi então criada uma segunda parte da cidade ao pé do
pequeno planalto, à beira do rio Pactolo. Desde então, a antiga cidade serviu como
acrópole, assim como Atenas também possuía.
Sardes passou por muitas guerras. Ciro, o grande, da Pérsia, tomou-a do
fabulosamente rico rei Creso, da Lídia, em 546 a.C. Foi incendiada pelos atenienses em 490
a.C. Alexandre Magno, rei da Macedônia, ocupou-a em 334 a.C. Antíoco III, o Grande,
tomou-a em 214 a. C. perdendo-a para os romanos em 190 a.C. Finalmente Sardes foi
destruída por um terremoto no ano 17 A.D. e, apesar de ser em parte reconstruída, tornou-
se uma cidade sem importância e em declínio. Na época em que a igreja de Sardes recebeu
essa carta, já era uma cidade moribunda. No século 14 A.D., Sardes foi completamente
destruída pelos turcos. Hoje só restam algumas choupanas de pastores de cabras entre as
poucas ruínas da antiga metrópole. Nenhum cristão lá vive.
“...à igreja em Sardes”. Sobre a igreja em Sardes não existe nenhuma notícia, nem
sobre sua fundação. Sardes é mencionada na Bíblia somente na carta que lhe foi dirigida
pelo Senhor glorificado. Parece provável que também essa igreja tenha sido fundada
durante ou depois da estada de Paulo em Éfeso, por um ou mais dos seus colaboradores.
Parece, também, que ela teve um bom começo; mas, enquanto em Éfeso o amor estava
pouco a pouco esfriando, o que restava da igreja original de Sardes era “umas poucas
pessoas”, v.4. Em geral, podemos dizer que o título da carta seria “as aparências
enganam”. Um triste quadro de uma igreja satisfeita consigo mesma – com exceção
“daquelas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras, e andarão de branco
junto comigo”, v.4.
“Estas coisas diz aquele que tem os Sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas...”
Essa designação que o Cristo glorificado faz de si mesmo não pertence à severa advertência
contra a igreja de Sardes. Ela aponta pra a necessidade absoluta de que essa igreja morta
precisa ser acordada para uma nova vida. Os poucos fiéis só viram ao redor de si absoluta
decadência espiritual. Sua única esperança restava no poder vivo do Espírito Santo. Para
seu consolo, os sete Espíritos de Deus são mencionados. O Espírito Santo é apresentado em
sua missão para com a humanidade: o Deus triúno vem para a humanidade (o número
simbólico de 4) para criar nos homens vida espiritual. Só o Espírito Santo pode criar nova
vida por meio da Palavra. A pregação da palavra aparece, então, junto com o Espírito de
Deus no ministério da palavra, simbolizado pelas sete estrelas, entre as quais também o
bispo da igreja de Sardes é incluído. Podemos perguntar como o bispo de Sardes se sentiu
ao ler essa carta tão severa. Será que ele ainda era uma das “poucas pessoas” em Sardes que
tinha alguma vida espiritual no seu coração? Ainda estaria ele incluído entre os “anjos”, os
mensageiros de Cristo? Por isso achamos que ele realmente não teria apostatado, e que viu
a decadência de sua igreja com profunda tristeza.
“Conheço tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto”. De novo aprece o
ôida do onisciente Senhor. Ele sabe muito mais do que parece. Aparentemente, a igreja de
Sardes foi uma igreja cristã, uma igreja que tem o nome derivado do próprio Filho de Deus.
Perante o mundo, ela tinha a reputação de ser “cristã”. Nesse caso, porém, as aparências
enganam. Fé morta produz somente obras mortas diante de Deus. A única vida que vale
diante de Deus é ser “morto para o pecado, mas vivo para Deus em Cristo Jesus”, Rm 6.11.
A igreja em Sardes, no entanto, foi morta pra Deus e aparentemente viva para o mundo.
Uma constatação deveras triste!

2 – Torna-te vigilante, e consolida o resto que estava para morrer, porque não
tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus!

Com esse sério chamado do Senhor glorificado: “Acorda! Torna-te vigilante!”, ele
está tentando acordar a igreja que está dormindo. O imperativo do presente gínou – “torna-
te” significa que, acordada, deve ficar vigilante, de olhos abertos ao redor, para ver o
estado deplorável de uma igreja moribunda. Acordada, com olhos ainda fechados, não
enxergaria o perigo e deixaria continuar a mortandade espiritual ao seu redor.
“Consolida o resto que estava para morrer” - “consolida o resto”. Tendo sido
acordada a igreja, isso é, tanto o bispo como os membros, devem começar a consolidar as
coisas que estavam morrendo. “O resto” – tá loipá – não se aplica aos membros, porque é
neutro no grego: “o resto das coisas.” Nesse “resto”, portanto, é incluído tudo o que perfaz
a vida numa congregação viva, todas as coisas que de uma ou outra maneira mostram uma
fé viva. A igreja de Sardes é semelhante a um navio prestes a afundar. Essa igreja deve
urgentemente tomar medidas apropriadas para salvá-la de uma morte total. Até agora, tudo
nessa igreja estava para morrer; algo tem de ser feito para consolidar o resto das coisas
moribundas. O imperativo do aoristo no grego, stêrixon – consolida! – significa tomar
urgentemente as medidas necessárias para reavivar por completo as coisas que estãqo
morrendo. Por que tanta urgência?
“Porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”. –
íntegras – no grego, num particípio predicativo – pepleromena – não indica que o número
das obras não foi suficientemente grande. Não é o número das obras que nos salva, porque
tal doutrina deixa em dúvida que alguém tenha obras suficientes para ser salvo. As obras
como tais foram vazias. Provavelmente os “cristãos” em Sardes freqüentaram os cultos e
fizeram outras coisas. Faltava a tudo isso, porém, o único fundamento verdadeiro para todas
as obras: a fé, o amor e uma vida espiritual. Nas suas obras também as aparências enganam.
A igreja de Sardes, com suas obras, provava o que o Senhor disse no início da carta: “Tens
nome de que vives, mas estás morta!”.
Os homens de fora não enxergavam esse estado. Mas Deus e nosso Senhor Jesus
Cristo eram o únicos que podiam avaliar essas obras. E o seu julgamento é: “Na presença
do meu Deus” não foram achadas íntegras. É possível que os “cristãos” achavam suas
obras até maravilhosas. Mas aquele que diz “eu conheço” declara-as “não íntegras”. E isso
“na presença de Deus”. Deus é o Juiz em Cristo, que julga de acordo com as provas
evidentes que, no caso de Sardes, foram obras mortas por causa da falta de seu fundamento,
isso é, a falta de fé. Isso quer dizer “julgar pelas suas obras”. E a esse julgamento não se
pode apelar, é final, cf. Ap 20. 13.
Para a igreja de Sardes, porém, ainda há remédio: “Lembra-te, pois, de como tens
recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te!”

3 – Lembra-te, pois, de como tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.


Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em
que hora virei contra ti.

Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se arrependa e viva. Por isso Deus
prescreve também aos pecadores em Sardes o único remédio que ainda pode salvá-los:
“Arrepende-te!” Mas que precisa ser feito para chegar a este remédio? O Senhor responde:
“Lembra-te!” O imperativo do tempo presente, mnemóneue, indica que este lembrar deve
ser contínuo. Um deve lembrar o outro entre os membros. O bispo deve continuamente
pregar assim como foi pregado no início. Devem lembrar-se de como eles, no início,
receberam a mensagem pregada pelos mensageiros de Deus. O bispo deve continuar a
enfatizar, com lei e evangelho, a necessidade do arrependimento. Para isso não é necessário
inventar alguma nova mensagem, mas continuar com a mesma que foi pregada no início. O
que significa arrependimento para os “cristãos” em Sardes já foi dito em 2.5 para os
“cristãos” de Éfeso: é necessário uma completa reviravolta. Deus ainda não retirou sua
Palavra da igreja de Sardes; ainda é tempo. Mas vem a advertência: Cuidado! Em breve
pode vir a hora quando é tarde demais para esse arrependimento!
“Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum
em que hora virei contra ti”. “Se não vigiares” está no aoristo, no grego – gregorêses – e
significa o ato de acordar do sono. O acordar urge! Porque se eles ficarem dormindo,
caindo num sono sempre mais profundo, pode ser tarde demais! O Senhor glorificado usa o
mesmo quadro que o apóstolo aponta para a Segunda vinda de Cristo, enquanto aqui se
trata da vinda do juiz “contra ti”. O Julgamento do Senhor Deus contra os “cristãos” de
Sardes pode ser a qualquer momento. Se eles continuarem a dormir, então não estarão
preparados para essa hora do juízo. Quando o juízo começa, é tarde demais: “não
conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti”. Não sabemos de que tipo foi o
juízo sobre a igreja de Sardes, e não temos notícia até quando veio o juízo. Mas uma coisa é
certa: a igreja de Sardes aparentemente continuou a dormir, pois o seu nome desapareceu
da história do povo de Deus.
No quadro escuro da Igreja de Sardes, no entanto, há um raio de luz ainda. Como em
2.6 foi dito de Éfeso, existe algo lá que merece menção especial:

4 – Tens, contudo, em Sardes, uns poucos nomes que não contaminaram as suas
vestiduras, e andarão de branco junto comigo, pois são dignos.
‘Tens, contudo, em Sardes, uns poucos nomes...” É endereçado à igreja de Sardes:
há no rol dos membros dessa igreja algumas poucas pessoas que merecem menção especial.
São poucos os nomes (olíga onómata). Mas o Senhor, que conhece não só os nomes, mas
especialmente o coração, dá a estes pouco destaque. Não foram nomes de destaque entre os
homens.provavelmente foi gente simples, pobre, possivelmente escravos que não pareciam
ser algo especial. Para o Senhor, no entanto, entre tantos nomes ilustres, foram eles
anotados no seu rol de nomes. Enquanto a igreja, como um todo, merecia a designação
“estás morta”, foram estes a exceção da regra. Foram eles, por enquanto, os únicos
“membros”dessa igreja que estavam inscritos no livro da vida de Deus. E isso é
eternamente decisivo. Não deveriam eles abandonar a igreja morta? Deveriam! O texto,
porém, não fala disso. Constata simplesmente a situação da igreja no momento da escrita da
carta. Por que estes merecem destaque?
“...que não contaminaram suas vestiduras”. Os habitantes de Sardes eram
conhecidos por sua vida de luxúria. Vivendo dessa maneira, eram espiritualmente mortos,
como o apóstolo Paulo escreve a Timóteo: “o que se entrega aos prazeres, mesmo vivo, está
morto”, 1 Tm 5.6. Havia em Sardes aqueles poucos que não se entregaram aos pecados que
grassavam ao seu redor. Dessa maneira não se “sujaram”, não “contaminaram as suas
vestiduras”. Eles foram lavados pelo sangue de Cristo, e dessa maneira foram limpos dos
seus pecados. Apesar de ainda serem pecadores, foram declarados santos e justos. A
gloriosa conseqüência disso é que...
“andarão de branco junto comigo”, declara Cristo Jesus. “Vestiduras brancas” são
símbolo de santidade e justiça. Temos, nessa constatação, um prelúdio daquilo que é dito
em Ap 6.11 dos eleitos de Deus: “A cada um deles foi dada uma vestidura branca”, e dos
glorificados, em 7.9-17, que “estão de pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de
vestiduras brancas com palmas nas mãos”. Estarão “junto” com Cristo, que já uma vez na
terra se mostrou a três dos seus discípulos em sua transfiguração, quando “seu rosto se
transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura”, Lc 9.29.
Destes “poucos” de Sardes o Cristo glorificado testifica: “são dignos”. Eles são
dignos, não por causa de sua própria justiça e de suas próprias obras, mas por sua fé no
“Cordeiro”, que foi morto e que os redimiu para com Deus por meio de seu sangue. Essa fé
torna justo e ‘digno”diante de Deus aquele que a possui, e demonstra-se na terra por boas
obras, côo foi o caso dos “poucos nomes” em Sardes. Assim escreve o apóstolo Paulo em
Rm 1.17: “...a justiça de Deus se revela no evangelho de fé em fé, como está escrito: “justo
viverá por fé.” E tudo isso somente por graça, como testifica Paulo de si: “Pela graça de
Deus sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã”, 1 Co 15.10.

5 – O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum


apagarei o seu nome do livro da vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante
de meu Pai e diante dos seus anjos.

Assim como nas outras cartas, o vencedor também aqui recebe uma grande promessa
dada individualmente. O “assim” se refere ao v. 4, onde a promessa das “vestiduras
brancas”é feita aos poucos que ficaram fiéis em Sardes, e que “andarão de branco”. Pela
segunda vez, as “vestiduras brancas” são mencionadas como símbolo da justiça e santidade
celestiais. O passivo do verbo no futuro “será vestido” indica que o próprio Senhor lhe dá
essas vestes. Enquanto, nesta vida, a santidade do crente ainda está imperfeita, ela será
finalmente perfeita no céu.
Pergunta-se em que sentido os fiéis de Sardes podiam ser chamados de vencedores.
Lá não havia perseguição; não são mencionadas heresias nem tribulações. Esses não são,
porém, os únicos inimigos da fé verdadeira. Muitos perigos são indiferença, sono espiritual,
luxúria, pecados que o mundo não considera como tais e que grassavam justamente em
Sardes, ao redor dos “poucos fiéis”; eles os venceram, lembrando-se da mensagem
salvadora recebida no início de sua vida cristã, guardando-a e conservando-a. Sim, eles
realmente foram vencedores, pois “esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”, 1 Jo 5.4,
e é por isso que seus nomes estão inscritos no livro da vida.
A figura do “livro da vida” já é antiga. Moisés já a usa, quando intercede por seu
povo: “Perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste”. Então
disse o Senhor a Moisés: “Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim”, Êx
32.32-33. Em muitas outras passagens, tanto do Antigo como do Novo Testamento, a figura
é empregada: Sl 69.28; Is 4.4; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3. A figura do livro também é usada
várias vezes no Apocalipse, onde surge também a idéia dos livros nos quais estão escritas
as obras de todos: Ap 13.8; 17.8; 21.27. Especialmente expressiva é a descrição dos
acontecimentos no Juízo Final: “... então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da
vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se
achava escrito nos livros”. (Ap 20.12). O livro da vida, portanto, contém os nomes de todos
os que aqui na terra vivem uma vida verdadeiramente espiritual, até o seu fim. É importante
notar que a frase está no negativo, com muita ênfase: “... de modo nenhum apagarei o seu
nome do livro da vida”. Portanto, o nome do “vencedor” para todo o sempre ficará. Isso
nos faz concluir que os nomes dos que uma vez foram cristãos, mas que agora são mortos
espiritualmente (v.1), serão definitivamente apagados do livro da vida. Essa vida é aquela
que, pelo Espírito Santo e pela palavra, foi regenerada no homem. É a única vida que
realmente existe eternamente. É aquela vida da qual Jesus falou a Nicodemos: “Deus amou
o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna”, Jo 3.16. Existe também para o crente a “morte temporal. Mas essa
morte é só a porta da vida espiritual para a vida eterna. Sim, já nesta vida terrena, aquele
que crê em Cristo já tem aqui a vida eterna, pois diz Jesus a Marta: “Eu sou a ressurreição e
a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá; e todo que vive e crê em mim, não
morrerá, eternamente”, Jo 11.25-26.
Mais uma promessa: “... confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante de seus
anjos”. Isso já tinha sido prometido pelo próprio Jesus: “Todo aquele que me confessar
diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus”, Jo
10.32. E também: “Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do
homem o confessará diante dos anjos de Deus”, Lc 12.8 (cf. também Mc 8.38). Para
aqueles que são espiritualmente mortos, porém, não haverá vestidura branca, nem nome
escrito no livro da vida e nem o confessar de Cristo diante de seu Pai e dos anjos de Deus.

6 – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Esse conselho, que nas últimas cartas aparece no fim, foi tratado na explicação de ap
2.7.
A igreja de Sardes está morrendo, e na sua maior parte já está morta. Apresentou
obras, mas elas eram de nenhum valor, porque lhes faltava o fundamento, a verdadeira fé.
Apesar de continuar a pregação, esta não trouxe frutos para a grande maioria dos membros.
Estes se tornaram indiferentes com respeito à sua salvação. Enquanto a organização ficou
intata, sua vida espiritual morreu. A igreja de Sardes é um exemplo de uma igreja
secularizada. Por isso não havia perseguição da parte do mundo. Ela contaminou “a sua
vestidura” com os pecados do mundo ao seu redor. A verdadeira igreja de Cristo se
concentrou em alguns poucos de seus membros que ficaram fiéis ao seu Salvador. A igreja
de Sardes como tal não será lembrada por Cristo no Juízo Final. Os nomes no rol dos
membros serão apagados do livro da vida. Um exemplo lamentável de uma igreja!

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