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Sardes
Está é a única entre as 7 cartas em que é a usado a expressão “conheço tuas obras”
para descrever não os pontos fortes da igreja, mas sim as deficiências, pois em
seguida não há a seção de pontos fracos iniciado pela expressão “mas eu tenho
contra ti”
Quão triste é uma igreja que tem como única obra um nome que dá a si mesmo e
ainda é mentira. Pois eles não vivem segundo o nome que julgam ter.
Sardes foi conquistada duas vezes porque os vigilantes não estavam sob os muros e
os assaltantes invadiram.
Assim eram os cristão de Sardes, não vigiavam. Por isso são exortados: Estejam
alertas! Provém com suas vidas que estão alertas.
Assim como para Éfeso é dito: lembra-te… arrependa-te. Porque em ambas faltava
amor e as obras eram inadequadas.
Eles devem voltar a um estado de vigilância total para que o reavivamento possa vir.
Caso contrário o ladrão vira e os destruirá.
Em Sardes a indústria de lã era muito forte. Mas diferente da roupa produzida por
eles, espiritualmente suas vestes estavam sujas. Poucos não haviam se sujado.
Desejaríamos que existissem poucas igrejas como Sardes, hoje, mas há muitas
assim.
Tg 5.8; 1Pe 4.7; 1Jo 2.18) enfatizam o viver da perspectiva da futura prestação de
contas diante de Deus. Nessas igrejas, os poucos justos, como aqui, devem se
manifestar e defender abertamente suas posições. Eles devem se considerar
missionários em sua própria igreja e despertar os que estão prestes a morrer enquanto
há tempo.
Filadélfia
Como em todas as outras, esta carta é enviada ao anjo guardião da igreja para
acrescentar ênfase escatológica à sua mensagem e para lembrar a seus membros a
seriedade dessas questões. Filadélfia e Esmirna são as únicas igrejas que não recebem
repreensão, e é interessante que ambas estavam sob forte ameaça de uma presença
judaica poderosa em ambas as cidades. Portanto, os nomes de Cristo escolhidos aqui
refletem tal situação e reasseguram, aos cristãos ameaçados de Filadélfia, que o
Messias está, de fato, do lado deles, não do lado da "sinagoga de Satanás" (3.9).
Com a fórmula básica "Conheço tuas obras" (cf. 2.2,19; 3.1,15), Cristo, uma vez mais,
destaca o que eles estão fazendo de correto. Assim como em Esmirna, há apenas
aprovação aqui. A igreja era correta diante do Senhor e precisava de encorajamento,
não de repreensão.
Ainda que eles fossem uma pequena igreja, eram fiéis e perseveraram. Um pequeno
número de pregadores (principalmente uns poucos pregadores populares; não
encontrei nenhum comentarista que entenda o texto dessa. Seus membros tinham
“pouca autoridade” ou influência , mas eram fiéis e este é sempre o critério da benção
divina, não o sucesso.
Toda igreja pequena que atua em uma região complicada encontrará encorajamento
nessa carta. Todo cristão que não tem certeza sobre seus dons e seu lugar na igreja
será confortado. A mensagem básica é profunda: Deus está mais interessado na
fidelidade do que no sucesso.
Eu penso que não. Quando chegarmos ao céu, as maiores recompensas podem muito
bem ser para os cristãos que perseveraram em situações como a da igreja de Filadélfia,
que permaneceram fiéis ao Senhor numa situação extremamente difícil. A eles é dada
uma "porta aberta" e uma "coroa", que ninguém pode tirar. Todavia, eles podem perdê-
las, se não "conservarem o que têm". Portanto, a mensagem começa e termina com
perseverança, com a "vitória" sobre todo e qualquer tipo de obstáculo à centralidade de
Deus e de Cristo em nossa vida. Nós seremos vindicados; receberemos o nome do
próprio Deus e o nome do próprio Cristo como nossos. Somos cidadãos do céu. Mas
devemos permanecer firmes.
Laodicéia
Laodicéia foi um importante centro administrativo e judiciário da região.
com essa interpretação era explicar por que Jesus desejaria, que fossem frios
espiritualmente ao invés de mornos. A metáfora está relacionada ao abastecimento de
Água da cidade. A dez quilômetros ao norte, ficava Hierápolis, famosa por suas fontes
de água.
agua potável fresca e pura. Suas fontes eram tão conhecidas por suas qualidades
medicinais que a cidade se tornou um importante centro de saúde, enquanto a água
revigorante de Colossos, o único lugar na região onde ela podia ser encontrada,
provavelmente foi responsável por sua colonização original.
Laodicéia não tinha abastecimento de água próprio. Ela foi fundada no cruzamento das
rotas comerciais por causa das suas vantagens comerciais e militares, não por seus
aspectos naturais. Quando ela canalizava sua água das fontes quentes, a água não
tinha tempo suficiente para esfriar nos aquedutos, chegando "morna" à cidade.
Ainda hoje, as pessoas que moram na região colocam a água em jarras para esfriar.
Tanto a temperatura como os minerais tornavam a água imprópria para beber. Nesse
sentido, suas obras estéreis, não a sua espiritualidade, eram o foco, o que se harmoniza
com a abertura, "Conheço tuas obras". Evidentemente, não há grande diferença entre
as duas, pois suas "obras" mostravam sua esterilidade espiritual.
O crentes de Laodicéia deveriam ser conhecidos por seu poder de cura espiritual, ou
por seu ministério revigorante e vivificante. Em lugar disso, conforme a declaração
seguinte de Jesus, eles estão “mornos".
Não têm obras e são inúteis para o Senhor. Em virtude disso, Jesus diz: “ Estou a ponto
de vomitar-te da minha boca”. Logo, o juízo de Deus virá. As águas minerais eram
cheias de sedimentos de carbonato de cálcio, e o efeito da tentativa de bebê-la seria
vomitá-lá. As águas que transbordavam os rochedos de Hierápolis continham
sedimentos espetaculares que eram visíveis de Laodicéia.
Seus reflexos de luz e de cor sempre variáveis são indizivelmente lindos, especialmente
quando vistos com o pico nevado do monte Cadmus ao fundo".
Toda essa beleza lembrava os habitantes de Laodicéia ainda mais de que sua água era
imprópria para beber. Dessa forma, esse contexto provê uma metáfora perfeita para a
falta de profundidade da igreja: bela por fora, doente por dentro! O Cristo exaltado os
desafia com uma pergunta retórica de impacto tremendo: "Vocês não percebem que
estão me fazendo adoecer?"
Cristo é a única fonte adequada de bens duráveis, assim eles precisavam deixar seus
comércios e correr para Ele.
Nessa carta parece não haver nada de bom a dizer sobre Laodicéia, que, portanto, é
pior do que Sardes. Nela não parece haver pista alguma de uma minoria fiel.
Muito facilmente nos esquecemos de que Deus deseja o nosso coração e não somente
os nossos números. Como alguns palestrantes, escritores e músicos populares já
perceberam, é possível enriquecer do ministério, sem falar do envolvimento com os
negócios seculares.
Quando isso ocorre, é muito difícil colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida e em
nosso ministério. Nós "trabalhamos", mas não adoramos. Muitos outros cristãos têm
feito de Deus apenas mais um item em sua lista de responsabilidades. Eles têm seguro
para qualquer acidente ou outra eventualidade, e o cristianismo não é muito mais do
que um "seguro para a vida eterna".
Vai dar pena deles quando estiverem diante do trono! A preocupação central na carta
aos laodicenses é nos advertir de que Deus exige o nosso melhor. Se para nós as
posses mundanas são mais importantes do que ele (como no caso do "jovem rico" de
Mc 10.17-31), então nós também estamos "fazendo com que Cristo fique com ânsia de
vômito". A resposta é "arrepender-se" e obter "vitória" sobre os anseios centrados nas
coisas materiais e terrenas. Precisamos serví-lo e deixar que ele nos exalte no seu
tempo devido, pois ele o fará. Como Jesus disse várias vezes, nós só seremos grandes
no reino dos céus se nos tornarmos os menores na terra. Se vivemos para a riqueza
agora, "já recebemos a nossa consolação" (Lc 6.24) e não teremos nada na eternidade.
Acaso queremos ser salvos somente "como alguém que passa pelo fogo" (1Co
3.11-15)?